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INTRODUÇÃO ............................................................... 4
OS MOTIVOS DESSE TEMOR SÃO: ............................ 5
COMO COMPOR UMA BOA APRESENTAÇÃO ......... 10
INTRODUÇÕES QUE DEVEM SER EVITADAS! ........ 12
EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO GLOBAL.............. 24
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS................................. 28
O USO DOS PRONOMES ........................................... 35
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................. 47
ESTUDO PELO MÉTODO ANALÍTICO. ...................... 49
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO ............................. 57
CONCLUSÃO............................................................... 60
COMO ORGANIZAR OS PENSAMENTOS DO
SERMÃO ...................................................................... 65
ISTO VOCÊ NÃO DEVE FAZER: ................................ 69
BIBLIOGRAFIA ............................................................ 77

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"O homem que lê é cheio. O homem que escreve é
exato. O homem que fala é pronto."

INTRODUÇÃO

ORATÓRIA é a expressão pública das ideias por


meio de palavras com um fim de caráter prático.
Homilética é palavra de origem Grega
“HOMILETIKOS”, ato de pregar sermões, HOMÍLIA,
de falar com elegância na Oratória Eclesiástica. É a
arte de falar bem, é uma ciência vasta e mui valiosa,
quando considerada sob o ponto de vista de seus
fundamentos, e não deixa de ser também uma
técnica, quando aplicada no modo específico de sua
execução ou ensino.

O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO


Não se preocupe: você é absolutamente normal!
Falar em público inclui-se entre as situações que
mais geram ansiedade, preocupação e sentimentos

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de impotência para gerenciar os próprios atos.
Dessa maneira, quando nos cabe a tarefa de nos
apresentarmos em público, o pavor de enfrentar
uma plateia pode acabar com a possibilidade de
sucesso.

OS MOTIVOS DESSE TEMOR SÃO:

Perfeccionismo;
Nervosismo;
Autoimagem negativa;
Excesso de autocrítica;
Barreiras verbais e não verbais;
Sensação de ridículo;
Instabilidade emocional;
Desmotivação para superar desafios;
Cobranças internas e externas;
Inexperiência na função;
Apresentações anteriores frustrantes;
Medo da responsabilidade proveniente do sucesso;

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OS MOTIVOS INTERNOS NEGATIVO SÃO:

Será que sou capaz?


Sou um desastre lá na frente.
Vou ficar igual a um pimentão se rirem de mim?
Detesto falar; só gosto de ouvir.
Ficar quietinho é melhor; assim, não incomodo
ninguém.
Não tenho talento para isso.
Mas eu vou falar o quê?
Não adianta falar; eles não vão mudar mesmo...
Nasci para ser coadjuvante; prefiro ficar nos
bastidores.

Nunca falei em público; vou me atrapalhar, com


certeza, e eles não vão prestar atenção em mim.
Minha voz é horrível!
Sou bom para falar com duas ou três pessoas, no
máximo; muita gente me dá pavor.

(RECOMENDO ASSISTIR A VÍDEO AULA DE


NUMERO 02)

CONHECIMENTOS, HABILIDADES E ATITUDES.

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O que é o “CHA”

O CHA é composto por três princípios fundamentais

C – os Conhecimentos
H – as Habilidades
A – as Atitudes

Funciona como um roteiro para uma comunicação


de qualidade. Desenvolver e ampliar os aspectos do
“CHA” é criar as condições necessárias para o
sucesso de qualquer tipo de apresentação.

Conhecimentos: O que você precisa saber para


apresentar-se bem — o domínio cognitivo.
Habilidades: O que você precisa treinar e
desenvolver para tornar-se um comunicador
eficaz — o domínio executivo.
Atitudes:
O que você deve fazer para buscar os
conhecimentos e aprimorar as
habilidades comunicativas — o domínio da ação.

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TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO

PAPÉIS CONHECIMENTOS (SABER)


HABILIDADES (SABER FAZER) ATITUDES
(QUERER FAZER)

ANTES/ PLANEJAMENTO

Comunicador/ Planejar Conhecimento da realidade;


Público-alvo;
Conteúdo a ser exposto;
Técnicas de apresentação
Recursos audiovisuais;
Planejamento da apresentação.

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Aplicação dos conhecimentos; Autoanálise.

Querer planejar

DURANTE/ APRESENTAÇÃO

Comunicador/ Apresentador Comunicação verbal e


não verbal;
Tipos característicos de participantes;
Técnicas de controle da emoção.

Liderança; Relacionamento com o grupo

Querer se comunicar

DEPOIS/ AVALIAÇÃO
Comunicador/ Avaliador
Avaliação: Reação do grupo; Resultados.
Percepção das reações do grupo
Querer avaliar

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COMO COMPOR UMA BOA
APRESENTAÇÃO

A primeira regra é "Ensinar": O público deve


aprender alguma coisa com o discurso. A segunda é
"Entreter": O discurso deve ser agradável, deve
provocar prazer.
A Terceira é "Explicar": Lembre-se de que todas as
passagens da apresentação devem ficar claras para
o público.
ESQUEMA RETÓRICO
O assunto central é o tema do discurso, o ponto
culminante da apresentação é o momento em que o
orador deixa claro na toda sua mensagem, suas
ideias e opiniões.

Duas partes distintas dividem o assunto central:

Afirmação Neste momento, o orador deve procurar


ser autêntico. Procure usar suas palavras, expresse
o que melhor achar a respeito do assunto; desta

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forma, estará evitando um problema comum, o
branco. Muitos oradores acabam se perdendo, isto
é, esquecem boa parte do assunto, muitas vezes por
tentarem memorizar o todo de uma fala; portanto,
procure se

expressar de forma natural, relatando suas


experiências, ideias e planos. Dessa forma, sem
dúvida você conseguirá atingir seus objetivos.
Neutralização de ideias contrárias, ao estruturar um
discurso, o orador deverá prever ao máximo as
dúvidas que seus ouvintes possam vir a ter, o que
estarão pensando, quais as possíveis objeções e
procurar neutralizar as ideias contrárias. Quando um
orador começa a expor o conteúdo de seu discurso,
é bem provável que parte do público não concorde
com suas ideias e, automaticamente, comece a
suscitar dúvidas, fazendo algum tipo de observação.
Lembre-se: "Duas cabeças, duas sentenças" —
procure não deixar dúvidas. Mostre gráficos,
estatísticas, relatos, utilize todos os argumentos
possíveis - contra fatos não há argumentos.

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(RECOMENDO ASSISTIR A VÍDEO AULA DE
NUMERO 05)

INTRODUÇÕES QUE DEVEM SER


EVITADAS!

Piadas
Não faça perguntas se não quer respostas. Pedir
desculpas ao auditório.
Tomar partido em assuntos contraditórios. Não
comece com frases inconsistentes.
Não use chavões ou frases feitas.

Ao iniciar seu discurso procure mostrar ao público


suas intenções, qual é o tema. Caminhe para o
assunto de forma sutil; utilize-se de uma narração,
uma história, algo que permita uma ligação com o
assunto central.

PARTE FINAL DO DISCURSO

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O encerramento pode ser o momento mais brilhante
de um discurso. Portanto, procure encerrá-lo como
começou deixando o público satisfeito e, ao mesmo
tempo, sedento por uma nova apresentação. Dois
passos importantíssimos devem ser dados neste
momento:
Sintetize o que já foi dito. Recapitule o que já foi
dito; utilize outros exemplos.
Encerre de forma objetiva. O grande orador jamais
encerra seu discurso de forma vaga ou se
desculpando por seu despreparo.

QUALIDADES DE UM BOM ORADOR


Qualidades vitais para se proferir um bom discurso
e, principalmente, influenciar de forma positiva o
público. Neste momento você deve estar se
perguntando: Que qualidades são estas?

