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CURSO DE
JORNALISMO ESPORTIVO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
JORNALISMO ESPORTIVO
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
INTRODUÇÃO
1 O HOMEM E A COMUNICAÇÃO
2 HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E DO JORNALISMO
3 COMUNICAÇÃO SOCIAL
3.1 EDITORAÇÃO
3.2 PUBLICIDADE E PROPAGANDA
3.3 RELAÇÕES PÚBLICAS
3.4 RADIALISMO
3.5 JORNALISMO
3.5.1 Assessoria de Comunicação
MÓDULO II
4 TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
4.1 TEORIAS HISTÓRICAS
4.1.1 Teoria hipodérmica
4.1.2 A abordagem empírico-experimental ou da persuasão
4.1.3 A abordagem empírica de campo ou dos efeitos limitados
4.1.4 A teoria funcionalista das comunicações de massa
4.1.5 A teoria crítica
4.1.6 A teoria culturológica
4.1.7 Estudos Culturais
4.2 TEORIAS CONTEMPORÂNEAS
4.2.1 Teoria do espelho
4.2.2 Teoria da ação pessoal ou a teoria do “gatekeeper”
4.2.3 Teoria organizacional
4.2.4 Teorias de ação política
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4.2.5 Teorias construcionistas
4.2.6 Teoria estruturalista
4.2.7 Teoria interacionista
5 JORNALISMO ESPECIALIZADO
5.1 JORNALISMO ESPORTIVO
6 ÉTICA EM JORNALISMO
7 RELAÇÃO JORNALISTA X FONTE
MÓDULO III
8 ESPORTE: CONCEITO E HISTÓRIA
8.1 HISTÓRIA DO ESPORTE
8.2 O ESPORTE NO MUNDO
8.3 O ESPORTE NO BRASIL
8.4 ESPORTE E SOCIEDADE
9 ESPORTISTAS E CELEBRIDADES
10 LEGISLAÇÃO ESPORTIVA
11 POLÍTICA NACIONAL E INTERNACIONAL DO ESPORTE
MÓDULO IV
12 O ESPORTE NAS MÍDIAS
12.1 ESTILO E LINGUAGEM DO TEXTO
12.2 MÍDIAS: CARACTERÍSTICAS
12.2.1 Jornalismo impresso: jornal e revista
12.2.2 Rádio
12.2.3 Televisão
12.2.4 Internet
13 INFORMAÇÃO E TRANSMISSÃO
14 COPA DO MUNDO DA FIFA 2014
15 JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS 2016
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MÓDULO V
16 JORNALISMO ESPORTIVO
16.1 ASSESSORIA ESPORTIVA
16.2 REPORTAGEM ESPORTIVA
16.2.1 Estilos de textos e reportagens esportivas
16.3 ELABORAÇÃO DE PAUTAS ESPECÍFICAS PARA O ESPORTE
16.4 TÉCNICAS DE ENTREVISTA
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
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MÓDULO I
INTRODUÇÃO
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desportiva, pois o jornalista deve estar atento a todas as questões que envolvem o
esporte para desempenhar corretamente a sua função no jornalismo especializado.
No Módulo IV, o curso apresenta as mídias, as questões de estilo e
linguagem do texto jornalístico nos diversos meios de comunicação de massa e as
características práticas de informação e transmissão. O material oferece também um
panorama das atividades jornalísticas que estarão disponíveis durante a Copa do
Mundo da FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
O último módulo terá uma metodologia de manual de jornalismo esportivo,
abordando temas como a assessoria esportiva, reportagem ao vivo, os estilos de
textos e reportagens esportivas, a elaboração de pautas específicas para o esporte,
as técnicas de entrevista e a construção de relatos esportivos.
A estrutura do curso foi construída para que o aluno construa o
conhecimento de forma organizada de acordo com a evolução dos temas propostos.
Aproveite o conteúdo e bons estudos!
