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HISTÓRIA

Antiguidade

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
HISTÓRIA
Antiguidade
Daniel Vasconcellos

Antiguidade.....................................................................................................................6
1. Antiguidade..................................................................................................................6
1.1. Os Povos do Oriente Próximo e suas Organizações Políticas... ................................... 7
1.2. As Cidades-Estados da Grécia..................................................................................17
1.3. Formação, Desenvolvimento e Declínio do Império Romano do Ocidente................25
1.4. A Vida Socioeconômica e Religiosa dos Mesopotâmicos, Egípcios, Fenícios e
Hebreus.........................................................................................................................32
1.5. O Legado Cultural dos Gregos e dos Romanos....................................................... 40
Resumo.........................................................................................................................46
Mapa Mental................................................................................................................. 48
Questões Comentadas em Aula. .................................................................................... 51
Questões de Concurso...................................................................................................54
Gabarito....................................................................................................................... 80
Gabarito Comentado. ..................................................................................................... 81

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Daniel Vasconcellos

Apresentação

Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?


Meu nome é Daniel Vasconcellos, sou pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela
Faculdade Darwin (2013). Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas
– UNIPAM (2003). Possuo mais de 15 anos de experiência em docência nas áreas de História,
Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia Científica, no Ensino Médio, Superior e em Pre-
paratório para Vestibulares e Concursos. Atuo como professor concursado da Secretária de
Estado da Educação do Distrito Federal.
O  objeto primordial é que você alcance plenas condições de GABARITAR A PROVA DE
HISTÓRIA.
É  muito importante que você tenha um grande estofo de conhecimento sobre História,
conhecimento esse que possibilitará que você tenha um alto índice de acertos nas questões
ou, melhor ainda, que você gabarite a prova e encaminhe com solidez a sua aprovação em um
cargo público.
Para tanto, a base que norteará todo o nosso curso será o diálogo, favorecendo uma boa
interação entre aluno(a) e professor e a resolução oportuna das eventuais e possíveis dúvidas
que por ventura surgirem.
Antes, porém, peço licença para uma breve apresentação.
Chamo-me Daniel Vasconcellos, sou de Patos de Minas, interior de Minas Gerais. Pou-
co antes de me formar em História, coisa de um ano antes, 2003, comecei a trabalhar como
professor no ensino médio. Tomei gosto pela coisa. Gosto do que faço, amo a docência. Foi
muito rápido, quando percebi já atuava em cursinhos preparatórios para concursos públicos,
vestibulares e no ensino médio da rede particular no interior de Minas. Passei a ministrar tam-
bém aulas de Filosofia, Sociologia e Geografia. Não faltava trabalho.
Tive a sorte de ser “engolido” pelo sistema particular de ensino e recebia um salário razoável,
pelo menos pra quem desejava uma vida pacata no interior. Com isso não criei o interesse por
concurso público. Era feliz: trabalhava com o que gostava, mas... os ventos mudaram. Em 2013,
após perder minha maior carga horária de trabalho, resolvi ir para Brasília, onde ainda resido.

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Entre agosto e dezembro de 2013 tentei os concursos do Ministério do Trabalho, Câmara


dos Deputados e Secretaria de Educação do Distrito Federal. Fiquei muito mal quando não
vi meu nome aprovado no concurso da Câmara. Me sentia preparado, mas não era a minha
área. A concorrência era enorme para um salário de R$ 18.000. Três meses de preparação é
muito pouco tempo. Para um concurso deste porte eu já deveria estar me preparando. Tudo
é planejamento e disciplina.
Mas o negócio é levantar a cabeça, estudar mais e focar no próximo. Em dezembro fiz
as provas para a Secretaria de Educação, em fevereiro saiu o resultado e em julho já estava
fazendo o que gosto de novo! Mas o melhor de tudo: fazendo o que gosto, ganhando bem e
com estabilidade!!! A estabilidade é a cereja do bolo do serviço público. Não existe mais aque-
la pressão de todos os finais de anos letivos em que ficávamos apreensivos sem saber ao
certo se teríamos emprego no ano seguinte. Em apenas um ano minha vida deu uma guinada
radical e hoje só me arrependo de não ter buscado os concursos públicos antes.
Se existe algo que eu possa passar com essa experiência é que não se pode perder tempo!
Você precisa se dedicar, mas com planejamento, sem desespero. Esse material foi feito com
muito carinho para que seu tempo seja otimizado, para que você não perca tempo com o que
não tem possibilidade aparecer na prova. Vamos ajudá-lo(a) a alcançar seu objetivo, e digo
mais, num curto espaço de tempo.
Você verá, meu(minha) caro(a) aluno(a) que o sacrifício vale muito! Não vá se sentir cul-
pado por não dedicar o tempo que seria justo à sua família e a seus amigos. Aquele encontro
fica pra depois, e vai ser muito mais prazeroso porque carregado da alegria pela conquista do
seu esforço!
Então vamos!!! Bora buscar seu cargo! Conte comigo em tudo o que for preciso para al-
cançar seu objetivo.
Muito bem, feitas as apresentações, vamos ao curso.
A ideia do curso é que você não precise utilizar nenhum outro material além deste para se
preparar para as questões de História. Cada detalhe do curso foi meticulosamente preparado
para sanar todas as dúvidas que puderem surgir.

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Na parte teórica você encontrará uma narrativa leve e objetiva, com intuito de que consiga
enxergar, compreender a História como um processo. Variados exemplos, esquemas e mapas
mentais serão utilizados para que consiga criar links cognitivos. Você, em curto espaço de
tempo, conseguirá ler uma alternativa e perceber o seu erro por um pequeno detalhe, saberá
identificar a única alternativa lógica a ser marcada.
Ao final de cada aula, os principais pontos dos temas estudados serão reunidos em um
RESUMO. É ele o responsável para que você não tenha que voltar a ler as aulas incontáveis
vezes. Esse resumo terá a função de fazer você recordar o que fora estudado como uma
cadeia códigos que se conecta com sua memória, fazendo se lembrar, inclusive, de como o
assunto poderá ser cobrado.
Detalharemos cada fato relevante à compreensão do processo, mas isto só terá sentido
na medida em que ajudá-lo(a) a resolver as questões, a fazer bem a prova. Não vamos perder
tempo com detalhes menores já que o objetivo não é que você escreva um artigo científico
sobre “A Influência da Revolução Científica Moderna sobre o Governo de Maurício de Nassau
em Pernambuco”.
Não se preocupe, ao final do curso você estará muito bem preparado para realizar uma
excelente prova.

Suporte

A dúvida é o princípio do conhecimento. Questionar, indagar... é assim que a humanidade


chegou no atual estágio de desenvolvimento. Por isso, questione. Não tenha receio em pergun-
tar.
Caso a dúvida não seja sanada de maneira firme, objetiva, o processo de aprendizagem
pode ser comprometido. Por isso, não hesite em questionar. Estarei à disposição para sanar
quaisquer dúvidas que tiver.
Ah, não se esqueça de, ao final, avaliar a aula. Isso é muito importante para que continue-
mos elaborando um material de qualidade para que alcance seu objetivo.

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ANTIGUIDADE
Prezado(a) aluno(a), veja o conteúdo que será trabalhado nesta aula. Lembrando que,
sempre, seguiremos a ordem posta pelo edital:
1. ANTIGUIDADE;
1.1. Os povos do Oriente Próximo e suas organizações políticas;
1.2. As cidades-estados da Grécia;
1.3. Formação, desenvolvimento e declínio do Império Romano do Ocidente;
1.4. A vida socioeconômica e religiosa dos mesopotâmicos, egípcios, fenícios e hebreus;
1.5. O legado cultural dos gregos e dos romanos,
Antes de seguirmos, observe a divisão didática dos conteúdos elucidados na linha do
tempo de História Geral:

1. Antiguidade

A Antiguidade compreende 4.000 a.C., com o surgimento da escrita, até a Queda do Império
Romano do Ocidente, em 476 d.C. Assim, não precisaremos nos ocupar de temas como o
surgimento do homem, pinturas rupestres ou dos primeiros hominídeos.

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1.1. Os Povos do Oriente Próximo e suas Organizações Políticas.

São considerados povos do Oriente Próximo as civilizações Egípcia, Mesopotâmica,


Hebraica, Fenícia. Vamos a elas:

Mesopotâmia

Querido(a), Egito e Mesopotâmia são considerados pela historiografia o berço das


primeiras civilizações. Foram as primeiras a se organizarem politicamente em estruturas hie-
rárquicas e a instituírem uma organização jurídica. São chamadas de civilizações hidráulicas
ou de regadio, em função de surgirem graças à necessidade de aproveitamento dos recursos
hídricos.
Localizada no Oriente Médio, entre os rios Tigre e Eufrates, a  Mesopotâmia (do grego
“terra entre rios”) foi a área onde hoje está localizado o Iraque, ou seja, entre a Ásia, África e
Europa.
É considerada uma das mais antigas civilizações da história e vários povos habitaram
essa região entre os séculos V e I a.C., destacando os sumérios, assírios, caldeus, amoritas,
acádios e babilônicos. Os povos da Mesopotâmia que criavam gado, eram agricultores, arte-
sãos, mineiros, desenvolveram a escrita cuneiforme e os veículos de rodas.

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Localização da Mesopotâmia.

Escrita Cuneiforme.

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A sociedade mesopotâmica era dividida em duas partes que formavam uma pirâmide,
sendo o topo o local onde os membros da família real, nobres, sacerdotes e militares ficavam.
Já a parte inferior ficava com as camadas menos favorecidas, como os artesões, camponeses
e escravos.

Pirâmide social da Mesopotâmia.


A mesopotâmia teve sua formação ligada à vários povos que ocuparam a região entre o
rio Tigre e Eufrates. Vamos a eles:
Sumérios: Povo que se destacou na história pela produção de um complexo sistema de
controle da água dos rios, com canais de irrigação, barragens e diques. Também contribuíram
desenvolvendo a escrita cuneiforme, por volta de 4.000 a.C. Vale lembrar que os sumérios
eram excelentes arquitetos e construtores, tanto que chegaram a desenvolver os zigurates,
construções em formato de pirâmide que armazenavam os produtos agrícolas e também
serviam como templos religiosos.

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Zigurate da cidade de Ur. Figura e desenho de um Zigurate.

Babilônios: Com as suas cidades construídas às margens do rio Eufrates, os babilônios


foram responsáveis pelo primeiro código de leis conhecidos até então. Baseado nas Leis de
Talião (olho por olho, dente por dente) o Imperador Hamurabi desenvolveu um conjunto de
leis para organizar e controlar a sociedade. Conhecido como Código de Hamurabi, a lei deter-
minava que todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao crime cometido.
O Imperador Nabucodonosor II foi o responsável pela construção dos famosos jardins sus-
pensos da Babilônia e a Torre de Babel.
Assírios: Ficaram conhecidos na história pela organização e desenvolvimento militar, pois
encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a
sociedade. Utilizavam carros de Guerra e Arqueiros. Eram povos muito brutos e cruéis com os
inimigos conquistados, sofrendo como consequência desses atos uma série de revoltas po-
pulares. Tamanho poderio militar levou à expansão dominado a Palestina e o norte do Egito.
Caldeus: Os caldeus, de origem semita, habitaram a região conhecida como Baixa Meso-
potâmia no primeiro milênio antes de Cristo. Entre 612 a.C. e 539 a.C., formaram um império na
Mesopotâmia (Segundo Império Babilônico). O auge do Império Caldeu ocorreu em 587 a.C.,
quando Nabucodonosor conquistou os judeus de Jerusalém e ampliou o território do impé-
rio. Portanto, Nabucodonosor II foi o mais importante imperador caldeu. Após a morte deste
imperador, o império babilônico foi conquistado pelos persas, em 539 a.C., sob o comando do
rei Ciro.

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Questão 1 (FGV/ADMINISTRAÇÃO/2015). A notícia a seguir foi publicada em 26/02/2015:


O Estado Islâmico destruiu uma coleção de estátuas e esculturas inestimáveis no norte do
Iraque que remontam à antiga era assíria, de acordo com um vídeo publicado na Internet.
O vídeo dos militantes islâmicos radicais mostrou homens atacando os artefatos, alguns de-
les identificados como antiguidades do século 7 a.C., com marretas ou furadeiras, dizendo se
tratar de símbolos de idolatria. [...] Os artigos destruídos parecem ser de um museu de anti-
guidades na cidade de Mosul, no norte iraquiano, tomada pelo Estado Islâmico em junho pas-
sado, afirmou um ex-funcionário do museu à Reuters. Os militantes derrubaram as estátuas
de suas colunas, despedaçando-as no chão, e  um homem usou uma furadeira elétrica em
um touro alado. Isabel Coles e Saif Eldin Hamdan. Combatentes do Estado Islâmico destroem
antiguidades no norte do Iraque. Reuters Brasil. 26/02/2015. Disponível em: http://br.reuters.
com/article/entertainmentNews/idBRKBN0LU1PO20150226.
Sobre as antigas civilizações que se desenvolveram na região do atual Iraque, é correto afir-
mar:
a) As primeiras sociedades da Mesopotâmia desenvolveram-se a partir da expansão islâmi-
ca, cujos integrantes combateram intensamente as crenças politeístas.
b) Em torno do século VII a.C., o Império Assírio, conhecido pela utilização de carros de guerra,
incluiu em seus domínios a Palestina e o norte do Egito.
c) As principais atividades econômicas desenvolvidas na Mesopotâmia entre os séculos IX e
VII a.C. eram a pecuária e a comercialização de tecidos e pedras preciosas.
d) Do ponto de vista político, o Império Assírio estava organizado em Cidades-Estados que
implementaram a participação democrática de seus cidadãos.
e) O surgimento do monoteísmo judaico na Mesopotâmia deixou marcas culturais profundas
que contribuíram para a difusão da religião muçulmana com o Império Assírio.

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Letra b.
Entre os séculos IX e VII a.C., a Mesopotâmia viveu o domínio do Império Assírio, que teria sua
derrocada em 612 a.C., na Revolta de Nínive, eclodida poucos anos após a morte do rei As-
surbanipal. Contudo, nesse período de domínio do Império Assírio, houve a última expansão
territorial, com seu exército típico, repleto de arqueiros e carros de guerra, em que os limites
do Império se ampliaram até as regiões da Palestina e norte do Egito.

Egito

Prezado(a) aluno(a), a civilização egípcia surgiu, como já dito, da necessidade de aprovei-


tamento dos recursos hídricos. Várias comunidades surgiram às margens do rio Nilo (nomos:
núcleos familiares organizados em pequenas cidades-estados) e enfrentavam problemas
como enchentes e secas. Para superar essas questões, foi necessário a organização de um
grande contingente de mão de obra para construção de represas e diques.
Como a agricultura era difícil - tanto por causa do deserto, quanto por causa da sazonali-
dade do rio Nilo -, esses nomos acabaram se unindo com o passar do tempo (não se conhece
a data precisa), dando origem a dois reinos: o do Norte (Baixo Egito) e o do Sul (Alto Egito).
De acordo com a tradição, o rei Menés teria unificado ambos os reinos por volta do ano 3.000
a.C., tornando-se o primeiro faraó (título do rei egípcio), ou como se dizia na época “o senhor
das duas terras”, inaugurando assim a primeira dinastia do Egito.
A unificação garantiu a centralização política e administrativa dos vários nomos egípcios,
o que facilitou a organização eficaz do trabalho da sociedade nas obras públicas, para manter
o controle das águas e a construção de sistemas de irrigação do solo, garantindo a ampliação
da agricultura e da pecuária, levando ao crescimento das cidades.
A partir de então, os  nomos passaram a ser unidades administrativas dentro do Egito,
englobando várias cidades, e os nomarcas passaram a se subordinar diretamente ao faraó.

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A civilização egípcia desenvolveu-se às margens do rio Nilo, ocupando uma faixa de terra
cuja largura média entre 10 e 20 quilômetros e que se estendia por cerca de mil quilômetros.
Era extremamente dependente do rio, tanto para a manutenção das atividades agrícolas e a
pecuária, como para o transporte de mercadorias e comunicação entre as diversas cidades.
Tão apropriada era a navegação entre as várias regiões banhadas pelo Nilo, que os egípcios
não precisaram construir estradas.
A história do Egito divide-se em três fases: o Antigo Império; Médio Império e o Novo Im-
pério. Ao longo desses três períodos, o Egito atingiu o apogeu. Porém, a partir do século VII
a.C. o Egito foi invadido por vários povos e perdeu o seu antigo esplendor. A seguir, uma rápida
explanação sobre cada período.

Antigo Império (3200 a.C.-2100 a. C.)

Durante o Antigo Império foram construídas obras de drenagem e irrigação, que permi-
tiram a expansão da agricultura; são desse período ainda as grandes pirâmides dos faraós
Quéops, Quéfren e Miquerinos, construídas nas proximidades de Mênfis, a capital do Egito na
época.

Pirâmide de Quéops

As pirâmides eram túmulos dos faraós. Para o seu interior era levada grande quantidade
de objetos que pertenciam ao soberano, como móveis, joias e outros objetos preciosos.
Durante o Antigo Império, o faraó conquistou amplos poderes. Isso acabou gerando al-
guns conflitos: os grandes proprietários de terra e os chefes dos diversos nomos não aceita-

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ram a situação e procuraram diminuir o poder do faraó. Essas disputas acabaram por enfra-
quecer o poder político do Estado.

Médio Império (2100 a.C.-1580 a.C.)

Durante o Médio Império, os faraós reconquistaram o poder político no Egito. A capital pas-

sou a ser Tebas. Nesse período, conquistas territoriais trouxeram prosperidade econômica.

Mas algumas agitações internas voltariam a enfraquecer o império, o  que possibilitou, por

volta de 1750 a.C., a invasão dos hicsos, povo nômade de origem asiática. Os hicsos perma-

neceram no Egito cerca de 170 anos.

Novo Império (1580 a.C. – 715 A.C.)

O período iniciou-se com a expulsão dos hicsos e foi marcado por numerosas conquistas

territoriais. Em seu final ocorreram agitações internas e outra onda de invasões. Devido ao

enfraquecimento do Estado, o Egito foi conquistado sucessivamente pelos assírios (670 a.C.),

persas (525 a.C.), gregos (332 a.C.) e romanos (30 a.C.)

Inicialmente, os egípcios se organizaram por meio de um conjunto de comunidades pa-

triarcais chamadas de nomos. Os nomos eram controlados por um chefe chamado nomarca.

Os nomos se agrupavam em duas regiões distintas, que formavam dois reinos rivais: o reino

do Alto Egito e o reino do Baixo Egito.

Por volta de 3.200 a.C. o reino do Norte dominou o reino do Sul, unificando assim, o Egito.

O responsável por essa união foi Menés, que passou, então, a ser chamado de faraó, cujo sig-

nificado é “casa grande”, “rei das duas terras”. O poder dos reis passava de pai para filho, isto

é, era hereditário. Como os egípcios acreditavam que os faraós eram deuses ou, pelo menos,

representantes diretos dos deuses na Terra, a forma de governo que se instalou foi chamada

de monarquia teocrática.

A ilustração abaixo representa como era dividida a sociedade no Antigo Egito:

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Pirâmide social do Egito Antigo.

Como podemos perceber, a sociedade egípcia era organizada em torno do faraó, senhor
de todas as terras e de todas as pessoas. Ele era responsável pela justiça, pelas funções re-
ligiosas, pela fiscalização das obras públicas e pelo comando do exército. O faraó era consi-
derado um deus vivo, filho de deuses e intermediário entre eles e a população. Em sua honra,
realizavam-se inúmeros cultos.
Abaixo do faraó, e  em ordem de importância, estavam o Vizir do Alto Egito, o  do Baixo
Egito e o Sumo-Sacerdote de Amon-Rá, um dos principais deuses do Egito Antigo. Os vizires

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contavam com a ajuda dos supervisores e dos nomarcas, isto é, os governadores dos nomos,
os distritos do Egito. Os nomarcas por sua vez, eram auxiliados pelos funcionários do gover-
no, os escribas, que sabiam ler e escrever.
A centralização política do Egito não foi de fato uma constante em sua história. Vários
episódios de dissolução do Estado podem ser observados durante sua trajetória. Por volta
de 2.300 a.C., uma série de contendas internas e invasões deram fim à supremacia do faraó.
Nos três séculos subsequentes os nomos voltaram a ser a principal unidade de organização
sociopolítica. Esse primeiro período que vai da unificação ao restabelecimento dos nomos
corresponde ao Antigo Império.
Ao fim do século XXI a.C., o Estado centralizado foi restabelecido graças aos esforços do
faraó Mentuhotep II. A servidão coletiva foi mais uma vez adotada, permitindo a construção
de vários canais de irrigação e a transferência da capital para a cidade de Tebas. Mesmo
sendo um período de diversas conquistas e desenvolvimento da cultura egípcia, o Médio Im-
pério chegou ao seu fim em 1580, com a dominação exercida pelos hicsos.
A presença estrangeira serviu para que os egípcios se unissem contra a presença dos
hicsos. Com a expulsão definitiva dos invasores, temos o início do Novo Império.
Nessa época, presenciamos a dominação egípcia sob outros povos. Entre as civilizações
dominadas pelos egípcios, destacamos os hebreus, fenícios e assírios. Tal expansão das
fronteiras possibilitou a ampliação das atividades comercias durante o Novo Império.
O Novo Império, considerado o mais estável período da civilização egípcia, teve seu fim
com a deflagração de uma série de invasões. Os  assírios, persas, macedônios e romanos
invadiram e controlaram o Egito ao longo da Antiguidade. Ao longo de mais de 2500 anos,
os egípcios ainda foram alvo do controle árabe, turco e britânico.
Querido(a) aluno(a), trataremos dos Hebreus e Fenícios no tópico “1.4” da nossa aula.
É um recurso didático para não ficarmos indo e voltando no conteúdo ok.

Questão 2 (FGV/VESTIBULAR/2004) Acerca das estruturas governamentais egípcias no


reino Antigo, é possível afirmar que:

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a) A burguesia incipiente criada pelo comércio com o Oriente Médio, principalmente com a

Pérsia, tinha no faraó a garantia de seu domínio absoluto.

b) A pequena burguesia das cidades competia com o campesinato na tentativa de controlar o

faraó e a burocracia que o cercava, incluindo os escribas e os guerreiros.

c) O faraó era o mais absoluto dos monarcas, adorado como um deus e visto como suprema

autoridade religiosa, militar e civil.

d) O faraó e totalmente controlado pelos sacerdotes e funcionários, cuja base de poder estava

na propriedade privada dos meios de produção e na força das armas.

e) A burocracia era controlada pela sociedade, que tinha como guardiã suprema de seus di-

reitos a figura do faraó.

Letra c.

Como vimos, o faraó era considerado um Deus e tinha poderes ilimitados. Os escribas e sa-

cerdotes o serviam, assim como o restante da população.

1.2. As Cidades-Estados da Grécia

Querido(a), Grécia e Roma se inserem, didaticamente, no que se convencionou chamar

de Antiguidade Clássica. O termo refere-se a um longo período da História da Europa que se

estende aproximadamente do século VIII a.C., com o surgimento da poesia grega de Homero,

à queda do Império Romano do Ocidente no século V d.C., mais precisamente no ano 476.

A Grécia antiga compreendia uma região chamada Hélade e ocupava o sul dos Bálcãs

(Grécia continental), a  Península do Peloponeso (Grécia peninsular), as  ilhas do Mar Egeu

(Grécia Insular), além das colônias na costa da Ásia Menor e no sul da Península Itálica (Mag-

na Grécia).

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A história da Grécia é dividida, pelos historiadores, em quatro períodos principais:


• Pré-Homérico;
• Homérico;
• Arcaico;
• Clássico.

