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Trabalho Individual

A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
FUNCIONAL NO ESTUDO DA MEMÓRIA

Mestrado: Neuropsicologia

Unidade Curricular: Métodos de Investigação em Comportamento

Docente: Profª Doutora Maria Vânia Nunes

Discente: Maria Francisca Pranto de Oliveira - Nº 500416025

Lisboa, Dezembro 2016


A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FUNCIONAL NO ESTUDO DA MEMÓRIA

Descrição do método

A Ressonância Magnética Funcional (fMRI) é um método desenvolvido para


mostrar as mudanças temporais regionais do metabolismo cerebral. Essas alterações
metabólicas podem ser consequência de mudanças cognitivas induzidas por tarefas ou o
resultado de processos não regulados do cérebro em repouso (Glover, 2011).

As suas bases físicas

De acordo com Amaro e Barker (2005), os sistemas da ressonância magnética


incluem um íman supercondutor de 5 a 10 toneladas, cuidadosamente concebido para
proporcionar um campo magnético forte com homogeneidade elevada no interior do local
onde o individuo a ser observado estará posicionado. Certos núcleos, como os núcleos de
hidrogénio na água, e os lípidos, que compõem uma grande proporção da maioria das
amostras biológicas, exibem propriedades magnéticas, ou seja, têm um “momento
magnético” devido ao seu spin, que age como se fosse um íman de barra ou uma bússola
exposta ao campo magnético da Terra (Amaro & Barker, 2005). O campo magnético do
sistema da ressonância magnética cria uma situação na qual o “momento magnético” de
uma pequena percentagem desses núcleos de hidrogénio (ou protões) se alinha com o
vetor do campo magnético principal (Lange, 1996; citado por Amaro & Barker, 2005).
Nesta ordem de ideias, segundo Amaro e Barker (2005), quando um individuo se deita lá
dentro, cada ponto no seu corpo – representados na imagem de sinal como um "pixel"
(elemento de imagem) particular ou 'voxel' (elemento de volume) – terá um certo número
de protões, proporcional à quantidade de água do tecido, alinhado com o campo
magnético principal. O método de ressonância magnética mais utilizado para produzir
informações relacionadas com a função cerebral é chamado BOLD (Blood Oxygenation
Level Dependent) de imagens de contraste, o qual é baseado em imagens de ressonância
magnética tornadas sensíveis a alterações no estado de oxigenação da hemoglobina
(Ogawa, Lee, Nayak, & Glynn, 1990; citados por Amaro & Barker, 2005). Com efeito,
de acordo com Amaro e Barker (2005), esta molécula tem diferentes propriedades
magnéticas que dependem da concentração de O2: quando está totalmente saturada com
oxigénio (oxihemoglobina), comporta-se como uma substância diamagnética, e quando
alguns átomos de oxigénio são removidos (desoxihemoglobina) torna-se paramagnética.

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A ressonância magnética funcional (fMRI) baseia-se em respostas hemodinâmicas


à atividade neuronal (Logothetis et al., 2001; citados por Amaro & barker, 2005), e o
aumento do fluxo sanguíneo relacionado com a função neuronal é acompanhado por um
aumento da concentração de oxihemoglobina numa determinada área "ativada" do
cérebro, ou seja, a fMRI deteta as alterações dependentes do nível de oxigénio no sangue
(BOLD) no sinal da ressonância magnética que surge quando ocorrem mudanças na
atividade neuronal após uma alteração no estado cerebral produzida por um estímulo ou
tarefa (Gore, 2003).
De uma forma muito objetiva e resumida, sobre este método metabólico, pode-se
dizer que as mudanças nas demandas cognitivas e comportamentais levam a alterações
na atividade neural, que leva a mudanças nas propriedades sanguíneas (resposta
memodinâmica), e a ressonância magnética funcional observa o conteúdo do oxigénio
dessas alterações.

As suas potencialidades físicas e implicações das mesmas no estudo da cognição

A ressonância magnética funcional além de não usar radiação como os raios-X e


PET scans, se for feita corretamente não tem riscos virtuais. Assim, avalia a função
cerebral sem riscos, de maneira não invasiva e com eficiência, através de imagens com
alta resolução.
Glover (2011) afirma que as suas potencialidades são:
 A sua disponibilidade generalizada (pode ser realizada num scanner clínico de
1,5 toneladas);
 A sua natureza não-invasiva (não requer injeção de radioisótopo ou outro agente
farmacológico);
 O seu custo relativamente baixo;
 A sua alta resolução espacial;
 Estar disponível tanto para pesquisadores clínicos como académicos;
 Poder fornecer scans anatómicos de alta resolução na mesma sessão para
diferentes utilizações (localização, identificação de vasos sanguíneos,
desenvolvimento de mapas de conetividade da matéria branca).
Noutra ordem de ideias, Ahsan (2009) enumera quatro potencialidades para a
ressonância magnética funcional:
 Ser não-invasiva;

