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Itinerário de educação à Fé
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Acesso ao site de apoio:
Abaixo, encontram-se os seus dados para aceder e administrar a sua conta no site de apoio: https://ligacoes.net
Depois de aceder pela primeira vez, poderá e deverá alterar a sua senha e completar as informações do seu perfil.
Em caso de dúvida, siga as instruções que colocamos mais abaixo.
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Aceda ao site em http://ligacoes.net e introduza os dados solicitados que constam no autocolante.
Depois de efetuado o login pela primeira vez é importante que personalize os dados da conta.
No topo, do lado direito, clique onde está “nome apelido”. No menu que aparece por baixo, clique em “Preferências”.
Aqui terá acesso a todos os campos que pode personalizar.
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» Todos podem ver o meu e-mail – Todos os agentes pastorais inscritos no site Ligações têm acesso ao seu e-mail.
» Só pode ver o meu e-mail quem está inscrito na disciplina – O seu e-mail fica acessível apenas aos agentes pastorais que
estão a trabalhar no mesmo ano de catequese.
Mais abaixo existem outros campos de personalização cujo preenchimento é opcional.
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ao site do Ligações.
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reço de e-mail com que personalizou a sua conta. Por isso, é fundamental que coloque um endereço que seja válido.
B. Se recebeu o guia das mãos de outro catequista, que já personalizou a conta de acesso ao site ligacoes.net
• Pergunte ao catequista do ano anterior qual a senha de acesso ou peça a sua ajuda para atualizar os dados da conta,
a partir dos passos acima descritos.
• É importante que atualize o nome da conta e o e-mail. Caso contrário não poderá ser contactado pelo site nem pela
equipa do Ligações.
Nota: O catequista do ano anterior deve eliminar desta conta o seu e-mail, para conseguir registar-se noutro ano. O site
do Ligações não permite que o mesmo e-mail esteja associado a dois utilizadores diferentes.
Ligações
Chamámos “Ligações” a este itinerário de educação à fé, porque ele quer estabelecer várias liga-
ções felizes:
Entre Deus que Se revelou plenamente em Jesus de Nazaré e cada um dos catequizandos;
Entre a comunidade cristã, tornada presente por ti e pelos outros catequistas, que bebem
do Evangelho a sua força, e os desafios colocados pela vida real dos catequizandos, das
suas famílias, dos seus contextos;
Entre os vários catequizandos que são convidados a experimentar já o que é ser Igreja,
comunidade dos que querem seguir Jesus e o seu Evangelho;
Entre a situação atual de cada catequizando e o crente maduro e feliz que Deus está
a chamar;
Entre a Igreja e as famílias que pedem para os seus filhos uma boa educação na fé.
Este itinerário de educação à fé surge no caminho de renovação evangelizadora dos últimos anos.
A Igreja, a nível universal com o magistério e a animação dos Papas, e a nível nacional com os
documentos recentes dos bispos portugueses sobre a melhoria da catequese, incentiva todos a um
maior entusiasmo por levar a alegria do Evangelho às pessoas concretas de hoje.
Alinhados com esse esforço, oferecemos o contributo da tradição espiritual, educativa e pastoral
salesiana ao esforço de renovação e qualificação da catequese em Portugal. Num mundo plural,
complexo e cheio de contradições como é este século XXI, é uma bênção a existência de propostas
diferenciadas.
Indicadores de avaliação
No final deste caminho, gostaríamos que os catequizandos estivessem confortáveis com um con-
junto de atitudes. Eis os indicadores de sucesso para cada uma das seis tarefas da catequese:
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Fase 2: Fazer escolhas e comprometer-se com a fé
O catequizando conhece os principais personagens, episódios e atitudes
Favorecer o conhecimento da fé
da história da salvação e sente-se parte dessa história.
O catequizando celebra regularmente, com autonomia motivacional,
A educação litúrgica
os sacramentos da reconciliação e da Eucaristia.
O catequizando reconhece em Jesus o modelo na relação com Deus e
A formação moral
com os outros e uma fonte para a alegria e o serviço.
O catequizando relaciona-se com Deus a partir da categoria de amizade,
Ensinar a rezar
onde Ele está perto dos problemas do quotidiano.
O catequizando assume o seu protagonismo no grupo de catequese e na
A educação para a vida comunitária
família como experiências de Igreja.
O catequizando dá testemunho dos seus valores cristãos na escola e no
A iniciação à missão
seu círculo de amigos.
Professar a fé
Desde os anos 90 do século XX, a catequese em Portugal recuperou algumas boas tradições dos
primeiros séculos. Uma delas é a prática da traditio-reditio, ou seja, de entregar aos catequizandos
os documentos e riquezas da Igreja (Pai nosso, Bíblia, Credo…) para que eles os assimilem e os pos-
sam “devolver” à comunidade.
Depois de, ao longo do 4º e do 5º ano, os catequizandos terem descoberto a riqueza da Bíblia e
da história de salvação que ela narra, ao longo deste 6º ano ajudamo-los a fazerem uma primeira
síntese de fé. Toda a Bíblia aponta para Jesus Cristo, o filho de Deus, que pode ser encontrado nos
sete sacramentos. E a história de salvação em que Ele nos acompanha está bem representada no
Credo, a síntese na nossa fé. No final deste ano os catequizandos poderão fazer a sua profissão de
fé, isto é, apresentarem-se diante da comunidade para dizer: esta é a nossa fé!
Os tempos
Neste 6º ano, cada catequese ocupa um encontro semanal. Este é o modelo a que muitos cate-
quista estão habituados. O catequista (ou o grupo de catequistas) deve fazer uma boa planificação,
para que nos 60 minutos disponíveis para o encontro:
se possam realizar as atividades previstas,
haja um clima sereno e rico de relações entre o grupo e dos catequizandos com o
catequista,
se dê o cruzamento entre a vida e o Evangelho.
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O segundo grande tema que nos ocupará ao longo deste ano é o estudo do credo. Ao longo de 16
catequeses, os pré-adolescentes irão crescer em familiaridade com este documento da nossa fé e,
acima de tudo, com a história de salvação e vida feliz que ele descreve e à qual Deus nos convida.
Não nos interessa um estudo erudito ou intelectual; o credo nasce da vida de um povo em relação
com Deus. E se o estudamos é para envolver a nossa vida mais e mais nessa relação feliz com Deus
a que chamamos fé.
Este Símbolo dos Apóstolos é o Credo cristão mais antigo. Chama-se apostólico não por ter sido
escrito pelos apóstolos, mas por conter as verdades transmitidas por eles.
Uma lenda conta que este Credo foi escrito pelos próprios apóstolos, dez dias depois da Ascensão
de Jesus aos céus. Estavam os Doze reunidos no Cenáculo e receberam o Espírito Santo. Foi então
que, cheios de sabedoria e de inteligência, compuseram o Credo, dizendo cada qual uma frase. Jun-
taram todas as frases e formou-se o Símbolo dos Apóstolos com os seus doze artigos.
Este Credo utiliza-se repartido em três partes e em forma de perguntas na celebração do Batismo,
à qual o neófito responde: “Sim, creio!”
Credo Niceno-Constantinopolitano:
Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus.
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E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado
sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos
Céus, onde está sentado à direita do Pai. De novo há-de vir na sua glória, para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado
e glorificado; Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só Baptismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há-de vir. Amen.
Este Credo tem o nome de Niceno-Constantinopolitano porque foi formulado no Concílio Ecuménico
de Niceia, em 325, e depois completado no Concílio de Constantinopla (381).
Ambos os documentos são uma síntese da revelação de Deus na Bíblia, convocam-nos para a salva-
ção e estão estruturados em três partes, cada uma delas relativa a uma das pessoas da Santíssima
Trindade.
Os catequizandos
A maior parte dos catequizandos, com idades de 11 e 12 anos, estão no 6º ano de escolaridade.
Desenvolvimento intelectual
Eles vivem num momento de estabilidade emocional e sexual, com pouco interesse pelo outro sexo.
É uma etapa tranquila e feliz. Em termos afetivos são algo frios. Mostram alguma resistência às
manifestações externas de carinho, sobretudo em público. Os catequizandos desta idade vivem e
exprimem o seu mundo interior através da atividade, do jogo e do movimento. Isto torna-os abertos
e desejosos de aventuras. O jogo e a aventura, nestas idades, não são apenas um “entretenimento”
antes das “coisas sérias”; são a estratégia preferida para aprender conteúdos sérios e para exprimir
o desejo interior de crescimento.
Em termos intelectuais, aumenta a capacidade de abstração, porém, partindo do concreto. É a idade
das perguntas: sobre si mesmos, sobre os acontecimentos sociais, a natureza, a Bíblia, o mundo,
a ciência. Fazem perguntas porque querem dar significado a tudo o que os rodeia.
Na sua relação com os outros manifestam-se sinceros, naturais, espontâneos. São capazes de
admirar e idealizar os adultos significativos pelos valores que vivem (pais, professores, catequis-
tas…). As suas opiniões sobre os acontecimentos e o mundo que os rodeia depende bastante da
opinião dos pais e outros adultos significativos.
Ainda têm muita dificuldade com o tempo histórico e em situar os acontecimentos no passado. Para
isso, ao trabalhar com acontecimentos e relatos da Bíblia e da vida da Igreja, o catequista deve
fazer um esforço para os relacionar com a realidade atual, para que sejam significativos.
A experiência religiosa
Nesta fase de desenvolvimento, inicia-se uma aproximação mais objetiva ao que sucede à sua volta.
Persiste ainda algum egocentrismo de anos anteriores que se manifesta na visão antropomórfica,
animista ou mágica da realidade. Estes três traços de religiosidade influenciam a imagem que
fazem de Deus. Deus está em função ou ao serviço do seu egocentrismo. Os conteúdos que apren-
dem na catequese e na liturgia ajudam a superar essa visão egocêntrica, mas ficam com uma visão
muito “nocional” e fria de Deus.
A frieza afetiva desta idade (não gostam de expressões externas de carinho) diminui o caráter afe-
tivo ou sentimental da sua relação com Deus.
O ambiente religioso da família influi, positiva ou negativamente, na sua experiência religiosa. Cer-
tas formas de não-crença (superficialidade, materialismo, hedonismo) eclipsam a sua disponibili-
dade para a fé. O testemunho cristão credível de pessoas próximas (educadores, catequistas, pais)
é uma influência positiva.
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A dificuldade que têm em lidar com o tempo histórico torna difícil a aproximação a Jesus.
A pressão social para abandonar a catequese é forte. Na sociedade portuguesa é tradicional a
ligação entre catequese e infância; por isso é natural que, já no 6º ano, se abandone a catequese.
Continua ainda arraigada a ideia que a catequese “serve” para fazer a primeira comunhão; feita
esta, deixa de fazer sentido andar na catequese. Muitos centros de catequese experimentam uma
queda na frequência depois da primeira comunhão ou no fim do 1º ciclo.
Desenvolvimento moral
Esta idade traz consigo uma certa autonomia moral: o “certo” ou “errado” vem da bondade ou mal-
dade dos atos e não só da lei ou da proibição dos adultos. Começam a personalizar o sentido de
culpa (pecado) como ofensa aos outros e como rutura de uma ordem moral, relacionada com Deus.
São mais sensíveis aos valores da relação com os outros: responsabilidade, lealdade, veracidade.
Percebem quando os outros agem justa ou injustamente com a sua pessoa.
Além dos valores da colaboração e do serviço aparecem também sentimentos de rivalidade e com-
petição.
A falta de sintonia com a pessoa de Jesus como pessoa histórica dificulta a identificação com os
valores da sua vida.
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A relação dentro do grupo
A grande experiência social dos pré-adolescentes continua a ser a turma da escola. Mas muitos
deles têm a possibilidade (ou a obrigação) de estar em outros grupos: atividades de tempos livres,
prática desportiva, escolas de música, escuteiros…
Em quase todas estas atividades, a responsabilidade pertence aos adultos. O que se espera destas
crianças é que participem, fazendo aquilo que os adultos lhes pedem. A catequese é vista ainda
como um espaço dos adultos, em que são os catequistas e os catecismos a “mandar”, a determinar
o que acontece. As crianças não se “revoltam” mas, de algum modo, têm consciência que há uma
diferença entre estas propostas tuteladas pelos adultos e outras em que elas podem agir mais livre
e espontaneamente.
Será possível criarmos na nossa catequese um grupo diferente? Onde o facto de estarmos juntos,
de fazermos atividades interessantes, de nos respeitarmos uns aos outros… é atraente para os
catequizandos? Acreditamos que sim.
O grupo de catequese deve ser diferente de outras pertenças pela possibilidade que oferece de
fazer coisas diferentes, divertidas, enriquecedoras, profundas. Mas também pela possibilidade de
ser grupo, onde todos se respeitam e são aceites. Onde não é preciso competir. Onde há convergên-
cia entre as propostas dos “adultos” (catequista + catecismo) e os interesses das crianças.
A relação catequista-catequizandos
Para termos na catequese do 6º ano um grupo atraente, onde dá gosto participar, o catequista é
essencial. Antes de ser alguém que prepara bem as catequeses, o catequista quer ser um adulto
próximo das crianças. Sereno e alegre. Responsável e criativo. Capaz de propor atividades fascinan-
tes e disponível para escutar cada um. Capaz de amar a todos por igual, sem preferências, mas com
um coração especialmente atento aos mais frágeis ou mais feridos.
Ser catequista dos pré-adolescentes é empenhar-se em estabelecer com todos eles (mesmo com
os mais arredios) uma relação de respeito e de confiança. Eles precisam de um catequista dispo-
nível para dialogar e que os ensine a dialogar uns com os outros. Na maneira como o catequista
se relaciona com os catequizandos, estes têm de conseguir “ver” a bondade e a alegria do próprio
Jesus. É um desejo ambicioso… mas possível..
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É reforço da comunidade, vontade de se sentir mais parte desta Igreja que Jesus chamou e onde
Ele está presente.
Aprender fazendo
É difícil aprender a andar de bicicleta só vendo vídeos do youtube; é impossível nadar bem ouvindo
histórias de grandes nadadores. Aprende-se, fazendo. Em quase tudo na vida e também na vida de fé.
Ao longo deste ano iremos trabalhar os sacramentos e o credo. O “lugar” dos sacramentos é a
liturgia. Mas eles estão sempre ligados à vida. Eles mudam-nos por dentro e capacitam-nos para
enfrentar a vida com novos recursos. Mas há dificuldades: os catequizandos não celebraram alguns
sacramentos (crisma, unção dos doentes, matrimónio, ordem). Torna-se difícil fazer uma catequese
a partir da experiência pessoal que eles tenham desses sacramentos. Tentamos compensar isso
aproximando os nossos catequizandos da experiência de outras pessoas próximas que já tenham
celebrado esses sacramentos.
A mesma preocupação de “aprender fazendo” acontece nas catequeses onde se trabalha o credo.
Ainda persiste em muitas pessoas a noção que “estudar” o credo seria mergulhar numa “coisa” mais
abstrata. Nada disso. Como veremos, o credo é profundamente “prático”, tem que ver com a vida
concreta de cada dia. Ao falar de Deus e da história de salvação que Ele protagoniza, a nossa vida
está sempre presente.
Recursos de apoio
Para enriquecer a comunicação dentro da catequese, as propostas deste guia usam vários recursos.
Em papel. Podem ser cartazes feitos pelo catequista ou os pósteres e fotografias disponíveis na
pasta de apoio (vendida em separado).
Em suporte digital. São canções, ficheiros áudio com a leitura de textos, música de fundo, apresen-
tações, vídeos. São usados como documentos e recursos em vários momentos da catequese (expe-
riência humana, anúncio da Palavra, expressão de fé). Estão todos reunidos e disponíveis numa pen
multimédia (vendida em separado). Estes recursos multimédia também poderão estar disponíveis
para venda avulsa no site https://vimeo.com/ondemand/aaventuradeacreditar
Para os usar, é necessário um computador, um projetor multimédia (ou cabo para ligar o pc a uma
tv) e colunas de som.
Site de apoio: em ligações.net, poderás encontrar materiais complementares e alternativos ao que
está proposto neste guia.
Livro do Catequizando
Neste ano, o Livro do Catequizando assume o formato A4. Contém os recursos necessários para a
realização dos encontros de catequese.
Sabendo que nada substitui a experiência do encontro de catequese, ela pode ser prolongada na
vida quotidiana. A pensar nisso, criámos um conjunto de desafios complementares, que surgem no
Livro do Catequizando. Em todas as catequeses, há pistas e propostas complementares, que o
participante pode aproveitar.
Aventuras na Bíblia: O Manuel e a Teresa são primos. Andam no 6º ano, na mesma turma na escola
e também estão juntos na catequese. Conseguem viajar pelo espaço e pelo tempo num encontro
frequente com Jesus e com os personagens da Bíblia. E contam, com a mentalidade de quem tem
11, 12, anos aquilo que o texto bíblico nos diz. Esta narração é uma reelaboração bem disposta dos
textos da Bíblia. Não quer, nem deve substituir a leitura na primeira pessoa do texto bíblico.
Falo contigo: Palavras para rezar com o coração.
Cantoria: As letras das canções que usamos na catequese.
Cá por casa: Atividades giras para fazer em casa, com o resto da família.
Saber a potes: Curiosidades para saber mais.
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Põe-te à prova: Perguntas para testar os conhecimentos.
Troca-tintas: Usar as mãos com atividades giras relacionadas com o que aprendemos na catequese.
Pica miolos: Exercícios e jogos para gente inteligente!
Catequese e Sacramentos
A maioria dos catequizandos já fez a primeira comunhão. Na planificação que se faz, é importante
motivar os catequizandos para uma celebração saborosa da Eucaristia e da Reconciliação.
A relação com as famílias é importante para conseguir isto. Mas é decisiva a palavra oportuna do
catequista e a forma alegre e profunda como a comunidade celebra a ceia do Senhor todas as
semanas.
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Do Catecismo ou Do Magistério oferece um pequeno texto tirado do Catecismo da Igreja Católica
ou do ensino dos Papas que ajuda o catequista a situar-se perante o património de fé da Igreja.
É sempre um convite a ler os números seguintes.
A Síntese de conteúdos oferece, num texto breve, algumas informações para enriquecer as com-
petências do catequista. Podem ser de tipo pedagógico ou doutrinal. Apresentam ao catequista o
tema e os conteúdos que irão ser trabalhados com o grupo. É importante que o catequista (ou o
grupo de catequistas) leia o texto com calma. Que tome posição. Que identifique as “novidades”.
Que tome nota daquilo que não entende.
Para cresceres é um pequeno apontamento para a reflexão e oração pessoal do catequista. É impor-
tante que cada catequista se possa confrontar pessoalmente com os mesmos conteúdos que os
catequizandos.
O Desenvolvimento contém as indicações para orientar cada um dos encontros de catequese.
Indica-se sempre o número da catequese e em que momento do ato catequético nos encontramos.
O Material faz a lista dos materiais que vão ser necessários ao longo do encontro. Quase todos
eles estão disponíveis na pasta de apoio, na pen de apoio ou no site de apoio.
Segue-se a Atividade. Cada uma tem um nome específico. Na linha seguinte está a duração pre-
vista para o todo da atividade.
As atividades estão divididas em Etapas. As Etapas estão numeradas e indica-se a duração prevista
para cada uma delas.
Nalguns casos, antes de apresentar as Etapas da Atividade, pede-se uma Preparação: algo que o
catequista tem de ter previamente preparado antes de iniciar a atividade.
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previsto, tens de decidir o que fazer. Decides que algumas atividades vão durar mais tempo e redu-
zes o tempo dedicado a outras? Há alguma atividade que desistes de fazer?
Se ao programar, tiveres de eliminar alguma atividade, evita a tentação de eliminar as mais difíceis
(aquelas classificadas com mais estrelas); pode ser que elas sejam as mais importantes.
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Jesus,
connosco
sempre
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C 1 Para o Catequista
Apresentação
Há um par de frases que se repete várias vezes na missa: “O Senhor esteja convosco / Ele está no
meio de nós”. É uma experiência forte que os amigos de Jesus fazem: Ele está sempre connosco.
Nesta catequese vamos ver como, de forma especial, Ele está presente para nós nos Sete Sacra-
mentos.
Objetivos
Chegar a uma visão integrada dos Sete Sacramentos.
Acolher os sacramentos como experiência da presença de Jesus entre nós.
Conteúdos
Conceitos:
yy Jesus está sempre presente connosco
yy Os sacramentos tornam Jesus presente à sua Igreja
yy Os sacramentos foram instituídos por Jesus
Procedimentos:
yy Nomear os sete sacramentos
Atitudes:
yy Agradecer o dom de Jesus nos sacramentos
yy Acolher o desafio que é a presença de Jesus connosco, sempre
Material
Nove envelopes (a preparar segundo as indicações da atividade “A promessa”)
Uma moeda
Folha com a leitura bíblica (Atividade “A promessa”)
Canção “A tua promessa” (disponível na pen multimédia)
Cartões com imagens-nomes dos sacramentos e das palavras “Sacramento da Iniciação”, “Sacramento
de Cura”, “Sacramento do Serviço” -2 cartões por sacramento (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Os Sete Sacramentos” (disponível na pen multimédia)
Computador, projetor multimédia e colunas
Cartaz 01 (disponível na pasta de apoio)
Música de fundo (fundo01, disponível na pen multimédia)
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Esquema
Experiência humana Atividade: Jogo do camaleão 12’ **
Do Catecismo
1115. As palavras e as ações de Jesus durante a sua vida oculta e o seu ministério público
já eram salvíficas. Antecipavam o poder do seu mistério pascal. Anunciavam e preparavam
o que Ele ia dar à Igreja quando tudo estivesse cumprido. Os mistérios da vida de Cristo são
os fundamentos do que, de ora em diante, pelos ministros da sua Igreja, Cristo dispensa nos
sacramentos, porque «o que no nosso Salvador era visível, passou para os seus mistérios»
Síntese de conteúdos
As primeiras catequeses deste ano apresentam os sete sacramentos aos catequizandos.
Hoje, propomos o tema dos sacramentos como manifestação e dom da presença de Jesus
entre nós.
Sete Sacramentos
São gestos e práticas iguais a tantos outros, dentro e fora da Igreja: usar a água como
purificação, casar-se, marcar alguém com óleo, comer uma refeição… Mas estes sete gestos
são diferentes. São mais que rituais que nós fazemos a simbolizar alguma coisa. São gestos
em que o próprio Jesus Se torna presente e onde a sua presença amorosa nos muda, nos
faz crescer.
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Os sacramentos são mais do que símbolos. São sinais e gestos eficazes, que provocam vida
nova e feliz, porque Cristo está mesmo presente e é Ele quem age nos sacramentos. É Ele
quem batiza. É Cristo Quem Se faz presente na Eucaristia. É Cristo quem perdoa os peca-
dos…
Três famílias
Habitualmente, dividem-se os sacramentos em três grandes grupos: iniciação, cura e serviço.
O primeiro grupo consta dos sacramentos ligados à iniciação cristã: batismo, confirmação
e Eucaristia. Eles lançam os alicerces da nossa vida e identidade cristãs.
O segundo grupo inclui a reconciliação e a unção dos doentes. A vida cristã é uma expe-
riência feliz e alegre onde também há dor e pecado. Para nos curar, tanto no corpo, como
na alma, estes dois sacramentos de cura são uma ajuda poderosa.
O terceiro grupo fala-nos de serviço: matrimónio e ordem. É belo entender estas duas
vocações (á vida de casados e o sacerdócio) como experiências de serviço.
Para cresceres
Foste batizado. És amado por Deus. Mesmo assim, pode ser que, às vezes, Deus te pareça
estar longe. Será que Ele Se esqueceu de ti? Ou serás tu que andas um pouco distraído?
Acalma-te um pouco e dá-te conta das tantas maneiras como Deus está presente na tua
vida.
C 1 Desenvolvimento
Com jogos, canções, leituras, os catequizandos vão descobrir que Jesus está sempre presente e
que os sacramentos são uma das formas mais belas dessa presença de Jesus.
Experiência Humana
Atividade: Jogo do Camaleão
Duração: 12 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista diz que vão fazer um jogo de observação. Na sala ficarão quase todos os
elementos do grupo de catequese menos dois voluntários. Estes dois voluntários devem
observar com atenção o resto do grupo, as pessoas, o que trazem vestido. Depois de uma
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observação atenta, os voluntários saem da sala. Se parecer conveniente ao catequista,
podem até tirar uma foto com o telemóvel.
O resto do grupo troca de peças de roupa, de calçado, de óculos.
O catequista faz regressar os voluntários e convida-os a descobrir que peças de roupa,
calçado ou decoração estão trocadas.
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista convida a uma segunda ronda deste jogo, com outros voluntários e com uma
nova regra: agora, além de trocarem de roupa, irão fazer desaparecer uma (ou mais) peças
de roupa, calçado, óculos… Os voluntários terão de estar excecionalmente atentos para
identificarem a peça em falta.
Se conveniente, faz-se mais do que uma ronda do jogo.
Etapa 3
Duração: 2 min.
O catequista dá os parabéns a todos pelo engenho em esconder as coisas (todo o grupo)
e pela capacidade de concentração para identificar as coisas ausentes (os voluntários).
Depois, em jeito de conclusão, diz: “Aqui, neste jogo, desapareceu (nomeia as peças que
foram escondidas)… E quando Jesus morreu, Ele desapareceu? Ficou ausente? Vamos ver
isso com atenção!”
Anúncio da Palavra
Atividade: A promessa
Duração: 18 min.
Preparação:
O catequista escreve nos envelopes as seguintes palavras: Guardas (envelope 5), Selo
(envelopes 4 e 6), Pedra (envelopes 3 e 7), Túmulo (envelopes 2 e 8), Lençóis de linho
(envelopes 1 e 9). O envelope 9 deve ser colocado dentro do 8, o 8 dentro do 7, o 7 dentro
do 6 e o 6 dentro do 5. Em cima da mesa, o catequista deverá colocar por ordem a moeda
e os envelopes (1, 2, 3, 4 e 5). Caso numere os envelopes, ter em atenção que a numeração
é apenas para a orientação do catequista; não deve ser visível pelos participantes.
Etapa 1
Duração: 5 min.
Para perceber onde é que Jesus está depois da sua morte e a ressurreição, o catequista
pede a um voluntário que faça as leituras abaixo, enquanto ele as representará através
dos envelopes e da moeda.
Voluntário Catequista
Depois de Jesus ter sido crucificado, um amigo
Colocar a moeda no envelope 1 “Lençóis de
chamado José, que era da cidade de Arima-
linho”, explicando que a moeda representa o
teia, envolveu o Seu corpo em lençóis de linho
corpo de Jesus.
limpos.
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Voluntário Catequista
José depositou Jesus num túmulo novo, que
Colocar o envelope 1 dentro do 2 “Túmulo”.
tinha mandado talhar na rocha.
Depois, rolou uma grande pedra contra a porta
Colocar o envelope 2 dentro do 3 “Pedra”.
do túmulo e retirou-se.
Com a permissão de Pilatos os fariseus puse-
Colocar o envelope 3 dentro do 4 “Selo”.
ram o sepulcro em segurança, selando a pedra.
Colocar o envelope 4 dentro do 5, mas tendo
Pilatos ordenou que alguns guardas vigiassem cuidado para não deixar que os catequizandos
o túmulo. percebam que já havia algo dentro do enve-
lope 5 “Guardas” (os envelopes 6, 7, 8 e 9).
A partir de agora começam a ser retirados os
envelopes (6, 7, 8 e 9) que já estavam den-
Ao romper do primeiro dia da semana, houve
tro do envelope 5 – cuidado para não retirar
um grande terramoto. Os guardas puseram-se
o envelope 4. Então, sem que os participantes
a tremer e ficaram como mortos.
se apercebam, retirar o envelope 6 “Selo” de
dentro do 5.
Logo de manhã, ainda escuro, Maria Madalena
Retirar o envelope 7 “Pedra” do 6.
viu retirada a pedra que selava o túmulo.
O anjo do Senhor, descendo do Céu, foi quem
Retirar o envelope 8 “Túmulo” do 7.
removeu a pedra.
Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao
túmulo. Corriam os dois juntos, mas o outro
Retirar o envelope 9 “Lençóis de linho” do 8.
discípulo correu mais do que Pedro e chegou
primeiro ao túmulo.
Pedro entrou no túmulo e ficou admirado ao
encontrar os lençóis de linho espalmados no Mostrar o envelope 9 vazio.
chão e não estar lá o corpo de Jesus.
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista pergunta aos participantes o que aconteceu a Jesus depois da sua ressur-
reição. É importante que o catequista os ajude a recordar o que foi dito no 5º ano: Jesus
enviou-nos o Espírito Santo (catequese 17, “Pentecostes: o começo da Igreja” e a passagem
Act 2, 1-13).
Etapa 3
Duração: 3 min.
Com as bíblias abertas em Mt 28, 16-20, o catequista pede um voluntário para a leitura da
passagem.
18
ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.»
Etapa 4
Duração: 3 min.
O catequista recorda o jogo com que começámos a catequese e pede uma grande atenção
e concentração. Pergunta ao grupo qual a diferença entre o jogo que fizemos e este relato
da Bíblia.
Depois do diálogo animado, o catequista sublinha que, ao contrário do nosso jogo, onde
havia sempre uma peça ausente, Jesus diz que estará sempre presente.
Etapa 5
Duração: 4 min.
O catequista pede aos participantes que abram o livro do catequizando, na página 4, e que
acompanhem o canto “A promessa”.
Canto “A promessa”
(Idália Almeida)
Oh, oh, oh
Ele prometeu
Estar sempre ao meu lado
Faça o que fizer
Serei perdoado
Ele está comigo
Até ao fim dos tempos
Através de sinais
Nos sete sacramentos
Oh, oh, oh
Estarás, estarás
Sempre ao meu lado
Estarás, estarás
Para a eternidade
Eu não temerei
Oh, oh, oh
19
Atividade: Os sacramentos
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista pede aos participantes que abram o livro do catequizando, na página 6, e que
realizem a atividade que se encontra no Pica-miolos. Têm de acompanhar Jesus no labirinto
e ir completando as palavras incompletas para descobrir uma frase importante.
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista distribui os participantes em dois grupos. Em cima da mesa estão os 14
cartões (2 cartões para cada sacramento), voltados para baixo. O catequista explica aos
participantes que vão jogar ao jogo da memória. As regras são simples.
À vez, um grupo vira dois cartões para cima. Se eles formarem um par de cartões iguais,
eles são recolhidos pelo grupo. Se forem diferentes, eles são viradas para baixo. Mas os
dois grupos devem tentar recordar-se destes cartões.
O outro grupo faz o mesmo, tentando virar para cima dois cartões iguais, para os poder
recolher.
O jogo termina quando todos os pares tiverem sido recolhidos. Vence o grupo que tiver
mais pares de cartões. Se, ao fim de três minutos o jogo não tiver terminado, o catequista
vira os restantes cartões.
20
Etapa 3
Duração: 2 min.
Mantendo os mesmos grupos, o catequista entrega a cada um, um conjunto de 7 car-
tões diferentes (Sacramentos). De seguida, explica que esses 7 sacramentos se encontram
organizados em 3 categorias: “Sacramentos da Iniciação”, “Sacramentos de Cura” e “Sacra-
mentos do Serviço”. Depois, pede que tentem colocar os sete sacramentos nas 3 catego-
rias. Ao fim de 2 minutos proceder-se-á à correção:
Sacramentos da Iniciação: Batismo, Confirmação, Eucaristia
Sacramentos de Cura: Penitência e Reconciliação, Unção dos Enfermos
Sacramentos do Serviço: Ordem e Matrimónio
Etapa 4
Duração: 5 min.
O catequista apresenta o vídeo “Os Sete Sacramentos” para introduzir cada um dos sacra-
mentos.
Guião do vídeo “Os Sete Sacramentos”:
A tua vida como cristão, como discípulo de Jesus, começou no batismo; vais ser confirmado
na tua fé e no compromisso com Jesus com o crisma; a Eucaristia alimenta a tua vida.
És curado no sacramento da reconciliação e ganhas saúde e esperança com a unção dos
doentes. O amor de um homem e uma mulher dá início a uma nova família no matrimónio
e o sacramento da ordem leva alguns irmãos a servirem a comunidade.
Jesus passou entre nós fazendo o bem. E Ele continua sempre connosco. Os sete sacra-
mentos são algumas das maneiras como Jesus está connosco e continua a fazer, aqui e
agora, coisas maravilhosas.
É Ele que nos batiza e faz de nós filhos amados por Deus.
É Jesus que nos envia o seu Espírito Santo e nos dá a força para nos comprometermos com
a causa do Evangelho.
É Ele que perdoa os nossos pecados.
Ele quer dar paz aos nossos corações, mesmo quando estamos doentes.
É Jesus que abençoa e une um casal em matrimónio.
É Jesus que continua a chamar alguns homens para servirem, em seu nome, a Igreja.
É Ele que Se oferece em cada missa e nos dá o seu corpo em alimento.
Três destes sacramentos ajudam à tua iniciação como cristão: o batismo, a Eucaristia e a
confirmação.
Há outros dois que servem para a cura, para consertar o que está errado: a reconciliação
e a unção dos doentes.
E há outros dois ligados ao serviço e à vocação: o matrimónio e a ordem.
Nestes sete sacramentos, Jesus continua presente no meio de nós.
21
Expressão de fé
Atividade: Jesus na minha vida
Duração: 12 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista expõe o cartaz nº 01 e põe música de fundo. Convida a observar o cartaz. Se
necessário salienta a ligação entre Jesus ressuscitado e os símbolos dos sete sacramentos.
Etapa 2
Duração: 10 min.
Sempre com música de fundo, o catequista convida cada um a repetir em silêncio a frase
de Jesus: “Eu estou convosco até ao fim dos tempos”.
A seguir, convida a abrir o livro do catequizando na página 4 para rezarem juntos a oração
“Obrigado pela tua presença”.
Coro 1: Obrigado, Jesus, por estares sempre connosco.
Coro 2: Obrigado, por nunca nos deixares abandonados.
Coro 1: Obrigado pelo teu batismo e por fazeres de mim filho amado por Deus.
Coro 2: Obrigado pela tua Eucaristia e pela força que nos dás.
Coro 1: Obrigado por nos perdoares os pecados.
Coro 2: Obrigado por todos os teus sete sacramentos.
Todos: Obrigado, Jesus, por estares sempre connosco.
Canta-se de novo a canção “A tua promessa”.
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Batizados
como filhos
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C 2 Para o Catequista
Apresentação
O batismo é mais do que a água ou a recordação de um rito feito quando éramos crianças. É a
experiência atual de que Deus escolheu tratar-nos como filhos amados.
Objetivos
Identificar os sinais essenciais do batismo.
Associar o batismo à condição de filhos amados por Deus.
Conteúdos
Conceitos:
yy Pelo batismo, aderimos ao Evangelho
yy O batismo faz de nós filhos de Deus
yy Fórmula batismal
Procedimentos:
yy Experiências com água
Atitudes:
yy Sentir o batismo pessoal em continuidade com o Batismo de Jesus e o êxodo
Material
Cartaz nº 02 (disponível na pasta de apoio)
Cópia em papel do ficheiro “Vitral batismo” (disponível no site de apoio ligacoes.net)
Tintas acrílicas em bisnaga nas cores de acordo com o cartaz nº 02 (batismo)
Água para misturar as tintas e para lavar as mãos
Tina (bacia); Toalhas
Copos para a mistura das tintas com água
Baú contendo 4 folhas de papel, enroladas de modo a imitar pergaminhos
4 folhas de cores diferentes, em tamanho A4, para a construção das personagens: Anjo, Espírito, Filipe
e o Eunuco Etíope. (Nota: serão cortadas ao meio, de forma a ficar em tamanho A5)
Documento “Fazer fantoches de dedos” (disponível no site de apoio ligacoes.net)
Cartaz nº 03 (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Batismo” (disponível na pen multimédia)
Canção “Batiza-me” (disponível na pen multimédia)
Computador, colunas, projetor multimédia
Fita-cola
Marcadores
Velas (1 para cada participante)
Símbolos batismais (bacia com água benta, círio, veste branca)
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Esquema
Experiência humana Atividade: O nosso vitral 15’ ****
Do Catecismo
1262. Os diferentes efeitos do Batismo são significados pelos elementos sensíveis do rito
sacramental. A imersão na água evoca os simbolismos da morte e da purificação, mas tam-
bém da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos
pecados e o novo nascimento no Espírito Santo.
