O fornecimento de energia, ainda não é pontuado como um direito social pela
constituição federal brasileira, todavia se enquadra no artigo 5°, no que diz respeito a igualdade perante aos cidadãos. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na pratica quando se observa a distribuição energética conflituosa, dificultando deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imprescindível a analise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais
para combater a desigualdade no fornecimento de energia no Brasil. Nesse sentido, a falta de energia em algumas regiões do país, culminam em diversos problemas sociais, a exemplo disso o abandono escolar precoce. Essa conjuntura, segundo as ideias do filosofo John Locke, configura-se como uma violação do “Contrato Social”, já que o estado não cumpre a função de garantir que os cidadãos desfrutem uniformemente do acesso à energia, o que infelizmente é evidente no país.
Ademais, é fundamental pontuar a falta da utilização de fontes alternativas como
impulsionador da precariedade energética em algumas regiões brasileiras. Segundo pesquisas boa parte da geração de energia no Brasil advém das hidrelétricas. Diante tal exposto lugares áridos ou de terreno inapropriado acabam sendo inviáveis e necessitam de uma fonte alternativa de produção de energética. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é
imprescindível que a ANEEL (A Agencia Nacional de Energia Elétrica), por intermédio de incentivos fiscais atrair mais investimentos para as regiões com precariedade elétrica no país. Assim se consolidará uma sociedade mais igualitária, onde o estado desempenha corretamente o “Contrato Social”, tal como afirma John Locke.