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FUTEBOL I
DIDÁTICA DAS ATIVIDADES FÍSICAS E DESPORTIVAS II
TIAGO MATOS
PROFESSOR ASSISTENTE CONVIDADO
2018/2019
ÍNDICE
ÍNDICE .................................................................................................................................................2
ÂMBITO................................................................................................................................................3
OBJETIVOS...........................................................................................................................................4
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ÂMBITO
As unidades curriculares de Didática das Atividades Físicas e Desportivas (DAFD) assumem uma
“Menor” em Exercício e Saúde ou Treino Desportivo, com opção pelos menores no 2º Semestre do
2º Ano de curso. Este tipo de configuração deixa antever desde logo a necessidade de considerar a
oferta formativa numa perspectiva que inclua as atividades físicas e desportivas nucleares dos
atuais Programas Nacionais de Educação Física do Ensino Básico e Secundário. Por outro lado, essa
mesma oferta formativa deve ter em consideração o compromisso estabelecido com as diversas
Assim, é com base neste enquadramento que está organizado o módulo de “Futebol I”, inserido no
segundo bloco da unidade curricular de Didática das Atividades Físicas e Desportivas (DAFD II) .
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OBJETIVOS
Podemos dividir os objetivos desde primeiro módulo de futebol em gerais e específicos. Assim,
2. Refletir acerca dos conteúdos teóricos e práticos que constituem a base metodológica e
refletida e sustentada.
Os objetivos específicos estabelecidos, por sua vez, estão diretamente relacionados com o
própria da modalidade;
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4. Intervir em contexto prático no planeamento e condução de exercícios de ensino/treino;
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CAPÍTULO 1: BREVE HISTÓRIA DO FUTEBOL
O futebol é considerado o “desporto rei” um pouco por todo o mundo e o seu impacto social e
económico a nível mundial é inegável. Mas como é que tudo começou? Apesar de o jogo como
hoje o conhecemos – o Futebol Moderno – ter início reconhecido no ano de 1863 em Inglaterra,
pelo menos no que diz respeito à sua forma geral, outras formas de jogo que envolviam pontapear
um objeto esférico foram sendo praticados durante séculos por diferentes civilizações e culturas.
Assim, no âmbito deste primeiro módulo didático, o nosso objetivo não será fazer uma descrição
profunda e pormenorizada acerca evolução do jogo de futebol mas, ao invés, fazer uma pequena
viagem pelas principais formas de jogo que estiveram na sua origem no sentido de enquadrar a
De acordo com o website oficial da Fédération Internationale de Football Association (FIFA), num
compêndio de textos sobre as origens do futebol, a forma mais antiga de jogo com bola de que
existe evidência científica surge descrita num manual militar com origem na China Antiga e que
data do segundo e terceiro século a.C. Esta forma de jogo com (poucas) semelhanças ao futebol
era denominada de “Tsu-Chu” e consistia em pontapear uma bola de cabedal coberta de penas e
cabelos com o objetivo de a introduzir numa rede fixada entre duas canas de bambu. De acordo
com uma das variações descritas para este exercício militar, o jogador não estava autorizado a
utilizar as mãos mas deveria utilizar os pés, o peito, as costas e ombros para se proteger dos
ataques adversários enquanto tentava introduzir a bola no alvo. Uma outra forma de jogo teve
origem cerca de 500 a 600 anos depois, também na região do extremo oriente, e ainda hoje é
praticado: o japonês “Kemari”. Neste jogo não existia a luta pela posse de bola que caracterizava o
passavam a bola uns aos outros tentando que esta não tocasse no solo. Outros jogos normalmente
associados às origens do futebol são o “Episkyros”, com origem na Grécia Antiga durante o quarto
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e quinto século a.C.; o romano “Harpastum”, que deriva do anterior e foi muito popular durante o
Império Romano permanecendo popular durante cerca de 700 a 800 anos; e, mais tarde, o “Le
Soule”, muito popular já durante a idade média na região da França e cujas características
apontam para uma relação com o “Harpastum”, introduzido na região aquando da ocupação
Para além de se jogarem com os pés, todos estas e outras formas de jogo que acabámos de
descrever possibilitavam também o uso das mãos e incentivavam ao forte contacto físico,
Para além das descritas, são muitas as formas de jogo com bola praticadas durante séculos um
pouco por todo o mundo que parecem ter alguma relação com o futebol. Contudo, o jogo tal como
hoje o conhecemos começa a ganhar forma já na era contemporânea e tem Inglaterra como
