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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
JORNALISMO ESPORTIVO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
JORNALISMO ESPORTIVO

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

MÓDULO I
INTRODUÇÃO
1 O HOMEM E A COMUNICAÇÃO
2 HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E DO JORNALISMO
3 COMUNICAÇÃO SOCIAL
3.1 EDITORAÇÃO
3.2 PUBLICIDADE E PROPAGANDA
3.3 RELAÇÕES PÚBLICAS
3.4 RADIALISMO
3.5 JORNALISMO
3.5.1 Assessoria de Comunicação

MÓDULO II
4 TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
4.1 TEORIAS HISTÓRICAS
4.1.1 Teoria hipodérmica
4.1.2 A abordagem empírico-experimental ou da persuasão
4.1.3 A abordagem empírica de campo ou dos efeitos limitados
4.1.4 A teoria funcionalista das comunicações de massa
4.1.5 A teoria crítica
4.1.6 A teoria culturológica
4.1.7 Estudos Culturais
4.2 TEORIAS CONTEMPORÂNEAS
4.2.1 Teoria do espelho
4.2.2 Teoria da ação pessoal ou a teoria do “gatekeeper”
4.2.3 Teoria organizacional
4.2.4 Teorias de ação política

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4.2.5 Teorias construcionistas
4.2.6 Teoria estruturalista
4.2.7 Teoria interacionista
5 JORNALISMO ESPECIALIZADO
5.1 JORNALISMO ESPORTIVO
6 ÉTICA EM JORNALISMO
7 RELAÇÃO JORNALISTA X FONTE

MÓDULO III
8 ESPORTE: CONCEITO E HISTÓRIA
8.1 HISTÓRIA DO ESPORTE
8.2 O ESPORTE NO MUNDO
8.3 O ESPORTE NO BRASIL
8.4 ESPORTE E SOCIEDADE
9 ESPORTISTAS E CELEBRIDADES
10 LEGISLAÇÃO ESPORTIVA
11 POLÍTICA NACIONAL E INTERNACIONAL DO ESPORTE

MÓDULO IV
12 O ESPORTE NAS MÍDIAS
12.1 ESTILO E LINGUAGEM DO TEXTO
12.2 MÍDIAS: CARACTERÍSTICAS
12.2.1 Jornalismo impresso: jornal e revista
12.2.2 Rádio
12.2.3 Televisão
12.2.4 Internet
13 INFORMAÇÃO E TRANSMISSÃO
14 COPA DO MUNDO DA FIFA 2014
15 JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS 2016

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MÓDULO V
16 JORNALISMO ESPORTIVO
16.1 ASSESSORIA ESPORTIVA
16.2 REPORTAGEM ESPORTIVA
16.2.1 Estilos de textos e reportagens esportivas
16.3 ELABORAÇÃO DE PAUTAS ESPECÍFICAS PARA O ESPORTE
16.4 TÉCNICAS DE ENTREVISTA
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS

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MÓDULO I

INTRODUÇÃO

O presente curso tem como objetivo apresentar ao estudante ou profissional


de jornalismo questões acerca do jornalismo esportivo. Por se tratar de uma
especialidade jornalística, há questões específicas que determinam o estilo e a
linguagem utilizados nos textos, tanto na cobertura e transmissão de eventos
esportivos, como na produção de textos informativos relacionados ao esporte e aos
esportistas. Entretanto, é fundamental para o aluno ter conhecimento dos conceitos
e teorias da comunicação, do jornalismo e do esporte. Por isso, o curso apresenta,
de forma organizada, os conhecimentos necessários para que o aluno, ao término
do curso, esteja apto a desenvolver atividades relacionadas ao jornalismo esportivo
de forma eficaz e eficiente.
O curso está dividido em cinco módulos, além de exercícios de fixação para
testar os conhecimentos adquiridos durante os estudos. No Módulo I, estudaremos
algumas questões acerca da comunicação e da sociedade. O homem e a
comunicação, a história da comunicação e as classificações da comunicação social
como profissão (publicidade, relações públicas, jornalismo e assessoria de
comunicação).
No Módulo II, apresentamos as teorias do jornalismo, históricas e
contemporâneas. Ainda neste módulo, começaremos a estudar questões bem
específicas do profissional de jornalismo, como a ética em jornalismo e o
relacionamento com a fonte.
As questões específicas do Jornalismo Esportivo serão tratadas a partir do
Módulo III. Conceito e história, como o esporte é tratado no mundo e no Brasil, como
a sociedade relaciona-se com o esporte, entre outros temas. Os esportistas são
celebridades ou pessoas comuns? Estudaremos como o jornalismo esportivo faz de
seus personagens grandes estrelas. Além disso, conheceremos a legislação

