Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nova149Capas1&4.indd 1
Nº 149
jan-mar 2016
LA REVISTA DE LA PÁTRIA GRANDE
22/02/16 12:45
nuevamerica nº149 jan-mar 2016
Editorial
g g g g g g g g g g g g g g g
g
Sumário
g g g g g g g g g g g g g g
pág, 4
Entrevista Vera Maria Candau • Brasil
Educação descolonizadora: construindo caminhos
Educación descolonizadora: construyendo caminos
g
pág, 18
Educação descolonizadora e interculturalidade
Susana Sacavino • Brasil
pág, 24
Prácticas educativas descolonizadoras en la escuela
Cecilia Villalva García • México
g
pág, 25
Educación descolonizadora: “transformar, transformándose”
Rosario Alves Esteves • Uruguai
pág, 30
Comunidades quilombolas e suas lutas por uma escola “outra”
Ediléia Carvalho • Brasil
g
pág, 31
Notas sobre la descolonialidad de la educación
desde una experiencia docente
Dania López e Boris Marañón • México
g
pág, 35
O que é uma educação decolonial?
Luiz Fernandes de Oliveira • Brasil
pág, 40
Educación descolonizadora: un camiño de educación propia
Lucrecia Noemí Marcelli • Argentina
g g g g g g g g g g g g g g g
g g g g g g g g g g g g g g g
pág, 41
Construyendo alternativas
a partir de la educación descolonizadora
Rina López Villarroel • Bolívia
pág, 45
Colonialidade epistêmica e educação insurgente no zapatismo
Cheron Zanini Moretti • Brasil
g
pág, 46
Escuela y currículo intercultural:
una experiencia educativa en los andes peruanos
Cecilia Eguiluz Duffy • Peru
g
pág, 49
O pensamento de Paulo Freire:
contribuições e perspectivas descolonizadoras
Ivanilde Apoluceno de Oliveira e João Colares da Mota Neto • Brasil
pág, 53
Pedagogía, colonialismo y psicopolítica. El caso mapuche en Chile
Sergio Caniuqueo Huircapan • Chile
g
pág, 54
Educación zapatista, autonomía y descolonización
en los pueblos mayas de Chiapas
Bruno Baronnet • México
pág, 59
Os orixás (deuses) do panteão iorubá:
uma prática pedagógica decolonial
Eliane Almeida de Souza e Cruz • Brasil
g
pág, 60
Mosaico
g g g g g g g g g g g g g g g
Entrevista
g g g g g g g g g g g g g g g
vmfc@puc-rio.br
g g g g g g g g g g g g g g g
o processo de colonização dos povos latino-ame- os grupos, saberes, cosmovisões e buscas que não
ricanos, além de longo e marcado por diferentes assumam tal perspectiva.
violências e processos de genocídio e escravização
de diversos povos, afetou profundamente nossas Parece-me que esse é o substrato comum, a partir
realidades. Existe um legado da colonização que do qual se situam os processos e as preocupações
subsiste até hoje. Neste sentido, a descolonização com as buscas de uma descolonização. Porque,
é uma necessidade também dos dias de hoje. Trata- nesse contexto, a descolonização seria reconhecer
se de um processo difícil de definir, uma reflexão esses processos de colonização a que estamos
em construção e que pode assumir diferentes pers- submergidos e suas consequências e, por outro
pectivas. Creio que, então, é importante considerar lado, denunciar as relações de assimetria, desi-
a possibilidade de diferentes leituras no que diz gualdades, negação do “outro” que são reforçadas
respeito a essa preocupação com a descolonização. e provocadas por esse processo e privilegiar - para
Nesse caso, vou tratar aqui de uma dessas perspec- se conseguir uma lógica diferente - o que acontece
tivas, tendo presente que não é a única. no que poderíamos chamar de as “margens” desse
sistema, as zonas do “não reconhecimento”, “do não
Talvez, o que possa ser considerado como subs- ser”, “do não saber” daqueles e daquelas que são ne-
trato comum a toda essa reflexão é o fato de que gados/as pela lógica dominante para, então, poder
é possível afirmar que o processo de descoloniza- visibilizar esses sujeitos e essas outras e diferentes
ção não pode ser reduzido a processos políticos e formas de “poder”, saber” e “ ser” que assumem ou-
jurídicos. Ele é um processo muito mais profundo, tras lógicas e cosmovisões para, a partir daí, poder
que penetrou as nossas mentalidades, as lógicas se situar e transformar a realidade.
e imaginários sociais, as nossas subjetividades,
as nossas formas de nos situarmos no mundo, as Nesse sentido, os processos de descolonização
nossas culturas e epistemologias. E esse processo estão fortemente articulados aos movimentos
colonizador continua agindo nas dinâmicas de sociais que têm se desenvolvido de uma maneira
nossas sociedades. E agindo a partir de novas significativa na América Latina e que são movimen-
configurações. tos sociais de caráter étnico, ecológico, de gênero,
entre outros, e que questionam essa lógica e que
Que novas configurações seriam essas? procuram construir outros caminhos que possam
estar muito mais de acordo com as suas culturas, as
As novas configurações desse processo que pode- suas cosmovisões, as suas maneiras de proceder, a
mos chamar de colonização vão sendo dadas pela produção de saberes. Trata-se, desse modo, de uma
globalização capitalista hegemônica, pelas políti- outra perspectiva que quer construir um mundo
cas neoliberais e têm como característica principal mais polifônico.
se afirmar como se existisse uma única, verdadeira,
legítima e superior maneira de organizar a vida so-
cial, de produzir conhecimentos, de reconhecer os g g g g g g g g g
atores sociais. É a ideia de que existe um horizonte
comum, que toda a humanidade deve assumir e É a ideia de que existe um horizonte
que tem por base uma única lógica, a lógica oci-
dental, considerada uma lógica humanitária, uma comum, que toda a humanidade
lógica civilizatória, uma lógica que vai produzir deve assumir e que tem por
uma humanidade melhor e que, segundo vários
autores, é uma lógica que se desenvolve em uma base uma única lógica, a lógica
perspectiva euro-usa-cêntrica. Nesse sentido, seria ocidental, considerada uma
essa a perspectiva que traria desenvolvimento para
o mundo e que, portanto, se trata de desenvolver
lógica humanitária, uma lógica
processos e pessoas capazes de afirmá-la. civilizatória, uma lógica que vai
Essa lógica penetra desde os nossos desejos de
produzir uma humanidade melhor e
consumo até as relações internacionais que estão que, segundo vários autores, é uma
hegemonizadas pelo Norte global. Nesse sentido,
essa lógica vai acentuar processos históricos e pro-
lógica que se desenvolve em uma
vocar novas formas de desigualdade, minimização, perspectiva euro-usa-cêntrica.
6
los que estamos sumergidos, así como sus conse- En primer lugar, para ubicarnos en esa otra lógica
cuencias. Por otro lado, busca también denunciar es necesario tomar consciencia de que la visión he-
las relaciones de asimetría, de desigualdad, de gemónica de educación y, sobre todo, de la escuela
negación del “otro” que se ven reforzadas y que se encuentra configurada por la perspectiva de lo
son provocadas por ese proceso. Privilegiar -para que llamamos modernidad occidental. Esa visión
que sea posible una lógica diferente- aquello que privilegia un determinado modelo de organización
llamaríamos de las “márgenes” de dicho sistema, social. Una determinada manera de concebir tanto
es decir, las zonas del “no reconocimiento”, del “no la organización escolar como los saberes, los valo-
ser”, del “no saber”, de aquellos y aquellas que son res y las prácticas pedagógicas que la educación
negados/as por la lógica dominante, es visibilizar escolar precisa desarrollar. Siempre partiendo de
a esos sujetos y a esas otras y diversas formas de un modelo en el que la educación responda a las
“poder”, “saber” y “ser” que asumen otras lógicas y exigencias de una sociedad considerada moder-
cosmovisiones. Y a partir de allí es posible situarse na. Por consiguiente, esa lógica es coherente con
y transformar la realidad. aquella visión colonizadora que tratamos antes.
Siendo así, los procesos de descolonización se en- A su vez, también hoy ese formato escolar que pre-
cuentran fuertemente vinculados a los movimien- tende desenvolver una lógica homogeneizadora,
tos sociales que se han desarrollado de manera uniformizadora, de una escuela única que pueda
significativa en América Latina. Son movimientos abarcar toda la realidad, tiene nuevas formas de
sociales de carácter étnico-religioso, de género, configuración. Por ejemplo, gran parte de los sis-
entre otros, que cuestionan esa lógica dominante temas escolares en diferentes países –con poquísi-
y que buscan construir otros caminos más acordes mas excepciones– está marcado por las formas de
con sus culturas, sus cosmovisiones y sus maneras evaluación en larga escala, no solo del punto de
de proceder, de producir saberes. Se trata, por lo vista nacional, sino también internacional. Y esas
tanto, de una perspectiva distinta que se esfuerza formas de evaluación son generadas por matrices
para construir un mundo más polifónico. culturales e intelectuales normalmente oriundas
de los países del Norte. Son promovidas por orga-
Teniendo presente esa otra lógica, nismos internacionales y entonces nuestros países
me gustaría preguntarle: ¿En qué quedan obligados, de alguna manera, a ponerlas
consiste, entonces, la educación en práctica, con lo cual acaban impregnando todo
descolonizadora? En otras palabras, el sistema educacional con su lógica.