Diversas formas primitivas do jogo de futebol foram sendo praticadas um pouco por todo o mundo,
durante séculos. Em Inglaterra, durante a Idade Média, emerge uma forma medieval do jogo de
futebol que foi crescendo de popularidade. Este jogo, normalmente designado de “mob-football”,
era bastante caótico e violento, com poucas regras, e chegava a ser disputado entre cidades e
aldeias vizinhas inteiras. É então que a partir do século XVI alguns colégios e universidades
britânicas começam a introduzir diferentes formas de “football” nos seus programas de formação
física e desportiva. Contudo, só no século XIX, quando o “football” faz parte dos programas dos
principais colégios e universidades do país, é que o jogo começa a sofrer alterações significativas
na tentativa de o tornar mais organizado. Nesta altura cada instituição possuía o seu próprio
conjunto de regras, algumas com diferenças bastante significativas face às restantes, o que
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Arnold, dá o primeiro passo para a uniformização do jogo ao estabelecer um conjunto de regras
que, inspiradas pelo acontecimento histórico de 1823, quando naquela mesma instituição
William Webb Ellis pela primeira vez pegou na bola com a mão e percorreu o campo em direção à
baliza adversária, permitiam, entre outras coisas, pontapear os adversários abaixo dos joelhos e
manipular a bola com as mãos. Este conjunto de regras acabariam por ser seguidas por muitas
outras escolas mas não por todas. Instituições como Eton, Harrow e Winchester preferiam um estilo
de jogo menos físico e que desse prioridade ao pontapé na bola. Charterwouse e Westminster, por
outro lado, eram inclusive contra a utilização das mãos. Estas divergências levaram a várias
tentativas falhadas de uniformização das regras, até que em 1863 teve lugar na Universidade de
Cambridge uma segunda iniciativa para a uniformização das regras do jogo (a primeira tinha
ocorrido já em 1848, no mesmo local). Nesta reunião a maioria dos representantes das diferentes
escolas manifesta-se contra a utilização das ações mais violentas – tais como pontapear o adversário
– e contra a utilização das mãos para carregar e manipular a bola. Embora a iniciativa de Cambridge
tenha sido o primeiro passo para a resolução da confusão que envolvia as regras do jogo, o
encontro decisivo ocorreu no dia 26 de Outubro de 1863 quando onze clubes e escolas londrinas
um conjunto de regras universais que regeriam os jogos disputados entre eles. Este encontro
considerada igualmente a data que dá início ao futebol moderno, tal como hoje o conhecemos.
Contudo, a discussão em torno das regras continuou e várias reuniões aconteceram após este
“estilo rugby” ditam a sua saída da recém criada associação e as duas modalidades seguem,
finalmente, caminhos diferentes. Esta separação veio tornar-se definitiva seis anos depois quando
é introduzida pela primeira vez um regra que proíbe sequer tocar a bola com as mãos, e não só
carregá-la. Ainda assim, a fusão definitiva entre as diferentes perspectivas relacionadas com as
regras do jogo de futebol ocorrem apenas em 1886 com a fundação do International Football
Association Board (IFAB), quem vem pôr fim a todas as divisões e definir um único conjunto de
regras. Antes, em 1872 tinha já sido criada a primeira competição de futebol do mundo – a FA Cup
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– e em 1888 surge o primeiro campeonato organizado. Depois da federação inglesa foram
fundadas as federações escocesa (Scottish FA, em 1873), galesa (Walles FA, em 1875) e Irlandesa
(Irish FA, em 1880). A difusão do futebol fora de Inglaterra começou devagar mais foi crescendo
rapidamente e chegou a vários cantos do mundo. A FIFA, organização que dirige as associações de
futebol a nível mundial, foi fundada em 1904, em Paris, por sete membros fundadores: França,
Bélgica, Dinamarca, Holanda, Espanha (representada pelo Real Madrid FC), Suécia e Suíça. A
federação alemã juntou-se à organização ainda no mesmo dia. No final do anos 30 do século XX
contava já com cinquenta e um membros e em 1950 com setenta e três. Atualmente conta com
Pouco a pouco, o futebol foi-se espalhando um pouco por todo o globo e conquistando cada vez
mais admiradores, tornando-se na modalidade mais popular do mundo. Mas como chegou estou
jogo a Portugal?
Não existe com certeza absoluta uma data e um local para o momento em que uma bola de futebol
rolou pela primeira vez em Portugal, aliás, provavelmente terão até sido os próprios ingleses os
primeiros a praticarem por cá o seu adorado jogo. De acordo com alguns historiadores, a primeira
partida terá acontecido na Ilha da Madeira, freguesia da Camacha, no ano de 1875 e o responsável
pela introdução da modalidade terá sido Harry Hinton, um jovem britânico que estudava em
Londres mas cuja família residia na ilha. Terá sido o próprio Harry quem trouxe a bola de Inglaterra.