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desportiva, pois o jornalista deve estar atento a todas as questões que envolvem o
esporte para desempenhar corretamente a sua função no jornalismo especializado.
No Módulo IV, o curso apresenta as mídias, as questões de estilo e
linguagem do texto jornalístico nos diversos meios de comunicação de massa e as
características práticas de informação e transmissão. O material oferece também um
panorama das atividades jornalísticas que estarão disponíveis durante a Copa do
Mundo da FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
O último módulo terá uma metodologia de manual de jornalismo esportivo,
abordando temas como a assessoria esportiva, reportagem ao vivo, os estilos de
textos e reportagens esportivas, a elaboração de pautas específicas para o esporte,
as técnicas de entrevista e a construção de relatos esportivos.
A estrutura do curso foi construída para que o aluno construa o
conhecimento de forma organizada de acordo com a evolução dos temas propostos.
Aproveite o conteúdo e bons estudos!

1 O HOMEM E A COMUNICAÇÃO

A comunicação está presente no cotidiano do homem. Lemos jornais,


revistas, placas, notas de compras, informativos, etc. Precisamos compreender o
que lemos. Precisamos expressar o que lemos. A expressão falada ou escrita deve
ser compreensível, e para que possamos nos expressar corretamente precisamos
compreender o que lemos. A linguagem é o meio pelo qual nos comunicamos.

A linguagem é inseparável do homem e segue-o em todos os seus atos. A


linguagem é o instrumento graças ao qual o homem modela seu
pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade
e seus atos, o instrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a
base última e mais profunda da sociedade humana (HJELMSLEV, 1975,
p.1).

Para Chauí (1994), dizer que o homem é um ser falante significa dizer que
ele tem e que é a própria linguagem, que ela é uma criação humana, ou seja, uma
instituição sociocultural, pois ela cria o homem como um ser social e cultural.

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O desenvolvimento dos estudos linguísticos resultou em diversas definições
de linguagem defendidas por muitos estudiosos. Porém, há um autor que se destaca
entre muitos em razão de seu reconhecido trabalho. O francês Ferdinand de
Saussure, autor do livro “Curso de Linguística Geral” que é ainda hoje base para
muitos estudos da área.
Saussure decidiu estudar a língua, ou seja, o produto social que está
presente no cérebro de cada um e que é imposto pela sociedade (por exemplo, a
Língua Portuguesa, a Língua Inglesa, etc.).
A Linguística estuda apenas a linguagem verbal humana. Há também a
linguagem não verbal, que é aquela expressa por imagens, sons, gestos, etc. Tanto
a verbal quanto a não verbal são importantes para a comunicação humana, pois
ambas complementam-se. No Jornalismo, as duas formas são fundamentais para a
compreensão das informações. Cada mídia possui suas características e enfatiza o
uso de uma ou de outra forma de linguagem.
Você é emissor ou receptor? Estamos sempre em situações de emissão e
de recepção. Oscilamos entre os dois papéis a todo o momento. O emissor e o
receptor são integrantes do processo de comunicação. Existe um emissor, que tem
como objetivo enviar uma mensagem a um receptor, que recebe a informação e a
interpreta. Entre o momento da produção da mensagem até a chegada da mesma
ao receptor existe um processo que é cada vez mais estudado em virtude da
importância da comunicação na sociedade.
Inicialmente, havia a compreensão desse processo de forma muito simplista.
O método de codificação e decodificação clássico: EMISSOR/ MENSAGEM /
RECEPTOR. Este é um tipo de entendimento que vem sendo criticado pelos
estudiosos da comunicação atualmente.
Alguns pesquisadores afirmam que esse processo não corresponde ao que
acontece de fato no ato de comunicação, pois nele o receptor fica inerte à
mensagem que recebe. O método clássico não leva em consideração a complexa
estrutura de relações que envolvem o processo de comunicação. Concentra-se
apenas na troca de mensagens. Não consegue explicar os mal-entendidos que
ocorrem na recepção, ou seja, quando o receptor não compreende a mensagem.
Apresenta o processo comunicativo como uma cadeia comportamental linear de
estímulo/resposta (HALL, 2003).