¿qué aspectos debemos considerar
cuando hablamos de ella? Por eso, el primer paso para construir una edu-
cación descolonizadora es tomar consciencia de
que también en la educación vivimos actualmente
g g g g g g g g g dentro de una visión profundamente homogenei-
zadora que presenta muchas dificultades para lidiar
El primer paso para construir con las diferencias, ya sean las diferencias étnicas,
una educación descolonizadora lingüísticas, de género, etc. Las mismas, en realidad,
son vistas mucho más como problemas y el rol de
es tomar consciencia de que la escolarización es visto desde una perspectiva asi-
también en la educación vivimos milacionista, en la que todos los diferentes grupos
sociales tienen que integrarse a esa visión común
actualmente dentro de una visión de sociedad, de cuya construcción los grupos sub-
profundamente homogeneizadora alternizados no participaron. Y la educación tiene
que presenta muchas dificultades que estar al servicio de dicha asimilación, de dicha
homogeneización, de dicha uniformización, y bus-
para lidiar con las diferencias, car no solo minimizar las diferencias, sino también
ya sean las diferencias étnicas, promover la asimilación al sistema dominante.
lingüísticas, de género, etc. Las Es dentro de ese contexto que la educación des-
mismas, en realidad, son vistas colonizadora se va a desarrollar y se va a ubicar en
un punto de visión radicalmente distinto. Dicha
mucho más como problemas. educación coloca las diferencias en el centro de su
10
11
Por outro lado, creio que é possível afirmar que a na busca de uma alternativa que se confronte
educação descolonizadora está articulada com a com a visão que nega todas as possibilidades de
perspectiva crítica da educação, com o movimen- valorizar e afirmar as diferenças em suas diferentes
to da educação popular - creio que há elementos dimensões.
comuns -, principalmente com as ideias de Paulo
Freire formuladas para pensar a educação em nosso Fale um pouco mais sobre as
continente. Também com a educação intercultural características da educação
e com a perspectiva decolonial. descolonizadora.
Vale observar que essas diferentes correntes Outro elemento que caracteriza a educação desco-
nascem em momentos históricos e em contextos lonizadora é o fato de que ela está comprometida
diversos, sofrem uma evolução própria, têm autores com a construção de uma sociedade em que a
específicos, mas elas confluem. E, mesmo tendo pluralidade é fortemente visibilizada e está repre-
presente o fato de que elas não são sinônimos, sentada nos diferentes espaços sociais. Hoje em
de que elas têm diferenciações, é possível afirmar, dia, vivemos em sociedades onde a pluralidade
hoje, que elas confluem, valorizando buscas co- fica muito subalternizada e nos espaços de repre-
muns, na perspectiva de construir uma educação sentação, muitas vezes, ela está ausente. Basta ver
que responda muito mais às maneiras de ser o que acontece na maior parte de nossos países
próprias dos diferentes grupos, às suas diferentes no que se refere, por exemplo, ao baixo índice de
culturas e cosmovisões, aos seus diferentes modos participação nas instituições políticas de indígenas
de produzir conhecimentos e se confrontam com ou de mulheres ou de negros, mesmo em países
as perspectivas que tentam negar a validade dessas onde a maioria da população é negra, ou de indí-
construções, afirmando uma única maneira de pen- genas ou de mulheres.
sar o conhecimento - só o conhecimento científico
e considerado universal seria valorizado -, matriz A educação descolonizadora quer se pôr a serviço
euro-usa-cêntrica, negando todo e qualquer outro de sociedades onde a pluralidade é visibilizada nos
tipo de conhecimento e lógica epistemológica. diferentes contextos e espaços sociais e ela está
representada nesses diferentes espaços sociais, as-
Assim sendo, todas essas perspectivas que citei são sumindo-se os conflitos e as negociações que essa
buscas que repito - mesmo nascendo em momen- realidade provoca. A educação descolonizadora
tos históricos e contextos diferenciados -, confluem acredita fortemente que é assim que se favorece
g g g g g g g g g
13
A bibliografia dos países latino- tidos, estão, continuamente, nos obrigando a pro-
americanos circula pouco entre duzir em determinados meios científicos do ponto
de vista internacional. A produção mais valorizada
nós e os próprios autores, os é aquela relacionada às revistas especializadas
sujeitos, as inter-relações, o de língua inglesa. Ou seja, nós estamos forte e
continuamente pressionados, seja pela produção,
diálogo são muito mais valorizados seja pela avaliação, para nos situarmos diante das
quando as trocas são feitas com universidades e/ou de interlocutores da Europa e
dos Estados Unidos. E não somos pressionados ou
os países do Norte e não com somos muito menos estimulados no sentido de
os países latino-americanos ou um diálogo com os países latino-americanos. A
bibliografia dos países latino-americanos circula
com os da África ou ainda com pouco entre nós e os próprios autores, os sujeitos,
alguns países da Ásia que não as inter-relações, o diálogo são muito mais valori-
zados quando as trocas são feitas com os países
são considerados do Norte global do Norte e não com os países latino-americanos
(casos em que as trocas são ou com os da África ou ainda com alguns países
minimizadas). da Ásia que não são considerados do Norte global
(casos em que as trocas são minimizadas). No en-
tanto, ultimamente, vem se multiplicando grupos
g g g g g g g g g
de pesquisa, cursos, publicações que questionam
esta lógica e procuram valorizar múltiplas expres-
uma democracia muito mais verdadeira e que seja sões de construção de conhecimentos, dando mais
capaz de articular, permanentemente, políticas espaço para autores de países latino-americanos,
de igualdade com políticas de diferença. Esse é,
portanto, um horizonte fundamental da educação
descolonizadora.
14
15
tanto vinculados às universidades quanto aos Outra experiência interessante nessa lógica da
movimentos sociais. Partem da afirmação de que descolonização está relacionada a várias univer-
os espaços de produção de conhecimentos são sidades interculturais indígenas que já existem
plurais e não podem ser reduzidos à universidade. em diferentes países latino-americanos. Nem
Consideram importante reconhecer e valorizar todas elas assumem claramente essa perspectiva
a pluralidade de espaços e atores em que outras descolonizadora. Todavia, algumas assumem
lógicas epistemológicas são desenvolvidas. sim e tentam um modelo outro de universidade,
uma maneira outra de trabalhar essa questão da
A educação descolonizadora quer colocar luz sobre troca de conhecimentos na universidade em uma
todos esses processos e quer valorizar todas essas perspectiva descolonizadora. Gostaria ainda de
vozes, esses atores, esses grupos que muitas vezes mencionar a experiência das chamadas escolas
são negados, não são valorizados dentro da lógica zapatistas e que também buscam um tipo de
socialmente dominante. educação que seja uma alternativa ao sistema e
muito mais adequada a esses sujeitos populares,
Vera, você poderia falar sobre que vivem naquela área do movimento zapatista.
experiências educativas pautadas
por pressupostos da educação Além dessas, considero que há algumas experiên-
descolonizadora? cias promovidas por movimentos sociais no Brasil
e em outros países do continente que também
Quanto às experiências educativas, como essa é poderiam ser colocadas nessa perspectiva. Por
uma preocupação emergente nos últimos tempos, exemplo, as escolas indígenas geridas por pro-
fica difícil mencionar experiências que já tenham fessores indígenas que tentam promover uma
adquirido muita visibilidade. Mas eu gostaria de educação que seja muito mais adequada às etnias
mencionar, por exemplo, do ponto de vista das que estão situadas nas aldeias onde a escola está
políticas públicas, a reforma educacional da Bolívia localizada e experiências educativas orientadas
que é de 2010. Trata-se de uma reforma, onde uma à valorização da ancestralidade, cosmovisões e
de suas características é a de assumir a perspectiva práticas culturais de grupos afro-descendentes.
descolonizadora. Eu me atreveria a dizer que, con- Acredito que seja possível também incluir nesses
siderando os países que conheço, essa é a única exemplos as escolas do Movimento dos Trabalha-
política pública que, por mais que tenha sido con- dores Sem Terra que tentam uma educação que
trovertida e continue provocando intensos debates esteja muito mais de acordo com as culturas, os
no país, se assume como de caráter descolonizador, valores e as práticas desses sujeitos.
para trabalhar o sistema educacional.
Algo mais que você gostaria de
g g g g g g g g g acrescentar?
16
miento de Trabajadores Sin Tierra que buscan una Diría que la educación
educación más acorde con las culturas, los valores descolonizadora no solo está
y las prácticas de esos sujetos.
en construcción, sino que
¿Quisiera agregar algo más? está adquiriendo un lugar más
Para finalizar, diría que la educación descoloniza- expresivo en la reflexión de muchos
dora no solo está en construcción, sino que está educadores, en los seminarios de
adquiriendo un lugar más expresivo en la reflexión
de muchos educadores, en los seminarios de los los que he participado últimamente
que he participado últimamente veo que es una veo que es una preocupación que
preocupación que se está haciendo más presente.
El eje fundamental de este tipo de educación es la se está haciendo más presente.
construcción de proyectos educativos en sintonía El eje fundamental de este tipo de
con las diferentes cosmovisiones, con las diferentes
formas de producción del saber, con los diversos
educación es la construcción de
sujetos implicados en las sociedades. Esto, en una proyectos educativos en sintonía
época en que el mundo está pasando por una crisis
muy fuerte y es necesario buscar nuevas formas de
con las diferentes cosmovisiones,
pensar la organización social, la relación entre los con las diferentes formas de
diferentes grupos sociales. Esta pluralidad debe
ser respetada y valorada, y debe crear nuevas pers-
producción del saber.
pectivas de humanización y de pensar la relación
g g g g g g g g g
de cada uno consigo mismo, con los demás, con la
tierra y con la sociedad, en general.
17
El artículo afirma que tanto la colonización como la descolonización, lejos de ser solo categorías del
pasado son procesos tan actuales como el neoliberalismo y la globalización. Destaca que uno de los
problemas del Siglo XXI son las nuevas formas de colonización promovidas por la globalización
implementación de políticas neoliberales que se guían por los principios del mercado y de la
competencia, enfatizando una lógica productivista y monocurricular que privilegia y entiende como
el único conocimiento válido el enfoque occidental (euro-usa céntrico). Para pensar, promover
descolonizadora e
Doutora em Educação.
