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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
JORNALISMO ESPORTIVO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
JORNALISMO ESPORTIVO

MÓDULO III

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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO III

8 ESPORTE: CONCEITO E HISTÓRIA

O conceito de esporte é um assunto que gera polêmica entre os


pesquisadores do tema. Algo que deveria ser simples, mas que diante de tantas
atividades esportivas deve ser analisado.

Um ponto que pode gerar boas discussões é a definição de esporte. A


competição deve ser entre seres humanos e suas habilidades, treinos,
esforços, superação pessoal, física e psíquica, enfim, com equipamentos
semelhantes. Assim, os principais componentes do esporte são:
desenvolvimento físico, regras definidas e competição. Portanto,
atividades recreativas, como pesca, caça, esqui e alpinismo, já estão fora
dessa classificação, de um lado. De outro, também não consideramos
esporte o automobilismo e outras competições motorizadas porque a
condição da máquina pode influenciar no resultado, ou seja, eles não
dependem exclusivamente do piloto (o atleta, no caso), de suas habilidades
pessoais. Além de não ser reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional
(COI), ou seja, não participar de Olimpíada (BARBEIRO; RANGEL, 2006, p.
14, grifos do autor).

Há três condições a serem consideradas no desenvolvimento de uma


definição de esporte1:

 Esporte refere-se a tipos específicos de atividades;


 Esporte depende das condições sob as quais as atividades acontecem;
 Esporte depende da orientação subjetiva dos participantes envolvidos nas
atividades.

Diante dos aspectos que envolvem o conceito de atividade física e esportiva


e demais elementos, podemos definir esporte como:

1
BARBANTI, Valdir. O que é esporte? Disponível em:
<http://www.eeferp.usp.br/paginas/docentes/Valdir/O%20que%20e%20esporte.pdf>. Acesso em: 20
fev. 2013.

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Esporte é uma atividade competitiva institucionalizada que envolve esforço
físico vigoroso ou o uso de habilidades motoras relativamente complexas,
por indivíduos, cuja participação é motivada por uma combinação de fatores
intrínsecos e extrínsecos2.

Assim, após definirmos o conceito de esporte, podemos seguir com nossos


estudos. Veremos agora a história do esporte.

8.1 HISTÓRIA DO ESPORTE

FIGURA 13

FONTE: Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAewyoAK/historia-esporte>.


Acesso em: 16 fev. 2013.

A história do esporte divide-se em três períodos (TUBINO, 2010):

 Esporte Antigo: até a primeira metade do século XIX.


 Esporte Moderno: de 1820 a 1980.
 Esporte Contemporâneo: de 1980 em diante.

2
BARBANTI, Valdir. O que é esporte? Disponível em:
<http://www.eeferp.usp.br/paginas/docentes/Valdir/O%20que%20e%20esporte.pdf>. Acesso em: 20
fev. 2013.

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Na Antiguidade, as práticas esportivas não se pareciam com as que
conhecemos hoje. Em razão disso, eram conceituadas como práticas pré-esportivas.
Algumas eram úteis para a sobrevivência do homem, como a corrida e a caça.
Outras eram mais uma preparação para guerras, como a esgrima e as lutas
(TUBINO, 2010).

Muitas dessas práticas pré-esportivas do Esporte Antigo desapareceram


com o tempo. Outras se transformaram em Esportes Autótonos, que podem
ser considerados “esportes puros”, isto é, esportes que continuaram a ser
praticados ao longo do tempo sem receber influências de outras culturas.
Quando os Esportes Autótonos permanecem como prática, mas com
modificações de outras culturas, geralmente de nações colonizadoras,
passam a ser chamados Esportes ou Jogos Tradicionais (TUBINO, 2010,
p.21).

Os jogos gregos são considerados como as primeiras manifestações


esportivas. Eram “festas populares, religiosas, verdadeiras cerimônias pan-
helênicas, cujos participantes eram as cidades gregas” (TUBINO, 2010, p. 22).

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade, principal manifestação esportiva de


toda a Antiguidade, eram celebrados em Olímpia, Élida, num bosque
sagrado chamado “Altis”, em homenagem a Zeus Horquios, a cada quatro
anos. Esses Jogos eram anunciados pelos arautos e desenvolvidos pelos
helenoices. As principais provas eram: corrida de estádio, corrida do duplo
estádio, corrida de fundo, luta, pentatlo, corrida das quadrigas, pancrácio,
corrida de cavalos montados, corrida com armas, corrida de bigas, pugilato
e outras (TUBINO, 2010, p. 22).