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Vejamos o método de codificação e decodificação atual: PRODUÇÃO /
CIRCULAÇÃO / DISTRIBUIÇÃO / CONSUMO / REPRODUÇÃO. Este método é
defendido por Hall (2003, p. 387), que explica que esta forma reflete uma “complexa
estrutura em dominância, sustentada através da articulação de práticas conectadas,
em que cada qual, no entanto, mantém sua distinção e tem sua modalidade
específica, suas próprias formas e condições de existência”.

Os processos de codificação e decodificação acontecem separadamente,


em função disso o codificador não pode determinar o significado que o
decodificador dará à mensagem. O codificador pode indicar caminhos a
serem percorridos, mas não consegue garantir que sejam seguidos; ele não
tem domínio absoluto sobre o que produz, visto que o decodificador pode
não atender a todos os requisitos para que a mensagem seja decodificada
de acordo com o objetivo principal do produtor/codificador. A decodificação
é o momento no qual a comunicação se realiza, é quando a mensagem é
consumida de forma ativa e não passiva; é no momento da recepção que o
conteúdo da mensagem entra em movimento de decodificação e interage
com o receptor, que atualiza as informações, contextualizando-as de acordo
com os seus viveres e as suas relações sociais (MOTTA, 2010).

FIGURA 1 - PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://aprodaz-dsp.blogspot.com.br/2011/04/modulo-4-comunicacao-e-


animacao-de.html>. Acesso em: 16 fev. 2013.

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Para compreender este processo de comunicação mais complexo, é
necessário conhecer o receptor e estar atento às características de cada público. O
receptor é preguiçoso, ele necessita de muitas explicações, de detalhes. Por longo
tempo, o receptor foi considerado figura acessória (passivo) no processo de
comunicação. Mas a partir da década de 1960 diversos estudos passaram a discutir
o papel do receptor. Esses estudos resultaram no entendimento de que o receptor é
também um produtor nesse processo.
Uma das principais teorias sobre o receptor foi desenvolvido por Umberto
Eco, que define este personagem como “leitor”. O autor desenvolve a classificação
de “leitor modelo”, ou seja, aquele receptor ideal para o texto. Para Eco (2002), todo
texto pressupõe um receptor; assim, a linguagem, o vocabulário, o tema, entre
outros elementos, são definidos de acordo com seu público-alvo. O “leitor-modelo”
(ou público-alvo) é aquele ao qual o texto se dirige preferencialmente.
Todo texto deve ser atualizado pelo receptor. Atualizar significa colocar em
ação, colocar em ato, acionar, atuar sobre o texto. O receptor interpreta o texto de
uma forma individual. A capacidade de atualização de cada receptor é diferente.
Dessa forma, um texto (falado ou escrito) pode excluir um leitor. Isso acontece
quando lemos sobre algo que não conhecemos (simplesmente, não entendemos).
Todas as questões apresentadas até aqui são fundamentais para que o
jornalista possa desenvolver seu trabalho de forma satisfatória. O principal objeto de
trabalho do jornalista é o texto, por isso ele deve conhecer profundamente os
aspectos que envolvem as linguagens e a comunicação.

Sugestão:

Quanto mais conhecimento você adquirir, melhor será o seu


trabalho. Por isso, visite o último módulo e conheça as
referências que utilizamos no curso. Assim, você poderá ler o
texto completo sobre os assuntos aqui abordados.

Bons estudos!

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2 HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E DO JORNALISMO

FIGURA 2 - MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA

FONTE: Disponível em: <http://www.g-sat.net/rvcc-2040/clc-a-evolucao-dos-meios-de-comunicacao-


252339.html>. Acesso em: 16 fev. 2013.