Autoconfiança Conhecimento do assunto Boa


Postura
Boa Aparência Expressivo
Possui estilo, estilo próprio. Criativo
Atualizado Objetivo Conciso
Sabe emocionar entusiasmado

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Sabe usar a voz e o corpo Autoconfiança

AUTOCONFIANÇA
A maior parte das pessoas admira aqueles que
conseguem manter a cabeça erguida mesmo em
situações difíceis, dotados de autoconfiança, de
atitudes positivas e seguras. Costumamos pensar
que estas são características de pessoas especiais
que "já nasceram assim". A verdade sobre a
autoconfiança é que ela nada mais é do que o
resultado de um grande exercício diário. E preciso
manter a certeza de que as coisas ficarão mais
fáceis com o passar do tempo. E natural sentir certo
medo quando iniciamos uma atividade nova. Quem
dirige sabe do que estou falando. Nas primeiras
vezes em que nos sentamos diante do volante
começamos a tremer, a nos sentirmos inseguros,
com medo do que poderá vir a acontecer; chegamos
até mesmo a sentir certa falta de ar. Com o passar
dos dias, no entanto, assumimos uma nova postura;
passamos a acreditar mais em nossa capacidade e,

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em pouco tempo, nem nos lembramos do pânico
inicial.

EXPRESSIVO
Segundo pesquisas recentes, foi demonstrado que
existem três componentes na comunicação: palavra,
tom de voz e linguagem corporal. Imagine um orador
que tenha boa postura, boa aparência e seja
empático, mas não se expressa bem, não consegue
reter a atenção do público, por melhor que possa
aparentar.

LINGUAGEM CORPORAL
Nós sabemos que o corpo fala. Dependendo de
como você se apresenta criará, de forma favorável,
boas expectativas no seu público. Mantenha uma
boa postura, suba ao palco com vigor e energia,
olhe para o seu público, se vista bem, trabalhe com
o corpo em sintonia e sincronismo com a sua fala.

POSSUI UM ESTILO PRÓPRIO


A partir do momento em que é apresentado, você
passa a ser o centro das atenções; todos estão lhe
observando e esperando a sua apresentação.

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Devemos aprender com os grandes, até imitá-los em
alguns pontos, mas você precisa ser autêntico, ter o
seu próprio estilo. Procure ser natural; só assim
conseguirá passar melhor a sua imagem.

CRIATIVO
A criatividade é algo que se desenvolve. O
comunicador precisa valer-se dessa qualidade e, em
especial, quando precisar improvisar. Neste curso
veremos vários exercícios para desenvolver a
criatividade. Procure treinar a memória; leia mais
escreva algo diferente etc. Procure trazer para o seu
discurso imagens, quadros verbais, exemplos
próprios e autênticos.

OBJETIVO
O orador, durante sua apresentação, não deve se
desviar de seu objetivo principal. Às vezes, na
empolgação da apresentação, ele resolve citar
outros fatos irrelevantes ao tema e acaba se
desviando muito de seu objetivo principal, perdendo
em impacto e, o que é pior, cansando os ouvintes.

SABE EMOCIONAR

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Sabemos que a maioria das pessoas age mais
através da emoção do que pela razão. Conhecedor
disto, o orador procura se valer dessa qualidade; ele
tem a noção de que, para emocionar o público, não
é preciso chorar ou ficar demasiadamente
desesperado por uma causa. Saber emocionar é
utilizar exemplos, fatos verídicos, trabalhar a
entonação da voz, utilizar a linguagem corporal
adequada etc. O orador precisa transpor o público
para uma situação definida. Para emocionar, o
comunicador precisa estar emocionado!

ENTUSIASMADO.
O entusiasmo é, sem dúvida nenhuma, fator
predominante para o sucesso em qualquer atividade
que se queira desempenhar, mas, para um orador,
pode-se se dizer que é quase tudo o que ele precisa.
O orador precisa acreditar no que está procurando
transmitir, pois só assim conseguirá influenciar seu
público. A grande diferença entre as pessoas de
sucesso e os que fracassam é que os "fracassados"
perderam o entusiasmo.

O INSTRUMENTO DA VOZ

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O aparelho fonador compreende:

O aparelho respiratório: os pulmões, fole e depósito


de ar. São os pulmões que proporcionam ao som
intensidade, força, potência e fôlego.

O órgão vocal vibrante: a laringe com a glote, as


cordas vocais e os ventrículos; é o gerador do som,
o aparelho que proporciona ao som o volume,
através da vibração das cordas vocais.

O sistema de ressonância: as fossas nasais, a


cavidade da boca, o "céu "da boca, a língua, os
dentes, as bochechas e os lábios: são os aparelhos
que proporcionam ao som timbre, colocação e
alcance."".

A voz depende de uma coluna de ar expirado,


(fonação), do reforço ou atenuação de cedas
vibrações nas cavidades supra glóticas
(ressonância), e da modificação do timbre pelos
ressonadores e articuladores.
Os pulmões são "reservatórios de ar" e, ao
provocarmos, através dos músculos, a compressão

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dos pulmões, obrigamos o ar a se escoar através
dos brônquios e da traqueia. Esse ar, ao passar
pelas cordas vocais, faz com que elas vibrem,
produzindo um som que atinge os ressonadores
superiores, onde é aperfeiçoado. O som, assim
produzido, não tem forma; necessita ser articulado.
A articulação é feita pelos articuladores,
comandados pelo cérebro, através dos nervos, que
se distribuem pela língua e pelos lábios. Desta
forma surge a palavra.

A aprendizagem da palavra exige compreensão e


expressão, processos inteiramente ligados. A
compreensão compõe-se de duas partes: recepção
do som e sua transformação em estímulos
nervosos. Esses estímulos dirigem-se aos centros
auditivos, de onde partem outros estímulos
nervosos capazes de produzir associações
cerebrais; nossa mente funciona através de um
complexo mecanismo de associações. Os sons
ganham atributos, que lhes correspondem, e que a
memória fixa. Se ouvirmos a palavra sino, ela
desperta em nós a ideias de forma e das demais
propriedades de um sino ao percorrer os caminhos

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assinalados. Entretanto, se for pronunciada uma
palavra de idioma desconhecido, o som chega aos
centros auditivos sem que se formem associações
cerebrais inteligíveis.

Pregar bem é falar bem; é falar com elegância. O


pregador deve usar a voz com eficácia, a voz é a
arma, o instrumento do pregador. Por isso deve ser
cuidada com o Máximo de sabedoria e prudência.

(RECOMENDO ASSISTIR A VÍDEO AULA DE


NUMERO 04)

COMO CONSEGUIR MELHOR ÊNFASE:


Frequentemente a ênfase recai em mais de uma
palavra, como se, a exemplo das sílabas, existissem
palavras tônicas e subtônicas:

Nós discutimos, e esse é quem ganha um monte de


dinheiro à nossa custa! Não pense que eu esteja de
acordo com esta tolice!

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Ele é um sujeito malvado! Suas filhas são
encantadoras! Rafael é uma autoridade em
Psicologia! Uma pena que ele está morto! Dei
gargalhadas com o Os carito! O perfume é delicioso!
Adoro Portugal! Esse camarada é biruta! Você está
se podando como um palhaço! Casei-me com um
anjo! Um garoto levado da breca! Que cheiro
horrível!

EXERCÍCIOS PRÁTICOS EXERCÍCIO PARA


CORRIGIR A VOZ FRACA
Para corrigir este defeito - desde que não seja um
caso clínico-deve começar-se por adotar uma
posição firme dos ombros e da cabeça, evitando,
porém, a tensão. Sendo a respiração a base da
palavra oral, é necessário prender a inspiração
profundamente e expirar lentamente, de maneira a
garantir o suprimento de ar até o final do
pensamento enunciado.

Às pessoas de voz fraca é recomendável o seguinte


exercício:

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Respire profundamente. Expire lentamente dizendo
em voz alta e compassada: 1,2,3, 4, repita a
operação, contando agora de 1 a 5 Vá repetindo a
operação, aumentando sempre a contagem de mais
uma unidade.

Poderá dar-se por satisfeito se chegar até ao


número 10, enunciando os números em ritmo
pausado, sem pressa. Este mesmo exercício pode
ser feito com a leitura de um número de palavras
cada vez maior. Economizar o fôlego é a primeira
condição para quem deseja falar bem e luta contra o
"Handicap" da inabilidade ou fraqueza vocal.
Aprendido este primeiro passo, é preciso praticar a
graduação do volume da voz. Para isso há um
exercício muito fácil, que consiste na escolha de
uma determinada frase que deve ser repetida de 5 a
6 vezes, com um volume de voz cada vez mais alta.