Coordenadora executiva da
Novamerica. Membro da equipe
do Grupo de Estudos sobre Cotidiano,
interculturalidade
Educação e Cultura(s)/GECEC • Brasil
s.sacavino@novamerica.org.br
Foto Rina López
18
19
20
Descolonizar as subjetividades
21
22
é uma das atividades fundamentais dos indivíduos com o “nunca mais”, para favorecer o exercício da
e das sociedades de hoje. cidadania plena intercultural desde um “giro des-
colonial”. De acordo com Maldonado Torres (2008,
Memória e história se interpenetram e, segundo o p. 66), este giro descolonial em sua expressão mais
mesmo autor, a história representa a conquista por básica busca colocar no centro do debate a questão
um grupo social de seu passado coletivo, mas tam- da colonização como componente constitutivo
bém, um instrumento e uma mediação de poder. da modernidade, e a descolonização como um
conjunto de enfoques e de diversas estratégias e
Neste sentido, memória e história são dimensões formas críticas e transformadoras que promovem
importantes de serem levadas em consideração uma mudança radical nas formas hegemônicas
em relação com a luta e a conquista dos direitos atuais do poder, do ser e do conhecer.
humanos e da cidadania e os processos históricos,
sociais, econômicos, políticos e culturais em que Para concluir, considero que, no momento presen-
eles se desenvolvem. Com frequência, os jovens te, a promoção de uma educação descolonizadora e
perdem essa noção de processo histórico e do intercultural deve incluir também outros enfoques
significado da conquista dos direitos e associam a que se inter-relacionam, tais como, antipatriarcal,
vigência dos direitos ao momento presente, como antirracista, antissexista, com diversidade epistê-
se os diferentes direitos atualmente existentes fos- mica - pluriversidade - e pluralismo religioso.
sem uma questão natural, dada e pacífica, tendo
pouca consciência do significado e da importância
dos sujeitos sociais e de todas as lutas travadas
para essa construção, que de fato ainda continua.
1 Projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira,
fruto de uma parceria entre o Canal Futura, a Petrobras, o Cidan
Descolonizar a história e o poder significa descons- -Centro de Informação e Documentação do Artista Negro-, o
truir a “cultura do silêncio” e da impunidade presen- MEC, a Fundação Palmares, a TV Globo e a Seppir - Secretaria
de políticas de promoção da igualdade racial. O projeto teve seu
tes na maioria de nossos países latino-americanos e início em 2004.
caribenhos, formando para a mudança, a participa-
ção, a transformação e a construção de sociedades
verdadeiramente democráticas, humanas, justas e
solidárias. Nesse sentido, contar outras histórias ou
histórias outras significa apoiar, valorizar e visibilizar g
a produção e o fazer história dos sujeitos subalterni- BOLIVIA. Ley de la Educación. Avelino Siñani y Elizardo
zados e colonizados. Apropriar-se de suas próprias Pérez. La Paz: U.P.S., 2010.
leituras do passado e do presente como uma forma CANDAU, V. M. Educação escolar: entre o “sequestro” e a
de luta contra as diversas formas de dominação e “reinvenção”? Revista Novamerica, nº 145, jan-mar 2015.
Rio de Janeiro.
negação a que foram submetidos. São diferentes
________ e FERNANDES de OLIVEIRA, L. Pedagogia De-
concepções e práticas historiográficas, na maior colonial e Educação Antirracista e Intercultural no Brasil.
parte feitas desde “o reverso da história” ou desde Educação em Revista vol. 16, nº 1. Belo Horizonte, abr. 2010.
lugares outros, comprometidas com as lutas e as- FANON, F. Pele negra máscaras brancas. Salvador: EDU-
pirações dos excluídos, oprimidos, colonizados e FBA, 2008.
condenados da terra, que habitam a zona do não ser. LE GOFF, J. História e Memória. Campinas: UNICAMP, 1992.
MALDONADO TORRES, N. La descolonización y el giro
No Brasil, a Lei 10.639 de 2003 e a Lei 11.645 de des-colonial. Revista Tabula Rasa, nº 9: 61-72, jul-dic
2008. Bogotá.
2008, que exigem a inclusão no currículo escolar do
QUIJANO, A. Colonialidad del poder, eurocentrismo y Amé-
estudo da história e cultura afro-brasileira e indíge- rica Latina. In: LANDER, E. La colonialidad del saber: euro-
na respectivamente, são contribuições importantes centrismo y ciencias sociales. Buenos Aires: Clacso, 2000.
na linha da descolonização da história e do poder SANTOS, B.S. Una epistemología del Sur. México: Siglo
e da interculturalidade. XXI, 2009.
WALSH, C. Interculturalidad crítica/pedagogia de-colonial.
Essas visões exigem também manter sempre viva In: Memorias del Seminário Internacional Diversidad,
interculturalidad y construcción de ciudad. Bogotá: Uni-
a memória dos horrores das dominações, colo- versidad Pedagógica Nacional, 2007.
nizações, ditaduras, autoritarismos, perseguição
política, tortura, escravidão, genocídio, desapare- g
cimentos, e reler a história para mobilizar energias
23
24
ativista e jornalista uruguaio Raúl Zibechi. Começa se aproximando dos movimentos sociais
Para terminar, dá a conhecer sete aspectos que são prioritários do poder político
“transformar,
(IMS), Postgrado en Gestión de Centros
Educativos (UCUDAL.). Docente en Educación
pública y privada. Coordinadora de
proyectos sociales para la Infancia
transformándose”
y la adolescencia • Uruguay
rosario.alves@gmail.com
Foto Internet
25
A “Descolonizar” es un
bordar el tema de la “Edu- En las márgenes construyen,
cación descolonizadora” desde su lugar de vida, una
en un artículo plantea la proceso, un movimiento nueva manera de relacionarse
inquietud de reducirlo a unos para realizarlo junto con para transformar desde “la zona
pocos conceptos o a tratarlo del no ser” (Fanon) todo aquello
desde un lugar opuesto a este otros, es un cambio de que los coloca en condiciones
enfoque. “Descolonizar” es un lentes, es un proceso de de inferioridad. Su construcción
proceso, un movimiento que es heterogénea, está ligada
se realiza junto con otros, es un transformación donde los al territorio y está en proceso
cambio de lentes, es un proceso primeros transformados permanente de formación y
de transformación en el que los deformación. Son movimientos
primeros transformados son las son las mismas personas distintos a los existentes en la
mismas personas y grupos a y grupos a través de sus época industrial, ya que estos
través de sus prácticas, acciones demandaban al Estado o a la
y objetivos. No hay un punto prácticas, acciones y patronal el cumplimiento de al-
de llegada, un objetivo final, objetivos. No hay un punto gunos derechos. Hoy son sujetos
un resultado, porque el mundo que resuelven sus problemas
nuevo, el otro mundo posible, de llegada, un objetivo a través de la ayuda mutua: la
no es más que un tránsito per- final, un resultado, colaboración, la solidaridad, la
manente. Este enfoque tiene reciprocidad y la creatividad. Su
su origen en los movimientos porque el mundo nuevo, organización tiende a la auto-
sociales. Su antecedente más el otro mundo posible no nomía, con espacios de poder,
próximo es la Educación Popular de producción, de educación e
y se desarrolla especialmente allí es más que un tránsito incluso de sanidad. Así son, por
donde los movimientos tienen permanente. ejemplo, los Movimientos Sin
su origen y su vida. Tierra, Zapatistas, Indígenas, etc.
26
27
28
sadas como respuesta a las necesidades. Tanto la lo indica la expresión. Las asambleas son espacios
alimentación como la educación son distintas a las de construcción. Reflexionan sus prácticas y cons-
del estado colonizador. El reconocimiento de hom- truyen saberes que no aspiran a un reconocimiento
bres y mujeres que representan a las comunidades académico, sino a la continuidad de los mismos y
y que, obedeciendo al poder que se les confiere, a su recreación en comunidad, siempre que sirvan
organizan esos espacios. para responder a la realidad heterogénea de la
comunidad.
Familia y reproducción. Busca superar el patriar-
cado, la organización jerárquica y estadocéntrica. Estos aspectos podrían llegar a constituir un mo-
La población no se cuenta por individuo sino por delo de Educación descolonizadora, pero si los
familia. Todos y todas tienen su lugar en la vida tomáramos por tal, dejarían de constituirlo, ya que
cotidiana, en las asambleas, en el trabajo de la dicho modelo busca responder a la heterogeneidad
tierra. La mujer vive su protagonismo superando de situaciones, por lo que no es posible la institu-
la concepción de un puesto importante porque cionalización.
la cocina, la asamblea, la organización son sujeto
político de transformación. La familia es el núcleo La Educación descolonizadora que se desarrolla
fundamental para el cambio, de la reproducción en permanente movimiento llena de sentido la
familiar a la reproducción colectiva. Se entiende cotidianidad educativa de los movimientos sociales
que la familia es el espacio de reproducción de ac- y desafía al pensamiento educativo institucional.
titudes, aspectos, movimientos descolonizadores. No basta con apuntar hacia una educación trans-
Es el lugar del cuidado, del cultivo de relaciones, en formadora, sino que urge entrar en el movimiento
donde se aprende a gestionar, a resolver conflictos. de una educación que produzca transformación,
Es el espacio íntimo de la seguridad en donde no transformándose. Es necesario mantenerse en
se va a ser traicionado. Las personas se construyen esta dinámica, más allá de las incertidumbres que
en reciprocidad y en hermanamiento. se vivan. Y esto solo será posible con un tejido de
relaciones fraternas, con vínculos de tipo familiar y
Vanguardia o comunidad. Este aspecto apunta gracias a la decisión política de incidir en un cambio
a ubicar el poder no en los partidos políticos que que será proceso, desde y en la heterogeneidad, en
son parte de la colonización, sino en el valor de la el que las personas y sus necesidades marquen el
comunidad y en el servicio a las necesidades identi- tipo de decisiones a tomar.