A comunicação somente pode ser concretizada utilizando meios de


comunicação, estes são os “canais” de comunicação entre o emissor, ou codificador,
e o receptor, ou decodificador (como vimos anteriormente). E quando tais meios
alcançam a massa, ou seja, grande parcela da sociedade, são chamados de Meios
de Comunicação de Massa - MCM.
O início da história da mídia teve início com o livro impresso, que tinha a
intenção de reproduzir textos originalmente manuscritos. As primeiras publicações,
os impressos, eram limitadas a uma minoria literata e relativamente próxima do local
de publicação. Porém, começou a ser empregada em trabalhos populares, como
panfletos religiosos e políticos, assim como na divulgação das leis e proclamações
das autoridades da realeza (MaCQUAIL, 2003).
DeFleur e Ball-Rokeach (1993) classificam a evolução da comunicação da
seguinte forma: a era dos símbolos e sinais; a era da fala e da linguagem; a era da
escrita; a era da impressão; a era da comunicação de massa. Os autores relacionam
a evolução do homem e a sua capacidade de se comunicar.

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No final do século XV, a tipografia possibilitou a divulgação de material
impresso. Logo surgiram os primeiros materiais jornalísticos impressos. Em 1906, o
rádio surpreendeu com as ondas que levavam sinais sonoros a vários lugares ao
mesmo tempo. Por longo período, o rádio foi o principal meio de comunicação da
sociedade (MaCQUAIL, 2003).
Depois de aproximadamente 30 anos da supremacia do rádio, surge a
televisão, que agregou ao som as imagens. Sua origem mundial data de 1930,
chegando ao Brasil em 1950 (MaCQUAIL, 2003).
A década de 1990 reservou à sociedade mundial o maior fenômeno da
comunicação de massa: a internet. Inicialmente, discreta e com velocidade menor,
hoje temos a difusão da informação em segundos. O que acontece ao redor do
mundo é noticiado a todos os cantos do planeta em questão mínima de tempo. As
imagens, antes divulgadas na televisão, estão também presentes na internet, assim
como os sons do rádio. Enfim, a internet abrange todos os aspectos da comunicação
humana e de massa. A correspondência pessoal (correio), a reprodução do
impresso, o rádio e a televisão unem-se às novas características da comunicação de
massa da internet.

FIGURA 3 - INTERNET

FONTE: Disponível em: <http://www.mobilepedia.com.br/noticias/banga-larga-movel-cresceu-87-em-


um-ano>. Acesso em: 16 fev. 2013.

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O desenvolvimento dos MCM, a partir do século XX, teve um crescimento
surpreendente; da mesma forma cresceu a dependência dos indivíduos em
relação à mídia. Hoje, as informações e o entretenimento que são
transmitidos por meio dos veículos de comunicação são norteadores da
formação da opinião pública em conjunto com as demais instituições
sociais. Dessa forma, é importante ressaltar como a evolução da mídia tem
acompanhado o desenvolvimento social do mundo globalizado (MOTTA,
2003, p. 20).

A história do Jornalismo na democracia pode ser abordada sob três


vertentes de seu desenvolvimento (TRAQUINA, 2005, p. 33):

 A sua expansão, que começou no século XIX com a expansão da


imprensa, e explodiu no século XX com a expansão de novos meios de
comunicação social, como o rádio e a televisão, e abre novas fronteiras
com o jornalismo on-line;
 A sua comercialização, que teve verdadeiramente início no século XIX
com a emergência de uma nova mercadoria, a informação, ou melhor, a
notícia;
 Concomitantemente, o polo econômico do campo jornalístico está em
face da emergência do polo intelectual com a profissionalização dos
jornalistas e uma consequente definição das notícias em função de
valores e normas que apontam para o papel social da informação numa
democracia.

O jornalismo que conhecemos hoje nas sociedades democráticas tem as


suas raízes no século XIX. Foi durante o século XIX que se verificou o
desenvolvimento do primeiro mass media, a imprensa. A vertiginosa
expansão dos jornais no século XIX permitiu a criação de novos empregos
neles; um número crescente de pessoas dedica-se integralmente a uma
nova atividade que, durante as décadas do século XIX, ganhou um novo
objetivo – fornecer informações e não propaganda (TRAQUINA, 2005,
p.34).