Um dos exercícios para correção da voz nasal


consiste na repetição de vogais longas e ditongos,
em vos alta:

Aaaaaaaaa Eeeeeeeee Oooooooo Uuuuuuuuu Limmi

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EXERCÍCIO PARA CORRIGIR A VOZ NASAL.
Sinta a diferença ao pronunciar:

UMA UNHA UA AMA MANHÃ AA EM LENHA LE OM


FOME O

Procure destacar a vogal clara do som nasal que a


acompanha: Aaaaaaa - M (AM) Eeeeeee - M (EM)
Imiti-M(1M) Oooooo - M (OM) Uuuuuu - M (UM)

Pelo exercício percebe-se que é possível canalizar


pela boca o ar que expira nos sons claros,
permitindo-lhes sair pelo nariz apenas nos sons
nasais.

EXERCÍCIO PARA CORRIGIR A VOZ ESTRIDENTE.


A estridência é, na maior parte das vezes, um hábito.
Uma das maneiras mais simples de se controlar uma
voz estridente consiste na atenção ao volume da
voz. Fale mais baixo mesmo quando a frase sugerir
um tom alto. Pronuncie em meio tom frases altas
como estas:

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- Olá! Como vai? - Muito prazer em vê-lo! - Ah, ele é
um sujeito formidável! - Adorei a fita! - Gosto
imensamente desse camarada! - Olhe aqui, eu não
admito brincadeiras!

EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO GLOBAL

Posição:

Decúbito dorsal (deitado de costas).


Pés ligeiramente afastados, braços separados do
tronco, palmas da mão viradas para cima ou para
baixo (como você se sentir melhor).
A coluna vertebral deverá ficar de modo a não
interferir na respiração ou circulação.

Mentalmente, com os olhos fechados, vá


focalizando as partes do seu corpo, imaginando que
elas estão bem leves e descontraídas na seguinte
ordem:

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Pés Pernas Coxas Quadris Abdômen Tórax Nuca
Pescoço Rosto (boca, nariz, olhos, ouvidos).
Sobrancelha Testa

A seguir, imagine uma paisagem (praia, campo, etc.)


e sinta-se dentro dela por alguns minutos; logo
depois, comece a pensar em Deus e a imaginar as
coisas que você deseja. Fique nesse estado de
descontração por mais alguns minutos. Em seguida,
comece a abrir os olhos devagarzinho e vá mexendo
cada parte do seu corpo bem devagarzinho também,
como se estivesse espreguiçando. Procure não se
levantar bruscamente; primeiro sente-se e fique um
pouco nessa posição para depois se levantar.

EXERCÍCIO DE RELAXAMENTO ESPECÍFICO


Ombros

Elevar os dois ombros. Elevar o ombro direito.


Elevar o ombro esquerdo. Girar os dois ombros para
frente. Girar os dois ombros para trás. Girar o ombro
direito para frente. Girar o ombro direito para trás.
Girar o ombro esquerdo para frente. Girar o ombro
esquerdo para trás.

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Mandíbula

Abrir e fechar a boca lentamente. Abrir a boca


lentamente e fechá-la rapidamente. Abrir a boca
rapidamente e fechá-la lentamente. Com a boca
aberta, movimentar a mandíbula para um lado e para
o outro.

Lábios

Fazer um bico com os lábios. Fazer um bico com os


lábios e puxá-los bem para trás. Fazer um bico com
os lábios abertos. Fazer um bico com os lábios
abertos e puxá-los bem para trás. Com os lábios
unidos, puxá-los para o lado direito, depois para o
lado esquerdo. Morder o lábio superior e

em seguida o inferior. Vibrar os lábios. Encher os


lábios de ar. Pressionar os lábios suavemente.
Pressionar os lábios fortemente. Equilibrar um lápis
colocado entre o nariz e o lábio superior.
Exercício de Relaxamento Específico

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Língua

Abrir a boca e estirar a língua. Abrir a boca


lentamente e estirar a língua rapidamente. Abrir a
boca rapidamente e estirar a língua lentamente. Com
a boca fechada, movimentar a língua para o lado
direito e para o esquerdo.
Observação: Alterne estes exercícios com o
exercício de Relaxação Global, isto é, no dia em que
fizer Relaxação Global, não faça Relaxação
Específica e vice-versa.
Exercícios Respiratórios

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Para se instalar a respiração correta (costa
diafragmática), os exercícios deverão ser feitos
inicialmente em posição deitada; quando instalada,
poderão ser feitos em posição sentada ou em pé.
Deve-se notar que, ao inspirar, as costelas se
alargam lateralmente e o abdômen se expande; e, ao
expirar, as costelas se estreitam e o abdômen se
contrai. Obs.: os exercícios respiratórios deverão
ser feitos usando-se sempre inspiração nasal e
expiração bucal.

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Outras Observações

EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS

Inspirar lentamente e expirar lentamente. Inspirar


lentamente e expirar rapidamente. Inspirar
rapidamente e expirar lentamente. Inspirar
rapidamente e expirar rapidamente.

Executar os quatros exercícios acima fazendo uma


pausa entre a inspiração e a expiração. Inspirar,
expirar, pausa, expirar (expiração em dois
momentos).

Ir aumentando os momentos progressivamente.


Inspirar, expirar, pp, expirar, pg, expirar. Inspirar,
expirar, pg, expirar, pp, expirar. Inspirar, expirar, pg,

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expirar, pg, expirar. Inspirar, expirar, pp, expirar, pp,
expirar, pp, expirar.

Fazer os quatro exercícios acima com outras


variações nas pausas. Inspirar, 1, 2, expirar (Contar
lentamente).

TRAVA - LÍNGUAS PARA DESTRAVAR LÍNGUAS.


Este exercício irá ajudá-lo a melhorar a pronúncia de
palavras e frases. Leia uma vez e vá aumentando
gradativamente a velocidade até que fique bem
rápido e bem claro.

Num prato de trigo comiam três tigres. 2.


Paralelepípedos pretos pontilham pelas podadas. 3.
Um tigre, dois tigres, três tigres. 4. A aranha arranha
a rata, a rata arranha a aranha. 5. Comprei poucas
capas pretas práticas perto da Praça Petrópolis. 6. O
peito do pé de Pedro é preto, é preto o peito do pé
de Pedro.

A gata amarrada arranha a aranha A Alma amada


acalanta, abranda, acalma. A fraca franga abalada
arrasta a asa. A Andrade armava a adaga, aplanava a

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alamana. A Ada andará a Araxá, Amapá, a Havana. A
lagarta ataca a arara. A Alba arava a grama. A Ana
anã aclamava a Alá. Abdala alcança a ágata acata a
ata. Bétulas balançavam a barca, baixando a
banqueta,

barulhenta. Bondosa beldade balzaquiana


beneficiará Belgas, beligerantes, belonaves,
benevolamente. Carmem coquete concorda com a
cor

O agrônomo aclama o colega que queria comer a


casca do caqui. Quem corre com galhardia ganha
grandes competições com quem compete com
capacidade quantitativamente curta. Caio, com o
corpo coberto com cordas, cantarolava com o
clarim. Carlos caça crocodilos, caracóis, cangurus
que contornam caudaloso canal, a catarata, a
comporta. Quando cooperamos com aqueles que
cooperam conosco conseguimos grande conceito.
Cabelos cobriam corpos cálidos catadupas
cadentes. "Quem casa quer casa". O capenga
cangaceiro capengava na capoeira do cangaço.

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Dagoberto, doutor, descreve dezenas de doutrinas e
dogmas, adotando o doutoramento dele editado.

Comprei uma arara em Araraquara. Três pratos de


trigo para três tigres. Toco preto, porco crespo. Pia,
um pinto dentro da pia, pia quando a pipa pinga. Se
a pipa pinga, o sintopia, se pia O pinto a pipa pinga.
E o pinto dentro da pia piando a entupia.

As bruzundangas do bricabraque do Brandão


abrangem broqueis de bronze brunido, Brocados
bruxuleantes, brochuras, breviários, abrochas
brasonadas, abrigos e brinquedos.
A entrada triunfal de trezentos truculentos troianos
em trajes tricolores com seus trabucos, trombones e
triângulos, transformou o tráfego intranquilo.
A frota de frágeis fragatas fretadas por frustrados,
franco atiradores, enfeados de frio, naufragou na
refrega com fermentos, frecheiros africanos.

PECADOS CAPITAIS NA LÍNGUA PORTUGUESA


Concordâncias Uso dos pronomes Singular & Plural
Ortografia Formas Verbais Evite a todo custo Uso
inadequado das palavras

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Concordância

"Fazem" dez dias. Fazer, quando exprime tempo, é


impessoal (não varia): Faz dez dias. /Fez dois
meses. / Fazia cinco séculos.
"Haviam" muitos alunos. Haver, no sentido de
existir, também é invariável: Havia Muitos alunos na
classe. /Houve muitos acidentes. /Pode haver novos
casos de dengue.