ficadas por esta; mandar obedeciendo, creación del
poder desde abajo; la política
cotidiana, la identidad y los
procesos de los pueblos
29
30
Os autores contam como foi sua experiência docente, no âmbito universitário, ao apresentar a
seus alunos a visão da educação descolonizadora, assim como a necessidade de que aquela
fosse descolonizada para dar lugar a um projeto alternativo de sociedade, com orientação
poder” e desenvolvendo a necessidade de: abrir um novo debate em torno do poder, abrir
Boris Marañón
Profesor de la UNAM • México
maranonboris@gmail.com de la educación
desde una
experiencia docente
Foto Revista Novamerica México
31
Una experiencia docente Esta sostenía que había una señalado dualismo cartesiano; y
Su conocimiento de la teoría
representativa. y que todo el resto del mundo
debía mirarse en tal espejo
de la Colonialidad del Poder y emprender acciones para
(CP) era nulo, razón por la cual alcanzar tal punto de llegada.
tratamos de exponerla a lo largo Este mismo se presentaba como
de cada curso planteando la necesidad de, por un lo más acabado de la historia humana y como
lado, develar la forma en que la educación hege- aquello que podía sintetizarse en la conjunción
mónica eurocéntrica ha contribuido y contribuye del Progreso-Desarrollo, la ciencia y la tecnología,
a ocultar y mantener relaciones de dominación y el Estado-Nación, la democracia representativa, la
explotación mediante un supuesto conocimiento economía de mercado, la empresa y el trabajo asa-
universal, objetivo y neutral; y por otro, recuperar lariado, el patriarcalismo y la naturaleza dominada.
y construir formas alternativas que parten de los
movimientos sociales populares que buscan la Factores de cambio:
reivindicación de otras formas de conocimiento y un espejo con múltiples rostros
modos de vida.
Enfatizábamos que la CP desarrollaba una mirada
Sosteníamos en la clase que las estructuras del de la realidad y el cambio social que ubicaba la
saber dominante en la colonialidad-modernidad se centralidad de las relaciones de poder, de la acción
basaban en el Eurocentrismo, es decir, en una ma- social como agente de cambio, develando los fac-
nera particular de producir conocimiento, caracte- tores que explicaban las relaciones de mando-obe-
rizado por el dualismo radical, el evolucionismo1, la diencia. Esto implicaba:
primacía de la razón instrumental, la ahistoricidad
y la naturalización de los hechos sociales, la cual 1 ubicar nuevamente el asunto del poder en los
se hizo mundialmente hegemónica colonizando debates sobre el cambio social, entendido este
y sobreponiéndose a todas las demás estructuras como la malla de relaciones de dominación, ex-
del saber y ubicándose como un conocimiento plotación y conflicto que atraviesan los distintos
universal (Quijano, 2014; Lander, 2000; Walsh, ámbitos básicos de la existencia social: trabajo,
2007). Comentábamos que la visión clásica de la autoridad colectiva, intersubjetividad, sexo y
ciencia fue constituida sobre dos premisas: [1] el ya naturaleza.
32
33
34
El autor explica brevemente el origen del término “decolonial” que da nombre a un grupo
relación con el área educativa. Dicho grupo coloca en debate la geopolítica del conocimiento
y la pedagogía decolonial.
decolonial?
UFRRJ. Membro do Grupo de Pesquisa em
Políticas Públicas, Movimentos Sociais
e Culturas (GPMC) • Brasil
axeluiz@gmail.com
35
36
Os principais conceitos
37
produção da divisão racial do trabalho, do salário, colonial. A interculturalidade crítica é vista como
da produção cultural e dos conhecimentos, foi ne- processo e como projeto político. Caracteriza-se
cessário operar também a negação de faculdades como ferramenta dos sujeitos subalternizados e
cognitivas nos sujeitos racializados. Neste sentido, dos movimentos sociais.
o racismo epistêmico não admite nenhuma outra
epistemologia como espaço de produção de pen- Para Catherine Walsh (2005), a interculturalidade
samento crítico nem científico. Isto é, a operação crítica significa a “(re)construção de um pensa-
teórica que, por meio da tradição de pensamento mento crítico-outro - um pensamento crítico de/
e pensadores ocidentais, privilegiou a afirmação de desde outro modo -, precisamente por três razões
estes serem os únicos legítimos para a produção de principais: primeiro porque está vivido e pensado
conhecimentos e como os únicos com capacidade desde a experiência vivida da colonialidade (...);
de acesso à universalidade e à verdade. segundo, porque reflete um pensamento não
baseado nos legados eurocêntricos ou da moderni-
O quarto conceito se refere a diferença colonial. In- dade e, em terceiro, porque tem sua origem no sul,
troduzido por Mignolo (2003), a diferença colonial dando assim uma volta à geopolítica dominante do
significa pensar a partir das ruínas, das experiên- conhecimento que tem tido seu centro no norte
cias e das margens criadas pela colonialidade na global” (p. 25).
estruturação do mundo moderno/colonial, como
forma de fazê-los intervir em um novo horizonte A interculturalidade crítica não é compreendida
epistemológico. A perspectiva da diferença colonial somente como um conceito ou termo novo para
requer um olhar sobre enfoques epistemológicos referir-se ao simples contato entre o ocidente e
e sobre as subjetividades subalternizadas. Supõe outras civilizações, mas como algo inserido numa
o interesse por outras produções de conhecimen- configuração conceitual que propõe um giro epis-
to distintas da modernidade ocidental. O que se têmico, capaz de produzir novos conhecimentos e
produz fora da modernidade epistemológica eu- uma outra compreensão simbólica do mundo, sem
rocêntrica, por sujeitos subalternizados, pode ser perder de vista a colonialidade. Essa interculturali-
identificado como diferença colonial. dade representa a construção de um novo espaço
epistemológico que promove a interação entre os
O quinto conceito é a transmodernidade. Fomulado conhecimentos subalternizados e os ocidentais,
por Dussel (2005), este conceito refere-se à propos- questionando a hegemonia destes e a invisibiliza-
ta, na perspectiva de uma filoso- ção daqueles.
fia da liberação, de realização de
um processo de integração, que Este conceito se conecta com as
inclui a “Modernidade/Alterida- Pedagogia decolonial é questões educacionais através
de” mundial (Dussel, 2005, p. 66).
Por outro lado, carrega a ideia de
expressar o colonialismo da denominada Pedagogia de-
colonial. Pedagogia decolonial
um projeto teórico denominado que construiu a é expressar o colonialismo que
“diversalidade global” ou “razão
humana pluriversal” que não re-
desumanização dirigida construiu a desumanização di-
rigida aos subalternizados pela
presenta pensar a diferença den- aos subalternizados modernidade europeia e pensar
tro do universal, mas a diversali-
dade do pensamento enquanto
pela modernidade na possibilidade de crítica teórica
a geopolítica do conhecimento.
projeto universal, pois, segundo europeia e pensar na Esta perspectiva é pensada a
Mignolo (2003), “o pensamento
é, ao mesmo tempo, universal e
possibilidade de crítica partir da ideia de uma prática
política contraposta a geopolí-
local: o pensamento é universal teórica a geopolítica tica hegemônica monocultural
no sentido muito simples de
que é um componente de certas
do conhecimento. Esta e monoracional, pois trata-se de
visibilizar, enfrentar e transfor-
espécies de organismos vivos e perspectiva é pensada mar as estruturas e instituições
é local no sentido de que não
a partir da ideia de que têm como horizonte de suas
existe pensamento no vácuo” práticas e relações sociais a lógica
(p. 287). uma prática política epistêmica ocidental, a racializa-
contraposta a geopolítica ção do mundo e a manutenção
Por fim, temos a interculturali- da colonialidade. Enfim, para
dade crítica e a pedagogia de- hegemônica monocultural. iniciar um diálogo intercultural
38
g
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. La poscolonialidad explicada
a los niños. Bogotá: Editorial Universidad Javeriana, 2005.
DUSSEL, Enrique. Europa, modernidade e eurocentrismo.
In: LANDER, Edgardo. (Org). A colonialidade do saber: euro-
centrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas.
Buenos Aires: Clacso, 2005, p. 55-70.
____. Meditações anti-cartesianas sobre a origem do
anti-discurso filosófico da modernidade. In: SANTOS,
Boaventura de Sousa e MENESES, Maria Paula. (Orgs.).
Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Almedina, 2009,
Foto João Ripper
p. 283-335.
ESCOBAR, Arturo. Mundos y conocimientos de otro modo.