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3 COMUNICAÇÃO SOCIAL

Nas universidades podemos encontrar o curso de Comunicação Social com


habilitações diferentes. De acordo com o Ministério da Educação, na Resolução
CNE/CES nº 16/2006, são consideradas habilitações: Editoração, Jornalismo,
Publicidade e Propaganda, Radialismo e Relações Públicas.
Cinema e Audiovisual originalmente era uma habilitação do curso de
Comunicação Social. Entretanto, com a Resolução CNE/CES nº 10/2006 passou a
ser considerado Curso de Graduação de Cinema e Audiovisual. Mesmo assim, o
MEC explica que ainda há a possibilidade de ênfases ou especializações em
Cinema e Audiovisual em Cursos de Comunicação Social.

3.1 EDITORAÇÃO

FIGURA 4 - EDITOR

FONTE: Disponível em: <http://www.thewriteconnection.net/if-you-want-to-publish-find-an-editor/>.


Acesso em: 16 fev. 2013.

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De acordo com o Guia do Estudante da Editora Abril, o curso de Editoração
é responsável pela edição e publicação de obras impressas ou eletrônicas. O
profissional coordena a edição de livros, revistas, catálogos, folhetos, websites e
produtos interativos. É o editor quem seleciona os títulos que serão publicados e
define com o autor o conteúdo e a forma da obra.
O produtor editorial define: a tipologia das fontes; a qualidade do papel; a
coloração; a paginação; as imagens; a tiragem; a periodicidade; o lançamento; a
distribuição. Acompanha o processo de produção e controla prazos e orçamentos.

3.2 PUBLICIDADE E PROPAGANDA

FIGURA 5 - PUBLICIDADE E PROPAGANDA

FONTE: Disponível em: <http://blogagenciaf5.blogspot.com.br/2010/06/o-que-faz-uma-agencia-de-


publicidade-e.html>. Acesso em 16 fev. 2013.

Muniz (2004) ressalta que os conceitos de publicidade e propaganda


confundem-se desde a Revolução Industrial, em razão da ampliação dos
relacionamentos mercantis e da diversificação da produção. A autora afirma que as
atividades possuem ações diferentes e utilizam linguagens distintas.

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Malanga (1979, p. 12) explica que “a publicidade apela para o instinto de
conservação, os sentimentos de conforto, prazer, etc. e a propaganda apela ao
sentido moral e social dos homens, aos sentimentos nobres e as suas virtudes.”

3.3 RELAÇÕES PÚBLICAS

FIGURA 6 - RELAÇÕES PÚBLICAS

FONTE: Disponível em: <http://blog.maisestudo.com.br/voce-sabe-o-que-faz-um-relacoes-publicas/>.


Acesso em: 16 fev. 2013.

A profissão de Relações Públicas (RP) foi reconhecida pela Lei nº. 5377 em
11 de dezembro de 1967. Em 21 de julho de 1954, em São Paulo, foi fundada a
Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP).
A evolução da profissão pode ser apresentada em quatro fases (MOURA,
2008, p. 105):

 1882-1948: Período de emergência da profissão. A profissão tem origem


nos Estados Unidos e em alguns países da Europa. No Brasil e na
América Latina há os primeiros indícios de surgimento da RP.
 1949-1968: Período de consolidação da profissão. A atividade de
Relações Públicas tem um avanço significativo. No Brasil, a categoria

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profissional desenvolve-se plenamente. Surgem os primeiros cursos
universitários e a regulamentação evolui.
 1969-1980: Fase de aperfeiçoamento, no Brasil, a profissão é
regulamentada e há crescimento no número de cursos de graduação. A
pós-graduação em Comunicação Social com área de concentração em
Relações Públicas tem origem neste período.
 1981 até os dias atuais: é o momento da fundamentação
teórico/científica. Há intenso debate e aumenta a produção científica.

3.4 RADIALISMO

FIGURA 7 - RADIALISMO

FONTE: Disponível em: <http://raimundorui.blogspot.com.br/2011/05/deputado-recebe-registro-de-


curso-de.html>. Acesso em: 16 fev. 2013.