No entanto, respeitando o edital, vamos nos ocupar apenas da formação das cidades-es-
tados. É no período Arcaico que se inicia a reunião dos genos em unidades políticas maiores,
chamadas pólis ou cidades-Estados.
Nesse tipo de organização não existia um governo único, cada cidade-estado tinha suas
leis, seu governo, sua economia e sua sociedade própria e independente. O palácio do gover-
no e os templos eram construídos em uma colina fortificada, a acrópoles.

Cidade-Estado é o termo que define um local independente, uma cidade que possui seu pró-
prio governo. Uma Cidade-Estado pode ser uma cidade dentro de outra cidade ou um local

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autônomo, independente, que tem seu governo próprio mesmo estando no território de qual-
quer outro país, sendo gerenciada por suas próprias leis, por seus próprios governantes. Eram
comuns na antiguidade, principalmente na Grécia, quando os gregos ainda não formavam um
país. Atenas, Esparta e Tróia eram cidades-estados, formadas por uma população que falava
a mesma língua, tinha os mesmos costumes, veneravam os mesmos deuses, mas eram inde-
pendentes entre si, cada uma governada por um rei, com um regime político próprio.

“Polis” era o termo que designava um território e um sistema político, uma região onde a
cidade exercia o poder e se tornava um centro cultural, político e econômico.
As pólis gregas possuíam uma arquitetura parecida. Na parte baixa ficava uma praça,
a ágora, onde aconteciam as assembleias dos cidadãos e as transações comerciais. Era tam-
bém onde os juízes da cidade julgavam os criminosos e onde se realizavam os festivais de
poesias e os jogos praticados em honra aos deuses. As duas pólis mais importantes foram
Esparta e Atenas.

Esparta: Militarismo

Esparta foi fundada pelos dórios por volta do século IX a.C. Situava-se em uma região
chamada Lacônia. As condições naturais da região onde ficava Esparta eram muito áridas:
o solo montanhoso e seco dificultava o abastecimento da cidade. Essas condições adversas
levaram os espartanos a conquistar terras férteis por meio de guerras.
O poder em Esparta era exercido por um pequeno grupo ligado às atividades militares.
Apenas uma minoria participava das decisões políticas e administrativas – os esparciatas –
que se dedicavam única e exclusivamente à política e à guerra.
A vida em Esparta girava em torno da guerra. Os espartanos temiam que os povos que ha-
viam conquistado se rebelassem; temiam também que os escravos se revoltassem. A neces-
sidade de garantir o poder dos esparciatas e o medo de que ideias vindas de fora colocassem
em xeque esse poder faziam com que as viagens fossem proibidas e os contatos comerciais
fossem quase inexistentes. Esparta fechava-se em torno de si mesma, impondo aos seus
habitantes um modo de vida autoritário e de subordinação aos interesses do Estado.

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A agricultura, o  artesanato e o comércio eram praticados pelos periecos, uma camada


de homens livres, mas sem direito de participar da política em Esparta. Os  escravos eram
chamados de hilotas, pertenciam ao Estado e trabalhavam para os esparciatas. Os  jovens
eram educados pelo Estado. Desde os sete anos deixavam as casas de suas famílias e se
dirigiam para locais de treinamento militar.
Na cidade de Esparta o governo era exercido simultaneamente por dois reis e dele
participavam duas assembleias: a Apela, formada por representantes do povo, e a Gerúsia,
um conselho de anciãos. O poder dos reis espartanos era limitado; magistrados conhecidos
como éforos vigiavam suas atividades.
As leis em Esparta foram elaboradas por Licurgo, o legislador que transformou a cidade
em um Estado militarista.
Outro sistema conhecido pelos gregos foi a oligarquia, em que o poder ficava dividido
entre pessoas que pertenciam às famílias mais importantes de uma cidade. O termo oligar-
quia significa “governo de poucos”.
Em algumas cidades, os governos oligárquicos foram derrubados pela força. Aqueles que
assumiam o poder em seguida eram conhecidos como tiranos.
A tirania – governo dos tiranos – se estabelecia e se mantinha no poder por meio da força.

Atenas: Democracia

Atenas, hoje a capital da Grécia, localizava-se no centro da planície Ática, às margens do


Mar Egeu. Foi o avesso de Esparta: teve uma vida urbana e aberta às novidades. A atividade
comercial foi a base de sua economia e os atenienses praticaram intenso comércio com
diversos povos.
A sociedade ateniense era dominada pelos eupátridas, que eram grandes proprietários de
terras. Contudo, o poder dos eupátridas era constantemente desafiado pelas camadas menos
favorecidas e pelos comerciantes, que exigiam maior igualdade de direitos.
Esses segmentos desafiavam o poder dos eupátridas. Os  pequenos proprietários, mui-
tas vezes sem recursos, viviam constantemente ameaçados pela escravidão por dívidas. Já
os comerciantes, artesãos e assalariados urbanos, que eram chamados demiurgos, estavam
excluídos das decisões políticas da pólis e também queriam participar delas.

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O resultado dessas pressões constantes foi uma reforma nas leis feita por Sólon, um juiz
ateniense. Por essa reforma, foi abolida a escravidão por dívidas e foi ampliado o direito de
voto, de acordo com a riqueza que cada um possuía.
Porém, as reformas de Sólon só beneficiaram os comerciantes ricos. O resto da popula-
ção continuou excluída das decisões políticas da pólis. A situação em Atenas não era nada
calma com a pressão constante dos excluídos. Além disso, a cidade foi dominada pelo tirano
(link dicionário) Pisistrato por mais de 30 anos.
Com o fim da tirania, foi Clistenes, um aristocrata preocupado com os problemas das ca-
madas populares, o responsável por uma nova reforma. Ampliou a participação e o direito de
decisão política para todos os cidadãos atenienses, isto é, todos os homens livres e nascidos
em Atenas, maiores de 18 anos. A cidade foi dividida em demos, um tipo de distrito que ele-
gia seus representantes para a assembleia. Esta, por sua vez, escolhia as pessoas que iriam
integrar o conselho, responsável pelo governo da cidade.
Continuavam excluídos da pólis os estrangeiros, as mulheres e os escravos. Como você
pode observar, os  benefícios da democracia ateniense estavam reservados somente aos
cidadãos, o que é diferente da democracia dos nossos dias.
A educação em Atenas era bastante diferente da adotada em Esparta. Os  atenienses
acreditavam que sua cidade-Estado seria mais forte se cada menino desenvolvesse integral-
mente suas melhores aptidões. O ensino não era gratuito nem obrigatório, ficando a cargo da
iniciativa particular.
Os garotos entravam para a escola aos 6 anos e ficavam sob a supervisão de um pedagogo,
com quem estudavam aritmética, literatura, música, escrita e educação física. Interrompiam
os estudos apenas nos dias de festas religiosas, e, quando completavam 18 anos, eram
recrutados pelo governo para treinamento militar, que durava cerca de dois anos.
As mulheres de Atenas estavam reservadas apenas as funções domésticas. Os  pais
tratavam de casar logo as filhas adolescentes, as quais, após núpcias, ficavam sob o domínio
total dos maridos. Nesse mundo masculino, ficar em casa e em silencio era o maior exemplo
de virtude para representantes do sexo feminino.

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Ostracismo: o reformador Clistenes implantou uma lei em Atenas determinando que qualquer
cidadão que ameaçasse a segurança da cidade poderia ser condenado ao exílio por dez anos,
isso era chamado de ostracismo. Ela lei procurava evitar que se repetisse um governo tirano
em Atenas.

A democracia ateniense atingiu seu apogeu durante o governo de Péricles, no século V


a.C. que marcou o início do chamado Período Clássico. O princípio da isonomia (igualdade)
era a base da democracia. Contudo, em seu sentido real, era pouco praticado. Como vimos,
em Atenas, apenas podiam exercer a cidadania, os cidadãos livres, acima de 18 anos. Portan-
to, o princípio não era válido para estrangeiros, escravos e mulheres.
Contudo, as desavenças internas, a escassez de terras e a necessidade de expansão do
comércio levaram as cidades gregas, entre elas Atenas, a conquistar várias áreas coloniais,
próximas ou distantes. Os espartanos não gostaram dessa expansão territorial de Atenas e a
disputa por melhores terras determinou a criação de dois grupos rivais: a Liga do Peloponeso,
liderada por Esparta, e a Liga de Delos, sob a liderança de Atenas.
No início do século V a.C., iniciou-se a chamada Guerra do Peloponeso, na qual Atenas
saiu derrotada. Esse acontecimento foi o começo do declínio das antigas cidades-Estados
gregas.

Guerra contra os Persas

Entre os séculos VI e V a.C., a expansão do Império Persa passou a ameaçar a autonomia


das cidades-estados gregas. Por volta de 500 a.C., os  persas dominavam várias colônias
gregas na Ásia Menor e seu objetivo era conquistar também a Grécia. Na luta contra o inimigo
comum, as cidades-estados se uniram e conseguiram derrotar os persas em várias batalhas.
Esse conflito, que durou vários anos, ficou conhecido como Guerras Greco-pérsicas ou Guer-
ras Médicas, assim denominadas porque os gregos chamavam os persas de medos. Sobre

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esse tema, indico que assista ao filme “300”: além de tratar da guerra contra os persas, tam-
bém discorre sobre a formação militar do espartano.

Guerras entre as Cidades-Estados

A decadência da civilização grega iniciou-se a partir das Guerras do Peloponeso, quando


os gregos lutaram contra os gregos. As origens do conflito estão no descontentamento geral,
sobretudo de Esparta, em relação à supremacia ateniense.
Esparta era aristocrática e estava determinada a manter sua organização sem interferências
ou influencias atenienses. Atenas, democrática e também poderosa guerreira, estava dispos-
ta a impor suas ideias e princípios.
Na primeira fase da guerra, entre 431 e 421 a.C., houve um certo equilíbrio entre as partes,
com espartanos e atenienses conseguindo algumas vitórias. Após esse período, as  duas
cidades fizeram um acordo de paz que deveria durar 50 anos.
Entre 415 e 413 a.C., a  trégua foi quebrada pelos atenienses, que desejavam conquis-
tar regiões dominadas pelos espartanos. Atenas foi derrotada e perdeu parte de sua frota e
contingente militar. Os anos seguintes, de 413 a 404 a.C., podem ser considerados de ofensi-
va dos espartanos. Esparta aniquilou definitivamente Atenas, já bastante enfraquecida pelas
perdas anteriores, iniciando sua hegemonia (domínio) sobre o mundo grego.

A conquista da Grécia pela Macedônia

Atenas, o centro glorioso do século de ouro da Grécia, chegava ao fim. Esparta também.
Todas as cidades-estados ficaram enfraquecidas com as Guerras do Peloponeso e tornaram-
-se alvos fáceis para a dominação de outros povos.
Os macedônios, povo que habitava o norte da Grécia, conseguiram progredir e fortalecer-
-se econômica e militarmente. Aproveitando-se da fraqueza e da desunião dos gregos, Filipe
II, o rei da Macedônia, preparou um poderoso exército e conquistou o território grego.
A política expansionista iniciada por Filipe II teve continuidade com seu filho e sucessor
Alexandre Magno, conhecido também como Alexandre O Grande, que consolidou a domina-
ção da Grécia e iniciou a conquista do império Persa. A  Macedônia tornou-se o centro do
maior império formado até então, que só seria superado anos depois pelo Império Romano.

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As conquistas de Alexandre Magno, promovendo a fusão das culturas das várias regiões
conquistadas no Oriente com os valores gregos deu origem a cultura helenística, que teve
como centro de difusão cultural Alexandria, no Egito, e Pérgamo, na Ásia Menor.

Questão 3 (FGV-RJ/VESTIBULAR/1998) Sobre a Grécia antiga, observe as afirmações


abaixo e assinale quais são as afirmações corretas:
I – O primeiro povoamento, nesta região, por volta de 2000 a C foi resultado da invasão dos
dórios;
II – Os cidadãos de Atenas eram todos iguais perante a Lei;
III – Na Guerra do Peloponeso, Atenas conseguiu ter a hegemonia sobre toda a Hélade.
IV – Foram denominadas Guerras Médicas os conflitos entre o mundo grego e o mundo persa.
A vitória grega, liderada por Atenas, deu a esta cidade-estado o domínio sobre as demais.
a) I e IV.
b) II e IV.
c) II e III.
d) I e II.
e) III e IV.

Letra b.
I – Errado. A região já era povoada desde o século VIII a.C.
II  – Certo. Cuidado com a pegadinha da banca. Em Atenas, apenas os cidadãos (homens,
maiores de 18 anos, filhos de pai e mãe ateniense) tinham direitos políticos e eram iguais
perante a lei. A afirmativa não disse que todos eram iguais perante a lei.
III – Errado. Foi Esparta que conseguiu hegemonia na Hélade após derrotar Atenas na Guerra
do Peloponeso.

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IV – Certo. As Guerras Médicas uniram as cidades-estados gregas na luta contra a invasão
dos Persas.

1.3. Formação, Desenvolvimento e Declínio do Império Romano do

Ocidente.

Querido(a), a história de Roma remonta a 753 a.C., com a fundação de um pequeno povo-
ado na península Itálica. Embora a fundação tenha ocorrido no século VIII a.C., o mais antigo
registro escrito é o estabelecido pelo historiador Marco Terêncio Varrão (116 a.C. - 27 a.C.)
durante o reino de Augusto, cerca de 500 anos após o fato.
Com o tempo, Roma tornou-se o centro de uma vasta civilização que dominou a região
mediterrânica durante séculos, e que seria derrubada por algumas tribos germânicas, dando
início à era historiográfica da Idade Média. Tornou-se a sede da Igreja Católica e, por pressão
das circunstâncias políticas, seria obrigada a ceder parte de si, no seu interior, para formar um
Estado independente, a Cidade do Vaticano. Continuou, no entanto, a desempenhar um papel
importante na política global, tal como o fez na história e cultura dos povos europeus durante
milênios.

Origem de Roma

A etimologia do nome da cidade é incerta, e são várias as teorias que nos chegam desde
a Antiguidade. A  menos provável indica-nos que derivaria da palavra grega Ρώμη (Róme),
que significa “bravura”, “coragem”. A mais provável é a ligação com a raiz “rum”, “seios”, com
possível referência a uma loba (em latim, lupa) que teria adotado os gémeos Rómulo e Remo
que, segundo se pensa, seriam descendentes dos povos de Lavínio. Rómulo mataria o seu
irmão e fundaria Roma.
As tribos itálicas entraram no Lácio a partir de uma região montanhosa no centro da penín-
sula Itálica, vindos da costa oriental. Apesar das circunstâncias da fundação de Roma, a sua
população original era, por certo, uma combinação da civilização etrusca e povos itálicos,

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com uma provável predominância de etruscos. Gradualmente, a infiltração itálica aumentaria,


ao ponto de predominar sobre os Etruscos; i.e., as populações etruscas seriam assimiladas
pelas itálicas, dentro e fora de Roma.
Roma cresceu com a sedentarização dos povos no monte Palatino até outras colinas a
oito milhas do mar Tirreno, na margem Sul do rio Tibre. Outra destas colinas, o Quirinal, terá
sido, provavelmente, um entreposto para outro povo itálico, os Sabinos. Nesta zona, o Tibre
esboça uma curva em forma de “Z” contendo uma ilha que permite a sua travessia. Assim,
Roma estava no cruzamento entre o vale do rio e os comerciantes que viajavam de Norte a Sul
pelo lado ocidental da península.

Monarquia Romana

A tradição romana informa que a cidade foi governada por sete reis de 753 a.C. a 509 a.C.,
iniciando-se com o mítico Rómulo que, juntamente com o seu irmão, Remo, teriam fundado
Roma. Sobre os últimos três reis, especialmente Tarquínio Prisco e Tarquínio, o Soberbo, infor-
ma-nos ainda que estes seriam de origem etrusca — segundo fontes literárias antigas. Prisco
seria filho de um refugiado grego e de uma mãe etrusca — e cujos nomes se referem a Tarquinia.
O valor historiográfico da lista de reis é, contudo, dúbio, embora os últimos reis pare-
çam ter sido figuras históricas. Crê-se, também — embora contestado em controvérsia — que
Roma teria estado sob influência etrusca durante quase um século, durante este período. Sa-
be-se, porém, que nestes anos foi construída uma ponte designada Ponte Sublício, que viria a
substituir um baixio do rio Tibre utilizado para a sua travessia, e a Cloaca Máxima, o sistema
romano de esgotos, obras de engenharia com um traçado típico da civilização etrusca. Do
ponto de vista técnico e cultural, os Etruscos são considerados como o segundo maior im-
pacto no desenvolvimento romano, apenas suplantados pelos Gregos.
Continuando a expansão, para Sul, os Etruscos estabeleceram contato direto com os Gre-
gos. Após o sucesso inicial nos conflitos com os Gregos colonizadores, a Etrúria entraria em
declínio. Aproveitando-se da situação, a cerca de 500 a.C., dá-se uma rebelião em Roma que
lhe iria dar a independência dos etruscos.
Na Roma monárquica, a sociedade era formada basicamente por três classes sociais:

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• os patrícios, a classe dominante, formada por nobres e proprietários de terra;


• os plebeus, que eram constituídos por comerciantes, artesãos, camponeses e peque-
nos proprietários;
• os clientes, que viviam da dependência dos patrícios e os plebeus, e eram prestadores
de serviços.

Na monarquia romana, o rei exercia funções executiva, judicial e religiosa. O Senado, com-
posto pelos patrícios, assessorava o rei e tinha o poder de vetar as leis apresentadas pelo mo-
narca.
As lendas narram os acontecimentos dos sete reinados da época. Durante o governo dos
três últimos, que eram etruscos, o poder político dos patrícios declinou. A aproximação dos
reis com a plebe descontentava os patrícios. Em 509 a.C., o último rei etrusco foi deposto e
um golpe político marcou o fim da monarquia.
O legado etrusco mostrou-se duradouro: os Romanos aprenderam a construir templos,
e pensa-se que os primeiros tenham sido os responsáveis pela introdução da adoração a uma
tríade divina — Juno, Minerva, e Júpiter — possivelmente correspondentes aos deuses etrus-
cos. Em suma, os etruscos transformaram Roma, uma comunidade pastoral, numa verdadeira
cidade, imprimindo-lhe alguns aspectos culturais da cultura grega, que teriam adotado, como
a versão ocidental do alfabeto grego.

República Romana

A monarquia foi também abolida em detrimento de um sistema republicano baseado num


senado, composto pelos nobres da cidade, alguns populares representantes, que iriam garan-
tir a participação política aos cidadãos de Roma, e magistrados eleitos anualmente.
No virar para o século V a.C., Roma uniu-se às cidades latinas como medida defensiva das
incursões dos Sabinos. Vencedora da Batalha do Lago Regilo, em 493 a.C., Roma estabeleceu
novamente a supremacia sobre as regiões latinas que perdera com a queda da monarquia.
Após séries de lutas, a supremacia veio a consolidar-se em 393 a.C., com a subjugação dos
Volscos (volsci) e dos Équos (aequi). No ano anterior, já teriam resolvido a ameaça dos vizi-

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nhos Veios, conquistando-os. A potência etrusca estava agora confinada exclusivamente à


sua própria região, e Roma tornara-se na cidade dominante do Lácio.
A implantação da república significou a afirmação do Senado, o órgão de maior poder po-
lítico entre os romanos. O  poder executivo ficou a cargo das magistraturas, ocupadas pelos
patrícios.
A república romana foi marcada pela luta de classes entre patrícios e plebeus. Os patrí-
cios lutavam para preservar privilégios e defender seus interesses políticos e econômicos,
mantendo os plebeus sob sua dominação.
Entre 449 e 287 a.C. os  plebeus organizaram cinco revoltas que resultaram em várias
conquistas: Tribunos da plebe, Leis das XII tábuas, Leis Licínias e Lei Canuleia. Com essas
medidas, as duas classes praticamente se igualaram.
Durante a República, além de Patrícios, Plebeus e Clientes, é adicionada mais uma classe
social que será a base da expansão dos Romanos: os escravos.
Para assegurar a segurança do seu território, Roma empenhou-se na reconstrução dos
edifícios e tornou-se ela própria a invasora, ao conquistar a Etrúria e alguns territórios aos
gauleses, mais a norte. Em 345 a.C., Roma voltou-se para Sul, a combater outros latinos, na
tentativa de assegurar o seu território contra posteriores invasões. Neste quadrante, o seu
principal inimigo eram os temidos samnitas que já haviam derrotado as legiões em 321 a.C.
Apesar desses e outros contratempos temporais, os  Romanos prosseguiram a sua ex-
pansão casual de forma equilibrada. Em 290 a.C., Roma já controlava mais de metade da
península Itálica e, durante esse século ainda, os Romanos apoderaram-se também das polis
da Magna Grécia mais a sul.
Segundo a lenda, Roma tornou-se numa República em 509 a.C., quando um grupo de
aristocratas expulsou Tarquínio, o Soberbo. No entanto, foram necessários vários séculos até
Roma assumir a forma monumental com que é popularmente concebida. Durante as Guer-
ras Púnicas, entre Roma e o grande império mediterrânico de Cartago, o estatuto de Roma
aumentou mais ainda, já que assumia cada vez mais o papel de uma capital de um império
ultramarino pela primeira vez.

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Iniciada no século II a.C., Roma viveu uma significativa explosão populacional, com os
agricultores ancestrais a trocarem as suas terras pela grande cidade, com o advento das
quintas operadas por escravos obtidos durante as conquistas, os latifúndios.
Em 146 a.C., os Romanos arrasaram as cidades de Cartago e Corinto, anexando o Norte
de África e a Grécia ao seu império e transformando Roma na cidade mais importante da
parte ocidental do Mediterrâneo. A partir daqui, até ao final da república, os cidadãos iriam
empenhar-se numa corrida de prestígio, suportando a construção de monumentos e gran-
des estruturas públicas. Talvez a mais notável tenha sido o Teatro de Pompeu, erigido pelo
general Pompeu, que era o primeiro teatro de carácter permanente alguma vez construído na
cidade. Depois de Júlio César regressar vitorioso das conquistas gálicas e subsequente guer-
ra civil com Pompeu, embarcou num programa de reconstrução sem precedentes na história
romana. Seria, no entanto, assassinado em 44 a.C. com a maioria dos seus projetos ainda em
construção, como a Basílica Júlia e a nova casa do senado romano (Cúria Hostília).
Na República romana, a escravidão era a base de toda produção e o número de escravos
ultrapassava os de homens livres. A violência contra os escravos causou dezenas de revoltas.
Uma das principais revoltas escravos foi liderada por Espártaco entre 73 a 71 a.C. À frente das
forças rebeldes, Espártaco ameaçou o poder de Roma.
Para equilibrar as forças políticas, em 60 a.C., o Senado indicou três líderes políticos ao
consulado, Pompeu, Crasso e Júlio César, que formaram o primeiro Triunvirato.
Após a morte de Júlio César, foi instituído o segundo Triunvirato constituído por Marco Au-
rélio, Otávio Augusto e Lépido. As disputas de poder eram frequentes. Otávio recebeu do senado
o título de Prínceps (primeiro cidadão) foi a primeira fase do império disfarçado de República.

Império Romano

O imperador Otávio Augusto (27 a.C. a 14) reorganizou a sociedade romana. Ampliou a
distribuição de pão e trigo e de divertimentos públicos - a política do “pão e circo”.
Depois de Augusto, várias dinastias se sucederam. Entre os principais imperadores estão:
• Tibério (14 a 37): Propôs uma reforma agraria que desagradou os patrícios, grandes
proprietários de terras;
• Calígula (37 a 41): Conhecido por prostituir as esposas dos senadores;

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• Nero (54 a 68): Incendiou Roma;


• Tito (79 a 81): Derrotou a rebelião dos judeus;
• Trajano (98 a 117): Construção de estradas;
• Adriano (117-138): Construção da Muralha de Adriano no norte da Grã-Bretanha, para
proteger o império das invasões bárbaras;
• Marco Aurélio (161 a 180): Considerado culto, dedicou-se a guerras no oriente e no
norte.