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 Ser comparativamente barata;


 Estar correlacionada com a previsão de recuperação após um acontecimento
neurológico;
 A possibilidade da sua comparação pré e pós-operatória em termos de função
anatómica e fisiológica.
Já Bunge e Kahn (2009), encontram 5 grandes potencialidades para a fMRI no
estudo da cognição:
 Ampla disponibilidade de scanners e tecnologias;
 Custo relativamente baixo por scan;
 Falta de riscos reconhecidos para sujeitos adequadamente selecionados;
 Boa resolução espacial;
 Melhor resolução temporal do que os outros métodos indiretos de neuroimagem.
Em suma, relativamente ao seu envolvimento no estudo da cognição, podem-se
evidenciar como principais potencialidades: a sua elevada resolução espacial, a sua
multifuncionalidade, a sua previsão de recuperação após acontecimentos neurológicos e
a sua possibilidade de comparação pré e pós-operatória no que se refere a funções
anatómicas e fisiológicas.

As suas limitações físicas e implicações das mesmas no estudo da cognição

Em primeiro lugar, as suas limitações prendem-se com o desconforto do método


em questão: estar dentro de um tubo, exposto a 120 decibéis de som acústico com
vibração mecânica, não se podendo mexer enquanto se executa uma tarefa cognitiva
(Amaro & Barker, 2005).
Glover (2011) apresenta diversas limitações quanto à fMRI, sendo elas:
 A sua baixa resolução temporal (devido ao BOLD derivar da resposta
hemodinâmica lenta às mudanças metabólicas);
 A perda de sinal ou distorção espacial em regiões orbitais frontais e parietais
laterais (causada pela diferença de aproximadamente 9 ppm na suscetibilidade
magnética nas interfaces entre o ar e o tecido cerebral);
 O alto ruído do scanner associado a campos magnéticos;

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 Os campos magnéticos elevados requererem sistemas personalizados de resposta


de estímulo e de resposta de sujeito, limitando a flexibilidade e complicando
experiências multimodais como a gravação simultânea de EEG.
Segundo Ahsan (2009) podem-se acrescentar mais duas limitações:
 O procedimento de imagem pode capturar imagens indesejadas;
 Ser uma medida indireta de atividade cerebral que pode ser influenciada por
alterações não neurais no corpo.
De acordo com Mather et al. (2013), existem 3 limitações relevantes:
 A fMRI não pode determinar o papel causal de uma determinada região do cérebro
numa determinada tarefa, embora mostre correlações entre sinais de fMRI e
comportamento (as respostas definitivas a questões dos papeis causais exigem
outros métodos, como estimulação magnética transcraniana, estimulação elétrica
do cérebro e estudos de pacientes com danos cerebrais);
 Não tem a resolução temporal necessária para revelar o funcionamento do
pensamento, por trabalhar em segundos e não em milissegundos;
 Mesmo com alta resolução e mesmo com métodos de análise de padrão
sofisticado, a fMRI é uma versão drasticamente minimizada da linguagem real em
que os neurónios conversam uns com os outros (não é possível dizer se os mesmos
neurónios estão envolvidos mesmo quando a atividade parece a mesma em várias
condições).
Podem-se, então, destacar como principais limitações da fMRI, no estudo da
memória: a perda de sinal ou distorção espacial em regiões frontais e parietais, que
resultam em sinais BOLD errados nas regiões ventral, temporal e córtex pré-frontal,
relevantes em muitos estudos cognitivos (Glover, 2011); o ruído alto do scanner, que
pode causar distorções em estudos de audição e de estado de repouso (Gaab et al., 2007;
citado por Glover, 2011); a apresentação de resultados não desejados/necessários, que
podem comprometer os requeridos.

A sua relevância no estudo da cognição

As técnicas de neuroimagem têm tido um papel importante no estudo das bases


neurais de uma grande variedade de habilidades cognitivas, como a atenção, a linguagem
e a memória, além de serem usadas na etiologia de doenças neurocomportamentais, para

