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Valeria Wolf Arteterapia - Grupo Diário do Bordado

Historia do material de bordado

As Agulhas:

As agulhas que utilizamos hoje evoluíram de pedaços rústicos de pedra e ossos que eram
usados para perfurar peles de animais. Tendões fibrosos eram então inseridos neste orifício
e seguravam as duas partes juntas para prover abrigo no início de 25.000 AC. Este
processo era difícil e longo e a partir de 20.000 AC então, surgiram as agulhas de osso,
com orifício.
As primeiras agulhas de metal que se tem registro surgiram entre 3600 e 3200 AC e eram
feitas de liga de cobre, ou ferro e bronze. Eram usadas simultaneamente com as de osso,
pois as de metal enferrujam e marcam os tecidos.

As primeiras agulhas de aço foram fabricadas na China, um conhecimento que rapidamente


se espalhou para o ocidente e foram aparecer na Espanha. Agulhas de metal já eram feitas
por muitos séculos na Europa, mas conforme os tecidos e os bordados foram ficando mais
finos, surgiu a necessidade de uma agulha com o buraco mais fino, e estas eram
importadas do Oriente. A partir de 1500, o conhecimento da fabricação de agulhas
convencionais chegou a Londres via refugiados Holandeses. Era um processo complicado
que envolvia pelo menos 20 estampas diferentes. Consequentemente, eram caras e o usual
era possuir apenas uma delas. Essa confecção de agulhas manteve-se em pequena escala
até os fins de 1600 quando quando a mão de obra barata começou a crescer devido a
demanda industrial.
Em 1730, Redditch em Worcestershire atingiu seu pico de produção, suprindo 90% das
agulhas no mundo. Suas portas foram fechadas em 1958 e hoje dá lugar ao Museu
Nacional da Agulha na Inglaterra. Com o desenvolvimento da indústria do aço após 1750
criou-se uma máquina a vapor para manipular aço e em 1850 a primeira máquina de
produção em série foi criada. A partir de 1886 quase 100 milhões de agulhas foram
produzidas no Reino Unido e na virada do século a área de Redditch virou um monopólio
virtual de produção de agulhas finas.

Agulhas ainda são fabricadas com eram em 1900, duas de cada vez, com os buracos no
aço sendo cunhados no centro. Elas são então endurecidas num forno, polidas,
envernizadas e secas.

Atualmente o único produtor de agulhas da Inglaterra produz 400 milhões de agulhas por
ano, a 8 km de Redditch.

Obter uma agulha nos dias de hoje não é mais tão difícil e a maioria tem sempre uma
coleção delas. O mais difícil é saber exatamente qual delas usar apropriadamente.

A Coats (Corrente) é uma multinacional britânica, fundada no Reino Unido , originalmente


na Escócia e depois em Londres, em 1755. A empresa se estabeleceu no Brasil em 1907
como Cia Brasileira de Linhas para Coser. Na década de 1950 ficou conhecida como Linhas
Corrente. Já em 1995, alinhando-se com o grupo global, assumiu o nome Coats Corrente. Até o
ano de 2021 a empresa tem duas plantas, uma em São Paulo no bairro Ipiranga e outra em
Extremoz (Natal/Rio Grande do Norte) que produzem itens para atender os dois segmentos,
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indústria e consumo (Crafts). No segmento do artesanato a Coats conta marcas top of mind
como: Drima, Laranja, Cadena, Anchor, Cisne, Camila, Esterlina, Milward e Linha 10

SYLKO - linha da Coats Corrente para bordado a maquina, mas que pode ser utilizada para
bordado ã mão - 100% poliester - brilhante. Fina. -
USAR AGULHA Darning Corrente Milward numero 9

ANCHOR PERLE 8 - - torcida em 2 cabos - nao divisivel - 100% algodão -


USAR AGULHAS:
Agulha Bordado
Agulha Tapestry Milward 22 ou
Agulha Milward Aço 1,25mm

ANCHOR Mouline - No bordado podem ser utilizados de 1 a 6 fios, dependendo do


tecido utilizado.
100% algodao - em meada de 8 metros
USAR AGULHAS:
Agulha Bordado
Agulha Tapestry Milward 22, 24, 26

ANCHOR TORÇAL PEROLA 5 - meada de 22 metros - mais grossa que a Perle 8 de


novelinho . NAO DIVIDE
Mais usada para Hardanger.
100% algodao
USAR AGULHAS:
Agulha Bordado ou Agulha Tapestry Milward 22, 24, 26

DMC LIGHT EFFECTS - 100% polyester - meada 8 maestros - divisivel em 6 fios.

Agulhas - mesma da Mouline.

DMC DIAMANT : carretel 35 m -100% polyester

Dica: 1 cabo de Diamant equivale a 2 cabos do fio Mouliné Spécial DMC.

DMC DIAMANT GRANDÉ : carretel 20m - 72% viscose, 28% poliester


Diamant é um fio metalizado para bordar à mão, que proporciona brilho imediato aos
projetos de bordado. É composto por um único cabo de extrema resistência e maciez
– que não enrola e nem desfia durante o trabalho. Pode ser usado nos mais variados
tipos de tecidos, como: algodão, linho, seda ou cetim.

O Diamant Grande possui o dobro da espessura do Diamant original e por isso,


garante efeito 3D aos bordados: - USAR AGULHA Bordado ou Tapestry Milward 22, 24,
26.

LINHA GUTTERMANN CREATIV METALIC - carretel 50 m


70% Poliamida, 30% Poliéster - usada para bordado `a mão ou `a maquina - não divisível.
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MEADA DE LÃ PARA BORDADO - CREWEL COLORS - MARCA FIOS DA


FAZENDA
100% lã merino - meadas de 24 metros - comercializadas pelo Bazar Horizonte.
Os fios de lã para bordado são compostos de 2 cabos torcidos que não podem ser
separados e tem espessura equivalente a aproximadamente 3-4 fios de uma meada
mouliné. Diferente do algodão, a lã possui uma textura opaca e é bastante delicada.

LINHAS DA MARCA VM FEITO A MÃO : tingidas artesanalmente : Mescla, Etoile e


Tye Dye . Opte pelas de algodão ou linho - meadas com fios divisíveis -
Comercializadas pelo Bazar Horizonte

A CÍRCULO tem parceria com a CLOVER ( Japão), maior fabricante de acessórios para
costura e artesanato do mundo. Comercializa linha MAXI MOULINE.

Referencias: Revista INSPIRATIONS - volume 57 , 2008.


Findings - The Material Culture of Needlework and Sewing
De Mary C. Beaudry
Yale university Press 2006

Tradução livre de Valeria Wolf nee Diniz

www.bazarhorizonte.com.br
www.circulo.com.br

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