Decadência de Roma

A partir de 235, o  Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados, cujo


principal objetivo era combater as invasões. Do ponto de vista político, o século III caracteri-
zou-se pela volta da anarquia militar. Num período de apenas meio século (235 a 284) Roma
teve 26 imperadores, dos quais 24 foram assassinados.
O cristianismo passou por três fases durante o Império Romano. Num primeiro momento
foi combatido, num segundo, tolerado e, num terceiro, assimilado. Acontece que, percebendo
o poder aglutinador dessa religião monoteísta, o Imperador Constantino criou o Edito de Mi-
lão (313 d.C.), segundo o qual o cristianismo se tornou religião oficial do Império e declarou
Constantino protetor da Igreja.
Com a morte do imperador Teodósio, em 395, o Império Romano foi dividido entre seus
filhos Honório e Arcádio. Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, capital Roma,
e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, capital Constantinopla.
Em 476, o Império Romano do Ocidente desintegrou-se e o imperador Rômulo Augusto
foi deposto. O ano de 476 é considerado pelos historiadores o marco divisório da Antiguidade
para a Idade Média.
Da poderosa Roma, restou apenas o Império Romano do Oriente, que se manteria até 1453.

Escravidão Romana: a escravidão é a razão do crescimento territorial do Império Romano e,


também, de sua decadência. Conquistavam territórios para escravizar sua população e levavam
essa população para vários locais do Império. Ocorre que, o novo território conquistado, exigia
mais mão de obra para viabilizar nele as atividades econômicas. Como o tempo de vida útil de

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um escravo era curta, cerca de 15 anos, em função das péssimas condições de vida, criava-se
novamente a necessidade de mais mão de obra. Daí o círculo vicioso da expansão. Como o pas-
sar dos anos, com a mão de obra escrava cada vez mais escassa, a economia entrou em crise
faltando dinheiro mesmo para pagar os soldos dos centuriões, que abandonaram seus postos
fronteiriços. Resumindo: A escravidão foi o motivo do apogeu e da decadência de Roma.

Questão 4 (FGV/VESTIBULAR/1995) O Edito de Milão (313), no processo de desenvolvi-


mento histórico de Roma, reveste-se de grande significado, tendo em vista que
a) combateu a heresia ariana, acabando com a força política dos bispados de Alexandria e
Antioquia.
b) tornou o cristianismo a religião oficial de todo Império Romano, terminando com a
concepção de rei-deus.
c) acabou inteiramente com os cultos pagãos que então dominavam a vida religiosa.
d) deu prosseguimento à política de Deocleciano de intenso combate à expansão do
cristianismo.
e) proclamou a liberdade do culto cristão passando Constantino a ser o protetor da Igreja.

Letra e.
O Edito de Milão foi um documento assinado pelos imperadores romanos Constantino e
Licínio em 313. Ele proibiu a perseguição aos cristãos, pois permitiu que os membros do im-
pério pudessem fazer parte de qualquer religião.

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1.4. A Vida Socioeconômica e Religiosa dos Mesopotâmicos, Egípcios,


Fenícios e Hebreus

Querido(a), uma importante civilização da antiguidade não será discutida porque não está
listada no edital, falo dos Persas. Entretanto, como pôde ver, foram citados quando tratamos,
por exemplo, das Guerras Médicas. Reforço que o importante é você se concentrar no que a
banca exige.

Mesopotâmicos

De forma geral, tinham crença em vários deuses ligados à natureza, portanto eram
politeístas.
A política tinha uma forma de organização com base na centralização do poder para uma
única pessoa (Rei ou Imperador) governar em todos os âmbitos.
Já a economia desses povos era baseada na agricultura e comércio nômade de caravanas.
Com a região muito bem localizada, a Mesopotâmia podia garantir a sua população água boa
para consumo, rios para pesca e transporte pelos rios Tigre e Eufrates, que cercavam a civilização.
Um outro ponto positivo dos rios era as cheias que davam em certas épocas do ano, pois elas
fertilizavam as margens e garantiam um excelente local para praticar as técnicas agrícolas.
A escrita foi se desenvolvendo para controlar a produtividade agrícola. As  primeiras
plaquetas de argila que continham a escrita cuneiforme, típica dos sumérios, demonstraram
que eram importantes justamente para esse controle.
Por ser uma sociedade muito desenvolvida, a  rivalidade e cobiça dos povos vizinhos
geraram várias lutas, que eram constantes. Apesar da vantagem geológica, os  povos da
Mesopotâmia acabaram vencidos e conquistados pelos persas em 331 a.C.
A principal arte da antiga Mesopotâmia foi, sem dúvida, a  arquitetura, principalmente
voltada para a construção de templos e palácios. Como vimos, os templos, chamados zigu-
rates, possuíam na parte superior uma torre piramidal de base retangular, composta de vários
pisos superiores. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser
um santuário como um local de observação de astros.

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A pintura e a escultura eram artes decorativas. Retratavam principalmente temas religiosos


e guerreiros e embelezavam o interior dos templos e palácios, com destaque para baixos-
-relevos para assírios.
Os mesopotâmicos utilizavam a escrita cuneiforme criada pelos sumérios. Essa escrita,
como as demais, é uma extraordinária fonte histórica, pois, através da leitura das plaquetas
que chegaram até nós, podemos conhecer parte das leis, da literatura, das criações científi-
cas, das práticas comerciais e religiosas e do comportamento social dos povos que viveram
entre os rios Tigre e Eufrades.
Os babilônicos acreditavam na existência de uma relação entre os astros e o destino dos
homens, e, por isso mesmo, a astronomia era sua ciência predileta. Eles foram os primeiros a
fazer a distinção entre planetas e estrelas, a observar várias fases da Lua, os eclipses e etc.
Criaram os signos do zodíaco, dividiram o ano em 12 meses, a semana em 7 dias e o dia em 12
horas duplas. Foram também os principais responsáveis pelo desenvolvimento da matemática.

Egípcios

A religião no Egito Antigo era marcada por várias crenças, mitos e simbolismos. A prá-
tica religiosa era muito valorizada na sociedade egípcia, sendo que os rituais e cerimônias
ocorriam em diversas cidades. A religião egípcia teve grande influência em várias áreas da
sociedade.
Os egípcios eram politeístas (acreditavam em vários deuses). De acordo com este povo,
os deuses possuíam poderes específicos e atuavam na vida das pessoas. Havia também deu-
ses que possuíam o corpo formado por parte humana e parte de animal sagrado (antropozoo-
morfia). Anúbis, por exemplo, deus da morte, era representado com cabeça de chacal num cor-
po de ser humano. Os egípcios antigos faziam rituais e oferendas aos deuses. Era uma forma
de conseguirem agradar aos deuses, conseguindo ajuda em suas vidas. Existiam diversos tem-
plos, que eram construídos em homenagem aos deuses. Cada cidade possuía um deus protetor.
Outra característica importante da religião egípcia era a crença na vida após a morte. De
acordo com esta crença, o morto era julgado no Tribunal de Osíris. O coração era pesado e,

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de acordo com o que havia feito em vida, receberia um julgamento. Para os bons havia uma
espécie de paraíso, para os negativos, Ammut devoraria o coração.
Nas esculturas era observada a lei do frontalidade, ou seja, o corpo humano era represen-
tado de frente e dividido em duas partes iguais, e o hieratismo, ou seja, a rigidez.
Nas pinturas era utilizada a pintura afresco, e as pinturas eram representadas com o ros-
to, pés e pernas de perfil, enquanto que os olhos e o tórax eram vistos de frente. Eram repre-
sentadas cenas do cotidiano nas pinturas, e tinham também a função decorativa. A pintura
era realizada principalmente na folha de papiro.
Os egípcios sabiam lidar bem com cálculos e faziam previsões das cheias do Nilo.
A literatura era basicamente em cima da ideologia religiosa e moral. Um dos livros mais
importantes da literatura egípcia é o Livro dos Mortos ou Livro Sagrado, que seria para eles
como uma bíblia.
Para eles haviam 360 dias divido em 12 meses, mais 5 dias de festas religiosas. O calen-
dário baseava-se no movimento do Sol. As  estações eram ditas conforme a agropecuária:
verão, estação das cheias e inverno.
Por possuírem a crença na imortalidade, a morte seria passageira e a vida retornaria para o
corpo. Porém, o retorno à vida aconteceria somente se o corpo do moribundo fosse conservado.
Se a alma (Rá) não voltasse para o corpo (Ká), significava que o corpo não tinha sido con-
servado. Parte daí a importância da mumificação dos corpos, do embalsamento e da conser-
vação, para evitar a decomposição. Para isso, existiam técnicas avançadas de mumificação
para os nobres e técnicas mais simples para os pobres.
As avançadas técnicas de mumificação desenvolvidas no Egito Antigo contribuíram para
o desenvolvimento da medicina. Os médicos egípcios faziam cirurgias, cuidavam de fraturas,
conheciam a anatomia humana. Além da técnica de preservar os corpos através da mumifi-
cação, os egípcios precisavam desenvolver um método de proteger os corpos contra saque-
adores, daí a construção de enormes túmulos.
Os túmulos garantiriam a conservação dos corpos. Geralmente quando uma pessoa rica
(faraó), que ostentava poder, morria, seu corpo era mumificado e posteriormente colocado

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nos túmulos que eram considerados uma verdadeira habitação. Neles, o faraó e suas rique-
zas eram enterrados em uma câmara real e os seus criados (empregados), escribas, sacerdo-
tes e animais em outras câmaras mais simples.

No Egito Antigo a escrita mais usada era conhecida como escrita hieroglífica, pois era base-
ada em hieróglifos. Estes eram desenhos e símbolos que representavam ideias, conceitos e
objetos. Os hieróglifos eram juntados, formando textos. Essa escrita era dominada, principal-
mente, pelos escribas. Os egípcios escreviam, usando os hieróglifos, no papiro (espécie de
papel feito de uma planta de mesmo nome) e também nas paredes de pirâmides, palácios e
templos. Estes hieróglifos são a principal fonte histórica para entendermos a história desta
importante civilização antiga. Poucos egiptólogos (estudiosos do Egito Antigo) conseguem
decifrar a escrita hieroglífica. Jean-François Champollion, egiptólogo e linguista de naciona-
lidade francesa, fez a decifração dos hieróglifos egípcios. Isso aconteceu entre os anos de
1822 e 1824, usando a Pedra de Roseta como fonte.

Fenícios

A civilização fenícia desenvolveu-se na Fenícia, território do atual Líbano. Os fenícios eram


povos de origem semita. Por volta de 3000 a.C., estabeleceram-se numa estreita faixa de terra
com cerca de 35 km de largura, situada entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo.
Com 200 km de extensão, corresponde a maior parte do litoral do atual Líbano e uma pequena
parte da Síria.
Por habitarem uma região montanhosa e com poucas terras férteis, os fenícios dedica-
ram-se à pesca e ao comércio marítimo. As cidades fenícias que mais de desenvolveram na
antiguidade foram Biblos, Tiro e Sidon.
O solo montanhoso da Fenícia não era favorável ao desenvolvimento agrícola e pastoril.
Vivendo como que espremido em seu território, o povo fenício percebeu a necessidade de se
lançar ao mar e desenvolver o comércio pelas cidades do Mediterrâneo.

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Entre os fatores que favoreceram o sucesso comercial e marítimo da Fenícia, podemos


destacar que a região:
• era muito encruzilhada de rotas comerciais, escoadouro natural das caravanas de
comercio que vinham da Ásia em direção ao Mediterrâneo;
• era rica em cedros, que forneciam a valiosa madeira para a construção de navios;
• possuía bons portos naturais em suas principais cidades (Ugarit, Biblos, Sidon e Tiro);
• tinha praias repletas de um molusco (múrice), do qual se extraía a púrpura, corante de
cor vermelha utilizando para o tingimento de tecidos, muito procurados entre as elites
de diversas regiões da Antiguidade.

A Fenícia era, na verdade, um conjunto de Cidades-Estado, independentes entre si.


Algumas adotavam a Monarquia Hereditária; outras eram governadas por um Conselho de
Anciãos. As cidades fenícias disputavam entre si e com outros povos, o controle das princi-
pais rotas do comércio marítimo.
Comercializavam com grande número de povos e em vários lugares do Mediterrâneo,
guardando em segredo as rotas marítimas que descobriam.
Considerável parte dos produtos comercializados pelos fenícios provinha de suas oficinas
artesanais, que dedicavam à metalurgia (armas de bronze e de ferro, joias de ouro e de prata,

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estátuas religiosas); à fabricação de vidros coloridos e à produção de tintura de tecidos (me-


recem destaque os tecidos de púrpura).
Por sua vez, importavam de várias regiões produtos como metais, essências aromáticas,
pedras preciosas, cavalos e cereais. Tiro era a principal cidade que se dedicava ao comércio
de escravos, adquirindo prisioneiros de guerra e vendendo-os aos soberanos do Oriente pró-
ximo.
Expandindo suas atividades comerciais, os fenícios fundaram diversas colônias que, a princí-
pio, serviam de bases mercantis. Encontramos colônias fenícias em lugares como Chipre, Sicília,
Sardenha e sul da Espanha. No norte da África, os fenícios fundaram a importante colônia de Car-
tago.
Devido a necessidade de controlar e facilitar o comércio, os fenícios desenvolveram um
alfabeto. O alfabeto fenício possuía 22 letras, apenas consoantes, e era, portanto, muito mais
simples do que a escrita cuneiforme e a hieroglífica. O alfabeto fenício serviu de base para o
alfabeto grego. Este deu origem ao alfabeto latino, que, por sua vez, gerou o alfabeto atual-
mente utilizado no Brasil.

Alfabeto fenício.
A religião dos fenícios era politeísta e antropomórfica. Os fenícios conservaram os an-
tigos deuses tradicionais dos povos semitas: as divindades terrestres e celestes, comuns a
todos os povos da Ásia antiga. Entretanto, como fato estranho, não deram maior importância
às divindades do mar.
Cada cidade tinha seu deus, Baal (senhor), associado muitas vezes a uma entidade femi-
nina - Baalit. O Baal de Sidon era Eshmun (deus da saúde). Biblos adorava Adônis (deus da
vegetação), cujo culto se associava ao de Ashtart (a caldeia Ihstar; a grega Astarteia), deusa

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dos bens terrestres, do amor e da primavera, da fecundidade e da alegria. Em Tiro rendia-se


culto a Melcart e Tanit.
Para aplacar a ira dos deuses sacrificavam-se animais e, às vezes, realizavam-se terrí-
veis sacrifícios humanos. Queimavam-se, inclusive, os próprios filhos. Em uma ocasião, 200
recém-nascidos foram lançados, ao mesmo tempo, ao fogo - enquanto as mães assistiam,
impassíveis, ao sacrifício.

Questão 5 (FGV-SP/VESTIBULAR/2001) Das alternativas abaixo, a que melhor caracteriza


a sociedade fenícia é:
a) a existência de um Estado centralizado e o monoteísmo;
b) o monoteísmo e a agricultura;
c) o comércio e o politeísmo;
d) as cidades-Estados e o monoteísmo;
e) a agricultura e a forma de Estado centralizado.

Letra c.
Os fenícios se destacaram pelo comércio marítimo, principalmente no Mar Mediterrâneo, além
de adorarem diversos deuses e realizarem cultos considerados violentos.

Hebreus

O povo hebreu, ou hebraico, também conhecidos como israelitas ou judeus, faz parte de
uma das mais importantes civilizações da Antiguidade – a civilização hebraica. Esse povo,
que inicialmente vivia na Mesopotâmia, era nômade e vivia em busca de solo favorável para
a criação do seu gado.

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A maior documentação da história dos hebreus está registrada na Torá, livro sagrado dos
judeus e nos livros escritos por Moisés, na Bíblia. Por volta de 2000 a.C. foram para a Palesti-
na, atual Israel, por orientação de Abraão, em busca da Terra prometida – Canaã.
Anos depois, em decorrência da seca que atingiu a Palestina, os  hebreus foram para
o Egito, onde, passado algum tempo, começaram a ser escravizados, sendo libertados da
escravidão por Moisés no conhecido episódio bíblico da travessia do Mar Vermelho em que se
Moisés abre uma passagem e divide o mar para que os hebreus fujam de regresso à Palestina.
No Antigo Testamento da Bíblia, há muitos relatos sobre esse povo da Antiguidade, de
origem semita. Veja o trecho do Livro de Êxodo sobre a travessia:

Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento
oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas. E os filhos de
Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes como muro à sua direita e à sua
esquerda. E os egípcios os seguiram, e entraram atrás deles todos os cavalos de Faraó, os seus
carros e os seus cavaleiros, até ao meio do mar. (Êxodo 14:21-23)

Enquanto dedicavam-se à pecuária, o povo hebreu era um povo nômade, mas de regres-
so à Palestina passou a se dedicar à agricultura, ao artesanato e ao comércio, se tornando,
assim, um povo sedentário.
O judaísmo é o nome da religião desse povo. Os hebreus eram monoteístas e cultuavam a
Javé. A sua religião estava baseada nos Dez Mandamentos, escritos por Deus nas Tábuas da
Lei e entregues a Moisés, no Monte Sinai.
A governação do povo hebreu passou por três períodos: patriarcas, seguidamente, juízes
e, finalmente, reis.
• Patriarcas: Abraão, Isaac e Jacó.
• Juízes: Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel.
• Reis: Saul, Davi e Salomão.

Após a morte do rei Salomão, e na sequência da revolta do povo contra a desigualdade
social oriunda do pagamento de altos impostos, a Palestina foi dividida em dois reinos, for-
madas por 10 tribos de Israel e por 2 tribos de Judá.
Anos mais tarde, os reinos foram conquistados pelos assírios e pelos babilônios, respe-
tivamente. Data dessa altura o Cativeiro da Babilônia. Séculos depois Jerusalém é destruída

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e os judeus foram obrigados a dispersar-se. É  a conhecida Diáspora Judaica. Visto que o


cristianismo tem origem na religião judaica, a civilização hebraica influenciou largamente a
civilização contemporânea.
Os hebreus construíram grandes palácios e templos, o maior deles foi o Templo de Jeru-
salém, que foi destruído pelos romanos, dele sobrando apenas um muro, o qual atualmente é
conhecido como o Muro das Lamentações que compõe o Patrimônio Mundial da Humanidade.

1.5. O Legado Cultural dos Gregos e dos Romanos

Legado Cultural Grego

Os gregos foram os responsáveis pelo nascimento da Filosofia, termo grego que significava
amor à sabedoria, por volta do século IV a.C., na cidade de Mileto.
Um dos mais importantes pensadores gregos foi Pitágoras, matemático e filósofo.
Pitágoras desenvolveu a ideia de que o princípio comum do homem, dos animais, vegetais
e minerais era o átomo, considerado a menor parte da matéria. Segundo Pitágoras, o  que
diferenciava os seres animados e inanimados eram as diferentes estruturas que os átomos
formavam em cada um deles. Além disso, ele formulou teorias sobre números e os classificou
em várias categorias: os pares, os impares e os números primos. Defendia, também, a ideia
de que a Terra era redonda.
Os responsáveis pelo apogeu da filosofia grega no século IV a.C. foram Sócrates, Platão
e Aristóteles.
Sócrates não deixou nenhuma obra escrita. Ensinava nas ruas e nas praças. Seu princi-
pal discípulo foi Platão, cujas obras, em forma de diálogos, conservam-se até nossos dias.
Aristóteles, por sua vez, foi o mais importante discípulo de Platão. Foi responsável pelo
estabelecimento das bases da Lógica, ciência que estuda os métodos e processos que pos-
sibilitam diferenciar os argumentos verdadeiros dos falsos nos estudos filosóficos. A Lógica
é, até hoje, um instrumento fundamental para todas as outras ciências.
Entre os matemáticos gregos, além de Pitágoras, conhecido como o “pai da matemática”,
estão Euclides, que estabeleceu os fundamentos da Geometria, e Arquimedes, conhecido pelo

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famoso “Princípio de Arquimedes” segundo o qual um corpo mergulhado na água sofre, de


baixo para cima, um impulso equivalente ao líquido que deslocou.
Os médicos também eram profissionais muito respeitados. O mais importante deles foi
Hipócrates de Cós anexo, que é considerado o “Pai da Medicina”. Ainda hoje, os  médicos,
ao se formarem, prestam o chamado “juramento de Hipócrates”. Hipócrates, naquela época,
já utilizava procedimentos muito parecidos aos que utilizam nossos médicos para fazer diag-
nóstico de doenças como examinar o globo ocular, verificar a temperatura do corpo, aspecto
da urina e das fezes, entre outros.
Ao lado da Medicina praticada pelos médicos, havia também, tratamentos populares ba-
seados na superstição e na magia. Uma das práticas mais comuns era pendurar amuletos no
pescoço, atitude essa, tida como infalível para a prevenção e cura de várias doenças.
Os mesmos avanços se verificaram na Astronomia e no campo da Geografia. Por volta do
século II a.C., os gregos mapearam o mundo conhecido, dividindo-o em meridianos e parale-
los e em três zonas: a frígida, a temperada e a tórrida. Usando cálculos matemáticos, mediram
a circunferência da terra, as distâncias dela do Sol e da Lua.
A preocupação dos gregos com a ciência era muito grande. Suas bibliotecas eram reple-
tas de obras importantes e todas elas possuíam cópias, para não se perderem em caso de
incêndio ou de outro tipo de desastre.
E como os gregos trataram a História? Alguns historiadores gregos tiveram uma grande
importância para o desenvolvimento dessa área de conhecimento, ao substituírem os mitos
poéticos pela explicação histórica. Os principais historiadores gregos foram Heródoto, consi-
derado “o pai da história”, que escreveu uma obra sobre a guerra dos gregos contra os persas,
e Tucídides, que narrou a história da Guerra do Peloponeso, da qual participou.
Os gregos alcançaram notável desenvolvimento cultural e artístico. Sua produção
tornou-se tão rica e fecunda que ultrapassou os limites do tempo e do espaço geográfico e
influenciou toda a cultura ocidental e algumas sociedades orientais. Inclusive, na nossa ter-
ceira aula, veremos a importância da estética grega no Renascimento Cultural.

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O teatro que surgiu na Grécia Antiga era diferente do atual. Os gregos assistiam a peças
de graça, mas não frequentavam o teatro quando queriam. Ir ao teatro era um dos compro-
missos sociais das pessoas. Assim como havia rituais religiosos e assembleias para decidir
os rumos das cidades, existiam festivais de teatros. Dedicados às tragédias ou às comédias,
eles eram financiados pelos cidadãos ricos e o governo pagava aos mais pobres para com-
parecer às apresentações.
Os festivais dedicados à tragédia ocorriam em teatros de pedra, ao  ar livre, onde se
escolhia o melhor autor. Embora alguns atores fizessem sucesso, os grandes ídolos do teatro
eram os autores. As apresentações duravam vários dias e começavam com uma procissão
em homenagem ao deus Dionísio, considerado o protetor do teatro. A plateia acompanhava
as peças o dia todo e reagia intensamente às encenações.
Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, assim como a maioria
dos povos da Antiguidade. Mas, ao contrário dos outros povos, tinham uma grande intimidade
com seus deuses, pois acreditavam que eles estavam a serviço das pessoas. Os  deuses
gregos possuíam características humanas, defeitos e qualidades, fraquezas e paixões. A di-
ferença existente entre eles e os humanos é que os deuses eram imortais.
Os gregos acreditavam na existência de 12 grandes divindades, que se reunião em seus
tronos no alto do Monte Olimpo, onde moravam. O pai de todos os deuses era Zeus, casado
com Hera. Apolo era o deus do Sol e protetor das artes, Ares era o deus guerra, Poseidon, do
mar. Afrodite era a deusa do amor, e Palas Atena, da sabedoria, entre outros.
Geralmente, esses deuses e deusas eram associados a fenômenos naturais. A arma de
Zeus, por exemplo, era o raio – as tempestades seriam efeito de sua cólera. Por sua vez,
os terremotos, que eram comuns na Grécia, eram explicados pelo mau humor de Poseidon,
que batia com seu tridente no fundo do mar.
Também foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 AC, os gre-
gos faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus. Atletas das cidades-estados gre-
gas se reuniam na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atle-
tismo, luta, corrida de cavalo e pentatlo (luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo
e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma
coroa de louros. Os gregos buscavam através dos jogos olímpicos a paz e a harmonia entre
as cidades que compunham a civilização grega.