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o seu planeamento cirúrgico e para acompanhar a recuperação funcional da disfunção


cerebral (Bunge & Kahn, 2009). Na opinião de Bunge e Kahn (2009), a maior
contribuição da neuroimagem para o campo da cognição encontra-se no estudo de funções
cognitivas superiores (não desenvolvidas em espécies não-humanas, melhor estudadas
em humanos): estudos de neuroimagem começaram a fraccionar os processos cognitivos
conectados com a linguagem, o raciocínio, a resolução de problemas e outras funções
mentais superiores.
Segundo Mather et al. (2013), o mapeamento cerebral forneceu uma base crítica
para passar de questões “onde” a questões “como”, na medida em que as regiões cerebrais
especializadas são descobertas e o seu funcionamento bem estabelecido, revelando que a
atividade nessas regiões pode servir como marcador de funções cognitivas específicas,
permitindo-nos perguntar se e em que medida um processo mental especifico está
envolvido numa tarefa específica. A ressonância magnética funcional é principalmente
utilizada em dois propósitos no estudo da cognição: localizar processos cognitivos (89%,
entre 2007 e 2011) e testar teorias da cognição (11%, entre 2007 e 2011) (Mather et al.,
2013).
A fMRI tem dois métodos que seguem a mesma lógica básica, permitindo
caraterizar representações neurais em determinadas regiões do cérebro perguntando quais
estímulos são tratados como diferentes e quais como os mesmos: fMRI de adaptação
(Grill-Spector & Malach, 2001; citados por Mather et al., 2013) e fMRI de análise de
padrões multivariados (Haxby, 2012, Norman, Polyn, Detre, & Haxby, 2006; citados por
Mather et al., 2013). A análise de padrões multivariados é sensível ao ponto de decodificar
diferenças nos estímulos visuais vistos, como a orientação de um padrão de riscas
(Kamnesi & Tong, 2005; citados por Mather et al., 2013), a direção do movimento num
campo de pontos (Kamitani & Tong, 2006; citados por Mather et al., 2013), a categoria
semântica de uma palavra (Mitchell et al., 2004; citados por Mather et al., 2013), a
categoria de objeto e, nalguns casos, o exemplar de uma categoria (Cichy, Chen e Haynes,
2011; citados por Mather et al., 2013).
Uma das questões explorada pela ressonância magnética funcional ligada à
cognição é se fazer duas tarefas diferentes tem mecanismos de processamento comuns ou
distintos, que mostra que se conduzidas adequadamente, as experiências revelam uma
sobreposição da ativação cerebral para as duas tarefas, com condições de controlo
apropriadas, em sujeitos individuais, podendo fornecer evidência para mecanismos

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comuns (Mather et al., 2013). Nesta ordem de ideias, um estudo de Wojciulik e


Kanwisher (1999), citado por Mather et al. (2013), mostra regiões cerebrais comuns
envolvidas em diversas formas de atenção visual, argumentando que diversos fenómenos
atencionais têm mais em comum do que o seu nome. Noutra ordem de ideias, outros
estudos têm evidenciado que mecanismos distintos estão envolvidos no processamento
da linguagem superior, mas não na lógica dedutiva (Monti, Parsons & Osherson, 2009;
citados por Mather et al., 2013), na álgebra (Monti, Parsons, & Osherson, 2012; citados
por Mather et al., 2013) e noutros fenômenos cognitivos, como a música (Fedorenko,
Behr & Kanwisher, 2011, Fedorenko, McDermott, Norman-Haignere, & Kanwisher;
citados por Mather et al., 2013), concluindo relevantes dissociações entre a linguagem e
diversos aspetos do pensamento. Outros estudos de ressonância magnética funcional
importantes no estudo da cognição testam a hipótese de existir uma atenção unificada
envolvida tanto na perceção quanto na tomada de decisões (Jiang e Kanwisher, 2003;
Tombu et al., 2011; citados por Mather et al., 2013), mostrando que as mesmas regiões
cerebrais apresentam propriedades de atenção unificada durante uma tarefa de
codificação percetiva e uma tarefa de tomada de decisão acelerada.
Em suma, a ressonância magnética funcional pode responder a perguntas como
“quais funções podem ser localizadas em que regiões específicas do cérebro?”, questões
estas relevantes para o estudo da modularidade do cérebro (Mather et al., 2013), além de
poder responder a perguntas sobre exatamente que informação é representada em cada
região do cérebro. Os seus dados podem ser usados como marcadores de processos
mentais específicos, permitindo a compreensão de quais são os processos envolvidos
durante diferentes tarefas, e são uteis na abordagem de questões teóricas sobre a natureza
da reativação da memória e da memória de trabalho, bem como de questões básicas sobre
a estrutura dos processos cognitivos (Serences et al., 2009; citados por Mather et al.,
2013). E, por fim, segundo Mather et al. (2013), a fMRI pode responder a perguntas sobre
se duas tarefas envolvem mecanismos de processamento comuns ou distintos, fornecendo
evidências importantes para abordar questões teóricas sobre a natureza das tarefas e como
os circuitos funcionais se reorganizam com a idade.