Contudo, esta é uma história rodeada de alguma controvérsia. Em 1888 uma bola trazida pelos
irmãos Pinto Basto terá rolado num Domingo de tarde na Parada de Cascais, num jogo que o
organizador, Guilherme Pinto Basto, denominou de “ensaio”, que seria na gíria da época, a forma
como se denominava um treino. Para todos os efeitos, esta era a primeira vez que se jogava futebol
primeiro jogo organizado teve lugar no dia 22 de Janeiro de 1889, no Campo Pequeno em Lisboa,
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novamente pela mão dos irmãos Pinto Basto, e opôs uma equipa de portugueses a uma equipa
inglesa num jogo em que os lusitanos levaram a melhor, mesmo na estreia. O mesmo Guilherme
Pinto Basto será o responsável pela fundação em 1902 do Clube Internacional de Foot-ball (CIF),
que viria a tornar-se no primeiro clube português a jogar no estrangeiro, derrotando o Madrid Foot-
ball Club, hoje conhecido como Real Madrid FC, em 1907 num jogo disputado na capital
espanhola. O jogo foi espalhando-se lentamente pelo país através de novos clubes, associações e
colégios privados e até ao final do século XVIII já existiam associações e clubes nas principais
cidades do país. A 31 de Março 1914 seria fundada pelas associações de Lisboa, Porto e Portalegre
disputada por eliminatória à imagem da atual Taça de Portugal – aconteceu em 1922, ano em que
a seleção também se estreou num jogo em Espanha onde perdeu por 3 golos a 1. A estreia em
Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Em 1938 a FPF decide reestruturar o futebol português e
passa a organizar o Campeonato Nacional da Primeira Divisão – ganho pelo FC Porto na sua 1ª
Edição – e o Campeonato Nacional foi substituído pela Taça de Portugal, jogada por eliminatórias e
aberta a uma maior número de equipas. A seleção nacional só se qualificaria pela primeira vez para
uma grande competição de futebol em 1966, no Mundial de Inglaterra, onde conseguiu a sua
por 2-1 na disputa pelo 3º lugar. A estreia em campeonatos europeus aconteceu em 1984 na
França, com a seleção a atingir também as meias-finais, sendo eliminada no prolongamento frente
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CAPÍTULO 2: INTRODUÇÃO ÀS LEIS DO JOGO
modificações permitidas pelo IFAB, não podem ser modificadas ou alteradas. Este conjunto de
regras e normas caracteriza não só aquilo que é a estrutura formal do jogo de Futebol como
também estabelece os termos legais para as ações e relações de cooperação e oposição dos
jogadores.
preservação das Leis do Jogo e o único com autoridade para decidir sobre eventuais alterações que
as mesmas possam sofrer. Composto pelas quatro federações de futebol britânicas (Inglaterra,
Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) mais a FIFA (em representação das restantes federações
nacionais) tem a missão de servir o futebol mundial como entidade independente que trabalha
para assegurar que as Leis do Jogo permanecem justas e que se adaptam a mudanças importantes
que possam ocorrer no jogo, procurando manter a simplicidade e o caráter não-intrusivo das
regras. De acordo com o IFAB (2018), em cada proposta de alteração ou revisão das Leis do Jogo, a
atenção deve estar centrada na equidade, integridade, respeito, segurança, satisfação dos
participantes e no modo como a tecnologia pode beneficiar o jogo. Outro aspecto fundamental é o
contributo que as Leis devem oferecer ao jogo no sentido de o tornar atrativo e fonte de satisfação
natureza subjetiva que está associada a algumas delas e a suscetibilidade ao erro humano leva
inevitavelmente ao debate e discussão. Não obstante, o espírito do jogo exige que as decisões das
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Para uma compreensão mais aprofundada sobres as Leis de jogo sugere-se a leitura do documento
Lei 1: O Terreno de Jogo – define as normas relacionadas com a superfície de jogo, as marcações
do terreno, as dimensões, a área de baliza, a área de penálti, a área de canto, a área técnica, as
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Lei 2: A Bola – define as normas relacionadas com o instrumento de jogo, nomeadamente as suas
características e medidas:
Forma esférica;
Lei 3: Os Jogadores – define as regras relacionadas com a composição das equipas e com o
número e procedimentos das substituições. O jogo é disputado por duas equipas compostas por
um máximo de 11 jogadores cada uma, dos quais um é o guarda-redes. Nenhum jogo pode
começar ou continuar se uma das equipas tiver ou vir a ter menos de sete jogadores. Em
competições oficiais, o número de substituições que podem ser usadas em qualquer jogo de uma
competição oficial será́ determinada pela FIFA, pela confederação ou pela federação nacional de
futebol, até um máximo de cinco, exceto em competições de futebol masculino e feminino que
envolvam as equipas principais dos clubes da mais alta divisão ou seleções nacionais A, em que o
máximo é de três substituições. O recurso a substituições ilimitadas só́ é permitido nos escalões de
Lei 4: O Equipamento dos Jogadores – define as normas relacionadas com o equipamento dos
perigoso como, por exemplo, qualquer tipo de joias, mesmo que cobertas por fita adesiva. Outras
normas definidas dizem respeito ao equipamento obrigatório a utilizar pelos jogadores, cores,
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Lei 5: O Árbitro – define as normas relacionadas com a ação do árbitro, a sua autoridade, poderes,
deveres e responsabilidades. Para o jogo que tenha sido nomeado, o árbitro dispõe de toda a
autoridade necessária para velar pela aplicação das Leis do Jogo , e todas as suas decisões devem
ser respeitadas.