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Legado Cultural Romano

Estimado(a) aluno(a), vários aspectos culturais que surgiram com os romanos foram ab-
sorvidos pelos reinos germânicos que foram formados na Idade Média, após as invasões
bárbaras dos séculos IV e V. Muitos aspectos culturais romanos foram preservados na Eu-
ropa Medieval e, a partir do século XVI (época das Grandes Navegações e Descobrimentos),
difundidos pela América, África e algumas regiões da Ásia. O legado romano é uma marca
fortemente presente nas culturas ocidentais da atualidade, principalmente nas áreas jurídica
e linguística.
A importante contribuição da Roma Antiga começa pelo básico: o alfabeto. Até hoje, civi-
lizações ocidentais têm o alfabeto romano como base, mesmo em países cuja língua não tem
matriz latina, a exemplo do alemão.
O sistema numérico romano, ou os algarismos, também foram criados na Roma Antiga.
Mesmo que seu uso atual seja restrito às referências seculares ou documentos oficiais, os al-
garismos romanos são ensinados na escola. Para efeitos de conhecimento, o sistema de nu-
meração romana é composto por sete letras maiúsculas do alfabeto latino: I, V, X, L, C, D e M.
Os romanos foram responsáveis pela criação de leis que, mais tarde, originaram os Códi-
gos Jurídicos. A ação foi necessária para a administração e ordenamento das cidades com-
ponentes do Império. Os Códigos, então, constituíram o Direito Romano que, por sua vez, era
dividido em três categorias:
• Direito Público: leis aplicadas aos cidadãos romanos
• Direito Estrangeiro: leis aplicadas aos estrangeiros
• Direito Privado: leis aplicadas às famílias

O Direito Público, inclusive, deu origem ao Código Civil, largamente utilizado pelas socie-
dades ocidentais contemporâneas. As contribuições não param por aí. Expressões adotadas
na legislação têm origem no Direito Romano. Já viu que, a maioria delas, são escritas em la-
tim? Está aí, a razão! Por isso, saiba que palavras como habeas corpus, stricto sensu habeas
data, juris tantum e vacatio legis são parte do legado romano para o Direito.

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A habilidade em construir palácios, templos, anfiteatros, prédios públicos, estádios, estra-


das e, até mesmo, aquedutos era tão grande que muitas dessas construções seguem de pé
até hoje. Exemplo maior disso é o Coliseu que, como vimos, abrigava espetáculos de gladia-
dores.
O tamanho do Império Romano justificou a construção de estradas. Era preciso um
sistema de comunicação terrestre eficiente que ligasse todas as cidades que compunham
o território ocupado.
Mesmo que aprimoradas, as técnicas de engenharia e arquitetura usadas naquela época
ainda influenciam os construtores contemporâneos. Basta dar uma olhada em quantos pré-
dios são inspirados nas obras da Roma Antiga. Basta observar a Casa Branca, sede do gover-
no dos Estados Unidos. Para além da bela arquitetura, a intenção dos norte-americanos foi a
de se firmarem como um Império inspirado nos romanos.
O idioma oficial da Roma Antiga era o latim, tanto para escrita quanto para a fala. Com a
queda do Império Romano e a invasão dos povos germânicos, outras línguas foram origina-
das a partir do latim. São exemplos o francês, português, espanhol, italiano e romeno, chama-
das de línguas neolatinas ou românicas. Ah, sabe onde mais o latim está presente? Em nomes
científicos? Já reparou em expressões como homo sapiens ou Apis mellifera scutellata? Pois
bem, o seu uso para denominar espécies de plantas e animais foi escolhido como forma de
regulação de nomenclaturas.
Mesmo quem nunca pisou o pé na Itália conhece quantas esculturas representando o cor-
po humano estão espalhadas por praças, museus e monumentos. Essas obras são influência
de outra era muito importante para a contemporaneidade, a Grécia Antiga.
A reprodução do corpo humano, buscando retratar elementos naturais de forma realísti-
ca está presente em pinturas e esculturas. Durante a Idade Média, as artes plásticas foram,
levemente, esquecidas, mas, voltaram à tona com o Renascimento para ser preservado por
escolas artísticas posteriores.
O calendário, tal como conhecemos hoje, com 365 dias distribuídos entre 12 meses é uma
herança da Roma Antiga. A invenção é de autoria do Imperador Julio Cesar.

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Estimado(a) aluno(a), chegamos ao final da parte teórica de nossa primeira aula. A seguir,
estude o resumo e utilize os mapas mentais para fazer links cognitivos com o conteúdo. Isso
é muito importante para você memorizar o que estudou.
Faça os exercícios com atenção e sem pressa. Entenda que o momento de errar é agora!
No entanto, à medida em que for resolvendo as questões, verá que a resolução ficará mais
fácil, até automática. Não deixe de fazê-los. São parte significativa para sua adaptação à ma-
neira como a banca cobra seu conhecimento.
Ah, não se esqueça de avaliar a aula, ok! Qualquer dúvida, chame no fórum.
Nos encontramos novamente na próxima aula, muito em breve.
Um grande abraço.
Professor Daniel Vasconcellos.

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RESUMO
Mesopotâmia:
• Civilização hidráulica: Entre os rios Tigre e Eufrates.
• Sumérios: escrita cuneiforme, veículo de rodas
• Babilônios: Código de Hamurabi, Jardins Suspensos, Torre de Babel
• Assírios: Militares
• Caldeus: Nabucodonosor
• Religião: Politeístas

Egito:
• Civilização hidráulica: “Egito é uma dádiva do Nilo”
• Sociedade Estamental: Servidão Coletiva.
• Classes sociais: Faraó, Sacerdotes, Escribas, Exército, Artesãos, Servos, Escravos.
• Religião: Politeísta, Antropozoomorfia.
• Escrita Hieróglifica
• Herança: Medicina, escrita, mitologia.

Fenícios:
• Atual Líbano
• Navegadores e Comerciantes
• Metalurgia
• Alfabeto fonético

Hebreus:
• Origem: Mesopotâmia.
• Monoteísmo
• Nomadismo até se fixarem em Canaã.
• Criação de gado, agricultura.
• Patriarcas: Abraão, Isaac e Jacó
• Juízes: Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel

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• Reis: Saul, Davi e Salomão


• Escravidão no Egito
• Busca da terra prometida
• Diáspora Judaica.

Grécia:
• Períodos: Pré-Homérico, Homérico, Arcaico e Clássico.
• Cidades-Estado: Pólis: Autonomia político administrativa.
• Esparta: Militarismo, Oligarquia
• Atenas: Cultura, artes e filosofia. Democracia direta. Cidadãos.
• Guerras contra os Persas
• Crise: conflitos entre as cidades-estados. Domínio macedônio.
• Herança: Filosofia, matemática, artes, mitologia.

Roma:
• Monarquia 753 a.C. a 509 a. C.: domínio etrusco. Patrícios, plebeus, clientes, escravos.
• República: 509 a.C. a 27 a. C.: Apogeu da expansão romana. Revoltas plebeias e escra-
vas.
• Império: 27 a.C. a 476 d.C.: Centralização Política.
• Leis favoráveis à plebe.
• Decadência: crise da escravidão.
• Herança: Latim, Direito, Arquitetura, Calendário,

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MAPA MENTAL

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1 (FGV/ADMINISTRAÇÃO/2015). A notícia a seguir foi publicada em 26/02/2015:
O Estado Islâmico destruiu uma coleção de estátuas e esculturas inestimáveis no norte do
Iraque que remontam à antiga era assíria, de acordo com um vídeo publicado na Internet.
O vídeo dos militantes islâmicos radicais mostrou homens atacando os artefatos, alguns de-
les identificados como antiguidades do século 7 a.C., com marretas ou furadeiras, dizendo se
tratar de símbolos de idolatria. [...] Os artigos destruídos parecem ser de um museu de anti-
guidades na cidade de Mosul, no norte iraquiano, tomada pelo Estado Islâmico em junho pas-
sado, afirmou um ex-funcionário do museu à Reuters. Os militantes derrubaram as estátuas
de suas colunas, despedaçando-as no chão, e  um homem usou uma furadeira elétrica em
um touro alado. Isabel Coles e Saif Eldin Hamdan. Combatentes do Estado Islâmico destroem
antiguidades no norte do Iraque. Reuters Brasil. 26/02/2015. Disponível em: http://br.reuters.
com/article/entertainmentNews/idBRKBN0LU1PO20150226.
Sobre as antigas civilizações que se desenvolveram na região do atual Iraque, é correto afir-
mar:
a) As primeiras sociedades da Mesopotâmia desenvolveram-se a partir da expansão islâmi-
ca, cujos integrantes combateram intensamente as crenças politeístas.
b) Em torno do século VII a.C., o Império Assírio, conhecido pela utilização de carros de guerra,
incluiu em seus domínios a Palestina e o norte do Egito.
c) As principais atividades econômicas desenvolvidas na Mesopotâmia entre os séculos IX e
VII a.C. eram a pecuária e a comercialização de tecidos e pedras preciosas.
d) Do ponto de vista político, o Império Assírio estava organizado em cidades-estados que
implementaram a participação democrática de seus cidadãos.
e) O surgimento do monoteísmo judaico na Mesopotâmia deixou marcas culturais profundas
que contribuíram para a difusão da religião muçulmana com o Império Assírio.

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Questão 2 (FGV/VESTIBULAR/2004) Acerca das estruturas governamentais egípcias no


reino Antigo, é possível afirmar que:
a) A burguesia incipiente criada pelo comércio com o Oriente Médio, principalmente com a
Pérsia, tinha no faraó a garantia de seu domínio absoluto.
b) A pequena burguesia das cidades competia com o campesinato na tentativa de controlar o
faraó e a burocracia que o cercava, incluindo os escribas e os guerreiros.
c) O faraó era o mais absoluto dos monarcas, adorado como um deus e visto como suprema
autoridade religiosa, militar e civil.
d) O faraó e totalmente controlado pelos sacerdotes e funcionários, cuja base de poder estava
na propriedade privada dos meios de produção e na força das armas.
e) A burocracia era controlada pela sociedade, que tinha como guardiã suprema de seus
direitos a figura do faraó.

Questão 3 (FGV-RJ/VESTIBULAR/1998) Sobre a Grécia antiga, observe as afirmações


abaixo e assinale quais são as afirmações corretas:
I – O primeiro povoamento, nesta região, por volta de 2000 a C foi resultado da invasão
dos dórios;
II – Os cidadãos de Atenas eram todos iguais perante a Lei;
III – Na Guerra do Peloponeso, Atenas conseguiu ter a hegemonia sobre toda a Hélade.
IV – Foram denominadas Guerras Médicas os conflitos entre o mundo grego e o mundo
persa. A vitória grega, liderada por Atenas, deu a esta cidade-estado o domínio sobre
as demais.

a) I e IV
b) II e IV
c) II e III
d) I e II
e) III e IV

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Questão 4 (FGV/VESTIBULAR/1995) O Edito de Milão (313), no processo de desenvolvi-


mento histórico de Roma, reveste-se de grande significado, tendo em vista que
a) combateu a heresia ariana, acabando com a força política dos bispados de Alexandria e
Antioquia.
b) tornou o cristianismo a religião oficial de todo Império Romano, terminando com a
concepção de rei-deus.
c) acabou inteiramente com os cultos pagãos que então dominavam a vida religiosa.
d) deu prosseguimento à política de Deocleciano de intenso combate à expansão do
cristianismo.
e) proclamou a liberdade do culto cristão passando Constantino a ser o protetor da Igreja.

Questão 5 (FGV-SP/VESTIBULAR/2001) Das alternativas abaixo, a que melhor caracteriza


a sociedade fenícia é:
a) a existência de um Estado centralizado e o monoteísmo.
b) o monoteísmo e a agricultura.
c) o comércio e o politeísmo.
d) as cidades-Estados e o monoteísmo.
e) a agricultura e a forma de Estado centralizado.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FGV/VESTIBULAR/1997) Um império teocrático, baseado na agricultura, na
arregimentação de camponeses para grandes obras e profundamente dependentes das águas
de um grande rio.
Esta frase se refere aos:
a) fenícios e a importância do Tigre.
b) hititas e a importância do Eufrates.
c) sumérios e a importância do Jordão.
d) cretenses e a importância do Egeu.
e) egípcios e a importância do Nilo.

Questão 2 (FGV/VESTIBULAR/2003) Após a conquista da Península ltálica, Roma ampliou


seus domínios em torno do Mediterrâneo, que passou a ser designado como mare nostrum,
um verdadeiro lago interno que permitia a comunicação, as transações comerciais e o deslo-
camento de tropas para as diversas regiões romanas.
A respeito dessa expansão, é correto afirmar:
a) A conquista de novos territórios desacelerou o processo de concentração fundiária nas
mãos da aristocracia patrícia, uma vez que o Estado romano estabeleceu um conjunto de
medidas que visava, distribuir terras aos pequenos e médios proprietários e à plebe urbana
empobrecida.
b) Apesar da conquista do Mediterrâneo, os romanos não conseguiram estabelecer a inte-
gração das diversas formações sociais ao sistema escravista nem tampouco se dispuseram
a criar mecanismos de cooptação social e política dos seus respectivos grupos dominantes.
c) As conquistas propiciaram, pela primeira vez na Antiguidade, a combinação entre o tra-
balho escravo em larga escala e o latifúndio, associação que constituiu uma alavanca de
acumulação econômica graças às campanhas militares romanas.
d) As conquistas militares acabaram por solucionar o problema agrário em Roma, colocando
em xeque as medidas defendidas por líderes como os irmãos Graco, que postulavam a
expropriação das terras particulares dos patrícios e sua repartição entre as camadas so-
ciais empobrecidas.

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e) A expansão militar levou os romanos a empreender um duro processo de latinização dos


territórios situados a leste, o que se tornou um elemento de constante instabilidade político-
-social durante a República e também à época do Império.

Questão 3 (FGV/VESTIBULAR/2019) Aqueles que compõem a cidade, tão diferentes entre


si por suas origens, condições e funções, de certa forma parecem “semelhantes” uns aos ou-
tros. Essa similitude funda a unidade da pólis, porque para os gregos somente os semelhantes
podem permanecer mutuamente unidos pela Philia, associados a uma mesma comunidade.
Todos aqueles que participam do Estado definem-se como Homoioi, semelhantes, depois de
maneira mais abstrata, como Isoi, iguais. Essa imagem das relações humanas encontrará no
século VI a.C. a sua expressão rigorosa no conceito de isonomia: igual participação de todos
os cidadãos no exercício do poder. (Jean-Pierre Vernant. Les origines de la pensée grecque,
1995. Adaptado.)
O autor argumenta que a organização da pólis grega
a) desconhecia as desigualdades reais entre os cidadãos na esfera das decisões políticas
coletivas.
b) fundava-se no sentimento recíproco de amizade entre os cidadãos dos mesmos grupos
econômicos.
c) abria-se à participação nas decisões públicas dos aliados incondicionais da cidade nos
períodos de guerra.
d) enaltecia o exercício da racionalidade política em prejuízo dos cultos das divindades do
mundo grego.
e) distribuía o conjunto das tarefas públicas de acordo com as aptidões políticas de cada um
dos cidadãos. Comentários
O autor da passagem do enunciado faz um comentário geral sobre as cidades-estados gre-
gas. Se lembrarmos da estrutura geral que nos remete à organização das sociedades espar-
tana e da ateniense (duas pólis diferentes), podemos construir uma saída para o gabarito.

Questão 4 (FGV 2018) Leia o texto.


Aos 7 anos: deixava sua família para iniciar a educação militar. Aos  20: era admitido num
grupo de outros guerreiros; a participação era obrigatória. Aos 30: ganhava poder de voto na

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Apela, assembleia militar que indicava o conselho dos anciãos. A partir dos 60: se fosse um
membro da aristocracia, podia ser indicado para o conselho de anciãos, a  Gerúsia. (Flavio
Campos e Regina Claro, Oficina de História).
As informações fazem referência a um
a) meteco ateniense.
b) nobre troiano.
c) cidadão espartano.
d) escriba egípcio.
e) tribuno romano

Questão 5 (FGV/VESTIBULAR/2017) A vida privada dos escravos romanos à época do


Império é um espetáculo pueril que se olha com desdém. No entanto, esses homens tinham
vida própria; por exemplo, participavam da religião, e não apenas da religião do lar que, afinal,
era o seu: fora de casa, um escravo podia perfeitamente ser aceito como sacerdote pelos fiéis
de alguma devoção coletiva; podia também se tornar padre dessa Igreja cristã que nem por
um momento pensou em abolir a escravidão. Paganismo ou cristianismo, é possível que as
coisas religiosas os tenham atraído muito, pois bem poucos outros setores estavam abertos
para eles. Os  escravos também se apaixonavam pelos espetáculos públicos do teatro, do
circo e da arena, pois, nos dias de festa, tinham folga, assim como os tribunais, as crianças
das escolas e... os burros de carga. (Paul Veyne, O Império Romano. Em: Paul Veyne (org.).
História da vida privada v. 1: do Império Romano ao ano mil, 2009. Adaptado)
A partir da discussão presente no trecho, é correto afirmar:
a) a característica fundante do escravismo romano era a origem étnica, o que fazia com que a
escravização dos povos conquistados e o tráfico nas fronteiras do Império proporcionassem
a grande maioria da mão de obra servil, ao mesmo tempo em que a escravidão entre os pró-
prios romanos havia caído em desuso desde a crise da República.
b) os escravos na sociedade romana não eram uma coisa, mas seres humanos, na medi-
da em que até os senhores que os tratavam desumanamente impunham-lhes o dever moral
de ser bons escravos, de servir com dedicação e fidelidade, características necessariamente
humanas; no entanto, esses seres humanos eram igualmente um bem cuja propriedade seu
amo detinha.

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c) a escravidão caracterizava as relações de produção em Roma e os escravos, em sua


inferioridade jurídica, desempenhavam uma função produtiva, marcados por um lugar social
de pobreza, privação e precariedade, estando associados às formas braçais de trabalho e à
produção de bens materiais em uma sociedade altamente hierarquizada.
d) a justificativa moral da escravidão sofreu uma intensa transformação ao longo dos sécu-
los, de tal forma que a própria sociedade romana passou a questioná-la, tornando mais bran-
das as relações escravistas em meio à transformação do cristianismo em religião oficial do
Império, o que contribuiu para o aprofundamento da crise do escravismo.
e) as relações escravistas caracterizaram os tempos da República romana, muito associadas
ao poder dos patrícios, pertencentes à aristocracia de grandes proprietários, mas entraram
em decadência na passagem para o Império, pois os generais que centralizaram o poder re-
conheciam na escravidão um mecanismo de enfraquecimento do exército.

Questão 6 (FGV/VESTIBULAR/2017) (...) a partir do século V a.C., a guerra tornou-se endê-


mica no Mediterrâneo. Foram séculos de guerra contínua, com maior ou menor intensidade,
ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado nos séculos anteriores tornara possível um
adensamento dos contatos, um compartilhamento de informações e estruturas sociais, uma
organização dos territórios rurais que propiciava a extensão de redes de poder. Foram os pon-
tos centrais dessas redes de poder que animaram o conflito nos séculos seguintes. Norberto
Luiz Guarinello. História Antiga, 2013.
Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que
a) as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma disputa pelo controle comercial
sobre o mar Mediterrâneo, terminando após três grandes enfrentamentos, com a vitória de
Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo o Mundo Antigo ocidental.
b) as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre o Reino da Macedônia, em aliança
com os persas, e o Império Romano, que venceu com muitas dificuldades porque ainda estava
em guerra com outros povos.
c) as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram na vitória dos últimos e, em meio a
esses confrontos, permitiram que Atenas liderasse a Liga de Delos, aliança de cidades-Esta-
dos gregas com o intuito de combater a presença persa no Mediterrâneo.

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d) as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e Corinto, combateram e venceram


as poderosas forças persas e ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando
os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo.
e) a Guerra do Peloponeso, o  mais importante conflito bélico da Antiguidade, envolveu as
principais cidades-Estados gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as forças
militares cartaginesas.

Questão 7 (FGV/VESTIBULAR/2016) “Não descreverei catástrofes pessoais de alguns dias


infelizes, mas a destruição de toda a humanidade, pois é com horror que meu espírito segue
o quadro das ruínas da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla e os
Alpes Julianos, o sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia, Macedônia,
Tessália, Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são devastadas pelos godos, sármatas,
quedos, alanos (...); deportam e pilham tudo. Quantas senhoras, quantas virgens consagra-
das a Deus, quantos homens livres e nobres ficaram na mão dessas bestas! Os bispos são
capturados, os padres assassinados, todo tipo de religioso perseguido; as igrejas são demo-
lidas, os cavalos pastam junto aos antigos altares de Cristo (…).” (São Jerônimo, Cartas apud
Pedro Paulo Abreu Funari, Roma: vida pública e vida privada. 2000)
O excerto, de 396, remete a um contexto da história romana marcado pela
a) combinação da cultura romana com o cristianismo, além da desorganização do Estado
Romano, em meio às invasões germânicas e de outros povos.
b) reorientação radical da economia, porque houve o abandono da relação com os mercados
mediterrâneos e o início de contato com o norte da Europa.
c) expulsão dos povos invasores de origem não germânica, seguida da reintrodução dos
organismos representativos da República Romana.
d) crescente restrição à atuação da Igreja nas regiões fronteiriças do Império, porque o governo
romano acusava os cristãos de aliança com os invasores.
e) retomada do paganismo e o consequente retorno da perseguição aos cristãos, responsa-
bilizados pela grave crise política do Império Romano.

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Questão 8 (FGV/VESTIBULAR/2015) É a partir do século VIII a.C. que começamos a entre-


ver, em diferentes regiões do Mediterrâneo, o progressivo surgimento das cidades-Estados
ou pólis. Elas formaram a organização social e política dominante das comunidades orga-
nizadas ao longo do Mediterrâneo nos séculos seguintes. (Norberto Luiz Guarinello, História
Antiga, 2013, p. 77. Adaptado)
Nas pólis, é correto
a) assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos.
b) reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora.
c) destacar uma característica: a inexistência de espaços rurais.
d) identificar a acumulação de capital pela ação do Estado.
e) apontar para a sua essência: a organização urbana estruturada para a guerra.

Questão 9 (FGV/VESTIBULAR/2014) São características do período arcaico (séculos VII-


I-VI a.C.), na Grécia Antiga:
a) desenvolvimento dos oikos e expansão creto-micênica.
b) desenvolvimento das póleis e expansão pelo Mediterrâneo.
c) rivalidades entre Esparta e Atenas e Guerra do Peloponeso.
d) enfraquecimento das póleis e expansão macedônica.
e) guerras entre gregos e persas e o fim da democracia ateniense.

Questão 10 (FGV/VESTIBULAR/2008) Leia as afirmativas sobre a República Romana


(509-27 a.C.).
I – Nos primeiros tempos da República, a  sociedade era composta por apenas dois
setores: os patrícios e os escravos.
II – Os escravos, pouco numerosos no início da República, cresceram numericamente com
as guerras de conquista.
III – Entre as funções públicas em Roma, havia os cônsules, os pretores e os tribunos da
plebe.