"Existe" muitas expectativas. Existir, bastar, faltar,


sobrar e restar são regulares e variam normalmente:
Existem muitas expectativas. /Bastariam dois
trabalhadores. /Sobravam ideias, mas faltavam
recursos. /Restavam casos insolúveis.

"Vende-se" terrenos. O verbo concorda com o


sujeito: Vendem-se terrenos. /Alugam-se casas. /Na
vida cometem-se injustiças. Se houver preposição
depois do verbo, ele fica invariável: Trata-se dos
amigos mais leais. /Precisa-se de balconistas.
/Recorre-se a todos.
Concordância

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"Obrigado" disse a moça. Obrigado concorda com o
sexo da pessoa: "Obrigada", disse a moça.
/Obrigado pela dedicação. /Muito Obrigado por tudo.

Estava "meia" adoentada. Meio, advérbio, não varia:


meio adoentada, meio louca, meio atrasada. As
frutas custam 5 "real". A moeda tem plural, regular:
As frutas custam 5 reais.
Ele é um dos que "pensa" assim. Um dos... Que faz
a concordância no plural: Ele é um dos que pensam
assim (dos que pensam assim, ele é um). / O amigo
foi uma das pessoas que mais o apoiaram. /Não sou
dos (ou daqueles) que acham isso.
Concordância

Medidas "econômicas-financeiras". Nos adjetivos


compostos, só o último elemento varia: medidas
econômico-financeiras, acordos político partidários,
partidos socialdemocratas.
Ela "mesmo" o convidou Mesmo, quando equivale
próprio, varia normalmente: Ela mesma (própria) o
convidou. / As vítimas mesmas prenderam os
bandidos (as próprias vítimas prenderam...).

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O Termômetro marcou os “graus”. Zero é singular,
sempre: zero grau, zero hora, zero quilômetro.

CONCORDÂNCIA
"Deixou-me" triste essas notícias. Use o cedo:
Deixaram-me triste essas notícias. Cuidado, pois é
comum o erro de concordância quando o verbo está
antes do sujeito: Foram iniciadas hoje as obras (e
não "foi iniciado" hoje as obras).

A dedicação dos filhos "servem" de exemplo.


Palavra próxima ao verbo não deve influir na
concordância: A dedicação dos filhos serve de
exemplo. / A lista dos amigos ausentes provocou
espanto (e não "provocaram" espanto.

Já "é" 10 horas. Horas e as demais palavras que


definem tempo variam: Já são 10 horas. /Já é (e não
"são") 1 hora. /Já é meio-dia.
Chegue ao meio-dia e "meio". Como está implícita a
palavra hora, o cedo é: Chegue ao meio-dia e meia
(hora).

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O USO DOS PRONOMES

O livro é para "mim" ler. Mim não lê, porque não


pode ser sujeito. O Verbo está no Infinitivo Assim:
para eu ler, para eu fazer, para eu escrever.

Está tudo cedo entre "eu" e você. Depois de


preposição, usa-se mim ou ti. Está tudo certo entre
mim e você. / Está tudo cedo entre eles e ti.

Deixei "ele"no serviço. Eu, tu ele, nós, vós e eles


não devem ser empregados como objeto direto.
Assim: Deixei-o no serviço. / Viu-a na festa. / Mande-
os voltar. / Encontrou-nos no lugar marcado.

Não "lhe" conheço. Lhe não pode ser usado com


verbos diretos, pois substitui a ele, a eles, a você, a
vocês: Não o conheço. / Nunca a deixarei. / Nós o
convidamos. / O marido a ama. Dois exemplos com
lhe: Pedi-lhe (pedi a ele) o favor. / Ficou contente e
lhe (a ele) agradeceu.

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A firma "daria-lhe"a promoção? Não se usa
pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos,I hes)
depois, de futuro do presente, futuro do pretérito
(antigo condicional) e particípio. Assim: A firma lhe
daria (ou dar-lhe-ia, forma rebuscada atualmente) a
promoção? / Eles se afirmarão pela competência (e
nunca "afirmarão-se"). / O Colega nos fará (e não
"fará-nos" ) o favor. / Havendo-me pedido... (nunca
"havendo pedido-me"...).

É claro que "trata-se" de engano. O que atrai o


pronome: É claro que se trata de engano. / Disse ao
amigo que se arrependeu. O mesmo ocorre com as
negativas: Não o diga a ninguém. / Nunca lhe revelei
o fato. / Ninguém nos procurou.

Quando "falava-se" dele... Quando e outras


conjunções subordinativas (enquanto, como,
embora, segundo, etc.) atraem o pronome: Quando
se falava dele.../ Enquanto o prestigiaram.../ Como
lhe pediram... / Embora se cuide... / Segundo nos
disseram...

SINGULAR & PLURAL

36
Você viu "o meu" óculos? Concordância no plural:
Você viu os meus óculos? Igualmente: meus
parabéns, os parabéns, meus pêsames, seus
ciúmes, nossas férias, os patins, meus patins.

Tornaram-se "cidadões" do mundo. O certo:


Tornaram-se cidadãos do mundo. Veja mais alguns
plurais em ãos: acórdãos, artesãos, bênçãos,
cristãos, irmãos, órfãos, órgãos, pagãos.

Descendiam de "alemões". Algumas palavras em ão


têm plural em ães: Descendiam de alemães.
Igualmente: cães, capelães, capitães, catalães,
escrivães, pães, sacristães, tabeliães.

Eram "caráteres" divergentes. O plural de caráter é


caracteres: Eram caracteres divergentes.
/Convivia com maus-caracteres (e não "maus-
caráteres"). Outros plurais dignos de nota: júnior,
juniores; sênior, seniores; gãngster, gângsteres;
pôster, pôsteres.

Preferia os tons "pastéis". Cor, quando expressa por


substantivo, não varia: Preferia os tons pastel.

37
/ Ternos cinza, camisas rosa, blusas creme. É como
se fosse: ternos (cor de) cinza. Já o adjetivo varia
normalmente: vestidos azuis, bandeiras verdes.
Exceção: roupas marinho.

Usava camisas "azuis-claras". No nome de cor


formado por dois adjetivos, só o segundo varia:
camisas azul claras, símbolos verde-amarelos.
Exceções: ternos azul-marinho, blusas azul-celeste.

Águas "azul-turquesas". No nome de cor em que


pelo menos um dos termos é substantivo, o adjetivo
composto fica variável: águas azul turquesa, blusas
amarelo-canário, paredes cinza-claro.

Raios "ultravioletas". Violeta é substantivo e, por


isso, o derivado não varia: raios ultra-violeta. Evite
confusão com raios infravermelhos ou radiações
infravermelhas: vermelho varia por ser adjetivo.

A modelo usou diversos “chapéis”. Acrescente um s


apenas à palavra terminada por vogal + u: chapéus
(e nunca “chapeis”), troféus, degraus ( e nunca

38
“degrais” ). Os finais al e el ;e que resultam em ais e
eis: fatais , papéis.

Os países “tem” interesses. Tem é o singular de


têm, o plural: O país tem interesses, os países têm
interesses. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e
põem: Ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.

A carne “contêm” proteínas. Nos derivados de ter e


vir, o singular termina ém e o plural , em êm: A carne
contém, os homens mantêm; ele convém, eles
sobrevem.

ORTOGRAFIA
Estava “paralizado” de medo. O s existente entre
duas vogais no substantivo também está presente
no verbo: Estava paralisado (de paralisia) de medo.
lgualmente: paralisante, paralisação. / Vamos
analisar (de análise) os resultados. / Carro com
catalisador (de catálise) polui menos. / A moda
agora é alisar (de liso) os cabelos.

Vamos “organisar” a festa? É izar a terminação que


indica ação de fazer e se agrega a um adjetivo ou

39
substantivo terminado em r, I, n ou vogal: Vamos
organizar a festa? Outros exemplos: horror,
horrorizar; banal, banalizar; cânon, canonizar; cota,
cotizar; suave, suavizar; escravo, escravizar.
Relacione todas as “excessões”. O certo é
exceções. Veja outras grafias erradas e, entre
parênteses, a forma correta: “beneficiente”
(beneficente), “xuxu” (chuchu), “vultuosos”
(vultoso), “concoenta” (cinquenta), “zuar" (zoar),
“frustado” (frustrado), “advinhar” (adivinhar),
“benvindo” (bem-vindo), “ascenção” (ascensão),
“pixar” (pichar).êm.