Lei 6: Outros elementos da equipa de Arbitragem – define as normas relacionadas com a atuação
dos restantes elementos da equipa de arbitragem. Estes elementos (tais como os árbitros
assistentes e o quarto árbitro) atuam sob a direção do árbitro principal e ajudam-no a controlar o
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Figura 3 – Sinais dos árbitros assistentes e respetivos significados (IFAB, 2018).
Lei 7: A duração do Jogo – o jogo é composto por duas partes de 45 minutos cada uma, com um
intervalo que não deve exceder os 15 minutos, a menos que outra duração tenha sido combinada
de comum acordo entre o árbitro e as duas equipas participantes, antes do início do jogo e de
prolongamento e recomeça o jogo após a marcação de um golo. O jogo também pode ser
circunstâncias.
Lei 9: A bola em jogo e fora de jogo – considera-se que a bola está fora de jogo quando atravessa
completamente a linha final ou a linha lateral, quer seja junto ao solo quer pelo ar, ou quando o
jogo é interrompido pelo árbitro. A bola está em jogo em todas as outras situações, inclusive
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quando permanece no terreno de jogo após ter embatido num elemento da equipa de arbitragem,
Lei 10: Determinação do resultado do Jogo – um golo é marcado quando a bola transpõe
completamente a linha de baliza, entre os postes e por baixo da barra que define a baliza, desde
que nenhuma infração às Leis do Jogo tenha sido previamente cometida. A equipa que marcar o
maior número de golos durante o jogo é declarada vencedora. Se as duas equipas marcarem o
competição exigir que uma das equipas seja declarada vencedora, procedendo-se ao
Lei 11: Fora de Jogo – estar em posição de fora de jogo não constitui por si só uma infração e o
jogador só deve ser penalizado se tomar parte ativa no jogo, jogando a bola ou interferindo com
cabeça, corpo ou pés estiver no meio-campo adversário e mais perto da linha de baliza adversária
do que a bola e o penúltimo adversário, excepto quando recebe a bola diretamente de um pontapé
de baliza, lançamento lateral ou pontapé de canto. As mãos e os braços não são considerados.
Lei 12: Faltas e incorreções – define e caracteriza as faltas e incorreções que os jogadores poderão
livres diretos, indiretos e o pontapé de penálti só podem ser assinalados por faltas e infrações
Pontapé-Livre Direto – Pune infrações que impliquem contacto físico entre dois adversários
por imprudência, negligência ou força excessiva. Outras infrações como tocar a bola com a
mão (exceto o guarda-redes dentro da sua própria área) ou agarrar um adversário também
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Pontapé-Livre Indireto – Pune infrações em que não existe contacto físico entre dois
sem contacto, manifestar desacordo utilizando uma linguagem e/ou gestos ofensivos,
bola das mãos e pontapear ou tentar pontapear a bola quando este está a soltá-la das suas
mãos; qualquer outra infração pela qual o jogo seja interrompido para advertir ou
expulsar um jogador; quando o guarda-redes mantêm a bola nas suas mãos mais de seis
segundos ou quando a toca com as mãos após a ter soltado sem que esta seja tocada por
outro jogador (exceto se a bola ressaltar acidentalmente ou após uma defesa); ou após a
bola ter sido deliberadamente pontapeada para o guarda-redes por um colega de equipa.