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IV – Em 494 a.C., plebeus rebelados se retiram para o Monte Sagrado, ameaçando fundar
outra cidade se não tivessem, entre outras reivindicações, o  direito de eleger seus
próprios magistrados.
V – Com o expansionismo romano e as suas conquistas territoriais, houve um grupo espe-
cialmente beneficiado: os plebeus, que passaram a vender trigo para os povos domina-
dos.

São corretas as afirmativas


a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) II, III, IV e V, apenas.
d) III, IV e V, apenas.
e) I, II, III, IV, V.

Questão 11 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2019) As cidades-estados antigas desen-


volveram, progressivamente, formas mais abertas de participação no poder, denominadas
pelos próprios antigos de “democracia”. O caso mais exemplar foi o de Atenas, modelo para
muitas cidades-estados, onde a democracia se manteve por quase dois séculos. (Norberto
Luiz Guarinello. Cidades-estados na Antiguidade Clássica. Em: J. Pinsky; C. B. Pinsky. Histó-
ria da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2008. Adaptado)
Entre as marcas da democracia antiga, é correto identificar
a) a eleição de representantes masculinos com direito a voz e voto pela assembleia da cida-
de-estado, órgão político que incluía mulheres e estrangeiros.
b) a importância decrescente dos escravos, a ponto de discutir-se a abolição da escravatura,
e a consequente redução das desigualdades nas cidades-estados.
c) a conquista pacífica de direitos por parte dos mais pobres, ainda que se mantivesse a mar-
ca aristocrática de distinção social regulada pelo nascimento.
d) a ojeriza à guerra e ao conflito social, o que contribuiu para que Atenas fosse derrotada
sucessivamente pelos persas e pelos espartanos.

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e) a participação política direta, exercida por um corpo de cidadãos ativos, sem a noção de
representação e restrita aos cidadãos masculinos.

Questão 12 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2016) A decisão, ao  final de cada combate


dos jogos de gladiadores, estava nas mãos da multidão, a testemunhar um ato de soberania
popular que só teria equivalência, no mundo moderno, com os referendos ou plebiscitos, em
que todos se manifestam. O princípio da soberania popular manifestava- -se, na arena, de
forma direta e incisiva. Se nas eleições as mulheres não tinham direito ao voto, na arena todos
podiam manifestar-se, prerrogativa que a cidadania moderna atingiria apenas no século XX.
(Jaime Pinsky e Carla Pinsky (orgs.), História da Cidadania)
De acordo com o texto, os jogos de gladiadores
a) eram um aspecto importante da participação da coletividade na vida pública.
b) destinavam-se à diversão dos escravos, distraindo-os das questões sociais.
c) faziam parte da política social do Império, contribuindo para a redução das desigualdades.
d) reproduziam o caráter horizontal e igualitário da estrutura da sociedade romana.
e) funcionavam como o sistema penal da sociedade romana, punindo ladrões e marginais.

Questão 13 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2015) O grupo extremista islâmico autode-


nominado “Estado Islâmico” (EI) começou a destruir mais um sítio arqueológico no norte do
Iraque, segundo fontes curdas. No início desta semana, militantes do grupo haviam começa-
do a demolir as ruínas da cidade de Nimrud, antiga capital do império assírio, situada no norte
da Mesopotâmia e fundada no século 13 a.C.. (UOL, 7 mar.15. Disponível em: Adaptado)
Em relação à cidade citada no trecho, é correto afirmar que ficava localizada em uma região
a) desértica, sem muitos recursos e sem a possibilidade de cultivar alimentos, o que fez do
lugar um sítio bastante inóspito e com uma ocupação sempre muito instável e irregular.
b) bem próxima ao vale do rio Nilo, o que favorecia o cultivo de alimentos nas terras férteis da
várzea do rio, tendo possibilitado o contato com os egípcios e o processo de sedentarização.
c) pouco propícia à sedentarização, o que levava os seus habitantes a estabelecerem trocas
comerciais em busca de alimentos, além de conviverem com a dificuldade de produzir objetos
de cerâmica.
d) banhada por dois importantes rios, o Tigre e o Eufrates, em torno dos quais surgiram os
primeiros agrupamentos humanos que dominaram a técnica da escrita de que se tem notícia.

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e) que oferecia água corrente em abundância, sem que se fizessem necessárias obras hidráu-
licas, o que favoreceu o desenvolvimento de uma sociedade complexa e institucionalizada.

Questão 14 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2014) A religião dos romanos era politeísta


e antropomórfica com nítidas influências das crenças etrusca e grega. Ao  dominar grande
parte do mundo conhecido, os romanos entraram em contato com diversas religiões e tiveram
por elas grande respeito. Algumas chegaram a erigir seus templos na própria cidade de Roma.
O Panteão, ou conjunto de deuses, dos romanos chegou a incorporar alguns dos deuses gre-
gos, com nomes trocados para nomes latinos, mas com os mesmos atributos. (FUNARI, Pe-
dro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011)
A tolerância que os romanos tiveram para com diversas religiões do mundo por eles conquis-
tadas não existiu, entretanto, para com a religião cristã, pois
a) o universo simbólico do cristianismo era muito próximo da religiosidade romana, inclusive
em relação ao monoteísmo, o que acabou gerando certa competição entre as religiões.
b) no momento em que surgiu o cristianismo, a sociedade romana vivia o período mais agudo
da sua crise política, social e econômica, o que aumentou a repressão à nova religião.
c) o cristianismo era, à  época, uma religião fechada à conversão, assim como o judaísmo,
o que contrariava o esforço de expansão e a perspectiva universalizante da sociedade roma-
na.
d) a figura do Papa e das outras autoridades da Igreja Católica, tais como cardeais, bispos e
arcebispos, ameaçavam simbolicamente a ordem, a hierarquia e a própria existência do im-
pério.
e) de início os cristãos foram perseguidos principalmente por motivos políticos, ainda que
mais tarde, no contexto de crise da sociedade romana, o cristianismo tenha se expandido.

Questão 15 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2013) A cidadania nos Estados nacionais


contemporâneos é um fenômeno único na História. Não podemos falar de continuidade do
mundo antigo, de repetição de uma experiência passada e nem mesmo de um desenvolvi-
mento progressivo que unisse o mundo contemporâneo ao antigo. São mundos diferentes,
com sociedades distintas, nas quais pertencimento, participação e direitos têm sentidos di-

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versos. (Norberto Luiz Guarinello, Cidades-Estados na Antiguidade Clássica. In PINSKY, Jai-


me; PINSKY, Carla Bassanezi (orgs.). História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2008, p. 29.)
Entre as diferenças que separam o Estado nacional contemporâneo da cidade-estado da
Antiguidade, é possível destacar
a) o aspecto militar, que no passado era considerado parte das responsabilidades particula-
res de cada cidadão e hoje é um dever do Estado.
b) a concepção de cidadania, muito mais restrita à época do que hoje, de tal forma que
mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.
c) a política educacional, de caráter público e direcionada a toda a população no mundo anti-
go, enquanto hoje coexistem instituições públicas e privadas.
d) a política de reforma agrária, desnecessária no mundo antigo devido à igualdade econômi-
ca existente, enquanto hoje é parte importante das políticas sociais.
e) a questão econômica, àquela época comandada pelo poder público e hoje sob a responsa-
bilidade dos agentes privados, que gozam de grande autonomia.

Questão 16 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2012) No século II a.C., os irmãos Tibério e


Caio Graco defenderam a reforma agrária em Roma.
Tal proposta era consequência de um processo histórico anterior de concentração de terras
na sociedade romana, pois
a) os camponeses, empobrecidos e sem condições de produzir, vinham perdendo suas terras
para os patrícios e migrando para as cidades.
b) os patrícios eram os únicos que poderiam ser proprietários de terra em Roma, já que havia
uma clara limitação social relacionada ao direito de propriedade.
c) a escravidão vinha diminuindo, o que fazia com que os ricos proprietários ampliassem as
suas propriedades na tentativa de aumentar a produção em mais terras cultiváveis.
d) as guerras de expansão tiveram como resultado a ampliação do número de pequenos pro-
prietários, porque formavam-se pequenas propriedades nos novos territórios conquistados.
e) apenas os grandes proprietários participavam do exército, o que tornava necessário au-
mentar o número de latifundiários para ampliar e reforçar o poder militar de Roma.

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Questão 17 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2011) No tempo de Péricles, a população de


Atenas era de, aproximadamente, 400 mil habitantes. Mas os cidadãos com direitos plenos
não passavam de 40 mil. (...) (Luiz Koshiba. História: origens, estruturas e processos, 2000.)
Na época tratada no fragmento, eram considerados cidadãos em Atenas apenas os
a) homens e as mulheres religiosos, que tivessem propriedade rural.
b) homens, filhos de pais atenienses.
c) homens guerreiros, com origem nobre.
d) aristocratas e os comerciantes, atenienses ou estrangeiros.
e) homens e as mulheres, que possuíssem renda advinda de atividade urbana.

Questão 18 (UFPI) A respeito da sociedade fenícia podemos afirmar corretamente que:


a) a Fenícia desconhecia centralização do poder, pois era formada por cidades-estados que
tinham ampla autonomia política, econômica, religiosa e administrativa.
b) a independência política das cidades-estados fenícias foi possível, durante séculos, pelas
alianças estabelecidas com os romanos que, por sua vez, faziam frente à expansão persa.
c) os extensos vales situados entre as montanhas e o mediterrâneo possibilitaram o grande
desenvolvimento da agricultura e do pastoreio e, consequentemente, do comércio.
d) de todas as criações fenícias, a mais importante foi a caravela, posteriormente aperfeiço-
ada pelos gregos.
e) a grande e original contribuição dos fenícios para a história da civilização foi a introdução
das vogais no alfabeto criado pelos gregos e romanos, o que veio tornar a comunicação mais
fácil e rápida.

Questão 19 (UFRS) Em relação aos povos da Antiguidade, é correto afirmar que


a) os assírios foram submetidos por Nabucodonosor, originando o episódio conhecido como
o Cativeiro da Babilônia.
b) os fenícios foram os criadores do alfabeto, posteriormente aperfeiçoado pelos gregos e
latinos.
c) os hebreus criaram um quadro religioso caracterizado pelo politeísmo e a mumificação.

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d) os egípcios estabeleceram, em 300 a.C., o importante Código de Hamurabi, um dos primeiros


códigos jurídicos escritos.
e) os persas, após derrotarem as tropas de Alexandre, conseguiram anexar o território grego
ao seu império.

Questão 20 (UEL) “... essencialmente mercadores, exportavam pescado, vinhos, ouro e pra-
ta, armas, praticavam a pirataria, e desenvolviam um intenso comércio de escravos no Me-
diterrâneo...” O texto refere-se a características que identificam, na Antiguidade Oriental, os
a) fenícios.
b) hebreus.
c) caldeus.
d) egípcios.
e) persas.

Questão 21 (UNESP/2003) Na região onde atualmente se encontra o Líbano, instalou-se, no III


milênio a.C., um povo semita, que passou a ocupar a estreita faixa de terra, com cerca de 200
quilômetros de comprimento, apertada entre o mar e as montanhas. Várias razões os levaram ao
comércio marítimo, merecendo destaque sua proximidade geográfica com o Egito; a costa, que
oferecia lugares para bons portos; e os cedros, principal riqueza, usados na construção de navios.
O contido nesse parágrafo refere-se ao povo
a) fenício.
b) hebreu.
c) sumério.
d) hitita.
e) assírio.

Questão 22 (UNESP/2013) Na Mesopotâmia, todos os bens produzidos pelos próprios palá-


cios e templos não eram suficientes para seu sustento. Assim, outros rendimentos eram busca-
dos na exploração da população das aldeias e das cidades. As formas de exploração eram prin-
cipalmente duas: os impostos e os trabalhos forçados. (Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.)

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Entre os trabalhos forçados a que o texto se refere, podemos mencionar a


a) internação de doentes e loucos em áreas rurais, onde deviam cuidar das plantações de
algodão, cevada e sésamo.
b) utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou pastores de grandes rebanhos de
gado bovino e caprino.
c) escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias de camponeses, o que caracteri-
zava o sistema econômico mesopotâmico como escravista.
d) servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores
aos credores.
e) obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo
rei, como templos ou muralhas.

Questão 23 (UFCSPA/RS) A Mesopotâmia atual situa-se no Oriente Médio entre os rios Tigre
e Eufrates, que ficam no atual Iraque, na região conhecida como Crescente Fértil. Seu nome
vem do grego (meso = meio e potamos = água) e significa “terra entre rios”. A fertilidade desta
região, localizada em meio a montanhas e desertos, deve-se à presença dos rios.
Sobre a civilização mesopotâmica, na Antiguidade Oriental, analisar os itens abaixo:
I – A estrutura social baseava-se na existência de uma pequena elite, controladora de uma
vasta população que estava submetida ao trabalho compulsório, característica de um
governo despótico, de fundamento teocrático, que domina todos os grupos sociais.
II – O Estado era responsável pelas obras hidráulicas necessárias para a sobrevivência da
população, bem como pela cobrança de impostos e pela administração de estoques
de alimentos.
III – Na religião mesopotâmica, o governante era representado e compreendido por seus
súditos mais como uma divindade viva do que como um representante dos deuses.
IV – Em termos políticos, a Mesopotâmia caracterizou-se por ter, na instituição monárqui-
ca, personificada no governante, o seu principal fator de unidade.

Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item I.
b) Somente os itens I e II.

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c) Somente os itens I, III e IV.


d) Somente os itens II e IV.
e) Todos os itens.

Questão 24 (UFSM/2004) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da


humanidade.
Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de
a) ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas.
b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para
a idade dos metais.
c) apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o crescimento
socioeconômico.
d) possuir uma área agriculturável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates.
e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para locomoção de pessoas e apropriado para
desenvolvimento comercial.

Questão 25 (PUCPR) Na Antiguidade muitos povos consideravam que as doenças eram


enviadas pelos deuses. No final do século VIII a.C., quando os assírios sitiaram a cidade de
Jerusalém e ameaçaram invadi-la, uma epidemia virulenta acometeu o acampamento matando
muitos soldados. Nessa ocasião, Ezequias, rei de Judá, considerou essa epidemia uma bênção
de Deus.
Nesse contexto, marque a alternativa INCORRETA sobre a religião dos hebreus:
a) Os hebreus consideravam Deus como soberano absoluto, fonte de todo o Universo e dono
de uma vontade suprema.
b) O Deus hebreu era transcendente, não se identificava com nenhuma força natural; estava
acima da natureza.
c) Os hebreus consideravam Deus bom e que fazia exigências éticas ao seu povo. Ao contrá-
rio dos deuses do Oriente Próximo, Deus não era atraído pela luxúria ou impelido pelo mal.
d) Deus para os hebreus era uno, soberano, transcendente e bom.

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e) Para os hebreus o poder de Deus vinha de um poder preexistente, habitava a natureza e


fazia parte dela.

Questão 26 (UPF/2012) Com relação à civilização hebraica é incorreto afirmar:


a) O denominado “Cativeiro da Babilônia” constituiu-se no processo de diáspora dos hebreus
da região da Palestina. Esse processo os tornou um povo vagante desde aquela migração
forçada e consequente dispersão de sua civilização - situação só reparada com a criação do
Estado de Israel em 1948.
b) Suas leis foram sistematizadas a partir de reelaborações de códigos de várias civilizações
do Oriente Próximo, todavia, apresentaram uma novidade em relação às demais ao defender
os pobres, viúvas e órfãos.
c) A defesa de um deus uno, transcendente e bom implicava a vivência ética e moral visando
à salvação futura de cada um.
d) A consideração de si mesmos como “povo eleito” incutia nos hebreus a responsabilidade
de serem exemplos de moralidade e vivência para as demais civilizações antigas.
e) A importância dedicada à história devia-se à compreensão de que é na atuação temporal/
cotidiana que se está constituindo o caminho para a salvação futura.

Questão 27 (FUVEST/2011) As cidades [do Mediterrâneo antigo] se formaram, opondo-se


ao internacionalismo praticado pelas antigas aristocracias. Elas se fecharam e criaram uma
identidade própria, que lhes dava força e significado. Norberto Luiz Guarinello, A cidade na
Antiguidade Clássica. São Paulo: Atual, p.20, 2006. Adaptado.
As cidades-estados gregas da Antiguidade Clássica podem ser caracterizadas pela
a) autossuficiência econômica e igualdade de direitos políticos entre seus habitantes.
b) disciplina militar imposta a todas as crianças durante sua formação escolar.
c) ocupação de territórios herdados de ancestrais e definição de leis e moeda próprias.
d) concentração populacional em núcleos urbanos e isolamento em relação aos grupos que
habitavam o meio rural.
e) submissão da sociedade às decisões dos governantes e adoção de modelos democráticos
de organização política.

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Questão 28 (MACKENZIE/SP) As afirmações seguintes referem-se à história da Roma Antiga.


I – Ao lado da versão lendária da fundação de Roma pelos jovens gêmeos Rômulo e Remo,
a versão histórica sugere a presença de grupos humanos estabelecidos, já antes de
753 a.C., na região do futuro Lácio.
II – O período republicano foi marcado pelas lutas entre patrícios e plebeus, como aquela
que, em 498 a.C., acabou por instituir os Tribunos da Plebe, representantes plebeus no
Senado.
III – Entre as maiores heranças culturais dos romanos para a civilização ocidental, estão o Di-
reito e a língua latina, tendo esta servido de matriz linguística a inúmeros idiomas moder-
nos.

Assinale:
a) se apenas I é correta.
b) se apenas II é correta.
c) se apenas III é correta.
d) se apenas I e II são corretas.
e) se I, II e III são corretas.

Questão 29 (FUVEST/2005) “Vendo Sólon [que] a cidade se dividia pelas disputas entre
facções e que alguns cidadãos, por apatia, estavam prontos a aceitar qualquer resultado, fez
aprovar uma lei específica contra eles, obrigando-os, se não quisessem perder seus direitos
de cidadãos, a escolher um dos partidos”. Aristóteles, em A Constituição de Atenas.
A lei visava:
a) diminuir a participação dos cidadãos na vida política da cidade.
b) obrigar os cidadãos a participar da vida política da cidade.
c) aumentar a segurança dos cidadãos que participavam da política.
d) deixar aos cidadãos a decisão de participar ou não da política.
e) impedir que conflitos entre os cidadãos prejudicassem a cidade.

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Questão 30 (UFTM/MG) O comércio desenvolveu-se; a mão de obra escrava tornou-se do-


minante; ocorreu o êxodo rural; surgiram os homens novos ou cavaleiros; generais fortale-
ceram-se; intensas lutas pelo poder desencadearam guerras civis e o governo recorreu à
política do pão e circo para alienar a plebe urbana.
Essas transformações:
a) marcaram o surgimento das civilizações do Oriente Próximo.
b) caracterizaram Atenas durante o apogeu da democracia.
c) foram consequências do domínio macedônio sobre as cidades gregas.
d) explicaram a transição da Monarquia para a República em Roma.
e) resultaram das conquistas romanas na bacia do Mediterrâneo.

Questão 31 (UFRGS) Principal governante do primeiro império babilônico, o  rei Hamurábi


(1792-1750 a.C.) destacou-se pelas conquistas territoriais e pela forma de administração dos
territórios conquistados.
Em seu legado, podemos incluir a:
a) construção de um complexo conjunto arquitetônico em seu palácio suntuoso, conhecido
como Os Jardins Suspensos da Babilônia;
b) criação de um sistema coerente de escrita para ser utilizada nos cultos religiosos pratica-
dos no império, denominada acádica-cuneiforme;
c) fixação, por escrito, dos costumes jurídicos num dos primeiros códigos de leis de que se
tem notícia, o Código de Hamurábi;
d) organização de um exército permanente composto por guerreiros profissionais assalaria-
dos, armados com equipamentos de ferro;
e) realização da célebre Torre de Babel, construção de altura descomunal, mencionada no
Antigo Testamento.

Questão 32 (UFAM) “Se um homem alugar um boi ou um asno, e se nos campos o leão matar
o gado, é o proprietário do gado quem sofrerá a perda. Se um homem bater em seu pai, terá
as mãos cortadas. Se um homem furar o olho de um homem livre, ser-lhe-á furado o olho”.

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Sendo um dos primeiros códigos de lei de que se tem conhecimento, este texto está associa-
do:
a) Ao Império Babilônico sob o reinado de Hamurabi.
b) Ao Império Persa sob a dinastia de Talião.
c) Ao Império Persa sob o reinado de Cambises ll.
d) Ao Egito sob o reinado de Amenófis l.
e) A Sociedade ateniense sob a direção de Péricles.

Questão 33 (UECE/2008/2) Os fenícios viviam numa faixa de duzentos quilômetros de com-


primento, entre o mar Mediterrâneo e as montanhas do atual Líbano. Semitas, provinham do
litoral setentrional do mar Vermelho.
Assinale a principal contribuição desse povo para as sociedades atuais.
a) O alfabeto.
b) Os templos.
c) A escrita hieroglífica.
d) A escrita cuneiforme.
e) A invenção do comércio.

Questão 34 (FUVEST/1998) A partir do III milênio a. C. desenvolveram-se, nos vales dos


grandes rios do Oriente Próximo, como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos, forte-
mente organizados e centralizados e com extensa burocracia.
Uma explicação para seu surgimento é
a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos nas cidades, que só puderam ser
contidas pela imposição dos governos autoritários.
b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes contingentes humanos, para realizar
obras de irrigação.
c) a influência das grandes civilizações do Extremo Oriente, que chegou ao Oriente Próximo
através das caravanas de seda.

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Antiguidade
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d) a expansão das religiões monoteístas, que fundamentavam o caráter divino da realeza e o


poder absoluto do monarca.
e) a introdução de instrumentos de ferro e a consequente revolução tecnológica, que transfor-
mou a agricultura dos vales e levou à centralização do poder.

Questão 35 (UFPE) Entre os povos do oriente médio, os hebreus foram os que mais influen-
ciaram a cultura da civilização ocidental, uma vez que o cristianismo é considerado como
uma continuação das tradições religiosas hebraicas.
A partir do texto anterior, assinale a alternativa incorreta:
a) Originários da Arábia, os  hebreus constituíram dois reinos: o de Judá e o de Israel na
Palestina.
b) As guerras geraram a unidade política dos hebreus. Essa unidade se firmou primeiro em
torno de juízes e, depois, em volta dos reis.
c) Os profetas surgiram na Palestina por volta dos séculos VIII e VII a.C., quando ocorreu uma
onda de protestos dos trabalhadores contra os comerciantes.
d) A religião hebraica passou por diversas fases, evoluindo do politeísmo ao monoteísmo
difundido pelos profetas.
e) Os hebreus organizaram-se social e economicamente com base na propriedade da terra,
o que deu início à Diáspora.

Questão 36 (UFRN) Entre os hebreus da Antiguidade, os profetas eram considerados men-


sageiros de Deus, lembrando ao povo as demandas da justiça e da Lei dadas por Javé. Isaías,
um dos profetas dessa época, em nome de Javé proclamou:
Ai dos que decretam leis injustas; dos que escrevem leis de opressão, para negarem justiça
aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de despojarem as viúvas
e roubarem os órfãos! (Isaías 10:1-2).
Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam
como únicos moradores no meio da terra! (Isaías 5:8)

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Antiguidade
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Esses pronunciamentos do profeta Isaías estão ligados a uma época da história hebraica em
que ocorreu:
a) a saída dos hebreus do Egito, sob o comando de Moisés, e o estabelecimento em Canaã,
conquistando as terras dos povos que ali habitavam.
b) a imigração para o Egito, quando os hebreus receberam terras férteis no delta do rio Nilo,
por influência de José, que exercia ali o cargo de governador.
c) a formação de uma aristocracia, que enriquecera com o comércio e com a apropriação das
terras dos camponeses endividados.
d) a conquista de Jerusalém por Nabucodonosor, quando os judeus foram despojados de
suas terras e deportados para a Babilônia.
e) ao domínio persa, como Ciro, o Grande, que massacrou milhares de camponeses hebreus.