Não admito "previlégios". A palavra escreve-se com


i: Não admito privilégios. Outros usos do e ou i:
empecilho (e não "impecilho"), invólucro (e não
"envólucro"), calcário (e não "calcáreo"), mexerica
(e não "mixirica"), aborígine (e não "aborígene"),
despendido (e não "dispendido), prevenir (e não
"previne).
Ela não sai do "cabelereiro". Relacione palavras
para evitar erros: Ela não sai do cabeleireiro (de
cabeleira)./ Era um encontro prazeroso (e não

40
"prazeiroso" — vem de prazer). / Atenção, vamos
maneirar (e não "manerar" —vem de maneira).

FORMAS VERBAIS
Não gostaria que o "receiassem". O i está sobrando:
Não gostaria que o receassem. Igualmente:
passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i
quando o acento cai no e que precede a terminação
ear: receiem, passeias, enfeiam).
Se você o "ver" por ai... O certo: Se você o vir , revir,
previr (de ver). Assim como: Se eu vier, convier (de
vir); se eu detiver , mantiver (de ter); se ele impuser,
dispuser (de pôr); se ele satisfizer, se nós
perfizermos (de fazer);se nós bendissermos (de
dizer).

Você quer que eu "digo"? o adequado: Você quer


que eu diga? Recomendação, suposição, dúvida,
desejo e opinião são expressos pelo substantivo:
Acredito que seja o melhor. / Temia que o plano não
desse certo. / Pediu que você ficasse. / Duvido que
ele venha hoje.

41
A ONU "intermedia" conflitos. Mediar e intermediar
segue odiar: A ONU intermedeia conflitos. /
Empresários medeiam negócios.

Nada "remedia" seu pesar. Remediar, ansiar,


incendiar, também se conjugam como odiar: Nada
remedeia seu pesar./ ela anseia, eles incendeiam.
Odiar e os verbos que o seguem formam o nome
MARIO: Mediar, Ansiar, R-emediar, I-ncendiar e O-
diar.

Não se "adequam"ao cargo. Não existem as formas


"adequa", "adequam", "adegue", "adeguem", etc.,
mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o:
adequaram, adequou, adequasse, etc.

Cuidado que eu "expludo". Explodir só tem as


formas em que depois o d vem e ou i: explodem,
explodiram, explodisse, etc. Portanto, substitua
"exploda" ou "expluda" por rebente, estoure, etc.

USO INADEQUADO DAS PALAVRAS


Não há "qualquer" perigo. É nenhum, e não qualquer
que se emprega depois de negativas: Não há

42
nenhum perigo. / Ninguém lhe fez nenhum favor. /
Nunca armou nenhuma confusão.

Conhecia "todo" Estado. Todo o (ou toda a) é que


significa inteiro: Conhecia todo o Estado (o Estado
inteiro). / Toda a rede de lojas (a rede inteira) foi
fechada. Sem o, todo quer dizer cada qualquer: todo
homem (cada homem) é mortal. / Todo cidadão
(qualquer cidadão) exige segurança.

Gostava de "todos" colegas. No plural, todos


exigem os quando determina um substantivo:
Gostava de todos os colegas. / Todos os dias eram
iguais para ele.

Procurei o médico e "o mesmo" estava fora. Não se


pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou
substantivo: Procurei o médico e ele estava fora. /
Os diretores se reuniram e amanhã conheceremos
as decisões deles (e não "dos mesmos").

A entrevista "onde"... Onde só deve ser usado para


lugar físico: A casa onde ele mora. / Essa é a firma
onde ele trabalha. Nos demais caso use em que: A

43
entrevista em que o ministro comunicou sua saída. /
A tese em que ele defende essa ideia. / O disco em
que ele canta.

Ele "sequer" telefonou. Sequer significa ao menos e


exige negativa antes: Ele nem sequer telefonou. /
Partiu sem sequer nos avisar (sem é uma negativa). /
Não deu sequer um suspiro.

Eu, a Bíblia...
Eu, a Bíblia, estou em suas mãos. Quero ser uma
bênção para você. Então atente para as verdades
que lhe digo e para os conselhos que lhe dou ao
pórtico de qualquer leitura de minhas páginas:

Sou o Livro dos Livros Nenhuma criação ou obra


humana se sobrepõe a mim, porque sou a Palavra
Inspirada do Senhor (II Tim. 3:16);

Não sou livro de ciências, embora a elas faça


algumas referências: sou o Livro do Coração de
Deus para o seu coração carente de alimento
espiritual. (Sal. 42:1-2);

44
Apresento cenas, painéis, histórias, provérbios,
poesias, lutas de reis, fatos sociais vulgares,
intrigas palacianas, atitudes nobres, procedimentos
vis, fracassos e vitórias de grandes personalidades,
santos e ímpios, e faço-o com inteira imparcialidade.
Sou a Verdade (João 17:17);

Entro em aposentos de reis e príncipes, em


casebres paupérrimos, em escritórios de sábios e
de inteligências menos aquinhoadas, para lhes
anunciar o maior amor, o amor de Deus em Cristo
Jesus. Sou o Livro mais popular do mundo (Is 11:9)

Vivo na mente e no coração de milhões de criaturas.


Se eu desaparecesse da face da Terra agora, grande
parte do que tenho e sou seria reconstituída por
leitores meus e cristãos piedosos que não se
envergonha de mim (Rom 1:16);

Desejo ser pão para a sua fome da verdade (João 6),


água para a sua sede de vera Justiça (Atos 17:3),
bálsamo para as suas angústias e sofrimentos

45
morais (Mat 11:28), bússola para todas as suas
peregrinações neste mundo (Sal 119:19);

Por mim aprenderá que há um Deus só, um


Mediador entre o Pai e você (I Tim 2:5), um Mestre e
Senhor (João 13:13) - JESUS. Esperança nossa (I Pe
1:3). Amigo sem par (João 13:1);

Moisés teve de tirar as sandálias dos pés para pisar


a terra santa (Ex 3:5). Descalçar as sandálias da
vaidade humana, porque vai meditar na Catedral do
Espírito. Em mim Fala o Senhor (1:2);

Não me manuseie com altivez acadêmica, mas com


humildade, com o santo propósito de ouvir a
mensagem de Cristo, a luz do Mundo (João 8:12).
Diga como o jovem Samuel: - "Fala, Senhor, porque
o teu servo ouve". (I Sam 3:5, 10);

Com oração e sossego, com amor e fé, com


singeleza de coração, aproxime-se de mim e o Deus
da verdadeira Paz será com você eternamente (Fil
4:9).

46
" O que também aprendestes, e recebeste, e ouviste,
e viste em mim, isso fazei; e o Deus de Paz será
convosco".

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

MÉTODOS DE ESTUDOS DA BÍBLIA

O estudo metódico das escrituras fará você


aprender termos e ideias que lhe parecerão novas, e
você notará como o Espírito Santo ilumina as
escrituras, nos dando a revelação das verdades
escritas.

PRINCÍPIOS DE ESTUDO DA BÍBLIA

Vá você mesmo, diretamente ao texto.


Ouvir (procure está atendo, ao que você ouve, pois
nas palavras sábias adquirimos sabedoria para a
nossa vida com Deus).

Observar o que diz o contexto.

47
TEXTO; são as palavras contidas numa passagem.
Um conjunto de palavras, frases escritas, exemplo:
o texto de um livro, de um estatuto, de uma
inscrição, etc.;

CONTEXTO; É à parte que fica antes e depois do


texto que estamos lendo. O contexto pode ser
imediato ou remoto. Pode ser um versículo ou um
capítulo como também pode ser um livro inteiro,
como é o caso do livro de Provérbios. O Dicionário
da Língua Portuguesa diz que contexto é:
Encadeamento das ideias dum escrito; Aquilo que
constitui um texto no seu todo; composição,
conjunto, todo, totalidade, argumento ou assunto.

“Um texto sem contexto tornar-se pretexto para


muitas heresias”

Faça anotações das conclusões do seu estudo

“Não confie na memória, ela pode falhar, faça


anotações de frases, pensamentos, etc...”. Estude
constantemente e sistematicamente.

