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SIMULADO 2018

ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS

ARTES

COLÉGIO:

NOME:

NÚMERO: TURMA:
CADERNO 1 se acham determinados pela imagem captada exteriormente e pela
sensação internamente sentida. A arte pode haver estado associada
QUESTÃO 1 com ritos, com a intenção de exercer os poderes mágicos através de
(Enem-adaptada) — Suponha que o universo tenha 15 bilhões um retrato fiel que apresenta naturalismo nas representações animais.
de anos de idade e que toda a sua história seja distribuída ao Já o símbolo estilizado e dinâmico da forma humana é determinado
longo de 1 ano — o calendário cósmico —, de modo que ca- por um sentimento interno.
da segundo corresponda a 475 anos reais e, assim, 24 dias do READ, H. “Imagen e Idea”: La función Del arte en el desarollo de la
conciencia humana. México: FCE, 2003. p. 23-31. Adaptado.
calendário cósmico equivaleriam a cerca de 1 bilhão de anos
reais. Suponha, ainda, que o universo comece em 1o de janei- Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assi-
ro à zero hora no calendário cósmico e o tempo presente es- nale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente,
teja em 31 de dezembro às 23h59min59,99s. A escala abaixo as imagens da arte pré-histórica que representam o estilo ani-
traz o período em que ocorreram alguns eventos importantes mal naturalista (reprodução de imagens perceptíveis) e os sím-
nesse calendário. bolos estilizados e dinâmicos da forma humana determinados
mais pela sensação que pela observação e que buscam indi-

REPRODUÇÃO/ENEM 2008
origem do car o movimento.
origem do universo sistema solar 1 3
1/1 A

REPRODUÇÃO/UEL-PR 2015
(9/9) novembro

dezembro
setembro
fevereiro

outubro
janeiro

agosto
março

junho
maio

julho
abril

origem de nossa
galáxia (24/1) início da vida 2 4 5
na Terra
(30/9) B

REPRODUÇÃO/UEL-PR 2015
REPRODUÇÃO/ENEM 2008

REPRODUÇÃO/UEL-PR 2015

Se a arte rupestre representada fosse inserida na escala, de acor-


do com o período em que foi produzida, ela deveria ser colo-
cada na posição indicada pela seta de número
A 1. D 4.
B 2. E 5. D
REPRODUÇÃO/UEL-PR 2015

C 3.

QUESTÃO 2
(UEL-PR-adaptada) —
A arte pré-histórica é uma arte de linhas e croquis; é uma etapa
além da percepção, um artifício que ajuda a reter a imagem na men-
te. Na arte pré-histórica, encontramos figuras humanas, geralmente
armadas, em ação, seja perseguindo animais, lutando ou dançando. E
REPRODUÇÃO/UEL-PR 2015

Os animais são representados de forma naturalista, ou seja, repro-


duções de imagens perceptíveis. As figuras humanas, pelo contrá-
rio, estão muito estilizadas; se estão em movimento, os braços e as
pernas são alargados. O objetivo do artista foi indicar o movimento;
as formas são ditadas por sensações internas mais que por observa-
ção externa. Os dois principais estilos pré-históricos são vitalistas e

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CADERNO 2 CADERNO 3
QUESTÃO 1 QUESTÃO 1
(Enem-adaptada) — (UEPG-PR-adaptada) —
Com relação à arte greco-romana, marque as sentenças abai-