O rádio ativa a imaginação, favorece um jornalismo com linguagem simples


e inteligível e acompanha os ouvintes em seus afazeres diários. De acordo com
McLeish (2001, p. 19), “a grande vantagem de um meio de comunicação auditivo [...]
está no som da voz humana – o entusiasmo a compaixão, a raiva, a dor e o riso. A
voz é capaz de transmitir muito mais do que o discurso escrito”.

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O rádio é um meio de comunicação muito utilizado na transmissão esportiva.
Ainda hoje, o rádio ocupa seu lugar na comunicação mundial. É uma mídia antiga,
mas que se renova a cada dia e acompanha os avanços tecnológicos. A rádioweb é
muito utilizada por ouvintes que fazem questão de acompanhar a programação
musical e as informações diárias via rádio.

Acesse:

Manual do Radialista:

Disponível em:
<http://www.radialistaspe.com.br/legislacao/manual_radialista.pdf>

3.5 JORNALISMO

FIGURA 8 - JORNALISMO

FONTE: Disponível em: <http://todooestilo.blogspot.com.br/2012/09/profissao-da-semana-


jornalismo.html>. Acesso em: 17 fev. 2013.

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São valores do jornalismo: “a notícia, a procura da verdade, a
independência, a objetividade, e uma noção de serviço ao público” (TRAQUINA,
2005, p. 34).

É absurdo pensar que possamos responder à pergunta “O que é


jornalismo?” numa frase, ou até mesmo num livro. Mas sejamos corajosos e
tentemos. Poeticamente podia-se dizer que o jornalismo é a vida, tal como é
contada nas notícias de nascimentos e de mortes, tal como o nascimento do
primeiro filho de uma cantora famosa ou a morte de um sociólogo conhecido
mundialmente. É a vida em todas as suas dimensões, como uma
enciclopédia (TRAQUINA, 2005, p. 19).

Traquina (2005) continua sua argumentação ressaltando que no jornalismo a


vida é dividida em seções que vão da sociedade à educação, da economia à cultura,
e assim por diante. Os jornalistas definem a profissão como o relato da realidade, a
verdade dos fatos. Porém, há tantas questões envolvidas no conceito de verdade
(teorias e definições), que talvez seja melhor definir o jornalismo como não ficção.
Traquina (2005, p. 20) diz que “o principal produto do jornalismo contemporâneo, a
notícia, não é ficção, isto é, os acontecimentos ou personagens das notícias não são
invenção dos jornalistas”.
De acordo com os principais manuais de jornalismo do mundo e do Brasil,
notícia é tudo aquilo que é importante, relevante socialmente. No entanto, há uma
série de fatores que concorrem para que um fato torne-se uma notícia veiculada
pelos meios de comunicação de massa.
O jornalista baseia-se em um conjunto de elementos que indicam se um fato
é ou não uma notícia: a noticiabilidade. Dentro do conceito de noticiabilidade estão
os valores-notícia, que determinam se os acontecimentos são interessantes,
significativos e relevantes para serem transformados em notícias. Os valores-notícia
são critérios de relevância distribuídos ao longo de todo o processo de produção.
Não estão presentes somente na escolha das notícias, mas de etapas anteriores do
processo de produção jornalístico (WOLF, 2008).

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A previsibilidade do esquema geral das notícias deve-se à existência de
critérios de noticiabilidade, isto é, à existência de valores-notícia que os
membros da tribo jornalística partilham. Podemos definir o conceito de
noticiabilidade como o conjunto de critérios e operações que fornecem a
aptidão de merecer um tratamento jornalístico, isto é, possuir valor como
notícia. Assim, os critérios de noticiabilidade são o conjunto de valores-
notícia que determinam se um acontecimento, ou assunto, é susceptível de
se tornar notícia, isso é, de ser julgado como merecedor de ser
transformado em matéria noticiável e, por isso, possuindo “valor-notícia”
(“newsworthiness”) (TRAQUINA, 2008, p. 63, grifos do autor).

De acordo com Wolf (2008) e Traquina (2008) os valores-notícia são


classificados em de seleção e de construção.