48
“A perseverança não traz perfeição, leia a bíblia o
mais que você puder”. Transmita aos outros os
resultados do seu estudo.
Aplique o seu estudo a sua própria vida. (Vive-la e
aplica-la a si mesmo – Ed 7.10)

ESTUDO PELO MÉTODO ANALÍTICO.

O Método analítico estuda o texto em seus


pormenores e detalhes, analisando todos os
aspectos por mais insignificantes que pareçam,
podemos chamar este método de “MÉTODO
MICROSCÓPIO” de estudo das escrituras, pela
minuciosidade, examinando cuidadosamente, frase
por frase, versículo por versículo.

ESTUDO PELO MÉTODO SINTÉTICO.

O método sintético aborda cada livro como uma


unidade inteira e procura entender o seu sentido
como um todo. Não considera os pormenores, mas
procura analisar o livro de forma Global. Este

49
método também é chamado de “MÉTODO
TELESCÓPIO” de estudar a bíblia.
Descubra o tema principal do livro. Desenvolva o
tema principal do livro.
“Indique os temas, atmosfera e forma literária do
livro”.
(leia o livro escolhido quantas vezes forem
necessárias, durante a leitura faça anotações dos
termos que você não compreende que exigem
atenção especial, conceitos profundos que
requerem mais estudos.).

ESTUDO PELO MÉTODO TEMÁTICO.

O estudo pelo Método Temático analisa um tema a


ser desenvolvido ou uma doutrina teológica. Através
deste método, você pode criar estudos em vários
assuntos, dentro de um único texto.

ESTUDO PELO MÉTODO BIOGRÁFICO.

Através deste método, você descobre a


descendência, as qualidades pessoais do autor e
outros.

50
EXEMPLO: Biografia do Apostolo Paulo (II
Coríntios)

Descendência – Hb 11.22
Experiência de conversão.
Chamada ao ministério.
Suas qualidades pessoais.
Sua relação com os outros.
vida Ministerial.

ESTUDO PELO MÉTODO HISTÓRICO.

Estuda o fundo histórico de um livro. Procurando


analisar todos os fatos como: data, lugar, ocasião
do escritor, o escritor e sua identidade,
destinatários, suas características e problemas,
etc...

REGRAS BASICAS DE INTERPRETAÇÃO:

1ª Regra - É preciso, o quanto seja possível, tomar


as palavras em seu sentido usual e comum;
2ª Regra – É de todo necessário tomar as palavras
no sentido que indica o conjunto da frase;

51
3ª Regra – É necessário tomar as palavras no
sentido indicado no contexto, a saber, os versículos
que procedem e seguem ao texto que se estuda;
4ª Regra – É preciso tomar em consideração o
objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que
ocorrem as palavras ou expressões obscuras;
5ª Regra – É necessário consultar as passagens
paralelas, porém, há paralelos de palavras, de ideias
e de ensinos gerais.

Na abordagem de um texto bíblico devemos levar


em consideração pelo menos três aspectos básicos
para uma boa interpretação. Dizemos então que a
interpretação de um texto tem um aspecto primário,
um prático e um profético.

O aspecto primário – É o que podemos chamar de


interpretação literal. Vale o que está escrito. É claro
que devem ser levados em consideração os
princípios básicos da interpretação, inclusive a
apreciação do contexto, mas o que está escrito,
nessa abordagem, é o que mais conta.
O aspecto prático – É a adaptação do que está
escrito a outra realidade. De um modo geral, os

52
pregadores fazem uso de uma interpretação prática
para anunciar a mensagem. Na interpretação prática,
adaptamos a mensagem bíblica às nossas
necessidades e os nossos anseios.
O aspecto profético – É a aplicação do texto bíblico
a uma esperança; a um momento que vai acontecer
no futuro. É a própria esperança de que as verdades
bíblicas anunciadas no texto se cumprirão nas vidas
das pessoas, da Igreja ou no mundo.

Vamos a um exemplo: Leiamos Ez 37.1-14.

Interpretação primária – Ezequiel teve uma visão na


qual anunciou a mensagem de deus aos ossos
secos que tornaram a viver se transformando em
uma grande multidão. Da mesma forma, o profeta
deveria profetizar ao povo de Israel, que estava
morto como aqueles ossos, para que o povo
voltasse a ter vida.
Interpretação prática - Deus está falando hoje aos
seus verdadeiros ministros para que falem aos
ossos secos deste mundo, ou seja, às igrejas sem
vida e aos homens sem Deus, afim de que o Seu

53
Espírito possa, através de Jesus Cristo abençoar
lhes com vida abundante.
Interpretação profética – O texto bíblico é uma
mensagem de que no fim dos tempos o Espírito de
Deus será derramado sobre toda a carne, a terra
será transformada e todos viverão a verdadeira vida.

A ESPIRITUALIZAÇÃO DO TEXTO

Um erro que se deve evitar na interpretação da bíblia


é o de se espiritualizar tudo. A bíblia é um livro que
registra a vida de um povo em todos os seus
aspectos. A mensagem de Deus leva em
consideração as pessoas como elas são e se
preocupa com as suas necessidades em todas as
áreas e dimensões.
Muitos pregadores têm o defeito de transformar
tudo o que leem em matéria puramente espiritual,
esquecendo-se de que o homem também vive de
pão.
Quando a Palavra de Deus se refere ao pobre, está
se referindo ao pobre mesmo, àquele que não tem
dinheiro e que depende de outros para viver. O fato
de existirem pobres de espírito não significa que

54
todos os pobres mencionados na Bíblia o são
apenas “de espírito”.
Se a Bíblia fala que Deus cura os enfermos, então
não devemos cair na tentação de acreditar que os
enfermos da Bíblia são pessoas com doenças
simplesmente espirituais.
Ao prometer vida com abundância, Jesus está
falando da vida aqui na terra e não somente da vida
eterna. Da mesma forma acontece com outras
palavras e expressões comumente interpretadas
num sentido espiritualizado quando se referem a
coisas concretas.

APLICAÇÃO DE TEMAS E DESENVOLVIMENTO DA


MENSAGEM

Falar em público não é uma tarefa fácil, pregar é


comunicar a mensagem Bíblica. E as dificuldades
mais comuns da pregação bíblica encontram-se nas
seguintes áreas:
1ª Falta de preparo adequado do pregador.
A falta de estudo por parte do orador deixa a
pregação pobre e sem vida.

55
2ª Falta de unidade corporal na prédica.
Uma mensagem que consiste numa mera junção de
versículos bíblicos, às vezes até desconexos,
pulando de um livro para outro, sem unidade
interior, sem um tema organizador.

3ª Falta de aplicação prática às necessidades


existentes na igreja.
A mensagem deve mostrar como colocar em prática,
o ensino da palavra de Deus. Pregar toda a verdade!

4ª Falta de um bom planejamento ministerial.


O pregador eficiente tem de planejar sua pregação
com antecipação. Muitos pregadores falam sem
nenhum plano ou propósito.

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA COMUNICAÇÃO

Três elementos, no mínimo, participam da prédica:


O pregador, o ouvinte e Deus.

56
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

1º EMISSOR: É aquele que transmite a mensagem –


O mensageiro – que depende de: Veículos: Boca,
voz, corpo, gestos, odor, sabor, palavras, tato e
toque.
Métodos: Comunicação sonora, comunicação
visual, comunicação olfativa, comunicação gustativa
e comunicação táctil.
Decodificadores: ouvidos, olhos, olfato, gustação e
tato.
O pregador, não transmite a mensagem ao apenas
com a voz; usa também o corpo. O mesmo ocorre
com o ouvinte, que não apenas ouve, mas percebe
através de seus órgãos sensoriais.
2º MENSAGEM: É aquilo que o emissor transmite –
A mensagem contém: Ideia – Imagem mental
Código – Sinal convencional

Veículo – Instrumento ou aparelho


Método – Caminho a ser percorrido até o receptor.
3º RECEPTOR: É o ouvinte, o auditório.

57
Na comunidade Evangélica, o emissor é o pregador;
a mensagem é o produto representativo da
homilética, seja qual for o método (oral; musical;
impresso; testemunho; etc...). A mensagem precisa
ter: Assunto, tema, texto, introdução e conclusão.