Síntese de conteúdos
Se há um momento importante da nossa vida é o dia do nosso batismo.
Viver batizados
Quando se pergunta a tantos cristãos quando é o aniversário do seu batismo, muitos
atrapalham-se porque não se lembram dessa data. Bastaria dizer que a data do seu
batismo é “hoje”. O batismo é um sacramento que imprime caráter, isto é, que é perma-
nente. O importante do batismo não é a água derramada sobre a cabeça: é o amor que
Deus derrama desde esse dia, e todos os dias, no nosso coração. Ser batizado é viver
alimentado, acarinhado, por esse Deus que ama a cada um de nós como ama o seu Filho
Jesus. E isso acontece “hoje”, em todos e em cada um dos nossos dias.
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Batismo para todos
Durante o anúncio da Palavra vamos aprofundar o episódio do batismo do etíope (Act 8, 26-38).
O diácono Filipe é enviado ao encontro de um etíope. É um homem à procura de qualquer
coisa de melhor para a sua vida. Para os judeus, ele é um estrangeiro: vem de um país dis-
tante, tem hábitos e tradições diferentes. Mas Filipe percebe que a boa e saborosa notícia
de Jesus era também para este homem estrangeiro. E o etíope vai-se entusiasmando com
o Evangelho de Jesus que Filipe anuncia. E faz uma pergunta decidida: “Que me impede de
ser batizado?” Por que é que eu não começo já a fazer essa experiência feliz de ser filho
amado por Deus? E, ali mesmo, numa nascente de água, Filipe batizou este homem.
E o etíope seguiu o seu caminho cheio de alegria. É assim mesmo: quem é batizado, quem
recebe no seu coração o amor transformador de Deus, segue pela vida cheio de alegria.
Para cresceres
Hoje, experimenta fazer o teu caminho cheio de alegria. Tens problemas sérios para resol-
ver, carregas dores e ofensas, tens tantos medos… E, contudo, sabes que és batizado.
Amado por Deus. Isso não faz desaparecer os teus problemas. Mas essa experiência pode
ser mais forte no teu coração do que tudo o resto. Por isso, ao menos hoje, vive o teu dia
cheio de alegria.
C 2 Desenvolvimento
A partir de algumas atividades com água vamos descobrir a força do amor que Deus nos tem e que
nos foi dado pelo sacramento do batismo.
Experiência Humana
Atividade: O nosso vitral
Duração: 15 min.
Preparação
O catequista imprime e corta o ficheiro “Vitral batismo” num formato grande. Este ficheiro
contém uma cópia tracejada do cartaz nº 02.
26
Etapa 1
Duração: 2 min.
O catequista afixa o cartaz nº 02 e pergunta aos participantes que sacramento está repre-
sentado no vitral. O catequista recorda que o batismo foi o primeiro sacramento que rece-
bemos e que é ele que faz de nós filhos amados de Deus.
Etapa 2
Duração: 8 min.
O catequista divide os participantes em 3 grupos e entrega, a cada um, as tintas e uma
parte das cópias do ficheiro “Vitral batismo”. Usando os dedos deverão pintar a sua folha
de acordo com o cartaz nº 02.
Etapa 3
Duração: 5 min.
Terminado o trabalho, o catequista coloca a tina (bacia) e a toalha no centro da sala e
pede que, à vez, lavem e limpem as suas mãos. Depois pede que se sentem em círculo e
partilhem como se sentiram ao usar os dedos como “pincéis”. Muitos devem ter usado esta
“técnica” no jardim de infância, mas há anos que já não o fazem. O catequista pergunta
ainda como é que se sentiram ao poder lavar as mãos em água limpa.
Anúncio da Palavra
Atividade: Baú do batismo
Duração: 30 min.
Preparação:
O catequista coloca em cima da mesa um pequeno baú de madeira. Nele estão guardados 4
“pergaminhos” com as pistas que ajudarão os catequizandos a descobrir alguns dos objetos
27
simbólicos utilizados durante o batismo. O baú estará cheio com tiras de revistas e jornais.
Os “pergaminhos” dizem:
Simboliza graça, purificação total;
Simboliza Cristo, a luz do mundo, na esperança de que Ele ilumine a criança;
Simboliza uma nova vida, uma nova dignidade de que a pessoa batizada se reveste;
Simboliza purificação, libertação do mal.
Etapa 1
Duração: 4 min.
O catequista distribui os participantes em duas equipas. Cada equipa escolhe um volun-
tário. Os dois voluntários tentarão encontrar os pergaminhos com as pistas. Assim que
encontrarem todas as pistas, os voluntários, à vez, devem lê-las em voz alta. Os restantes
elementos das duas equipas anotam num papel a que objetos ou símbolos se referem. Se
necessário, o catequista ajuda na solução com algumas dicas extra: se é líquido, o número
de letras que compõe a palavra, etc.
Pistas – soluções:
simboliza graça, purificação total (água);
simboliza Cristo, a luz do mundo, na esperança de que Ele ilumine a criança (vela);
simboliza uma nova vida, uma nova dignidade de que a pessoa batizada se reveste
(roupa branca);
simboliza purificação, libertação do mal (óleo).
Etapa 2
Duração: 10 min.
Mantendo os dois grupos anteriores (cada grupo deverá ter no mínimo 5 elementos),
o catequista entrega aos participantes uma adaptação da passagem Act 8, 26-38. Os dois
grupos deverão ensaiar a passagem, distribuindo tarefas entre si e tendo em conta que irão
representar a passagem através de um teatro de fantoches de dedo. Os fantoches das per-
sonagens serão da responsabilidade de cada grupo. Para isso, o catequista entrega, a cada
grupo, 4 folhas de cor diferentes, em tamanho A5, para a construção das p ersonagens:
Anjo, Espírito, Filipe e o Eunuco Etíope. As folhas deverão ser dobradas em cone, a volta do
dedo. No documento “Fazer fantoches de dedos” (ligacoes.net) há indicações sobre outras
técnicas e formas de fazer.
28
Filipe e o Etíope (Act 8, 26-38) - adaptado
Narrador: O Anjo do Senhor falou a Filipe e disse-lhe:
Anjo: «Põe-te a caminho e dirige-te para o Sul, pela estrada que desce de Jerusalém para
Gaza, a qual se encontra deserta.»
Narrador: Ele pôs-se a caminho e foi para lá. Ora, um etíope, alto funcionário da rainha
Candace, da Etiópia, e superintendente de todos os seus tesouros, que tinha ido em pere-
grinação a Jerusalém, regressava, na mesma altura, sentado no seu carro, a ler o profeta
Isaías. O Espírito disse a Filipe:
Espírito: «Vai e acompanha aquele carro.»
Narrador: Filipe, acorrendo, ouviu o etíope a ler o profeta Isaías e perguntou-lhe:
Filipe: «Compreendes, verdadeiramente, o que estás a ler?»
Etíope: «E como poderei compreender, sem alguém que me oriente?»
Narrador: E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto dele. A passagem da Escritura que
ele estava a ler era a seguinte:
Etíope: Como ovelha levada ao matadouro,
e como cordeiro sem voz diante daquele que o tosquia,
assim Ele não abre a sua boca.
Na humilhação se consumou o seu julgamento,
e quem poderá contar a sua geração?
Da face da terra foi tirada a sua vida!
Narrador: Dirigindo-se a Filipe, o etíope disse-lhe:
Etíope: «Peço-te que me digas: De quem fala o profeta? De si mesmo ou de outra pessoa?»
Narrador: Então, Filipe tomou a palavra e, partindo desta passagem da Escritura,
anunciou-lhe a Boa-Nova de Jesus. Pelo caminho fora, encontraram uma nascente de água,
e o etíope disse:
Etíope: «Está ali água! Que me impede de ser baptizado?»
Filipe: «Se acreditas com todo o coração, isso é possível.»
Etíope: «Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.»
Narrador: E mandou parar o carro. Ambos desceram à água, Filipe e o etíope, e Filipe
baptizou-o. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o etíope não o
viu mais, seguindo o seu caminho cheio de alegria. Filipe encontrou-se em Azoto e, partindo
dali, foi anunciando a Boa-Nova a todas as cidades, até que chegou a Cesareia.
Etapa 3
Duração:6 min.
Ambos os grupos fazem a sua apresentação.
29
Etapa 4
Duração: 3 min.
Etapa 5
Duração: 4 min.
O catequista projeta o vídeo “Batismo”
Etapa 6
Duração: 3 min.
O catequista convida o grupo a responder à pergunta: “O que é que nos acontece de espe-
cial no batismo?”
30
Expressão de fé
Atividade: Obrigado pelo teu batismo, Senhor
Duração: 15 min.
Preparação
O ideal será fazer esta atividade junto à Pia Batismal. Senão, preparar um espaço na sala
de catequese decorado com uma bacia condigna, com água benta, com um círio, com uma
peça de roupa branca. Entregar a cada catequizando uma vela.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida o grupo a cantar “Batiza-me”.
Canto “Batiza-me”
(rAP - Luna Esteves)
Batiza-me, Deus Pai
como filho amado.
Batiza-me, Jesus:
quero ser como Tu!
Batiza-me, Espirito Santo Senhor
no teu fogo de amor.
A seguir, convida cada um a acender as suas velas no círio. Diz o catequista: “Este círio, esta
vela grande, representa Jesus e a sua luz. No dia em que fomos batizados, os nossos pais
e padrinhos acenderam uma vela num círio assim.”
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista convida a abrir o livro do catequizando na página 8 e a acompanhar a oração
“Obrigado pelo batismo”. As várias invocações podem ser feitas por diferentes catequizandos.
Leitor: Senhor, eu Te agradeço pelo dom do batismo. Aqui, Tu me chamaste pelo
meu nome e acolheste nesta grande família dos teus filhos em Jesus.
Todos: Obrigado, meu Deus, pelo batismo!
Leitor: Senhor, quando o sacerdote me banhou na água em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo, a minha vida renasceu em Ti para sempre.
Leitor: Senhor, no dia do meu batismo deram-me uma veste branca, e sei que Tu
estás sempre do meu lado para viver uma vida honesta e cheia de luz e
bondade.
Leitor: Senhor, os meus pais e padrinhos acenderam uma vela no círio pascal.
A minha fé foi crescendo e, com a tua ajuda, no fim deste ano já serei
capaz de segurar essa vela com as minhas mãos.
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista convida todos a erguerem alto as suas velas acesas e a rezarem de coração
agradecido a Deus pelo seu amor, o “pai nosso”.
Conclui-se a oração cantando de novo “Batiza-me”.
31
Confirmados
e animados
33
C 3 Para o Catequista
Apresentação
O segundo dos sacramentos da iniciação cristã, que normalmente só é celebrado na adolescência,
é o crisma ou confirmação. Descobrir este sacramento aumenta o desejo de dar testemunho da fé.
Objetivos
Conhecer o essencial sobre o sacramento do Crisma.
Ligar a ação de Jesus, a força do Espírito e a vida pessoal.
Conteúdos
Conceitos:
yy Jesus promete enviar o Espírito Santo
yy O Espírito Santo dá força e coragem para viver o Evangelho
yy Gestos do crisma: imposição das mãos, unção com o crisma
yy Os efeitos do crisma
Procedimentos:
yy Contacto com vários tipos de óleos
Atitudes:
yy Apoiar-se no Espírito Santo para testemunho de Jesus no quotidiano
yy Desejar crescer na fé para celebrar o sacramento do crisma
Material
Computador, projetor multimédia, colunas
7 recipientes iguais, transparentes e numerados de 1 a 7
7 óleos: 1. óleo de motor, 2. bronzeador, 3. óleo de cozinha, 4. óleo aromático à escolha, 5. óleo para
bebés, 6. óleo para cabelos e 7. Crisma
12 folhas A6 / ou post-it para as letras da expressão “Óleo do Crisma”
Vídeo “O óleo” (disponível na pen multimédia)
Cartaz nº 04 (disponível na pasta de apoio)
Cartões “Os efeitos do crisma” (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Os efeitos da confirmação” (disponível na pen multimédia)
Música de fundo (fundo02, disponível na pen multimédia)
Canção “Uma força” (disponível na pen multimédia)
34
Esquema
Experiência humana Atividade: O óleo do Crisma 20’ ****
Do Catecismo
1289. Bem cedo, para melhor significar o dom do Espírito Santo, se acrescentou à impo-
sição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de
«cristão», que significa «ungido», e que vai buscar a sua origem ao próprio nome de Cristo,
aquele que «Deus ungiu com o Espírito Santo» (Act 10, 38). E este rito da unção mantém-se
até aos nossos dias, tanto no Oriente como no Ocidente. É por isso que, no Oriente, este
sacramento se chama crismação (= unção do crisma), ou myron, que significa «crisma».
No Ocidente, o nome de Confirmação sugere que este sacramento confirma o Batismo e,
ao mesmo tempo, consolida a graça baptismal.
Síntese de conteúdos
Nas últimas décadas houve uma feliz revalorização do sacramento do crisma. A catequese
assumiu uma preocupação pela iniciação cristã e tenta colocar este sacramento no cami-
nho para nos tornarmos cristãos adultos.
Crismados em Cristo
A confirmação está intimamente ligada ao sacramento do batismo, pois é uma imersão no
mesmo Espírito com que Jesus foi ungido. Tal como os reis, sacerdotes e profetas do Antigo
Testamento, Jesus sente-Se ungido para ser o salvador e defensor dos pobres: “O Espírito
do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para levar a Boa Nova aos pobres” (Is 60, 1;
Lc 4, 18). Este Espírito foi comunicado aos apóstolos no Pentecostes (Act 2, 4) e oferecido
aos cristãos.
A Igreja exprime e atualiza este dom com o sacramento da confirmação. Aqui, os cristãos
“Por ele recebem a efusão do Espírito Santo que, no dia do Pentecostes, o Senhor enviou
sobre os Apóstolos. Pelo Espírito Santo que lhes é dado, os fiéis são mais perfeitamente
configurados com Cristo, e são fortalecidos pela sua virtude para darem testemunho de
Cristo em ordem à edificação do seu corpo na fé e na caridade.” (Ritual da confirmação 1.2).
35
Reino que Jesus anunciou e inaugurou. Com a graça deste sacramento, o cristão sabe que
o compromisso ativo pela justiça, pela misericórdia e pelo amor é uma colaboração ativa
com o Espírito.
Para cresceres
No final da missa em que foste confirmado, o bispo usou esta fórmula na bênção final:
Confirmai, Senhor,
a obra de salvação que em nós realizastes
e guardai no coração dos vossos fiéis os dons do Espírito Santo,
para que sejam, diante dos homens,
corajosas testemunhas de Cristo crucificado
e cumpram com todo o amor os seus mandamentos.
Procura dar graças e avaliar a tua vida nestes dois desafios: ser testemunha corajosa de
Jesus e viver com amor os mandamentos.
C 3 Desenvolvimento
À partida, a experiência do crisma aparece como distante para os catequizandos. As propostas que
fazemos nesta catequese querem aproximá-lo da vida, do desejo e dos projetos dos c atequizandos.
Experiência Humana
Atividade: O óleo do Crisma
Duração: 20 min.
Preparação
Numa mesa colocar, em 7 recipientes iguais, transparentes e numerados de 1 a 7, um
pouco de cada um destes óleos: 1. óleo de motor, 2. bronzeador, 3. óleo de cozinha, 4. óleo
aromático à escolha, 5. óleo para bebés, 6. óleo para cabelos e 7. Crisma. Os recipientes
deverão estar identificados por esta ordem, mas não voltados para os catequizandos (estes
apenas conseguirão ver o número). A mesa deverá estar num dos lados da sala e à frente
as cadeiras dos participantes em semicírculo.
36
Em 12 das cadeiras, por baixo de cada uma, deverá estar uma folha com as letras, desor-
denadas, que compõem a expressão: “Óleo do Crisma”. Caso os catequizandos sejam mais
do que 12, deverá acrescentar as cadeiras entre as letras, mas sem informação:
A O
C L
O I
R D O E S M
Etapa 1
Duração: 7 min.
O catequista divide os participantes em 4 grupos. Convida-os a preencher a tabela que se
encontra no livro do catequizando, na página 13, indicando o possível nome e caracterís-
ticas do “material líquido” que se encontra em cada um dos recipientes. Para isso poderão
ver, cheirar e tocar.
Caraterísticas
Nome (possível) Solução
(cor, cheiro, espessura, etc)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Para agilizar o tempo, os grupos poderão não seguir a mesma ordem (iniciar em 1 e termi-
nar em 7).
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista pede que o porta-voz de cada grupo indique as características que associa-
ram ao óleo 1. Depois, pede que indiquem o nome desse óleo. Quando todos os grupos se
pronunciarem, o catequista dá o nome correto. Faz-se o mesmo com os restantes óleos.
Ao chegar ao óleo 7, o catequista não dá o nome correto deste óleo: a etapa seguinte tem
uma proposta para o descobrirem.
37
Etapa 3
Duração: 5 min.
Para descobrir o nome do último óleo, os catequizandos deverão verificar se, debaixo das
suas cadeiras, está uma letra. Depois de encontradas as 12 letras, os participantes deve-
rão, em conjunto, ordená-las para decifrar o nome deste último tipo de óleo, composto por
3 palavras (“Óleo do Crisma”).
Etapa 4
Duração: 5 min.
Para explicação deste óleo de crisma, o catequista projeta o vídeo “O óleo”.
Guião do vídeo
O crisma usado na Confirmação é azeite misturado com bálsamo, que traz um cheiro bom
ao azeite e significa a alegria. O azeite, extraído das oliveiras, foi usado ao longo de muitos
milénios e é um símbolo poderoso.
O azeite foi usado para limpar o corpo, para o preparar para competições desportivas,
como combustível em lamparinas, como base de cosméticos e como uma parte importante
da dieta das pessoas.
No Antigo Testamento, o azeite é um sinal do amor abundante de Deus.
Em muitos países, o azeite era usado para marcar, para ungir, pessoas importantes. Reis
e sacerdotes eram ungidos quando assumiam o seu cargo, como um sinal de que Deus
estava com eles.
Durante o sacramento da Confirmação, o bispo vai ungir-te, traçando o sinal da cruz na tua
testa com o Crisma, com este óleo. Ele vai chamar o teu nome e dizer-te: “Recebe por este
sinal o Espírito Santo, o dom de Deus.”
Com este sacramento tu recebes um grande dom: o Espírito Santo. Ele te dará uma força
especial para viveres como discípulo de Jesus e dares testemunho de Cristo sempre, com
as tuas palavras e as tuas ações.
O Crisma é como um selo, uma marca permanente, que realiza a tua adesão total a Jesus
Cristo através do Espírito Santo.
Anúncio da Palavra
Atividade: Uma força
Duração: 25 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista convida um voluntário a ler um dos textos iniciais do livro dos Actos dos
apóstolos: 1, 3-8.
A eles também apareceu vivo depois da sua paixão e deu-lhes disso
numerosas provas com as suas aparições, durante quarenta dias,
e falando-lhes também a respeito do Reino de Deus.
No decurso de uma refeição que partilhava com eles, ordenou-lhes que
não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem lá o Prometido
do Pai, «do qual - disse Ele - me ouvistes falar. João baptizava em
38
água, mas, dentro de pouco tempo, vós sereis baptizados no Espírito
Santo.» Estavam todos reunidos, quando lhe perguntaram: «Senhor,
é agora que vais restaurar o Reino de Israel?» Respondeu-lhes: «Não
vos compete saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou com
a sua autoridade. Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo, que
descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por
toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo.»
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista apresenta o cartaz nº 04. E diz, focando a atenção na parte esquerda do tríp-
tico: “Depois da Páscoa, Jesus esteve um tempo com os seus discípulos. Mas depois teve
de voltar para o céu, para junto do Pai. Mas não quis deixar os seus amigos sozinhos. O que
é que Jesus ofereceu aos seus discípulos?” (o Espírito Santo).
Etapa 3
Duração: 5 min.
Nesta altura, o catequista pergunta que relação haverá entre a parte esquerda e central
do tríptico e o jogo que fizemos no início da catequese. E explica que há um sacramento
especialmente ligado ao Espírito Santo: o crisma ou confirmação (representado na parte
direita do tríptico). O crisma é, normalmente, presidido por um bispo, sucessor dos apósto-
los que andaram com Jesus e que receberam o Espírito no dia de Pentecostes.
A certa altura, o bispo estende as mãos (como sinal de invocação do Espírito Santo) e reza
esta oração (que está no livro do catequizando, página 13):
Deus todo-poderoso,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que, pela água e pelo Espírito Santo,
destes uma vida nova a estes vossos servos
e os libertastes do pecado,
enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito;
dai-lhes, Senhor,
o espírito de sabedoria e de inteligência,
o espírito de conselho e de fortaleza,
39
o espírito de ciência e de piedade,
e enchei-os do espírito do vosso temor.
A seguir, cada um dos que vai receber o crisma aproxima-se do bispo e ele faz-lhe o sinal
da cruz com o óleo do crisma na sua testa e diz:
Recebe por este sinal, o Espírito Santo, o dom de Deus.
Etapa 4
Duração: 7 min.
O catequista pega no frasco com o óleo nº7, mostra-o e diz: “Este óleo, chamado crisma, é
o mesmo que o bispo põe na testa durante a confirmação, como sucede aqui (aponta para
o cartaz). Mas o que é que acontece no coração de quem é crismado?”
Dá oportunidade de darem resposta e convida a ver o vídeo “Os efeitos da Confirmação”.
Etapa 5
Duração: 5 min.
O catequista entrega ao grupo um conjunto de cartões (“Os efeitos do crisma”). O grupo
tem de concordar sobre quais os cartões que se referem aos efeitos do sacramento do
Crisma e quais os que não se referem.
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Expressão de fé
Atividade: Vem, Espírito Santo
Duração: 10 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida a acompanhar a canção “Uma força”
Canto “Uma força”
(rAP - Luna Esteves)
Ides receber
uma grande força
o Espírito Santo.
Ele vai descer sobre vós.
Sereis minhas testemunhas
em todo o lado,
até ao fim do mundo.
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista convida o grupo a serenar a respiração e a colocar-se numa atitude de oração,
de encontro com Deus.
Convida a abrir o livro do catequizando na página 12 e a ler individualmente a oração “Faz
descer o teu Espírito sobre nós”. Faz-se ouvir música de fundo.
O catequista convida cada um a ler alto a frase que mais lhe chamou a atenção. Explica que
a mesma frase pode ser lida por mais do que um.
No final, todos lêem a oração de forma pausada.
41
Alimentados
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C 4 Para o Catequista
Apresentação
“Sem a Eucaristia não podemos viver”, diziam alguns cristãos ameaçados de morte. Vamos ajudar
os nossos catequizandos a descobrir a beleza e a força deste sacramento.
Objetivos
Crescer no entusiasmo por participar na Eucaristia.
Conhecer melhor a estrutura da Eucaristia.
Conteúdos
Conceitos:
yy Última Ceia
yy Corpo de Jesus
yy Sangue de Jesus
yy A Eucaristia repete e atualiza a última Ceia de Jesus
Procedimentos:
yy Ordenar sequencialmente os vários momentos e ritos da eucaristia
yy Reconhecer os espaços litúrgicos
Atitudes:
yy Crescer com vontade de se encontrar com Jesus
yy Viver a Eucaristia como encontro em que Jesus Se revela na Palavra e no Pão
Material
Computador, projetor multimédia, colunas
Canto “Tomo este Pão” (disponível na pen multimédia)
Canto “Vivo neste Pão” (disponível na pen multimédia)
Canto “Creio, Adoro e Amo-vos” (disponível na pen multimédia)
4 cartolinas (com os títulos “Ritos iniciais”, “Liturgia da Palavra”, “Liturgia eucarística”, “Ritos de despe-
dida”) de tamanho adequado à sala e ao número de elementos do grupo (a preparar pelo catequista)
Tiras de papel com as palavras: Procissão de entrada; Saudação inicial; Ato penitencial; Glória; Oração
colecta; Primeira leitura; Salmo; Segunda leitura; Evangelho; Homilia; Credo; Oração dos fiéis; 1. Pro-
cissão das Oferendas; Oferendas; 2. Oração eucarística; Prefácio; Epiclese; Consagração; Aclamação;
Intercessão; Doxologia; 3. Rito da comunhão; Pai-nosso; Paz; Fração do Pão; Comunhão; Oração; Bên-
ção; Despedida e envio (disponível na pasta de apoio)
Caixa ou saco
Bostik
Cartaz nº 05 (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Corpo de Cristo” (disponível na pen multimédia)
44
Esquema
Experiência humana Atividade: Põe a missa em ordem 15’ ***
Do Catecismo
1323. «O nosso Salvador instituiu na última ceia, na noite em que foi entregue, o sacrifício
eucarístico do seu corpo e sangue, para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até voltar,
o sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e
ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pas-
cal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da glória
futura».
Síntese de conteúdos
A maioria dos catequizandos já foi iniciado à Eucaristia. Nesta catequese queremos renovar
o entusiasmo por este sacramento.
Um sacramento especial
Todos os sacramentos têm uma beleza, pois todos eles tornam presente na nossa vida a
ação luminosa de Jesus. Mas os cristãos têm um especial apreço pela Eucaristia pois ela é
“fonte e cume da vida cristã”. «Os restantes sacramentos, assim como todos os ministérios
eclesiásticos e obras de apostolado, estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se
ordenam. Com efeito, na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da
Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa» (CIC 1324).
No ano 303, durante a perseguição de Diocleciano, alguns cristãos foram presos em Abi-
tinia (na atual Tunísia), enquanto celebravam a Eucaristia. Ficou célebre a resposta que
deram aos funcionários imperiais: “Sem o Dominico (o nome que davam à Eucaristia), não
podemos viver”. Estes cristãos sentem que a Eucaristia define a sua identidade mais pro-
funda. É mais do que um gosto, uma escolha: a Eucaristia é a verdade de quem são.
45
muito os seus discípulos e amigos. Paulo, num dos textos cristãos mais antigos (a 1ª carta
aos Coríntios) recorda o episódio e o mesmo fazem os evangelistas. E todas as semanas as
comunidades de cristãos em cada cidade se juntavam para repetir esse gesto. Que gesto é
esse e qual a sua importância?
Jesus identifica o seu corpo com aquele pão. O corpo, na mentalidade semita, é a pessoa na
sua totalidade, na sua autenticidade. O que Jesus diz é que naquele pão, Ele está verdadei-
ramente presente. E que quem come aquele pão, entra numa comunhão de vida profunda
e transformadora com Ele. E faz o mesmo gesto com o vinho.
E desde então, no primeiro dia da semana, os cristãos reúnem-se para se alimentarem do
próprio Jesus, para fazerem experiência da sua presença transformadora.
Para cresceres
Pensa no teu ser catequista. Pensa em ti como membro da tua família. Pensa em ti como
trabalhador, cidadão, consumidor…
Pensa em ti como eucaristizado, como alguém que comungou Jesus. Agora és alguém capaz
de “amar como Jesus amou, sonhar como Jesus sonhou…” (como dizia a canção do
Pe. Zezinho). Com Jesus em ti, o que é que leva ao teu ser catequista, familiar, t rabalhador…?
C 4 Desenvolvimento
Nesta catequese vamos conhecer melhor a estrutura da missa para recordar o essencial: aqui
Jesus oferece-Se totalmente.
Experiência Humana
Atividade: Põe a missa em ordem
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 10 min.
O catequista começa por explicar que a missa está dividida em quatro partes. Espalha os
4 cartazes, desordenados, na mesa. Depois pede a um voluntário para que os ponha por
ordem. Pode pedir ajuda aos colegas. Terá apenas 30 segundos para os ordenar.
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Concluído este tempo, e sem dar a correção, o catequista mostra a caixa (ou saco). Explica
que lá dentro estão uma série de tiras de papel com os nomes de vários momentos e ativi-
dades feitas durante a missa. Pede aos participantes que retirem da caixa, à vez, uma das
tiras e a coloquem sobre uma das folhas de cartolina. Pode-se usar bostik para prender as
tiras à cartolina.
Quando todas as tiras tiverem sido colocadas nas cartolinas, o catequista pede que olhem
para o resultado global caso queiram fazer alguma alteração (cartolina e /ou tiras).
O catequista poderá dividir as tiras pelos participantes de forma a que a atividade não seja
muito longa.
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista procede à correção, de acordo com a tabela abaixo.
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Depois apresenta o cartaz nº 05, que dá forma visual ao trabalho feito.
Anúncio da Palavra
Atividade: A ceia do Senhor
Duração: 25 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida os participantes a abrirem o livro do catequizando, na página 16,
para acompanharem o canto “Tomo este Pão” pedindo que estejam atentos à letra.
Canto “Tomo este pão e este vinho”
(Original: Deus também se Canta; Domingos / Nelson Braga; Edições Shalom)
Tomo este pão e este vinho
em memória do meu Salvador;
Tomo este pão e este vinho
são o Corpo e Sangue do Senhor.
Bebendo o Teu sangue neste cálice,
bebo o sangue da Nova Aliança,
o que derramaste pelos Homens
para remissão e esperança.
Tomando o pão que é Teu corpo
comungo a Igreja transcendente,
faz Teu corpo eterna a minha alma,
pela fé me salva para sempre.
Levarei comigo a Tua luz,
irei pelo mundo anunciar
que por nós morreste numa cruz,
mas pudeste a morte derrotar.
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Etapa 2
Duração: 3 min.
De seguida, o catequista convida todos os participantes a abrirem as suas bíblias na Pri-
meira Carta de São Paulo a Coríntios (1 Cor 11, 23-26) e lê a passagem:
Com efeito, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor
Jesus na noite em que era entregue, tomou o pão e, tendo dado gra-
ças, partiu-o e disse: «Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em
memória de mim». Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e
disse: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto sempre
que o beberdes, em memória de mim.» Porque, todas as vezes que
comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do
Senhor, até que Ele venha.
Etapa 3
Duração: 10 min.
Concluída a leitura, o catequista pede aos participantes que estabeleçam uma relação
entre o canto ouvido e a passagem lida. Para os ajudar, pode sugerir os seguintes tópicos:
mensagem do canto;
episódio retratado na passagem;
relação do canto e da passagem com uma das partes da missa;
simbologia do pão e do vinho.
Etapa 4
Duração: 7 min.
Para ajudar a fazer síntese, o catequista convida a ver o vídeo “Corpo de Cristo”.
Guião do vídeo “Corpo de Cristo”
Vais à missa, porque queres, porque te mandam e, às vezes, nem sabes bem porquê.
Umas vezes gostas dos cantos, de estar com os amigos.
Gostas mais quando o padre não demora muito tempo.
Mas, se calhar, a Eucaristia é mais do que estas aparências.
Por que é que aqui estamos?
Para recordar e repetir aquilo que Jesus fez na Última Ceia.
Em cada missa, Jesus pega no pão e diz: “Isto é o meu corpo”. Este pão sou Eu. Eu estou
presente neste pão. E Jesus pega no cálice com vinho e diz: “Este cálice é o meu sangue”.
Este vinho sou Eu. Estou presente aqui neste vinho.
Tu podes estar na missa distraído, a pensar no telemóvel, a contar os minutos que o padre
demorou na homilia, com sono porque dormiste pouco na noite anterior…
Mas, se calhar, o que acontece no altar, é mais importante.
Aqui está Jesus que Se oferece por ti e por todos.
Jesus oferece o seu corpo, o seu sangue, a sua vida, para que sejas feliz.
Na última ceia, Jesus pega em toda a sua vida, em todos os gestos de amor e bondade que
tinha feito ao longo dos anos e resume-os neste pão partido e neste vinho oferecido.
E quando vais comungar, estás a unir-te a essa vida oferecida por Jesus.
No final, o catequista pede que o grupo identifique as ideias principais propostas pelo vídeo.
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Expressão de fé
Atividade: Jesus, eu Te adoro na eucaristia
Duração: 20 min.
Preparação
Seria interessante fazer a expressão de fé na igreja, diante do sacrário. Os cantos e as
orações estão no livro do catequizando, páginas 18 e 19.
Todos:
Obrigado, Jesus pela tua Eucaristia.
Obrigado por quereres ficar connosco.
Junto a Ti, somos mais fortes.
Junto a Ti, o nosso coração anda mais alegre.
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Casados
no Senhor
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C 5 Para o Catequista
Apresentação
O amor entre um homem e uma mulher pode tornar-se, com o sacramento do matrimónio, transpa-
rência da presença amorosa de Jesus na família e na sociedade.
Objetivos
Valorizar o sacramento do matrimónio.
Conhecer os ritos mais importantes do casamento.
Conteúdos
Conceitos:
yy Jesus, com a sua presença, abençoa o casamento
yy Os ritos principais do casamento: dar as mãos, palavras de consentimento, trocar
aliança
yy O casamento é expressão de amor entre os esposos e abertura à vida
Procedimentos:
yy A dança como expressão de festa e alegria
Atitudes:
yy Valorizar o matrimónio como presença e dom de Deus à sua Igreja e ao mundo
Material
Computador, projetor multimédia, colunas
Canção “Casamento em Caná” - instrumental (disponível na pen multimédia)
Canção “Casamento em Caná” - com vozes (disponível na pen multimédia)
Túnicas e/ou lenços para a cabeça (por participante)
2 coroas de flores (para os “noivos”)
Cartões A6 “Símbolos do casamento” dentro de um envelope cada um (disponível na pasta de apoio)
Cópias do guião da leitura de João 12, 1-11 (disponível no site de apoio ligacoes.net)
Vídeo “Casados no Senhor” (disponível na pen multimédia)
Vídeo “Fazei tudo o que Ele vos diga” (disponível na pen multimédia)
Esquema
Experiência humana Atividade: Vamos para a festa 20’ ****
52
Do Catecismo
1604. Deus, que criou o homem por amor, também o chamou ao amor, vocação funda-
mental e inata de todo o ser humano porque o homem foi criado à imagem e semelhança
de Deus que é amor (1 Jo 4, 8.16). Tendo-os Deus criado homem e mulher, o amor mútuo
dos dois torna-se imagem do amor absoluto e indefetível com que Deus ama o homem.
É bom, muito bom, aos olhos do Criador. E este amor, que Deus abençoa, está destinado
a ser fecundo e a realizar-se na obra comum do cuidado da criação: «Deus abençoou-os e
disse-lhes: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a”» (Gn 1, 28).
Síntese de conteúdos
É uma tendência das últimas décadas: as pessoas casam-se menos, divorciam-se mais.
E, contudo, os cristãos acreditam que o amor de um homem e de uma mulher, no sacra-
mento do matrimónio, torna presente Jesus e a sua bondade.
Casamento(s)
É das experiências humanas presentes em todos os tempos e culturas. Homens e mulhe-
res preferem criar relações estáveis, feitas de amor, de fidelidade, onde faz sentido criar e
educar os filhos. Mas em todas as culturas e tempos, boa parte da literatura tem que ver
com as dificuldades em ser um casal feliz.
Na Bíblia, o livro do Génesis apresenta-nos o homem e a mulher como iguais em direitos e
dignidade e chamados ao amor. O Novo Testamento vê que há uma analogia entre o amor
que une Cristo à sua Igreja e o amor dos esposos. Esse amor entre os esposos é uma rea-
lidade humana e é também uma realidade divina: é sacramento.
A coragem de anunciar
Mesmo assim, uma boa catequese não desiste de se alegrar com a presença salvadora de
Jesus na nossa vida concreta também através deste sacramento. O Catecismo da Igreja
Católica coloca-o no grupo dos sacramentos do serviço. O casamento não é uma coisa de
moda nem uma coisa antiquada; não é um sentimento muito forte nem uma convenção.
É uma vocação ao serviço. Neste sacramento coincidem o amor dos esposos que querem
viver no amor e ser felizes, com o chamamento de Deus que os abençoa e fortalece.
Pode estar fora de moda, mas faz sentido continuar a explicar o que é esta experiência do
matrimónio cristão: uma relação de amor e serviço, indissolúvel, fiel, animada pela fideli-
dade de Deus, disponível para acolher a vida dos filhos. Um casamento assim pode estar
longe da experiência de tantos catequizandos. E por isso mesmo é que deve ser anunciado.