Disponível em www.decoloniality.net/files/escobar-tabu-
la-rasa.pdf , 2003. Acesso 01 de agosto 2007.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del
ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CAS-
TRO-GÓMEZ, Santiago e GROSFOGUEL, Ramón. (Orgs.). El
“autêntico” tem que haver uma visibilização das giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica
causas do não diálogo, e isto passa, necessaria- más allá del capitalismo global. Bogotá: Universidad Jave-
riana-Instituto Pensar/Universidad Central-IESCO/Siglo del
mente, pela crítica à colonialidade e a explicitação Hombre Editores, 2007, p. 127-167.
da diferença colonial. MIGNOLO, Walter. Histórias Globais projetos Locais. Colo-
nialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo
Decolonizar, significaria então, no campo da Horizonte: Ed. UFMG, 2003.
educação, uma práxis baseada numa insurgência ____. A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ociden-
educativa propositiva, portanto não somente tal no horizonte conceitual da modernidade. In: LANDER,
Edgardo. (Org). A colonialidade do saber: eurocentrismo
denunciativa - por isso o termo “DE” e não “DES” e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos
- onde o termo insurgir representa a criação e a Aires: 2005, p. 71-103.
construção de novas condições sociais, políticas WALSH, Catherine. Introducion - (Re) pensamiento crítico y
e culturais e de pensamento. Em outros termos, a (de) colonialidad. In: WALSH, Catherine. (Orgs.). Pensamien-
to crítico y matriz (de)colonial. Reflexiones latinoamericanas.
construção de uma noção e visão pedagógica que Quito: Ediciones Abya-yala, 2005, p. 13-35.
se projeta muito além dos processos de ensino e de
transmissão de saber, uma pedagogia concebida g
como política cultural, envolvendo não apenas os
39
40
diversas nacionalidades que fazem parte da Bolívia e da concepção do Bem Viver. Tem-se
detrimento dos outros. No entanto, o grande desafio para continuar construindo essa
Construyendo
alternativas a partir Rina López Villarroel
de la educación
Directora del Centro
de Educación Permanente
Jaihuayco, CEPJA, Bolívia.
rinalopez@cepja.org
descolonizadora
Foto Rina López
41
E Estamos recreando
n Bolivia se están gene- “Son fines y funciones esenciales
rando experiencias trans- del Estado,
formadoras a partir de la una educación propia 1. Constituir una sociedad justa y
concreción del modelo Educativo a partir de nuestras armoniosa, cimentada en la des-
Socio-comunitario Productivo colonización, sin discriminación
que estamos construyendo las cosmovisiones de ni explotación, con plena justicia
maestras y los maestros desde sociedad y de vivir social, para consolidar las identi-
la educación regular, alternativa, dades plurinacionales.”
especial y permanente. bien. En algunos casos
estamos reconstruyendo, También en el Art. 78. “I. La edu-
El proceso que se ha desarrollado cación es unitaria, pública, uni-
en los últimos años, en el ámbito recuperando usos, versal, democrática, participativa,
educativo, es una alternativa, costumbres y comunitaria, descolonizadora y de
otra forma de hacer educación calidad.”
boliviana. Estamos recreando concepciones de
una educación propia a partir de educación de las Si bien en la CPE no aparece el
nuestras cosmovisiones de socie- término de despatriarcalización,
dad y de vivir bien. En algunos diferentes nacionalidades en la Ley 070 Avelino Siñani-Eli-
casos estamos reconstruyendo, y que nunca habían sido zardo Pérez sí figura.
recuperando usos, costumbres “La educación se fundamenta en
y concepciones de educación de valoradas ni reconocidas. las siguientes bases:
las diferentes nacionalidades y 1. Es descolonizadora, liberadora,
que nunca habían sido valoradas revolucionaria, anti-imperialista,
ni reconocidas. despatriarcalizadora y transfor-
madora de las estructuras económicas y sociales;
La forma de hacer educación desde las cosmo- orientada a la reafirmación cultural de las nacio-
visiones propias está orientada a construir una nes y pueblos indígenas originarios campesinos,
sociedad descolonizadora, despatriarcalizadora, las comunidades interculturales y afrobolivianas
intercultural, democrática, más digna, más justa, en la construcción del Estado Plurinacional y el
comunitaria, participativa, plurilingüe, desde todo Vivir Bien.”(Art. 3. inciso)
el sistema educativo, como se señala en la Ley
Avelino Siñani-Elizardo Pérez. Asimismo, en el art. 4, inciso 1, al referirse a los
fines de la educación se afirma: “Contribuir a la
Bolivia ha incorporado en sus leyes de manera ex- consolidación de la educación descolonizadora, para
plícita la descolonización y la despatriarcalización. garantizar un Estado Plurinacional y una sociedad del
La claridad en la concepción de educación es una vivir bien con justicia social, productiva y soberana.
alternativa antihegemónica. Alternativa
para implementar una educación plural
que responda a la diversidad de nacio-
nalidades que conforman el país y así
romper con la idea de una educación
hecha de la misma manera para todos
y todas.
42
43
44
45
Neste artigo é apresentada uma experiência escolar que é desenvolvida há 30 anos na cidade
de Cusco (Peru) com crianças do ensino básico ao ensino médio. Pukllasunchis (brincaremos) é
uma escola que recebe, por princípio, crianças oriundas de diversas famílias e contextos, pois é
currículo contempla, além do ensino do quéchua, atividades que não acontecem nas escolas
experiencia educativa
Formación Superior Pedagógica
Pukllasunchis, Cusco • Perú
cecilia_eguiluz@yahoo.com
46
E Pukllasunchis, que
n educación, como en otras culturales, que llegan cada día de
disciplinas, hemos recurri- todos los rincones de la ciudad a
do a ciertos vocablos para significa “jugaremos” estudiar con nosotros.
expresar un conjunto de saberes en quechua, inició su
vinculados a la misma. “Currícu- Pukllasunchis, que significa “ju-
lo” es uno de ellos, lo usamos funcionamiento hace garemos” en quechua, inició su
frecuentemente y quizá por ello 30 años, abriendo aulas funcionamiento hace 30 años,
ha perdido su brillo, su fuerza abriendo aulas de inicial y pri-
movilizadora, reduciéndose a de inicial y primaria en maria en locales alquilados y
una cuestión de procedimiento. locales alquilados y enseñando quechua a niños
y niñas castellano-hablantes,
El currículo, para nosotros, guía enseñando quechua a como distintivo singular de su
la planificación educativa, la niños y niñas castellano- propuesta curricular. En esa
orientación de la escuela; marca época, ninguna escuela en el
el sendero, coloca los hitos por hablantes, como país lo hacía. Hoy, 750 chicos y
el que uno debe transitar. Nos distintivo singular de chicas, desde inicial a secundaria,
plantea secuencias, etapas, pro- recorren diariamente sus aulas,
cesos, imágenes de lo deseable y su propuesta curricular. pasadizos, caminos de tierra y
hacia ello caminamos confiados En esa época, ninguna piedra, y sus parcelas con cultivos
en que sabrá llevarnos a buen diversos que cada grado debe
puerto. escuela en el país lo mantener siguiendo la sabiduría
hacía. Hoy, 750 chicos de las comunidades agricultoras.
¿Qué tiene que tener un currícu- Y es que Pukllasunchis es una pro-
lo para orientar una propuesta y chicas, desde inicial puesta plasmada en su paisaje,
intercultural? ¿Qué imágenes a secundaria, recorren en la forma como se desarrollan
debe sugerir para abrir una actividades y hasta en su gestión
nueva comprensión del mundo, diariamente sus aulas. administrativa: en Puklla cada
desde el sur, desde lo local? Una familia aporta entre el 10 al 15%
comprensión del mundo que nos de su ingreso mensual para la
permita repensar lo que somos, educación de sus hijos. Por eso
que nos permita descubrirnos desde nuestras pro- vienen de todas partes.
pias sensibilidades. Estas son preguntas que nos
hacemos permanentemente en Pukllasunchis, un Reunir a chicos de familias de diversos contextos no
colegio asentado en la ciudad de Cusco, que acoge es casualidad, es un principio. Nos interesa trabajar
a chicos y chicas de diferentes sectores sociales y sobre las relaciones, sensibilidades e incompren-
Fotos Acervo da autora
47
siones. Es por esto que nuestro currículo considera cuando sucede, uno se enferma. Este es un saber
actividades que no se encuentran en otras escuelas vivo, presente, cotidiano que no se encuentra en
regulares: los talleres productivos y creativos, en los textos escolares, sino en la memoria de la gente.
donde los chicos y chicas aprenden ciertos oficios, No se trata de poner en tela de juicio su veracidad,
se vinculan con actividades culturalmente significa- sino de comprender que la expresión corresponde
tivas como plantas medicinales, telar, cerámica, etc.; a un contexto cultural que concede al viento, como
los “rimanakuy” (hablaremos) que aludem a reunio- a otras entidades de la naturaleza, cualidades hu-
nes destinadas a conversar entre todos, chicos, chi- manas. Es desde esta comprensión que los consejos
cas y profes sobre la organización de cuidado tienen sentido.
escolar y sobre cómo resolver
nuestros conflictos en colectivo; Actividades como estas, sumadas
las kuskas (juntos) que son acti- Es por esto que nuestro a la sensibilidad cultural que debe
vidades que convocan a todo el
colegio alrededor de temas de
currículo considera tener todo maestro para propo-
ner un tratamiento reflexivo de
la cultura andina y proponen la actividades que no se los cursos (uno que no aborde
recuperación de una memoria
encuentran en otras conceptos, nociones ni conteni-
colectiva compartida que está dos curriculares como universa-
viva en el medio y en nuestros escuelas regulares: los les, sino ubicados en una historia
abuelos, pero que se visibiliza talleres productivos y un lugar), son piedras angulares
poco en espacios escolares, en de nuestra propuesta curricular.
el currículo. y creativos, en donde En épocas de crisis, ante un mun-
los chicos y chicas do que requiere ser repensado
Hemos desarrollado Kuskas desde nuevos paradigmas, los
dedicadas a la tierra, al viento aprenden ciertos valores de respeto, solidaridad
(wayra) en las que hemos ex- oficios, se vinculan con y reciprocidad que orientaron a
plorado diversos relatos que nuestros ancestros pueden ofre-
las familias cusqueñas guardan actividades culturalmente cernos nuevos modos de plantear
como prescripciones para una significativas como los imperativos de desarrollo y de
buena producción o para man- nuestras necesidades humanas
tener la buena salud: el viento “te plantas medicinales, telar, para garantizar la vida y nuestra
agarra” –dicen, por ejemplo– y cerámica, etc. convivencia.
