Teatro grego primitivo O corifeu organizava um ritual em que os coreutas cantavam a morte e ressurreição de Dioniso. Esse ritual era conhecido como a Festa do Vinho Novo. Por volta do séc. VI a. C., os rituais dionisíacos passaram a ser organizados pela pólis grega. A organização da pólis era uma forma de controlar os excessos inerentes a esse tipo de festa. “O Teatro é uma obra de arte social e comunal” Margot Berthold Do culto ao espetáculo Em 534 a. C., Téspis, um corifeu, destacou-se do grupo e colocou-se como um solista, respondendo ao coro. Com essa atitude Téspis instituiu o diálogo nos cultos e a vida de Dioniso passou a ser representada e não apenas narrada. A história de Dioniso foi a 1ª dramaturgia a ser apresentada, Téspis foi o 1º ator e Dioniso o 1º personagem. As lendas gregas e histórias que serviam como ensinamento para o povo apresentavam sempre uma estrutura trágica. Depois da história de Dioniso vários outros personagens apareceram. A Tragédia
Não formules desejos... Não é lícito aos mortais
evitar as desgraças que o destino lhes reserva! A Tragédia
Mais que um gênero, a tragédia é uma forma de entender
a vida. Os gregos acreditavam que o destino era determinado pelos deuses e os mortais deveriam obedecer essa determinação. As tragédias representavam sempre personagens nobres. É considerado o primeiro esteta da humanidade. Segundo ele, a tragédia era “uma representação imitadora de uma ação séria, concreta, de certa grandeza, representada, e não narrada, por atores em linguagem elegante, e que, por meio da compaixão e do horror provoca o purgação dos sentimentos.“ Aristóteles escreveu “A Arte Poética”, Aristóteles obra que deu base para toda a produção literária ocidental. Nessa obra ele sugere que o enredo trágico não ultrapasse a um dia, que não se troque de lugar e que seja mantida uma ação principal. A Comédia
A comédia derivou de rituais de fertilidade, assim como a
tragédia. De forma geral, esses rituais eram chamados Komos – procissões jocosas – e continham o elemento básico da comédia: o riso. Nesses rituais, os participantes se fantasiavam de forma exagerada e “ridícula”. Os elementos cênicos gregos
Os teatros fixos só foram construídos por volta do séc. III a. C.,
antes disso eram usados espaços provisórios formados por arquibancadas de madeira e um tipo de cabana que servia de cenário e camarim. Os elementos cênicos gregos Os espetáculos aconteciam em festivais que duravam vários dias. As peças eram apresentadas durante o dia inteiro. 1 tetralogia era apresentada por dia: a trilogia trágica e o drama satírico. A comédia acontecia separada da tragédia. O coro era um elemento muito importante pois comentava os acontecimentos da peça ajudando o público a compreender a história. Os coreutas sempre cantavam e dançavam. Os elementos cênicos gregos Dependendo do personagem que era feito, os atores utilizavam máscaras, coturnos, túnicas e membros postiços, para ficarem mais expressivos. As máscaras possibilitavam a um ator fazer vários personagens. Possuíam uma estrutura interna que facilitava a projeção da voz dos atores. O formato circular dos teatros e a construção feita nas encostas também facilitavam a projeção da voz. Os elementos cênicos gregos