REPRODUÇÃO/ENEM 2007
xo com V (quando verdadeiras) ou F (quando falsas). Em segui-
da, assinale a alternativa que corresponde à sequência correta.
(  ) A arte romana sofreu duas influências: a da arte etrusca,
voltada para a expressão da realidade vivida, e a da gre-
co-helenística, orientada para a expressão de um ideal de
beleza.
(  ) O Coliseu é um anfiteatro romano, caracterizado por um
espaço central para os espetáculos, circundado por filas
de assentos formando uma arquibancada.
(  ) A arte greco-romana, por seu caráter religioso, mais tar-
de, exerceu forte influência na representação dos temas
bíblicos que caracterizaram o Renascimento italiano.
Pintura rupestre da Toca do Pajaú – PI. Disponível em: <www.betocelli.com>.
(  ) As esculturas dos imperadores romanos apresentam tra-
Essa pintura rupestre, que é um patrimônio cultural brasilei- ços e características reais desses personagens, diferindo
ro, expressa da idealização das esculturas gregas.
A a constante guerra entre diferentes grupos da América du- (  ) As pinturas romanas recuperadas nas ruínas de Pompeia
rante o período colonial. e Herculano mostram painéis e barrados nas paredes das
B a organização social e política de um povo indígena e a hie- casas representando paisagens, animais e pessoas.
rarquia entre seus membros. A V, V, F, V, V.
C o conflito entre povos indígenas e europeus durante o pro- B F, F, F, V, V.
cesso de colonização do Brasil. C F, F, V, F, F.
D os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros D V, V, V, V, F.
empreendidos por povos tribais. E V, F, V, F, V.
E os aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram du-
rante a chamada pré-história do Brasil. QUESTÃO 2
(Unicanto-DF-adaptada) —
QUESTÃO 2 O mosaico é expressão máxima da arte bizantina. Plasticamente,
(Enem-adaptada) — o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos.
Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um Eles são confeccionados com técnicas diferentes e seguem conven-
universo de antiga sabedoria, povoado por homens e bens unidos ções que regem inclusive os afrescos.
Disponível em: <www.historiadasartes.com/nomundo/arte-medieval/
por um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos valores cultu- arte-bizantina/>. Acesso em: 17 set. 2017. Adaptado.
rais dos primeiros habitantes levou-os a uma descrição simplista des-
ses grupos e à sua sucessiva destruição. Na verdade, não existe uma
distinção entre a nossa arte e aquela produzida por povos tecnica- As convenções que regiam a produção dos afrescos tinham co-
mente menos desenvolvidos. As duas manifestações devem ser en- mo um dos objetivos:
caradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar A centralizar as figuras de santos ao serem pintados nos mos-
das várias sociedades, mas também como equivalentes, por resulta-
rem de impulsos humanos comuns. teiros.
SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento: arqueologia.
B evidenciar a deformação e o colorismo das composições
São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000. artísticas.
C expor a autoridade absoluta do imperador, tido como um
De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes pro- representante de Deus.
duzidas pelos colonizadores e pelos colonizados, pois ambas D expressar poderes espirituais de todos os personagens que
compartilham compunham a corte.
A a concepção estética. E manter o princípio da horizontalidade, com a rígida deter-
B a base antropológica. minação da composição.
C o referencial temático.
D o nível tecnológico.
E o suporte artístico.

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CADERNO 4 CADERNO 5
QUESTÃO 1 QUESTÃO 1
(UEM-PR-adaptada) — (Enem-adaptada) —
No medievo, os estilos românico e gótico e a arte bizantina se di- Síntese entre erudito e popular
rigiam a uma sociedade de analfabetos; era indispensável uma arte Na região mineira, a separação entre cultura popular (as artes me-
visual, dominada pelo tema da salvação. cânicas) e erudita (as artes liberais) é marcada pela elite colonial, que
ARRUDA, José J. de A.; PILETTI, Nelson. Toda a História: tem como exemplo os valores europeus, e o grupo popular, forma-
História Geral e História do Brasil. São Paulo: Ática, 1996, p. 133. do pela fusão de várias culturas: portugueses aventureiros ou degre-
dados, negros e índios. Aleijadinho, unindo as sofisticações da arte
Sobre a arquitetura medieval na Europa Ocidental, verifica- erudita ao entendimento do artífice popular, consegue fazer essa sín-
-se que: tese característica deste momento único na história da arte brasilei-
A A denominada “Arquitetura Românica” é um desenvolvi- ra: o barroco colonial.
mento medieval da arquitetura romana. MAJORA, C. BrHistória, n. 3, mar. 2007. Adaptado.

B Uma possível origem do espaço externo das igrejas medie-


vais de cruz latina é a basílica romana. No século XVII, a arte brasileira, mais especificamente a de Mi-
C A maior invenção dos mestres construtores do período de- nas Gerais, apresentava a valorização da técnica e um estilo
nominado gótico foi o uso dos contrafortes. próprio, incluindo a escolha dos materiais. Artistas como Alei-
D Os vitrais das catedrais góticas permitiam a criação, nas jadinho e Mestre Ataíde têm suas obras caracterizadas por pe-
­suas naves, de um interior mais claro e iluminado. culiaridades que são identificadas por meio
E A Idade Média é comumente designada de “Idade das Tre- A do emprego de materiais oriundos da Europa e da inter-
vas” porque não houve desenvolvimento original da arqui- pretação realista dos objetos representados.
tetura nesse período. B do uso de recursos materiais disponíveis no local e da in-
terpretação formal com características próprias.
QUESTÃO 2 C da utilização de recursos materiais vindos da Europa e da
homogeneização e linearidade representacional.
REPRODUÇÃO/CATEDRAL DE SÃO VITO, PRAGA, REPÚBLICA CHECA

D da observação e da cópia detalhada do objeto representa-


do e do emprego de materiais disponíveis na região.
E da utilização de materiais disponíveis no Brasil e da inter-
pretação idealizada e linear dos objetos representados.