FIGURA 14

FONTE: Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAewyoAK/historia-esporte>.


Acesso em: 16 fev. 2013.

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As práticas esportivas passaram a ser relacionadas a lutas violentas e até
mortais. Apostas referentes aos resultados de lutas, corridas curtas, etc. motivaram
o público nos séculos XVIII e XIX.

8.2 O ESPORTE NO MUNDO

Em 1820, teve início o esporte moderno. De acordo com Tubino (2010), o


esporte moderno foi criado por Thomas Arnold, que organizou regras e competições
de rugby. Foi o que impulsionou a criação de clubes esportivos por toda a Europa.
Em 1896, os Jogos Olímpicos foram restaurados por Pierre de Coubertin, em
Atenas. Esse fato estimulou ainda mais o desenvolvimento do esporte na época.

A chegada do Olimpismo fixou o amadorismo como uma das referências.


Naquele contexto do século XIX, o esporte, principalmente na Inglaterra, era
praticado pela aristocracia e alta burguesia, que tinham suas práticas
esportivas voluntárias e seu profissionalismo. O amadorismo era uma
defesa contra o ingresso popular na prática do esporte (TUBINO, 2010,
p.24).

A partir dos Jogos Olímpicos de Berlim (1936), momento em que Hitler


tentou usar os jogos para manifestar a supremacia ariana (suposta por ele),
questões políticas e rivalidades geográficas começaram a interferir na realidade do
esporte moderno. Tantas foram as interferências que até a classificação entre
medalhas de ouro, prata e bronze foi motivada por questões políticas. Todos os
conflitos vividos durante os jogos acabaram por enfraquecê-los profundamente.
A partir de 1980, o esporte contemporâneo passa a ter uma nova expressão
no mundo. Isso porque, em 1978, a UNESCO publica a Carta Internacional de
Educação Física e Esporte. Uma solicitação feita dois anos antes, durante a I
Reunião de Ministros de Esporte, que aconteceu em Paris. O documento apresenta
“diretrizes efetivas para que governos e populações em geral se referenciassem nas
questões relativas ao esporte, para um mundo melhor” (TUBINO, 2010, p. 28).

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8.3 O ESPORTE NO BRASIL

FIGURA 15

FONTE: Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2010/269/a-historia-entra-em-


campo>. Acesso em: 16 fev. 2013.

De 1968 em diante, o Manifesto do Esporte, o Movimento Esporte para


Todos e as declarações de intelectuais fizeram surgir um ambiente propício para a
evolução social do Esporte. Em 1978, a Carta Internacional de Educação Física e
Esporte da UNESCO teve muito destaque (TUBINO, 2010).

No Brasil, o esporte de rendimento era reproduzido nas escolas e fora do


âmbito institucionalizado. As pessoas reconheciam as práticas físicas
ligadas a qualquer tipo de jogo/esporte como recreação. Foi a Comissão de
Reformulação do Esporte Brasileiro de 1985, presidida por Manoel Tubino e
instalada pelo Decreto nº 91.452, que sugeriu, sob a forma de indicações,
que o conceito de Esporte no Brasil fosse ampliado, deixando a perspectiva
única do desempenho e, também, compreendendo as perspectivas da
educação e da participação (lazer). Foi assim que foram introduzidas, na
realidade esportiva nacional, as manifestações Esporte-educação, Esporte-
participação (lazer) e Esporte-performance (desempenho) (TUBINO, 2010,
p. 29).

A Constituição Federal de 1988 concretizou a importância do desporto ao


priorizar recursos públicos para o esporte educacional. Além disso, a Constituição
estabeleceu como dever do Estado fomentar práticas esportivas formais e não
formais, como direito dos brasileiros (TUBINO, 2010).

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O esporte é visto pelo Estado brasileiro como estratégico para o
desenvolvimento social do País e ferramenta de reconhecimento internacional, por
isso recebe investimentos cada vez maiores.

A candidatura e a consequente escolha do Brasil à sede da Copa do Mundo


FIFA de 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 seguem uma
diretriz de reconhecimento mundial. Aliado a isso, o País apresenta um
esforço de incremento do esporte de alto rendimento, sobretudo aqueles
incluídos no programa olímpico. Um bom desempenho no quadro de
medalhas também remete a uma nação avançada, desenvolvida, forte
(BRASIL, s.d., p. 11).