Questão 37 (PUC-SP) Diáspora é o termo que designa a dispersão dos hebreus por várias
regiões do mundo, após serem expulsos de seu território no século II. Somente depois de
1948, com a criação do Estado de Israel, esse povo pôde voltar a se reunir num mesmo país.
Entretanto, essa reconquista vem sendo, há quase meio século, motivo de contendas entre os
israelenses e o povo ocupante daquela região. O ano de 1995, talvez, seja o marco do apazi-
guamento desses conflitos, uma vez que acordos têm sido realizados pelos seus líderes, sob
a chancela da diplomacia internacional – o que, infelizmente, não impediu o assassinato do
primeiro-ministro de Israel.
O povo que provocou a dispersão dos hebreus no século II e o povo que manteve o confronto
com os israelenses desde 1948 são, respectivamente:
a) os egípcios e os iranianos.
b) os romanos e os palestinos.
c) os palestinos e os egípcios
d) os romanos e os iranianos
e) os egípcios e os palestinos.

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Antiguidade
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Questão 38 (UESPI) Roma, capital do maior império da Antiguidade, tinha uma vida agitada
que lembra alguns problemas vividos pelas cidades modernas. Em Roma:
a) apesar da grande população, não havia problemas de falta de moradia.
b) o lazer não tinha um papel significativo, não sendo comuns espetáculos públicos.
c) havia reclamações contra a violência e os transtornos causados pelo trânsito.
d) não havia o desequilíbrio econômico que marca algumas cidades modernas.
e) as mulheres tinham liberdade e não dependiam dos seus maridos.

Questão 39 (UFAM) A civilização romana conheceu a seguinte evolução política:


a) Império, Monarquia e República.
b) Monarquia, Império e República.
c) Monarquia, República e Império.
d) Império, República e Monarquia.
e) República, Monarquia e Império.

Questão 40 (ENEM) Em 3200 a.C., Menés ficou conhecido por ser o primeiro Faraó do Egito
Antigo. Durante os seus reinados, os faraós possuíam bastante poder político e econômico.
Diante disso, marque a alternativa correta sobre o que foi a Teocracia na civilização egípcia.
a) Os Faraós tinham autonomia política e econômica na civilização egípcia, mas, em relação à
religião, eles não demonstravam tanta autoridade, pois os deuses eram considerados os mais
poderosos pelos indivíduos egípcios.
b) Teocracia foi uma forma de governo no Egito Antigo em que os Faraós promoveram uma
aliança entre religião e política, uma vez que eles eram adorados como deuses e respeitados
como rei.
c) Um governo teocrático era simplesmente aquele em que os indivíduos eram governados
por um Faraó que, apesar do grande poder político e econômico, não era visto como um deus.
d) Somente o Faraó Mentuhotep II, durante o Médio Império, conseguiu promover uma monar-
quia teocrática em que ele era visto como um deus perante os indivíduos egípcios.

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Antiguidade
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Questão 41 (UFSM-RS) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da huma-


nidade. Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de:
a) ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas.
b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para
a idade dos metais.
c) apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o crescimento
socioeconômico.
d) possuir uma área agricultável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates.
e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para a locomoção de pessoas e apropriado para de-
senvolvimento comercial.

Questão 42 (FCL-SP) Examine as proposições e responda de acordo com o código.


I – A região que compreendia a Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates e atualmente
parte do Iraque, foi habitada entre 3200 e 2000 a.C. por diferentes povos semitas, entre
os quais se incluíam os sumérios.
II – A cidade de Babel, capital do império de Hamurábi, desenvolveu-se e abrigou parte da
civilização babilônica antes do nascimento de Cristo.
III – Outro importante rei babilônico, em cujo império foram construídas grandes obras ar-
quitetônicas, foi Nabucodonosor, que também viveu antes do nascimento de Cristo.

a) Todas as proposições são verdadeiras.


b) Apenas as proposições I e II são verdadeiras.
c) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.
e) Todas as proposições são falsas.

Questão 43 (UFRN) As sociedades que, na Antiguidade, habitavam os vales dos rios Nilo,
Tigre e Eufrates tinham em comum o fato de:
a) terem desenvolvido um intenso comércio marítimo, que favoreceu a constituição de gran-
des civilizações hidráulicas.

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Antiguidade
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b) serem povos orientais que formaram diversas cidades-estados, as quais organizavam e


controlavam a produção de cereais.
c) haverem possibilitado a formação do Estado a partir da produção de excedentes, da neces-
sidade de controle hidráulico e da diferenciação social.
d) possuírem, baseados na prestação de serviço dos camponeses, imensos exércitos que
viabilizaram a formação de grandes impérios milenares.

Questão 44 (PUC-SP) Na História Antiga, os  sumérios são necessariamente lembrados


quando se estuda:
a) a base religiosa das civilizações iranianas.
b) a base cultural da civilização mesopotâmica.
c) o caráter religioso da astronomia caldaica.
d) a evolução econômica da civilização fenícia.
e) n.d.a.

Questão 45 (AOCP/PREF. MUN. DE SEROPÉDICA/PROF. DE HISTÓRIA/2013) Ao longo da


história, os sujeitos oprimidos lutaram para conquistar seus direitos empreendendo rebeliões
ou desenvolvendo formas de resistências. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) Foi durante o período da República romana (509-27 a.C.) que os plebeus percorreram um
caminho de lutas contra os patrícios para adquirir direitos sociais, jurídicos e políticos.
b) No período em que vigorou o feudalismo na Europa, os camponeses eram dóceis e resigna-
dos em relação aos senhores feudais, portanto não há registros de rebeliões.
c) A sociedade europeia dos séculos XVI a XVIII viveu um período de tranquilidade, sem gran-
des contestações à ordem estabelecida até que eclodiu a Revolução Francesa.
d) A Revolução Industrial foi um advento muito importante para os operários que a receberam
com gratidão por ter, afinal, as máquinas a seu favor no desempenho das atividades fabris.
e) A luta pelos direitos de cidadania da mulher se estendeu pelos séculos XVIII, XIX e início do
XX, trazendo conquistas plenas para estas em todo o Ocidente e Oriente.

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Questão 46 (IFG) A Grécia Antiga não conheceu um Estado centralizado. Organizou-se por
meio de cidades-estados, denominadas de pólis. A esse respeito, assinale a alternativa INCOR-
RETA:
a) A pólis era uma construção social e política autodeterminada; todavia, a  disputa pela
hegemonia na antiga Grécia a movia.
b) Na pólis, não havia espaço para cultos, deuses e santuários, nem mesmo para consulta aos
oráculos anteriormente à tomada de decisões.
c) A pólis expressava uma cultura e uma identidade próprias, marcadamente urbanas, deno-
minadas de ethos.
d) Nas pólis, a norma jurídica (lei), promulgada nos regimes democráticos ou outorgada nos
regimes aristocráticos, era reconhecida como ato orientado pela razão e, portanto, humano.
e) A experiencialização social e cultural que o grego antigo viveu nas pólis permitiu a capa-
cidade de explicar os problemas da comunidade no âmbito dela própria, fundamentalmente
apartada dos deuses.

Questão 47 (IFG) Nas cidades-estados da Grécia Antiga, sobretudo em Atenas, a  dis-


cussão política entre os homens livres ocorria em ambiente público. Esse ambiente era
conhecido como:
a) Campos Elísios
b) Coreto
c) Praça Cidadã
d) Ágora
e) Liceu

Questão 48 (UFAM) Foi durante o período da Monarquia que a cidade de Roma foi constituída,
dando origem posteriormente ao maior Império da Antiguidade. Sobre o mito de origem da
cidade de Roma é correto afirmar que:
a) Foi fundada por Cícero e Tito Flávio, órfãos amamentados por uma cabra.
b) Foi fundada pelos irmãos Tibério e Caio Graco, criados por uma loba.

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c) Foi fundada por Rômulo e Remo, abandonados no rio Tibre e amamentados por uma loba.
d) Foi fundada por César e Otávio Augusto, após as vitórias militares na Gália.

Questão 49 (UFV) A respeito das classes que compunham a sociedade romana na


Antiguidade, é CORRETO afirmar que:
a) os “plebeus” podiam casar-se com membros das famílias patrícias, forma pela qual conse-
guiam quitar suas pendências de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascensão social.
b) os “plebeus” compunham a classe formada pelos camponeses, artesãos e alguns que
conseguiam enriquecer-se por meio do comércio, atividade que lhes era permitida.
c) os “clientes” eram estrangeiros acolhidos pelos patrícios e transformados em escravos,
quando sua conduta moral não condizia com a de seus protetores.
d) os “patrícios” foram igualados aos plebeus durante a democracia romana, quando da re-
volta dos clientes, que lutaram contra a exclusão social da qual eram vítimas.
e) os “escravos” por dívida eram resultado da transformação de qualquer romano em proprie-
dade de outrem, o que ocorria para todos que violassem a obrigação de pagar os impostos
que sustentavam o Estado expansionista.

Questão 50 (UFSCAR) Quando a notícia disto chegou ao exterior, explodiram revoltas de


escravos em Roma (onde 150 conspiraram contra o governo), em Atenas (acima de 1.000
envolvidos), em Delos e em muitos outros lugares. Mas os funcionários governamentais logo
as suprimiram nos diversos lugares com pronta ação e terríveis torturas como punição, de
modo que outros que estavam a ponto de revoltar- se caíram em si. (Diodoro da Sicília, sobre
a Guerra Servil na Sicília. 135-132 a.C.)
É correto afirmar que as revoltas de escravos na Roma Antiga eram:
a) lideradas por senadores que lutavam contra o sistema escravista.
b) semelhantes às revoltas dos hilotas em Esparta.
c) provocadas pela exploração e maus-tratos impostos pelos senhores.
d) desencadeadas pelas frágeis leis, que deixavam indefinida a situação de escravidão.
e) pouco frequentes, comparadas com as que ocorreram em Atenas no tempo de Sólon.

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Questão 51 (UNESP) É certo que as civilizações da Antiguidade legaram à posteridade um


respeitável acervo cultural.
No entanto, para superar equívoco, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A pintura egípcia revela belos exemplos de descrição de movimento, sendo a figura humana
representada com a cabeça e os pés de perfil.
b) Entre as Civilizações Mesopotâmicas que se desenvolveram no vale dos rios Tigre e
Eufrates, predominou, durante certo tempo, a forma asiática de produção.
c) No período denominado Homérico, houve a dissolução das comunidades gentílicas e a
formação gradativa das Cidades-Estados da Grécia.
d) A escrita egípcia era em caracteres cuneiformes.
e) O Direito Romano, sujeito a novas interpretações, tornou-se parte importante do Código de
Justiniano, influenciou juristas da Idade Média e até das fases históricas subsequentes.

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GABARITO
1. e 28. e
2. c 29. b
3. b 30. e
4. c 31. c
5. b 32. a
6. c 33. a
7. a 34. b
8. b 35. e
9. b 36. c
10. b 37. b
11. e 38. c
12. a 39. c
13. d 40. b
14. e 41. d
15. b 42. d
16. a 43. c
17. b 44. b
18. a 45. a
19. b 46. b
20. a 47. d
21. a 48. c
22. e 49. b
23. b 50. c
24. d 51. d
25. e
26. a
27. c

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FGV/VESTIBULAR/1997) Um império teocrático, baseado na agricultura, na
arregimentação de camponeses para grandes obras e profundamente dependentes das águas
de um grande rio.
Esta frase se refere aos:
a) fenícios e a importância do Tigre;
b) hititas e a importância do Eufrates;
c) sumérios e a importância do Jordão;
d) cretenses e a importância do Egeu;
e) egípcios e a importância do Nilo.

Letra e.
Muito fácil! O Egito é uma dádiva do Nilo. Guarde isso! Foi um estado teocrático (de poder
religioso) que prosperou graças à organização da população como mão de obra para aprovei-
tamento dos recursos hídricos do Rio Nilo.

Questão 2 (FGV/VESTIBULAR/2003) Após a conquista da Península ltálica, Roma ampliou


seus domínios em torno do Mediterrâneo, que passou a ser designado como mare nostrum,
um verdadeiro lago interno que permitia a comunicação, as transações comerciais e o deslo-
camento de tropas para as diversas regiões romanas.
A respeito dessa expansão, é correto afirmar:
a) A conquista de novos territórios desacelerou o processo de concentração fundiária nas
mãos da aristocracia patrícia, uma vez que o Estado romano estabeleceu um conjunto de
medidas que visava, distribuir terras aos pequenos e médios proprietários e à plebe urbana
empobrecida.
b) Apesar da conquista do Mediterrâneo, os romanos não conseguiram estabelecer a inte-
gração das diversas formações sociais ao sistema escravista nem tampouco se dispuseram
a criar mecanismos de cooptação social e política dos seus respectivos grupos dominantes.

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c) As conquistas propiciaram, pela primeira vez na Antiguidade, a combinação entre o tra-


balho escravo em larga escala e o latifúndio, associação que constituiu uma alavanca de
acumulação econômica graças às campanhas militares romanas.
d) As conquistas militares acabaram por solucionar o problema agrário em Roma, colocando
em xeque as medidas defendidas por líderes como os irmãos Graco, que postulavam a
expropriação das terras particulares dos patrícios e sua repartição entre as camadas sociais
empobrecidas.
e) A expansão militar levou os romanos a empreender um duro processo de latinização dos
territórios situados a leste, o que se tornou um elemento de constante instabilidade político-
-social durante a República e também à época do Império.

Letra c
Lembre-se do papel da escravidão para o processo de expansão do território romano.

Questão 3 (FGV/VESTIBULAR/2019) Aqueles que compõem a cidade, tão diferentes entre


si por suas origens, condições e funções, de certa forma parecem “semelhantes” uns aos ou-
tros. Essa similitude funda a unidade da pólis, porque para os gregos somente os semelhantes
podem permanecer mutuamente unidos pela Philia, associados a uma mesma comunidade.
Todos aqueles que participam do Estado definem-se como Homoioi, semelhantes, depois de
maneira mais abstrata, como Isoi, iguais. Essa imagem das relações humanas encontrará no
século VI a.C. a sua expressão rigorosa no conceito de isonomia: igual participação de todos
os cidadãos no exercício do poder. (Jean-Pierre Vernant. Les origines de la pensée grecque,
1995. Adaptado.)
O autor argumenta que a organização da pólis grega
a) desconhecia as desigualdades reais entre os cidadãos na esfera das decisões políticas
coletivas.
b) fundava-se no sentimento recíproco de amizade entre os cidadãos dos mesmos grupos
econômicos.
c) abria-se à participação nas decisões públicas dos aliados incondicionais da cidade nos
períodos de guerra.

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d) enaltecia o exercício da racionalidade política em prejuízo dos cultos das divindades do


mundo grego.
e) distribuía o conjunto das tarefas públicas de acordo com as aptidões políticas de cada um
dos cidadãos.

Letra b.
O autor da passagem do enunciado faz um comentário geral sobre as cidades-estados gre-
gas. Se lembrarmos da estrutura geral que nos remete à organização das sociedades espar-
tana e da ateniense (duas pólis diferentes), podemos construir uma saída para o gabarito
O texto trata da identificação de semelhança entre os membros da cidade-estado, apesar das
desigualdades entre os cidadãos e o restante da população.

Questão 4 (FGV/2018) Leia o texto.


Aos 7 anos: deixava sua família para iniciar a educação militar. Aos  20: era admitido num
grupo de outros guerreiros; a participação era obrigatória. Aos 30: ganhava poder de voto na
Apela, assembleia militar que indicava o conselho dos anciãos. A partir dos 60: se fosse um
membro da aristocracia, podia ser indicado para o conselho de anciãos, a  Gerúsia. (Flavio
Campos e Regina Claro, Oficina de História).
As informações fazem referência a um
a) meteco ateniense.
b) nobre troiano.
c) cidadão espartano.
d) escriba egípcio.
e) tribuno romano

Letra c
Querido(a), lembre-se do que discutimos a respeito da educação do espartano, sendo prepa-
rado para a guerra desde sua infância. Essa questão é de fácil grau de dificuldade. Questões
desse tipo você não pode errar, pois seu concorrente fatalmente também não errará. Se não
acertou, melhor porque agora é o momento em que pode se dar a esse luxo.

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Questão 5 (FGV/VESTIBULAR/2017) A vida privada dos escravos romanos à época do


Império é um espetáculo pueril que se olha com desdém. No entanto, esses homens tinham
vida própria; por exemplo, participavam da religião, e não apenas da religião do lar que, afinal,
era o seu: fora de casa, um escravo podia perfeitamente ser aceito como sacerdote pelos fiéis
de alguma devoção coletiva; podia também se tornar padre dessa Igreja cristã que nem por
um momento pensou em abolir a escravidão. Paganismo ou cristianismo, é possível que as
coisas religiosas os tenham atraído muito, pois bem poucos outros setores estavam abertos
para eles. Os  escravos também se apaixonavam pelos espetáculos públicos do teatro, do
circo e da arena, pois, nos dias de festa, tinham folga, assim como os tribunais, as crianças
das escolas e... os burros de carga. (Paul Veyne, O Império Romano. Em: Paul Veyne (org.).
História da vida privada v. 1: do Império Romano ao ano mil, 2009. Adaptado)
A partir da discussão presente no trecho, é correto afirmar:
a) a característica fundante do escravismo romano era a origem étnica, o que fazia com que a
escravização dos povos conquistados e o tráfico nas fronteiras do Império proporcionassem
a grande maioria da mão de obra servil, ao mesmo tempo em que a escravidão entre os pró-
prios romanos havia caído em desuso desde a crise da República.
b) os escravos na sociedade romana não eram uma coisa, mas seres humanos, na medi-
da em que até os senhores que os tratavam desumanamente impunham-lhes o dever moral
de ser bons escravos, de servir com dedicação e fidelidade, características necessariamente
humanas; no entanto, esses seres humanos eram igualmente um bem cuja propriedade seu
amo detinha.
c) a escravidão caracterizava as relações de produção em Roma e os escravos, em sua in-
ferioridade jurídica, desempenhavam uma função produtiva, marcados por um lugar social
de pobreza, privação e precariedade, estando associados às formas braçais de trabalho e à
produção de bens materiais em uma sociedade altamente hierarquizada.
d) a justificativa moral da escravidão sofreu uma intensa transformação ao longo dos sécu-
los, de tal forma que a própria sociedade romana passou a questioná-la, tornando mais bran-
das as relações escravistas em meio à transformação do cristianismo em religião oficial do
Império, o que contribuiu para o aprofundamento da crise do escravismo.

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e) as relações escravistas caracterizaram os tempos da República romana, muito associadas


ao poder dos patrícios, pertencentes à aristocracia de grandes proprietários, mas entraram
em decadência na passagem para o Império, pois os generais que centralizaram o poder re-
conheciam na escravidão um mecanismo de enfraquecimento do exército.

Letra b.
Questão de interpretação de texto. Note que o autor narra como os escravos tinham sua vida
privada, com liberdade de cultos religiosos e participação em festejos. No entanto, o autor
também destaca que, apesar de serem humanos, eram propriedades.

Questão 6 (FGV/VESTIBULAR/2017) (...) a partir do século V a.C., a guerra tornou-se endê-


mica no Mediterrâneo. Foram séculos de guerra contínua, com maior ou menor intensidade,
ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado nos séculos anteriores tornara possível um
adensamento dos contatos, um compartilhamento de informações e estruturas sociais, uma
organização dos territórios rurais que propiciava a extensão de redes de poder. Foram os pon-
tos centrais dessas redes de poder que animaram o conflito nos séculos seguintes. Norberto
Luiz Guarinello. História Antiga, 2013.
Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que
a) as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma disputa pelo controle comercial
sobre o mar Mediterrâneo, terminando após três grandes enfrentamentos, com a vitória de
Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo o Mundo Antigo ocidental.
b) as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre o Reino da Macedônia, em aliança
com os persas, e o Império Romano, que venceu com muitas dificuldades porque ainda estava
em guerra com outros povos.
c) as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram na vitória dos últimos e, em meio a
esses confrontos, permitiram que Atenas liderasse a Liga de Delos, aliança de cidades-Esta-
dos gregas com o intuito de combater a presença persa no Mediterrâneo.
d) as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e Corinto, combateram e venceram
as poderosas forças persas e ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando
os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo.

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e) a Guerra do Peloponeso, o  mais importante conflito bélico da Antiguidade, envolveu as


principais cidades-Estados gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as forças
militares cartaginesas.

Letra c.
Lembre-se de que Esparta liderava a Liga do Peloponeso e, Atenas, a  liga de Delos. Tam-
bém se recorde que resolvemos uma questão sobre as Guerras Médicas no decorrer da aula.
As Guerras Médicas foram travadas entre os gregos e os invasores persas.

Questão 7 (FGV/VESTIBULAR/2016) “Não descreverei catástrofes pessoais de alguns dias


infelizes, mas a destruição de toda a humanidade, pois é com horror que meu espírito segue
o quadro das ruínas da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla e os
Alpes Julianos, o sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia, Macedônia,
Tessália, Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são devastadas pelos godos, sármatas,
quedos, alanos (...); deportam e pilham tudo. Quantas senhoras, quantas virgens consagra-
das a Deus, quantos homens livres e nobres ficaram na mão dessas bestas! Os bispos são
capturados, os padres assassinados, todo tipo de religioso perseguido; as igrejas são demo-
lidas, os cavalos pastam junto aos antigos altares de Cristo (…).” (São Jerônimo, Cartas apud
Pedro Paulo Abreu Funari, Roma: vida pública e vida privada. 2000)
O excerto, de 396, remete a um contexto da história romana marcado pela
a) combinação da cultura romana com o cristianismo, além da desorganização do Estado
Romano, em meio às invasões germânicas e de outros povos.
b) reorientação radical da economia, porque houve o abandono da relação com os mercados
mediterrâneos e o início de contato com o norte da Europa.
c) expulsão dos povos invasores de origem não germânica, seguida da reintrodução dos
organismos representativos da República Romana.
d) crescente restrição à atuação da Igreja nas regiões fronteiriças do Império, porque o governo
romano acusava os cristãos de aliança com os invasores.
e) retomada do paganismo e o consequente retorno da perseguição aos cristãos, responsa-
bilizados pela grave crise política do Império Romano.

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Letra a.
O texto faz referência à crise e desintegração do Império Romano a partir das invasões bárba-
ras, decorrentes da crise do escravismo. Note, também, que a narrativa traz a combinação de
valores romanos e cristãos. Nesse momento, o cristianismo já é religião oficializada do Império.

Questão 8 (FGV/VESTIBULAR/2015) É a partir do século VIII a.C. que começamos a entre-


ver, em diferentes regiões do Mediterrâneo, o progressivo surgimento das cidades-Estados
ou pólis. Elas formaram a organização social e política dominante das comunidades orga-
nizadas ao longo do Mediterrâneo nos séculos seguintes. (Norberto Luiz Guarinello, História
Antiga, 2013, p. 77. Adaptado)
Nas pólis, é correto
a) assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos.
b) reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora.
c) destacar uma característica: a inexistência de espaços rurais.
d) identificar a acumulação de capital pela ação do Estado.
e) apontar para a sua essência: a organização urbana estruturada para a guerra.

Letra b.
A Ágora, praça central da cidade-estado, era onde ocorriam as decisões políticas da pólis. Era
um local público, apesar de apenas os cidadãos poderem participar das decisões políticas
nela realizadas.