amarelo quando: retardar o recomeço do jogo; manifestar desacordo por palavras ou atos;
respeitar a distância exigida quando o jogo recomeça com um pontapé de canto, livre ou
comportamento antidesportivo;
Medidas Disciplinares: Expulsão – um jogador deve ver um cartão vermelho e ser expulso
do terreno de jogo quando: impedir a equipa adversária de marcar golo ou anular uma
clara oportunidade de golo tocando deliberadamente a bola com a mão; impedir um golo
ou anular uma clara oportunidade de golo de um adversário cujo movimento geral seja na
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Lei 13: Pontapés-Livres – caracteriza os pontapés-livres diretos e indiretos e define os
Lei 14: O pontapé de Penálti – caracteriza o pontapé de penálti e define os procedimentos para a
sua execução. Um pontapé de penálti deve ser assinalado se uma jogador cometer uma infração
punida com pontapé-livre direto dentro da sua própria área de penálti ou fora do terreno de jogo
Lei 15: O lançamento lateral – o lançamento lateral é concedido aos adversários do último jogador
que tocou na bola antes de ela atravessar a linha lateral pelo solo ou pelo ar. Do lançamento lateral
não pode ser marcado golo diretamente. São igualmente descritos os procedimentos para a sua
Lei 16: O Pontapé de Baliza – o pontapé de baliza é assinalado quando a bola ultrapassar
completamente a linha de baliza, pelo solo ou pelo ar, tocada em último lugar por um jogador da
equipa atacante, sem que um golo tenha sido marcado. Um golo pode ser obtido diretamente
através de um pontapé de baliza mas somente contra a equipa adversária. São igualmente
Lei 17: O Pontapé de Canto – um pontapé de canto é assinalado quando a bola ultrapassar
completamente a linha de baliza, quer seja rente ao solo ou pelo ar, tocada em ultimo lugar por
um jogador da equipa defensora, sem que um golo tenha sido marcado. Um golo pode ser obtido
diretamente através de um pontapé de canto mas somente contra a equipa adversária. São
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CAPÍTULO 3: ANÁLISE SISTEMÁTICA E LÓGICA INTERNA DO JOGO DE FUTEBOL
O futebol é uma modalidade desportiva integrada no quadro dos designados jogos desportivos
coletivos cuja natureza, de modo simplista, se caracteriza pelo confronto entre duas equipas que
procuram introduzir o objeto de jogo – a bola – no alvo defendido pelo adversário – a baliza – com o
objetivo de vencer. Assim, podemos afirmar que o principal objetivo do jogo é marcar e não sofrer
golo ou, em última instância, marcar mais golos que a equipa adversária. Deste modo, é este
objetivo superior e comum – o golo – que constitui a meta fundamental a atingir e que permite
atribuir significado às ações coletivas e individuais através das quais os jogadores procuram a sua
consecução. Tanto no ataque como na defesa, as sucessivas configurações que o jogo vai
oposição em função desse mesmo objetivo do jogo. Correlativamente, diz-nos Queiroz (1986), o
defesa, tendo em vista o desequilíbrio do sistema contrário na procura de uma meta comum,
o autor denominou de “lógica interior do jogo” – ou lógica interna do jogo, como é comummente
designada. É através do conhecimento profundo da lógica interna do jogo que é possível definir e
construir uma determinada forma de jogar específica que respeite a natureza fundamental do jogo.
Na mesma linha de pensamento, são vários os autores que sustentam que a construção do
lógica interna do jogo (Teodorescu, 1984; Ferreira & Queiroz, 1982; Queiroz, 1986; Garganta &
Gréhaigne, 1999).
A análise sistemática do jogo deriva da simplificação da sua estrutura complexa e tem como
objetivo fazer a análise estrutural do jogo (Queiroz, 1983; 1986). Assim, partindo da relação
dialética que se estabelece entre o ataque e a defesa, esta perspectiva – que estabelece como
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como objetivo caracterizar os diferentes níveis de complexidade da estrutura do jogo com base na
percorridas no desenvolvimento tanto das fases ofensiva como defensiva, desde o seu
Ataque e da Defesa;
harmonia com as suas Fases e Formas, isto é, são os meios pelos quais os jogadores
O jogo de futebol, em linha com o que já referimos anteriormente, decorre da oposição entre duas
equipas que disputam a conquista da bola com o objetivo de marcar golo na baliza do adversário e,
ao mesmo tempo, impendido que o mesmo ocorra na sua baliza. Assim, uma vez que só existe
uma bola em jogo, facilmente percebemos que em função da posse ou não da bola as equipas
objetivos parciais distintos. Segundo Teodorescu (1984), o jogo desenvolve-se num quadro
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antagónico de duas fases fundamentais de ataque e de defesa que se manifesta nos domínios
procura romper com o equilíbrio teórico existente e alcançar o sucesso – ou seja, o golo.
Resumindo, desta perspectiva dualista do jogo de futebol e em função da posse de bola, podemos
FASE OFENSIVA
Objetivos – a posse de bola não encerra um fim em si mesma e deve ser encarada como condição
situações de finalização.
Vantagens e Desvantagens – a grande vantagem da equipa em fase ofensiva está relacionada com
a iniciativa e controlo do jogo que a posse de bola lhe possibilita. Por outro lado, a principal
FASE DEFENSIVA
Conceito – a equipa sem posse de bola encontra-se em fase defensiva e, através de um conjunto de
tentativa de recuperar a posse de bola e evitar a concretização do golo por parte do adversário.
do adversário.
defesa da sua própria baliza, sob pena de comprometer o resultado final do jogo. Este
defensiva nas zonas mais próximas da baliza e por ações que visam essencialmente
utilização de um conjunto vasto de ações técnico-táticas defensivas que, pelo facto de serem
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realizadas sem bola, apresentam maior simplicidade. Uma outra vantagem está relacionada com a
entre a bola e a baliza, condicionando no espaço e no tempo as ações dos adversários. Por outro
lado, a grande desvantagem do processo defensivo está relacionada com o facto de o ataque
desenvolvimento tanto do ataque como da defesa, desde o seu início até à sua completa
consumação. Esta nomenclatura pode gerar alguma confusão , uma vez que já utilizamos o
substantivo “Fase” para designar as fases fundamentais do jogo – Ofensiva e Defensiva, como
vimos anteriormente – torna-se pertinente a adoção do conceito de “Etapa” como, aliás, o próprio
Queiroz (1986) faz referência. Estas etapas possuem três níveis distintos (Nível III, Nível II e Nível I),
as caracteriza. Uma vez que as fases ofensiva e defensiva são interdependentes e indissociáveis
uma da outra, a uma etapa para o ataque corresponde uma outra, antagónica, para a defesa.