53
Uma catequese generosa
Precisamente por o tema estar tão distante da vida real dos catequizandos, o esquema que
propomos investe forte em alguns detalhes: a decoração, a música, a dança. Sem exageros,
seria bom decorar a sala com elementos alusivos ao casamento. É preciso prever espaço
para a dança que se vai fazer. Algumas bilhas (a recordar as talhas com água do milagre)
ficam a propósito.
Para cresceres
Quer estejas casado/a ou não, já reparaste que a tua vocação maior é ao serviço?
C 5 Desenvolvimento
Entre a imagem que há dos casamentos de hoje e a presença de Jesus no casamento em Caná da
Galileia, os catequizandos vão poder descobrir mais sobre este sacramento de serviço.
Experiência Humana
Atividade: Vamos para a Festa
Duração: 20 min.
Etapa 1
Duração: 10 min.
O catequista recebe os participantes do lado de fora da sala e diz que hoje vamos a um
casamento em Caná. Para isso, temos de nos vestir a rigor. Entrega a cada participante
uma túnica e/ou lenço para a cabeça. Pede 2 voluntários para representarem o noivo e a
noiva; estes podem usar uma coroa de flores na cabeça.
Quando todos estiverem prontos, convida-os a entrarem na sala. O catequista ensaia a
canção “Casamento em Caná”, na sua versão instrumental (O vídeo com a demonstração
está disponível no site de apoio ligacoes.net).
Etapa 2
Duração: 3 min.
Terminada a música, o catequista convida os participantes a dirigirem-se a uma mesa para
escolherem um dos envelopes que contém os cartões “Símbolos do casamento”. São 16
cartões; no caso de grupos maiores, solicitar 16 voluntários; no caso de grupos menores,
poderão levar mais do que 1 cartão, pois é importante que todos os cartões sejam reco-
lhidos.
54
Etapa 3
Duração: 7 min.
O catequista pede que um voluntário abra o seu envelope e mostre o cartão que lá está
dentro. A seguir, deve explicar o que representa a imagem. A tarefa continua com o par-
ticipante ao seu lado direito, até todos terem mostrado e falado sobre as imagens. Caso
algum participante queira acrescentar alguma ideia às imagens, poderá fazê-lo.
Anúncio da Palavra
Atividade: As bodas de Caná
Duração: 27 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista pede 4 voluntários para lerem a passagem das Bodas de Caná (João 2, 1-11).
Narrador: Ao terceiro dia, celebrava-se uma boda em Caná da Galileia
e a mãe de Jesus estava lá. Jesus e os seus discípulos também foram
convidados para a boda. Como viesse a faltar o vinho, a mãe de Jesus
disse-lhe:
Maria: «Não têm vinho!»
Jesus: «Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo? Ainda não che-
gou a minha hora.»
Narrador: Sua mãe disse aos serventes:
55
Maria: «Fazei o que Ele vos disser!»
Narrador: Ora, havia ali seis vasilhas de pedra preparadas para os ritos
de purificação dos judeus, com capacidade de duas ou três medidas
cada uma. Disse-lhes Jesus:
Jesus: «Enchei as vasilhas de água.»
Narrador: Eles encheram-nas até cima. Então ordenou-lhes:
Jesus: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa.»
Narrador: E eles assim fizeram. O chefe de mesa provou a água trans-
formada em vinho, sem saber de onde era - se bem que o soubessem
os serventes que tinham tirado a água; chamou o noivo e disse-lhe:
Chefe de mesa: «Toda a gente serve primeiro o vinho melhor e, depois
de terem bebido bem, é que serve o pior. Tu, porém, guardaste o melhor
vinho até agora!»
Narrador: Assim, em Caná da Galileia, Jesus realizou o primeiro dos
seus sinais miraculosos, com o qual manifestou a sua glória, e os dis-
cípulos creram nele.
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista convida todos a dançar a canção “Casamento em Caná”, agora com a letra
que se encontra no livro do catequizando, página 21.
Canto “Casamento em Caná”
(Rinnovamento nello Spirito Santo)
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De novo ficam cheias as taças de vinho
(Levantam o braço direito como que a brindar)
É a oferta do esposo para a fidelidade
(Estendem a palma esquerda à frente em sinal de oferta)
Dancemos então irmãos: do Rei nós somos filhos
(Dão as mãos ficando em roda)
A Ele cantamos louvor para sempre, aleluia!
(Vão até ao centro, de mão dada, e levantam os braços)
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista convida o grupo a encontrar a ligação entre as imagens do casamento e o
relato das bodas de Caná: “Vimos aquelas imagens todas dos casamentos de hoje… Ouvimos
o relato deste casamento em Caná da Galileia onde Jesus esteve… Quais as semelhanças
e as diferenças entre os dois?”
Etapa 4
Duração: 7 min.
Para ajudar a uma síntese, o catequista convida a assistir ao vídeo “Casados no Senhor”.
57
Porque estes anéis, feitos de ouro que nunca se enferruja, são um sinal de que este casa-
mento é para sempre.
“Recebe esta aliança, como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo.”
É Jesus que está presente no casamento, como em Caná.
Com a sua presença, Jesus abençoa e consagra o amor dos esposos.
Jesus senta-se à mesa com os esposos e transforma o casamento num banquete cheio de
amor e alegria.
Etapa 5
Duração: 5 min.
O catequista convida a um diálogo sobre o vídeo. Pode usar estas ou outras questões:
O que é que o vídeo te disse que não sabias antes?
Que relação há entre as bodas de Caná e o sacramento do matrimónio?
Quando os noivos dizem sim um ao outro, quais as palavras que dizem?
Expressão de fé
Atividade: Fazei o que Ele vos disser!
Duração: 13 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
Com o grupo sentado e serenado, o catequista convida a assistir ao vídeo “Fazei tudo o que
Ele vos diga”. O vídeo está baseado numa canção e ilustra cenas alusivas ao matrimónio.
Etapa 2
Duração: 3 min.
Depois de um breve momento de silêncio, o catequista pede aos participantes que abram
o livro do catequizando na página 22 para, em dois coros, recitarem a oração “Jesus, fico
contente”:
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Coro1: Jesus, gosto de descobrir que quando falta a alegria
Tu mudas a água em vinho
e a tristeza e o medo desaparecem.
Coro2: Jesus, peço-Te com confiança que abençoes todos os esposos,
que os ajudes a serem fiéis
a amarem e a perdoarem sempre. Como Tu.
Todos: Jesus, eu acredito cada vez mais em Ti.
Sei que Tu queres que todos vivam felizes no teu amor
Ajuda-me a conhecer-Te e a amar-Te mais.
Etapa 3
Duração: 5 min.
Para finalizar, o catequista convida os participantes a cantarem o canto que dançaram no
Anúncio da Palavra “Casamento em Caná”, cuja letra se encontra no livro do catequizando,
na página 21.
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Pescadores
de homens
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C 6 Para o Catequista
Apresentação
Nesta catequese vamos compreender melhor o significado e o papel dos ministros ordenados.
Objetivos
Relacionar os ministros ordenados com a vocação original de Jesus aos apóstolos.
Crescer em apreço pelos ministros ordenados.
Conteúdos
Conceitos:
yy Jesus convida alguns a colaborar com Ele na missão
yy Ministério
yy O sacerdote é chamado por Jesus e continua a sua missão
yy Os gestos da ordenação: imposição das mãos por parte do bispo, unção das mãos
do sacerdote, entrega do pão e do vinho
Procedimentos:
yy Identificar os principais ritos da ordenação
yy Identificar as tarefas do sacerdote
Atitudes:
yy Apreço pela vocação sacerdotal
yy Sentido vocacional
Material
Computador, projetor multimédia, colunas
Toalha de pano/plástico azul ou verde (para imitar o mar)
1 rede (para imitar uma rede de pesca)
18 peixes de cartolina
18 clips
3 canas (paus/cabos de vassoura)
Cordel e Tesouras
3 imanes
Vídeo “Pescador de homens” (disponível na pen multimédia)
Vídeo “A ordem” (disponível na pen multimédia)
Tira de papel com a frase «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.» (disponível na
pasta de apoio)
1 caneta e uma folha branca por participante
Cartaz nº 10 (disponível na pasta de apoio)
Canto “Duc in altum” (disponível na pen multimédia)
62
Esquema
Experiência humana Atividade: Sou pescador 20’ ***
Do Catecismo
1549. Pelo ministério ordenado, especialmente dos bispos e padres, a presença de Cristo
como cabeça da Igreja torna-se visível no meio da comunidade dos crentes. Segundo a bela
expressão de Santo Inácio de Antioquia, o bispo é týpos toû Patrós, como que a imagem viva
de Deus Pai.
Síntese de conteúdos
Tal como sucedeu com o matrimónio, também este sacramento pode ser sentido como
distante por tantos catequizandos. Queremos contrariar essa sensação. Os ministros orde-
nados são um dom de Deus e uma das formas como Jesus ressuscitado Se faz presente
no nosso hoje.
Sacerdote(s)
Jesus, como diz a carta aos hebreus, é o único e verdadeiro sacerdote (Heb 8). É Ele que
faz a mediação entre a nossa humanidade e a bondade libertadora de Deus. E Jesus fez
de todos os batizados um povo de sacerdotes (1 Pe 2, 4-10). Todos os cristãos, pela força
do batismo, estão chamados e capacitados a dar culto a Deus com a oração e a oferta da
própria vida, a dar testemunho de Cristo com o anúncio da Palavra e o testemunho de vida.
Mas dentro deste povo sacerdotal, Deus chama alguns irmãos para um serviço especial.
Pela imposição sacramental das mãos acontece o sacramento da ordem: é dado a estes
cristãos um carisma especial que os torna representantes de Jesus dentro da comunidade.
Três ordens
São três os ministérios “ordenados”: o episcopado (o que supervisiona), o presbiterado
(o ancião), o diaconado (o que serve). São ministérios diferentes de outros (catequistas,
leitores…) porque o sacramento da ordem imprime caráter. Pela força do Espírito, o ser da
pessoa é transformado de forma permanente.
Nesta catequese não nos detemos na história e teologia deste sacramento e dos tantos
debates que ainda suscita. Queremos é ajudar os catequizandos a ligar os ministros orde-
nados que há hoje na Igreja à experiência fundante de Jesus que chama os Doze para esta-
rem com Ele e para irem em missão.
Os gestos da ordenação
A liturgia da ordenação é muito rica de emoções e de símbolos. A maior parte dos catequi-
zandos nunca participou nesta cerimónia. Por isso queremos apresentar-lhes alguns dos
ritos. Assim, a partir do seu significado poderão perceber melhor a identidade e a missão
do ministro ordenado, especialmente do padre. Não fazemos uma apresentação exaustiva.
63
Emanuação. O futuro sacerdote coloca as suas mãos entre as mãos do bispo e p
romete-lhe
reverência e obediência.
Prostração. Com humildade, o futuro sacerdote reza por terra pedindo a força de Deus e
a proteção dos santos.
Imposição das mãos. É o gesto sacramental mais importante. O bispo estende as mãos e
invoca o Espírito Santo para que o candidato receba o dom do sacerdócio.
Unção das mãos. O bispo unge as mãos do sacerdote com o óleo do crisma como que a
dizer que ele é outro Cristo.
Entrega da patena e do cálice. O bispo coloca nas mãos do padre os sinais da Eucaristia:
a patena com as hóstias e o cálice com o vinho.
Para cresceres
Muitos ministros ordenados não são tão bons quanto desejarias. O mesmo sucedeu entre
os Doze que Jesus escolheu. Mas mais do que lamentares-te ou falar pelas costas, podes
rezar pelos bispos, pelos padres e pelos diáconos. Tem-nos presentes na tua oração. Pede
ao Senhor que os guie, os ilumine e os faça mais santos.
C 6 Desenvolvimento
De uma forma ativa, os catequizandos vão familiarizar-se com o sacramento da ordem e com a sua
raiz: o chamamento de Jesus.
Experiência Humana
Atividade: Sou pescador
Duração: 17 min.
Preparação
No chão da sala coloca-se uma toalha de pano ou plástico azul ou verde, imitando o fundo
do mar. Por cima da toalha, deverá estar uma rede, que será o suporte de diversos peixes
de cartolina. Num primeiro momento (etapa 1), 15 desses peixes deverão estar espalhados
pela rede; cada peixe deverá ter um clip colado na boca e, afixado ao clip, uma tira de
papel com uma das seguintes palavras: perseverança, fé, ousadia, determinação, coragem,
alegria, palavras, bênção, confiança, prosperidade, crescimento, multiplicação, bíblia,oração,
vocação. Num segundo momento (etapa 3), serão distribuídos pela rede 3 p eixes com as
expressões “Pesca milagrosa”, “Lc 5”, “1-11”. Também estes 3 peixes d everão ter um clip
colado na boca. As três canas deverão igualmente estar preparadas: numa e xtremidade
será amarrado um cordel e, na outra ponta desse cordel, deverá existir um íman bem
seguro.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista divide os participantes em três grupos. Informa-os que irão à pesca e explica-lhes
as regras da atividade:
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Cada grupo irá escolher um elemento para ser o primeiro a começar a atividade
(os três grupos iniciam a atividade ao mesmo tempo);
Sempre que um grupo pesca um peixe, dá lugar a outro elemento do seu grupo;
O grupo que pescar mais peixes, será o vencedor (há 15 peixes no total).
Durante a “pescaria” o catequista vai incentivando a competição.
Etapa 2
Duração: 10 min.
O catequista pede aos participantes que se sentem, de forma a que os elementos de cada
grupo estejam juntos. Depois, pede-lhes que indiquem as palavras que se encontram por
detrás dos peixes que pescaram. Os catequizandos deverão dizer o significado de cada
palavra, assim como falar da sua importância para a sua vida de discípulos de Jesus.
Mais do que citações do dicionário, o catequista anima os participantes a falarem espon-
taneamente, relacionando a palavra do peixe com episódios bíblicos que recordam, com
experiências pessoais e eclesiais.
No final, voltam a colocar os peixes na rede, mas com as palavras viradas para cima.
Etapa 3
Duração: 2 min.
O catequista acrescenta três peixes ao mar improvisado e pede a um elemento de cada
grupo que se levante e que pesque um último peixe. Esses peixes conterão informações
acerca da passagem bíblica que será lida e escutada:
Peixe 1: Pesca milagrosa;
Peixe 2: Lc 5;
Peixe 3: 1-11.
Anúncio da Palavra
Atividade: A pesca milagrosa
Duração: 23 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista convida os catequizandos a verem o vídeo “Pescador de homens”.
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista convida a abrir as bíblias em Lucas 5, 1-11 e convida um voluntário a ler a
passagem.
Pesca milagrosa e chamamento dos primeiros discípulos (Lc 5, 1-11)
Encontrando-se junto do lago de Genesaré, e comprimindo-se à volta dele a multidão para
escutar a palavra de Deus, Jesus viu dois barcos que se encontravam junto do lago.
Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes. Entrou num dos barcos, que
65
era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a
ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo; e vós, lançai
as redes para a pesca.» Simão respondeu: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e
nada a
panhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.» Assim fizeram e apanharam
uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se, e eles fizeram sinal aos
companheiros que estavam no outro barco, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram
os dois barcos, a ponto de se irem afundando. Ao ver isto, Simão caiu aos pés de Jesus,
dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.» Ele e todos os que
com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo
acontecera a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus disse
a Simão: «Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.» E, depois de terem
reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus.
Etapa 3
Duração: 4 min.
O catequista convida a explicar a resposta que Jesus dá a Simão quando este afirma que
é um homem pecador, que não está em condições de estar perto de Jesus: “Não tenhas
receio; de futuro, serás pescador de homens”.
Se estiverem com dificuldades, o catequista explica que “Jesus está a atribuir uma m issão
àquele pescador – a de ser pescador de homens, isto é, a de chamar outras pessoas para
seguirem Jesus. Este é o verdadeiro discípulo: o que ouve Jesus, O segue e, depois, O a
nuncia.”
Etapa 4
Duração: 3 min.
O catequista recorda a primeira catequese do ano e o nome dos sacramentos que foram
trabalhados, relembrando que estes se dividem em grupos:
Sacramentos da Iniciação: Batismo, Confirmação, Eucaristia
Sacramentos de Cura: Penitência e da Reconciliação, Unção dos Enfermos
Sacramentos do Serviço: Ordem e Matrimónio
Depois, pede aos catequizandos que, tendo em conta a passagem lida, sobretudo a res-
posta que Jesus deu a Simão, indiquem de que sacramento vamos falar.
Etapa 5
Duração: 5 min.
Para melhor explicar o Serviço da Ordem, o catequista projeta o vídeo “A ordem”.
Guião do vídeo “A ordem”
A Igreja que somos, o povo de Deus, nasce do chamamento de Jesus.
Foi Ele Quem nos batizou, Quem fez de nós filhos de Deus e nos deu o Espírito Santo.
Jesus é o nosso sacerdote, o único mediador entre Deus e a humanidade.
E cada um de nós, os cristãos, participa desse sacerdócio de Cristo.
Toda a Igreja é um povo sacerdotal, mas algumas pessoas são chamadas a um serviço
especial: são os bispos, os padres e os diáconos.
Foi Jesus que chamou os seus colaboradores. Vem e segue-me. Farei de vós pescadores de
homens. E eles, deixaram tudo e seguiram Jesus.
Ainda hoje Jesus continua a chamar. Ele procura corações disponíveis a segui-lo para fazer
deles seus apóstolos no meio das pessoas de hoje.
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Jesus teve muito cuidado ao escolher os doze apóstolos. Foi ao monte rezar, reuniu todos
os discípulos e chamou doze para estarem sempre com Ele e para os enviar em missão.
Os sucessores dos apóstolos são os bispos. Colaboram com Jesus anunciando o evangelho
e guiando o povo de Deus. O sucessor de Pedro é o Papa, o bispo de Roma. Os primeiros
apóstolos impuseram as mãos aos seus sucessores. Através da imposição das mãos, Deus
comunica o seu Espírito no sacramento da ordem.
Este sacramento da ordem é sempre conferido por um bispo: a outros bispos, aos padres
e aos diáconos.
Os diáconos são homens, casados ou solteiros, chamados a anunciar com coragem a pala-
vra de Jesus e a servir na alegria e na caridade aos mais pobres.
Os padres, os presbíteros são os colaboradores do bispo. Ao serem ordenados colocam as
mãos entre as mãos do bispo. É um sinal de lealdade e obediência.
É Deus que age no sacramento. Por isso, aqueles que vão ser ordenados deitam-se no
chão em sinal de adoração. Reconhecem a sua fraqueza e dispõem-se a receber o dom do
Espírito.
A seguir, em silêncio, o bispo impõe as mãos sobre o novo padre. É assim que o Espírito
Santo desce e transforma aquele homem num sacerdote de Cristo.
O bispo vai ungir as mãos do novo sacerdote. “O Senhor Jesus Cristo, a Quem o Pai ungiu
pelo Espírito Santo e seu poder, te guarde para santificares o povo cristão e ofereceres a
Deus o sacrifício.”
O bispo entrega ao novo sacerdote a patena e o cálice para celebrar a Eucaristia: “Recebe
a oferenda do povo santo para a apresentares a Deus. Toma consciência do que virás a
fazer; imita o que virás a realizar, e conforma a tua vida com o mistério da cruz do Senhor.”
O sacerdote é o homem da Eucaristia. Ele vai repetir, em nome de Jesus, os gestos e as
palavras da Última Ceia.
A sua missão é dar Jesus aos outros. Com os sacramentos, com a palavra, com o exemplo.
Ele está chamado a ser testemunha e presença de Jesus ressuscitado no meio do seu povo.
Etapa 6
Duração: 5 min.
O catequista convida a dialogar sobre o vídeo e os seus conteúdos. Eis algumas questões
que podem orientar o diálogo:
Algum de vós já assistiu a alguma ordenação?
Quais os gestos que são usados na ordenação?
O que significam esses gestos?
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Expressão de fé
Atividade: Vem e segue-me
Duração: 17 min.
Preparação
Em cima da mesa estão a toalha e a rede da primeira atividade. Está também uma imagem
de Jesus (cartaz nº 10) e, junto a ela, uma tira de papel com a frase «Não tenhas receio; de
futuro, serás pescador de homens.»
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista pede aos participantes que escolham um dos peixes que estão na rede (da pri-
meira atividade da catequese) e que escrevam o seu nome na parte da frente.
Depois, diz: “Tal como fez com Simão e com os restantes apóstolos, Jesus convida-nos a
segui-lo. Vamos, pois, aceitar o seu convite.” Quando os catequizandos ouvirem o seu nome,
deverão dizer “Estou aqui, Jesus” e colocar o seu peixe à volta de Jesus.
Etapa 2
Duração: 5 min.
Os participantes são convidados a abrirem o livro do catequizando, página 25, para acom-
panhar o canto “Duc in altum” (que quer dizer “faz-te ao largo”):
Canto “Duc in altum”
(Original: N’Ele, Tarcizio Morais, Ed. Salesianas)
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Deixar os ódios naufragar
Construir unidade e paz
Que Cristo veio anunciar
Duc in altum, duc in altum
Verdade e vida és tu Senhor
Partir de Cristo na aventura de ser
Orar a vida santidade a viver,
Rumo ao espaço da história, na memória,
Do evangelho a acontecer em ti
Acontecer em ti
Do mar profundo dos teus sonhos
Vejo a cor e a esperança de um milénio novo
De mãos dadas conseguimos
Mudar todo o instante de lágrimas vazias
Abraçar de uma vez o amor
Deixar os ódios naufragar
Construir unidade e paz
Que Cristo veio anunciar
Etapa 3
Duração: 6 min.
O catequista entrega uma folha de papel a cada catequizando e pede-lhes que façam o
contorno do seu pé. Depois de recortar o contorno que fizeram, escrevem, de um lado,
“deixaram tudo e seguiram Jesus” e, do outro, o que significa para eles seguir Jesus.
Etapa 4
Duração: 3 min.
Os participantes são convidados a abrir o livro do catequizando, página 24, e a rezar a
oração “Vem e segue-me” em dois coros.
Oração “Vem e Segue-me”
69
Perdoados
e amados
por Jesus
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C 7 Para o Catequista
Apresentação
A confissão é dizer com fé que o amor e o perdão de Deus manifestado em Jesus é muito maior do
que o nosso pecado.
Objetivos
Ligar o sacramento da reconciliação à prática de Jesus.
Aumentar o apreço pela confissão.
Conteúdos
Conceitos:
yy O pecado prende-nos
yy Deus é misericordioso e oferece-nos o seu perdão
yy Momentos do processo penitencial
yy As várias experiências associadas a este sacramento
Procedimentos:
yy Recordar o ato de contrição
Atitudes:
yy Superar o respeito humano face ao sacramento da reconciliação
Material
Computador, projetor multimédia, colunas
1 pedra por participante
Vídeo “Fazer as pazes com Deus” (disponível na pen multimédia)
Cartaz nº 06 (disponível na pasta de apoio)
1 manta (ou 1 almofada por participante)
1 cópia do ficheiro “Eu e Jesus” impresso em A4 por participante
1 caneta por participante
Canto “Ato de contrição” (disponível na pen multimédia)
1 Vela grande
Esquema
Experiência humana Atividade: As pedras que guardamos 15’ **
72
Do Catecismo
1446. Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores da
sua Igreja, antes de mais para aqueles que, depois do Batismo, caíram em pecado grave e
assim perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento
da Penitência oferece uma nova possibilidade de se converterem e de reencontrarem a
graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como «a segunda
tábua (de salvação), depois do naufrágio que é a perda da graça».
Síntese de conteúdos
O perdão de Deus é maior do que o nosso egoísmo, o nosso pecado. Na vida cristã expe-
rimentamos isso de muitas maneiras. Uma delas, onde Jesus está presente sacramental-
mente, é o sacramento da penitência.
Os lugares do perdão
Muitas foram as ocasiões em que Jesus falou do perdão generoso de Deus e fez acontecer
esse perdão. Esse perdão não só liberta dos erros do passado, mas cria um futuro novo.
Faz-nos abrir o coração ao amor criativo de Deus e traz novo sabor à vida. Quando Deus
nos perdoa, a nossa vida vai-se tornando mais parecida com o que Deus sonha para cada
um de nós.
Jesus pediu à sua Igreja que continuasse esta sua tarefa. E a Igreja faz isso de muitas manei-
ras. No jejum, na esmola e na oração. E também nos sacramentos. No Batismo que perdoa
todos os pecados. Na Eucaristia que reconcilia os homens com Deus e entre si. Na unção dos
doentes onde se oferece a força para enfrentar a doença e o perdão dos p ecados.
Um sacramento de cura
É no sacramento da reconciliação que “os fiéis obtêm da misericórdia de Deus o perdão das
ofensas que fizeram ao Senhor e, ao mesmo tempo, se reconciliam com a Igreja” (LG 11).
Felizmente, vamos superando os preconceitos que reduziam este sacramento ao contar os
segredos pessoais a um funcionário.
A velha fórmula do ato de contrição ajuda-nos a perceber o que está em causa. “Meu
Deus, porque sois tão bom, tenho muita pena de Vos ter ofendido; Ajudai-me a não tornar
a pecar”. Este sacramento é uma confissão, uma afirmação de fé. Proclamamos que Deus
e a sua ternura são imensos, são maiores até do que o nosso pecado. Só depois vem a
afirmação do nosso arrependimento. Reconhecemos que o nosso pecado (feito contra nós
mesmos ou contra os outros) estraga a relação com Deus. Por fim, com confiança, pedimos
a ajuda de Deus para não cair de novo.
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Para cresceres
Vives este sacramento não só como purificação, mas como um crescimento?
C 7 Desenvolvimento
Descobrir que Jesus está perto e tem poder e vontade de curar as nossas feridas interiores é,
realmente, uma boa e alegre notícia.
Experiência Humana
Atividade: As pedras que guardamos
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista entrega uma pedra a cada catequizando. Explica que aquela pedra lhes foi
atirada por alguém com maldade e que eles decidiram guardá-la para a devolverem assim
que tiverem oportunidade (cá se fazem, cá se pagam!). Os catequizandos deverão ficar com a
pedra nas mãos, não a podendo deixar cair nem passar de uma mão para a outra.
De seguida, o catequista pede aos participantes que realizem as seguintes tarefas, relem-
brando-lhes que não deverão deixar cair a pedra:
Imaginar que estão a sair da cama e a vestir-se;
Imaginar que estão a fazer um trabalho no computador;
Bater palmas;
Fazer um círculo e dar as mãos.
Etapa 2
Duração:5 min.
Dando lugar a um pequeno momento de diálogo, o catequista coloca as seguintes questões:
Algum de vós se sentiu incomodado ao realizar as tarefas propostas, tendo a pedra
na mão? Porquê?
Não teria sido melhor realizá-las com as mãos livres?
E se a pessoa que vos atirou a pedra nunca mais aparecer?
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista pede aos catequizandos que realizem as duas últimas tarefas da primeira
etapa, desta feita sem a pedra na mão. No final, pede-lhes que indiquem as principais dife-
renças entre realizar as tarefas propostas com e sem pedra.
O catequista conclui: “É bem melhor ter as mãos livres. Mas como é que a gente se conse-
gue ver livre destas pedras?”
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Anúncio da Palavra
Atividade: A primeira pedra
Duração: 25 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista pede aos participantes que abram as bíblias em João 8, 1-11 e convida um
voluntário a ler a passagem.
Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou outra vez
para o templo e todo o povo vinha ter com Ele. Jesus sentou-se e
pôs-se a ensinar. Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-
lhe certa mulher apanhada em adultério, colocaram-na no meio e dis-
seram-lhe: «Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante
adultério. Moisés, na Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres.
E Tu que dizes?» Faziam-lhe esta pergunta para o fazerem cair numa
armadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o
chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra. Como insistissem em
interrogá-lo, ergueu-se e disse-lhes: «Quem de vós estiver sem pecado
atire-lhe a primeira pedra!» E, inclinando-se novamente para o chão,
continuou a escrever na terra. Ao ouvirem isto, foram saindo um a um,
a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava
no meio deles. Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: «Mulher, onde
estão eles? Ninguém te condenou?» Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.»
Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante
não tornes a pecar.»
Etapa 2
Duração: 4 min.
O catequista divide os catequizandos em quatro grupos. Consultando o texto lido nas suas
bíblias, devem preencher os balões da banda desenhada que está no livro do catequi-
zando, páginas 28-29.
75
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista inicia um momento de diálogo, a partir das seguintes questões:
Que acusação fazem os fariseus a esta mulher?
Por que motivo(s) os fariseus se vão embora?
Como reage Jesus perante a mulher adúltera?
Que relação há entre este episódio e a atividade “As pedras que guardamos”?
Etapa 4
Duração: 8 min.
Com estas ou outras palavras, o catequista introduz o sacramento da reconciliação: “Hoje,
também nós podemos fazer experiência do perdão de Jesus. Onde? No sacramento da
reconciliação.” E convida a ver o vídeo “Fazer as pazes com Deus”
Guião do vídeo: Fazer as pazes com Deus
Uma das tarefas de Jesus era ajudar as pessoas a fazer as pazes com Deus.
Jesus contou a parábola do filho pródigo que se afastou e voltou à casa do pai. Falou da
ovelha que se perdeu e da generosidade de Deus que vai à procura dela. Perdoou a mulher
apanhada em adultério e convidava toda a gente a procurar o perdão de Deus.
Uma das formas de ser perdoado por Deus é o sacramento da confissão.
Às vezes pecamos. Isto é, fazemos coisas que nos tornam infelizes, que magoam os outros,
que viram as costas a Deus.
Mas Deus não quer que a gente fique assim, com as mãos e o coração presos por causa dos
nossos pecados. E oferece-nos este sacramento para nos libertar dos pecados e devolver
paz ao nosso coração.
Este sacramento tem muitos nomes.
É o sacramento da conversão. Deus ajuda-te a mudar de vida, a deixares para trás o pecado
e o mal.
É o sacramento da confissão. Tu dizes os teus pecados ao sacerdote e a tua consciência
fica limpa e em paz.
É o sacramento do perdão. Porque Deus perdoa os teus pecados.
É o sacramento da penitência. Tu esforças-te por endireitar a tua vida, por corrigir o mal
que fizeste.
É o sacramento da reconciliação. Este sacramento faz as pazes entre ti e Deus.
Mas, às vezes, não nos apetece mudar de vida nem pedir o perdão de Deus.
Porquê confessar-se?
Porque o mal deixa o nosso coração triste.
Porque Jesus quer estar connosco para nos dar o seu perdão e a sua força.
Para fazermos as pazes com Deus, com a Igreja e connosco mesmos.
É fácil confessar-se. São 5 pequenos passos.
1. Faz o teu exame de consciência. Pensa no que tens feito. Repara nos teus gestos
que magoam os outros, que não são dignos de um amigo de Jesus.
2. Arrepende-te de teres ofendido a Deus. Quando tratamos mal alguém que nos ama,
ficamos arrependidos. Sucede a mesma coisa quando ofendemos a Deus.
3. Decide emendar-te. Além de estar arrependido, estás com vontade de mudar. Toma
a decisão forte de não voltares a pecar.
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4. Confessa os teus pecados ao sacerdote. Vai ter com o sacerdote. Ele faz as vezes
de Jesus. Em nome de Jesus, ele vai perdoar os teus pecados.
5. Penitência. O sacerdote indica-te algumas coisas a fazer para emendares os teus
caminhos.
Tens coragem para receber o perdão que Jesus te oferece?
Etapa 5
Duração: 5 min.
O catequista convida o grupo a resumir o que foi dito no vídeo. Depois, para facilitar a cla-
reza de ideias lança algumas perguntas mais dirigidas:
Quais os diferentes nomes que tem este sacramento de cura?
Quais os cinco passos para fazer uma confissão bem feita?
Expressão de fé
Atividade: A alegria de viver o perdão
Duração: 20 min.
Preparação
O catequista coloca no chão uma manta ou espalha
almofadas (uma por participante). No centro, deverá
estar o cartaz nº 06 (Jesus com a mulher pecadora)
e uma vela junto a ele.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista pede aos catequizandos que se sentem no chão e em semicírculo. Estamos
sentados no chão, como a mulher que Jesus perdoou.
Depois, dá-lhes uma cópia em papel do ficheiro “Eu e Jesus” e as pedras que usaram no início
da catequese. Pede-lhes que amassem a folha em volta da pedra o mais que puderem. Quando
tiverem amassado a sua folha, os participantes devem colocá-la no chão e à sua frente.
O catequista pergunta: “O que pode, para ti, representar esta pedra com o papel amarro-
tado que tens à tua frente? Já vimos como esta pedra nos atrapalha quando queremos
77
fazer qualquer coisa. Já vimos como homens de coração duro queriam apedrejar aquela
mulher… O que pode ela representar?”
O catequista deixa-os exprimirem-se livremente.
Etapa 2
Duração: 3 min.
De seguida, o catequista pede que voltem a pegar na folha que amassaram e que tentem
fazer com que esta recupere a sua forma original. Após alguns segundos, pergunta: “Con-
seguiste que a tua folha recuperasse a sua forma original? Porquê?”. Depois de ouvir as
respostas que os participantes forem dando, acrescenta: “Tal como aconteceu com a tua
folha, também na tua vida deixas marcas com as tuas atitudes. Algumas dessas marcas
ficam gravadas no coração daqueles que ofendemos. Por exemplo, quando ofendemos
alguém com as nossas palavras ou com as nossas ações, essa pessoa fica triste e grava no
coração esta ofensa. É como se fosse uma marca no papel que amassamos.”
Etapa 3
Duração: 7 min.
O catequista explica aos catequizandos que está na hora de deixarmos marcas positivas no
coração dos outros. Para isso, e em silêncio, os participantes deverão pensar nas ofensas
que fizeram a alguém ultimamente e, na folha que amassaram, apresentar um pedido de
perdão a essa(s) pessoa(s).
A seguir, o catequista convida-os a escrever, junto à imagem de Jesus, o ato de contrição:
Meu Deus porque sois tão bom
Tenho muita pena de Vos ter ofendido
Ajudai-me a não
tornar a pecar.
No final, podem cantar essa oração.
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Doentes,
mas amados
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C 8 Para o Catequista
Apresentação
O sacramento da unção dos doentes é um gesto de fé. Deus faz-nos experimentar como a nossa
relação com Ele é mais forte do que a doença. E o óleo com que ungimos o doente, fá-lo mais pare-
cido com Cristo, o ungido.
Objetivos
Relacionar o sacramento da unção dos doentes com a prática de Jesus.
Apreciar a presença de Deus, mesmo nos momentos de dor.
Conteúdos
Conceitos:
yy Deus quer vida plena e feliz para todos
yy A atitude de Jesus para com os doentes
yy A unção dos doentes continua a ação bondosa e curativa de Jesus
Procedimentos:
yy Identificar situações de sofrimento pessoal
yy Oração de petição por situações concretas de dor
Atitudes:
yy Tomar consciência do significado da doença
yy Reconhecer a presença amorosa de Jesus mesmo na dor e na doença
yy Superar o tabu contra o sofrimento e a dor
Material
Computador, projetor multimédia, colunas
Canção “Eu tinha um tique” (disponível na pen multimédia)
Cartaz nº 07 (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Ungidos” (disponível na pen multimédia)
Uma cópia do documento “Hospital da Esperança” para cada grupo (pdf disponível no site de apoio
ligacoes.net)
Folhas A5
Folhas brancas A4 (uma por participante)
Material para escrever e desenhar
Música de fundo - fundo03 (disponível na pen multimédia)
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Esquema
Atividade: Eu tinha um tique 6’ **
Experiência humana
Atividade: Hospital da Esperança 14’ ***
Do Catecismo
1503. A compaixão de Cristo para com os doentes e as suas numerosas curas de enfermos
de toda a espécie são um sinal claro de que «Deus visitou o seu povo» e de que o Reino de
Deus está próximo. Jesus tem poder não somente para curar, mas também para perdoar
os pecados: veio curar o homem na sua totalidade, alma e corpo. É o médico de que os
doentes precisam. A sua compaixão para com todos os que sofrem vai ao ponto de identifi-
car-Se com eles: «Estive doente e visitastes-Me» (Mt 25, 36). O seu amor de predileção para
com os enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção particular dos
cristãos para aqueles que sofrem no corpo ou na alma. Ele está na origem de incansáveis
esforços para os aliviar.