A história do esporte paraolímpico começa com o fim da Segunda Guerra


Mundial. O fato de muitos indivíduos terem se ferido gravemente nos combates
gerou uma nova discussão. Um trabalho de reabilitação médica impulsionou o
surgimento dos esportes paraolímpicos3.

No Brasil, o esporte paraolímpico começou a ser praticado pelo cadeirante


Robson Sampaio de Almeida, em parceria com seu amigo Aldo Miccolis. Os
dois fundaram o Clube do Otimismo no Rio de Janeiro e, meses depois,
Sergio Seraphin Del Grande fundou o Clube dos Paraplégicos de São
Paulo. Almeida e Del grande, depois de tratarem-se em hospitais norte-
americanos e presenciarem pessoas em cadeira de rodas praticando
esporte, trouxeram a ideia para o Brasil.4

Para cada tipo de deficiência, existem modalidades diferentes, sempre


respeitando a necessidade especial do atleta. De acordo com o Governo Federal, os
esportes paraolímpicos podem ser realizados por pessoas que tenham paralisia
cerebral, amputação de membro do corpo, cegueira completa, etc. Entretanto, não
inclui aqueles indivíduos que têm deficiência auditiva, pois estão aptos a
participarem das atividades esportivas convencionais.

3
BRASIL. Esporte paraolímpico. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/sobre/esporte/esporte-
paralimpico>. Acesso em: 23 fev. 2013.
4
BRASIL. Esporte paraolímpico. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/sobre/esporte/esporte-
paralimpico>. Acesso em: 23 fev. 2013.

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Curiosidade - Paraolímpico ou paralímpico?

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da


República (Secom) orienta o uso padrão em textos
governamentais da seguinte forma:

- Usa-se “paralímpico” quando nos referimos ao Comitê


Brasileiro e às competições internacionais. Exemplo: Comitê
Paralímpico Brasileiro, Jogos Paralímpicos.
- Já o termo “paraolímpico” é adotado quando nos referimos
genericamente ao tema. Exemplo: atleta paraolímpico,
competição paraolímpica, modalidade paraolímpica.

FONTE: BRASIL. Esporte paraolímpico. Disponível em:


<http://www.brasil.gov.br/sobre/esporte/esporte-paralimpico>. Acesso em: 23 fev. 2013.

FIGURA 16

FONTE: Disponível em: <http://sejuves.to.gov.br/noticia/2011/9/27/credenciamento-da-imprensa-para-


os-jogos-dos-povos-indigenas-termina-no-proximo-dia-30/>. Acesso em: 24 fev. 2013.

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Conheça os Jogos dos Povos Indígenas (BRASIL, s.d., p. 16):

Os Jogos dos Povos Indígenas foram criados em 1996, por


meio de iniciativa do Comitê Intertribal – Memória e Ciência Indígena
(ITC), com apoio do Ministério do Esporte. A primeira edição da
competição aconteceu em Goiânia, capital do estado de Goiás, tendo o
ITC como responsável pela organização desportiva, cultural, espiritual e
tradicional, além da articulação junto aos povos indígenas. Já houve
dez edições do evento. Os Jogos dos Povos Indígenas são bienais e
mais de 150 etnias já participaram desta celebração das tradições
nativas. Delegações estrangeiras do Canadá, da Guiana Francesa e de
países escandinavos já vieram ao País para o evento.
São dez modalidades oficiais em disputa: Arco e Flecha,
Corrida de Fundo, Arremesso de Lança, Corrida de Tora, Cabo de
Força, Canoagem, Futebol Masculino, Futebol Feminino, Corrida de 100
metros e Natação/Travessia. Além dos oficiais, toda edição apresenta
também disputas de esportes tradicionais de cada uma das etnias, uma
forma a mais de manter e prestigiar a tradição de cada povo.

FONTE: BRASIL. Por dentro do Brasil: Esportes. Disponível em:


<http://www.brasil.gov.br/navegue_por/noticias/textos-de-referencia/politica-de-esportes>.
Acesso em: 23 fev. 2013.