Seleção

Os critérios de seleção dividem-se em: substantivos (escolha direta de


pauta) e contextuais (contexto da produção jornalística). Traquina (2008) define os
critérios de seleção substantivos como: morte; notoriedade; proximidade; relevância;
novidade; tempo; notabilidade; inesperado; conflito ou controvérsia; infração;
escândalo.
Nos critérios contextuais temos: disponibilidade (para a cobertura do
acontecimento); equilíbrio (quantia de notícias divulgadas); visualidade (elementos
visuais que serão utilizados); concorrência (entre as empresas jornalísticas); dia
noticioso (fatos com pouca noticiabilidade e que conseguem ser notícia de primeira
página em razão de ser um dia “pobre”) (WOLF, 2008; TRAQUINA, 2008).

Construção

Os valores-notícia de construção guiam a apresentação do material,


sugerindo o que deve ser destacado e o que deve ser esquecido na construção da
notícia (WOLF apud TRAQUINA, 2008). São valores-notícia de construção:

 Simplificação (reduz o destaque da notícia);


 Amplificação (aumenta o destaque da notícia);
 Relevância (atribui importância ao fato);

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 Personalização (com relação às pessoas envolvidas no acontecimento);
 Dramatização (reforça os aspectos críticos, o lado emocional);
 Consonância (inclui novidade num contexto já conhecido).

3.5.1 Assessoria de Comunicação

FIGURA 9 - ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://www.mgcomunicacoes.com.br/assessoria-de-imprensa.html>.


Acesso em: 17 fev. 2013.

Uma das atividades desenvolvidas pelo profissional do jornalismo é a


assessoria de imprensa. Esta modalidade de trabalho refere-se às atividades
desempenhadas pelo profissional em empresas ou órgãos públicos em defesa de
seus interesses comerciais ou políticos.

Serviço prestado a instituições públicas e privadas, que se concentra no


envio frequente de informações jornalísticas, dessas organizações, para os
veículos de comunicação em geral. Esses veículos são os jornais diários;
revistas semanais, revistas mensais, revistas especializadas, emissoras de
rádio, agências de notícias, sites, portais de notícias e emissoras de tevê
(FENAJ, 2007, p. 7).

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O trabalho na assessoria de imprensa é criticado por alguns que dizem que
a essência do jornalismo se perde quando o profissional passa a produzir materiais
que buscam o interesse de uma instituição e não da sociedade. Porém, atualmente,
percebe-se que o trabalho do assessor de comunicação vem sendo mais valorizado.
A assessoria vem se consolidando no mercado de comunicação, sendo
atualmente a área que mais emprega jornalistas. É um momento importante na
história da profissão num tempo de profundas modificações nas relações de
trabalho. Os assessores vêm conquistando espaço como autônomos, empregados
ou donos de seu próprio negócio (FENAJ, 2007).
A assessoria de comunicação não equivale à assessoria de imprensa, pois
esta é composta apenas por jornalistas, enquanto a primeira abriga também outros
profissionais, como o publicitário e o profissional de relações públicas.
A história da assessoria de comunicação começou em Nova Iorque, Estados
Unidos, quando Ivy Lee criou o primeiro escritório de assessoria. Em 1906, o
jornalista abandonou seu emprego e passou a atender um dos homens mais
poderosos da época, John Rockefeller. O objetivo era trabalhar a imagem do
empresário que tinha fama de feroz, impiedoso e sanguinário. Ivy Lee melhorou as
relações do barão com a imprensa, informando sobre todas as suas ações
empresariais. Assim, a imagem de Rockefeller foi restabelecida com a imprensa e
com a sociedade (FENAJ, 2007).
No Brasil, a atividade foi valorizada com a queda do regime militar. A
sociedade buscava informações e todas as empresas precisaram então deixar as
claras todas as suas ações (FENAJ, 2007).
O profissional de assessoria de comunicação é responsável pelo
relacionamento entre a instituição e a imprensa oficial. Toda informação que será
divulgada nos meios de comunicação social deve ser administrada pela assessoria
de comunicação. Assim como o relacionamento da imprensa com seus clientes. É
importante ressaltar que uma assessoria de comunicação não é composta apenas
pelo jornalista, mas por outros profissionais de comunicação de acordo com a
necessidade do cliente.

FIM DO MÓDULO I

AN02FREV001/REV 4.0

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