Síntese de conteúdos
O sacramento da unção dos doentes é, talvez, o mais desconhecido de todos os sete.
E é pena porque os nossos corpos e os nossos corações continuam a ser assaltados por
doenças e sofrimentos. E Jesus, neste sacramento, quer estar perto de nós para nos curar
e consolar com a sua presença.
Um sacramento desconhecido
Somos uma sociedade fascinada com a técnica. Estar doente é uma “anormalidade”.
Quando dois amigos se encontram, o primeiro pergunta: “Tudo bem?” E a resposta obriga-
tória é “Tudo bem, claro!” E se algo não está bem, há um batalhão de médicos, de com-
primidos, de terapeutas, de psicólogos que tentam resolver tudo. O que é que a fé poderia
acrescentar?
Além disso, durante séculos, este sacramento só era celebrado quando a pessoa estava
moribunda. E as pessoas começaram a associar este sacramento à morte mais do que à
cura e à vida.
Jesus e os doentes
Jesus é mestre no trato com os doentes. Não teve medo de estar perto dos doentes e
dos que sofrem. Pôs ao seu serviço tudo o que tinha e tudo o que era. Curou todo o tipo
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de doenças, ressuscitou os mortos e deu esse poder aos seus discípulos: “proclamai que
o Reino do Céu está perto. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos,
expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça” (Mt 10, 7-8). Com esta atenção
aos doentes, Jesus demonstra que o Reino de Deus já está a acontecer, porque a doença e
a morte já podem ser vencidas.
Os apóstolos, seguindo a missão de Jesus, “ungiam com óleo a muitos doentes e c urava-nos”
(Mc 6, 13). Levavam a sério a missão que Jesus lhes tinha deixado: “hão-de impor as mãos
aos doentes e eles ficarão curados” (Mc 16, 18).
Para cresceres
Quando estás doente ou em sofrimento, que lugar dás a Cristo? Já tentaste ouvir a sua
voz nesses momentos? Experimenta e vais ver como a confiança se torna mais forte que
o desânimo ou o desespero.
C 8 Desenvolvimento
De uma maneira divertida, os catequizandos vão poder descobrir que, até na dor, Jesus está pre-
sente e nos enche a vida de confiança.
Experiência Humana
Atividade: Eu tinha um tique
Duração: 6 min.
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Rodar uma das mãos (sempre estalando os dedos);
Rodar a outra mão (continuando sempre com os movimentos anteriores);
Rodar uma das pernas;
Rodar a outra perna;
Rodar o pescoço;
Rodar a anca.
Catequista Catequizandos
Eu tinha um tique Eu tinha um tique
Fui ao doutor Fui ao doutor
Que me disse Que me disse
Não faça capricho Não faça capricho
A
Faça assim Faça assim
O bans prossegue com grau crescente de dificuldade.
Etapa 1
Duração: 6 min.
O catequista distribui os participantes em grupos de quatro elementos. Dentro de cada
grupo devem escolher o seu papel: um será o paciente, outro o pai ou a mãe do paciente,
outro o médico e outro o enfermeiro. Se algum grupo tiver mais de quatro elementos,
os catequizandos deverão assumir o papel de personagens associadas a um hospital ou a
familiares do paciente.
O catequista entrega uma folha A5 e uma caneta a cada grupo e explica que os grupos
deverão preparar uma cena em que um paciente se dirige às urgências do hospital da sua
residência. Quando chegar ao hospital, vai ser feita a triagem por um enfermeiro e, depois,
será atendido por um médico, que lhe dará uma receita milagrosa. Para ajudar os partici-
pantes, o catequista entrega um documento - “Hospital da Esperança” - com as instruções
para cada grupo.
Hospital da Esperança
Instruções versão A:
1. O paciente dirige-se ao hospital e entra na sala de triagem;
2. O enfermeiro pergunta ao paciente quais são os seus sintomas;
3. O paciente queixa-se de dores de estômago e diz que passou toda a noite a vomitar;
4. O enfermeiro faz algumas perguntas ao paciente (ex. o que comeu nas últimas
horas, etc), regista os sintomas numa folha e vai entregá-la ao médico, que se
encontra noutra sala;
5. O médico chama o paciente, ausculta-o, explica-lhe o que deve fazer para melhorar
e dá-lhe uma receita. ATENÇÃO: na receita, o médico só pode escrever conselhos
(ex. comer de forma saudável, etc)
83
Instruções versão B:
1. O paciente dirige-se ao hospital e entra na sala de triagem;
2. O enfermeiro pergunta ao paciente quais são os seus sintomas;
3. O paciente queixa-se de dores de cabeça e diz que temperatura alta;
4. O enfermeiro mede a temperatura do paciente, faz-lhe algumas perguntas (ex. se tem
dormido 8 horas, etc), regista os sintomas numa folha e vai entregá-la ao médico,
que se encontra noutra sala;
5. O médico chama o paciente, ausculta-o, explica-lhe o que deve fazer para melhorar
e dá-lhe uma receita. ATENÇÃO: na receita, o médico só pode escrever conselhos
(ex. ter uma boa rotina de sono, etc).
Etapa 2
Duração: 8 min.
À vez, os grupos apresentam a sua dramatização.
Anúncio da Palavra
Atividade: A fé que salva os doentes
Duração: 22 min.
Etapa 1
Duração: 4 min.
O catequista afixa o cartaz nº 07. Pede aos catequizandos que o descrevam e relacionem
com as atividades anteriores. O catequista deve ouvir as respostas dos participantes sem
se pronunciar. Eis algumas perguntas que ajudam a desbloquear o diálogo:
Quem é o personagem que aparece no cartaz?
O que é que Ele tem a ver com as dramatizações que fizemos?
Recorda alguns dos gestos em que Jesus esteve com pessoas doentes. O que é que
Ele fazia?
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Etapa 2
Duração: 2 min.
O catequista pede aos participantes que abram as bíblias em Mt 8, 14-17 e convida um
voluntário a ler a passagem.
Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito
com febre. Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a. E ela, levantando-se,
pôs-se a servi-lo. Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos;
e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que
estavam doentes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta
Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.
Etapa 3
Duração: 3 min.
O catequista pede aos participantes que voltem a olhar para o cartaz afixado e que o rela-
cionem com a passagem bíblica acabada de ler.
Etapa 4
Duração: 3 min.
O catequista explica que os primeiros cristãos seguiram o exemplo de Jesus e cuidavam
com carinho dos doentes. Até tinham um sacramento de propósito para os doentes. Pede
aos participantes que voltem a abrir as suas bíblias, desta feita em Tiago 5, 14-15 e convida
um voluntário a ler a passagem.
Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja e que estes
orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da
fé salvará o doente e o Senhor o aliviará; e, se tiver cometido pecados,
ser-lhe-ão perdoados.
Etapa 5
Duração: 5 min.
O catequista convida os participantes a visualizarem o vídeo “Ungidos”, que apresenta este
sacramento.
Guião do vídeo “Ungidos”
Gostamos da saúde, de correr, de rir.
Mas a vida também é feita de dor, de sofrimento, de doença. Às vezes, não temos nem for-
ças nem razões para rir ou estar felizes.
A medicina, a higiene, melhoraram muito a nossa vida. Mas continuamos a ficar doentes.
A sofrer no corpo e no coração.
Quando recordas o que Jesus fez durante a sua vida descobres como Ele Se compadecia
dos doentes. Jesus percorria as cidades e aldeias anunciando o amor de Deus que salva.
Ele passava fazendo o bem a todos. E as pessoas traziam os seus doentes até Jesus para
que Ele os curasse.
Jesus convidou os seus discípulos a fazerem o mesmo. A levar o consolo de Deus a todos
os que sofrem. E os apóstolos, animados pelo Espírito de Jesus, cuidavam dos doentes e
curavam-nos.
Ao longo da história da Igreja, os cristãos construíram hospitais e farmácias. Sem medo de
contágios, cuidaram dos infetados mesmo em tempos de peste.
85
E celebram com esperança o sacramento da unção dos doentes. Já no tempo dos apóstolos
sabiam o que fazer quando um irmão ficava doente: rezavam por ele e ungiam-no com óleo.
O sacerdote impõe as mãos sobre o doente. Repete os gestos que Jesus fazia. Invoca-se a
proteção de Deus neste momento em que o cristão precisa mais de ajuda.
O sacerdote marca o doente na testa e nas mãos. O cristão que recebe a unção abre com
fé as mãos e o coração à ação amorosa de Deus que salva e perdoa.
A doença e a dor fazem-nos sofrer e são mentirosas. Quem sofre não vê mais nada. Os ami-
gos, a comida saborosa, os jogos… tudo perde o seu sabor. O nosso coração tende a ficar
ocupado com a dor e o sofrimento.
O sacramento da unção dos doentes recorda-nos que somos ungidos, isto é, que somos
marcados como Jesus Cristo, o ungido. Estamos doentes, estamos em dor, mas continua-
mos a ser filhos amados por Deus. Jesus está junto a nós, consola-nos e dá-nos esperança.
O Espírito Santo dá-nos força para sonhar e amar.
Este sacramento pede humildemente a Deus a cura do doente e a força. Mas também con-
serta o interior da pessoa. Ele perdoa os pecados e traz paz ao coração.
Etapa 6
Duração: 5 min.
O catequista convida, quem quiser, a partilhar:
Uma coisa nova que aprendeste ao ver o vídeo;
Uma coisa que não chegaste a compreender.
Sem se alongar, o catequista responde às dúvidas que apareçam.
Expressão de fé
Atividade: Jesus, o meu cuidador
Duração: 18 min.
Etapa 1
Duração: 10 min.
O catequista entrega um lápis e uma folha A4 a cada participante pedindo que criem uma
mala de médico da seguinte forma:
No exterior:
yydesenhar uma cruz de Cristo
yydecorar a gosto
No interior:
yyparte superior, escrever a passagem Tiago 5, 14-15;
yyparte inferior, escrever uma oração por um doente conhecido (sem citar o nome).
Nota: Se achar conveniente, o catequista deverá levar uma mala preparada para servir de
exemplo.
86
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista coloca música de fundo. Convida os catequizandos a colocarem-se numa ati-
tude de oração. No centro deste espaço de oração está o cartaz nº 07. Cada um pode ler
a sua oração.
Etapa 3
Duração: 3 min.
No final, pede que todos abram o livro do catequizando na página 33 para, em conjunto,
lerem esta oração:
Oração do doente
Deus da minha debilidade e da minha fortaleza,
da minha tristeza e da minha alegria,
da minha solidão e companhia,
da minha incerteza e esperança.
Na noite da minha doença
entrego-me nas tuas mãos de Pai.
Ilumina esta escuridão
com um raio da tua luz.
Abre uma fenda na minha esperança.
Enche com a tua Presença a minha solidão.
Senhor, que o sofrimento não me derrote,
para que também agora
sinta o alívio do teu Amor
e agradeça a generosidade
de todos os que sofrem comigo.
87
O jogo dos
sacramentos
89
C 9 Para o Catequista
Apresentação
Ocupamos esta catequese com um jogo. É uma maneira divertida de promover uma síntese sobre
os sete sacramentos.
Objetivos
Conseguir uma visão integrada dos sacramentos.
Conteúdos
Conceitos:
yy Os 7 sacramentos manifestam a presença de Jesus.
Procedimentos:
yy Jogo
Atitudes:
yy Crescer em apreço pela presença de Deus em cada um dos sacramentos
Material
Mesa grande onde todos os participantes possam estar à volta
Tabuleiro (Cartaz 08) “O Jogo dos Sacramentos” (disponível na pasta de apoio)
Pinos: 4 círculos, numerados de 1 a 4, em cartão
1 dado
Material para as tarefas: cada tarefa tem a sua lista própria.
Ficheiro “Selos dos sacramentos” (disponível no site de apoio ligacoes.net)
Autocolantes “Selos dos sacramentos”
Lista de perguntas (ficheiro “Perguntas” disponível no site de apoio ligacoes.net)
Canto “A tua promessa” (disponível na pen multimédia)
Computador, colunas.
Do Catecismo
1210. Os sacramentos da nova Lei foram instituídos por Cristo e são em número de
sete, a saber: o Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfer-
mos, a Ordem e o Matrimónio. Os sete sacramentos tocam todas as etapas e momentos
importantes da vida do cristão: outorgam nascimento e crescimento, cura e missão à vida
de fé dos c ristãos. Há aqui uma certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da
vida espiritual
90
Síntese de conteúdos
O núcleo desta catequese é o jogo dos sacramentos. Depois de termos descoberto um
pouco mais sobre cada sacramento, hoje os catequizandos vão procurar uma visão global.
Sete magníficos
Os sete sacramentos da Igreja nascem de duas fontes: a vida e ministério de Jesus, por
um lado, e a tradição viva da Igreja, por outro. Foi pela sabedoria, ensino e prática da Igreja
que, ao longo dos séculos, a comunidade dos crentes, guiada pelo Espírito Santo, tem sido
fortalecida com estes sete sacramentos.
À medida que a Igreja crescia em compreensão do que Deus tinha revelado na vida e Pala-
vra de Jesus, os cristãos reconheceram sete formas pelas quais a graça de Deus estava
presente e ativa na vida dos crentes e da comunidade:
Renascemos para uma vida nova e tornamo-nos filhos amados de Deus;
Somos fortalecidos pelo Espírito Santo;
Tomamos parte da paixão, morte e ressurreição de Jesus;
Os nossos pecados são perdoados;
Somos amparados na doença;
Alguns irmãos servem a comunidade num chamamento ao ministério;
Outros irmãos e irmãs partilham o amor e a criação de vida nova no casamento.
Com o tempo, estes sete espaços de graça foram ritualizados naquilo a que chamamos os
sete sacramentos. Eles são “sinais eficazes da graça”. Isto é, quando eles são celebrados o
dom de Deus torna-se realmente presente.
Sacramentos de Cristo
Estes sete sacramentos ajudam-nos a descobrir que Cristo é que é o primeiro sacramento
de salvação. É n’Ele, acolhido em Igreja, que experimentamos o poder e o amor de Deus.
Com estes sete sacramentos recordamos a vida e a mensagem de Jesus. Com eles celebra-
mos de forma sempre nova a força da sua presença de Ressuscitado. Estes sete sacramen-
tos são também celebrações comunitárias da nossa pertença ao Corpo de Cristo. E eles
fazem isso de variadas formas.
Sacramentos da iniciação
Em conjunto, os sacramentos da iniciação (batismo, crisma, eucaristia) iniciam os novos
cristãos e ajudam toda a comunidade a recordar o Jesus histórico e a celebrar a sua pre-
sença de ressuscitado. As palavras e a água do batismo são sinais de morte e de vida: a
pessoa batizada morre simbolicamente para todo o mal e renasce em Cristo. Na confir-
mação, a unção com o crisma e as palavras do bispo conferem à pessoa a plenitude do
Espírito Santo. Na eucaristia, o batizado comunga com o corpo e o sangue de Jesus e
compromete-se a viver à maneira de Jesus no seu quotidiano.
Sacramentos da cura
Jesus e a Igreja que quer seguir os seus passos, estava atento a todo o sofrimento: espi-
ritual, mental e físico. Jesus mostrou a sua misericórdia com a sua presença disponível,
com a cura das doenças e com o perdão dos pecados. A Igreja hoje, como o fez ao longo
dos séculos, é criativa na procura de formas novas e eficazes de estar presente servindo
91
todos os que sofrem. Mas continua a reconhecer a força curativa e renovadora destes dois
sacramentos de cura: a unção dos doentes e a reconciliação.
Sacramentos do serviço
A vida cristã, como seguimento e imitação do estilo de vida de Jesus, é sempre uma voca-
ção ao serviço. Jesus chama-nos a viver partilhando o amor que recebemos de Deus com
outras pessoas concretas. Duas dessas vocações (o matrimónio e o ministério ordenado)
foram instituídas por Cristo e são um sacramento.
C 9 Desenvolvimento
Esta catequese é ocupada com um jogo de tabuleiro que pede uma série de outras atividades.
No fim, há um breve momento de oração. É uma catequese exigente para o catequista na sua pre-
paração. Há que definir bem quais as tarefas e as perguntas. Há algum m
aterial a reunir. Queremos
que seja um momento de festa e de energia. Pode ser útil ou necessário pedir ajuda a alguns cate-
quizandos mais velhos ou a alguns pais para enquadrar bem todas as atividades.
Preparação
O catequista imprime o ficheiro “Selos dos sacramentos”. Se possível em papel autoco-
lante. Deve haver 7 “selos” para cada participante.
Preparar a lista das “tarefas”. Em baixo damos algumas sugestões. O catequista deve
adaptar a sua lista ao grupo e ao espaço de que dispõe. Atenção ao material necessário.
Etapa 1
Duração: 5 min.
Com o tabuleiro em cima da mesa, o catequista distribui os participantes em 4 equipas,
entrega um pino a cada equipa e explica o objetivo e regras do jogo.
Objetivo do jogo:
Recolher os 7 selos e colocá-los na caderneta dos sacramentos (livro do catequizando,
página 38).
92
Regras:
Cada equipa lança o dado. O resultado permitirá descobrir a ordem pela qual as equipas
devem jogar. A equipa com menor pontuação será a primeira, enquanto que a equipa com
maior pontuação será a última.
Se o catequista quiser ser mais “espiritual” pode convidar a ler Marcos 9, 33-35:
Chegaram a Cafarnaúm e, quando estavam em casa, Jesus perguntou:
«Que discutíeis pelo caminho?» Ficaram em silêncio porque, no cami-
nho, tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior.
Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: «Se alguém quiser ser o
primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos.»
Todas as equipas devem começar em PARTIDA;
As equipas podem jogar em qualquer direção;
Ganha a equipa que, depois de preencher a sua caderneta, terminar na casa CHEGADA em
primeiro lugar;
Sempre que pararem nestas casas (ver tabela abaixo):
Casa Imagem Regra
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Penitência Receber o selo associado a este sacramento
Unção dos
Receber o selo associado a este sacramento
Enfermos
Etapa 2
Duração: 45 min.
Dá-se início ao jogo.
As tarefas são explicadas quando algum grupo parar na casa Tarefa:
Tarefas (sugestões)
1. Conduzir um pneu
Material: um pneu e dois paus
Descrição da tarefa: Um dos elementos da equipa terá de conduzir o pneu de uma
ponta à outra da sala; os pneus só podem ser conduzidos com os paus. O jogador
terá de começar a tarefa de novo sempre que usar as mãos ou outra coisa que não
os paus.
4. Desenhar às cegas
Material: fotografia, folha, caneta e venda
Descrição da tarefa: Um dos elementos da equipa irá ver uma imagem; depois, irá ser
vendado e terá de reproduzir no papel o que viu; a tarefa só termina quando o resto
da equipa adivinhar o que o colega viu e desenhou.
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5. Derrubar pinos (bowling)
Material: uma bola e seis garrafas com areia
Preparação: com fita-cola, traçar uma linha no chão e, a cerca de 1,5m, colocar as
seis garrafas no chão
Descrição da tarefa: À vez, os elementos da equipa lançam a bola para derrubar as
seis garrafas; a tarefa termina quando todas as garrafas tiverem sido derrubadas.
6. Saltar à corda
Material: uma corda
Descrição da tarefa: A equipa decide que elementos ficam a segurar a corda e que
elemento terá de saltar. O elemento que for escolhido para saltar terá de fazê-lo
sem pisar, tropeçar ou falhar a corda durante 30 segundos.
Atividade: Obrigado
Duração: 10 min.
O catequista convida todos a sentarem-se em círculo. Diz que vão para um momento de
oração e que cada um deve esforçar-se por acalmar e colocar a cabeça e os sentimentos
na presença de Deus.
À medida que cada um se sente concentrado faz, em silêncio, o sinal da cruz.
Quando o grupo estiver preparado rezam, em dois coros, a oração “Obrigado pela tua pre-
sença” (livro do catequizando, página 38).
95
Coro 1: Obrigado pelos casais que se amam
e dão testemunho da tua ternura.
Coro 2: Obrigado pelos sacerdotes
que servem o povo de Deus
Coro 1: Obrigado pelo teu perdão
e pelo abraço com que nos purificas.
Coro 2: Obrigado pela energia e esperança
que dás a todos os doentes
Todos: Obrigado Jesus
por nos alimentares com o teu Corpo!
A seguir, canta-se o canto “A tua promessa” (letra no livro do catequizando, página 4).
96
Crer ou
não crer
97
C 10 Para o Catequista
Apresentação
Começamos a construir uma maior familiaridade com o Credo, o símbolo da nossa fé.
Objetivos
Acolher a fé como experiência humana legítima.
Aumentar o sentido crítico face à credulidade.
Reconhecer em Jesus o revelador do Pai.
Conteúdos
Conceitos:
yy “Crer” tem diferentes significados
yy Jesus é revelador de Deus
Procedimentos:
yy Exercícios de confiança interpessoal
Atitudes:
yy Melhorar o sentido crítico face à credulidade
yy Reconhecer a importância da fé para o crescimento e bem-estar pessoal
yy Superar a tentação de ver a fé como algo infantil
Material
1 carpete
Letras da palavra “Acreditar” (disponível na pasta de apoio)
Cartaz nº 09 (disponível na pasta de apoio)
8 cartões com frases do texto bíblico (disponível na pasta de apoio)
8 folhas A4 brancas
Cartaz nº 10 (disponível na pasta de apoio)
Canção “Jesus é o caminho” (disponível na pen multimédia)
Esquema
Atividade: A fábrica de bolachas 10’ **
Experiência humana
Atividade: Caça ao ladrão 10’ **
98
Do Catecismo
176. A fé é uma adesão pessoal, do homem todo, a Deus que Se revela. Comporta uma
adesão da inteligência e da vontade à Revelação que Deus fez de Si mesmo, pelas suas
ações e palavras.
177. «Crer» tem, pois, uma dupla referência: à pessoa e à verdade (à verdade, pela con-
fiança na pessoa que a atesta).
Síntese de conteúdos
Durante anos julgámos que a ciência e a tecnologia iriam resolver todos os nossos proble-
mas. A fé nas pessoas ou em Deus seria coisa fora de moda. Mas a verdade é que a supers-
tição está de volta. Não há canal de televisão generalista que não tenha a sua astróloga de
serviço. Não há notícia que escape à acusação de ser fake news. E há cada vez mais pessoas
a rejeitar as vacinas e a aceitar que a terra é plana.
Sentido crítico
A nossa sociedade vive uma crise de confiança. Há algo que possamos saber com certeza?
Parece que, hoje em dia, não. Conclusão: as pessoas voltam a acreditar em tudo. Desde que
seja apresentado com um pacote bonito, tudo é credível. As pessoas foram perdendo o sen-
tido crítico; tornaram-se crédulas, ingénuas. E tornou-se mais fácil, mais simpático acreditar
no oculto, na magia, do que em Deus.
Acreditar
No sentido comum, a palavra acreditar é um “saber” mais fraquinho. Quando não “sabe-
mos”, limitamo-nos a acreditar. “Eu sei que estavam aqui 20 euros porque fui eu que os
pus aqui em cima da mesa”. “Eu acredito que o meu marido os levou”. Esta maneira de ver
as coisas é muito pobre e superficial.
Diante de um objeto, é possível procurar um conhecimento objetivo, exato. Mas este tipo de
saber objetivo torna-se impossível quando entramos no mundo das pessoas, dos valores,
do sentido de vida. Será possível demonstrar “cientificamente” uma frase como “Eu amo-te”
ou “Sinto-me triste”? Claro que não. Será necessário confiar na pessoa que nos diz a frase.
99
Jesus: um encontro marcante
Dois dos seguidores de João Baptista ouvem-no dizer, ao ver passar Jesus: “Ali vai o Cor-
deiro de Deus”; e começam a andar com Jesus. “Cordeiro de Deus” é uma expressão que
usamos em todas as missas antes da comunhão e no “Glória”.
O cordeiro aparece muito no livro do Êxodo (12, 11-13) com sentido pascal; a sua carne ali-
menta e o seu sangue livra da morte. Em Isaías (53, 4-7.12) aparece um servo que é levado
ao matadouro como um cordeiro. No Apocalipse (5, 8-13), o cordeiro imolado é aclamado
pela multidão celeste como digno de receber todo o louvor.
Os dois discípulos estão à procura. Não sabem ainda o quê ou quem é que poderá saciar a
sua sede de verdade. Mas insistem em procurar. E estão disponíveis para confiar. Primeiro
em João que lhes deu uma pista sobre este Jesus. E depois no próprio Jesus. Querem
conhecê-Lo melhor (“onde moras?”). Querem estar com Ele, morar com Ele, gozar da sua
companhia.
Para cresceres
Diz o CIC que a fé é adesão da pessoa toda… Dá-te conta das “partes” de ti (memórias,
ambientes…) que ainda hesitam em confiar totalmente no Deus que te ama.
100
C 10 Desenvolvimento
Com esta catequese tão cheia de atividades, convidamos os catequizandos a apreciarem o credo
da nossa fé como algo cheio de energia para a vida.
Experiência Humana
Atividade: A fábrica de bolachas
Duração: 10 min.
Preparação
Uma carpete estendida no chão.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista pede aos participantes que formem duas filas e que se ajoelhem. Deverão
estar de frente uns para os outros e dar as mãos à pessoa da frente. Os participantes
devem estar bastante perto, não só da pessoa que se encontra à sua frente, mas também
das pessoas que estão ao seu lado.
De seguida, escolhe-se um dos catequizandos para ser uma “bolacha”. Este deverá d eitar-se
em cima das mãos dos colegas e será transportado através das mãos dos colegas como se
estivesse numa passadeira transportadora de uma fábrica. Os participantes que estão de
joelhos terão de levantar e baixar os braços para levar a bolacha até ao extremo da pas-
sadeira. Se o catequista achar conveniente, poderá repetir esta etapa com outra “bolacha”.
Etapa 2
Duração: 2 min.
Terminado o jogo, o catequista coloca algumas perguntas que ajudem os catequizandos a
refletir sobre a experiência feita:
Que dificuldades sentiste durante o jogo?
O que podes aprender com este jogo?
Etapa 3
Duração: 1 min.
De volta aos lugares habituais, o catequista afixa, num lugar visível, as letras desordenadas
da palavra “Acreditar”. De seguida, pede aos participantes que descubram a palavra por
detrás daquelas letras, que será o tema deste encontro.
101
Etapa 4
Duração: 2 min.
O catequista pede aos catequizandos que relacionem a palavra “Acreditar” com o jogo que
iniciou o encontro. Sugestão: tiveram que “acreditar” que os colegas não iriam deixar cair
a “bolacha”.
Etapa 1
Duração: 1 min.
O catequista afixa o cartaz nº 09 e
explica: «Um ladrão entrou, de arma em
punho, na ourivesaria do senhor Moedas,
obrigando-o a entregar tudo o que estava
na caixa. Levou também um valioso colar
de pérolas. O comissário Onofre proibiu que
a imprensa desse a notícia do roubo e pren-
deu três suspeitos: Mário Chaves, André Ali-
cates, e Miguel Dinamite. Um deles é o cul-
pado. Encontra-o baseando-te nas suas
declarações. Quem é o culpado?»
Etapa 2
Duração: 4 min.
O catequista pede 3 voluntários para lerem as declarações dos suspeitos. De seguida, lança
a questão: “Quem é o culpado?”. Dialogar em grupo para chegar a uma conclusão. No final,
o catequista apresenta a solução: O culpado é André Alicates. Como podia saber do colar de
pérolas se a notícia do roubo ainda não tinha sido difundida pela imprensa?
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista pede aos catequizandos que indiquem o(s) significado(s) da palavra acreditar
que conhecem. Depois de ouvidos, o catequista explica que a palavra “acreditar” é sinónimo
de “crer” e que ambas têm, pelo menos, quatro significados:
1. “Crer” num sentido fraco: quando tenho uma opinião que não me convence muito
ou que não é muito importante para mim.
2. “Crer” algo: quando julgo que algo é verdadeiro.
3. “Crer” em algo: quanto tenho esperança e me empenho num projeto ou num obje-
tivo. “Creio no Benfica” significa que se confia que o Benfica vai ter bons resultados.
4. “Crer” em alguém: quando ponho a minha confiança em alguém não só pelo que diz,
mas pelo que faz.
102
Anúncio da Palavra
Atividade: Vinde e vede
Duração: 25 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista pede aos participantes que abram a bíblia em Jo 1, 29-39, solicitando um
voluntário para ler a passagem:
No dia seguinte, ao ver Jesus, que se dirigia para ele, exclamou: «Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É aquele de quem eu
disse: ‘Depois de mim vem um homem que me passou à frente, por-
que existia antes de mim.’ Eu não o conhecia bem; mas foi para Ele se
manifestar a Israel que eu vim baptizar com água.» E João testemu-
nhou: «Vi o Espírito que descia do céu como uma pomba e permanecia
sobre Ele. E eu não o conhecia, mas quem me enviou a baptizar com
água é que me disse: ‘Aquele sobre quem vires descer o Espírito e
poisar sobre Ele, é o que baptiza com o Espírito Santo’. Pois bem: eu
vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus.» No dia seguinte,
João encontrava-se de novo ali com dois dos seus discípulos. Então,
pondo o olhar em Jesus, que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus!»
Ouvindo-o falar desta maneira, os dois discípulos seguiram Jesus.
Jesus voltou-se e, notando que eles o seguiam, perguntou-lhes: «Que
pretendeis?» Eles disseram-lhe: «Rabi - que quer dizer Mestre - onde
moras?» Ele respondeu-lhes: «Vinde e vereis.» Foram, pois, e viram
onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Eram as quatro da tarde.
Etapa 2
Duração: 4 min.
O catequista divide os participantes em 4 grupos e distribui, aleatoriamente, os 8 cartões
que se encontram na pasta de apoio. Entrega ainda 2 folhas em branco a cada grupo. Cada
grupo deverá ficar com 2 cartões e 2 folhas em branco nas quais irá ilustrar as palavras ou
frases que se encontram em destaque.
103
Frases da passagem para ilustrar Sugestão de imagem
GPS, mapa, bússola, ruas e
«Rabi - que quer dizer Mestre - onde moras?»
casas, …
óculos, olhos / olhar, olhos e
«Vinde e vereis.»
mão a convidar, convite,…
Relógio, número 4 com sol a
«Eram as quatro da tarde»
pôr, 16h, …
Etapa 3
Duração: 8 min.
O catequista pede ao representante do Grupo 1 que apresente um dos desenhos. Os res-
tantes grupos deverão descodificar o desenho e encontrar a respetiva frase na bíblia. Para
tal, todos deverão ter a bíblia aberta (Jo 1, 29-39). Este processo deverá repetir-se para as
restantes ilustrações de todos os grupos.
Etapa 4
Duração: 4 min.
O catequista pede aos participantes que abram o livro do catequizando na página 41
e completem a banda desenhada com as frases que lá se encontram.
Soluções:
Etapa 5
Duração: 6 min.
O catequista faz um breve comentário ao texto bíblico. No entretanto, os catequizandos
vão aproveitando as suas dicas para verificar se preencheram bem a banda desenhada.
As pessoas escutam com agrado o profeta João Batista mesmo quando o porta-voz
do Messias usa expressões muito duras para convidar as pessoas à mudança, à con-
versão. As pessoas escutam-no apesar de tudo e acreditam naquilo que ele diz.
104
“Eis o Cordeiro de Deus!”: o Cordeiro de Deus é uma das expressões que a Bíblia usa
para falar do Messias. João Batista já o tinha anunciado. A sua missão era preparar as
pessoas para acolherem o Cordeiro de Deus e indicar-lhes quem era o Messias.
O profeta sabe que as suas palavras são verdadeiras porque vêm diretamente do
Alto, mas sabe também que não é ele o Messias. Ao ver pela primeira vez Jesus, João
não tem dúvidas: é Ele a pessoa em quem acreditar.
“Que pretendeis?”: é a primeira frase que Jesus diz no Evangelho de S. João. O Messias
não quer gente que anda atrás d’Ele sem razões válidas.
“Rabi, onde moras?” (…) “Vinde e vereis”: a resposta de Jesus é decidida. Ele não
explica o seu programa como faria um político, nem elogia o seu produto como faria
um publicitário. Ele simplesmente convida os dois discípulos a fazer experiência direta
de quem Ele é e de como vive. No fundo, o que Jesus responde aos dois discípulos que
lhe pedem uma morada, uma informação é “Se quereis acreditar em Mim, sabei que,
mais do que tudo, conta a vida”. O discípulo entende que não se pode dizer cristão só
porque foi batizado e fez a primeira comunhão. Deve ser cristão, seguidor de Jesus,
em cada dia, vivendo ao estilo de Jesus.
“quatro da tarde”: João, quando escreve esta página, terá pelo menos uns oitenta
anos, mas ainda recorda bem a hora exata deste primeiro encontro com Jesus,
quando ainda era jovem.
Expressão de fé
Atividade: Jesus é o caminho
Duração: 15 min.
Preparação:
Para este momento de oração, o catequista prepara
um espaço amplo, limpo e desimpedido. No centro da
sala, coloca o cartaz nº 10, com a imagem do rosto
de Jesus.
Etapa 1
Duração: 2 min.
O catequista pede que, com o livro do catequizando na mão, todos os participantes se d
irijam
para o fundo da sala e permaneçam de pé. De seguida, recorda como os dois discípulos
105
foram ter com Jesus, embora com alguma hesitação, com algum receio, mas lá encontra-
ram a coragem para confiar em Jesus. Estavam longe, mas depois aproximaram-se d’Ele.
Estavam numa situação semelhante à nossa: cada um de nós, neste momento, está a uma
certa distância desta imagem de Jesus. Ainda não confiamos muito n’Ele. A nossa fé é
pequena. Por isso vamos, em grupo, descobrir como podemos aproximar-nos mais de Jesus.
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista pergunta aos participantes: “O que poderemos fazer para nos a
proximarmos
mais de Jesus? Para confiarmos mais n’Ele?”. Às respostas dadas por cada catequizando,
proceder-se-á da seguinte forma:
Estas sugestões não serão “discutidas”. Cada um livremente propõe meios, decisões
concretas que “aproximem de Jesus”.
Ao ouvirem as sugestões dadas por cada catequizando, os restantes participantes,
se concordarem com elas, deverão dar um passo em direção a Jesus.
Etapa 3
Duração: 3 min.
Quando o catequista verificar que os catequizandos estão perto da imagem de Jesus, con-
vida-os a abrir o livro do catequizando, na página 41, para rezarem a oração “Creio ou não
creio?”.
106
Etapa 4
Duração: 5 min.
O catequista convida os participantes a abrirem o livro do catequizando, na página 40,
para acompanharem o canto “Jesus é o caminho”.
Canto “Jesus é o caminho”
(Original: “Jésus est le chemin”, Gilles du Boullay, Comunidade Emanuel (1989))
Jesus é o caminho
Que nos leva à casa do Pai.
Ele é a Verdade e a Vida.
Vinde e louvai!
Ninguém fala como Ele e nos dá tanta paz.
Ninguém faz os sinais de poder que Ele faz.
Deus está com Ele.
João Baptista nos disse: «É o Cordeiro de Deus».
Que o pecado do mundo p’ra sempre venceu.
Vinde e vede.
Quem acredita em Mim tem a vida imortal.
Quem Me segue andará numa luz sem igual.
Eu sou a Luz.
107
Eu não sou
Deus!
109
C 11 Para o Catequista
Apresentação
Acolher o Deus verdadeiro, adorá-lo sobre todas as coisas, é dizer-Lhe um “sim” cheio de entu-
siasmo. Mas é também dizer um “não” a todas as falsas imagens de Deus e a todos os ídolos que
querem dominar o nosso coração.
Objetivos
Distinguir entre o Deus verdadeiro e os ídolos.
Assumir a fé como uma decisão forte.