Questão 9 (FGV/VESTIBULAR/2014) São características do período arcaico (séculos VIII-VI


a.C.), na Grécia Antiga:
a) desenvolvimento dos oikos e expansão creto-micênica.
b) desenvolvimento das póleis e expansão pelo Mediterrâneo.
c) rivalidades entre Esparta e Atenas e Guerra do Peloponeso.
d) enfraquecimento das póleis e expansão macedônica.
e) guerras entre gregos e persas e o fim da democracia ateniense.

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Letra b.
Lembre-se de que é no período Arcaico que surgem as cidades-estados, as pólis gregas.

Questão 10 (FGV/VESTIBULAR/2008) Leia as afirmativas sobre a República Romana


(509-27 a.C.).
I – Nos primeiros tempos da República, a  sociedade era composta por apenas dois
setores: os patrícios e os escravos.
II – II – Os escravos, pouco numerosos no início da República, cresceram numericamente
com as guerras de conquista.
III – III – Entre as funções públicas em Roma, havia os cônsules, os pretores e os tribunos
da plebe.
IV – IV – Em 494 a.C., plebeus rebelados se retiram para o Monte Sagrado, ameaçando fun-
dar outra cidade se não tivessem, entre outras reivindicações, o direito de eleger seus
próprios magistrados.
V – V – Com o expansionismo romano e as suas conquistas territoriais, houve um grupo
especialmente beneficiado: os plebeus, que passaram a vender trigo para os povos
dominados.

São corretas as afirmativas


a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) II, III, IV e V, apenas.
d) III, IV e V, apenas.
e) I, II, III, IV, V.

Letra b.
I – Errado. A sociedade romana, durante a República, era composta por Patrícios, Plebeus,
Clientes e Escravos.
V – Errado. Os povos dominados eram transformados em escravos e, portanto, não compra-
vam trigo dos plebeus.

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Questão 11 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2019) As cidades-estados antigas desen-


volveram, progressivamente, formas mais abertas de participação no poder, denominadas
pelos próprios antigos de “democracia”. O caso mais exemplar foi o de Atenas, modelo para
muitas cidades-estados, onde a democracia se manteve por quase dois séculos. (Norberto
Luiz Guarinello. Cidades-estados na Antiguidade Clássica. Em: J. Pinsky; C. B. Pinsky. Histó-
ria da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2008. Adaptado)
Entre as marcas da democracia antiga, é correto identificar
a) a eleição de representantes masculinos com direito a voz e voto pela assembleia da cida-
de-estado, órgão político que incluía mulheres e estrangeiros.
b) a importância decrescente dos escravos, a ponto de discutir-se a abolição da escravatura,
e a consequente redução das desigualdades nas cidades-estados.
c) a conquista pacífica de direitos por parte dos mais pobres, ainda que se mantivesse a mar-
ca aristocrática de distinção social regulada pelo nascimento.
d) a ojeriza à guerra e ao conflito social, o que contribuiu para que Atenas fosse derrotada
sucessivamente pelos persas e pelos espartanos.
e) a participação política direta, exercida por um corpo de cidadãos ativos, sem a noção de
representação e restrita aos cidadãos masculinos.

Letra e.
A democracia ateniense era exercida diretamente pelos cidadãos (homens, maiores de 18
anos, filhos de pai e mãe atenienses).

Questão 12 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2016) A decisão, ao  final de cada combate


dos jogos de gladiadores, estava nas mãos da multidão, a testemunhar um ato de soberania
popular que só teria equivalência, no mundo moderno, com os referendos ou plebiscitos, em
que todos se manifestam. O princípio da soberania popular manifestava- -se, na arena, de
forma direta e incisiva. Se nas eleições as mulheres não tinham direito ao voto, na arena todos
podiam manifestar-se, prerrogativa que a cidadania moderna atingiria apenas no século XX.
(Jaime Pinsky e Carla Pinsky (orgs.), História da Cidadania)

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De acordo com o texto, os jogos de gladiadores


a) eram um aspecto importante da participação da coletividade na vida pública.
b) destinavam-se à diversão dos escravos, distraindo-os das questões sociais.
c) faziam parte da política social do Império, contribuindo para a redução das desigualdades.
d) reproduziam o caráter horizontal e igualitário da estrutura da sociedade romana.
e) funcionavam como o sistema penal da sociedade romana, punindo ladrões e marginais.

Letra a.
A política de “pão e circo” criava a ilusão de participação da vida pública na população.
Decidiam, nesses eventos de luta de gladiadores, se o derrotado seria morto ou não. De todo
modo, era uma maneira de participação da coletividade.

Questão 13 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2015) O grupo extremista islâmico autode-


nominado “Estado Islâmico” (EI) começou a destruir mais um sítio arqueológico no norte do
Iraque, segundo fontes curdas. No início desta semana, militantes do grupo haviam começa-
do a demolir as ruínas da cidade de Nimrud, antiga capital do império assírio, situada no norte
da Mesopotâmia e fundada no século 13 a.C. (UOL, 7 mar.15. Disponível em: Adaptado)
Em relação à cidade citada no trecho, é correto afirmar que ficava localizada em uma região
a) desértica, sem muitos recursos e sem a possibilidade de cultivar alimentos, o que fez do
lugar um sítio bastante inóspito e com uma ocupação sempre muito instável e irregular.
b) bem próxima ao vale do rio Nilo, o que favorecia o cultivo de alimentos nas terras férteis da
várzea do rio, tendo possibilitado o contato com os egípcios e o processo de sedentarização.
c) pouco propícia à sedentarização, o que levava os seus habitantes a estabelecerem trocas
comerciais em busca de alimentos, além de conviverem com a dificuldade de produzir objetos
de cerâmica.
d) banhada por dois importantes rios, o Tigre e o Eufrates, em torno dos quais surgiram os
primeiros agrupamentos humanos que dominaram a técnica da escrita de que se tem notícia.
e) que oferecia água corrente em abundância, sem que se fizessem necessárias obras hidráu-
licas, o que favoreceu o desenvolvimento de uma sociedade complexa e institucionalizada.

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Letra d.
O enunciado faz referência ao Império Assírio e ao norte do Iraque. Ora, a civilização da anti-
guidade que se desenvolveu na região fora os mesopotâmios. Tendo essa informação é pos-
sível concluir que se trata da região entre os rios Tigre e Eufrates.

Questão 14 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2014) A religião dos romanos era politeísta


e antropomórfica com nítidas influências das crenças etrusca e grega. Ao  dominar grande
parte do mundo conhecido, os romanos entraram em contato com diversas religiões e tiveram
por elas grande respeito. Algumas chegaram a erigir seus templos na própria cidade de Roma.
O Panteão, ou conjunto de deuses, dos romanos chegou a incorporar alguns dos deuses gre-
gos, com nomes trocados para nomes latinos, mas com os mesmos atributos. (FUNARI, Pe-
dro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011)
A tolerância que os romanos tiveram para com diversas religiões do mundo por eles conquis-
tadas não existiu, entretanto, para com a religião cristã, pois
a) o universo simbólico do cristianismo era muito próximo da religiosidade romana, inclusive
em relação ao monoteísmo, o que acabou gerando certa competição entre as religiões.
b) no momento em que surgiu o cristianismo, a sociedade romana vivia o período mais agudo
da sua crise política, social e econômica, o que aumentou a repressão à nova religião.
c) o cristianismo era, à  época, uma religião fechada à conversão, assim como o judaísmo,
o que contrariava o esforço de expansão e a perspectiva universalizante da sociedade roma-
na.
d) a figura do Papa e das outras autoridades da Igreja Católica, tais como cardeais, bispos e
arcebispos, ameaçavam simbolicamente a ordem, a hierarquia e a própria existência do im-
pério.
e) de início os cristãos foram perseguidos principalmente por motivos políticos, ainda que
mais tarde, no contexto de crise da sociedade romana, o cristianismo tenha se expandido.

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Letra e.
O Edito de Milão, promulgado em 13 de junho de 313, foi um documento proclamatório para
no qual se determina que o Império Romano seria neutro em relação ao credo religioso,
acabando oficialmente com toda perseguição sancionada oficialmente, especialmente aos
cristãos. O imperador Constantino, um dos responsáveis pela sua promulgação, se autode-
clarou protetor da fé cristã.

Questão 15 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2013) A cidadania nos Estados nacionais


contemporâneos é um fenômeno único na História. Não podemos falar de continuidade do
mundo antigo, de repetição de uma experiência passada e nem mesmo de um desenvolvimento
progressivo que unisse o mundo contemporâneo ao antigo. São mundos diferentes, com
sociedades distintas, nas quais pertencimento, participação e direitos têm sentidos diver-
sos. (Norberto Luiz Guarinello, Cidades-Estados na Antiguidade Clássica. In PINSKY, Jaime;
PINSKY, Carla Bassanezi (orgs.). História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2008, p. 29.)
Entre as diferenças que separam o Estado nacional contemporâneo da cidade-estado da
Antiguidade, é possível destacar
a) o aspecto militar, que no passado era considerado parte das responsabilidades particula-
res de cada cidadão e hoje é um dever do Estado.
b) a concepção de cidadania, muito mais restrita à época do que hoje, de tal forma que
mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.
c) a política educacional, de caráter público e direcionada a toda a população no mundo anti-
go, enquanto hoje coexistem instituições públicas e privadas.
d) a política de reforma agrária, desnecessária no mundo antigo devido à igualdade econômi-
ca existente, enquanto hoje é parte importante das políticas sociais.
e) a questão econômica, àquela época comandada pelo poder público e hoje sob a responsa-
bilidade dos agentes privados, que gozam de grande autonomia.

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Letra b.
A questão cobra a evolução história de uma instituição. Nesse sentido, a afirmativa “b” mostra
claramente que a noção de cidadania de hoje é muito mais ampla do que a cidadania em Ate-
nas da antiguidade, restrita aos homens, maiores de 18 anos e filhos de pai e mãe ateniense.

Questão 16 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2012) No século II a.C., os irmãos Tibério e


Caio Graco defenderam a reforma agrária em Roma.
Tal proposta era consequência de um processo histórico anterior de concentração de terras
na sociedade romana, pois
a) os camponeses, empobrecidos e sem condições de produzir, vinham perdendo suas terras
para os patrícios e migrando para as cidades.
b) os patrícios eram os únicos que poderiam ser proprietários de terra em Roma, já que havia
uma clara limitação social relacionada ao direito de propriedade.
c) a escravidão vinha diminuindo, o que fazia com que os ricos proprietários ampliassem as
suas propriedades na tentativa de aumentar a produção em mais terras cultiváveis.
d) as guerras de expansão tiveram como resultado a ampliação do número de pequenos pro-
prietários, porque formavam-se pequenas propriedades nos novos territórios conquistados.
e) apenas os grandes proprietários participavam do exército, o que tornava necessário au-
mentar o número de latifundiários para ampliar e reforçar o poder militar de Roma.

Letra a.
Tibério e Graco tinha origem plebeia e, por isso, tentaram realizar uma reforma agrária para
diminuir as injustiças dos patrícios.

Questão 17 (VUNESP/PM-SP/ALUNO-OFICIAL/2011) No tempo de Péricles, a população de


Atenas era de, aproximadamente, 400 mil habitantes. Mas os cidadãos com direitos plenos
não passavam de 40 mil. (...) (Luiz Koshiba. História: origens, estruturas e processos, 2000.)
Na época tratada no fragmento, eram considerados cidadãos em Atenas apenas os
a) homens e as mulheres religiosos, que tivessem propriedade rural.

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b) homens, filhos de pais atenienses.


c) homens guerreiros, com origem nobre.
d) aristocratas e os comerciantes, atenienses ou estrangeiros.
e) homens e as mulheres, que possuíssem renda advinda de atividade urbana.

Letra b.
Querido(a), sobre esse assunto já discutimos muito em questões anteriores. Eram cidadãos
apenas os homens, maiores de 18 anos, filhos de pai e mãe atenienses.

Questão 18 (UFPI) A respeito da sociedade fenícia podemos afirmar corretamente que:


a) a Fenícia desconhecia centralização do poder, pois era formada por cidades-estados que
tinham ampla autonomia política, econômica, religiosa e administrativa.
b) a independência política das cidades-estados fenícias foi possível, durante séculos, pelas
alianças estabelecidas com os romanos que, por sua vez, faziam frente à expansão persa.
c) os extensos vales situados entre as montanhas e o mediterrâneo possibilitaram o grande
desenvolvimento da agricultura e do pastoreio e, consequentemente, do comércio.
d) de todas as criações fenícias, a mais importante foi a caravela, posteriormente aperfeiço-
ada pelos gregos.
e) a grande e original contribuição dos fenícios para a história da civilização foi a introdução
das vogais no alfabeto criado pelos gregos e romanos, o que veio tornar a comunicação mais
fácil e rápida.

Letra a.
Os fenícios eram comerciantes navegadores porque a região em que viviam não possibilita-
va a agricultura e o pastoreio em larga escala, suficiente para alimentar a população. Des-
se modo, fundaram cidades-estados independentes, com religião própria e cultos violentos,
destacando o sacrifício de crianças.

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Questão 19 (UFRS) Em relação aos povos da Antiguidade, é correto afirmar que


a) os assírios foram submetidos por Nabucodonosor, originando o episódio conhecido como
o Cativeiro da Babilônia.
b) os fenícios foram os criadores do alfabeto, posteriormente aperfeiçoado pelos gregos e
latinos.
c) os hebreus criaram um quadro religioso caracterizado pelo politeísmo e a mumificação.
d) os egípcios estabeleceram, em 300 a.C., o importante Código de Hamurabi, um dos primei-
ros códigos jurídicos escritos.
e) os persas, após derrotarem as tropas de Alexandre, conseguiram anexar o território grego
ao seu império.

Letra b.
Essa questão traz alternativas que misturam as realizações dos povos da antiguidade. A úni-
ca alternativa que faz essa relação corretamente é a “b”, pois, como você sabe, os fenícios
criaram o alfabeto fonético que foi aprimorado pelos romanos.

Questão 20 (UEL) “... essencialmente mercadores, exportavam pescado, vinhos, ouro e pra-
ta, armas, praticavam a pirataria, e desenvolviam um intenso comércio de escravos no Me-
diterrâneo...” O texto refere-se a características que identificam, na Antiguidade Oriental, os
a) fenícios.
b) hebreus.
c) caldeus.
d) egípcios.
e) persas.

Letra a.
Essa é muito fácil. Nem deixa margem para dúvidas.

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Questão 21 (UNESP/2003) Na região onde atualmente se encontra o Líbano, instalou-se,


no III milênio a.C., um povo semita, que passou a ocupar a estreita faixa de terra, com cerca
de 200 quilômetros de comprimento, apertada entre o mar e as montanhas. Várias razões os
levaram ao comércio marítimo, merecendo destaque sua proximidade geográfica com o Egi-
to; a costa, que oferecia lugares para bons portos; e os cedros, principal riqueza, usados na
construção de navios.
O contido nesse parágrafo refere-se ao povo
a) fenício.
b) hebreu.
c) sumério.
d) hitita.
e) assírio.

Letra a.
Os fenícios ficaram conhecidos na história por serem grandes navegadores no mar mediter-
râneo e, daí, comercializavam.

Questão 22 (UNESP/2013) Na Mesopotâmia, todos os bens produzidos pelos próprios pa-


lácios e templos não eram suficientes para seu sustento. Assim, outros rendimentos eram
buscados na exploração da população das aldeias e das cidades. As formas de exploração
eram principalmente duas: os impostos e os trabalhos forçados. (Marcelo Rede. A Mesopo-
tâmia, 2002.)
Entre os trabalhos forçados a que o texto se refere, podemos mencionar a a) internação de
doentes e loucos em áreas rurais, onde deviam cuidar das plantações de algodão, cevada e
sésamo.
b) utilização de prisioneiros de guerra como artesãos ou pastores de grandes rebanhos de
gado bovino e caprino.
c) escravidão definitiva dos filhos mais velhos das famílias de camponeses, o que caracteri-
zava o sistema econômico mesopotâmico como escravista.

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d) servidão por dívidas, que provocava a submissão total, pelo resto da vida, dos devedores
aos credores.
e) obrigação de prestar serviços, devida por toda a população livre, nas obras realizadas pelo
rei, como templos ou muralhas.

Letra e.
A Mesopotâmia e o Egito constituem os melhores modelos do Modo de Produção Asiático,
praticado por determinadas civilizações da Antiguidade Oriental. Nesse sistema, além das
comunidades camponesas submetidas ao regime de servidão coletiva, o restante da popula-
ção pertencente aos estamentos inferiores podia ser mobilizado pelo Estado para a realiza-
ção de obras de interesse comum.

Questão 23 (UFCSPA/RS) A Mesopotâmia atual situa-se no Oriente Médio entre os rios Tigre
e Eufrates, que ficam no atual Iraque, na região conhecida como Crescente Fértil. Seu nome
vem do grego (meso = meio e potamos = água) e significa “terra entre rios”. A fertilidade desta
região, localizada em meio a montanhas e desertos, deve-se à presença dos rios.
Sobre a civilização mesopotâmica, na Antiguidade Oriental, analisar os itens abaixo:
I – A estrutura social baseava-se na existência de uma pequena elite, controladora de uma
vasta população que estava submetida ao trabalho compulsório, característica de um
governo despótico, de fundamento teocrático, que domina todos os grupos sociais.
II – O Estado era responsável pelas obras hidráulicas necessárias para a sobrevivência da
população, bem como pela cobrança de impostos e pela administração de estoques
de alimentos.
III – Na religião mesopotâmica, o governante era representado e compreendido por seus
súditos mais como uma divindade viva do que como um representante dos deuses.
IV – Em termos políticos, a Mesopotâmia caracterizou-se por ter, na instituição monárqui-
ca, personificada no governante, o seu principal fator de unidade.

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Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente o item I.
b) Somente os itens I e II.
c) Somente os itens I, III e IV.
d) Somente os itens II e IV.
e) Todos os itens.

Letra b.
Na religião mesopotâmica o governante era visto como um representante dos deuses. Em ter-
mos políticos, cabe ressaltar que a Mesopotâmia se caracterizou pelo desenvolvimento de di-
versas cidades-estados que disputavam a controle da região e alternaram períodos hegemô-
nicos.

Questão 24 (UFSM/2004) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da


humanidade.
Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de
a) ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas.
b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para
a idade dos metais.
c) apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o crescimento
socioeconômico.
d) possuir uma área agriculturável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates.
e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para locomoção de pessoas e apropriado para de-
senvolvimento comercial.

Letra d.
A Mesopotâmia se constituiu como um local bastante favorável ao desenvolvimento agrícola,
potencializado pela construção de obras hidráulicas.

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Questão 25 (PUCPR) Na Antiguidade muitos povos consideravam que as doenças eram


enviadas pelos deuses. No final do século VIII a.C., quando os assírios sitiaram a cidade
de Jerusalém e ameaçaram invadi-la, uma epidemia virulenta acometeu o acampamento
matando muitos soldados. Nessa ocasião, Ezequias, rei de Judá, considerou essa epidemia
uma bênção de Deus.
Nesse contexto, marque a alternativa INCORRETA sobre a religião dos hebreus:
a) Os hebreus consideravam Deus como soberano absoluto, fonte de todo o Universo e dono
de uma vontade suprema.
b) O Deus hebreu era transcendente, não se identificava com nenhuma força natural; estava
acima da natureza.
c) Os hebreus consideravam Deus bom e que fazia exigências éticas ao seu povo. Ao contrá-
rio dos deuses do Oriente Próximo, Deus não era atraído pela luxúria ou impelido pelo mal.
d) Deus para os hebreus era uno, soberano, transcendente e bom.
e) Para os hebreus o poder de Deus vinha de um poder preexistente, habitava a natureza e
fazia parte dela.

Letra e.
O monoteísmo inaugurado pelos hebreus não acreditava em um deus que habitasse a natureza,
como vemos nos deuses egípcios, fenícios e mesopotâmicos.

Questão 26 (UPF/2012) Com relação à civilização hebraica é incorreto afirmar:


a) O denominado “Cativeiro da Babilônia” constituiu-se no processo de diáspora dos hebreus
da região da Palestina. Esse processo os tornou um povo vagante desde aquela migração
forçada e consequente dispersão de sua civilização - situação só reparada com a criação do
Estado de Israel em 1948.
b) Suas leis foram sistematizadas a partir de reelaborações de códigos de várias civilizações
do Oriente Próximo, todavia, apresentaram uma novidade em relação às demais ao defender
os pobres, viúvas e órfãos.

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c) A defesa de um deus uno, transcendente e bom implicava a vivência ética e moral visando
à salvação futura de cada um.
d) A consideração de si mesmos como “povo eleito” incutia nos hebreus a responsabilidade
de serem exemplos de moralidade e vivência para as demais civilizações antigas.
e) A importância dedicada à história devia-se à compreensão de que é na atuação temporal/
cotidiana que se está constituindo o caminho para a salvação futura.

Letra a.
O cativeiro babilônico é uma referência ao tempo em que o povo hebreu do reino de Judá ficou
exilado sob o domínio do Império Babilônico. O exílio dos judeus na Babilônia se deu, segundo
a Bíblia, por sua rebeldia frente aos mandamentos de Deus.

Questão 27 (FUVEST/2011) As cidades [do Mediterrâneo antigo] se formaram, opondo-se


ao internacionalismo praticado pelas antigas aristocracias. Elas se fecharam e criaram uma
identidade própria, que lhes dava força e significado. Norberto Luiz Guarinello, A cidade na
Antiguidade Clássica. São Paulo: Atual, p.20, 2006. Adaptado.
As cidades-estados gregas da Antiguidade Clássica podem ser caracterizadas pela
a) autossuficiência econômica e igualdade de direitos políticos entre seus habitantes.
b) disciplina militar imposta a todas as crianças durante sua formação escolar.
c) ocupação de territórios herdados de ancestrais e definição de leis e moeda próprias.
d) concentração populacional em núcleos urbanos e isolamento em relação aos grupos que
habitavam o meio rural.
e) submissão da sociedade às decisões dos governantes e adoção de modelos democráticos
de organização política.

Letra c.
a) Errada. Não havia igualdade de direito entre todos os habitantes.
b) Errada. Esparta sim educava as crianças para a guerra desde os sete anos de idade. Entre-
tanto, as outras cidades-estados não.

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c) Certa. As cidades se formaram pela ocupação de diferentes povos, como os jônios, eólios e
dórios. Ao longo do tempo, nos territórios ocupados originalmente pelo povo creto-micênico,
fundaram-se as cidades-estados.
d) Errada. Havia integração entre as cidades-estados e o meio rural devido à necessidade de
abastecimento das pólis.
e) Errada. Afirmativa contraditória.

Questão 28 (MACKENZIE/SP) As afirmações seguintes referem-se à história da Roma Antiga.


I – Ao lado da versão lendária da fundação de Roma pelos jovens gêmeos Rômulo e Remo,
a versão histórica sugere a presença de grupos humanos estabelecidos, já antes de
753 a.C., na região do futuro Lácio.
II – O período republicano foi marcado pelas lutas entre patrícios e plebeus, como aquela
que, em 498 a.C., acabou por instituir os Tribunos da Plebe, representantes plebeus no
Senado.
III – Entre as maiores heranças culturais dos romanos para a civilização ocidental, estão
o Direito e a língua latina, tendo esta servido de matriz linguística a inúmeros idiomas
modernos.

Assinale:
a) se apenas I é correta.
b) se apenas II é correta.
c) se apenas III é correta.
d) se apenas I e II são corretas.
e) se I, II e III são corretas.

Letra e.
Todas as afirmativas estão corretas. Cabe destacar que a Tribuna da Plebe foi instituída devi-
do à pressão dos plebeus por participação na política romana.