48
Los autores afirman ser posible relacionar la pedagogía de Paulo Freire con la perspectiva
decolonial, puesto que algunos autores lo consideran un antecedente del debate en torno a la
que ocupa geopolítica y discursivamente: el del sujeto oprimido, subalternizado, que debe
contribuições
Pós-Graduação em Educação e coordenadora do Núcleo
de Educação Popular Paulo Freire da Universidade do Estado
do Pará (UEPA) • Brasil • nildeapoluceno@uol.com.br
e perspectivas
João Colares da Mota Neto
Professor, pesquisador e pedagogo da UEPA. Doutor em
Educação pela Universidade Federal do Pará, com
descolonizadoras
doutorado sanduíche na Universidad Pedagógica
Nacional, Colômbia. Pesquisador do Núcleo de
Educação Popular Paulo Freire • Brasil
joaocolares@hotmail.com
Foto João Ripper
49
O O pensamento de Paulo
pensamento de Paulo coloniais), embora ainda pouco
Freire, em todo o mun- explorada, nos últimos anos co-
do, merecidamente, tem Freire, em todo o mundo, meçou a ser mais desenvolvida,
sido objeto de múltiplos estu- merecidamente, tem sido especialmente por um conjunto
dos e reflexões, em várias áreas de intelectuais críticos do Sul
do conhecimento, com diversos objeto de múltiplos estudos global, em sua busca sequiosa
focos temáticos e em diálogo e reflexões, em várias áreas por referências epistemológicas
com um amplo conjunto de cor- não eurocêntricas e contra-he-
rentes e perspectivas teóricas. do conhecimento, com gemônicas.
Isto se deve ao fato de que suas diversos focos temáticos e
ideias, embora claras e radicais, Para Restrepo e Rojas (2010),
apresentam-se como não dog- em diálogo com um amplo por exemplo, a pedagogia de
máticas, profundamente dialé- conjunto de correntes e Paulo Freire é um importante
ticas e abertas à interlocução antecedente do debate da de-
com outros saberes. perspectivas teóricas. Isto colonialidade na América Latina.
se deve ao fato de que suas Apesar de ressalvarem que o
Neste sentido, o próprio Freire trabalho de Freire não tem sido
(2014) insistia na necessidade ideias, embora claras e reconhecido de maneira explíci-
de que seus estudiosos não o radicais, apresentam-se ta na constituição das categorias
dogmatizassem, e sim o reinven- do programa de investigação
tassem, sem perder de vista, em como não dogmáticas, da modernidade/colonialidade
todo caso, a substantividade de profundamente dialéticas e latino-americano, dizem que a
suas ideias, isso é, sem distorcê- inflexão decolonial encontra-se
-lo, sem descaracterizá-lo, sem abertas à interlocução com na obra de Paulo Freire a partir
ignorar os núcleos centrais de outros saberes. de uma apelação que o pedago-
seu pensamento. go brasileiro faz à exterioridade
da modernidade: o oprimido,
Defendemos neste artigo que em seus próprios termos, ou a
um dos núcleos centrais de seu pensamento é a diferença colonial, na linguagem de Walter Mignolo.
crítica contundente à vigência do colonialismo na Afirmam que esta diferença constitui o lugar privi-
sociedade, na cultura e na educação e, dialetica- legiado, epistêmico e politicamente, “no sólo para
mente, o anúncio de uma educação descoloniza- realizar un tipo de crítica que es imposible desde
dora, popular, libertadora. el interior de la modernidad, sino que también es
desde la diferencia colonial que se articulan las
A relação entre o pensamento de Freire e as pers- intervenciones de desmantelamiento de la colo-
pectivas descolonizadoras (pós-coloniais ou de- nialidad” (p. 57).
Foto Internet
50
Decolonialidade, na esteira destes autores, designa Deste modo, entendemos que biografia de Paulo
o questionamento radical e a busca de superação Freire o conduziu a pensar a pedagogia a partir dos
das mais distintas formas de opressão perpetradas subalternos; que o oprimido não é o sujeito para
contra as classes e os grupos subalternos pelo quem fala Paulo Freire, mas com quem fala; que ele
conjunto de agentes, relações e mecanismos de mesmo, nas lutas político-educacionais que viven-
controle, discriminação e negação da modernida- ciou no Brasil, em outros países da América Latina,
de/colonialidade. De outra forma, decolonialidade nos Estados Unidos, na Europa e na África, ocupou
refere-se ao esforço por “transgredir, deslocar e discursiva e geopoliticamente o lugar do oprimido;
incidir na negação ontológica, epistêmica e cos- e que, portanto, isso marca fundamentalmente sua
mogônico-espiritual que foi - e é - estratégia, fim obra como um testemunho crítico da modernidade/
e resultado do poder da colonialidade”, de acordo colonialidade, logo, como um pensador decolonial.
com Walsh (2009, p. 27).
Para além deste traço biográfico, Freire, desde os
Neste sentido, defendemos que o pensamento de seus primeiros trabalhos, apresenta preocupações,
Paulo Freire engendra, a partir de sua pedagogia constrói conceitos e discute questões as quais hoje
humanista-libertadora, uma concepção decolonial, podemos chamar de “decoloniais”. Tomando como
articulada em face de sua posição de educador base o estudo de Mota Neto (2015), consideramos
terceiro-mundista, cujo lugar de enunciação é que o eixo fundamental de sua concepção deco-
o ocupado pelos oprimidos do sistema-mundo; lonial está relacionado à crítica de seis fenômenos
posição que o leva, em toda sua obra, a denunciar moderno-coloniais: i) crítica à inexperiência de-
o colonialismo e a colonialidade, e a criar, expe- mocrática da sociedade brasileira, herdeira de um
rimentando, uma proposta político-pedagógica regime colonial ou semicolonial; ii) crítica à desu-
51
manização/massificação/coisifi-
Não só crítico do ria popular e a história local,
52
53
O presente texto apresenta uma das práticas autônomas impulsionadas pelo movimento
social liderado pelo Exército Zapatista de Liberação Nacional, na cidade de Chiapas, México.
ao sistema oficial da educação pública, com a finalidade de construírem uma escola onde se
implante uma nova política cultural que afirme a diversidade. Onde também sejam (re)
valorizados os conhecimentos gerais, práticos e éticos que são prioritários para dar vigor à
identidade maia e do campesinado e onde se possa dar forma a uma cidadania pluriétnica. O
descolonización en los
brunobaronnet.wordpress.com
54
55
construyen desde una posición Siendo una estrategia comunidad y en la región. Esta
56
Foto Internet
De esta forma, intervienen en la agenda educativa salones de clases, las comunidades zapatistas
local cuestionando la política nacional imperante contribuyen a fortalecer prácticas de militancia
que no tolera la flexibilización de la organización ciudadana culturalmente diferenciada. Ellas son
escolar a escala regional y de sus programas edu- regeneradoras del vínculo social y político, no solo
cativos. Al revitalizar en la práctica el recurso de la a nivel comunitario sino regional, y con un notorio
lengua y la cultura étnica dentro de sus modestos eco nacional e internacional.
Foto Internet
57
La cuestión de la reafirmación de
A fin de cuentas, Pedagogías críticas
58
59
LIBROS
g
g
LIVROS
g
g
El libro analiza los contextos históricos y políticos en los Vivimos en sociedades en que diversos grupos sociocul-
que emergieron los nuevos movimientos regionales de turales invaden los escenarios públicos. Las tensiones, los
Guayaquil y de Santa Cruz, su naturaleza social, cultural y conflictos, las tentativas de diálogo y de negociación se
g
política, y explica el alcance y sentido de sus demandas de multiplican. La afirmación de las diferencias étnicas, de
transformación del Estado desde el discurso autonómico. El género, de orientación sexual, de carácter religioso, entre
trabajo asume que los dos movimientos operaron desde una otras, se manifiesta de diversos modos y por medio de
fractura territorial -se trata de un clivaje centro/periferia- que expresiones plurales. Las problemáticas que suscitan son
g
arrastra el proceso histórico de formación de los estados muchas y son principalmente los movimientos sociales los
nacionales en Ecuador y Bolivia. que las visibilizan, al denunciar injusticias, desigualdades
Mosaico
Autor: Felipe Burbano de Lara • Bolivia, CLACSO, 2014 y discriminaciones, reivindicando la igualdad de acceso a
bienes y servicios y el reconocimiento político y cultural. Es
g
No livro se encontram elementos de metodologia e epis- Ediciones Desde Abajo, 2015, 168 p.
temologia e também resultados de pesquisas que trazem ISBN 978-958-8926-09-4
subsídios para as práticas pedagógicas identificadas com a
g
caribenhos. O pressuposto freiriano de que a humanização e com ênfase nas reflexões sobre a prática dos Círculos de
a desumanização são possibilidades reais em cada momento Cultura. Na segunda, aborda Paulo Freire e os princípios
da história e da vida individual e coletiva integra essa base. da educação intercultural no Brasil e principalmente como
g
Autor: Telmo Adams e Danilo Streck • Curitiba, Brasil, Editora o autor se posiciona originalmente sobre as diferenças, a
CRV, 2014, 152 p. ISBN: 9788580428940 questão de gênero, o colonialismo e africanidade, assim
como as temáticas do multiculturalismo/interculturalidade.
Na terceira e última parte do livro, a autora faz considerações
g
de algo nuevo, del mundo nuevo. Es el camino en el que los Editora CRV, 2015, 120 p. ISBN: 9788544404164
dominados pueden dejar de referenciarse en el dominante.