Conteúdos
Conceitos:
yy Diferenças entre o Deus verdadeiro e os ídolos
yy A fé como uma decisão de seguir Jesus
Procedimentos:
yy Identificar os ídolos mais frequentes
Atitudes:
yy Assumir a fé com uma decisão forte
yy Aumentar o grau de confiança no Deus único e verdadeiro
yy Superar a armadilha da falsa tolerância
Material
Canetas (por participante)
Cartaz nº 10 (disponível na pasta de apoio)
Velas
Música de fundo - “fundo04” (disponível na pen multimédia)
Canção “Larga o que trouxeste” (disponível na pen multimédia)
Esquema
Experiência humana Atividade: Aventura no espaço 15’ **
110
Do Catecismo
222. Crer em Deus, o Único, e amá-Lo com todo o nosso ser tem consequências imensas
para toda a nossa vida:
223. É conhecer a grandeza e a majestade de Deus: «Deus é grande demais para que O
possamos conhecer» (Job 36, 26). É por isso que Deus deve ser «o primeiro a ser servido».
224. É viver em ação de graças: se Deus é o Único, tudo o que nós somos e tudo quanto
possuímos vem d’Ele: «Que possuis que não tenhas recebido?» (1 Cor 4, 7). «Como agrade-
cerei ao Senhor tudo quanto Ele me deu?» (Sl 116, 12).
225. É conhecer a unidade e a verdadeira dignidade de todos os homens: todos eles foram
feitos «à imagem e semelhança de Deus» (Gn 1, 26).
226. É fazer bom uso das coisas criadas: a fé no Deus único leva-nos a usar de tudo quanto
não for Ele, na medida em que nos aproximar d’Ele e a desprender-nos de tudo, na medida
em que d’Ele nos afastar (…)
227. É ter confiança em Deus, em todas as circunstâncias, mesmo na adversidade. Uma
oração de Santa Teresa de Jesus exprime admiravelmente tal atitude:
Síntese de conteúdos
Gostamos de pensar que somos maduros, racionais. E isso passaria por esquecer Deus.
Alguns sociólogos chegaram a propor um esquema em que viriam primeiro as religiões
politeístas (= muitos deuses) e idolátricas (= adoração aos ídolos, às imagens), depois o
monoteísmo (adoração a um único Deus) para evoluir para o ateísmo, a ausência de Deus.
Ídolos
Mas esta sociedade tão sofisticada em que vivemos é idolátrica. Ao esquecermos o Deus
verdadeiro, regressaram os antigos “deuses”. “Deuses” são todas as forças que controlam
a vida da humanidade: o dinheiro, a morte, o prazer, o Estado, a obsessão com a saúde ou
com a aparência, os artistas da moda… Estes falsos deuses roubam o melhor de nós: o
nosso dinheiro, o nosso entusiasmo, a nossa energia. Prometem-nos que se os “adorarmos”,
se pusermos neles o nosso coração, seremos felizes. Mas são incapazes de cumprir esta
promessa. E o nosso coração fica frustrado e cheio de amargura.
111
nomia, da concórdia entre os povos, “inventamos” um deus que nos ajudaria a lidar
com todos esses males.
Juiz castigador-recompensador: Para outros, Deus daria respostas simétricas ao
nosso agir. Quando nos portamos bem, Ele protege-nos; quando nos afastamos da
sua lei, Ele castiga-nos. Mas esse não é o Deus da Bíblia. Deus é amor. E ama-nos,
independentemente do que fazemos. De Deus que é amor nunca vem o mal.
Um Deus masculino, pai tirano: Muitas representações mostram-nos um Deus cheio
de caraterísticas masculinas: autoritário, irritadiço. É uma imagem que ajuda a refor-
çar a submissão das mulheres e a discriminação entre os sexos.
Todas estas imagens estão ultrapassadas para os cristãos. Eles reconhecem em Jesus de
Nazaré, nas suas palavras e ações recolhidas pela Igreja, o revelador definitivo de Deus.
Nós sentimos que a melhor imagem de Deus, a mais autêntica, é a que nos foi deixada por
Jesus.
Um Deus ciumento
Mas qual é o problema de “adorar” vários deuses? De ter uma boa relação com o Deus de
Jesus Cristo ao mesmo tempo que se investem afetos e atenção em outros “deuses”?
Na Bíblia, diz-se muitas vezes que o Deus de Israel é “ciumento”, que Ele quer uma relação
em exclusivo com o seu povo.
O Novo Testamento mostra qual é o problema da idolatria: ela faz-nos ser menos humanos.
O nosso Deus quer-nos vivos e felizes, realizando todo o nosso potencial. Quando adora-
mos os falsos deuses, quando pomos o coração nas “coisas”, tornamo-nos, também nós,
“coisas”. Passamos ao lado dos nossos melhores projetos e sonhos, em nome do que não
vale tanto como isso.
Aterrando
Para nós, adultos que levamos a fé a sério, todo este esforço por centrar a fé num só Deus
parece um esforço escusado porque é algo… óbvio. Pode sê-lo para nós, mas não o é para
muitos dos nossos contemporâneos, nem para os pré-adolescentes. Eles crescem numa
sociedade consumista. Aprendemos todos desde pequenos que valemos na medida em
que consumimos. E para os pré-adolescentes esta pressão é muito forte. Estando numa
idade de transição, sentem-se bastante inseguros. Uma das formas fáceis de encontrar
segurança é imitar os comportamentos de consumo que vêem nos colegas e nos media
tradicionais ou nas redes sociais
112
Para os pré-adolescentes, o apelo a abandonar uma postura consumista (e idolátrica) tem
implicações para a segurança e o bem-estar pessoal muito fortes. Não é recomendável
uma estratégia de enfrentamento. É preferível uma abordagem que o ajude a perceber que
o consumismo idólatra é só uma falsa resposta e que uma relação de confiança total em
Deus é preferível, em termos pessoais.
Para cresceres
Olha com calma para dentro de ti mesmo.
Identifica as pessoas, situações, medos… que dominam e apertam o teu coração.
Tudo isso quer ocupar no teu coração e na tua liberdade o lugar que cabe apenas ao
Deus-amor que Jesus nos revelou.
C 11 Desenvolvimento
Nesta catequese vamos ver quem mora a sério dentro do nosso coração.
Experiência Humana
Atividade: Aventura no espaço
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida os participantes a abrirem o livro do catequizando, na página 44,
onde se encontra o desenho de um astronauta e explica: “És um astronauta. O centro de
comando acaba de te comunicar que vais passar os próximos 40 anos num planeta perdido
e completamente deserto. Vais receber comprimidos de alimento liofilizado e água em
abundância. No entanto, na tua nave há mais 8 lugares vagos que poderás preencher com
objetos, pessoas (familiares, amigos, figuras públicas), valores e sonhos. Pensa no quê e em
quem queres levar e escreve-o na bandeira do astronauta.”
Etapa 2
Duração: 10min.
O catequista convida os participantes a partilharem o que escreveram na sua bandeira.
Depois, lança as seguintes questões para debate:
Será que os objetos nos podem trazer felicidade? De que forma(s)?
Quais são os ídolos preferidos das pessoas da tua idade?
Por que motivo(s) precisam deles?
O dinheiro, os aplausos, a inveja dos outros, a boa vida… trazem mesmo felicidade?
De que forma(s)? Por quanto tempo?
Nota: As últimas perguntas obrigam o catequista a uma certa “arte”. Não “vale” argumen-
tar a partir de uma posição de força: o que importa é que os catequizandos, por eles mes-
mos, cheguem à conclusão que todos estes ídolos… têm pés de barro.
113
Como conclusão o catequista diz: “Nem sempre os melhores ocupam os primeiros lugares.
Os que se sabem ‘vender’ melhor passam sempre à frente, mesmo quando valem menos.
Os bonitos conquistam mais simpatias (e invejas) que os bons; os ricos que os honestos;
os futebolistas que os cientistas; as modelos que as donas de casa. Até Deus, o Primeiro
e o Maior de todos, tem concorrência. São tantos os ídolos que ficam com o seu lugar no
coração das pessoas. Alguns, como os ateus, viram-lhe as costas para sempre. Outros, como
muitos cristãos, colocam à sua frente outros valores, como o dinheiro, o carro, o emprego,
o sucesso, entre outros. Mas a ‘felicidade’ que todas estas coisas prometem nunca chega”.
Anúncio da Palavra
Atividade: O jovem rico
Duração: 25 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista pede aos participantes que abram a bíblia em Mc 10, 17-22, solicitando um
voluntário para ler a passagem:
Quando se punha a caminho, alguém correu para Ele e ajoelhou-se,
perguntando: «Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida
eterna?» Jesus disse: «Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão
um só: Deus. Sabes os mandamentos: Não mates, não cometas adultério,
não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes, honra teu pai
e tua mãe.» Ele respondeu: «Mestre, tenho cumprido tudo isso desde
a minha juventude.» Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por
ele e disse: «Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens,
dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e
segue-me.» Mas, ao ouvir tais palavras, ficou de semblante anuviado
e retirou-se pesaroso, pois tinha muitos bens.
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista pede aos participantes que expressem a mensagem que o texto escutado
transmitiu. Para isso, o catequista, com o grupo, reconstitui o relato. A seguir, pede para
recordarem as ações mais importantes.
De seguida, e como forma de interpretar melhor estas passagens escutadas, o catequista
explica que:
mandamentos são o “código da estrada” que indica o caminho certo para viver a vida.
Neste encontro, Jesus recorda os mandamentos referidos ao próximo («não matar»,
«não roubar»…) para ajudar a perceber que se ama a Deus como se ama o próximo;
o “milionário” tem tudo, mas falta-lhe a coisa mais importante: colocar Deus no pri-
meiro lugar na sua vida e não depois das suas riquezas (vende tudo);
o jovem rico fica triste (conferir versículo “semblante anuviado e retirou-se pesa-
roso”) com a proposta de Jesus, porque esta é exigente, mas liberta o coração das
cadeias que nos tornam escravos. Quem prefere os próprios ídolos em vez de Deus
acredita que neles está a felicidade, mas vai bem enganado.
114
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista divide os participantes em dois grupos. Cada grupo ficará responsável por
fazer uma pequena peça teatral sobre o jovem rico. Ambos os grupos terão de continuar a
história deste jovem: o primeiro contará o que se terá passado após a recusa de abandonar
os seus pertences/as suas riquezas; o outro grupo fará o contrário, isto é, mostrará qual
seria o destino do jovem, caso aceitasse o convite de Jesus e renunciasse aos seus bens
para O seguir. Os grupos reúnem-se de forma a preparar a sua apresentação.
Orientações para os grupos:
Grupo 1
yyPersonagens: narrador, jovem rico, alguns amigos;
yyCenário: em casa do jovem rico;
yyAção (informação a fornecer somente no caso do grupo se encontrar com
dificuldade em continuar a história): o jovem rico explica aos amigos com quem
esteve e o que era preciso para entrar no Reino de Deus. Os amigos acham que o
jovem fez muito bem e que o que ele precisava era usufruir dos seus bens e deixar
de se preocupar com a amizade com Jesus..
Grupo 2
yyPersonagens: narrador, Jesus, jovem rico, alguns jovens que tinham acabado de
renunciar aos seus bens;
yyCenário: num lugar ermo onde Jesus se encontra em oração;
yyAção (informação a fornecer somente no caso do grupo se encontrar com
dificuldade em continuar a história): depois de renunciar aos seus bens, o jovem
procura Jesus para Lhe contar que agora pode entrar no Reino de Deus. Pelo
caminho, encontra outos dois jovens que fizeram o mesmo; vão, a seguir, dar
coragem a um colega que sofre de bullying.
Etapa 4
Duração: 10 min.
Os grupos apresentam a sua peça.
Etapa 5
Duração: 2 min.
Como síntese, o catequista diz que Jesus está convencido que tem diante de si alguém com
sonhos grandes e que quer viver a sua vida com alta qualidade. Alguém com tudo para ser
seu discípulo. Quando lhe propõe refazer a ordem das suas preferências… ouve um “não”
feito de silêncio amargo. O jovem teria de tirar o dinheiro do primeiro lugar, teria de libertar
o coração para não ser escravo do dinheiro. As “coisas” (os vários “ídolos”) podem arruinar
a vida. No início, são muito atraentes, mas depois deixam a vida triste e sem valor. Quem
coloca Deus em primeiro lugar, reconhece que tudo é um dom que d’Ele vem e que deve ser
usado sem egoísmo e para o bem de todos.
115
Expressão de fé
Atividade: Larga o que trouxeste
Duração: 20 min.
Preparação:
O catequista prepara bem a recitação do conto, sem precisar de olhar para o papel quando
o apresentar. Coloca a música de fundo e, em lugar de destaque, a imagem de Jesus com
velas acesas ao lado. Esta decoração deve ser bem cuidada.
Etapa 1
Duração: 4 min.
O catequista convida os participantes para o espaço de oração. Se o grupo ainda não tem
boas rotinas de oração, sem ser pesado, ajuda-os a cultivá-las:
Fazer silêncio;
Sentar-se confortavelmente;
Deixar tudo o que nos possa distrair (cadernos, telemóveis…);
Respirar e inspirar com calma.
Estando o grupo serenado, o catequista narra o seguinte conto:
Em tempos antigos havia um monge que vivia sozinho, numa cabana
junto de um rio.
Estava ele a rezar junto ao rio, quando veio ter com ele um mendigo
esfarrapado que lhe disse:
– Uma esmola para este pobrezinho!
– Já dei tudo o que tinha, disse o monge. Só me resta o meu prato.
Mas o monge lembrou-se que tinha encontrado uma pedra preciosa
entre os seixos do rio e que a tinha escondido na areia, para o caso de
algum dia precisar dela.
Disse ao mendigo onde estava a joia. O mendigo foi logo a correr para
onde o monge lhe tinha indicado. Desenterrou-a. Era linda! Grande.
Devia conseguir uma fortuna por ela. Mas depois sentou-se no chão, a
pensar, com ela na mão. Ficou sozinho na margem até que o sol se pôs.
Então levantou-se e bateu à porta da cabana do monge. E disse-lhe:
– Monge, não quero a tua pedra preciosa. O que eu quero é um pedaço
dessa riqueza que despreza todas as riquezas do mundo.
E atirou a pedra preciosa para a água.
Etapa 2
Duração: 2 min.
O catequista, sem perder muito tempo, convida os catequizandos a indicarem a mensagem
deste conto. Se necessário, resume-o da seguinte maneira: “O importante é saber o que se
escolhe como precioso na vida. O mendigo ficou surpreendido ao ver como o monge era
indiferente à riqueza; provavelmente porque tinha algo de melhor e mais precioso ainda.
O que é que o monge teria de tão precioso assim?”
Nota: as respostas que os catequizandos vão dar podem ser muito variadas. O catequista
presta atenção a todas. Não tem de insistir que a fé do monge em Deus é a “resposta certa”.
116
Etapa 3
Duração: 4 min.
De seguida, o catequista distribui pelos catequizandos marcadores laváveis, convidando os
participantes a pensarem e escreverem nas mãos tudo aquilo a que estão agarrados.
Se houver dúvidas, ele explica o significado deste gesto: “O que estais a escrever nas mãos
são os vossos ídolos, aquilo que vos domina o coração. O mendigo soube largar a pedra
preciosa e procurar algo melhor; nós, muitas vezes, mantemos as mãos agarradas a coisas
que não conseguem dar felicidade ao nosso coração”.
Em silêncio, compenetrados, cada um escreve nas suas mãos os ídolos que os prendem.
Nota: Este não é o tempo para debater que coisas são essas; este é um tempo de exprimir
e recuperar as descobertas feitas ao longo da catequese.
Etapa 4
Duração: 1 min.
No final, o catequista convida a virar as mãos para cima, para o céu. Cada um, no silêncio
do seu coração deve dizer a Deus que prefere ter fé no único Deus verdadeiro do que nos
ídolos.
Etapa 5
Duração: 4 min.
O catequista pede aos participantes que abram o livro do catequizando na página 44 para,
em conjunto, lerem a oração “Só conTigo”.
Só conTigo
Tenho medo de estar sozinha;
tremo com a ideia de ser abandonada.
E por isso, encho-me de coisas,
afogo-me em palavras
e abro a porta do coração
a novos inquilinos todos os dias.
Mas sei que ao fazer tudo isto
te dou com os pés, Senhor.
E acabo por ficar ainda mais sozinha.
Então, experimento deixar-Te entrar.
Dou-me conta que Tu
nunca chegas sozinho.
Tu trazes conTigo os amigos,
as pequenas alegrias,
as pessoas que me querem bem.
Agora sinto-me em boa companhia
e já não tenho medo de ficar sozinha.
No final o catequista explica que, quando temos as mãos agarradas aos nossos ídolos,
não vemos mais nada: nem Deus nem os amigos. Para quebrar essa “cegueira”, convida os
catequizandos a darem as mãos e a rezarem juntos o Pai-nosso. Pede também que cada
um sinta que a amizade com Deus e com os outros é muito mais importante do que tudo
o que suja as nossas mãos.
117
Etapa 6
Duração: 5 min.
O catequista convida os participantes a abrirem o livro do catequizando, na página 45,
para acompanharem o canto “Larga o que trouxeste”:
Canto “Larga o que trouxeste”
[Carla Lima; Hino do X Viana Jovem (janeiro 2010) – diocese de Viana do Castelo]
Tudo me prende,
Tudo me agarra,
Tudo me chama para o mundo.
Tenho um pingente,
Uma samarra,
Cartão de crédito e tudo.
Eu quero ter [tantas coisas], eu quero ir,
Eu quero ver [o mundo todo], eu quero vestir,
Eu quero ser [muito famoso], eu quero mostrar,
- E tu? E tu?
- E eu? Quero saber.
Diz, ó Mestre, o que faço agora?
O que guardo, o que deito fora?
Cumpro a Lei e tudo o que disseste.
- Então, larga o que trouxeste.
- Então, larga o que trouxeste. (2x)
Nada me enche,
Nada me basta,
Nada me satisfaz a sério.
Tenho uma agenda,
Dentro de uma pasta,
Um cheque-brinde, outro mistério.
Eu quero ter [a Vida Eterna], eu quero ir,
Eu quero ver [essa Herança], eu quero vestir,
Eu quero ser [nova Esperança], eu quero mostrar-Te,
- E tu? E tu?
- E eu? Quero saber.
Um dia vou estar preparado,
Quem sabe cantar ao Teu lado,
Outro refrão.
Quando eu compreender a certeza
De que a principal riqueza
Está no meu coração.
Diz, ó Mestre, o que faço agora?
O que guardo, o que deito fora?
Cumpro a Lei e tudo o que disseste.
- Então, larga o que trouxeste.
- Então, larga o que trouxeste. (2x)
118
Pai, patrão
ou papá?
119
C 12 Para o Catequista
Apresentação
Acreditamos em Deus. Mas, que quer dizer a palavra “deus”? Nesta catequese vamos experimentar,
guiados por Jesus, como Deus é um Pai cheio de ternura por todos nós.
Objetivos
Purificar a imagem que se tem de Deus a partir da mensagem de Jesus.
Aumentar o grau de confiança em Deus.
Conteúdos
Conceitos:
yy Deus como pai de ternura
yy Significado da oração do Pai-nosso
Procedimentos:
yy Fazer uma lista dos possíveis nomes que se dá e pode dar a Deus
Atitudes:
yy Reconhecer a Deus como Pai cheio de ternura
yy Aumentar o grau de confiança em Deus
Material
Cartaz nº 11 (disponível na pasta de apoio)
Tiras “Anexo 1 – Situações para dramatizar” (disponível no site de apoio ligações.net)
Um balão (cada participante)
Um marcador (cada participante)
Música ambiente “fundo05” (disponível na pen multimédia)
Cartaz nº 12 (disponível na pasta de apoio)
Tiras com um comentário ao pai nosso (disponível na pasta de apoio)
Bostik (ou fita-cola)
Carpete
Bíblia
Cartaz nº 10 (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Pai nosso” (disponível na pen multimédia)
Computador, projetor multimédia, colunas
Canto “Pai nosso” (disponível na pen multimédia)
120
Esquema
Atividade: Isto faz-me lembrar 10’ *
Experiência humana
Atividade: Na sua pele 10’ **
Do Catecismo
219. O amor de Deus para com Israel é comparado ao amor dum pai para com o seu filho.
Este amor é mais forte que o de uma mãe para com os seus filhos. Deus ama o seu povo,
mais que um esposo a sua bem-amada; este amor vencerá mesmo as piores infidelidades e
chegará ao mais precioso de todos os dons: «Deus amou de tal maneira o mundo, que lhe
entregou o seu Filho Único» (Jo 3, 16).
Síntese de conteúdos
“Pai” tornou-se o nome que os cristãos usam para falar de Deus. Este hábito vem do próprio
Jesus. Porque é olhando para Jesus que nós podemos conhecer realmente quem é esse
Deus a quem Jesus chamava “abba” (papá).
121
refere apenas ao facto de Deus ser criador e senhor do homem e do universo. Deus é “pai”
porque gerou o seu filho unigénito, Jesus Cristo.
Este nome reflete a consciência que Jesus tem da sua íntima relação filial, única e singular,
com Deus. Jesus não Se dirigia a Deus como pai de todos os homens; Jesus fala antes do
Deus “meu pai” (abba), expressão de familiaridade, intimidade, filiação própria e exclusiva.
Esta relação única está expressa em vários textos: “Ninguém conhece o Filho senão o Pai
e ninguém conhece o Pai senão o Filho”; “Quem Me vê, vê o Pai”; “Eu e o Pai somos um”.
Nosso Pai
Nós também podemos chamar a Deus por “pai” na medida em que participamos na relação
única de Jesus com o Pai. E isto acontece por dom do Espírito Santo: “E porque sois filhos,
Deus enviou aos nossos corações o Espírito que clama ‘Abba, pai’” (Gal 4, 6).
Estando unidos a Jesus, atrevemo-nos a tratar a Deus por “pai-nosso”. Não é possível cha-
mar a Deus “pai” se não reconhecermos os outros como irmãos. Não é possível amar a Deus
como Pai se, de verdade, não amamos os homens a quem Deus quer tornar seus filhos.
Amar a Deus como Pai é amar aos homens como irmãos.
Para cresceres
Queres rezar com Lucas 10, 21? “Nesse mesmo instante, Jesus estremeceu de alegria
sob a ação do Espírito Santo e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque
escondeste estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim,
Pai, porque assim foi do teu agrado.”
122
Entra em sintonia com essa alegria de Jesus pelas preferências de seu Pai. Deves fazê-lo
ao longo de todo o dia. Propõe-te, logo desde a manhã, a estar mais atento às pessoas que
fores encontrando: os colegas de trabalho, as pessoas com que te cruzas na rua ou nos
transportes…
Pede a Jesus que te contagie, que passe para ti algo da sua maneira de olhar. Que Ele te
faça descobrir nos rostos dessas pessoas, essas mesmas que Deus prefere.
À noite, dedica uns momentos a percorrer os encontros que tiveste, os traços de simplici-
dade e de pobreza que foste encontrando nas pessoas. Recorda também toda a multidão
das pessoas pobres e humildes do terceiro mundo ou da tua terra. Repete, interiormente,
com Jesus: “Bendito sejas, Pai…”
C 12 Desenvolvimento
Continuamos com o tema de Deus. Na catequese anterior insistimos na sua unicidade, criticando os
falsos deuses. Hoje vamos, mais pela positiva, descobrir qual é a imagem de Deus. Vamos descobrir,
a partir de Jesus, que Ele é Pai cheio de ternura.
Esta mudança de tom justifica uma mudança das atividades escolhidas. Não esquecer que os rapa-
zes terão, provavelmente, mais dificuldades em usar para com Deus uma linguagem de afetos
(ternura, pai, amor…) do que as raparigas. O balanço das atividades tem que prever algumas mais
práticas onde a expressão possa acontecer sem usar as palavras.
Experiência Humana
Atividade: Isto faz-me lembrar
Duração: 10 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista afixa o cartaz nº 11. Ele mostra três frases
inacabadas e o catequista pede aos participantes que o
ajudem a completá-las. As frases são as seguintes:
123
Etapa 2
Duração: 2 min.
Depois, lança as seguintes questões para debate:
As três palavras destacadas no cartaz têm significado igual ou semelhante?
Há algum aspeto que as diferencie? Quais?
O catequista apenas escuta e regista as opiniões dos participantes.
Etapa 3
Duração: 2 min.
O catequista convida os participantes a abrirem o livro do catequizando, na página 49,
e a descobrirem a frase escondida:
O ÁPPA É UM IAP QUE EMT SO ARBÇSO ROTESF APRA GROGEPETR SO HLIFSO SAM OAN ES CEE-
SUEQ SAD SOAM ARAP RAACARIIC
Etapa 4
Duração: 3 min.
O catequista pede um voluntário para apresentar a solução do jogo: “O papá é um pai
que tem os braços fortes para proteger os filhos, mas não se esquece das mãos para
acariciar”.
Como conclusão o catequista diz: “Há pais ternos, presentes; mas também os há ausentes
e violentos. Mas a culpa nem sempre é dos pais. Alguns filhos fazem tudo para complicar o
papel dos pais. São rápidos a exigir dinheiro para meter saldo no telemóvel. Refilam quando
está na hora de obedecer e colaborar. Os filhos, quando são ainda novos, amam os pais. Ao
crescer, são muito exigentes com os pais. E nem sempre são justos.”
Preparação
O catequista prepara as tiras de papel com as situações a dramatizar em número suficiente
para todos os pares. Pode usar o ficheiro disponível no site de apoio: Anexo 1 – Situações
para dramatizar.
Etapa 1
Duração: 2 min.
O catequista pede aos catequizandos que se reúnam em pares. Depois, entrega a cada par
uma tira de papel que contém uma das situações abaixo representadas. Um dos elementos
de cada par representará o papel de pai e o outro o papel de filho/a. Os dois devem prepa-
rar a dramatização da situação que lhes foi entregue.
124
Etapa 2
Duração: 5 min.
De seguida, o catequista convida cada par a dramatizar a situação.
Etapa 3
Duração: 3 min.
O catequista pede aos catequizandos que partilhem o que sentiram durante a sua repre-
sentação. O catequista deverá estar sobretudo atento às reflexões relacionadas com os
que estiveram no papel de pai. Para ajudar neste momento de reflexão e partilha, poderá
colocar as seguintes questões:
No geral, como te sentiste durante a dramatização da tua situação?
Já alguma vez tinhas estado na pele do teu pai? O que sentiste?
Como reagem os pais em situações como esta? Como achas que se sentem?
Na tua opinião, o que é necessário fazer para que não haja conflitos entre pais e
filhos?
Anúncio da Palavra
Atividade: Cuidando dele
Duração: 10 min.
Etapa 1
Duração: 2 min
O catequista entrega um balão e um marcador a cada participante. Os catequizandos
começam por encher o balão e depois desenham o rosto do seu pai, de um lado, e escrevem
duas qualidades do pai, do outro.
Etapa 2
Duração: 3 min.
Depois dos balões preenchidos, o catequista explica que colocará música ambiente e que,
enquanto a ouvirem, devem atirar constantemente o seu balão para o ar sem nunca o
deixar cair. Para dificultar a tarefa, o catequista “obriga” a bater palmas quando o balão
está no ar.
Ao fim de algum tempo, o catequista começa a “sabotar” a tarefa: soprando os balões,
picando-os, etc.
Etapa 3
Duração: 5 min.
Terminado o jogo, o catequista coloca algumas perguntas que ajudem os catequizandos a
refletir sobre esta atividade e lhes permita estabelecer uma relação entre a mesma e as
atividades anteriores (“Isto faz-me lembrar” e “Na sua pele”):
Que dificuldades sentiste durante esta atividade?
O que aprendeste com ela?
Consegues relacioná-la com o papel do teu pai?
125
O que representa o teu pai para ti: patrão, pai ou papá? Porquê?
Na tua opinião, como se comporta Deus perante ti? Patrão, pai ou papá?
Será que Ele se preocupa contigo? Como o demonstra?
Etapa 1
Duração: 2 min.
O catequista pede aos participantes que abram as suas bíblias em Mateus, capítulo 6. Para
a leitura de Mt 6, 8-14, o catequista escolhe um voluntário.
Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que neces-
sitais antes de vós lho pedirdes.»
«Rezai, pois, assim:
‘Pai nosso, que estás no Céu,
santificado seja o teu nome,
venha o teu Reino;
faça-se a tua vontade,
como no Céu, assim também na terra.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia;
perdoa as nossas ofensas,
como nós perdoámos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixes cair em tentação,
mas livra-nos do Mal.’
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso
Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens
as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.»
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista pede aos participantes que identifiquem a(s) mensagem(ns) que a passagem
propõe. De seguida, e como forma de interpretar melhor a passagem escutada, o cate-
quista explica que:
A ideia de Deus como Papá (Pai Celeste) não é nova, mas Jesus é o único que pode
falar dela com segurança porque é filho de Deus. Jesus fala com Ele com uma ter-
nura infinita, com a palavra “papá”, como faria uma criança que abraça o seu pai.
Juntamente com Ele, todos nós, seus irmãos e irmãs, podemos invocá-lo e “senti-lo”
afetuoso como uma “mamã”;
Rezar não quer dizer fazer uma lista de presentes a pedir ao pai natal. É estar perto
de Deus, reconhecer que foi Ele que nos criou, que é Ele que nos ama e protege
- o vosso Pai sabe;
Quando rezamos a Deus, Pai nosso, fazemo-lo sempre “na companhia” do seu filho
Jesus e de todos os irmãos e irmãs que há no mundo;
O pão de cada dia - “Dá-nos hoje o pão necessário”: Jesus usa 38 vezes a palavra
“pão”: é um dom que pedimos ao Pai; mas é também algo que partilhamos como sinal
de fraternidade e amizade. O pão representa o alimento completo do corpo e do espí-
126
rito que só Deus oferece. Na Última Ceia, Jesus torna-Se o “pão verdadeiro”, oferecido
para a salvação de todos.
Etapa 3
Duração: 8 min.
O catequista diz que é muito importante não só saber a oração que Jesus nos ensinou,
como também compreendê-la. Para ajudar os participantes com a compreensão do Pai
Nosso, afixa o cartaz nº 12, onde consta o texto dividido em várias frases.
O catequista coloca, aleatoriamente, em cima de uma mesa, tiras com o significado das dife-
rentes partes do Pai Nosso e pede dois voluntários para, à vez, escolherem tiras. À medida
que forem escolhendo tiras, os voluntários deverão lê-las e, com a ajuda dos restantes
participantes, afixá-las no lugar adequado, no cartaz nº 12.
Santificado seja o Vosso Nome, Santificar o nome de Deus é colocá-Lo acima de tudo.
Seja feita a Vossa vontade, assim na Pedimos que aconteça na Terra e no nosso coração,
Terra como no Céu. o que já acontece no Céu.
127
Perdoai-nos a nossas ofensas, assim
O perdão misericordioso que damos aos outros é insepa-
como nós perdoamos a quem nos tem
rável daquele que nós próprios procuramos.
ofendido.
Etapa 4
Duração: 2 min.
O catequista conclui, dizendo “Quando percebemos bem o que está dito na oração do
“Pai-nosso” fica mais claro o tipo de relação que Deus quer estabelecer connosco: há uma
correspondência entre as nossas necessidades e a vontade que Deus tem de nos salvar.
Deus é um pai loucamente apaixonado pelos seus filhos, por isso trata-os com um amor
doce e forte. Um Deus assim merece o nosso aplauso.”
Expressão de fé
Atividade: Querido Pai
Duração: 15 min.
Preparação:
Para este momento de oração, o catequista prepara um espaço amplo, limpo e desimpe-
dido. No chão deve colocar uma carpete. No centro da sala, coloca uma bíblia e uma ima-
gem com o rosto de Jesus (cartaz nº 10).
Etapa 1
Duração: 4 min.
O catequista pede que, com o livro do catequizando à mão, os participantes se sentem no
chão, em semicírculo e diante da bíblia e da imagem do rosto de Jesus. Coloca aos partici-
pantes as seguintes questões:
Gostas da ideia de Deus papá? Porquê?
Costumas conversar com Ele? Com que frequência?
Por que motivo é tão importante fazê-lo?
Como podemos conhecê-Lo melhor?
128
Etapa 2
Duração: 4 min.
A partir das respostas dadas na etapa anterior, o catequista apresenta os cinco passos
a seguir para conseguirmos relacionar-nos com o Pai com a mesma intensidade, com o
mesmo entusiasmo e com a mesma confiança com que Jesus o fazia:
1. Dedicar algum tempo para ler a Bíblia: Deus é Pai. Nós confiamos n’Ele, gostamos
d’Ele. Por que é que há de ser um problema dedicar-lhe tempo para melhorar a
nossa relação com Ele?;
2. Usar o coração para rezar: Não nos limitemos a dizer palavras com a boca. Pense-
mos que Ele nos escuta realmente;
3. Contar tudo a Deus: Um dos problemas que temos com os pais, com os professo-
res, com os amigos é a dificuldade que temos em lhes contar tudo. Não tenhamos
medo de dizer tudo a Deus. Peçamos-Lhe uma mão para melhorar a situação;
4. Falar-lhe dos outros e não só de nós: O Deus de Jesus é “nosso” e fica feliz
quando Lhe dizemos que queremos o bem de quem nos irrita;
5. Escolher Jesus como nosso modelo: Ele revelou-nos o rosto de Deus. Se vivemos
na sua amizade, vai ser-nos mais fácil amar a Deus como nosso pai.
Etapa 3
Duração: 2 min.
O catequista convida os catequizandos a abrirem o livro do catequizando, na página 49,
para rezarem a oração “Querido Pai”.
Querido Pai
Querido pai
Tantas vezes repito “pai nosso”
com a cabeça a milhares de quilómetros
das palavras que digo.
Chamo-te “papá” mas porto-me
como um filho caprichoso
que não quer saber de Ti
e não Te obedece.
Digo “nosso” e esqueço-me
que os meus colegas
são também irmãos e irmãs.
Experimento mudar:
“Caro papá que estás no céu…”
É fixe! Soa estranho
mas sinto-te mais próximo,
mais afetuoso,
como se me abraçasses.
Eu Te peço: não ligues
quando me armo em idiota
ou me esqueço
de te perguntar como estás
e se gostas de mim.
129
Etapa 4
Duração: 5 min.
Para finalizar o encontro, o catequista projeta o vídeo “Pai nosso” e explica que escutarão
a oração do pai-nosso por partes, sendo alternado por um leitor. Quando aparece a palavra
“Todos” os participantes poderão também ler / acompanhar.
Guião do vídeo “Pai nosso”
Todos: Pai…
Leitor: Que olhas para todos os teus filhos por igual.
Todos: nosso…
Leitor: De todos. Dos seis mil milhões que moramos nesta terra.
Todos: que estais nos céus…
Leitor: E na terra e em cada ser humano.
Todos: Santificado seja o vosso nome…
Leitor: Nos corações de todos.
Todos: Venha a nós o vosso reino.
Leitor: Reino de amor, de fraternidade, de verdade, de justiça e de liberdade.
Todos: Seja feita a vossa vontade…
Leitor: Sempre. Em tudo e em todos.
Todos: Assim na terra como no céu.
Leitor: Em todo o lado. Na escola e na família. Na catequese e no tempo livre.
Todos: O pão-nosso de cada dia nos dai hoje
Leitor: Pão amassado com esforços de solidariedade e justiça.
Todos: Perdoai-nos as nossas ofensas
Leitor: Como só Tu o sabes fazer. Ou seja, completamente, para sempre!
Todos: Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido
Leitor: Aprendendo conTigo, conseguimos perdoar.
Todos: E não nos deixeis cair em tentação
Leitor: De nos esquecermos dos nossos irmãos necessitados, sem fé nem amor.
Todos: Mas livrai-nos do mal.
Leitor: Dos egoísmos, da injustiça e do medo.
Em alternativa ao vídeo pode concluir-se a oração com o cântico do Pai-Nosso que se
encontra no livro do catequizando, na página 49.
130
Assinou
o mundo
131
C 13 Para o Catequista
Apresentação
O chão que pisamos, o ar que respiramos, a vida que vivemos... tudo vem do amor bondoso e criador
de Deus
Objetivos
Reconhecer a Deus como criador.
Cultivar uma atitude de respeito e reverência pela criação de Deus.