PARLER, Peter, o Moço. Autorretrato, 1379-1386. Catedral de Praga.

Essa obra de Peter Parler prenuncia o advento de uma arte re-


nascentista na qual a representação retratística
A ganha contornos realistas ainda inéditos até o período.
B deturpa características típicas do estilo artístico clássico.
C privilegia a prática do próprio artista se esculpir ou pintar.
D exprime traços da personalidade do modelo em sua face.
E concentra sua ênfase em bustos de pessoas canonizadas.

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QUESTÃO 2 TEXTO II

REPRODUÇÃO/GALLERIE DELL’ACCADEMIA, VENEZA, ITÁLIA

REPRODUÇÃO/IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS, OURO PRETO, BRASIL *** LOCAL CAPTION ***
DA VINCI, Leonardo. Estudos anatômicos (laringe e perna), 1510. Pena, tinta marrom e
aguada sobre giz preto em papel, 26 × 19,6 cm. Biblioteca Real, Castelo de Windsor.

Esse desenho exemplifica que Da Vinci


A dedicou-se intensamente ao conhecimento do corpo hu-
mano.
B confrontou-se quanto às suas próprias premissas estéticas.
C elaborou uma visão inventiva na representação do homem.
D incorporou grande dramaticidade e tensão em suas pinturas.
E investiu no efeito de profundidade por meio do uso das ATAÍDE, M. C. Pintura do forro da nave da Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto/MG
cores.
Sobre o texto e a figura, é correto afirmar:
A O texto apresenta as principais características do rococó e
a figura refere-se à pintura do Barroco, principal movimen-
CADERNO 6 to artístico do período colonial brasileiro.
B Enquanto a figura representa a arte colonial brasileira, o tex-
QUESTÃO 1 to discorre sobre a projeção do Barroco na arte concreta
(UEL-PR-adaptada) — e sua busca por um envolvimento mais efetivo e completo
TEXTO I do espectador com a obra.
Há a propensão para uma forma que se abre em indeterminação C Não é possível afirmar que o texto e a imagem estejam re-
de limites e imprecisão de contornos, apelando para os recursos da lacionados ao mesmo assunto, pois a figura é do Barroco
impressão sensorial, que não quer apenas conter a informação esté- mineiro, mas o texto trata do Barroco baiano.
tica, mas, sobretudo, comunicá-la sob um alto grau de tensão que D Tanto o texto como a imagem tratam da arte neoclássica
transporte o receptor, o espectador, da simples esfera da plenitude no momento máximo de sua penetração na cultura brasi-
intelectual e contemplativa para uma estesia mais franca e envolven- leira como um todo e não de algo específico.
te – mais do que isso, para o êxtase dos sentidos sugestionadamen- E O texto explicita as principais características da pintura bar-
te acesos e livres. roca tal qual foi praticada em Minas Gerais no século XVIII,
ÁVILA, A. O lúdico e as projeções do Barroco. muitas delas presentes na obra de Manoel da Costa Ataíde.
São Paulo: Perspectiva, 1980. p. 20. Adaptado.