1 O HOMEM E A COMUNICAÇÃO
Para Chauí (1994), dizer que o homem é um ser falante significa dizer que
ele tem e que é a própria linguagem, que ela é uma criação humana, ou seja, uma
instituição sociocultural, pois ela cria o homem como um ser social e cultural.
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O desenvolvimento dos estudos linguísticos resultou em diversas definições
de linguagem defendidas por muitos estudiosos. Porém, há um autor que se destaca
entre muitos em razão de seu reconhecido trabalho. O francês Ferdinand de
Saussure, autor do livro “Curso de Linguística Geral” que é ainda hoje base para
muitos estudos da área.
Saussure decidiu estudar a língua, ou seja, o produto social que está
presente no cérebro de cada um e que é imposto pela sociedade (por exemplo, a
Língua Portuguesa, a Língua Inglesa, etc.).
A Linguística estuda apenas a linguagem verbal humana. Há também a
linguagem não verbal, que é aquela expressa por imagens, sons, gestos, etc. Tanto
a verbal quanto a não verbal são importantes para a comunicação humana, pois
ambas complementam-se. No Jornalismo, as duas formas são fundamentais para a
compreensão das informações. Cada mídia possui suas características e enfatiza o
uso de uma ou de outra forma de linguagem.
Você é emissor ou receptor? Estamos sempre em situações de emissão e
de recepção. Oscilamos entre os dois papéis a todo o momento. O emissor e o
receptor são integrantes do processo de comunicação. Existe um emissor, que tem
como objetivo enviar uma mensagem a um receptor, que recebe a informação e a
interpreta. Entre o momento da produção da mensagem até a chegada da mesma
ao receptor existe um processo que é cada vez mais estudado em virtude da
importância da comunicação na sociedade.
Inicialmente, havia a compreensão desse processo de forma muito simplista.
O método de codificação e decodificação clássico: EMISSOR/ MENSAGEM /
RECEPTOR. Este é um tipo de entendimento que vem sendo criticado pelos
estudiosos da comunicação atualmente.
Alguns pesquisadores afirmam que esse processo não corresponde ao que
acontece de fato no ato de comunicação, pois nele o receptor fica inerte à
mensagem que recebe. O método clássico não leva em consideração a complexa
estrutura de relações que envolvem o processo de comunicação. Concentra-se
apenas na troca de mensagens. Não consegue explicar os mal-entendidos que
ocorrem na recepção, ou seja, quando o receptor não compreende a mensagem.
Apresenta o processo comunicativo como uma cadeia comportamental linear de
estímulo/resposta (HALL, 2003).
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Vejamos o método de codificação e decodificação atual: PRODUÇÃO /
CIRCULAÇÃO / DISTRIBUIÇÃO / CONSUMO / REPRODUÇÃO. Este método é
defendido por Hall (2003, p. 387), que explica que esta forma reflete uma “complexa
estrutura em dominância, sustentada através da articulação de práticas conectadas,
em que cada qual, no entanto, mantém sua distinção e tem sua modalidade
específica, suas próprias formas e condições de existência”.
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Para compreender este processo de comunicação mais complexo, é
necessário conhecer o receptor e estar atento às características de cada público. O
receptor é preguiçoso, ele necessita de muitas explicações, de detalhes. Por longo
tempo, o receptor foi considerado figura acessória (passivo) no processo de
comunicação. Mas a partir da década de 1960 diversos estudos passaram a discutir
o papel do receptor. Esses estudos resultaram no entendimento de que o receptor é
também um produtor nesse processo.
Uma das principais teorias sobre o receptor foi desenvolvido por Umberto
Eco, que define este personagem como “leitor”. O autor desenvolve a classificação
de “leitor modelo”, ou seja, aquele receptor ideal para o texto. Para Eco (2002), todo
texto pressupõe um receptor; assim, a linguagem, o vocabulário, o tema, entre
outros elementos, são definidos de acordo com seu público-alvo. O “leitor-modelo”
(ou público-alvo) é aquele ao qual o texto se dirige preferencialmente.