Conteúdos
Conceitos:
yy Conhecer a Deus como criador
yy Articular o conceito de criação, segundo a fé, com os dados da ciência
Procedimentos:
yy Identificar as semelhanças e diferenças entre o como se trata os outros e o como
se trata a natureza
Atitudes:
yy Cultivar uma atitude de respeito e reverência pela criação de Deus
yy Cultivar uma visão positiva e confiante de si, porque criado por Deus
Material
Folhas A5 (uma por par)
Lápis (um por par)
Cópias da imagem “Desenho às cegas” (disponível no site de apoio ligações.net)
3 exemplares dos cartões “O que é importante?” (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Top 5” (disponível na pen multimédia)
Música de fundo “fundo05” (disponível na pen multimédia)
Canção “Louvado sejas, ó meu Senhor” (disponível na pen multimédia)
Esquema
Experiência humana Atividade: Desenho às cegas 10’ **
132
Do Catecismo
282. A catequese sobre a criação reveste-se duma importância capital. Diz respeito aos
próprios fundamentos da vida humana e cristã, porque torna explícita a resposta da fé
cristã à questão elementar que os homens de todos os tempos têm vindo a pôr-se: «De
onde vimos?», «Para onde vamos?», «Qual a nossa origem?», «Qual o nosso fim?», «Donde
vem e para onde vai tudo quanto existe?». As duas questões, da origem e do fim, são
inseparáveis. E são decisivas para o sentido e para a orientação da nossa vida e do nosso
proceder.
Síntese de conteúdos
O tema de Deus como criador lembra-nos o conflito entre a fé e a ciência. Falar de Deus
criador seria desistir dos dados das ciências. Mas o tema da Criação é muito mais interes-
sante!
Conflito fé-ciência?
Quando a revelação fala de Deus criador, não estamos perante um texto científico. Esta-
mos perante uma verdade de fé. A teoria da evolução das espécies ou o big-bang são
construções científicas que tentam dar resposta à questão do “como” chegámos até aqui,
como surgiu o universo, como evoluiu a espécie humana. A Bíblia e a nossa tradição de fé
não tentam responder a essa pergunta. Têm outra preocupação: porquê? De onde vimos?
Para onde vamos?
A ciência não pode (nem quer) explicar o porquê da realidade, do universo existente. A reli-
gião não pode (nem deve tentar) explicar o como, os mecanismos, os processos pelos quais
o universo é como é.
Criar
Na Bíblia, a palavra “criar” tem um sentido muito especial. Diz-se “barah”. É um verbo que
só tem Deus por sujeito. A Bíblia tem uma convicção profunda: Deus é o autor de tudo
quanto existe. E isto tem várias implicações. A primeira é que nada do que existe neste
mundo (os astros, os animais, as pessoas) é “deus”; tudo e todos “vêm” de Deus. O mundo
fica “desdivinizado”. E, portanto, ninguém, a não ser Deus, é merecedor da nossa adoração.
A segunda implicação é que se torna necessária uma nova relação com a natureza. Uma
relação violenta face à natureza vai contra a ideia de um Deus Criador. Este universo criado
e amado por Deus como coisa boa pede, da nossa parte, uma atitude de cuidado e respeito.
A terceira implicação é que Deus cria o mundo para todos. Deus criou o mundo para a vida
em abundância de todos. E não apenas de alguns. Por isso, qualquer forma de exploração
abusiva, individual ou coletiva, é contrária às intenções de Deus Criador.
A quarta implicação é que a criação não é “neutra”: Deus declarou tudo como “bom”. E isto
permite uma atitude de otimismo face à realidade. Mas também de empenho transforma-
dor para que aquilo que ainda não está de acordo com o “juízo” de Deus, se aproxime da
Criação que Deus sonha.
Criador providente
A criação não é um estalar de dedos que dá início ao universo. O verbo criar não se resume
ao passado. A ação criadora de Deus consiste em dar ser a tudo o que existe. É início e é
providência: força amorosa que faz continuar a ser.
133
A providência é muito mais que um contrato de manutenção em que Deus Se compro
mete a assegurar o correto funcionamento dos equipamentos (neste caso, todo o
universo). A providência de Deus é a garantia de um amor fiel. Deus preocupa-Se verdadei-
ramente com todas e cada uma das suas criaturas. Afirmar que Deus é criador providente
é ir ao fundo da profissão de fé: é descobrir que Deus cria por amor. A criação não é só a
ignição, o dar início… como se, depois desse gesto inicial, Deus Se esquecesse do universo
e o deixasse em piloto automático, desinteressadamente. Deus não Se desinteressa!
A providência de Deus é também libertadora porque Deus quer o crescimento do ser: Deus
quer fazer viver.
Jesus “ecologista”
O texto bíblico que está no centro desta catequese é Mateus 6, 25-34. Jesus leva muito
a sério a ideia de Deus como criador providente. E isso leva-O a viver e a propor uma pro-
funda confiança em Deus e admiração pela obra de Deus.
Confiar em Deus a sério, pôr n’Ele toda a nossa confiança parece exagerado, insensato.
A experiência de confiar, em Deus ou em outra pessoa, passa por reduzirmos o grau de con-
trolo que exercemos sobre a nossa vida. E um dos aspetos da vida em que nos custa mais
ceder o controlo é… a bolsa, o dinheiro. Somos uma sociedade “obcecada” com a segurança.
E até nós, os crentes, damos pouco espaço para que Deus exerça a providência. Não nos
cabe na cabeça que Deus se possa preocupar connosco, com o nosso comer, com o nosso
vestir. Mas Jesus insiste que é incompatível um culto verdadeiro e a preocupação com o
dinheiro.
A Criação e os pré-adolescentes
Em relação à geração dos pais e avós, esta geração tem uma sensibilidade ecológica,
um respeito pela natureza, muito maior. Por isso alguns dos passos que esta quarta emis-
são propõe não serão difíceis de dar. Um problema que pode surgir é o facto de caírem no
extremo oposto, de “regredirem” a uma nova “religião” naturalista, em que a preservação
da natureza tem mais importância que a dignidade humana.
Para a Igreja Católica está claro que não há qualquer conflito entre revelação e ciência.
Os dados da ciência sobre a origem do universo ou sobre a evolução dos animais não colide
em nada com o que diz a Bíblia e a tradição da Igreja. Mas é possível que alguns catequi-
zandos, sob influência de pais e/ou professores menos informados, persistam em salientar
esse conflito.
Para cresceres
Procura um tempo de qualidade, de calma e silêncio.
Faz uma lista com as tuas três melhores experiências. Dá graças a Deus pela sua bondade
e presença nesses momentos e experiências.
Faz, a seguir, uma lista com as tuas três experiências mais dolorosas. Onde estava Deus?
Podes julgar que Ele estava longe, desinteressado do que se passava contigo. Mas era isso
mesmo que estava a acontecer?
134
C 13 Desenvolvimento
Nesta catequese vamos aprender com Jesus a louvar a Deus que para nós fez este mundo grande
e belo.
Experiência Humana
Atividade: Desenho às cegas
Duração: 10 min.
Preparação
O catequista deve preparar cópias da imagem “Desenho às cegas” (disponível no site de
apoio) em número igual à metade dos participantes.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista distribui os participantes em pares. Pede que os elementos de cada par se
sentem de costas um para o outro. Cada par terá de decidir quem desenha (elemento A)
e quem dá as indicações do que deve desenhar (elemento B). Depois, o catequista entrega
ao elemento A de cada par uma folha A5 em branco e um lápis e ao elemento B uma cópia
da imagem “Desenho às cegas”. O elemento B não pode mostrar a imagem ao elemento A
nem podem olhar um para o outro. O melhor que pode, o elemento B dá ao elemento A as
instruções e as descrições para o A fazer um desenho parecido.
Etapa 2
Duração: 2 min.
Depois de todos os elementos A terem terminado, o catequista pede que comparem o que
criaram com a imagem original, primeiro com o seu par e depois em grande grupo.
135
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista abre o diálogo colocando estas perguntas:
Os desenhos estão semelhantes à imagem original?
Que dificuldades sentiste durante a realização do desenho? As indicações foram
claras?
Que pormenor se destaca, pela negativa, neste desenho? Porquê?
Depois de escutadas as intervenções, o catequista explica o sentido da atividade: “Nesta
catequese, vamos perceber melhor o que é isso da Criação. Deus tem um sonho para este
mundo; é como o desenho que os elementos B tinham. Deus cria um mundo cheio de beleza
e amor. E cada um de nós deve fazer o possível por desenhar no papel deste mundo o plano
de Deus. Mas, às vezes, o desenho que fazemos está muito mau: vamos sujando as belezas
da criação enchendo os prados com lixo, envenenando os rios, poluindo a atmosfera. E pior
ainda: vamos transferindo o não-amor também para cima das pessoas. Estamos poluídos nos
pensamentos, descarregamos os nossos problemas em cima dos outros, fechamo-nos na
nossa teimosia.”
Anúncio da Palavra
Atividade: Confiança na Providência
Duração: 30 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista divide os participantes em 3 grupos e entrega o conjunto dos 6 cartões
“O que é importante?” a cada grupo. Explica que cada cartão respresenta algumas coisas e
experiências importantes para sermos felizes. Cada grupo deve ordenar os seus 6 cartões
em ordem descrescente (do mais importante para o menos importante).
136
Etapa 2
Duração: 10 min.
Cada grupo apresenta as suas conclusões, mostrando a ordem escolhida e os motivos para
tal. No final, o catequista coloca as seguintes questões:
Foi fácil para o grupo chegar a um consenso? O que foi mais difícil?
Qual é o objetivo de alguém que te ajuda a fazer os trabalhos de casa, te escuta
quando desabafas? (Amigos)
Por exemplo, para um mendigo qual destes conceitos (imagens) será mais impor-
tante? Porquê? (Comida)
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista refere que muitas das pessoas que ouviam Jesus eram pobres e pergunta:
“Porque achas que eram estas as pessoas que passavam tempo com Ele?” Depois de escu-
tar os participantes, continua dizendo que Jesus Se preocupava com a vida deles. Ele tam-
bém era pobre.
Convida os participantes a abrirem as suas bíblias em Mateus 6, 25-34 e pede 5 voluntários
para lerem a passagem bíblica, dividindo os versículos de acordo com o seguinte esquema:
Leitor 1: «Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida,
com o que haveis de comer ou beber, nem quanto ao vosso
corpo, com o que haveis de vestir. Porventura não é a vida
mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestido?
Leitor 2: Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem reco-
lhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as. Não
valeis vós mais do que elas?
Leitor 3: Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um
só côvado à duração de sua vida?
Leitor 4: Porque vos preocupais com o vestuário? Olhai como cres-
cem os lírios do campo: não trabalham nem fiam! Pois Eu
vos digo: Nem Salomão, em toda a sua magnificência, se ves-
tiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva
do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo,
como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé?
Leitor 5: Não vos preocupeis, dizendo: ‘Que comeremos, que bebere-
mos, ou que vestiremos?’ Os pagãos, esses sim, afadigam-se
com tais coisas; porém, o vosso Pai celeste bem sabe que
tendes necessidade de tudo isso. Procurai primeiro o Reino
de Deus e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acrés-
cimo. Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã,
pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a
cada dia o seu problema.»
137
Etapa 4
Duração: 10 min.
O catequista devolve aos 3 grupos os 6 cartões “O que é importante?” e pede que selecio-
nem as imagens que mais se relacionam com o texto bíblico escutado. Depois dos grupos
chegarem às imagens “comida/bebida e roupa/vestuário”, o catequista pergunta:
No que respeita à comida/bebida, para quem devemos olhar? Resposta: para as Aves
(pedir ao leitor 2 para reler a passagem Mt 6, 26)
E no que respeita à roupa/ ao que vestir, quem devemos imitar? Flores (pedir ao leitor
4 para reler a passagem Mt 6, 28-30)
Para ajudar a perceber como esta palavra de Jesus é um convite ao desprendimento dos
bens materiais, o catequista coloca as seguintes questões:
Que importância damos aos bens materiais?
O que é mais importante para nós: os bens materiais ou o que foi criado pelo Pai?
Confiamos totalmente no Pai e no seu amor? Reconhecemos esse amor do Pai por
nós?
Como conclusão, o catequista conta que há uma história antiga que explica que o sábio
aponta para a Lua com o dedo. Mas a pessoa pouco inteligente só consegue olhar para o
dedo, esquecendo-se de olhar para a Lua, a meta. O mesmo se passa connosco e com a
Criação. Uma paisagem, uma flor, uma pedra bonita, o céu estrelado, a presença de uma
pessoa… deveriam abrir mais o coração para o encontro com Deus, que tudo criou. Mas
normalmente, ficamo-nos naquilo que se vê e esquecemo-nos da sua origem, de Quem
pensou e realizou estas pequenas e grandes maravilhas para encher de fantasia e beleza
os nossos dias. Comportamo-nos como aquela pessoa pouco inteligente que, diante de
um tesouro imenso, se preocupa em agarrar uma moeda… deixando fugir todo o resto do
tesouro.
Expressão de fé
Atividade: Tudo me fala de Ti
Duração: 20 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista projeta o vídeo “TOP 5” que propõe 5 conselhos que levam ao compromisso
pessoal de cuidar e preservar a natureza que Deus deu à humanidade.
Guião do vídeo “Top 5”
Aprende a maravilhar-te, a abrir bem os olhos diante das coisas belas. Observa e escuta o
que está à tua volta. Levanta os olhos para o céu e, de vez em quanto, desliga o mp3. Como
é bela a vida! Como é belo este mundo! Claro que tudo pode ser melhorado… mas pensa
no que já existe… pensa na ação de Deus que criou tanta beleza! Durante uma viagem ou
um passeio, olha para a janela… não te distraias… e pensa: tudo isto que vejo, foi querido,
pensado, criado. Que maravilha!
Dissemos “que maravilha” e não “que bonito”. Não banalizes as coisas pequenas. Só quem
sabe apreciar o que é simples, consegue dar o justo valor ao que é grande. A admiração é
o sinal que dás à vida e à criação a importância certa. O que te rodeia é bonito, mas não
138
banal. Não deves estar sempre a contar com isso. Faz uma lista de todas as coisas novas
que descobres em cada dia. Vais ver que fica difícil chegar ao fim.
Reconhece o autor. Por detrás da beleza de um amanhecer, das montanhas ou do mar,
há Alguém que sabe o que faz. De vez em quando, diz-Lhe obrigado pelos tantos presentes
que recebeste de graça. Quando escreves um poema ou fazes um desenho e o mostras
aos teus amigos, eles vão dizer-te duas coisas: “Que bonito!” (ou “que feio!”) e “Foste tu
que o fizeste?”. É exatamente isto que te deve levar a confiares em Deus. Ele fez coisas
extraordinárias. E oferece-tas em cada dia. Como não Lhe vamos dizer “obrigado” por tudo
o que fez e nos ofereceu?
Vive a poesia da natureza. Mergulha em qualquer paisagem verde. Mesmo se moras na
cidade, encontra um jardim para fazer esta experiência. Um passeio com calma no meio
desta beleza, ajuda-te a entender a vida. A beleza da criação não está só no aspeto; está
também no facto que o universo criado não vem de si mesmo. O universo não é como um
quadro que observamos. É um lugar em que estamos, em que nos podemos sentir em har-
monia. Um passeio no parque, uma caminhada, um percurso de bicicleta… tudo é belo. Mas
só se tu te sentires parte daquilo que estás a visitar.
Ajuda a criação. Não imites quem deixa o lixo pelo chão, quem desperdiça a comida, quem
pisa as flores… Comporta-te como “senhor” e “senhora” da criação. A criação mantém-se
bela se nós cuidarmos dela. Deus “assinou” o mundo; não vamos nós fazer gatafunhos em
cima da assinatura de Deus. Ou seja, e descendo ao concreto: apanha os papéis que dei-
taste ao chão, não sujes, não desprezes as coisas e pessoas que estão ao teu lado.
Etapa 2
Duração: 10 min.
O catequista coloca uma música de fundo e pede aos catequizandos que abram as suas
bíblias em Mateus 6, 25-34 e o livro do catequizando, na página 52, onde se encontram a
oração e o canto. De seguida, dá as seguintes indicações:
1. Reflexão: pensa num par de realidades que te rodeiam e que tenham sentidos
opostos. Podem ser objetos, situações, atitudes: um jardim florido e uma lixeira, por
exemplo. (1 min)
2. Partilha: partilha com todo o grupo o par de opostos que escolheste. Esta partilha
não deve tornar-se um debate. (1,5 min)
3. Leitura silenciosa: relê em silêncio o texto de Mt 6, 25-34 e escolhe a frase que é
mais significativa para ti. (2 min)
4. Partilha: lê a frase que sublinhaste. (1,5 min)
5. Reflexão: pensa sobre a presença de Deus em tudo, em todas as situações da tua
vida, quer nas positivas, quer nas negativas. (2 min)
6. Oração conjunta: o grupo lê, em voz alta, a oração “Tudo me fala de Ti” que se
encontra no livro do catequizando, na página 56. (2 min)
Tudo me fala de Ti
Abri os olhos, Deus
e descobri um mundo novo.
Vejo-Te por detrás da beleza do sol que nasce,
na flor que cresce na minha varanda,
nas aves que dançam no céu.
Experimento ver o sinal da tua presença
até no ar poluído da minha cidade
e percebo que me queres uma pessoa “limpa”.
139
Vejo-Te até no gelo que há entre os meus pais
e sei que contas comigo
para reaquecer o seu coração
com o meu amor.
Penso em Ti ao ver
o rosto triste de um imigrante;
vou acolhê-lo: ele é teu filho, como eu o sou.
Encontro-Te nas lágrimas da minha amiga
que perdeu o pai
e procura um pouco de afeto
para não desesperar.
Digo-Te obrigado por tudo o que deste
e porque me chamas a dar-Te uma mão,
a transferir um pouco do teu paraíso
para esta nossa infeliz Terra.
Etapa 3
Duração: 5 min.
Para concluir o momento de oração e este encontro de catequese, o catequista convida os
participantes a cantarem “Louvado sejas, ó meu Senhor” cuja letra se encontra no livro do
catequizando, na página 53.
Canto “Louvado sejas ó meu Senhor”
(Original: D. Machetta,)
Louvado sejas, ó meu Senhor (4x)
Nós queremos louvar-Te em todo o tempo
pela lua, o sol e as estrelas,
e por todas as Tuas criaturas
que há no mundo e são tão belas.
Pela terra que a todos nos sustenta,
pelos frutos, as ervas e as flores,
pelo dia, com sol ou em tormenta,
nós cantamos os Teus louvores.
Pelos lares que vivem tão unidos
e são fonte fecunda do Teu povo,
pelos jovens que lutam com pujança
para termos um mundo novo.
Por aqueles que sofrem a injustiça
na certeza de que haja liberdade,
pelos homens, lançados na aventura
de semearem a felicidade.
E por todos os homens que há na terra,
por aqueles que nascem cada dia,
por aqueles que morrem na esperança
de viverem Tua alegria.
140
Jesus: uma
garantia
141
C 14 Para o Catequista
Apresentação
A parte mais longa do Credo fala-nos sobre Jesus, sobre a sua vida e identidade. Com esta cate-
quese conhecemos melhor a identidade profunda de Jesus.
Objetivos
Reconhecer em Jesus o Filho de Deus.
Assumir os evangelhos como fonte credível para conhecer Jesus.
Cultivar uma relação profunda e sincera com Jesus.
Conteúdos
Conceitos:
yy Jesus é o Filho de Deus
yy Os evangelhos são documentos de história e catequese para conhecer Jesus
Procedimentos:
yy Elaborar o CC de Jesus de Nazaré, a partir do que se foi aprendendo na catequese
Atitudes:
yy Assumir os evangelhos como fonte credível para conhecer Jesus
yy Cultivar uma relação profunda e sincera com Jesus
Material
Post-it (podem ser de várias cores)
Canetas
Cartaz nº 13 (disponível na pasta de apoio)
Cópias do guião da encenação (ficheiro disponível no site de apoio ligações.net)
Canção “É Jesus” (disponível na pen multimédia)
Vídeo “Quem é Jesus?” (disponível na pen multimédia)
Computador, colunas, projetor multimédia
Esquema
Experiência humana Atividade: Para vós, quem sou Eu? 20’ ***
142
Do Catecismo
430. Em hebraico, Jesus quer dizer «Deus salva». Aquando da Anunciação, o anjo Gabriel
dá-Lhe como nome próprio o nome de Jesus, o qual exprime, ao mesmo tempo, a sua iden-
tidade e a sua missão. Uma vez que «só Deus pode perdoar os pecados» (Mc 2, 7), será
Ele quem, em Jesus, seu Filho eterno feito homem, «salvará o seu povo dos seus pecados»
(Mt 1, 21). Em Jesus, Deus recapitula, assim, toda a sua história de salvação em favor dos
homens.
Síntese de conteúdos
Jesus de Nazaré é para todos os cristãos um modelo de vida. Ele é, além disso, a garantia
que um modo mais belo de vida é possível. A nossa fé católica está assente em Jesus. Tudo
o que sabemos de importante (sobre Deus, sobre nós mesmos, sobre os bons rumos que
podemos dar à vida) foi revelado por Ele.
Os nomes de Jesus
Podemos descobrir muito sobre Jesus a partir do seu nome e dos títulos que Lhe atribuem.
Maria deu o nome de Jesus ao seu filho. Este nome quer dizer “Deus salva”. É através de
Jesus, e só d’Ele, que nós somos salvos, podemos superar todo o mal que nos rodeia e che-
gar à felicidade que Deus deseja para nós.
Cristo é um título formal para Jesus, usado mais de quatrocentas vezes no Novo Testa-
mento. Cristo, ou Messias, quer dizer “ungido”: ser marcado com óleo para uma missão
especial. No Antigo Testamento, os profetas e os reis eram ungidos em nome de Deus.
Muitos judeus acreditavam que Deus iria enviar um novo Ungido (Messias, Cristo) que viria
cumprir as promessas salvadoras de Deus. Pedro foi o primeiro a proclamar Jesus como
Messias: “Tu és o Cristo” (Mc 8, 29); ele anuncia assim que Jesus era o salvador esperado.
Um outro título frequente é o de Filho de Deus. No Antigo Testamento, “filho de Deus” é
usado para os anjos, para o povo de Israel e para os reis. Este título mostra que a pessoa
que o recebe tem uma relação especial com Deus. Mas quando é usado com Jesus, tem
uma força muito maior. Jesus é o único e verdadeiro filho de Deus.
Jesus é também chamado Senhor. Era um título de respeito mas tem também um sen-
tido religioso: “Senhor” era o título usado para designar o nome de Deus. Tratar Jesus por
Senhor é tratá-Lo como Deus. Quando nós hoje dizemos “Senhor Jesus” estamos a reco-
nhecer a sua divindade e a reconhecer que Ele é digno da nossa adoração e seguimento.
143
Jesus faz a pergunta decisiva
Jesus quer saber o que os apóstolos ouviram nas ruas a respeito d’Ele. Faz-lhes uma sonda-
gem de opinião: “Que dizem de Mim as pessoas?” Para os apóstolos esta pergunta de Jesus
é fácil. Falar do que se ouve dizer não os compromete muito. Mas depois vem a pergunta
decisiva: Quem sou Eu para vós? Já há algum tempo que os apóstolos andam com Jesus.
E este é o momento em que Jesus faz uma pergunta clara e pessoal. Jesus quer que eles
se definam.
E Pedro confessa o que o Pai lhe sugere: “Tu és o Messias, o Filho de Deus”. São palavras
que Pedro diz sugeridas por Deus. Para falar de Jesus, só podemos dizer o que o Espírito
nos puser no coração e nos lábios.
Para cresceres
Pensa um pouco: qual o episódio da vida de Jesus que mais te emociona?
Porque o escolheste?
Como é que a tua vida se cruza com esse evento de Jesus?
144
C 14 Desenvolvimento
Esta catequese quer levar a uma visão mais profunda de Jesus. Partindo do conhecimento social e
histórico, das diversas opiniões que circulam por aí sobre Jesus, queremos ir mais longe: aceitá-Lo
como verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
Experiência Humana
Atividade: Para vós, quem sou Eu?
Duração: 20 min.
Etapa 1
Duração: 4 min.
O catequista explica que há cerca de dois mil anos Jesus começou a perguntar às pessoas:
“Para vós, quem sou Eu?”. Esta pergunta continua atual. Hoje vamos responder a esta
pergunta de forma sincera e pessoal.
De seguida, afixa o cartaz nº 13, que mostra a palavra JESUS. Entrega a cada participante
um post-it onde irão responder à pergunta “Quem é Jesus para ti?”. À medida que cada um
for terminando, cola o seu o post-it à volta da palavra JESUS.
Etapa 2
Duração: 4 min.
O catequista ou um voluntário lê as respostas afixadas. No final, o catequista pede que os
participantes façam uma resposta de síntese que englobe todas as opiniões.
Etapa 3
Duração: 7 min.
O catequista diz que sempre houve interesse pela figura de Jesus. Todos os anos há novos
filmes, livros, canções que falam d’Ele. Mas essas imagens que se fazem d’Ele são, às vezes,
muito diferentes do original, apresentado pelos Evangelhos. Para traçar o verdadeiro perfil
de Jesus, o catequista convida os participantes a preencherem, em conjunto, o Cartão de
Identificação de Jesus (página 57 do Livro do Catequizando). Nas observações devem ser
escritas as qualidades de Jesus (podem ser aproveitadas as opiniões das etapas a nteriores).
145
Etapa 4
Duração: 5 min.
Depois do preenchimento, o catequista pergunta:
Foi fácil chegarem a um consenso em relação ao que escrever em “Observações”?
Foi difícil definirem qualidades para atribuir a Jesus? Porquê?
Que importância tem Jesus na nossa vida?
Como vos tem sido apresentado Jesus? (pelo catequista, pais, amigos, artistas/ídolos,
etc…)
Jesus é um homem qualquer, uma personagem especial, um homem que era e é
Deus?
Anúncio da Palavra
Atividade: Tu és o Filho de Deus vivo
Duração: 20 min.
Etapa 1
Duração: 8 min.
O catequista propõe aos participantes encenar um diálogo de Jesus (Mt 16, 13-16). Pede
9 voluntários e distribui as personagens; os restantes catequizandos sem papel farão de
figurantes (divididos entre membros do público e discípulos). Se o grupo tiver menos de
9 elementos, alguns deles ficarão com mais de um papel. Todos os participantes deverão
ter cópia do guião. Cada personagem deverá preparar o seu papel de acordo com as falas
e informações. Mesmo os figurantes deverão preparar a sua participação de acordo com o
cenário e ação de que fazem parte (público ou discípulo).
Os três membros do público estão espalhados pela sala. Em lugar de destaque está o cartaz com
a frase “E vós, quem dizeis que Eu sou?”. Aparece Mateus e dirige-se a todos.
Mateus: Olá, amigos. Sou o Mateus e espero que estejam com vontade de ouvir uma notícia
espetacular!
Público 1: Claro, Mateus! Mas há algo de especial?
Mateus: É que Jesus fez uma pergunta importante quando chegou a Cesareia de Filipe.
(Aponta para o cartaz) Aquela ali.
Público 2: Não é muito difícil de responder. Todos sabemos quem é Jesus.
Mateus: Tens a certeza?
Público 2: Claro. Jesus é o filho de Deus.
Público 3: É o Messias que morreu por nós.
Mateus: Fico contente por saberdes quem Jesus é. É que alguns dos que andávamos com
Ele não tínhamos as ideias muito claras. E a certa altura Jesus teve de nos perguntar.
146
Jesus: Então, vocês estão a dizer-Me que há muita gente que diz que Me conhece?
Discípulo 1: É que já toda a gente Te conhece!
Jesus: E… quem dizem as pessoas que Eu sou?
Discípulo 3: Uns dizem que és João Batista.
Discípulo 2: Outros dizem que és Elias ou um dos profetas.
Jesus (Observa-os com calma. Pergunta devagar): E vós, quem dizeis que Eu sou?
Simão Pedro (decidido): Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.
Etapa 2
Duração: 4 min.
Os participantes apresentam a sua encenação.
Etapa 3
Duração: 8 min.
Para ajudar a perceber melhor este episódio, o catequista explica algumas das expressões
que aparecem no texto:
Cesareia de Filipe: é uma cidade famosa pela sua beleza, construída por Herodes
Filipe (um dos filhos de Herodes, o grande), no Norte da Palestina, junto ao rio Jor-
dão, em honra de César Augusto, no ano 2 ou 3 a.C. Tinha a alcunha “de Filipe” para a
distinguir de uma outra Cesareia, sede do governo romano, que estava junto ao mar.
João Batista: as opiniões das pessoas são para ter em conta. Colocam Jesus entre
os maiores personagens da fé judaica. As pessoas sabem que Jesus tem uma missão
divina para cumprir.
E para vós: os amigos de Jesus não têm dificuldade em repetir o que a “gente” diz.
Mas eles são mais que a multidão. Fazem parte da “task force” do Mestre. Devem
partilhar com Ele uma missão especial. Mas a resposta que dão deve ser pessoal,
profunda.
Filho de Deus vivo: Pedro toma a palavra em nome dos companheiros e dá uma
resposta que é uma autêntica profissão de fé. Ele reconhece em Jesus o enviado de
Deus Pai.
No final, acrescenta que Jesus é verdadeiro Deus, verdadeiro homem e que estas palavras
servem para “fotografar” Jesus. Simples de escrever, mas muito menos de acreditar. Uns
ficam-se na primeira parte. Jesus não passaria de um personagem real que acabou mal.
Há aqueles que, como no início da Igreja, julgam que Ele é só uma “pessoa a fingir”. Asneira:
muita gente que conviveu com Jesus, viu-O sorrir, chorar, comer e caminhar. Um homem
e muito mais do que um homem. Profeta e mestre. Mas não só. Em mais de uma ocasião,
Jesus refere-Se a Si mesmo com o nome impronunciável de Deus, de quem Se declara Filho.
Jesus não é um paranóico, com a mania das grandezas. É Alguém que acredita ser Filho de
Deus e que vai provar esta afirmação ressuscitando dos mortos.
147
Expressão de fé
Atividade: Um hino ao todo-poderoso
Duração: 20 min.
Etapa 1
Duração: 4 min.
Para iniciar o momento de oração o catequista convida os participantes a cantarem o
canto “É Jesus” que se encontra no livro do catequizando, na página 57.
Canto: “É Jesus”
(Original: J. Rocha Monteiro. Edições Salesianas)
É Jesus
a caminhar sobre o mar
Ele dá-me a mão
Não me deixa pecar
É Jesus
que mandou lançar as redes
meu Senhor
n’Ele viverei
É Jesus
A dar a vista aos que não vêem
A abrir os meus olhos
Aos caminhos da Fé
É Jesus
A curar o paralítico
meu Senhor
n’Ele viverei
É Jesus
A pregar sobre a montanha
Feliz serei
Se viver o amor
É Jesus
Enviado pelo Pai
meu Senhor
n’Ele viverei
É Jesus
Que só procurou servir
E me mostrou
O caminho a seguir
É Jesus
A luz que ilumina o mundo
meu Senhor
n’Ele viverei
É Jesus
Rei da vida e da morte
É a minha herança
Minha glória é servi-Lo
148
É Jesus
O Pastor que me conduz
meu Senhor
n’Ele viverei
Etapa 2
Duração: 3 min.
Escutada a canção, o catequista pede aos participantes que abram o livro do catequi-
zando na página 56 e convida-os a ler em conjunto a oração “Os teus olhos”.
Os teus olhos
Gostava de ter os teus olhos, Jesus
para admirar o céu
e pensar que lá em cima
há Alguém que me ama.
Gostava de ter os teus olhos profundos
para encontrar os teus traços
no rosto de quem vive comigo;
para ver para lá da beleza e da simpatia
e acolher a todos como irmãos e irmãs.
Gostava de ter os teus olhos doces
para ver os outros com o teu olhar de simpatia,
de compreensão, de perdão…
em vez de os olhar de lado e de os julgar.
Gostava de ter os teus olhos intensos
para descobrir o pouco de bom
que há em mim
e usá-lo para ir construindo
um rosto belo como o teu,
sempre virado para o Pai
e para os irmãos.
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista explica que a oração é uma experiência que fazemos que nos ajuda a estar
mais perto de Jesus e a sermos mais parecidos com Ele. Como diz o provérbio “Diz-me com
quem andas, dir-te-ei quem és”. A pessoa que escreveu esta oração gostou dos olhos de
Jesus. E ao rezar a Jesus está a aprender muitas coisas novas e importantes para a sua
vida.
De seguida, convida os participantes a completarem essa oração usando a caixa “Oração
Pessoal”. Em silêncio devem colocar-se na presença de Jesus e pensar em ações de Jesus
em que esse “órgão” esteve envolvido. As caminhadas que Ele fez com os pés, os gestos
que Ele fez com as mãos, a paciência com que Ele escutava e dialogava com as pessoas, as
palavras luminosas que Ele dizia…
Oração Pessoal
Jesus, eu _________________ (o teu nome)
gostava de ter os teus pés
para __________________________
149
Gostava de ter as tuas mãos
para __________________________
Gostava de ter os teus ouvidos
para __________________________
Gostava de ter a tua boca
para __________________________
Etapa 4
Duração: 3 min.
O catequista põe música de fundo e convida a ler alto a oração que cada um escreveu.
Convida todos a escutar as orações dos outros com coração aberto, mantendo-se sempre
em oração a Jesus.
Etapa 5
Duração: 5 min.
O catequista convida a observar o vídeo “Quem é Jesus?”
Guião do vídeo “Quem é Jesus?”
Quem é Jesus? Cada cabeça, sua sentença! São muitas opiniões.
Jesus tem mais de dois mil anos, mas não os aparenta. Ele permanece sempre jovem, atual,
único, irrepetível, fascinante.
O seu nome é Jesus, Jesus de Nazaré. Alguém que fascina uns e irrita outros. Alguém que
apaixona e alguém que perturba.
Há uma multidão de homens e mulheres que Lhe confiaram a sua vida e que a deram em
seu nome. Muitos, pelo contrário, não sabem quem seja, não Lhe ligam ou trabalham para
apagar o seu nome e a sua palavra da nossa história.
O que é que este homem tem de especial, que acabou tão mal, morto na cruz como um
criminoso? Simples. Era tão radicalmente homem que não podia ser um homem qualquer.
Ele era muito mais. Era o filho de Deus.
Quando Jesus nasceu não havia registo civil. Não há um papel a dizer com rigor o dia, o mês
e o ano em que Ele veio ao mundo. Mas temos muitas fontes e testemunhos históricos
dos seus contemporâneos, cristãos e não cristãos. E por eles sabemos que viveu no tempo
dos imperadores romanos Augusto (31 a.C. – 14 d.C.) e Tibério (14-37 d.C.), que morreu sob
Pôncio Pilatos (26-36 d.C.) na cidade de Jerusalém. São cerca de 33 anos que vão de 4 a.C.
até 30 d.C. Com a vida de Jesus temos a certeza que Deus manteve as promessas feitas
aos antigos israelitas, enviando o seu Filho para ser um homem para nós e connosco.
Faz alguma confusão a ideia que Jesus nasceu no ano 4 antes de Cristo. Os evangelhos não
indicam uma data exata para o nascimento de Jesus. Foi só no século VI que um estudioso
(Dionísio Exíguo) reformou o calendário e começou a contar os anos como nós os temos
hoje. Mas cometeu alguns erros. Os estudiosos mais recentes dizem que Jesus terá nascido
entre os anos 6 e 4 a.C. Para lá destes detalhes históricos, o importante é salientar que a
vinda de Jesus é o cumprimento das promessas de Deus ao enviar o seu próprio Filho ao
nosso encontro.
150
Nasceu
entre nós
151
C 15 Para o Catequista
Apresentação
Nesta catequese descobrimos que, no concreto da nossa história humana, Deus manifesta toda a
sua vontade de nos salvar. Deus não Se contentou em suscitar mais um profeta: enviou o seu pró-
prio Filho. Não metade Deus e metade homem, mas Deus e homem verdadeiro.
Objetivos
Conhecer o significado da encarnação.
Admirar a atitude acolhedora de Maria.
Agradecer a proximidade de Deus em Jesus que Se faz nosso irmão.