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QUESTÃO 2 TEXTO II

REPRODUÇÃO/UNB-DF 2013
KAMIRA/SHUTTERSTOCK

AMOEDO, Rodolfo. O último tamoio, 1883, óleo sobre tela,


180,3 cm × 261,3 cm, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

Panteão de Paris. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/


Pante%C3%A3o_(Paris)>. Acesso em: 18 set. 2017.
Relacione a análise do texto e da obra de arte apresentados e
assinale a opção correta.
A fachada do Panteão de Paris referencia de forma direta uma A Com a chegada da Missão Francesa ao Brasil, em 1816, o
premissa básica da estética neoclássica porque Barroco brasileiro fortaleceu-se no que tinha de mais genuí­
A apresenta colunas e entablamento pautados no modelo dos no, a arte indígena.
templos gregos. B Com a sua atmosfera fria e representação figurativa, a pin-
B homenageia heróis importantes para a consolidação da tura de Rodolfo Amoedo apresenta características obser-
identidade francesa. vadas no estilo gótico.
C incorpora referências ao catolicismo por meio do estilo ar- C Exemplar do Barroco brasileiro, a obra O último tamoio ca-
quitetônico gótico. racteriza-se pelo contraste entre a incidência de luz clara na
D possui cúpula inspirada em obras da arquitetura barroca tí- figura do índio e o tom escuro das vestes do jesuíta, o que
picas da Inglaterra. revela resquícios do academicismo.
E substitui a antiga construção dedicada a Santa Genoveva, D Nas obras influenciadas pelo Indianismo, termo cunhado
padroeira de Paris. por críticos literários brasileiros, o indígena era retratado
como herói nacional, tendência que se observa na obra
O último tamoio, criada no contexto do movimento na-
cionalista do século XIX.
CADERNO 7 E Na obra O último tamoio, é retratada a cena em que um
padre, com pesar, ampara um tamoio, o que evidencia re-
QUESTÃO 1 lação de respeito aos indígenas, constatada também na in-
(UnB-DF-adaptada) — corporação da criação artística indígena aos ensinamentos
TEXTO I artísticos da escola jesuíta no Brasil.
Dois estilos de colonização se inauguraram no norte e no sul do
Novo Mundo. Lá, o gótico altivo de frias gentes nórdicas. Para eles,
o índio era um detalhe, sujava a paisagem, que, para se europeizar,
deveria livrar-se deles. Cá, o barroco das gentes ibéricas, mestiça-
das, que se mesclavam com os índios. Um, a tolerância soberba e or-
gulhosa dos que se sabem diferentes. Outro, a tolerância opressiva
de quem quer conviver reinando sobre os corpos e as almas dos ca-
tivos, porque toda a diferença lhe é intolerável.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Adaptado.

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QUESTÃO 2 D o movimento expressionista, devido à sua mensagem emo-
cionalmente carregada de solidão e medo.

REPRODUÇÃO/PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, BRASIL


E a forma de representação abstrata, antinaturalista, geomé-
trica e distante do mundo material.

QUESTÃO 2
TEXTO I

REPRODUÇÃO/MUSEU VAN GOGH,


AMSTERDAM, HOLANDA.
VAN GOGH, Vincent. Campo de trigo com corvos, 1890. Óleo sobre tela, 50,5 × 100,5 cm.

TEXTO II

REPRODUÇÃO/FUNDAÇÃO RUDOLPH STAECHELIN, BASILEIA, SUÍÇA


ALMEIDA JÚNIOR, José Ferraz de. Amolação interrompida, 1894,
óleo sobre tela, 200 × 140 cm. Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Como se nota nessa obra de Almeida Júnior, a pintura do
Realismo brasileiro comumente apresenta
A denúncias sociais e influências barrocas.
B ênfase antropológica e marcas românticas.
C representação figurativa e pendor religioso.
D temas regionalistas e técnicas tradicionais.
E nuances abstratas e temáticas caipiras.

CADERNO 8
GAUGUIN, Paul. Quando você vai se casar?, 1891.

QUESTÃO 1 TEXTO III


(Enem-adaptada) —

REPRODUÇÃO/BARNES FOUNDATION, FILADÉLFIA, PENSILVÂNIA, EUA


REPRODUÇÃO/ENEM 2009

CÉZANNE, Paul. Still Life with Skull, 1896-1898.

SCLIAR, Carlos. Soldados no Front. Xilografia s/ papel, 32,7 × 21,9 cm.


Disponível em: <www.mac.usp.br/mac/menuLateral.asp?op=8#>. Apesar de não apresentarem um estilo com características co-
Acesso em: 1o maio 2009.
muns e de não se configurarem como um movimento estético,
A gravura de Carlos Scliar, que se refere à experiência da guer- essas obras e seus respectivos artistas receberam um mesmo
ra na Itália em 1944, relaciona-se com nome em função
A a técnica da pintura que deu origem ao cubismo sintético. A de seu atributo iluminista e subserviente à razão.
B a experiência impressionista que recebeu o nome de pon- B de seu caráter antiacadêmico e anti-impressionista.
tilhismo. C de sua composição rendida às premissas clássicas.
C o contexto de vida pop, percebido pelos personagens que D de sua influência nas obras de artistas vanguardistas.
compõem a cena. E de sua representação transgressora da figura humana.