Todo texto deve ser atualizado pelo receptor. Atualizar significa colocar em
ação, colocar em ato, acionar, atuar sobre o texto. O receptor interpreta o texto de
uma forma individual. A capacidade de atualização de cada receptor é diferente.
Dessa forma, um texto (falado ou escrito) pode excluir um leitor. Isso acontece
quando lemos sobre algo que não conhecemos (simplesmente, não entendemos).
Todas as questões apresentadas até aqui são fundamentais para que o
jornalista possa desenvolver seu trabalho de forma satisfatória. O principal objeto de
trabalho do jornalista é o texto, por isso ele deve conhecer profundamente os
aspectos que envolvem as linguagens e a comunicação.
Sugestão:
Bons estudos!
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2 HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E DO JORNALISMO
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No final do século XV, a tipografia possibilitou a divulgação de material
impresso. Logo surgiram os primeiros materiais jornalísticos impressos. Em 1906, o
rádio surpreendeu com as ondas que levavam sinais sonoros a vários lugares ao
mesmo tempo. Por longo período, o rádio foi o principal meio de comunicação da
sociedade (MaCQUAIL, 2003).
Depois de aproximadamente 30 anos da supremacia do rádio, surge a
televisão, que agregou ao som as imagens. Sua origem mundial data de 1930,
chegando ao Brasil em 1950 (MaCQUAIL, 2003).
A década de 1990 reservou à sociedade mundial o maior fenômeno da
comunicação de massa: a internet. Inicialmente, discreta e com velocidade menor,
hoje temos a difusão da informação em segundos. O que acontece ao redor do
mundo é noticiado a todos os cantos do planeta em questão mínima de tempo. As
imagens, antes divulgadas na televisão, estão também presentes na internet, assim
como os sons do rádio. Enfim, a internet abrange todos os aspectos da comunicação
humana e de massa. A correspondência pessoal (correio), a reprodução do
impresso, o rádio e a televisão unem-se às novas características da comunicação de
massa da internet.
FIGURA 3 - INTERNET
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O desenvolvimento dos MCM, a partir do século XX, teve um crescimento
surpreendente; da mesma forma cresceu a dependência dos indivíduos em
relação à mídia. Hoje, as informações e o entretenimento que são
transmitidos por meio dos veículos de comunicação são norteadores da
formação da opinião pública em conjunto com as demais instituições
sociais. Dessa forma, é importante ressaltar como a evolução da mídia tem
acompanhado o desenvolvimento social do mundo globalizado (MOTTA,
2003, p. 20).
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3 COMUNICAÇÃO SOCIAL
3.1 EDITORAÇÃO
FIGURA 4 - EDITOR
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De acordo com o Guia do Estudante da Editora Abril, o curso de Editoração
é responsável pela edição e publicação de obras impressas ou eletrônicas. O
profissional coordena a edição de livros, revistas, catálogos, folhetos, websites e
produtos interativos. É o editor quem seleciona os títulos que serão publicados e
define com o autor o conteúdo e a forma da obra.
O produtor editorial define: a tipologia das fontes; a qualidade do papel; a
coloração; a paginação; as imagens; a tiragem; a periodicidade; o lançamento; a
distribuição. Acompanha o processo de produção e controla prazos e orçamentos.
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Malanga (1979, p. 12) explica que “a publicidade apela para o instinto de
conservação, os sentimentos de conforto, prazer, etc. e a propaganda apela ao
sentido moral e social dos homens, aos sentimentos nobres e as suas virtudes.”
A profissão de Relações Públicas (RP) foi reconhecida pela Lei nº. 5377 em
11 de dezembro de 1967. Em 21 de julho de 1954, em São Paulo, foi fundada a
Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP).
A evolução da profissão pode ser apresentada em quatro fases (MOURA,
2008, p. 105):
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profissional desenvolve-se plenamente. Surgem os primeiros cursos
universitários e a regulamentação evolui.
1969-1980: Fase de aperfeiçoamento, no Brasil, a profissão é
regulamentada e há crescimento no número de cursos de graduação. A
pós-graduação em Comunicação Social com área de concentração em
Relações Públicas tem origem neste período.