Conteúdos
Conceitos:
yy Encarnação
yy Jesus, Deus e homem verdadeiro
Procedimentos:
yy Elaborar uma narrativa coerente dos episódios da infância de Jesus
Atitudes:
yy Admirar a atitude acolhedora de Maria
yy Agradecer a proximidade de Deus que em Jesus se faz nosso irmão
Material
12 faixas de pano; cada uma delas tem escrito um dos versículos de Lc 2, 8-19
Giz, lápis de cor, marcadores
Garrafas ou cones de plástico
Cartolina (ou quadro) e marcadores
Caixa de sapatos
Material para o diorama (no site de apoio ligacoes.net)
Cartaz nº 14 (disponível na pasta de apoio)
Presépio com Jesus, Maria e José e figuras do presépio (magos, animais, pastores…) em número
suficiente para todos os participantes
Música de fundo - “fundo06” (disponível na pen multimédia)
Canção “Deus está aqui” (disponível na pen multimédia)
Colunas, computador
Régua, lápis, cola
152
Esquema
Experiência humana Atividade: Corrida à mangedoura 10’ ***
Do Catecismo
463. A fé na verdadeira Encarnação do Filho de Deus é o sinal distintivo da fé cristã:
«Nisto haveis de reconhecer o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa a Jesus Cristo
encarnado é de Deus» (1 Jo 4, 2). É esta a alegre convicção da Igreja desde o seu princípio,
ao cantar «o grande mistério da piedade»: «Ele manifestou-Se na carne» (1Tm 3, 16).
Síntese de conteúdos
Dizem as normas litúrgicas que na Missa, ao recitar o Credo, nos devemos inclinar ao dizer
“E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e Se fez homem”. Porquê tanta
importância dada a estas palavras? Porque reconhecemos que Deus “não brinca em ser-
viço”: Ele veio realmente até nós para nos dar vida abundante.
Os evangelhos da infância
Uma das formas de que as comunidades cristãs se serviram para exprimir a sua fé na divin-
dade de Jesus foram os evangelhos da infância: Mateus 1, 1 – 2, 23 e Lucas 1, 3 – 3, 53.
Visto que Jesus é Deus e procede de Deus, a sua conceção e o seu nascimento são obra de
Deus. “O Espírito Santo virá sobre ti”, diz o anjo a Maria, “e a força do Altíssimo te cobrirá
com a sua sombra” (Lc 1, 35). O anjo diz o mesmo a José: “O que ela concebeu é obra do
Espírito Santo” (Mt 1, 20).
Os evangelistas percebem que estão a relatar algo muito mais denso e rico do que o nas-
cimento de um profeta. O Espírito, que com a sua sombra cobre Maria (e de quem nascerá
o novo Adão), é o mesmo Espírito de Deus que pairava sobre as águas quando Deus criou
o mundo. Jesus não é só um profeta, alguém que fala em nome de Deus; Ele é a própria
Palavra de Deus feita “carne”, feita humanidade.
Confessar que Jesus foi concebido pela graça do Espírito Santo e que nasceu de Maria Vir-
gem é acreditar no poder e no empenho que Deus pôs em nos salvar. O nascimento virginal
de Jesus é um sinal vivo de que Deus renova os homens radicalmente e faz novas todas
as coisas.
153
Maria está diante de um Deus disposto a tudo para nos salvar. Está diante de um Deus que
mereceu a sua confiança, de um Deus que é a sua esperança e a sua alegria. E Maria
escuta Deus que lhe fala. E Maria responde a Deus: “Faça-se em mim segundo a tua pala-
vra”. Usando palavras de hoje, poderíamos traduzir: “Dou-Te permissão para entrares na
minha vida e dispores dela”. Maria não pôs condições a Deus. Não exigiu horário de trabalho,
salário, subidas de escalão… Para Maria, basta-lhe estar na fé em Deus.
E Deus vem habitar nesta mulher. Vai enchê-la com a sua graça e com o melhor de Si
mesmo: o seu Filho. O anjo tranquiliza Maria: “Não tenhas medo. Deus precisa de ti, está
contigo e não te abandonará”. É difícil de acreditar. Será possível que Deus precise de mim?
Para cresceres
Nos presépios tradicionais está Jesus no centro. À sua volta estão Maria, José, os Magos,
os pastores, a vaca, o burro, as ovelhas…
Ao longo desta semana, procura identificar-te com cada um desses personagens. Como é
que te sentes, sendo cada um deles, e estando aqui tão perto de Deus feito Menino?
C 15 Desenvolvimento
Nesta catequese falamos da Encarnação. Continuamos a contar a história de Jesus, mas a partir de
um grande gesto de amizade que Deus fez: veio morar connosco.
Experiência Humana
Atividade: Corrida à manjedoura
Duração: 10 min.
Preparação
Esta atividade funciona melhor num espaço amplo. Marcam-se os quatro cantos da zona
de jogo e uma linha central, a dividir a zona de jogo a meio. Num dos limites da zona de
jogo, colocam-se as faixas de pano que têm os versículos de Lc 2, 8-13; no lado oposto,
colocam-se as faixas com os versículos Lc 2, 14-19. Se não for possível, a alternativa será
fazê-lo em sala, com os catequizandos a dar voltas às suas cadeiras.
154
Etapa 1
Duração: 7 min.
O catequista distribui os participantes em duas equipas com o mesmo número de elemen-
tos. Uma das equipas serão os “pastores” e a outra serão as “ovelhas”. Envia cada uma das
equipas para lados opostos da zona de jogo.
As regras do jogo são simples: os jogadores de cada equipa devem deslocar-se ao lado
oposto ao seu, recolher as faixas de pano e colocá-las por ordem no seu lado. Cada jogador
só pode trazer uma faixa de cada vez. Quando um jogador entra na zona de jogo da equipa
adversária, os jogadores da equipa adversária podem tocar-lhe antes de ele agarrar numa
das faixas. O jogador que foi tocado deve regressar ao seu lado e recomeçar a “viagem”.
Quando um jogador tem nas mãos uma das faixas de pano, pode regressar em paz à sua
zona.
Etapa 2
Duração:3 min.
Quando uma equipa conseguir reunir todas as faixas de pano que estavam do lado oposto
ao seu, tenta pô-las por ordem.
Depois das duas equipas terem ordenado os seus textos, lêem em voz alta.
Anúncio da Palavra
Atividade: Corrida à manjedoura (2)
Duração: 12 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista pergunta ao grupo em que data sucederam os acontecimentos relatados
no texto bíblico que lemos (Lc 2, 8-19). Sem dificuldade, os catequizandos falarão do ano
“zero” ou “um” ou 4 ou 6 antes de Cristo.
O catequista explica que a maior parte dos evangelhos descrevem o que sucedeu na vida
de Jesus quando Ele era adulto. E acrescenta que os evangelistas Mateus e Lucas dedica-
ram os dois capítulos iniciais dos seus evangelhos a descrever o que sucedeu durante a
infância de Jesus.
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista divide os participantes em 4 grupos. Depois pede que abram as suas bíblias,
da seguinte forma:
grupo 1: evangelho de S. Mateus (capítulo 1)
grupo 2: evangelho de S. Mateus (capítulo 2)
grupo 3: evangelho de S. Lucas (capítulo 1)
grupo 4: evangelho de S. Lucas (capítulo 2)
Diz-lhes que irão tentar saber um pouco mais de Jesus e da sua infância. Cada grupo deve
ler o texto que lhe foi atribuído e preparar um resumo do que é descrito.
155
Etapa 3
Duração: 4 min.
Cada grupo apresenta a todos o seu resumo.
Numa cartolina (ou num quadro) o catequista vai tomando nota dos vários episódios. No final,
conclui: “Todos estes episódios servem para nos apresentar Jesus. E para nos mostrar
como Deus quer mesmo estar perto de nós para nos salvar, dar a sua amizade e iluminar.
Etapa 1
Duração: 12 min.
O catequista convida o grupo a dramatizar um dos episódios relatados por S. Lucas: a anun-
ciação do anjo a Maria (Lc 1, 26-38). Vamos fazer um diorama. Um diorama é um modelo
em 3 dimensões. O catequista propõe as seguintes tarefas:
ensaiar a leitura do “Anúncio do nascimento de Jesus”; serão precisas 3 vozes (nar-
rador; Maria; anjo Gabriel)
iluminar a cena com lanternas; sempre que Maria ou Gabriel falam, as lanternas inci-
dem sobre eles
decorar e recortar as imagens de Maria e do Anjo para a dramatização
fazer o cenário (diorama) a partir da caixa de sapatos e do material da pasta de apoio
A maneira concreta de preparar os materiais e de ensaiar depende do número de elemen-
tos do grupo, da sua capacidade de trabalho e da sua experiência. O catequista distribui as
tarefas, de modo que todos estejam sempre ocupados. Obviamente, interessa mais o pro-
cesso de ensaio e de aprofundamento do texto do que o resultado final (a representação).
Narrador: Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma
cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada
com um homem chamado José, da casa de David; e o nome
da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe:
Anjo: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.»
Narrador: Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si pró-
pria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo:
Anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. H
ás-de
conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o
nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Altís-
simo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David,
reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado
não terá fim.»
Narrador: Maria disse ao anjo:
Maria: «Como será isso, se eu não conheço homem?»
Narrador: O anjo respondeu-lhe:
Anjo: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo esten-
derá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é
Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente
156
Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto
mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível
a Deus.»
Narrador: Maria disse, então:
Maria: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua pala-
vra.»
Narrador: E o anjo retirou-se de junto dela.
Etapa 2
Duração: 3 min.
Preparado todo o cenário, o catequista convida os participantes a uma atitude de escuta
durante a dramatização da passagem bíblica (Lc 1, 26-38).
Etapa 3
Duração: 5 min.
Depois da apresentação o catequista dá os parabéns ao esforço de todos.
Pede a todos que abram as suas bíblias em Lc 1, 26-38. Convida a aprofundar o significado
de algumas expressões.
«a uma virgem desposada com um homem chamado José»: quando Deus pede a
Maria para se tornar mãe de Jesus, ela é muito jovem (terá entre 13 e 16 anos) e está
prometida a José. O casamento judaico acontecia em dois tempos e com dois ritos.
Só depois do segundo é que a mulher ia viver para casa do marido. Durante a Anun-
ciação, Maria estava “noiva” com o primeiro rito e morava ainda com os seus pais.
«se eu não conheço homem»: na linguagem bíblica equivale a não ter tido rela-
ções sexuais, que eram reservadas só para aqueles que se tinham tornado marido e
mulher para todos os efeitos.
«nada é impossível a Deus»: o anjo pede a Maria uma confiança total na obra do
Senhor, porque Ele é poderoso. Tal como permitiu a gravidez da prima Isabel, já idosa,
também está capaz de fazer nascer Jesus pela ação do Espírito Santo.
Etapa 4
Duração: 5 min.
O catequista apresenta o cartaz nº 14 (que tem no centro os episódios da anunciação e da
natividade, rodeados por todos os relatos do Antigo Testamento, que descobrimos no
5º ano de catequese).
Convida o grupo a dar um título ao cartaz. À medida que os catequizandos vão fazendo as
suas propostas, o catequista pede que, colaborativamente, as justifiquem.
Se necessário, o catequista identifica alguns dos personagens que aparecem no cartaz.
Recorda, brevemente, as experiências feitas no ano passado.
Em jeito de síntese, o catequista diz que o cartaz nos recorda a história da salvação (que foi
trabalhada no 5º ano de catequese). Ao longo dos séculos, Deus quis comunicar com o seu
povo, estar perto dele, ajudá-lo, (sempre a partir do cartaz e das recordações que ele evoca,
o catequista estimula o grupo a identificar exemplos e personagens). Vimos também como,
muitas vezes, o povo virou as costas a Deus e recusou a sua palavra e a sua presença.
A certa altura, Deus resolveu fazer o quê? Desistir? Nunca! Resolveu fazer ainda melhor.
Em vez de mandar mensagens quis Ele mesmo estar connosco, através do seu Filho.
157
Expressão de fé
Atividade: Jesus faz-Se nosso irmão
Duração: 13 min.
Preparação
O catequista prepara um presépio. Provavelmente, esta catequese é feita fora da época
natalícia. Isso causará alguma estranheza. No centro está Maria, José e o Menino.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista entrega uma peça do presépio a cada um dos catequizandos. Faz-se ouvir
uma música de fundo de estilo natalício.
Dialoga brevemente sobre as experiências de presépio que tenham em família, na liturgia… Diz:
“O presépio recorda-nos que Deus ‘não brinca em serviço’. Ele quis mesmo estar connosco.
E por amor enviou-nos o seu Filho.”
Depois, explica brevemente o sentido do presépio. Um presépio é uma representação do
primeiro Natal onde aparecem os personagens bíblicos (a Sagrada Família, os pastores, os
anjos); mas em muitos sítios há o hábito de colocar também motivos locais e contempo-
râneos. Historicamente não está certo, mas para a fé é muito verdadeiro: Jesus vem ao
encontro não só dos pastores daquele tempo, mas vem ao nosso encontro hoje.
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista convida cada um a olhar com atenção para o boneco que tem na mão. Deve
identificar-se com ele. Diz: “Vais colocar esse boneco no presépio junto de Jesus. Jesus veio
ter connosco e nós vamos ter com Ele. Mas esse gesto deve ser sincero, bem sentido.”
Em função das atividades que se fizeram nesta catequese, o catequista pode recordar
formas concretas de dizer “sim” ao encontro com Jesus. À medida que cada um se sente
disponível para se encontrar com Jesus, levanta-se e coloca o seu boneco no presépio.
Etapa 3
Duração: 7 min.
Para criar um clima de silêncio e oração, o catequista convida os catequizandos a abrirem o
livro do catequizando, na página 64, para a oração “A sério?”. Entre cada estrofe, cantam
o refrão do canto “Deus está aqui”.
158
A sério
Já me habituei a rezar-Te, Senhor,
na véspera dos testes
e ainda não abri os livros
porque… não tive tempo.
Venho falar conTigo.
Mas acho que já chegou a altura
de não desperdiçar os meus dias,
de viver um pouco mais a sério
nas coisas da escola e de casa.
Percebi isso quando o padre
nos disse que Tu, no início, eras a Palavra
mas que não Te tinhas ficado por aí:
passaste aos factos.
Como poderia eu continuar
a dizer só palavras
que nunca levam a gestos concretos?
No final da oração, podem cantar o canto com expressão corporal.
159
Passou
fazendo
o bem
161
C 16 Para o Catequista
Apresentação
Jesus apostou a sua vida no anúncio do Reino. Estando próximo das pessoas mais frágeis, curan-
do-as de todos os males, anunciando o Evangelho, Jesus convida todos a aderir ao Reino de Deus.
Objetivos
Conhecer o essencial da ação de Jesus.
Aderir à causa do Reino, ao lado de Jesus.
Conteúdos
Conceitos:
yy Jesus anuncia o Reino de Deus, com palavras e gestos
yy Jesus tem compaixão de todos os que sofrem
yy Jesus passou fazendo o bem (Act 10, 37-38)
Procedimentos:
yy Descrever o estilo de vida de Jesus
yy Identificar vários milagres de Jesus
Atitudes:
yy Sentir-se comprometido com Jesus pela causa do Reino
yy Crescer em empatia para com quem sofre
Material
Cesto
Cenário – casa do centurião (disponível na pasta de apoio)
Tesoura, cola, lápis, marcadores.
Cartaz nº 15 e respetivos balões de fala (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Milagre em Cafarnaum” (disponível na pen multimédia)
Computador, coluna, projetor multimédia
4 velas
Fósforos ou isqueiros
Tira com as palavras escritas para as velas: Paz, Fé, Amor e Esperança.
Canção “Confiarei no meu Deus” (disponível na pen multimédia)
162
Esquema
Experiência humana Atividade: Um objeto que fala de mim 20’ ****
Do Catecismo
543. Todos os homens são chamados a entrar no Reino. Anunciado primeiro aos filhos de
Israel, este Reino messiânico é destinado a acolher os homens de todas as nações. Para
ter acesso a ele, é preciso acolher a Palavra de Jesus: «A Palavra do Senhor compara-se
à semente lançada ao campo: aqueles que a ouvem com fé e entram a fazer parte do
pequeno rebanho de Cristo, já receberam o Reino; depois, por força própria, a semente ger-
mina e cresce até ao tempo da messe».
Síntese de conteúdos
Especialmente para os pré-adolescentes, a admiração pelo fazer de Jesus é uma porta
aberta para uma fé mais profunda e comprometida com Ele.
163
A ação de Jesus mostra um Deus cheio de amor para todos. Um amor tão grande que
supera todas as barreiras e todas as divisões que a nossa pequenez inventa para dividir e
separar as pessoas umas das outras.
Para cresceres
Jesus passou fazendo o bem… E Ele passa por Ti, pela tua vida, sempre com vontade de te
fazer bem. Tens a coragem de Lhe pedires ajuda para aquelas situações em que te sentes
mais frágil ou mais ferido?
C 16 Desenvolvimento
De algum modo, esta catequese recupera muito do que se fez ao longo do 4º ano, em que aprofun-
dámos a ação de Jesus nos evangelhos.
Experiência Humana
Atividade: Um objeto que fala de mim
Duração: 20 min.
Etapa 1
Duração: 8 min.
O catequista coloca um cesto no centro da sala. Explica que um grupo é um conjunto de
pessoas que aprende a conhecer-se, a respeitar-se e a amar-se. E amar-se significa também
partilhar: alegrias, tristezas, ansiedades, esperanças.
Com todos sentados em círculo, o catequista pede aos participantes que olhem para si e
para os objetos que trazem consigo (um chapéu, um sapato, uma carteira, uma pulseira,
etc…); escolhem um desses objetos que represente uma “dor pessoal” (um problema ou um
segredo que lhes esteja a causar dor).
Depois de escolhido o objeto, cada um apresenta essa dor pessoal a partir do objeto esco-
lhido, mostrando-o e dando voz ao objeto que escolheu. Por exemplo: “Olá. Eu sou o tele-
móvel do Luís e costumava falar muito com o meu melhor amigo André. Hoje não falo tanto
com ele porque mudou de país e o fuso horário é diferente. (…)”. No final coloca o objeto no
cesto. A dinâmica deverá ser iniciada pelo catequista, que exemplifica a frase, seguindo-se
o participante do seu lado direito e, continuando desta forma, até todos apresentarem a
dor pessoal através do objeto escolhido.
Esta etapa deve decorrer em atitude de escuta e o catequista deve ser firme para que não
se banalize a dinâmica.
164
Etapa 2
Duração: 8 min.
Depois de todos terem apresentado a sua dor pessoal, o catequista pega no cesto, mistura
os objetos e entrega, a cada participante, um objeto que não seja o seu. Em alternativa,
poderá solicitar que cada um retire um objeto à medida que o cesto passa. Cada partici-
pante deverá entregar o referido objeto ao seu legítimo proprietário, explicando a relação
que tem com a dor do dono do objeto. O catequista deve estar atento à relação que os
participantes sentem com “a dor do outro”.
Etapa 3
Duração: 4 min.
Em jeito de síntese, o catequista pergunta ao grupo como se sentiu durante a atividade.
De modo especial deve procurar o feedback do grupo sobre:
dificuldades sentidas durante a atividade (quando expomos a dor e quando escuta-
mos o outro sobre a relação com a nossa dor);
descoberta da dor pessoal do outro e empatia com a dor do outro.
Anúncio da Palavra
Atividade: O servo do Centurião
Duração: 22 min.
Preparação
O catequista prepara todo o material necessário para montar o cenário do relato da cura
do centurião. Tem bem preparada a lista de operações e instruções a dar aos catequizan-
dos. Recortar os “balões” de fala, relativos ao cartaz nº 15.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista pede aos participantes que abram as suas bíblias em Actos 10, 37-38. Convida
um dos catequizandos a ler o texto.
165
Etapa 2
Duração: 8 min.
O catequista explica que vamos aprofundar um desses episódios chamado “cura do servo
do centurião”. Aqui se pode ver a bondade e o poder de Jesus em ação.
166
Jesus: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel
com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente,
muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão,
Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do
Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá
choro e ranger de dentes.»
Narrador 1: Disse, então, Jesus ao centurião:
Jesus: «Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.»
Narrador 2: Naquela mesma hora, o servo ficou curado.
Etapa 3
Duração: 3 min.
Com a participação de todos, lendo com calma, manipulando os bonecos, proclama-se a
Palavra.
Etapa 4
Duração: 3 min.
O catequista convida a assistir ao vídeo “Milagre em Cafarnaum” para aprofundar alguns
detalhes do texto.
Guião do vídeo “Milagre em Cafarnaum”
Este episódio acontece em Cafarnaúm. É uma cidade situada na costa norte do mar da
Galileia, era conhecida pela pesca e comércio. Jesus morava aqui e fez aqui muitos sinais
na sua bondade.
À conversa com Jesus está um Centurião. No exército romano, era um oficial que coman-
dava uns 80 homens. Era uma pessoa com poder, respeitado. Alguns centuriões eram bru-
tos, agressivos, e abusavam do seu poder. Quer desprezando os seus subordinados, quer
maltratando as populações locais. Mas este centurião que vai ter com Jesus era diferente.
Tinha um lado compassivo e cuidava de todos os seus subordinados. Ele tinha um criado
que lhe era querido e que estava doente; por isso foi ter com Jesus.
O centurião vai ter com Jesus a pedir a cura do seu servo. É um seu escravo. Muitos escra-
vos eram maltratados pelos seus senhores. Se um servo ou escravo ficasse doente era
como se uma peça de mobília se estragasse; não havia grande drama. Mas este centurião
tratava o seu servo com muito mais respeito.
Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto: quando o centurião pro-
cura Jesus e lhe pede ajuda, Jesus oferece-se para ir até a sua casa. No entanto, o c enturião
acredita que não é digno da sua visita, por isso, sendo Jesus a autoridade máxima, bastava
que Ele desse uma ordem, pois sabia que assim seu servo seria curado. Ainda hoje, nós na
Eucaristia repetimos esta oração do centurião. Antes de comungarmos, o sacerdote apre-
senta-nos o Corpo de Cristo: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. E nós
respondemos com fé. “Senhor, eu não sou digno que entre em minha morada, mas dizei
uma palavra e serei salvo”.
Vai, que tudo se faça conforme a tua fé: foi a fé do oficial romano que salvou o seu servo.
167
Etapa 5
Duração: 3 min.
O catequista forma 6 grupos. Afixa o cartaz nº 15, que mos-
tra em banda desenhada o encontro entre Jesus e o centu-
rião. Entrega a cada grupo um dos balões de fala. Com bostik,
cada grupo deve afixar o seu balão no lugar adequado.
Se os outros grupos acharem que há engano, pode-se dialo-
gar na procura da melhor solução.
Expressão de fé
Atividade: Confiarei no meu Deus
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
Os catequizandos, sentados em meia-lua, de frente para as velas apagadas, e o catequista
por detrás destas, deverão adotar uma postura de silêncio. Explica que a passagem do
centurião e do seu servo é um exemplo de grande fé. Nós acreditamos que Jesus continua
hoje a cuidar de nós e daqueles que amamos.
O catequista dá as seguintes instruções aos participantes, que deverão responder em
silêncio:
Fecha os olhos e pensa numa pessoa de quem gostas muito;
Imagina que essa pessoa fica gravemente doente;
O que é que sentes quando sabes da doença dessa pessoa que amas?
O que é que podes fazer ou dizer para ajudar essa pessoa a sentir-se melhor?
Depois de um breve momento de silêncio, o catequista continua a dizer que, quando nos
deparamos com uma doença, devemos aprender a encará-la como uma oportunidade para
ajudar aqueles que mais amamos, dar o melhor de nós, conhecer melhor essa pessoa de
quem gostamos e que está a sofrer, aceitar a realidade humana e as suas limitações.
Etapa 2
Duração: 4 min.
Depois deste momento de silêncio e reflexão pessoal, o catequista acende as 4 velas e
explica que irão escutar o conto “A quarta vela” que se encontra no livro do catequizando,
na página 65. Para isso, necessita de 5 voluntários (4 para as velas e 1 para a menina)
e pede que todos estejam atentos ao que irá acontecer com as velas. O narrador será o
catequista para que, quando se apagarem as velas, todos os participantes estejam atentos.
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Conto A quarta vela
Narrador: Certo dia estavam quatro velas a ser consumidas lenta-
mente. Podia ouvir-se o diálogo que fluía entre elas. A pri-
meira dizia:
Vela 1: “Eu sou a Paz! E faço esforços para que a minha chama se
mantenha acesa. Vivo em constante tensão para permane-
cer em pé, mas caio com frequência”.
Narrador: E diminuindo a sua chama, apagou-se totalmente. (apagar a
vela) A segunda vela dizia:
Vela 2: “Eu chamo-me Fé! Há muitas pessoas para as quais sou inútil
porque não confiam em nada nem em ninguém”.
Narrador: Quando terminou de falar, um vento passou e apagou-a.
(apagar a vela) Em voz baixa e triste, a terceira vela afirmava:
Vela 3: “Eu sou o Amor! Não me restam forças para continuar acesa.
Muitas pessoas só se lembram de si mesmas. Fecharam o
seu coração e os seus olhos para os outros”.
Narrador: E também a sua luz se apagou. (apagar a vela) Entretanto,
apareceu uma menina. Quando viu as três velas apagadas,
procurou uma forma de as acender… Então, ouviu a voz de
uma quarta vela que permanecia acesa num canto da sala.
Vela 4: “Enquanto eu estiver acesa, podes acender as outras velas”.
Narrador: A menina pegou na vela que tinha acabado de falar e acen-
deu com ela as chamas da paz, da fé e do amor. Ao terminar,
perguntou à quarta vela:
Menina: “E tu, como te chamas?”.
Narrador: A vela respondeu com um sorriso:
Vela 4: “Chamam-me Esperança”.
Etapa 3
Duração: 3 min.
O catequista convida a escutar a canção “Confiarei no meu Deus”, que os participantes
poderão acompanhar no livro do catequizando, na página 64.
Canto “Confiarei no meu Deus”
Confiarei no meu Deus,
Confiarei no meu Deus.
Ele conduz-me, não temo,
Vai comigo a caminhar.
Nem que eu sem luz caminhe pela noite,
Nem que o temor me impeça de avançar.
Nem que eu avance errante pelas ruas,
Sem encontrar amor e amizade.
Nem que eu, inquieto, ande todo o dia,
Sem encontrar a paz do coração.
169
Nem que as forças me venham a faltar,
E a ilusão se apague frente a mim.
Nem que o caminho se oculte nas trevas,
nem que eu não veja teu rosto luminoso
Etapa 4
Duração: 3 min.
Para concluir este momento de oração o catequista pede que os participantes abram
o no livro do catequizando na página 64 para, em coro, rezarem a oração “Oração ao
Deus-Amizade”:
“Oração ao Deus-Amizade”:
Deus da amizade,
Tu nos deste a capacidade de amar
e de nos entregarmos pelos outros.
Tu Te manifestaste aos homens
como o Deus da amizade,
como Deus próximo, o Deus amigo,
fazendo com eles alianças e promessas
que ninguém jamais fez.
A tua amizade para connosco foi tão grande que,
ao chegar a plenitude dos tempos,
nos enviaste o teu filho Jesus
como o companheiro e amigo de todos.
Ele passou fazendo o bem a todos
e mostrando como Tu nos amas.
Nós estamos muito contentes
por sermos amigos de Jesus,
que é a nossa grande dignidade.
Jesus é o único que hoje
dá sentido e preenche a nossa vida.
Queremos ser, nesta sociedade:
pontes largas e firmes de amizade,
para que todos possam sentir alegria de viver
e proclamar-Te como um Deus genial.
Amén.
170
Morreu
por amor
171
C 17 Para o Catequista
Apresentação
Jesus não morreu de velho. Muita gente, em todos os tempos, recusa a sua proposta de vida feliz e
abundante. E não descansam enquanto não O matam. Mas Jesus mantém-Se fiel até ao fim. E nessa
fidelidade, a sua cruz nos vai salvar.
Objetivos
Conhecer os relatos da paixão e morte de Jesus.
Cultivar uma atitude de louvor pela entrega de Jesus na cruz.
Conteúdos
Conceitos:
yy Jesus mantém-Se fiel ao projeto de Deus e morre por amor
yy Os evangelhos descrevem a paixão e morte de Jesus em vários episódios
Procedimentos:
yy Organizar sequencialmente os episódios da paixão e morte de Jesus
Atitudes:
yy Agradecer a entrega que Jesus faz da sua vida por nós
Material
Vendas em número suficiente para todos os participantes.
Vídeo “A morte de Jesus” (disponível na pen multimédia)
Computador, colunas, projetor multimédia
Duas caixas grandes
Bolinhas de esferovite, tiras de jornal ou revistas
2 conjuntos de tiras “Paixão de Jesus” (disponível na pasta de apoio)
Cartaz Nº 16 “A cruz de Jesus” (disponível na pasta de apoio)
Cartões “Momentos da Paixão” (disponíveis na pasta de apoio)
Bostik
Canto “As tuas feridas nos curaram” (disponível na pen multimédia)
Turíbulo com brasas e incenso
Música de fundo - “fundo07” (disponível na pen multimédia)
172
Esquema
Experiência humana Atividade: A força da multidão 8’ ***
Do Catecismo
604. Entregando o seu Filho pelos nossos pecados, Deus manifesta que o seu plano sobre
nós é um desígnio de amor benevolente, independente de qualquer mérito da nossa parte:
«Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, foi Deus que nos amou a nós
e enviou o seu Filho como vítima de propiciação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10). «Deus
prova assim o seu amor para connosco: Cristo morreu por nós quando ainda éramos peca-
dores» (Rm 5, 8).
Síntese de conteúdos
Em muitas casas, em todas as igrejas, há uma cruz. Porquê dar destaque a um instrumento
de tortura cruel?
Um tema difícil
Em outros séculos, a catequese, a pintura, a pregação davam um lugar de destaque à pai-
xão e morte de Jesus. Esta opção não nascia de nenhum tipo de pessimismo: a vida das
173
pessoas era difícil (pobreza, doença, guerras, violências) e era verdadeiramente Boa Notícia
recordar como Jesus também tinha experimentado a dor e a morte e estava assim perto
de nós.
Em tempos mais recentes sentiu-se, e bem, a necessidade de sublinhar, ao lado da morte de
Jesus, a força da sua ressurreição e de colocar a sua morte na sequência da vida pública.
Ao mesmo tempo, a nossa sociedade tornou-se “alérgica” à dor, à morte, ao sofrimento.
E influenciados por essa mentalidade “limpinha”, que idolatra a vida saudável, elegante,
feliz (mesmo que à custa de comprimidos!), começou a haver vergonha de falar da paixão
e morte de Jesus. Se somarmos a isso a suposta necessidade de “proteger” os mais novos
de experiências agrestes, de referências dolorosas, chegamos a um silenciamento quase
total da cruz de Jesus.
Evidentemente, não tem sentido repropor uma visão dolorista da fé cristã. Mas o anún-
cio da paixão e morte de Jesus é essencial para a nossa identidade como seguidores do
Ressuscitado. Fazer memória da cruz de Jesus é descobrir que nas nossas cruzes quo-
tidianas não estamos sozinhos: Ele está connosco. É descobrir que é possível ser fiel ao
Evangelho, mesmo quando as pressões são muito fortes. É aqui que se confirma a força do
nosso batismo: como Jesus, somos filhos amados do Pai sempre. Mesmo quando tudo grita
“morte”, “abandono”, “desespero”, somos filhos, com Jesus e como Jesus.
Para cresceres
O tema da cruz de Jesus desafia-te a uma confiança total em Deus. Para fazer crescer
essa confiança, ao jeito de Jesus, experimenta um diálogo mais profundo e filial com Deus.
C 17 Desenvolvimento
A liturgia da Igreja propõe os relatos da Paixão no Domingo de Ramos e na sexta-feira Santa. Sem
ter a pretensão de esgotar todas as ideias, todas as emoções que os relatos da Paixão oferecem,
queremos ajudar os catequizandos a perceber a centralidade deste mistério.
Experiência Humana
Atividade: A força da multidão
Duração: 8 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida o grupo a um jogo de alta energia. Decorre num espaço limitado (pode
ser a sala) e sem obstáculos. Coloca-se uma venda a um voluntário. Este vai ser uma mul-
tidão de um. O catequista diz: “O nosso colega voluntário está vendado e vai tentar tocar
em alguém. Se tu fores tocado, eu coloco uma venda também em ti; vocês dão o braço um
ao outro e, juntos, correm para apanhar mais gente. Quem não está vendado tenta fugir de
quem está vendado. Para o jogo ser mais equilibrado, quem não está vendado só se pode
mover ao pé-coxinho! Os vendados podem andar ou correr à vontade.”
O catequista dá o sinal de partida. O jogo decorre até todos (ou a maioria) fazer parte da
multidão vendada.
174
Etapa 2
Duração: 3 min.
Depois de terminar o jogo, o catequista recolhe as vendas, convida o grupo a acalmar e
pergunta: “Foi fácil ou difícil escapar à força da multidão quando era só um vendado?
E quando eram mais?” E deixa que comentem as vivências do jogo.
Depois, pergunta: “O que é que este jogo tem a ver com a Páscoa de Jesus?”
É natural que a pergunta os deixe surpresos. À primeira vista, não há ligação entre o jogo e
a vida e morte de Jesus. Se não surgirem boas explicações, o catequista deixa a pergunta
sem resposta.
Anúncio da Palavra
Atividade: Jesus morreu
Duração: 10 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida a assistir ao vídeo “A morte de Jesus”.
Guião do vídeo “A morte de Jesus”
Jesus foi uma pessoa real, que viveu nesta terra, há 2000 anos.
Ele nasceu de uma maneira… diferente em Belém. Cresceu em Nazaré com a sua mãe Maria
e o marido José.
Quando Jesus tinha 30 anos de idade, Ele começou a falar às pessoas sobre Deus. Ele dizia
que tinha vindo de Deus e fazia sinais milagrosos para o provar. Ele curava os doentes, deu
de comer a milhares de pessoas só com uns pães e uns peixes. Acalmou uma tempestade
e até curou uma rapariga de 12 anos que estava morta.
Muita gente amava Jesus e o que Ele fazia. Mas alguns dos chefes estavam preocupados
com Jesus, eles não gostavam do que Ele dizia e fazia, por isso, prenderam-no e condena-
ram-no à morte.
Os soldados levaram Jesus para o monte Calvário, deram-lhe vinho com um remédio para
diminuir a dor, mas Jesus recusou beber.
Eles pregaram Jesus a uma cruz e jogaram aos dados para ver quem é que ficava com a
roupa d’Ele.
Eram umas nove da manhã quando O prenderam à cruz. No cimo da cruz estava um cartaz
a explicar. Dizia: “Este é o rei dos judeus”.
Os soldados também pregaram dois bandidos, um à direita e outro à esquerda de Jesus.
As pessoas que passavam insultavam Jesus e faziam pouco d’Ele. “Então Tu és o tal que ia dei-
tar o templo abaixo e construí-lo de novo em três dias? Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz.”
Os sacerdotes e escribas também faziam pouco de Jesus. Diziam uns para os outros: “Ele
salvou os outros mas não consegue salvar-se a si mesmo”. “Se Ele é o Messias, o rei de
Israel, Ele que desça da cruz e a gente acredita!”
Um dos ladrões também gozava com Jesus.
Por volta do meio dia, o céu ficou escuro e ficou assim até às três da tarde. Nessa altura,
Jesus gritou: “Eloí, Eloí, lemá sabachtáni”, que quer dizer “Meu Deus, meu Deus, porque e
abandonaste?”
175
Algumas das pessoas que ali estavam ouviram Jesus e perguntavam-se: “Ele está a chamar
pelo profeta Elias?” Um deles foi a correr pegar numa esponja. Depois de a embeber em
vinagre, prendeu-a a um pau e levou-a até Jesus. E diziam: “Vamos ver se Elias aparece e o
tira da cruz”. Jesus gritou. E então morreu.
Ao mesmo tempo, a cortina que havia no templo, rasgou-se ao meio.