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A RMf no estudo da memória

Uma área de importantes contribuições dos estudos de neuroimagem é, sem


dúvida, a memória. Com efeito, têm sido feitos estudos sobre a memória semântica de
longo prazo que chegam a conclusões sobre as maneiras como a informação armazenada
é organizada no cérebro, mostrando que diferentes atributos de um objeto são distribuídos
em várias regiões do cérebro, com informações de forma visual armazenadas numa região
que processa a forma e informação funcional armazenada perto de uma região que
processa o movimento (Bunge & Kahn, 2009). Têm também sido feitos estudos de
codificação de memória, capazes de identificar as regiões precisas para as quais o nível
de ativação durante o processamento de estímulo prevê memória subsequente para esse
estímulo, e estudos de recuperação de memória, relativos a modelos de memória
episódica, questionando se a recordação (lembrança distinta de um item e o contexto no
qual ela foi encontrada anteriormente) e a familiaridade (vago sentido de que o item foi
previamente encontrado) são processos distintos ou um processo continuado de
recuperação de memória (Bunge & Kahn, 2009).
Chadwick et al. (2011) fizeram um estudo que mostrou também a importância da
utilização da ressonância magnética funcional na temática da memória, chegando a
conclusões de que o hipocampo mantém traços únicos de memória separados por padrões,
mesmo quando as memórias se sobrepõem, além de conter representações de contextos
espaciais, partilhados entre memórias diferentes, consistentes com um papel
especializado no processamento do espaço. Os autores, através da fMRI, chegam à
conclusão que a região CA3 do hipocampo em particular está implicada na formação e
manutenção de representações distintas separadas por padrões e que diferentes
subcampos hipocampais desempenham papéis na manutenção de memórias episódicas
distintas, além de representações espaciais (Chadwick et al., 2011).
Hayes et al. (2004) também contribuíram para o estudo da memória com a
utilização da ressonância magnética: fizeram um estudo sobre a memória episódica,
focando-se na recuperação da informação espacial, temporal e de objetos. Deste modo,
concluíram que uma região do lobo temporal medial (giro parahipocampal direito) foi
particularmente ativada durante a recuperação da informação de localização espacial e
que a recuperação de informações contextuais espaciais e temporais foi associada com

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aumentos de ativação equivalentes no córtex pré-frontal direito comparativamente ao


reconhecimento de objetos.
Murty et al. (2010) afirmam que as técnicas de ressonância magnética funcional
têm sido cada vez mais utilizadas para interrogar os correlatos neurais de codificação de
memória emocional bem-sucedida, tendo como objetivo caracterizar as contribuições da
amígdala e do sistema de memória do lobo temporal medial, replicar os resultados em
animais ou delinear os correlatos neurais de fenómenos comportamentais específicos.
Nesta ordem de ideias, os autores fizeram um estudo de abordagem meta-analítica
utilizando estimativas de probabilidade de ativação para avaliar a especificidade
anatómica e a confiabilidade das ativações da “fMRI event-related” relacionadas à
codificação de memória bem-sucedida para informação emocional versus informação
neutra, que revelou clusters consistentes dentro da amígdala bilateral, do hipocampo
anterior, do giro parahipocampal anterior e posterior, do fluxo visual ventral, do córtex
pré-frontal lateral esquerdo e do córtex parietal ventral direito (Murty et al., 2010). De
acordo com Murty et al. (2010), os resultados revelam a ligação da amígdala e do lobo
temporal medial a efeitos de memória mediados por excitação e colocam em hipótese a
interação da amígdala com estruturas corticais (córtex visual, pré-frontal e parietal) de
modo a promover aperfeiçoamentos no processamento percetivo, na elaboração
semântica e na atenção, ressaltando a modulação emocional nos sistemas neurais.
Para concluir, a utilização da ressonância magnética não se prende só na
localização de processos cognitivos e na investigação de teorias: é possível fazer e estudar
ligações entre patologias e funções cognitivas, neste caso, da memória. Com efeito,
segundo Whalley et al. (2012), a depressão está associada a três alterações distintas no
funcionamento da memória: lembrança congruente ao humor, supergeneralidade e
memórias intrusivas, que se referem ao sistema de memórias autobiográficas, o qual foi
observado através de um estudo de ressonância magnética funcional, que avaliou
participantes deprimidos e um grupo de controlo durante uma tarefa de memória
autobiográfica. Os resultados deste estudo mostraram uma atividade reduzida no grupo
deprimido em três regiões do córtex pré-frontal associadas a inibição cognitiva,
emocional e de memória, mostrando que indivíduos com depressão apresentam uma falha
na inibição de informações irrelevantes de tarefas durante uma tarefa de memória
autobiográfica.

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Referências Bibliográficas

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