ELABORAÇÃO FORMAL OU ESQUEMATIZAÇÃO DO


SERMÃO

A estrutura do sermão merece nossa atenção, nosso


esforço e paciência para a devida preparação. Nossa
atenção volta-se para o título, a introdução, as
proposições, o esboço propriamente dito, as
discussões e ilustrações, as aplicações e,
finalmente, para a conclusão da prédica. Plínio
Moreira da Silva nos apresenta uma esquematização
de sermão, conforme se vê:

EXEMPLO DE ESBOÇO

TITULO

58
TEXTO

INTRODUÇÃO

TESE:

ASSUNTO
1º ARGUMENTO
2º ARGUMENTO
3º ARGUMENTO
4º ARGUMENTO

59
CONCLUSÃO

APELO

Título: O título da mensagem especifica o assunto


sobre o qual o pregador irá falar. A definição do
título é um dos últimos itens a serem elaborados na
mensagem. É mais fácil definir o título depois de
feita à exegese, depois de o esboço ter sido
elaborado, a não ser que seu sermão seja tópico.
A definição do título exige tempo e bastante
reflexão: O título é claro e compreensível? É
pertinente ao texto bíblico? Relaciona-se com o
esboço? Ele contém alguma contradição? Chama a
atenção do auditório?
O título pode ser expresso como uma afirmação,
interrogação, exclamação ou até como uma citação
ou parte de um versículo.

60
Introdução: A introdução é o prenúncio do que se
pretende dizer, e deve estar intimamente ligado ao
pensamento central do sermão, não podendo
desviar-se do texto. A introdução é o processo pelo
qual o pregador procura preparar a mente dos
ouvintes e prender-lhes o interesse na mensagem
que vai proclamar. A introdução é à entrada do
sermão, uma proposição breve, o anúncio do que se
pretende dizer.
Os objetivos principais da introdução são
conquistar a atenção do auditório e despertar seu
interesse pelo tema da predica. Uma boa introdução,
preparada e memorizada, dá ao pregador segurança,
tranquilidade, firmeza e liberdade na pregação. É
importante que o ministrante evite na introdução e
no todo da mensagem, as promessas que não pode
cumpri-la, tais como, batismo no Espírito Santo,
Salvação, curas e outras promessas, que só o
Senhor pode realizar. “Disse Jesus: Sem mim nada
podeis fazer”.
A importância da introdução

Deve provocar interesse e despertar a atenção dos


ouvintes

61
Deve ser pertinente ao assunto Deve ser breve e
proporcional
Deve ocupar no Máximo 15% do tempo que será
usado
Deve ser clara, simples e objetivas, não usando
palavras de difícil compreensão para um público
leigo.
Deve ser interessante. Observando o tipo de
auditório a ser ministrado.

Argumentação: A argumentação é o corpo do


sermão. É a parte dividida em pontos e até
subpontos. É desenvolvido à medida que
analisamos o texto bíblico. O desenvolvimento do
sermão deve ser funcional, precisa conter:
Explicação, ilustração e aplicação.

Esboço: A elaboração de um bom esboço é uma arte


em si. O esboço surge por meio de estudo
exegético. Um esboço bem ordenado e harmônico
ajuda o pregador a obter clareza de ideias.

62
Para fazer um esboço ordenado devemos observar
alguns princípios: 1º Ele deve corresponder ao
tema.
2º Ele deve corresponder ao texto bíblico.
3º Ele deve ser ordenado sequencial e
progressivamente. 4º Deve conter uma só ideias.
5º Deve estar gramaticalmente correto e coerente.
“Nunca misture os tempos!” (presente, passado e
futuro).

Ilustrações: O significado de o termo ilustrar é


tornar claro, iluminar, esclarecer mediante um
exemplo. Existem várias formas de ilustração. Ela
pode ser: Pessoal, Histórica, Literária, Técnica,
Analógica, Metafórica, Alegórica ou Parabólica.
Portanto os exemplos bíblicos são as melhores
ilustrações.

A ilustração deve afirma ou reforça a tese do sermão


A ilustração deve ter lições objetivas
A ilustração deve levar o ouvinte a visualizar a cena
prescrita pelo pregador.

63
Conclusão: A conclusão é o desfecho final, como
resumo e aplicação da mensagem. Deve ser breve e
segura.

Evite as ameaças de conclusão

Cuidado, certos chavões dão a entender uma


conclusão, quando não está acontecendo.
A conclusão deve ser bem planejada e breve.
Para não perder seus objetivos da mensagem,
conclua através de apelo. É um dos métodos mais
prático.
A boa mensagem merece cuidados especiais em
sua conclusão. Pois uma má conclusão pode fazer
com que você perda o alvo da mensagem.
Deve ter a mesma importância que a introdução,
pois uma má conclusão pode fazer você perder tudo
aquilo que construiu;
Deve vir como uma boa sobremesa, após a refeição;
dever ser dinâmica;

É a parte mais importante do sermão, pois é na


conclusão que se faz o apelo aos domésticos da fé,
e aos descrentes.

64
Se devermos começar bem, temos que terminar
bem.

COMO ORGANIZAR OS PENSAMENTOS


DO SERMÃO

As qualidades essenciais de um sermão bem


organizado são:
UNIDADE – Para haver unidade, os pontos devem
desenvolver o assunto ou tema, cada um ocupando
o seu devido lugar. O sermão deve ter uma ideia
central e harmonia no desenvolvimento dessas
ideias.
ORDEM LÓGICA – Um sermão é bem organizado e
alcança o seu objetivo, quando trás ideias claras e
em ordem lógica.
PROPORÇÃO-Quando falarmos em proporção está
nos referindo a porção de tempo de cada divisão de
ideias. Dividir o tempo em partes iguais, para não
descoordenar a linha de pensamento.
PROGRESSO-É o movimento dos pensamentos em
direção ao alvo. “Cada divisão, subdivisão, e até

65
ilustrações, tem que apontar como uma flecha na
direção do alvo, em ordem crescente”.
Um sermão bem organizado, dividido corretamente,
com linhas claras e definido, é preferível aquele que
divaga por toda a bíblia. Para facilitar a exposição da
mensagem, adotam-se divisões numeradas.

Os pontos principais devem ser assinalados com


algarismos Romanos;
Os pontos secundários ou subpontos, com
algarismos arábicos ou letras Maiúsculas, seguidos
de ponto (o sinal);
Cada ponto a ser dividido, deve ter, no mínimo, duas
partes; o mesmo se diga dos subpontos;
As ilustrações não são consideradas divisões; faz
parte delas.
“São elementos funcionais na preparação,
Explicação, argumentação, ilustração e aplicação”.

O USO DO TEXTO BÍBLICO DO SERMÃO

O texto dá ao sermão a autoridade da palavra de


Deus, porque antes de tudo e, sobretudo, deve
pregar a palavra!

66
O texto constitui a base e a alma do sermão.
Através da pregação por textos o pregador ensina a
palavra de Deus e leva o povo a conhecê-la. O texto
trás sabor a palavra lida e pregada.
O texto limita e unifica o sermão. Um bom texto nos
ajuda no desenvolvimento da nossa mensagem.

COMO AUMENTAR O PODER DA PALAVRA:

Ler mais (principalmente a Bíblia).


Usar o dicionário bíblico.
Evitar as palavras complicadas.
Pronunciar frases com sentido.

Pedir para outros corrigirem seus erros.


Nunca usar palavras de significado desconhecido
para você.
Tenha certeza que a mensagem tocou
profundamente em você primeira.
Mude de vez em quando o tom e a intensidade da
voz. (Ênfase, Ritmo.)

CUIDADOS IMPORTANTES:

67
Nunca chegue na hora. Chegue antes da hora.
Cuidado com a aparência...
Prepare-se para toda sorte de imprevistos.
Queda de luz; bêbados; desmaios; esquecer o
sermão; barulhos... etc.
Olhe bem o que vai pregar, quando pregar sermões
de outros...
Não cruze os braços. Não coloque as mãos nos
bolsos. Não coloque as mãos atrás das costas.
Cuidados com a voz - garganta:
Não grite; tome jato de água fria após o banho; não
tome ou coma nada gelado> Evite correntes fortes
de ar; não ande com sapatos molhados; nada deve
impedir a boa respiração: postura, roupas
apertadas; ter regularidade no comer; repousar cedo
e o suficiente.
Tenha certeza que a mensagem está de acordo com
o seu público.

ISTO VOCÊ PODE E DEVE FAZER:

Usar de bom humor apropriado na apresentação.