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CADERNO 9 QUESTÃO 2
Se estivesse a doutrina de que importante na arte não era a imi-
QUESTÃO 1 tação da natureza, mas a expressão de sentimentos pela escolha de
(Enem-adaptada) — cores e linhas, então seria lícito indagar se a arte não poderia ser ain-
da mais pura, eliminando de vez a temática e baseando-se exclusi-

REPRODUÇÃO/ENEM 2015
vamente em efeitos de tons e formas. O exemplo da música. que se
consegue entender perfeitamente sem o apoio de palavras, sugeri-
ria com frequência a artistas e críticos o sonho de uma música pura-
mente visual. [...] Mas uma coisa é discorrer sobre tais possibilidades
em termos gerais, e outra é, certamente, expor uma pintura sem qual-
quer objeto reconhecível. Parece que o primeiro artista a fazer isso
foi o pintor russo Wassily Kandinsky (1866-1944), que então vivia em
Munique. Kandinsky, como muitos de seus amigos pintores alemães,
era realmente um místico, detestava os valores do progresso e da ci-
ência e anelava por uma regeneração do mundo através de uma nova
arte de puro “intimismo”.
GOMBRICH, E. H. A história da arte. Trad. Álvaro Cabral.
Rio de Janeiro: LTC, 2015. p. 569-570.

O texto discorre especificamente sobre o advento da arte


A abstrata.
B dadaísta.
C futurista.
D mimética.
E experimental.

MAGRITTE, R. A reprodução proibida. Óleo sobre tela, 81,3 3 65 cm.


Museum Bijmans Van Buningen, Holanda, 1937.

O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artísti-


cas europeias do início do século XX. René Magritte, pintor bel-
ga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produções.
Um traço do Surrealismo presente nessa pintura é
A a crítica ao passadismo, exposta na dupla imagem do ho-
mem olhando sempre para a frente.
B a justaposição de elementos díspares, observada na ima-
gem do homem no espelho.
C a construção de perspectiva, apresentada na sobreposição
de planos visuais.
D o processo de automatismo, indicado na repetição da ima-
gem do homem.
E o procedimento de colagem, identificado no reflexo do li-
vro no espelho.

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CADERNO 10 QUESTÃO 2
O movimento espiritual, modernista, não se deve limitar unicamen-
QUESTÃO 1 te à arte e à literatura. Deve ser total. Há uma ansiada necessidade
de transformação filosófica, social e artística. É o surto da consciên-
(Enem-adaptada) — cia, que busca o universal além do relativismo científico, que frag-
Os melhores críticos da cultura brasileira trataram-na sempre no mentou o Todo infinito. Se a Academia se desvia desse movimento
plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil de diversas cultu- regenerador, se a Academia não se renova, morra a Academia. A in-
ras. Arthur Ramos distingue as culturas não europeias (indígenas, ne- teligência impávida, libertadora e construtora, animada do espírito
gras) das europeias (portuguesa, italiana, alemã etc.), e Darcy Ribeiro moderno que vivifica o mundo, transformará o Brasil. A Academia ig-
fala de diversos Brasis: crioulo, caboclo, sertanejo, caipira e de Bra- nora a ressurreição que já começa, mas o futuro a reconhecerá. Ela
sis sulinos, a cada um deles correspondendo uma cultura específica. aponta no pensamento e na imaginação de espíritos jovens. Vem na
MORAIS, F. O Brasil na visão do artista: o país e sua cultura. música de Villa-Lobos, que dá à nossa sensibilidade um ritmo novo
São Paulo: Sudameris, 2003.
e poderoso, [...] na poesia de Mário de Andrade, vencedor do con-
Considerando a hipótese de Darcy Ribeiro de que há vários vencionalismo, construtor alegre do espírito verdadeiramente brasi-
Brasis, a opção em que a obra mostrada representa a arte bra- leiro, nas esculturas de Brecheret, que objetivam dinamicamente o
subjetivo, no pensamento, na crítica, na poesia, no romance de Re-
sileira de origem negro-africana é: nato Almeida, Jackson de Figueiredo, Agripino Grieco, Manuel Ban-
A
REPRODUÇÃO/ENEM 2009