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Questão 29 (FUVEST/2005) “Vendo Sólon [que] a cidade se dividia pelas disputas entre
facções e que alguns cidadãos, por apatia, estavam prontos a aceitar qualquer resultado, fez
aprovar uma lei específica contra eles, obrigando-os, se não quisessem perder seus direitos
de cidadãos, a escolher um dos partidos”. Aristóteles, em A Constituição de Atenas.
A lei visava:
a) diminuir a participação dos cidadãos na vida política da cidade.
b) obrigar os cidadãos a participar da vida política da cidade.
c) aumentar a segurança dos cidadãos que participavam da política.
d) deixar aos cidadãos a decisão de participar ou não da política.
e) impedir que conflitos entre os cidadãos prejudicassem a cidade.

Letra b.
Esta questão envolve interpretação de texto. Note que temos a ideia de obrigação no enuncia-
do. Assim, a única alternativa que concorda com o texto é a “b”.

Questão 30 (UFTM/MG) O comércio desenvolveu-se; a mão de obra escrava tornou-se


dominante; ocorreu o êxodo rural; surgiram os homens novos ou cavaleiros; generais
fortaleceram-se; intensas lutas pelo poder desencadearam guerras civis e o governo recorreu
à política do pão e circo para alienar a plebe urbana.
Essas transformações:
a) marcaram o surgimento das civilizações do Oriente Próximo.
b) caracterizaram Atenas durante o apogeu da democracia.
c) foram consequências do domínio macedônio sobre as cidades gregas.
d) explicaram a transição da Monarquia para a República em Roma.
e) resultaram das conquistas romanas na bacia do Mediterrâneo.

Letra e.
Devido às conquistas territoriais dos romanos houve um aumento da riqueza que circulava
em Romas. Entretanto, essa riqueza não era distribuída, ficando concentrada nas mãos dos
patrícios. Desse moto, aumentaram sobremaneira as lutas dos plebeus por melhores condi-

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ções. Assim, todos os eventos descritos no enunciado são consequências desta expansão
romana.

Questão 31 (UFRGS) Principal governante do primeiro império babilônico, o  rei Hamurábi


(1792-1750 a.C.) destacou-se pelas conquistas territoriais e pela forma de administração dos
territórios conquistados.
Em seu legado, podemos incluir a:
a) construção de um complexo conjunto arquitetônico em seu palácio suntuoso, conhecido
como Os Jardins Suspensos da Babilônia;
b) criação de um sistema coerente de escrita para ser utilizada nos cultos religiosos pratica-
dos no império, denominada acádica-cuneiforme;
c) fixação, por escrito, dos costumes jurídicos num dos primeiros códigos de leis de que se
tem notícia, o Código de Hamurábi;
d) organização de um exército permanente composto por guerreiros profissionais assalariados,
armados com equipamentos de ferro;
e) realização da célebre Torre de Babel, construção de altura descomunal, mencionada no
Antigo Testamento.

Letra c.
O Código de Hamurabi é um conjunto de leis criadas pelo sexto rei da Suméria Hamurabi, da
primeira dinastia babilônica, no século XVIII a.C., na Mesopotâmia. É um código baseado na
lei do Talião, que representa uma dura retaliação do crime praticado e de sua pena.

Questão 32 (UFAM) “Se um homem alugar um boi ou um asno, e se nos campos o leão matar
o gado, é o proprietário do gado quem sofrerá a perda. Se um homem bater em seu pai, terá
as mãos cortadas. Se um homem furar o olho de um homem livre, ser-lhe-á furado o olho”.
Sendo um dos primeiros códigos de lei de que se tem conhecimento, este texto está associa-
do:
a) Ao Império Babilônico sob o reinado de Hamurabi.
b) Ao Império Persa sob a dinastia de Talião.
c) Ao Império Persa sob o reinado de Cambises ll.

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d) Ao Egito sob o reinado de Amenófis l.


e) A Sociedade ateniense sob a direção de Péricles.

Letra a.
Lembre-se de que o Código de Hamurabi, embasado a lei te talião, visava a justiça de acordo
com o crime cometido. “Olho por olho, dente por dente.”

Questão 33 (UECE/2008/2) Os fenícios viviam numa faixa de duzentos quilômetros de com-


primento, entre o mar Mediterrâneo e as montanhas do atual Líbano. Semitas, provinham do
litoral setentrional do mar Vermelho.
Assinale a principal contribuição desse povo para as sociedades atuais.
a) O alfabeto.
b) Os templos.
c) A escrita hieroglífica.
d) A escrita cuneiforme.
e) A invenção do comércio.

Letra a.
Muito fácil. Tenho certeza de que já memorizou de tanto resolver exercícios sobre os fenícios.

Questão 34 (FUVEST/1998) A partir do III milênio a. C. desenvolveram-se, nos vales dos


grandes rios do Oriente Próximo, como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos, forte-
mente organizados e centralizados e com extensa burocracia.
Uma explicação para seu surgimento é
a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos nas cidades, que só puderam ser
contidas pela imposição dos governos autoritários.
b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes contingentes humanos, para realizar
obras de irrigação.
c) a influência das grandes civilizações do Extremo Oriente, que chegou ao Oriente Próximo
através das caravanas de seda.

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d) a expansão das religiões monoteístas, que fundamentavam o caráter divino da realeza e o


poder absoluto do monarca.
e) a introdução de instrumentos de ferro e a consequente revolução tecnológica, que transfor-
mou a agricultura dos vales e levou à centralização do poder.

Letra b.
Também acredito que não errou essa. Lembre-se de que foi Menés quem conseguiu unificar
o Egito, sendo considerado o primeiro faraó, justamente por coordenar a mão de obra dos no-
mos para construção de grandes obras públicas para aproveitamento dos recursos hídricos
do Rio Nilo. A mesma situação ocorreu na Mesopotâmia para aproveitamento dos Rios Tigre
e Eufrates.

Questão 35 (UFPE) Entre os povos do oriente médio, os hebreus foram os que mais influen-
ciaram a cultura da civilização ocidental, uma vez que o cristianismo é considerado como
uma continuação das tradições religiosas hebraicas.
A partir do texto anterior, assinale a alternativa incorreta:
a) Originários da Arábia, os  hebreus constituíram dois reinos: o de Judá e o de Israel na
Palestina.
b) As guerras geraram a unidade política dos hebreus. Essa unidade se firmou primeiro em
torno de juízes e, depois, em volta dos reis.
c) Os profetas surgiram na Palestina por volta dos séculos VIII e VII a.C., quando ocorreu uma
onda de protestos dos trabalhadores contra os comerciantes.
d) A religião hebraica passou por diversas fases, evoluindo do politeísmo ao monoteísmo
difundido pelos profetas.
e) Os hebreus organizaram-se social e economicamente com base na propriedade da terra,
o que deu início à Diáspora.

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Letra e.
A diáspora hebraica não ocorreu em razão da organização social e econômica baseada na
propriedade de terras (inclusive, durante uma boa parte da constituição enquanto civilização,
os hebreus eram seminômades), mas por esse povo ter sido submetido ao domínio de outras
civilizações, como a babilônica e, posteriormente, a romana e a árabe.

Questão 36 (UFRN) Entre os hebreus da Antiguidade, os profetas eram considerados men-


sageiros de Deus, lembrando ao povo as demandas da justiça e da Lei dadas por Javé. Isaías,
um dos profetas dessa época, em nome de Javé proclamou:
Ai dos que decretam leis injustas; dos que escrevem leis de opressão, para negarem justiça
aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de despojarem as viúvas
e roubarem os órfãos! (Isaías 10:1-2).
Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam
como únicos moradores no meio da terra! (Isaías 5:8)
Esses pronunciamentos do profeta Isaías estão ligados a uma época da história hebraica em
que ocorreu:
a) a saída dos hebreus do Egito, sob o comando de Moisés, e o estabelecimento em Canaã,
conquistando as terras dos povos que ali habitavam.
b) a imigração para o Egito, quando os hebreus receberam terras férteis no delta do rio Nilo,
por influência de José, que exercia ali o cargo de governador.
c) a formação de uma aristocracia, que enriquecera com o comércio e com a apropriação das
terras dos camponeses endividados.
d) a conquista de Jerusalém por Nabucodonosor, quando os judeus foram despojados de
suas terras e deportados para a Babilônia.
e) ao domínio persa, como Ciro, o Grande, que massacrou milhares de camponeses hebreus.

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Letra c.
Questão de interpretação de texto. Os textos proféticos do Antigo Testamento, além de guar-
darem consigo, segundo a tradição judaico-cristã, o anúncio da vinda do Messias, também
revelam muitos aspectos do contexto histórico que permeava a vida dos hebreus daquele pe-
ríodo. O trecho em questão evidencia a crítica do profeta Isaías àqueles que se enriqueceram
às custas da população camponesa.

Questão 37 (PUC-SP) Diáspora é o termo que designa a dispersão dos hebreus por várias
regiões do mundo, após serem expulsos de seu território no século II. Somente depois de
1948, com a criação do Estado de Israel, esse povo pôde voltar a se reunir num mesmo país.
Entretanto, essa reconquista vem sendo, há quase meio século, motivo de contendas entre os
israelenses e o povo ocupante daquela região. O ano de 1995, talvez, seja o marco do apazi-
guamento desses conflitos, uma vez que acordos têm sido realizados pelos seus líderes, sob
a chancela da diplomacia internacional – o que, infelizmente, não impediu o assassinato do
primeiro-ministro de Israel.
O povo que provocou a dispersão dos hebreus no século II e o povo que manteve o confronto
com os israelenses desde 1948 são, respectivamente:
a) os egípcios e os iranianos.
b) os romanos e os palestinos.
c) os palestinos e os egípcios
d) os romanos e os iranianos
e) os egípcios e os palestinos.

Letra b.
Esse tipo de questão fatalmente você encontrará na prova. A FGV gosta muito de fazer essa
relação de processo histórico, de ponte entre passado e presente. Expulsos da Palestina pelos
romanos, os judeus ficaram dispersos por várias regiões do mundo até o início do século XX,
quando o movimento sionista iniciou a campanha para reconquistar a região palestina, palco
de intensos conflitos militares até os dias atuais.

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Questão 38 (UESPI) Roma, capital do maior império da Antiguidade, tinha uma vida agitada

que lembra alguns problemas vividos pelas cidades modernas. Em Roma:

a) apesar da grande população, não havia problemas de falta de moradia.

b) o lazer não tinha um papel significativo, não sendo comuns espetáculos públicos.

c) havia reclamações contra a violência e os transtornos causados pelo trânsito.

d) não havia o desequilíbrio econômico que marca algumas cidades modernas.

e) as mulheres tinham liberdade e não dependiam dos seus maridos.

Letra c.

Essa é pra acertar por eliminação:


a) Errada. Havia grande desigualdade, refletida inclusive, na falta de moradias.

b) Errada. Haviam grandes espetáculos dentro a política de “pão e circo”, especialmente os

combates entre gladiadores.

d) Errada. Havia sim grandes desigualdades sociais.

e) Errada. As mulheres não tinham os mesmos direitos políticos dos homens, ademais, eram

totalmente dependentes da vontade de seus maridos.

Questão 39 (UFAM) A civilização romana conheceu a seguinte evolução política:

a) Império, Monarquia e República.

b) Monarquia, Império e República.

c) Monarquia, República e Império.

d) Império, República e Monarquia.

e) República, Monarquia e Império.

Letra c.

Essa questão é muito fácil, mas exige a memorização da ordem cronológica da organização

política de Roma.

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Questão 40 (ENEM) Em 3200 a.C., Menés ficou conhecido por ser o primeiro Faraó do Egito
Antigo. Durante os seus reinados, os faraós possuíam bastante poder político e econômico.
Diante disso, marque a alternativa correta sobre o que foi a Teocracia na civilização egípcia.
a) Os Faraós tinham autonomia política e econômica na civilização egípcia, mas, em relação à
religião, eles não demonstravam tanta autoridade, pois os deuses eram considerados os mais
poderosos pelos indivíduos egípcios.
b) Teocracia foi uma forma de governo no Egito Antigo em que os Faraós promoveram uma
aliança entre religião e política, uma vez que eles eram adorados como deuses e respeitados
como rei.
c) Um governo teocrático era simplesmente aquele em que os indivíduos eram governados
por um Faraó que, apesar do grande poder político e econômico, não era visto como um deus.
d) Somente o Faraó Mentuhotep II, durante o Médio Império, conseguiu promover uma monar-
quia teocrática em que ele era visto como um deus perante os indivíduos egípcios.

Letra b.
O sistema teocrático no Egito Antigo prevaleceu por vários anos e consistiu numa prática que
auxiliava os Faraós em seus governos. Nesse sistema, o Faraó, além de ser visto como um
líder político, isto é, um rei, ele também era adorado pelos indivíduos como um deus. Portanto,
a aliança entre religião e política foi uma maneira de legitimar a autoridade do Faraó perante
a civilização egípcia.

Questão 41 (UFSM-RS) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da huma-


nidade. Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de:
a) ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas.
b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para
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Letra d.
Marcando o período da história em que observamos o nascimento das chamadas “sociedades
hidráulicas”, a Mesopotâmia atraiu diversas civilizações em virtude de seus amplos recursos
hídricos. Com o desenvolvimento agrícola ali observado, podemos ver a formação de vários
centros urbanos, onde temos a elaboração de complexas atividades culturais, religiosas e po-
líticas.

Questão 42 (FCL-SP) Examine as proposições e responda de acordo com o código.


I – A região que compreendia a Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates e atualmente par-
te do Iraque, foi habitada entre 3200 e 2000 a.C. por diferentes povos semitas, entre os quais
se incluíam os sumérios.
II – A cidade de Babel, capital do império de Hamurábi, desenvolveu-se e abrigou parte da
civilização babilônica antes do nascimento de Cristo.
III – Outro importante rei babilônico, em cujo império foram construídas grandes obras arqui-
tetônicas, foi Nabucodonosor, que também viveu antes do nascimento de Cristo.
a) Todas as proposições são verdadeiras.
b) Apenas as proposições I e II são verdadeiras.
c) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.
e) Todas as proposições são falsas.

Letra d.
A Mesopotâmia começou a se povoada há cerca de 4.000 a.C. Grupos tribais da Ásia Central e
das montanhas da Eurásia chegaram ao local devido às extensas áreas férteis próximas aos

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rios, além da vantagem de terem água próxima, fornecendo subsídio para pesca, alimentação
e transporte. Somente mais tarde chegaram os sumérios, por volta de 3250 a.C. e 2800 a.C.

Questão 43 (UFRN) As sociedades que, na Antiguidade, habitavam os vales dos rios Nilo,
Tigre e Eufrates tinham em comum o fato de:
a) terem desenvolvido um intenso comércio marítimo, que favoreceu a constituição de gran-
des civilizações hidráulicas.
b) serem povos orientais que formaram diversas cidades-estados, as quais organizavam e
controlavam a produção de cereais.
c) haverem possibilitado a formação do Estado a partir da produção de excedentes, da neces-
sidade de controle hidráulico e da diferenciação social.
d) possuírem, baseados na prestação de serviço dos camponeses, imensos exércitos que
viabilizaram a formação de grandes impérios milenares.

Letra c.
Marcando o processo de formação que se desenrola na formação das primeiras civilizações,
os povos que habitaram a região do Nilo, Tigre e Eufrates tinham no uso do rico suporte hi-
dráulico dessas regiões a criação de sociedades complexas onde vemos a presença de um
grande contingente populacional, a formação de instituições políticas e diferenciações so-
ciais.

Questão 44 (PUC-SP) Na História Antiga, os  sumérios são necessariamente lembrados


quando se estuda:
a) a base religiosa das civilizações iranianas.
b) a base cultural da civilização mesopotâmica.
c) o caráter religioso da astronomia caldaica.
d) a evolução econômica da civilização fenícia.
e) n.d.a.

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Letra b.
Os povos sumérios, ou civilização sumeriana, desenvolveram-se na Mesopotâmia, entre a
Ásia Menor e o Oriente Médio, no vale fértil banhado pelos rios Tigre e Eufrates, onde hoje se
encontram os atuais países do Iraque e da Síria. Dos sumérios, outros povos desenvolveram-
-se nessa mesma região. Por isso, eles são considerados a base cultural da Mesopotâmia.

Questão 45 (AOCP/PREF. MUN. DE SEROPÉDICA/PROF. DE HISTÓRIA/2013) Ao longo da


história, os sujeitos oprimidos lutaram para conquistar seus direitos empreendendo rebeliões
ou desenvolvendo formas de resistências. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) Foi durante o período da República romana (509-27 a.C.) que os plebeus percorreram um
caminho de lutas contra os patrícios para adquirir direitos sociais, jurídicos e políticos.
b) No período em que vigorou o feudalismo na Europa, os camponeses eram dóceis e resigna-
dos em relação aos senhores feudais, portanto não há registros de rebeliões.
c) A sociedade europeia dos séculos XVI a XVIII viveu um período de tranquilidade, sem
grandes contestações à ordem estabelecida até que eclodiu a Revolução Francesa.
d) A Revolução Industrial foi um advento muito importante para os operários que a receberam
com gratidão por ter, afinal, as máquinas a seu favor no desempenho das atividades fabris.
e) A luta pelos direitos de cidadania da mulher se estendeu pelos séculos XVIII, XIX e início do
XX, trazendo conquistas plenas para estas em todo o Ocidente e Oriente.

Letra a.
Durante a República Romana (529 a.C. a 27 a.C.) os plebeus empreenderam uma dura luta
contra o domínio dos patrícios. Nesse sentido, conseguiram estabelecer a Tribuna da Plebe,
a Lei das Doze Tábuas, a lei Licínia, entre outras conquistas.

Questão 46 (IFG) A Grécia Antiga não conheceu um Estado centralizado. Organizou-se por
meio de cidades-estados, denominadas de pólis. A esse respeito, assinale a alternativa INCOR-
RETA:

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HISTÓRIA
Antiguidade
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a) A pólis era uma construção social e política autodeterminada; todavia, a  disputa pela
hegemonia na antiga Grécia a movia.
b) Na pólis, não havia espaço para cultos, deuses e santuários, nem mesmo para consulta aos
oráculos anteriormente à tomada de decisões.
c) A pólis expressava uma cultura e uma identidade próprias, marcadamente urbanas, deno-
minadas de ethos.
d) Nas pólis, a norma jurídica (lei), promulgada nos regimes democráticos ou outorgada nos
regimes aristocráticos, era reconhecida como ato orientado pela razão e, portanto, humano.
e) A experiencialização social e cultural que o grego antigo viveu nas pólis permitiu a capa-
cidade de explicar os problemas da comunidade no âmbito dela própria, fundamentalmente
apartada dos deuses.

Letra b.
A alternativa “b” está incorreta porque era fundamental, na pólis grega, os espaços para os
cultos aos deuses, consultas a oráculos, bem como para espetáculos como o teatro, entre
outras atividades. A religião tinha um papel vital na estrutura das cidades-estados.

Questão 47 (IFG) Nas cidades-estados da Grécia Antiga, sobretudo em Atenas, a discussão


política entre os homens livres ocorria em ambiente público. Esse ambiente era conhecido como:
a) Campos Elísios
b) Coreto
c) Praça Cidadã
d) Ágora
e) Liceu

Letra d.
Ágora era o termo usado tanto para a reunião dos homens livres com o objetivo de delibera-
ção sobre assuntos políticos quanto para denominar o lugar em que eles se reuniam, isto é,
em alguma praça central da pólis.

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HISTÓRIA
Antiguidade
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Questão 48 (UFAM) Foi durante o período da Monarquia que a cidade de Roma foi constituída,
dando origem posteriormente ao maior Império da Antiguidade. Sobre o mito de origem da
cidade de Roma é correto afirmar que:
a) Foi fundada por Cícero e Tito Flávio, órfãos amamentados por uma cabra.
b) Foi fundada pelos irmãos Tibério e Caio Graco, criados por uma loba.
c) Foi fundada por Rômulo e Remo, abandonados no rio Tibre e amamentados por uma loba.
d) Foi fundada por César e Otávio Augusto, após as vitórias militares na Gália.

Letra c.
A lenda conta que Rômulo e Remo, após serem amamentados por uma loba, foram criados
por um pastor, fundando posteriormente a cidade de Roma.

Questão 49 (UFV) A respeito das classes que compunham a sociedade romana na


Antiguidade, é CORRETO afirmar que:
a) os “plebeus” podiam casar-se com membros das famílias patrícias, forma pela qual conse-
guiam quitar suas pendências de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascensão social.
b) os “plebeus” compunham a classe formada pelos camponeses, artesãos e alguns que
conseguiam enriquecer-se por meio do comércio, atividade que lhes era permitida.
c) os “clientes” eram estrangeiros acolhidos pelos patrícios e transformados em escravos,
quando sua conduta moral não condizia com a de seus protetores.
d) os “patrícios” foram igualados aos plebeus durante a democracia romana, quando da re-
volta dos clientes, que lutaram contra a exclusão social da qual eram vítimas.
e) os “escravos” por dívida eram resultado da transformação de qualquer romano em proprie-
dade de outrem, o que ocorria para todos que violassem a obrigação de pagar os impostos
que sustentavam o Estado expansionista.

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HISTÓRIA
Antiguidade
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Letra b.
Ao contrário dos patrícios, a  plebe não possuía origem nobre nos antigos clãs que funda-
ram a cidade de Roma. Consequentemente, também não possuía as grandes faixas de terras
cultiváveis que os patrícios possuíam e nem os mesmos privilégios políticos que estes.

Questão 50 (UFSCAR) Quando a notícia disto chegou ao exterior, explodiram revoltas de


escravos em Roma (onde 150 conspiraram contra o governo), em Atenas (acima de 1.000
envolvidos), em Delos e em muitos outros lugares. Mas os funcionários governamentais logo
as suprimiram nos diversos lugares com pronta ação e terríveis torturas como punição, de
modo que outros que estavam a ponto de revoltar- se caíram em si. (Diodoro da Sicília, sobre
a Guerra Servil na Sicília. 135-132 a.C.)
É correto afirmar que as revoltas de escravos na Roma Antiga eram:
a) lideradas por senadores que lutavam contra o sistema escravista.
b) semelhantes às revoltas dos hilotas em Esparta.
c) provocadas pela exploração e maus-tratos impostos pelos senhores.
d) desencadeadas pelas frágeis leis, que deixavam indefinida a situação de escravidão.
e) pouco frequentes, comparadas com as que ocorreram em Atenas no tempo de Sólon.

Letra c.
Os escravos rebelaram-se em virtude da exploração e maus-tratos que lhes eram impostos
como forma de controle social. Todavia, essas revoltas só foram possíveis pelo fato de esses
escravos terem se articulado contra os senhores, apesar de não terem sido um grupo social
homogêneo.

Questão 51 (UNESP) É certo que as civilizações da Antiguidade legaram à posteridade um


respeitável acervo cultural.
No entanto, para superar equívoco, assinale a alternativa INCORRETA:

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HISTÓRIA
Antiguidade
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a) A pintura egípcia revela belos exemplos de descrição de movimento, sendo a figura humana
representada com a cabeça e os pés de perfil.
b) Entre as Civilizações Mesopotâmicas que se desenvolveram no vale dos rios Tigre e Eufra-
tes, predominou, durante certo tempo, a forma asiática de produção.
c) No período denominado Homérico, houve a dissolução das comunidades gentílicas e a
formação gradativa das Cidades-Estados da Grécia.
d) A escrita egípcia era em caracteres cuneiformes.
e) O Direito Romano, sujeito a novas interpretações, tornou-se parte importante do Código de
Justiniano, influenciou juristas da Idade Média e até das fases históricas subsequentes.

Letra d.
A escrita egípcia era hieroglífica.

Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em Preparatório para Vestibulares e Concursos. Atua como
professor concursado da Secretária de Estado da Educação do Distrito Federal.

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