Descobrir as necessidades do grupo.

68
Procurar de início, coisas em comum ou pessoas
conhecidas.
Use recursos visuais quando possível.
Faça contato visual com o maior número de pessoas
possível.
Tenha pelo conhecimento do que vai apresentar.
Use gestos apropriados.
Ficar dentro do assunto.
Sempre use uma ilustração, uma história ou uma
experiência.
Usar a Bíblia é essencial, pelo menos um texto.

ISTO VOCÊ NÃO DEVE FAZER:

Não contar piadas.


Púlpito não é "metralhadora" nem é fuzil...
Não use recursos visuais em excesso.
Não use slides ou transparências com muitas
palavras.
Não ignore as reações do público.
Não entre em debates.
Não diga coisas sem ter certeza.

69
Não ignore o conhecimento do público.
Não pergunte se pode continuar ou terminar o
sermão.

“O homem que lê é cheio”. O homem que escreve é


exato. O homem que fala é pronto.

O USO DE BONS HÁBITOS

Um fator muito importante na comunicação da


mensagem do evangelho é a maneira como falamos
quando temos a incumbência de transmitir a
palavra. Todos nós já ouvimos vários tipos de
oradores e pregadores. Alguns interessantes, outros
fracos e sem nenhum brilho; alguns falando com
ideias breves e claras, outros demorando muito em
expressar o que querem dizer; alguns com uma
mensagem vital, outros sem nada para dizer, usando
palavras sem nenhuma unção e graça. Como
podemos ser mais atraentes ao proferir ou
apresentar as mensagens? Vejamos alguns bons
hábitos, para que nos tornemos mais apreciados.

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Usar linguagem simples e clara – o pregador precisa
usar as palavras que possam alcançar a todos os
que lhe ouve.

Usar seu próprio estilo - Não devemos imitar


ninguém, o pregador deve ser natural usando a sua
própria personalidade que Deus lhe tem dado.

Fala em tom audível, que todos possam ouvir –


Caso o som esteja baixo deve pedir mais som,
porém não esqueça que gritar não significa poder.

Fala diretamente aos ouvintes – Procure atingir o


público presente, a mensagem é evangelística seja
ela para evangelizar, a mensagem é animalística seja
ela para avivar. Falar com o corpo todo – procure
olhar para todos ao seu redor, e não fitar o olhar em
uma só pessoa.

Falar com convicção – Tenha certeza que o que está


falando é verdadeiro. Falar com entusiasmo – esta
forma ajuda muito o orador.

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Falar com amor- lembre-se a mensagem do senhor é
para dar vida, este é o desejo maior de Deus.

Ser breve – Fale o tempo que lhe foi permitido, o


muito falar traz enfado.
Fale cheio do poder do Espírito Santo. Nada pode
comparar a uma mensagem cheia do poder e da
unção do Senhor.

EVITE TAMBÉM!

Além dos cuidados que o obreiro deve ter com os


assuntos já tratados no Texto anterior, há ainda
pequenos riscos de interpretação, pelos quais o
obreiro pode ser traído, se não possuir o necessário
cuidado. Estes riscos estão ligados à própria Bíblia
com os seus mil e um enigmas, só revelados
àqueles que gozam de comunhão com ela.
Desses pequenos riscos queremos enfocar alguns
como mostramos a seguir.

(RECOMENDO ASSISTIR A VÍDEO AULA DE


NUMERO 08)

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LIVROS E EPÍSTOLAS

Tem se tornado muito comum se ouvir pregadores


se referindo a livros do Antigo Testamento, como
por exemplo: 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, e 1 e 2
Crônicas, usando a ordinal primeira ou segunda,
quando o correto é primeiro e segundo; já que se
refere a livros mesmos e não a epístolas como as do
Novo Testamento. (Ex: Primeiro Samuel, Segundo
Crônicas, etc., etc.).
O mesmo acontece em relação às epístolas, como
sejam 1 e 2 Coríntios, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2
Timóteo, 1 e 2 Pedro e 1, 2 e 3 João. O correto não é
“Primeiro Coríntios”, “Segundo Tessalonicenses”
ou “Terceiro João”; mas “Primeira aos Coríntios”,
“Segunda aos Tessalonicenses” e “Terceira de
João”; já que se referem a epístolas ou cartas,
especificamente, e não a livros.

NOMES IGUAIS

Pelo fato de na Bíblia haver tantos nomes de


pessoas e de lugares, parecidos, há uma tendência
natural de se confundir os mesmos, e de se atribuir

73
a um nome ou lugar, fatos pertinentes a outro. Por
isso é importante que o obreiro observe o seguinte:

Não confundir Enoque filho de Caim (Gn. 4 v. 17),


com Enoque o patriarca que foi tomado pelo Senhor,
(Gn. 5 v.18).
Não confundir Lameque, filho de Caim (Gn. 4 v. 18 e
19), com Lameque pai de Noé (Gn. 5 v. 28).

Não confundir Obadias, o mordomo de Acabe e fiel


servo do Senhor (1 Rs. 18 v. 3), com o profeta
Obadias (Ob. 1).

Não confundir Judas Iscariotes, com Judas, irmão


do Senhor.
Não confundir Zacarias, o pai de João Batista (Lc. 1
v. 5), com tantos outros Zacarias encontrados na
Bíblia.

Não confundir João Batista (Lc. 1 v. 63), com João, o


discípulo amado.
Não confundir Maria, a mãe do Senhor (Mt. 1 v. 16),
com Maria Madalena (Mt. 27 v. 56), com Maria mãe
de Marcos (At. 12 v. 12), com Maria mãe de Tiago

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(Mt. 27 v. 56), com Maria irmã de Marta e de Lázaro
(Lc. 10 v. 39), com Maria, membro da igreja em
Roma, (Rm. 16 v. 6).

Não confundir Herodes Agripa (At. 12 v.1) com


Herodes Antipas (Mt. 14 v. 1), ou com Herodes
Magno (Mt. 2 v. 1).

Não confundir Cesaréia de Filipe (Mt. 16 v. 13) com


Cesaréia porto do Mar Mediterrâneo, na Palestina
(At. 8 v. 40).

Não confundir Antioquia da Síria (At. 6 v. 5), com


Antioquia da Psídia (At. 13 v. 14).

NOMES PARECIDOS

Dada a grande semelhança que há entre


determinados nomes de pessoas na Bíblia, é
importante que o obreiro o seguinte:

Não confundir Arã com Arão. Não confundir Cão


com Acã.

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Não confundir Saul com Saulo ou com Esaú.
Não confundir Ezequias com Zedequias ou com
Ezequiel. Não confundir Roboão com Jeroboão.
Não confundir Isaque com Zaqueu. Não confundir
antílope com etíope. Não confundir espargir com
aspergir. Não confundir narizeu com nazareno.
São pequenas coisas para as quais o obreiro deve
estar atento se é que não quer que o seu ministério
sofra por parte dos seus ouvintes.

(RECOMENDO ASSISTIR A VÍDEO AULA DE


NUMERO 01)

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BIBLIOGRAFIA

BLOCH, Pedro. Falar bem é viver melhor: a


comunicação oral no mundo de hoje. 2.ed. Rio de
Janeiro, nórdica, 1980. BLOCH, Pedro. Você quer
falar melhor? Rio de Janeiro, Bloch, 1980.
CARMO NETO, Dionísio. Metodologia científica para
principiantes. 2.ed. Salvador, Universitária
Americana, 1993. CARNEGIE, Dale. Como falar em
público e influenciar pessoas no mundo dos
negócios. Rio de Janeiro, Record, 1982. DEEP, Sam
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Nobel, 1992.
DIMBLEBY, Richard & GRAEME, Burton. Mais do
que palavras. São Paulo, Summus, 1990. FAST,
Julius. A linguagem do corpo. São Paulo, 70, 1970.
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KUNTZ, Ronald A. Marketing político: manual de
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MARGERISON, Charles J. Conversando a gente se
entende - técnicas de conversação para executivos.
1.ed. São Paulo, Saraiva, 1992.
MELLO, Edmée Brandi de Souza. Educação da voz
falada. Rio de Janeiro, Atheneu, 1984.
MENDES, Eunice e JUNQUEIRA, L. A. Costacurta -
Comunicação sem Medo: Um guia para falar em
público com segurança e naturalidade. São Paulo,
Editora Gente, 1999.

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