En ese camino pueden superar la inferiorización en la que los INTERCULTURALIDAD, DESCOLONIZACIÓN DEL
g
instaló el colonialismo, creando algo nuevo: clínicas, escue- ESTADO Y DEL CONOCIMIENTO
las, caracoles, músicas y danzas; hacer ese mundo otro con El vicepresidente en ejercicio de Bolivia, Álvaro García Line-
sus propias manos, poniendo en juego su imaginación y sus ra, junto con otros pensadores, analiza las tensiones en la
sueños con modos diferentes de hacer. En ese movimiento transformación de una democracia liberal a una democracia
g
colectivo de caminar, también tendremos las condiciones comunitaria en el seno de un estado que se autodenomi-
para descolonizar el pensamiento crítico. na plurinacional. La diferencia colonial y el giro para un
Autor: Raúl Zibechi • Colombia, Ediciones Desde Abajo, 2015, posicionamiento intercultural del pensamiento crítico son
g
ISBN: 9789873784064
60
g
nº149 jan-mar 2016
g
HEGEMONIA E ESTRATÉGIA SOCIALISTA expresadas en una nueva racionalidad liberadora y solidaria:
Esta obra repensa a relação entre democracia e socialismo por un lado, la razón histórica de la modernidad, con sus
ao abordar o descompasso entre a revolução democrática promesas de libertad, igualdad social y bienestar, y por otro,
la razón “india” prehispánica, asociada a la reciprocidad, la
g
de fins do séc. XVIII e o imaginário político jacobino que aí
surge e que predominaria no marxismo no séc. XX. Como solidaridad social y el trabajo colectivo.
alternativa ao monismo jacobino, a categoria hegemonia Boris Marañón Pimentel (coord.) • México, UNAM, Instituto
é reativada e revela uma lógica política na qual os atores de Investigaciones Económicas, 2013, 267 p. Disponible
g
coletivos se constituem pelo antagonismo, ao invés de en: http://pt.scribd.com/doc/272886115/Boris-Maranon-
uma identidade essencial ou privilégio epistemológico. A Pimentel-Buen-Vivir-y-Descolonialidad-2014#scribd
expansão subversiva da revolução democrática presume
que a diversidade de antagonismos excede uma ordem INTER/MULTICULTURALIDADE: RELAÇÕES ÉTNICO-
g
concebida em termos de determinação econômica ou de RACIAIS E FRONTEIRAS DA EXCLUSÃO
um consenso dialógico intersubjetivo. A exclusão é vista não apenas como produto das relações
Autor: Ernesto Laclau e Chantal Mouffe • Brasil, Editora Entre- econômicas, mas também como resultado das relações
g
meios, 2015, 288 p. ISBN: 8584990089 étnico-raciais, o que, no contexto dos estudos latino-a-
mericanos, vem sendo denominado de colonialidade, um
EJERCICIOS DECOLONIZANTES EN ESTE padrão de dominação e subalternização produzido em torno
g
SUR (SUBJETIVIDAD, CIUDADANÍA, das categorias de raça/etnia, por meio do qual os modos
INTERCULTURALIDAD, TEMPORALIDAD) de ser, viver, conhecer e conviver dos povos indígenas e
Ejercicios decolonizantes en este sur no tiene como eje un afro-brasileiros vêm sistematicamente sendo vistos como
área, ni un campo disciplinar, ni un ámbito específico de inferiores e primitivos, contribuindo para a sua exclusão
g
indagación, sino que lo que organiza y da sentido al texto social. Resultado de diferentes pesquisas de docentes de
es el escenario geopolítico desde donde se tematiza: ‘este universidades estrangeiras e brasileiras, todos os autores
Mosaico
sur’, que, claro está, remite a una confusa cardinalidad, a desta coletânea têm uma trajetória de pesquisa vinculada
g
saber, ¿se trata del este o del sur? Tanto el este como el sur aos estudos de grupos humanos que carregam as marcas
connotan menor valía que el oeste y el norte, emparentados da exclusão.
estos últimos con el pensamiento hegemónico del que estos Autor: Adir Casaro Nascimento e José Licínio Backes (orgs.)
trabajos se desprenden. En el caso que nos ocupa este sur • Brasil, Editora Mercado de Letras, 2015, 264 p. ISBN:
g
se sitúa en la norpatagonia argentina y es interés del texto 9788575913819
que se ofrece a los lectores presentar la problematización de
cuatro temáticas: subjetividad, ciudadanía, interculturalidad DESCOLONIZAÇÃO E EDUCAÇÃO: DIÁLOGOS E
g
y temporalidad, precedidas por un trabajo que refiere al PROPOSIÇÕES METODOLÓGICAS
encuentro con la decolonialidad en la región. O livro pretende compartilhar alguns dos frutos colhidos
Autor: María Eugenia Borsani (Comp.) • Argentina, Ediciones durante a trajetória do grupo de pesquisa do Programa Des-
g
Del Signo, 2015, 149 p. ISBN: 9789873784156 colonização e Educação (PRODESE). É um livro dedicado aos
educadores que precisam acreditar na vida, e na maturidade
DES/DECOLONIZAR LA UNIVERSIDAD que a acompanha, a partir dos seus solos de origem, do que
Los autores que colaboran en este volumen se pronuncian somos como povo com características pluriculturais. As
g
críticamente ante el funcionamiento de las universidades frutas que caem lentamente (parafraseando o Mestre João
latinoamericanas las que, diseñadas sobre los modelos que Grande) já anunciam o ciclo da vida. Se assumimos o com-
caracterizan el pensamiento de la modernidad, organizan y promisso de sermos educadores, que seja reconhecendo o
g
orientan la producción de conocimiento. Desde el lugar de mistério que nos transforma em sementes, anunciando e
enunciación des/decolonial que esta Colección propicia, el promovendo um futuro pleno.
estado actual de la universidad en América Latina reclama Autor: Narcimária Correia do Patrocínio Luz (org.) • Curitiba,
ser puesta en análisis dada su incidencia en el control del Brasil, EDITORA CRV, 2013, 246 p. ISBN: 9788580426663
g
Este libro indaga sobre la emergencia de un nuevo horizonte torialidades. Os textos resultam de uma postura reflexiva-
de sentido histórico caracterizado por una subjetividad investigativa dos autores/pesquisadores e anunciam um
basada en la reciprocidad y por una nueva racionalidad horizonte: a inclusão dos muitos sujeitos que ainda vivem
expropriados de um direito fundamental: expressar, no
g
61
SITIOS
g
g
SITES
g
g
http://www.territorioindigenaygobernanza.com/index. http://www.cult.ufba.br/wordpress/
html O Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT)
Este portal quiere ser un espacio donde las organizacio- desenvolve pesquisas, atividades de extensão e formação,
nes indígenas y las instituciones que colaboran con ellas, como cursos e eventos, e publica livros periodicamente. As
g
encuentren información sobre los territorios indígenas pesquisas estão divididas em duas principais linhas: cultura
en América Latina, materiales referidos a la gobernanza e desenvolvimento e cultura e identidade. As atividades de
territorial, documentos legales y técnicos sobre la temáti- extensão e formação acontecem periódica ou eventual-
g
ca, material audiovisual e información específica sobre los mente e são voltadas para o público interno e externo. As
países que han priorizado por ahora la Iniciativa: Bolivia, publicações são fruto das pesquisas e atividades do Centro
Perú, Ecuador, Colombia, Nicaragua, Panamá - Colombia. e são publicados em parceria com a Edufba
g
http://www.fondoindigena.org/drupal/es/ http://www.clacso.org.ar/criticayemancipacion/
El Fondo para el Desarrollo de los Pueblos Indígenas de Revista electrónica latinoamericana de Ciencias Sociales
Mosaico
América Latina y El Caribe - Fondo Indígena - es el único dirigida por Pablo Gentili, que tiende a dar visibilidad al tra-
g
organismo multilateral de cooperación internacional espe- bajo realizado por jóvenes investigadores latinoamericanos
cializado en la promoción del autodesarrollo y el reconoci- y caribeños, y busca dar a conocer el trabajo de discusión,
miento de los derechos de los Pueblos Indígenas, creado en reflexión y producción que llevan a cabo los Grupos de
1992 durante la celebración de la II Cumbre Iberoamericana Trabajo de CLACSO - Argentina.
g
abrir un espacio de permanente exploración conceptual sectores populares, tanto en términos de las organizaciones
orientado a indagar los planteos provenientes de lo que sociales como de quienes tienen a su cargo el diseño de
se ha denominado “Giro/pensamiento decolonial”. Esta políticas públicas. Los temas de investigación a lo largo de
g
novedosa perspectiva, también llamada “pensamiento los años han respondido a la lectura de país que se hace en
otro”, “epistemología fronteriza” lleva a una muy significativa el instituto, pero ha permanecido como interés básico el es-
incidencia en el campo del Pensamiento Político/ Filosofía tudio de la relación entre el Estado y la sociedad - Guatemala.
y Teoría Política y en el de la Crítica Cultural y Estudios Cul-
g
O Instituto Paulo Freire (IPF) desenvolve projetos de as- o novo século de um coletivo de pensamento critico
sessoria, consultoria, pesquisas, formação (presencial e a composto por acadêmicos e ativistas da América Latina.
distância) inicial e educação continuada, orientado pelas Nessa época, uma série de reuniões nos Estados Unidos e
dimensões socioambiental e intertranscultural, constituin- na América Latina, centrada em torno da teoria de Análise
g
do três áreas de atuação: Educação de Adultos, Educação dos Sistemas-Mundo de Immanuel Wallerstein, formulada
Cidadã e Educação Popular. Suas ações fundamentam-se no meio do século 20, contou com a pesquisa interdiscipli-
nos princípios da horizontalidade e do trabalho coletivo, nar de nomes como Walter Mignolo, Enrique Dussel, Aníbal
g
utilizando metodologia essencialmente dialógica, inclusiva, Quijano, María Lugones, Edgardo Lander, Catherine Walsh,
respeitosa da diversidade, das diferenças e das semelhanças Arturo Escobar, Fernando Coronil e muitos mais.
entre as culturas e os povos, fundada no incentivo à auto-
-organização e à autodeterminação.