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FUTEBOL
MAIOR MAIOR
FASE OFENSIVA FASE DEFENSIVA
COMPLEXIDADE
COMPLEXIDADE
Criar Situações de
Finalização Etapa de Nível II Anular Situações de
Finalização
Impedir a Finalização
Finalização Etapa de Nível I
MENOR MENOR
Figura 4 – As fases fundamentais do jogo – Ofensiva e Defensiva – e as etapas percorridas no seu desenvolvimento
Entendida a sua organização, importa agora caracterizar cada uma das referidas etapas, em
respeito não só à sua conceptualização mas também às formas de jogo que as caracterizam. Assim,
Etapa de Nível III (ou Fase III) – a equipa em posse de bola procura a construção de ações
ofensivas contra a equipa em processo defensivo, que procura impedir a sua consecução.
O principal objetivo da equipa com bola é a progressão para zonas mais próximas da
baliza do adversário.
Etapa de Nível II (ou Fase II) – a equipa em posse de bola procura, nas zonas
do jogo – o golo. Por sua vez, a equipa em fase defensiva procurar anular as situações de
finalização do adversário.
FUTEBOL I 24
Etapa de Nível I (ou Fase I) – esta etapa traduz a ação ofensiva mais evidente – marcar golo.
Por sua vez, para a equipa em fase defensiva, esta etapa corresponde a impedir a
Por outro lado, tal como a caracterização anterior deixa antever, a cada uma das etapas do ataque e
organizadora da atividade das equipas durante cada uma delas. Esta relação entre as etapas do
ataque e da defesa (ou fases) e as formas de jogo, contribui significativamente para a relação entre
a lógica interna do jogo e a sua lógica didática, subjacente aos processos de ensino e treino no
futebol.
ETAPA FORMA
Etapa de Nível II
ATAQUE X DEFESA + GR
(Fase II)
Etapa de Nível I
ATAQUE X 0 + GR
(Fase I)
Figura 5 – Relação estre as etapas do ataque e da defesa e as correspondentes formas fundamentais de jogo que
Assim, no sentido de garantir uma lógica didática que vá ao encontro da lógica interna e estrutural
enquadrem nas etapas de nível de III se caracterizam pelo facto de que quem se encontra em
processo ofensivo poder perder a posse de bola e, consequentemente, ser obrigado a entrar em
processo defensivo. Falamos de uma possível alternância sistemática entre as fases ofensiva e
defensiva que obriga, portanto, à utilização de exercícios sobre duas balizas. Por outro lado,
exercícios que se enquadrem nas etapas de nível II caracterizam-se pelo desenvolvimento de ações
ofensivas que vão desde a criação de situações de finalização até à finalização propriamente dita,
FUTEBOL I 25
com oposição de defesas que podem estar em inferioridade, igualdade ou, até, superioridade
numérica. Falamos de exercícios sobre uma baliza, apenas. Por último, os exercícios de
ações ofensivas de finalização, de um ou mais atacantes, sobre uma baliza e sem oposição de
jogadores dirigem e coordenam a sua atividade durante as fases do jogo, no plano individual e
coletivo (Teodorescu, 1984). Estes princípios são diferentes daqueles que constituem as regras de
ação que dizem respeito aos comportamentos pretendidos pelo treinador e que estão associados
aos modelos de jogo adaptados. Ao invés, falamos de uma conjunto de princípios relacionados
com a lógica interna do jogo e que estão na base dos comportamentos individuais e coletivos com
vista a assegurar uma adequada intervenção nos diversos cenários do jogo. Assim, no futebol,
consideramos habitualmente dois níveis de princípios de jogo (Hainaut & Benoit, cit. por Queiroz,
PRÍNCIPIOS FUNDAMENTAIS
São princípios de caráter mais geral, comuns a todos os jogadores e referentes à relação numérica
que se estabelece entre atacantes e defesas em diferentes momentos do jogo. De um modo geral,
entende—se que as ações técnico-táticas individuais e coletivas estarão tão mais perto da eficácia
quanto maior for o número de jogadores envolvidos. Estes princípios estão organizados
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PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS
Estes princípios constituem um conjunto de regras de base que representam uma determinada
comportamentos mais adequados para intervir em determinados contextos do jogo, com vista à
consecução dos objetivos das fases ofensiva e defensiva – nomeadamente a manutenção da posse
cobertura/defesa da baliza para a defesa. Para cada um dos princípios específicos estão associados
ATAQUE
PRINCÍPIO
AÇÕES TÉCNICO-TÁTICAS
OBJETIVOS COMPORTAMENTOS
FUNDAMENTAIS
(3º Atacante)
(Estrutura Coletiva)
1) Todos os comportamentos individuais e coletivos que Sistemas Táticos;
ESPAÇO
Estruturação e racionalização do espaço de jogo e das promovam a largura e a profundidade do processo Métodos de jogo ofensivos;
ações ofensivas coletivas no sentido de dar uma maior ofensivo. Esquemas táticos ofensivos.
amplitude ao ataque, em largura e profundidade.