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8.4 ESPORTE E SOCIEDADE

A relação do esporte com a sociedade acontece desde o surgimento do


esporte. Afinal, o esporte somente pode existir dentro de uma sociedade organizada
tendo em vista a organização que necessita para ser executado.
As primeiras comunidades que realizaram atividades esportivas fizeram isso
para socializar, como já vimos na história do esporte. As relações sociais que
acontecem durante as atividades esportivas são diversas e vão muito além das
vitórias e derrotas. Tanto que hoje, muitos programas sociais veem no esporte uma
forma de mudar a vida de comunidades. Por isso, hoje, temos vários projetos que
são desenvolvidos para que o esporte seja uma fonte de lazer, conhecimento e
mudança social.
No Brasil, o esporte mais popular, como sabemos, é o futebol. Por isso, o
sonho de muitos brasileiros é ser um grande jogador de futebol e ganhar fama e
dinheiro. Mesmo esta realidade sendo distante para muitos, os projetos e escolinhas
podem oferecer para crianças e jovens muitos fatores positivos, como a disciplina, a
motivação, melhora da autoestima, além de um lugar seguro para se estar durante
um tempo (o que pode significar a distância das drogas e de atos ilícitos).
Felizmente, não apenas o futebol é oferecido em projetos sociais. Temos o
basquetebol, a capoeira, o ballet clássico, dança contemporânea, ginástica olímpica,
e muitos outros. Essa diversidade é fundamental para que o maior número de
pessoas seja atingido.
Além de lazer e entretenimento, o relacionamento entre o esporte e a
sociedade pode ser muito mais vantajoso, como vimos. Procure um projeto social
em sua cidade e comunidade que tenha o esporte como tema principal e conheça o
trabalho desenvolvido. Isso pode ser uma ótima pauta!

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9 ESPORTISTAS E CELEBRIDADES

Atualmente, há muitas semelhanças entre as celebridades artísticas e os


esportistas de destaque em sua modalidade. O mundo esportivo criou as
celebridades do esporte. Atletas que, como os astros de Hollywood, ganham milhões
por ano e têm seus passes muito disputados e valorizados mundialmente.
Além dos valores em dinheiro, existe também a questão do status e da fama.
Em cada país uma modalidade destaca-se com maior intensidade. Nos Estados
Unidos, o basquetebol, o futebol americano e o basebol são os mais populares. No
Brasil, o futebol é certamente o esporte mais popular. Por isso, as maiores estrelas
são também os jogadores de futebol.
Grandes astros do esporte são tratados como ídolos da sociedade. O ídolo
acaba por receber além do reconhecimento muito dinheiro. As campanhas
publicitárias utilizam como personagens de marketing as celebridades esportivas em
razão de seu carisma e destaque mundial. O objetivo é agregar valor à marca,
credibilizar o produto e, é claro, vender.

[...] um estudo realizado pela Itumeo entre 2008 e 2010 apontou que 25%
das campanhas veiculadas no Brasil utilizavam celebridades, o que, por si
só, revela a importância do assunto. A maioria das campanhas foi veiculada
pelas maiores empresas do Brasil, com as maiores verbas de marketing em
seus respectivos setores, nos maiores grupos de mídia nacionais,
impactando significativamente não só o consumidor, mas a sociedade
brasileira em geral, no que diz respeito à exposição de suas marcas e
produtos.5

A questão da utilização de celebridades em publicidade e propaganda não


está relacionada apenas aos especialistas no assunto, como em comerciais de tênis
esportivos, por exemplo, com atletas de voleibol. Vemos na mídia, jogadores de
futebol participando de comerciais de telefonia. Essa diversidade pode ser entendida
em um estudo mais profundo sobre os aspectos do marketing, mas se deve

5
FREIRE, Otávio; SENISE, Diego. Percepção de celebridades do esporte: um modelo de
escolha, gestão e controle do seu uso em relação às marcas. Disponível em:
<http://www.incommetrics.com/wp-content/uploads/2012/06/Organicom.pdf.> Acesso em: 20 fev.
2013.

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essencialmente ao fato de ligar o nome ao produto, gerando no público o desejo de
consumir o mesmo que seu ídolo.
No jornalismo esportivo, o tratamento com tais celebridades deve ser
específico e referente ao esporte e não à sua fama. Há setores do jornalismo que
abordarão melhor os aspectos da vida pessoal do esportista. O jornalista esportivo
deve evidenciar assuntos relevantes para a divulgação de informações esportivas e
não pessoais.

10 LEGISLAÇÃO ESPORTIVA

FIGURA 17

FONTE: Disponível em: <http://www.ogirassol.com.br/materia.php?u=fundacao-do-esporte-e-lazer-de-


palmas-e-banco-do-brasil-discutem-acoes-para-2013>. Acesso em: 24 fev. 2013.