g
g
g
62
P EL Í C U L A S
g
g
F I L M ES
g
g
EL AULA VACÍA a leer. Convencerla se hace imposible hasta que un día en-
Directores latinos retratan en 11 cortos el impacto causado cuentra una carta que Ximena esconde como el único tesoro
g
por la evasión escolar en América Latina. Oriundos de siete que le dejó su padre al abandonarla, muchos años atrás. Así,
países, los narradores examinan las razones por las cuales ambas mujeres emprenden un aprendizaje en el que los
casi la mitad de los estudiantes de la enseñanza secundaria roles de profesora y alumna se invierten permanentemente.
no se gradúa. Un caleidoscopio de historias sobre la pobreza, Dirección: Moisés Sepúlveda
g
la violencia, la incomprensión, el desajuste generacional, Género: Ficción • Chile - 2013, 73 min.
la fuerza de la naturaleza y los factores que privan a los
adolescentes de su derecho a estudiar. LA LLAMADA
g
Dirección: Gael García Bernal, Flavia Castro, Mariana Aurora recibe la llamada del rector del colegio de su hijo Nico
Chenillo, Pablo Fendrik, Carlos Gaviria, Tatiana Huezo, de 14 años para avisarle sobre la decisión de expulsarle en
Mosaico
Lucrecia Martel, Nicolás Pereda, Eryk Rocha, Pablo Stoll, el último día de clases. En su intento por llegar a la escuela
Daniel y Diego Veja.
g
de Nicolás, ella tendrá que afrontar sus obligaciones como
Género: Ficción • México/Argentina/Brasil/Colombia/ publicista, hija, hermana y madre divorciada. Mientras tanto
El Salvador - 2014, 111 min. Nico se debate con los conflictos de ir creciendo. Una ciudad
caótica y un sistema educativo obsoleto atrapan a madre e
g
LA PATOTA hijo en un mundo cada vez más impersonal.
Paulina renunció a una carrera brillante como abogada para Dirección: David Nieto Wenzell
dedicarse a la enseñanza en una región carente de Argenti- Género: Ficción • Ecuador, Argentina, Alemania - 2012, 76
g
na. Para ello, tuvo que sacrificar su noviazgo y la confianza min.
de su padre. Frente a un ambiente hostil, ella se aferra a su
misión educativa, única garantía de un compromiso político QUANDO SINTO QUE JÁ SEI
real. A poco de llegar, es agredida violentamente por un Custeado por meio de financiamento coletivo, o filme regis-
g
grupo de jóvenes, y luego descubre que, parte de ellos, tra práticas inovadoras na educação brasileira. Os diretores
son sus alumnos. A pesar del trauma y de no comprender investigaram iniciativas em oito cidades brasileiras e colhe-
el entorno, Paulina intenta mantenerse fiel a su ideal social. ram depoimentos de pais, alunos, educadores e profissionais.
g
Mejor película en la Semana de la Crítica de Cannes 2015.
Direção: Antonio Sagrado, Raul Perez e Anderson Lima.
Dirección: Santiago Mitre Gênero: Documentário • Brasil - 2014, 78 min.
Género: Drama • Argentina/Brasil/Francia - 2015, 103 min. Disponível em: http://revistaeducacao.uol.com.br/tex-
tos/blog-redacao/10-filmes-para-repensar-a-educa- g
TUDO QUE APRENDEMOS JUNTOS cao-338763-1.asp
Laerte é um músico promissor que sofre uma crise em plena
audição para uma vaga na Osesp. Ele perde a chance de LA EDUCACIÓN PROHIBIDA
g
Prusia del siglo XVIII. Las escuelas son vistas como si fueran
estudantes. Inspirado na história real da formação da Or-
fábricas y cárceles, con portones, rejas y muros; horarios de
questra Sinfônica de Heliópolis, o filme conta a emocionante
entrada y de salida, uniforme obligatorio, intervalos y tim-
saga de um músico e seus alunos, que tiveram suas vidas
bres para indicar el comienzo y el fin de las clases. El sistema
g
63
Diretora
Susana Beatriz Sacavino
Conselho Editorial Coordenação Editorial Projeto Gráfico,
Argentina - Antonia L. de Nardelli e Supervisão Gráfica Programação Visual e Capa
Brasil - Vera Maria F. Candau Adélia M.ª Nehme Simão e Koff Rodolpho Oliva
Chile - Rosa Catalán Revisão e Pesquisa Logomarca da Capa
México - Ángeles Enríquez Rincón Adélia M.ª Nehme Simão e Koff Néstor Sacavino
Peru - Flor Sobrino Cecilia Botana Impressão - Gráfica ZIT
República Dominicana - Isabel Guillermo Mosaico e Resumos NOVAMERICA
Uruguai - Rosario Alves Cecilia Botana Rua 19 de Fevereiro, 160, Botafogo
Comitê Técnico Secretaria e Tradução Rio de Janeiro, Brasil CEP: 22280-030
Ana Waleska P. Mendonça Cecilia Botana
Tel./Fax: (021) 2542-6244/2295-8033
Susana Beatriz Sacavino novamerica@novamerica.org.br
Vera Maria F. Candau Administração www.novamerica.org.br
Jayme da Silva Corrêa Filho ISSN 0325-6960
A direção da revista não se responsabiliza
pelas opiniões disseminadas nos artigos.
Publicação indexada em CLASE
Argentina • Dora Mabel Quinteros Perú • Flor Sobrino Venezuela • Ivonne Marín
Av. Santa Fe 4990, 8ºC (1425) Ciudad Av. Brasil 1392 - Dpto. 301- B De Platanal a Desamparados, Edif. Platanal
Autónoma de Buenos Aires Pueblo Libre, Lima 21 37, piso 1, ap. 1 A, La Candelaria, Caracas
honat2@gmail.com Tel: 0051-1- 4 33 43 99 Tel: 58/212/562 42 4
florgsv3@yahoo.es ivonneirene@yahoo.es
Brasil • Cecilia Botana
Rua 19 de Fevereiro, 160, Botafogo
República Dominicana Espanha e outros países da Europa
Rio de Janeiro - RJ Cep: 22.280-030 • Guadalupe de la Concha
Tel/Fax: 021 2295-8033/2542-6244
• Carmen Elena Cruz Pérez
Calle B#31, María Auxiliadora Calle Sánchez Perrier nº 5, casa 1 1º-C
revista@novamerica.org.br (41009) Sevilla, España
Santo Domingo - República Dominicana
Chile • Rosa Catalán Carmene16@gmail.com guada_poveda@terra.com.br
Vergara, 174 - Santiago • María del Carmen López
Centro Cultural Poveda
rosicatalan@hotmail.com Calle Paseo Zorrilla 346, 4º B - Valladolid
Pina 210 A - Ciudad Nueva
(47008) España
Guatemala • Blanca Fuentes Santo Domingo D.N.
lmcarmen@telefonica.net
6ª Calle 2-42 zona 1 Tel: /809/6895689 - 6854635
01001 Guatemala info@centropoveda.org Pagos de subscripciones en España por
Tel: /502/232 3388 Fax: 323 5261 depósito bancario: Caja España - Cta.
blancafuentes@live.com Uruguay • María Felisa Gómez corriente nº 2096 0106 95 2041969804
Acevedo Días, 1280 - 11.200 - Montevideo Titular: María del Carmen López
México • Ángeles Enríquez Rincón Tel: 24086973
Mexicali 608, Fracc. Valtierra, mfgomeziba@hotmail.com
Col. Sn Felipe de Jesús, • Rosario Alves
C.P.37250, León, Guanajuato. Pascual Costa 3265 ap. 810 Parque Posadas
Tel. (477) 7724 109 11.700 - Montevideo
angeleserincon@yahoo.com Tel: /2/ 3360027 rosal2@adinet.com.uy
Apoio
64
V
Número 150
ivimos en sociedades en que diversos
grupos socioculturales invaden
los escenarios públicos. Las tensiones, los
Memória justiça e verdade
conflictos, las tentativas de diálogo y de Memoria, justicia y verdad
negociación se multiplican. La afirmación
de las diferencias étnicas, de género, de
orientación sexual, de carácter religioso,
entre otras, se manifiesta de diversos modos
Número 151
y por medio de expresiones plurales. Las
problemáticas que suscitan son muchas Mulher: realidades e perspectivas
y son principalmente los movimientos Mujer: realidades y perspectivas
sociales los que las visibilizan, al denunciar
injusticias, desigualdades y discriminaciones,
reivindicando la igualdad de acceso a
bienes y servicios y el reconocimiento Número 152
político e cultural. Es este el horizonte
de preocupaciones en que se sitúa esta Patrimônio cultural imaterial e identidade
publicación.
Patrimonio cultural inmaterial e identidad
V
Número 150
ivimos en sociedades en que diversos
grupos socioculturales invaden
los escenarios públicos. Las tensiones, los
Memória justiça e verdade
conflictos, las tentativas de diálogo y de Memoria, justicia y verdad
negociación se multiplican. La afirmación
de las diferencias étnicas, de género, de
orientación sexual, de carácter religioso,
entre otras, se manifiesta de diversos modos
Número 151
y por medio de expresiones plurales. Las
problemáticas que suscitan son muchas Mulher: realidades e perspectivas
y son principalmente los movimientos Mujer: realidades y perspectivas
sociales los que las visibilizan, al denunciar
injusticias, desigualdades y discriminaciones,
reivindicando la igualdad de acceso a
bienes y servicios y el reconocimiento Número 152
político e cultural. Es este el horizonte
de preocupaciones en que se sitúa esta Patrimônio cultural imaterial e identidade
publicación.
Patrimonio cultural inmaterial e identidad
Nova149Capas1&4.indd 1
Nº 149
jan-mar 2016
LA REVISTA DE LA PÁTRIA GRANDE
22/02/16 12:45