1981 até os dias atuais: é o momento da fundamentação
teórico/científica. Há intenso debate e aumenta a produção científica.
3.4 RADIALISMO
FIGURA 7 - RADIALISMO
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O rádio é um meio de comunicação muito utilizado na transmissão esportiva.
Ainda hoje, o rádio ocupa seu lugar na comunicação mundial. É uma mídia antiga,
mas que se renova a cada dia e acompanha os avanços tecnológicos. A rádioweb é
muito utilizada por ouvintes que fazem questão de acompanhar a programação
musical e as informações diárias via rádio.
Acesse:
Manual do Radialista:
Disponível em:
<http://www.radialistaspe.com.br/legislacao/manual_radialista.pdf>
3.5 JORNALISMO
FIGURA 8 - JORNALISMO
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São valores do jornalismo: “a notícia, a procura da verdade, a
independência, a objetividade, e uma noção de serviço ao público” (TRAQUINA,
2005, p. 34).
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A previsibilidade do esquema geral das notícias deve-se à existência de
critérios de noticiabilidade, isto é, à existência de valores-notícia que os
membros da tribo jornalística partilham. Podemos definir o conceito de
noticiabilidade como o conjunto de critérios e operações que fornecem a
aptidão de merecer um tratamento jornalístico, isto é, possuir valor como
notícia. Assim, os critérios de noticiabilidade são o conjunto de valores-
notícia que determinam se um acontecimento, ou assunto, é susceptível de
se tornar notícia, isso é, de ser julgado como merecedor de ser
transformado em matéria noticiável e, por isso, possuindo “valor-notícia”
(“newsworthiness”) (TRAQUINA, 2008, p. 63, grifos do autor).
Seleção
Construção
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Personalização (com relação às pessoas envolvidas no acontecimento);
Dramatização (reforça os aspectos críticos, o lado emocional);
Consonância (inclui novidade num contexto já conhecido).
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O trabalho na assessoria de imprensa é criticado por alguns que dizem que
a essência do jornalismo se perde quando o profissional passa a produzir materiais
que buscam o interesse de uma instituição e não da sociedade. Porém, atualmente,
percebe-se que o trabalho do assessor de comunicação vem sendo mais valorizado.
A assessoria vem se consolidando no mercado de comunicação, sendo
atualmente a área que mais emprega jornalistas. É um momento importante na
história da profissão num tempo de profundas modificações nas relações de
trabalho. Os assessores vêm conquistando espaço como autônomos, empregados
ou donos de seu próprio negócio (FENAJ, 2007).
A assessoria de comunicação não equivale à assessoria de imprensa, pois
esta é composta apenas por jornalistas, enquanto a primeira abriga também outros
profissionais, como o publicitário e o profissional de relações públicas.
A história da assessoria de comunicação começou em Nova Iorque, Estados
Unidos, quando Ivy Lee criou o primeiro escritório de assessoria. Em 1906, o
jornalista abandonou seu emprego e passou a atender um dos homens mais
poderosos da época, John Rockefeller. O objetivo era trabalhar a imagem do
empresário que tinha fama de feroz, impiedoso e sanguinário. Ivy Lee melhorou as
relações do barão com a imprensa, informando sobre todas as suas ações
empresariais. Assim, a imagem de Rockefeller foi restabelecida com a imprensa e
com a sociedade (FENAJ, 2007).
No Brasil, a atividade foi valorizada com a queda do regime militar. A
sociedade buscava informações e todas as empresas precisaram então deixar as
claras todas as suas ações (FENAJ, 2007).
O profissional de assessoria de comunicação é responsável pelo
relacionamento entre a instituição e a imprensa oficial. Toda informação que será
divulgada nos meios de comunicação social deve ser administrada pela assessoria
de comunicação. Assim como o relacionamento da imprensa com seus clientes. É
importante ressaltar que uma assessoria de comunicação não é composta apenas
pelo jornalista, mas por outros profissionais de comunicação de acordo com a
necessidade do cliente.
FIM DO MÓDULO I
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