Figura 6 – Síntese dos Princípios Específicos Ofensivos e caracterização dos seus objetivos, comportamentos e ações
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DEFESA
PRINCÍPIO
AÇÕES TÉCNICO-TÁTICAS
OBJETIVOS COMPORTAMENTOS
FUNDAMENTAIS
(3º Defesa)
EQUILÍBRIO
Marcação;
1) Cobertura de eventuais linhas de passe;
Intercepção;
Manter a estabilidade e o equilíbrio da estrutura 2) Cobertura de espaços e atacantes livres.
Dobra.
defensiva.
Figura 7 – Síntese dos Princípios Específicos Defensivos e caracterização dos seus objetivos, comportamentos e ações
Na imagem que se segue, embora de carácter fictício, podemos ver uma representação
A2
A3 A4
A1
ATAQUE
ATAQUE
D1
D4
D2
D3
Figura 8 – Representação dos princípios específicos numa situação de jogo. Os jogadores representados pela letra (A)
FUTEBOL I 28
Na figura anterior podemos ver que o jogador A1 representa o primeiro atacante, em progressão,
estes devam ser entendidos com respeito à estrutura coletiva da equipa e não só a uma ação
técnico-tática individual.
Tal como referem Maçãs & Brito (2000), os fatores de jogo são ações técnico-táticas de base às
quais os jogadores recorrem – individual e coletivamente – nas fases de ataque e defesa no sentido
de solucionar as diferentes situações do jogo. Assim, o principal objetivo de cada uma dessas ações
é a resolução eficiente dos problemas que as situações momentâneas do jogo levantam. Neste
sentido, todas as ações técnico-táticas individuais e coletivas não devem ser encaradas como
objetivos em si mesmas, mas como os meios através dos quais os jogadores e a equipa
desequilíbrio do sistema contrário. Estas ações dividem-se em relação à sua natureza ofensiva e
No quadro que se segue podemos ver uma síntese das ações técnico-tática de natureza ofensiva e
FUTEBOL I 29
AÇÕES TÉCNICO-TÁTICAS DO JOGO DE FUTEBOL
ATAQUE DEFESA
AÇÕES INDIVIDUAIS
Figura 9 – Síntese das ações técnico-táticas do jogo de futebol, de natureza ofensiva e defensiva.
determinada pelo primeiro toque realizado pelo jogador que a recebe ou intercepta,
Objetivos: uma eficaz receção da bola permite ao jogador assumir a iniciativa do jogo,
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1.2) Condução da Bola
Conceito: ação individual de natureza ofensiva que permite ao jogador deslocar-se com a
Conceito: ação individual de natureza ofensiva que consiste em proteger a bola através da
sobre a bola.
1.4) Drible/Finta/Simulação
o. Embora alguns autores façam a distinção entre estes conceitos, consideramos que, face
à sua finalidade, assumem-se como ações técnico-táticas semelhantes que não merecem
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1.5) Remate
1.6) Passe
Conceito: ação individual de natureza ofensiva que permite ao portador da posse de bola
1.7) Cabeceamento
Objetivos: dependendo do contexto situacional do jogo, esta ação pode ter como objetivo
Conceito: ação individual de natureza ofensiva que pode ser considerada como uma
forma especial e com características particulares de passar a bola, que permite ao portador
campo;
predominante de finalização.
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1.9) Técnicas de Desmarcação
Conceito: aqui entendida como o conjunto de ações individuais ofensivas utilizadas por
conquistar espaços livres que permitam participar de forma eficaz no processo ofensivo da
equipa. A desmarcação também pode ser considerada como um conceito coletivo, como
Conceito: ação individual de natureza ofensiva definida no quadro das Leis do jogo (Lei
15), executada com as mãos, e utilizada para a reposição da bola em jogo após esta sair
Objetivos: retomar o jogo após a bola sair pela linha lateral e iniciar ou dar continuidade
ao processo ofensivo da equipa, colocando a bola num companheiro em boa posição para
a receber.