deira, Paulo Silveira, Tristão de Athaide, Menotti del Picchia, Ribeiro


Couto, Oswald de Andrade e mil jovens espíritos sôfregos de demo-
lição e construção.
Tudo se harmoniza, espírito e natureza, no fulgurante ambiente
brasileiro. O céu não é leve nem sutil para alimentar ideias de débil e
fria beleza. Não é um céu clássico para cobrir acadêmicos. É um céu
ardente, escandecido, longínquo e implacável, que aspira as forças
Athos Bulcão. Disponível em: <www.irbr.mre.gov.br>.
da natureza, homens e coisas, os eleva, os engrandece e os dissolve
Acesso em: 9 jul. 2009. na imensidade da luz. O dinamismo brasileiro tem o seu segredo na
profunda harmonia com as forças do universo, que aqui se apresen-
tam fecundas, céleres, voláteis, vorazes. Não percamos o equilíbrio
B
REPRODUÇÃO/ENEM 2009

neste jogo arriscado com a eternidade.


ARANHA, Graça. O espírito moderno. In: TELLES, Gilberto Mendonça.
Vanguarda Europeia e Modernismo Brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes, 1997. p. 323-324.

O fragmento da conferência proferida na Academia Brasilei-


ra de Letras, em 1924, afirma a proposta do Modernismo de
Rubem Valentim. Disponível em: A harmonizar as obras nacionais com a arte e a cultura inter-
<www.ocaixote.com.br>.
Acesso em: 9 jul. 2009. nacionais.
B absorver os padrões tradicionais na produção de uma arte
C contraditória.
REPRODUÇÃO/ENEM 2009

C desqualificar os pressupostos estéticos das obras de arte


academicistas.
D legitimar as transformações radicais na produção artístico-
-cultural do país.
E apresentar as melhorias sociais do país através de manifes-
Victor Vassarely. Disponível em:
<www.masterworksfineart.com>. tações artísticas.
Acesso em: 5 jul. 2009.
REPRODUÇÃO/ENEM 2009

Gougon. Disponível em: <www.ocaixote.com.br>.


Acesso em: 5 set. 2009.
REPRODUÇÃO/ENEM 2009

Rubens Gerchman. Disponível em:


<www.itaucultural.org.br>. Acesso em: 6 jul. 2009.

ARTES · ENSINO MÉDIO · SIMULADO 2018 9


CADERNO 11 CADERNO 12
QUESTÃO 1 QUESTÃO 1
(Enem-adaptada) —

REPRODUÇÃO/MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO ASSIS CHATEAUBRIAND, SÃO PAULO, BRASIL

REPRODUÇÃO/ENEM 2016
CASTRO, A. Sem título. Escultura em aço, Minas Gerais, 1990.
Disponível em: <www.institutoamilcardecastro.com.br>. Acesso em: 2 ago. 2013.

PORTINARI, Candido. Criança morta. 1944, óleo sobre tela, 180 3 190 cm. A escultura do artista construtivista Amílcar de Castro é repre-
sentativa da arte contemporânea brasileira e tem o traço estru-
Essa tela de Portinari ilustra um dos eixos temáticos caros à sua tural marcado por elementos como
produção, que é a A a decomposição e a articulação.
A denúncia dos horrores da II Guerra. B a força e a visualidade.
B explanação sobre dramas familiares. C o adereço e a expressão.
C exposição dos sofrimentos humanos. D o rompimento e a inércia.
D representação animalizada do homem. E o corte e a dobra.
E referência a histórias da narrativa bíblica.

QUESTÃO 2
REPRODUÇÃO/COLEÇÃO PARTICULAR

Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/4/42/


Namuth_-_Pollock.jpg>. Acesso em: 18 set. 2017.

Essa foto mostra o pintor estadunidense Jackson Pollok apli-


cando a técnica do dripping, conforme a qual o artista
A produz representações miméticas simultâneas.
B entrega-se a uma inspiração surrealista e indígena.
C transmite emoções controladas nos traços do pincel.
D distancia-se de procedimentos técnicos experimentais.
E compõe obras figurativas formadas por pontos de tinta.

10 SIMULADO 2018 · ENSINO MÉDIO · ARTES


QUESTÃO 2

LEONILSON. Empty man, 1991, bordado sobre linho, 54 cm × 39 cm. REPRODUÇÃO/COLEÇÃO PARTICULAR

Leonilson, um dos artistas da Geração 80, demonstra em Empty man a importância


A da internacionalização das obras de arte feitas no país.
B da intervenção manual e do uso de materiais inusitados.
C da reutilização de materiais e da perdurabilidade da arte.
D do engajamento social e do poder de uma arte militante.
E do método artesanal na elaboração de formas abstratas.

ARTES · ENSINO MÉDIO · SIMULADO 2018 11

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