Encontramos no website do Ministério do Esporte a seguinte divisão entre a


legislação ligada ao esporte no Brasil:

 Legislação Institucional;
 Legislação Esportiva;
 Leis de Educação Física;
 Legislação Timemania.

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Ainda no website do Ministério do Esporte encontramos dois links para
acessar os documentos referentes à Legislação Esportiva:

 Legislação e Documentos:
http://www.esporte.gov.br/conselhoEsporte/legislacaoDocumentos.jsp

 Resoluções: http://www.esporte.gov.br/conselhoEsporte/resolucoes.jsp

Segundo o Decreto nº 4.201, de 18 de abril de 2002, o Conselho Nacional


do Esporte (CNE) é o órgão colegiado de deliberação, normatização e
assessoramento que tem como principal objetivo buscar o desenvolvimento de
ações que gerem a massificação projetada da atividade física, assim como a
melhoria dos padrões de organização, gestão, qualidade e transparência do
desporto nacional.6

De acordo com o Art. 3º, compete ao CNE:

 Zelar pela aplicação dos princípios e preceitos constantes da Lei nº 9.615,


de 1998;
 Oferecer subsídios técnicos à elaboração do Plano Nacional do Desporto
e contribuir para a implementação de suas diretrizes e estratégias;
 Estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas de inserção social
dos menos favorecidos à prática desportiva;
 Formular a política de integração entre o esporte e o turismo para o
aumento da oferta de emprego;
 Emitir pareceres e recomendações sobre questões desportivas nacionais;
 Aprovar os Códigos de Justiça Desportiva e suas alterações;
 Expedir diretrizes para o controle de substâncias e métodos proibidos na
prática desportiva;
 Estudar ações visando coibir a prática abusiva na gestão do desporto
nacional;

6
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto/2002/D4201.htm>. Acesso em: 23 fev.
2013.

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 Dar apoio a projetos que democratizem o acesso da população à
atividade física e práticas desportivas;
 Exercer outras atribuições previstas na legislação em vigor, relativas a
questões de natureza desportiva.

Temos também a Lei de Incentivo ao Esporte que permite que pessoas


físicas e jurídicas façam doações e patrocínios para realização de projetos
desportivos e paradesportivos com desconto no Imposto de Renda. No primeiro ano
de vigência desta lei o Ministério do Esporte arrecadou R$ 225 milhões para 161
projetos.

11 POLÍTICA NACIONAL E INTERNACIONAL DO ESPORTE

Em 1937, foi criada a Divisão de Educação Física do Ministério da Educação


e Cultura por meio da Lei nº 378. Em 1970, a Divisão passou a ser o Departamento
de Educação Física e Desportos. Somente em 1978, surge a Secretaria de
Educação Física e Desporto. Todos esses setores estavam ligados ao Ministério da
Educação (BRASIL, s.d.).
Apenas em 1989, o esporte deixou o Ministério da Educação para se tornar
uma secretaria: a Secretaria de Desportos da Presidência da República. Porém, em
1992, retorna ao âmbito da Educação, passando a ser denominada apenas
Secretaria de Desportos (BRASIL, s.d.). Assim, o esporte volta para o âmbito do
Ministério da Educação, ao receber o nome de Secretaria de Desportos. A partir de
1995, entra em funcionamento o Ministério de Estado Extraordinário do Esporte, sob
o comando de Pelé, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro (BRASIL, s.d.).
Um ministério do esporte propriamente dito surge apenas em 1998, mas
ainda tem ligação com outro setor, o turismo. O título dado ao ministério foi
Ministério do Esporte e Turismo. Em 2000, surge a Secretaria Nacional de Esporte.
As duas pastas seguiram unidas até 2003, quando o governo federal cria o
Ministério do Esporte. O ministério passa a ser responsável pela formulação as
políticas públicas para o esporte brasileiro (BRASIL, s.d.).

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O esforço em fazer o esporte evoluir no Brasil dividiu a política esportiva do
País em três vetores principais de investimentos do Estado: o esporte como
atividade de lazer da população brasileira, o esporte como parte do
processo educacional do povo e o esporte de alto rendimento, tido como
uma importante vitrine do desenvolvimento político-econômico de uma
nação (BRASIL, s.d., p.11).

Hoje, o Ministério do Esporte constituiu três secretarias nacionais: de


Esporte Educacional, de Esporte de Alto Rendimento e de Desenvolvimento de
Esporte e de Lazer.

FIM DO MÓDULO III

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