2.1) Desarme
Conceito: ação individual de natureza defensiva que permite retirar a posse de bola ao
2.2) Marcação
Conceito: aqui entendida como uma ação individual de natureza defensiva que visa
dificultando a sua posse de bola e a construção do seu processo ofensivo. Também pode
Objetivos: evitar que o adversário progrida no terreno de jogo com a bola controlada,
2.3) Interceção
Conceito: ação individual de natureza defensiva que consiste na intervenção sobre a bola
2.4) Carga
Conceitos: ação individual de natureza defensiva, prevista e permitida pelas Leis do jogo,
que consiste no contacto físico ombro-a-ombro entre dois jogadores em luta direta pela
posse de bola.
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3) AÇÕES COLETIVAS ELEMENTARES OFENSIVAS
Classificação:
“triangulações”).
COMBINAÇÃO SIMPLES COMBINAÇÃO DIRETA COMBINAÇÃO INDIRETA
ATAQUE
ATAQUE
da fase ofensiva. Por este facto, incluem-se não só nas ações individuais, mas também nas
ações coletivas.
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Objetivos: ocupação racional do espaço de jogo e libertação da marcação individual do
relação que se estabelece entre o espaço de jogo e a trajetória do jogador (com referência
à linha final); e 2) Tipo, pela relação que se estabelece entre o deslocamento do jogador e
1) Forma:
do jogo;
2) Tipo:
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Rotura – deslocamentos de aproximação ou afastamento ao portador da
de finalização.
3.3) Compensações/Desdobramentos
Conceito: são ações técnico-táticas individuais realizadas no contexto das ações coletivas
de natureza ofensiva que visam assegurar uma constante ocupação racional do espaço de
equipa.
esforço.
natureza ofensiva que visam assegurar as condições momentâneas mais favoráveis para o
processo ofensivo.
3.5) Cortinas/Ecrãs
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ofensivo e à resolução de uma tarefa parcial do jogo. Assumem especial relevância nos
esquemas táticos e é considerada uma ação coletiva uma vez que, mesmo quando
realizada por um jogador, exige coordenação com as ações ofensivas de outros jogadores.
Objetivo: perturbar a ação defensiva dos adversários dificultando a visão da bola, o seu
canto; pontapé livre; pontapé de grande penalidade e lançamentos de linha lateral). Aqui
considerada como uma ação coletiva que envolve um número não muito elevado de
jogadores (3 a 4 jogadores).
4.1) Dobra
deve assumir rapidamente a posição de contenção. Por sua vez, o jogador que foi
4.3) Compensações
Conceito: são ações técnico-táticas individuais realizadas no contexto das ações coletivas
de natureza defensiva que visam assegurar uma constante ocupação racional do espaço de
equipa.
natureza defensiva que visam assegurar as condições momentâneas mais favoráveis para
4.5) Cortinas/Ecrãs
individualmente (por exemplo, proteger a bola que vai sair favoravelmente pela linha
final), geralmente é uma ação que exige coordenação com as ações defensivas de outros
jogadores.
baliza.
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4.6) Marcação/Tipos de Defesa
Objetivo: evitar que os adversários criem, ocupem e utilizem espaços vitais do terreno de
relação que se estabelece com os jogadores adversários e com o espaço. Embora seja
comum considerar vários tipos de marcação, consideramos que o ato de marcar pode
pressionante – que se pode colocar na ação e vão constituir os diferentes métodos de jogo
equipa nas situações de bola parada a favor do adversário (pontapé de saída; pontapé de
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linha lateral). Aqui considerada como uma ação coletiva que envolve um número não
acordo com a sua posição na estrutura da equipa (por exemplo, defesa-lateral) e com as
penalidade).
Entendidos na mesma linha conceptual descrita nas ações coletivas elementares mas aqui
ofensivo.
procedimentos ofensivos.
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5.4) Sistema Tático
Conceito: estrutura geral de organização das ações ofensivas da equipa (por exemplo
princípios de colaboração.
Objetivos: definir uma estrutura base para a equipa e um conjunto de funções e tarefas
para os jogadores.
ofensivas.
Classificação: os métodos de jogo ofensivo podem ser classificados de acordo com três
situações de finalização.
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reduzido número de passes e acompanhada movimentações rápidas dos
jogadores.
acordo com a sua posição na estrutura da equipa (por exemplo, defesa-lateral) e com as
Entendidos na mesma linha conceptual descrita nas ações coletivas elementares mas aqui
procedimentos defensivos.
defensivas.
Classificação: os métodos de jogo defensivo podem ser classificados de acordo com três
individual.
método à zona, que pode assumir uma atitude mais ou menos pressionante, em
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Ferreira, M.J. & Queiroz, C. (1982). Futebol – da Formação à Alta Competição. Ludens,
IFAB (2018). Laws of the Game 2018/19. International Football Association Board.
3. Maças, V. & Brito, J. (2000). Os Fatores de Jogo em Futebol – as Ações Técnico-Táticas. Série
4. Queiroz, C. (1983). Para uma Teoria do Ensino/Treino do Futebol. Ludens, 8(1), pp. 25-44.
Livros Horizonte.
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