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Aula 13

O teatro

O teatro na Grécia antiga estava inserido e m um conjunto de manifestações religiosas.

Os jogos e as apresentações de música, dança e teatro se davam nos festivais religiosos que podiam ser
pan-helênicos, ou seja, abrangendo toda a Grécia ou locais, específicos de uma cidade.

Havia quatro jogos ou festivais pan-helênicos: os olímpicos, os píticos, os nemeus e os ístmicos.

Dioniso é o deus do teatro.

(théatron) quer, portanto, dizer “lugar de observação”, “observatório”.

O teatro é drama, isto é, “ação”; teatro é poesia em movimento, em ação.

O teatro, lugar de observação era construído em forma de semicírculo, com a arquibancada, que era o
teatro em si, o semicírculo era onde ficava a orquestra (cantando e dançando), havia o proscênio, onde
os atores encenavam (palco) e a Skené (coxia) onde os atores usavam para se trocar. A presença de
altares nessas estruturas físicas dos teatros evidencia a ligação do mesmo com a religião. O uso de
máscaras era comum, pois apenas 3 atores homens faziam todos os papéis, sendo necessária a
caracterização de cada personagem para facilitar a identificação dos personagens pelo público.

Na Grécia, três tragediógrafos e dois comediógrafos tiveram algumas de suas obras conservadas através
dos séculos. São eles: Ésquilo, Sófocles, Eurípides (tragediógrafos), Aristófanes e Menandro
(comediógrafos). Em Roma, dois comediógrafos, Plauto e Terêncio, e um tragediógrafo, Sêneca, são os
mais conhecidos.

O teatro pertence ao gênero dramático, drama nesse sentido, vem do grego, e quer dizer ação. O gênero
dramático é um subgênero da poesia. Os dois subgêneros do drama mais famosos na antiguidade eram a
comédia e a tragédia.

Salvo raras exceções, nas quais se abordam temas históricos, a tragédia grega clássica tem como fonte de
seus temas os grandes mitos.

A comédia tem uma temática variada. E, por vezes, ela se serve da tragédia como escada, parodiando
tragédias conhecidas do público e, por assim dizer, transformandoas em algo digno de riso.

A tragédia tem uma temática tradicional, mítica. A comédia, ao contrário, tem uma temática atual.

Comédia política ou comédia de costumes.

Do mito à filosofia

poesia gnômica – Em português, gnoma ou gnome é sinômino de máxima, ou seja, de um pensamento


breve, conciso, muitas vezes de caráter filosófico e ético, preconizando, portanto, uma conduta a ser
seguida. O termo vem do grego γνώμη (gn óme), cujo sentido é “conhecimento” ou “opinião”.

A explicação mítica, na qual há componentes fantasiosos, é o início de um processo de racionalização


diante do mundo que se nos revela desconhecido e, por isso mesmo, ameaçador. Essa propensão natural
por buscar explicações para tudo aquilo que nos cerca e que nos acontece é a causa do nascimento dos
mitos e, em uma fase posterior, da filosofia. Mito e filosofia não se opõem radicalmente, antes provêm
de uma raiz comum, de um mesmo tronco: o desejo de saber.

A origem da filosofia, isto é, do amor à sabedoria, é a admiração, a perplexidade do homem diante das
dificuldades mais simples.

Principais fatores que teriam concorrido para a eclosão do pensamento filosófico na Grécia antiga:

a) a situação geográfica;

b) o ambiente intelectual do séc. VII;

c) a influência da religião;

d) as teogonias e

e) a sabedoria gnômica

Já desde a Antiguidade a criação do termo “filosofia” é atribuída a Pitágoras.

O termo “filósofo” é, obviamente, grego e compõe-se de dois elementos: φίλος (phílos), amigo, e σοφός
(sophós), sábio. O filósofo, portanto, não é um sábio, mas apenas alguém que ama e busca a sabedoria,
alguém que é amigo do verdadeiro sábio, que, nas palavras atribuídas a Pitágoras, seria Deus.

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