Um centurião romano estava ali. Ao ver a maneira como Jesus morreu, disse: “Este homem
era mesmo o filho de Deus”
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista faz ao grupo a pergunta que tinha ficado da atividade anterior: “Depois de
vermos este vídeo, com um resumo da vida e morte de Jesus, pergunto de novo: o que é
que o jogo que fizemos tem a ver com a morte de Jesus?”
Agora será mais fácil para os catequizandos perceberem o paralelismo: alguns “cegos” que
não querem ver quem é Jesus, vão arrastando outros para irem contra Jesus.
Se adequado, o catequista tira algumas dúvidas sobre o relato. Não convém entrar em
demasiados pormenores.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista divide os participantes em dois grupos e diz que as notícias principais sobre a
paixão de Jesus estão escritas nos Evangelhos. Não foram escritas com o rigor de um histo-
riador que narra os factos por ordem cronológica. Mas é possível perceber o que vem antes
e o que vem depois. Dentro de cada caixa estão 11 tiras com episódios da Paixão de Jesus
segundo São Marcos. Deverão procurá-las e colocá-las pela ordem cronológica. Podem orga-
nizar-se como bem entenderem, contudo têm apenas 4 minutos para concluírem a tarefa.
Etapa 2
Duração: 5 min.
Concluída a etapa anterior, o catequista pede que abram as suas bíblias em Marcos, capítu-
los 14 e 15, e verifiquem se a cronologia construída está correta. Depois desta verificação
deverão numerar (de 1 a 11) os episódios no quadrado indicado:
176
Atividade: Atividade: Paixão de Jesus
Duração: 17 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista distribui os 11 cartões “Momentos da paixão” pelo grupo. Se houver mais de
11 elementos no grupo, juntam-se em pares ou trios; se forem menos de 11, algum cate-
quizando recebe mais do que um cartão. O catequista explica que cada um dos cartões
recebidos corresponde a um dos 11 episódios da paixão de Jesus, que vimos na atividade
anterior. Mostra o cartaz nº 16, que representa uma cruz, com espaço onde colocar os
cartões relativos aos 11 episódios da paixão.
Usando os capítulos 14 e 15 do evangelho segundo S. Marcos cada um (ou cada grupo)
deve descobrir a que episódio se refere o cartão que recebeu.
Etapa 2
Duração: 7 min.
Cada um (ou cada grupo) coloca no cartaz nº 16 o seu cartão e lê alto a citação bíblica que
resume o sucedido nesse episódio. Cola-se o cartão ao cartaz com bostik. Os outros cate-
quizandos podem pedir esclarecimentos ou discordar da escolha feita.
Depois de colocar todos os cartões na cruz, o catequista expõe o cartaz-cruz, senta o
grupo confortavelmente e convida a observar com atenção.
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista diz: “Na catequese, na missa, temos vindo a conhecer e a amar Jesus de
Nazaré. Nesta catequese, estamos a descobrir como é que Ele morreu. Foi uma morte
injusta e cheia de dor. Este Jesus que nasceu em Belém, que passou fazendo o bem, foi
morto na cruz. Morreu por nosso amor. Para nos salvar.”
A seguir o catequista pergunta:
Qual o episódio que mais te comoveu? Porquê?
177
Expressão de fé
Atividade: Rezar junto à cruz
Duração: 15 min.
Preparação
É importante cuidar do espaço onde decorre este momento de oração. A cruz preparada
nas atividades anteriores deve estar bem visível. Para que haja maior intimidade com a
oração, sugerimos que seja colocada uma manta, almofadas, para que se possam sentar
no chão. Junto ao cartaz com a cruz está um turíbulo (ou outro recipiente seguro) com
algumas brasas; ao lado está uma caixa com grãos de incenso.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida os catequizandos a uma atitude serena e de escuta para iniciarem a
oração. Para isso, pede que abram o livro do catequizando, nas páginas 68-69, e acompa-
nhem o canto “As tuas feridas nos curaram”.
Tuas feridas nos curaram,
tua morte nos traz a salvação.
E na cruz nos dás a vidap’lo teu sangue o perdão.
Condenam-Te à morte por ser fiel
inocente, testemunho do amor,
e Te carregam o peso da cruz
esquecido na tua pena e na tua dor.
Hoje, senhor, Te voltamos a cravar
nos homens que morrem sem razão
torturado, esfomeado, sem teto,
sendo injustos fechando o coração.
Despojado de toda a dignidade
Condenam-Te o ódio e o rancor,
Coroado de espinhos como Rei,
Dás a vida pelo reino de Deus.
Hoje Teu sangue derrama-se de novo.
Por gritar os direitos e o Amor
Morre o justo que diz a verdade,
Os mais pobres, os que não têm voz.
Etapa 2
Duração: 10 min.
O catequista convida cada um a escrever no seu livro do catequizando uma oração a Jesus.
Podemos-Lhe agradecer por ter dado a sua vida na cruz, podemos pedir-Lhe por alguma
necessidade séria que temos, podemos pedir-Lhe perdão…
Para ajudar a criar um clima sereno, o catequista põe música ambiente adequada.
À medida que terminam a sua oração, o catequista explica o sentido do incenso. O incenso
é uma resina aromática que se oferece em homenagem a Deus. Queima-se e o fumo que
sobe é um símbolo da nossa oração que sobe até Deus.
Convida cada um a aproximar-se da cruz e do turíbulo com reverência, a pegar em alguns
grãos de incenso e a colocá-los sobre as brasas; nessa altura, podem dizer em silêncio a
oração que escreveram.
178
Mais vivo do
que nunca
179
C 18 Para o Catequista
Apresentação
Prenderam, torturaram e mataram Jesus. Ao metê-lo num túmulo, julgavam pôr um ponto final
nesta história de amor. Engano! Deus ressuscitou-O e Ele está mais vivo do que nunca.
Objetivos
Conhecer os relatos sobre a Ressurreição de Jesus.
Cultivar uma atitude de otimismo fundado na Ressurreição.
Louvar a Deus que em Cristo ressuscitado nos dá vida nova.
Conteúdos
Conceitos:
yy Conhecer os relatos sobre a ressurreição de Jesus
Procedimentos:
yy Identificar as ligações entre a ressurreição de Jesus e a Eucaristia
Atitudes:
yy Cultivar uma atitude de otimismo fundado na ressurreição
yy Louvar a Deus que em Cristo ressuscitado nos dá vida nova
Material
Balões de hélio
Cesto grande
Toalha ou cobertor
Vídeo “Ele está vivo” (disponível na pen multimédia)
Computador, projetor multimédia, colunas
4 folhas A4 (nota: levar mais para o caso de algum grupo se enganar)
Lápis/caneta
Gravação “Discípulos de Emaús” (disponível na pen multimédia)
Vendas para os olhos
Cruz pascal
Flores (naturais, se possível; uma por participante)
Canto “Jesus Cristo jamais morrerá” (disponível na pen multimédia)
180
Esquema
Experiência humana Atividade: Jesus não fica encerrado 10’ **
Do Catecismo
638. «Nós vos anunciamos a Boa-Nova de que a promessa feita aos nossos pais, a cumpriu
Deus para nós, seus filhos, ao ressuscitar Jesus» (Act 13, 32-33). A ressurreição de Jesus
é a verdade culminante da nossa fé em Cristo, acreditada e vivida como verdade central
pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela Tradição, estabele-
cida pelos documentos do Novo Testamento, pregada como parte essencial do mistério
pascal, ao mesmo tempo que a cruz:
«Cristo ressuscitou dos mortos.
Pela Sua morte venceu a morte,
e aos mortos deu a vida».
Síntese de conteúdos
Em toda a humanidade há um desejo profundo de vencer as forças do mal e da morte. Este
desejo está em nós porque fomos criados por Deus para a vida abundante e não para a
morte. A ressurreição de Jesus, o novo Adão, abre para todos a possibilidade de uma vida
que já não é dominada pela morte.
Os relatos
Cada um dos quatro evangelhos faz um relato à sua maneira do que sucedeu nos dias
seguintes à morte de Jesus. Apesar das diferenças, há alguns pontos em comum entre os
vários relatos:
Primeiro as mulheres e mais tarde os homens vão ao túmulo e descobrem que o
corpo de Jesus já lá não está.
Os primeiros a chegar ao túmulo encontram uns anjos que lhes dizem que Jesus já
não está morto, mas vive e que depressa Se revelará aos discípulos. (Em João, é Jesus
mesmo que Se revela a Maria Madalena).
Mais tarde, Jesus aparece a grupos de discípulos desejando-lhes a paz e encarregan-
do-os de continuar a sua missão. Muitas vezes, a reação inicial dos discípulos é de
medo. Mas rapidamente experimentam que Jesus está realmente ali, vivo. Igual ao
que era antes, mas, de algum modo, diferente.
Não sabemos como era Jesus ressuscitado. Ele aparece sem aviso e desaparece de repente.
Os discípulos sabem que não é um “fantasma” porque pode ser tocado e come com eles.
É diferente do que era antes porque algumas pessoas não O reconhecem logo; mas quando
O reconhecem, Ele é a mesma pessoa que tinham conhecido antes. Estar na sua presença
traz paz e esperança.
181
O significado
A importância da ressurreição não está apenas no facto em si: está naquilo que nos revela.
Jesus é confirmado como Filho de Deus. Ver Jesus ressuscitado era uma prova clara que
Jesus era mais do que um ser humano “normal”. Tomé tinha muitas dúvidas quanto à res-
surreição; mas quando se encontrou com Jesus vivo, ajoelhou-se e proclamou: “Meu Senhor
e meu Deus” (João 20, 28). A fé na ressurreição e a fé na encarnação andam de mãos
dadas. Acreditamos na divindade de Jesus porque antes acreditamos na sua ressurreição.
Todo o ensino de Jesus é verdadeiro. Quando Jesus foi preso, torturado e morto, os dis-
cípulos e as multidões ficaram convencidos que tudo o que Jesus tinha ensinado era falso.
Era um sonho bonito que se acabava. Mas Deus, ao ressuscitar Jesus, confirma que a men-
sagem anunciada por Jesus é verdadeira. A ressurreição é garantia que:
o amor de Deus por nós não tem limites;
a nossa realização como pessoas está em amarmos a Deus e ao nosso próximo;
o perdão é mais poderoso, mais divino, que a vingança;
em nome de Deus devemos partilhar e construir uma sociedade mais solidária;
as pontes que nos separam uns dos outros devem ser abolidas em nome de Deus.
182
O catequista terá também um papel importante em ajudar os catequizandos a fazer a
ponte entre os “factos” da ressurreição e o impacto que ela pode e deve ter na vida de cada
um de nós. Não faz sentido falar da ressurreição como de uma “coisa”, como se fosse algo
exterior a mim. A ressurreição não é imaginação; aconteceu realmente com Jesus. Mas essa
experiência de Jesus afeta-me muito positivamente.
Para cresceres
Sentes-te uma pessoa marcada pela ressurreição? Podes ser mais otimista ou pessimista.
Tudo depende do teu temperamento, da tua história de vida. Mas, a partir da ressurreição
de Jesus, podes enfrentar a vida com alegria. Sempre.
C 18 Desenvolvimento
Esta catequese é sobre a ressurreição, sobre a passagem da morte à vida de Jesus. Jesus não esco-
lheu a cruz por masoquismo; pelo contrário Ele amava a vida e escolheu viver a vida tão a sério que
não teve medo de enfrentar a cruz.
Experiência Humana
Atividade: Jesus não fica enterrado
Duração: 10 min.
Preparação
Coloca os balões de hélio dentro de um cesto e cobre-os com uma toalha ou um cobertor.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista começa por fazer a ligação à catequese anterior: “Vimos como Jesus morreu
na cruz. Mas a história não acabou com Jesus metido no sepulcro. Na manhã de Páscoa,
Jesus ressuscitou dos mortos.”
Mostra aos catequizandos o cesto com os balões. Diz-lhes que o cesto representa o túmulo.
A toalha é a pedra que fechava o túmulo. Quando Deus afastou a pedra, Jesus saiu do
túmulo. Retira a toalha e observa os balões a subir.
Convida os catequizandos a tentar meter os balões dentro do cesto. Mas só podem usar
um braço; o outro tem de estar atrás das costas. Os catequizandos podem trabalhar juntos
para apanhar os balões.
Etapa 2
Duração: 5 min.
Ao fim do tempo apropriado, o catequista reúne o grupo e pede-lhes que comentem o
que sentiram durante o jogo. É natural que se misturem os sentimentos de excitação (por
causa do movimento, da dificuldade de usar apenas um braço) e de frustração (é mesmo
muito difícil realizar a tarefa).
O catequista conclui: “Foi giro ver os balões a subir. Nós bem tentámos meter Jesus de
volta no túmulo, mas não conseguimos. Jesus está mais vivo do que nunca.”
183
Anúncio da Palavra
Atividade: Ele está vivo
Duração: 33 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista convida a assistir ao vídeo “Ele está vivo”.
Guião do vídeo “Ele está vivo”
Passado o sábado, Maria de Magdala, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram perfumes
para ir embalsamar Jesus. De manhã, ao nascer do sol, muito cedo, no primeiro dia da
semana, foram ao sepulcro.
Diziam entre si: «Quem nos irá tirar a pedra da entrada do sepulcro?» Mas olharam e viram
que a pedra tinha sido rolada para o lado; e era muito grande. As mulheres entraram no
sepulcro, viram um jovem sentado à direita, vestido com uma túnica branca, e ficaram
assustadas.
Ele disse-lhes: «Não vos assusteis! Buscais a Jesus de Nazaré, o crucificado? Ressuscitou;
não está aqui. Vede o lugar onde o tinham depositado. Ide, pois, e dizei aos seus discípulos
e a Pedro: ‘Ele vai à vossa frente a caminho da Galileia; lá o vereis, como vos tinha dito’.»
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista comenta: “Os evangelhos terminam com o relato da ressurreição de Jesus.
As pessoas julgavam que Jesus e o seu projeto de amor estavam acabados. Mas Deus é
cheio de surpresas e ressuscitou Jesus. Os evangelistas oferecem vários relatos de encon-
tros entre Jesus e os seus amigos. Vamos agora ver um desses encontros”.
O catequista pede que os participantes formem 4 grupos. Com as bíblias abertas em Lc 24,
13-35, pede que um elemento de cada grupo leia a passagem da seguinte forma:
1º grupo: Lc 24, 13-17;
2º grupo: Lc 24, 18-27;
3º grupo: Lc 24, 28-32;
4º grupo: Lc 24, 33-35.
1º Grupo: Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma
aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de
Jerusalém; e conversavam entre si sobre tudo o que acon-
tecera. Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se
deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho; os seus
olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer. Disse-lhes
Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto
caminhais?» Pararam entristecidos.
2º Grupo: E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único
forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nes-
tes dias!» Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe:
«O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em
obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; como os
184
sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para
ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que
fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá
vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas. É ver-
dade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram
perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada e, não
achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns
anjos, que afirmavam que Ele vivia. Então, alguns dos nossos
foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres
tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.» Jesus disse-lhes, então:
«Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em
tudo quanto os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de
sofrer essas coisas para entrar na sua glória?» E, começando
por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes,
em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito.
3º Grupo: Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção
de seguir para diante. Os outros, porém, insistiam com Ele,
dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já
está no ocaso.» Entrou para ficar com eles. E, quando se pôs
à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o par-
tir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se e reconhe-
ceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram,
então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele
nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
4º Grupo: Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e
encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros, que
lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu
a Simão!» E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo
caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o
pão.
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista dá a cada grupo uma folha branca de tamanho A4. Depois, pede-lhes que
releiam os versículos atribuídos na etapa anterior e que os ilustrem na folha. Os participan-
tes não se devem preocupar muito com a qualidade e a técnica do desenho.
Etapa 4
Duração: 5 min.
Os grupos apresentam a sua ilustração pela ordem da passagem, devendo explicá-la e
mencionar os sentimentos dominantes das personagens.
Etapa 5
Duração: 5 min.
O catequista faz algumas perguntas e oferece algumas informações para melhorar a com-
preensão do texto.
185
Quem são os primeiros personagens a aparecer neste relato?
yyO relato começa falando de “dois discípulos”. Um deles chamava-se Cléofas.
O outro fica sem nome, como que a dizer que podes ser tu, que vais naquele
caminho, para se encontrar com Jesus.
Para onde é que eles vão?
yyEmaús era uma aldeia a doze quilómetros de Jerusalém.
Quem é que se junta a estes dois?
yyÉ o próprio Jesus. Mas eles não sabem que é Ele. Pensam que é um forasteiro, um
dos tantos peregrinos que tinham estado em Jerusalém para as festas da Páscoa.
Mais um que viera de longe. E que não conhecia a história de Jesus.
De que é que conversam ao longo do caminho?
yyDo que tinha sucedido a Jesus, que dizia ser o Messias.
Como é que os dois discípulos se sentiam com a morte de Jesus?
yyTristes, abatidos, desanimados. Abandonam a cidade e os outros discípulos. Já não
há nada a fazer.
Como é que Jesus chama aos dois discípulos?
yy“homens sem inteligência”. Jesus censura-os porque deveriam conhecer o destino
de sofrimento que o Messias teria de enfrentar. O profeta Isaías chamara ao Mes-
sias, o “servo sofredor”.
Quando é que os discípulos, finalmente, reconhecem Jesus ressuscitado?
yyQuando se sentam à mesa e Jesus repete os gestos da última ceia, da Eucaristia.
O que é que mudou na atitude dos discípulos depois de reconhecerem Jesus?
yyEstão cheios de energia, quiseram voltar para Jerusalém, para se reencontrarem
com os amigos.
Etapa 6
Duração: 5 min.
O catequista convida a um momento de expressão corporal. Se necessário, prepara o
espaço para que os catequizandos se possam mover sem obstáculos. Explica que vão
escutar uma gravação com música (“Discípulos de Emaús”) e a leitura do relato dos dis-
cípulos de Emaús. De olhos fechados (ou com vendas nos olhos), procuram identificar os
sentimentos presentes no relato e exprimi-los com gestos, movimentos, posturas. Sempre
em silêncio. Não se trata de fazer mímica do relato, mas sim de dar forma com o corpo aos
sentimentos dos personagens.
Etapa 7
Duração: 5 min.
O catequista, num ambiente descontraído, convida a comentar a experiência feita na etapa
anterior. Quais as situações em que foi mais difícil identificar os sentimentos dos persona-
gens?
186
Expressão de fé
Atividade: Quero viver a cores
Duração: 17 min.
Preparação
Cruz pascal e tantas flores naturais quantos os participantes. Convém que as flores sejam
de cores diferentes para favorecer a sintonia com a oração proposta “Quero viver a cores”.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista explica que, para este momento de oração, se vai recorrer a um símbolo muito
comum em algumas das nossas paróquias. No dia de Páscoa, é costume beijar uma cruz
florida; é uma cruz normal que está adornada com flores. É um gesto que mostra a adesão
de quem o faz à ressurreição de Jesus. Na cruz, que foi instrumento de morte, brotam as
flores, símbolo do Deus da vida. De seguida, entrega a cada um dos participantes uma flor
e informa-os que irão adornar uma cruz. Assim, e sob a orientação do catequista, o grupo
adorna a cruz apresentada pelo catequista. No final, deverá ser colocada no centro do
espaço de oração.
Etapa 2
Duração: 4 min.
Com a cruz no centro do espaço de oração e com os participantes serenados, o catequista
pede aos catequizandos que abram a sua Bíblia na passagem dos discípulos de Emaús
(Lc 24, 23-35). De seguida, explica que cada um deve ler devagar para si o texto de novo.
Sempre que alguém encontrar uma frase que lhe chame mais a atenção, pode lê-la alto.
Se for das primeiras vezes que o catequista recorre a este tipo de leitura, é conveniente
explicar algumas regras:
Não se trata de encontrar a melhor frase;
Não se dão prémios a quem ler mais frases;
Deve-se sempre manter um tom de voz adequado ao momento de oração.
Etapa 3
Duração: 4 min.
Assim que o catequista sentir que o exercício chegou ao fim, deverá pegar na cruz florida e
apresentá-la a cada um dos catequizandos para que a beijem. Se necessário, explica que este
gesto (que pode ser já conhecido pelos pré-adolescentes) mostra o nosso agradecimento a
Deus e a nossa vontade de nos comprometermos com Jesus ressuscitado. No final, todos
juntos, e à volta da cruz, deverão rezar a oração “Quero viver a cores” que se encontra no
livro do catequizando, na página 72.
Quero viver a cores
187
Gostaria de pintar de laranja
as caras escuras dos meus pais
que já não sabem rir, só discutem.
Vou encher de vermelho os corações
enegrecidos dos idosos
sempre sós e abandonados.
Vou meter umas gotas de verde
nos olhos inflamados dos colegas
que se armam em prepotentes.
Darei umas pinceladas douradas
na minha alma para que Tu, Senhor,
ao entrares, Te sintas acolhido
como em tua casa, como um amigo
que vive para mim e comigo.
Etapa 4
Duração: 4 min.
Para finalizar o catequista convida os participantes a cantarem o canto “Jesus Cristo jamais
morrerá”, que se encontra no livro do catequizando na página 72.
188
O Espírito
oferecido
189
C 19 Para o Catequista
Apresentação
O Espírito Santo que pairava sobre as águas na criação, o Espírito que impulsionou os profetas,
o Espírito que desceu sobre Maria, o Espírito que enviou Jesus à missão… foi-nos dado. Vivemos
nesta relação feliz com Deus através desse Espírito que nos põe em comunhão com Jesus e o Pai
e que nos dá luz e força para testemunhar o Evangelho.
Objetivos
Conhecer o Espírito Santo como uma das pessoas da Santíssima Trindade, ativa e presente hoje
na Igreja e na vida.
Cultivar o acolhimento do Espírito como fonte de compromisso, serviço e testemunho.
Conteúdos
Conceitos:
yy O Espírito, presente e ativo hoje na Igreja e na vida
Procedimentos:
yy Usar os símbolos para exprimir a fé no Espírito Santo
Atitudes:
yy Acolher o Espírito como fonte de compromisso, serviço e testemunho
Material
Cartaz nº 10 (disponível na pasta de apoio)
Lanterna ou candeeiro
Espiral de papel, pau, vela (ver indicações de montagem na atividade “Os símbolos do Espírito”)
Vídeo “Símbolos do Espírito Santo” (disponível na pen multimédia)
Computador, projetor multimédia, colunas
Canção “Espírito Santo (ao longo da vida)” (disponível na pen multimédia)
Esquema
Experiência humana Atividade: Às escuras 10’ ***
190
Do Catecismo
747. O Espírito Santo, que Cristo-cabeça derrama sobre os seus membros, constrói, anima e
santifica a Igreja. Ela é o sacramento da comunhão da Santíssima Trindade com os homens.
Síntese de conteúdos
Na catequese falamos muito de Deus Pai e de Jesus. É mais raro escutar pessoas a falar do
Espírito Santo. Mas sem o Espírito, a nossa experiência de Deus fica incompleta.
A missão do Espírito
No início da Criação, podemos ler: “No princípio, quando Deus criou os céus e a terra, a terra
era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus movia-se sobre a
superfície das águas” (Gn 1, 1-2). O Espírito Santo esteve em ação também ao longo da his-
tória da salvação do povo hebreu. No Antigo Testamento não abundam as referências, mas
há algumas. O povo eleito associava intimamente o Espírito de Deus à profecia e acreditava
que Deus falava através dos profetas.
No Novo Testamento há mais referências ao Espírito. Lucas é o evangelista que mais des-
taque Lhe dá. O Espírito Santo enche João Batista desde o seu nascimento (Lc 1, 15) e é
através do poder do Espírito que Jesus é concebido em Maria (Lc 1, 35). O Espírito está
presente em Isabel (Lc 1, 41) e Simeão (Lc 2, 25) de modo que eles conseguem reconhecer
a divindade de Jesus. O Espírito Santo desce sobre Jesus no seu batismo (Lc 3, 22) e está
com Ele depois do seu tempo no deserto (Lc 4, 1).
Nos quatro evangelhos, João Batista profetiza que Jesus batizará os seus seguidores com
o Espírito Santo. Quando Jesus foi batizado, o Espírito Santo veio sobre Ele sob a forma de
uma pomba. Em João, na última ceia, Jesus promete aos seus discípulos que depois da sua
morte, o Espírito virá sobre eles: “Eu pedirei ao Pai e Ele vos dará outro defensor para que
esteja sempre convosco, o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não
o vê nem o conhece; vós é que o conheceis, porque permanece junto de vós, e está em vós.
(…) o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há-de
recordar-vos tudo o que Eu vos disse” (Jo 14, 16.26).
Esta lista de citações mostra que onde está Jesus, aí está o seu Espírito. Os dois têm a
mesma missão e a sua ação não pode ser separada. Mas o papel do Espírito não é chamar
a atenção sobre Si mesmo, mas sim revelar-nos o Pai e o Filho.
Para cresceres
Da próxima vez que participares na Eucaristia, presta atenção aos momentos em que se
invoca o Espírito Santo, em que se pede a sua presença e força.
191
C 19 Desenvolvimento
Através de atividades enérgicas e símbolos ricos, os catequizandos vão poder descobrir como é real
e atuante nas suas vidas o Espírito de Jesus.
Experiência Humana
Atividade: Às escuras
Duração: 10 min.
Preparação
Coloca-se em lugar central uma imagem de Jesus (cartaz
nº 10) iluminada por uma lanterna ou candeeiro. É impor-
tante que não haja luz natural na sala, de modo que quando
se desligue essa lanterna, toda a sala fique completamente
às escuras. Conforme o uso dos grupos, recolhe os telemó-
veis (para evitar que estraguem o efeito da dinâmica).
Etapa 1
Duração: 3 min.
Ao entrar (ou depois do acolhimento), a sala fica às escuras. A única luz que se vê é a lan-
terna que aponta para a imagem de Jesus. O catequista pergunta o que conseguem ver.
Naturalmente, só se vê a imagem de Jesus. O catequista pode, com a colaboração de todos,
recuperar o que descobriram nas últimas catequeses sobre Jesus.
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista desliga a lanterna. Assim, a sala fica completamente às escuras. Pedindo
calma, o catequista pergunta o que é que conseguem ver. Insiste e pergunta se conseguem
ver Jesus. A resposta será, obviamente, negativa.
Etapa 3
Duração: 4 min.
O catequista liga de novo as luzes e pede aos membros do grupo que digam como se
sentiram às escuras. Com naturalidade, dá espaço à partilha. Depois diz: “Aquela lanterna
permitiu-nos ver a imagem de Jesus. Sem ela, não conseguimos ver Jesus. Na vida real, fora
deste jogo que fizemos, aquela lanterna é como o Espírito Santo. É Ele que nos permite ver
Jesus… e vencer a escuridão.”
192
Anúncio da Palavra
Atividade: Soprou
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida a abrir as bíblias em João 20, 19-22. Pede um voluntário para ler o
texto com calma. Depois, o catequista pede ao grupo que resuma o relato.
Para ajudar a aprofundar o sentido do texto sugere algumas perguntas:
Em que dia decorrem estes acontecimentos? (Domingo de Páscoa)
Onde decorre a ação? (dentro de casa)
Quem são os personagens? (Jesus, os discípulos)
O que é que Jesus dá? (a paz, a missão, o Espírito Santo)
Etapa 2
Duração: 10 min.
O catequista convida a encenar o episódio. Mais do que fazer um “teatro” corrido, o cate-
quista irá sublinhar alguns momentos e situações do relato e o grupo terá de procurar uma
posição corporal adequada.
v. 19b: veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Um dos catequizandos faz de Jesus. Onde é que Ele está? (fora da casa) Mas conse-
gue entrar em casa sem esforço. Como é que Ele faz isso?
Os que faziam de “casa” podem juntar-se aos discípulos.
Jesus coloca-Se no meio dos discípulos. Como é que os discípulos se colocam face
a Jesus. Olham para Ele ou estão de costas? Olham para Ele ou para o chão? Estão
perto ou longe?
Que gestos serão bons para exprimir a paz que Jesus lhes dá?
v. 20: Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por
verem o Senhor.
O que é que há de especial para ver nas mãos e no peito de Jesus? (as marcas dos
pregos e da lança)
Os discípulos reagem com alegria. Como é que colocas os braços para demonstrar
essa alegria? Porque é que eles estão alegres ao rever Jesus? Como é que está a
cara deles?
193
v. 21: E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também
Eu vos envio a vós.»
Se houver gestos alternativos que não foram usados no versículo 19b para represen-
tar Jesus a dar-nos a paz, podemos usá-los agora.
Jesus passa para nós os seus amigos, a sua Igreja, a sua missão. Como é que Jesus
faz isso?
Preparação
É importante preparar e saber usar a “espiral”. É uma experiência científica tradicional que
podemos usar para simbolizar a ação do Espírito Santo. Numa base sólida coloca-se um
pau de espetada na vertical. Recorta-se uma espiral em papel leve. Apoia-se a espiral no
topo do pau. Na base acende-se uma pequena vela. O ar quente gerado pela vela acesa faz
mover a espiral. Aqui está um vídeo com as instruções:
https://www.youtube.com/watch?v=sxFp3hchVYw
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista diz: “Já sabemos que fomos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo. Quando começamos a rezar, também dizemos em nome do Pai, do Filho e do Espí-
rito Santo. Nós já sabemos bastantes coisas sobre Jesus e sobre Deus Pai. Mas parece que
sabemos menos sobre o Espírito Santo. Quando Jesus ressuscitou, Ele quis ficar connosco.
E para isso enviou-nos o seu Espírito Santo.”
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista apresenta a “espiral”. Coloca a espiral em cima do pau, acende a vela e con-
vida o grupo a observar o que sucede. Sem que ninguém toque na espiral de papel, esta
começa a mover-se. Alguém consegue explicar esta “magia”?
Depois de recolher várias hipóteses explica que não há nenhuma magia. A vela, com a sua
energia, aquece o ar que provoca o movimento da espiral. E acrescenta que é um bom
símbolo da ação do Espírito Santo: não se vê o Espírito Santo mas Ele provoca movimento.
Etapa 3
Duração: 8 min.
O catequista convida a ver o vídeo “Símbolos do Espírito Santo”.
Guião do vídeo “Símbolos do Espírito Santo”
O Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, é representada na Bíblia e na
vida da Igreja através de vários símbolos. O Espírito é vento e é respiração. Não vemos o ar
em movimento, mas sentimos os seus efeitos e sem ele não podemos viver.
194
No batismo com água somos marcados pelo Espírito Santo. No relato da morte de Jesus,
um soldado espeta uma lança no peito de Jesus e daí sai sangue e água. No Antigo Testa-
mento, as fontes de água fresca e abundante são também sinais da abundância que o Espí-
rito traz. A pomba é um dos símbolos mais comuns. Quando Jesus foi batizado, o Espírito
desceu sobre Ele em forma de pomba.
No Pentecostes, o Espírito manifestou-se como línguas de fogo. O Espírito, como o fogo,
é energia transformadora. O óleo, ou crisma, é outro símbolo do Espírito. Usado no batismo,
na confirmação, na ordenação ou na unção dos doentes. O óleo na pele da pessoa é sinal
da presença do Espírito e da sua força no coração dessa pessoa.
Jesus curava os doentes e abençoava as crianças impondo as mãos sobre eles. Em nome
de Jesus os apóstolos faziam o mesmo. Durante a Eucaristia, o sacerdote impõe as mãos
sobre o pão e o vinho, e pede que o Espírito desça e os transforme no corpo e sangue de
Jesus.
No final do vídeo, o catequista pergunta se já viram alguns desses símbolos a serem usados.
Etapa 4
Duração: 4 min.
O catequista comenta: “Na Bíblia, na arte cristã, encontramos estes vários símbolos do
Espírito Santo. Mas, se calhar, falta-nos prestar atenção a um símbolo ainda mais interes-
sante. São as pessoas que perto de nós mostram o Espírito Santo em ação. São as pessoas
que, aqui perto de nós, continuam a fazer os mesmos gestos de Jesus. São as pessoas que
como aquela vela, fazem a maravilha de provocar movimento.”
E convida os catequizandos a identificar pessoas que, guiadas pelo Espírito Santo, fazem
gestos de bondade, de esperança e de perdão.
Expressão de fé
Atividade: Sopra em mim Espírito Santo
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 6 min.
O catequista convida todos os participantes a colocarem-se numa atitude (interior e exte-
rior) de oração e recorda como, ao longo da catequese, descobrimos que todos os cristãos
recebem o mesmo Espírito no Batismo e que esse Espírito Santo é fonte de mudança.
Assim, e à semelhança dos apóstolos, temos de anunciar Jesus com as nossas obras. Mas
de que forma o fazemos? Através das qualidades que Ele nos dá. Seguidamente, o cate-
quista pede aos participantes que enumerem, pelo menos, uma qualidade que possuem.
Depois de todos terem falado, pede-lhes que agora expressem o que podem ou devem
fazer com essa qualidade.
Etapa 2
Duração: 3 min.
Enumeradas as qualidades e reveladas as obras que podem com elas realizar, o catequista
convida os participantes para, em coro, rezarem a oração “Sopra em mim”, que se encontra
no livro do catequizando, na página 76.
195
O catequista dá inicio à oração dizendo:
«Peçamos ao Espírito Santo que desça sobre nós, como desceu aos discípu-
los no dia de Pentecostes, e que nos ilumine e nos encha com a sua força,
ajudando-nos a colocar as nossas qualidades ao serviço dos outros e a viver
como Jesus. Rezemos juntos, …»
Sopra em mim
Santo Espírito, da minha indiferença
dizem-me que és como o vento: diante de quem precisa de uma mão
sopra, pois, dentro de mim e é desprezado por todos.
e varre o pó das palavras Dizem-me
com que agrido os colegas. que és como uma pomba:
Dizem-me também acalma os meus nervos,
que és como o fogo: sempre à flor da pele,
derrete o gelo e traz-me um pouco de serenidade.
Etapa 3
Duração: 3 min.
De seguida, o catequista propõe que, em silêncio, cada um faça uma pequena oração em
que pede ao Espírito Santo uma graça. Pode ser para dar:
mais paz à família,
saúde a um amigo,
mais paciência ao próprio, etc…
Etapa 4
Duração: 5 min.
Para concluir o encontro, o catequista propõe aos participantes o canto que se encontra
no livro do catequizando, na página 76:
196
Os dons do
Espírito Santo
197
C 20 Para o Catequista
Apresentação
O Espírito Santo é real. Está presente na nossa vida. Dá-nos força e entusiasmo para vivermos uma
vida de fé feliz com os seus sete dons.
Objetivos
Conhecer a lista e o significado dos dons do Espírito Santo.
Viver o quotidiano amparado pelo Espírito e os seus dons.
Conteúdos
Conceitos:
yy A lista dos sete dons do Espírito
Procedimentos:
yy Identificar situações pessoais onde o Espírito e os seus dons pode ser uma ajuda
preciosa
Atitudes:
yy Sentir-se grato pelos dons do Espírito Santo na vida concreta
Material
Bombons sem invólucro original e colocados dentro de saquetas de papel de cores várias (em número
igual aos catequizandos)
Cartaz nº 17 (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Sete dons” (disponível na pen multimédia)
Canção “Vem, Espírito de vida” (disponível na pen multimédia)
Cartolina e marcadores
7 velas
Esquema
Experiência humana Atividade: O sabor dos bombons 10’ **
198
Do Catecismo
1831. Os sete dons do Espírito Santo são: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza,
ciência, piedade e temor de Deus. Pertencem em plenitude a Cristo, filho de David. Comple-
tam e levam à perfeição as virtudes de quem os recebe. Tornam os fiéis dóceis, na obediên-
cia pronta às inspirações divinas.
Síntese de conteúdos
A presença do Espírito Santo na vida dos crentes fortalece a nossa pertença à Igreja e o
nosso empenho em nos comprometermos com o estilo de vida proposto por Jesus.
Os dons do Espírito
Tradicionalmente, falamos dos dons do Espírito Santo. Estes sete dons representam todos
os dons que Deus nos dá para uma vida segundo o Evangelho. Normalmente encontra-se
a origem desta lista de sete dons no profeta Isaías: “Sobre ele repousará o espírito do
Senhor: espírito de sabedoria e de entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, espí-
rito de ciência e de temor do Senhor” (Is 11, 2).
Aqui estão algumas descrições que nos podem ajudar.
Sabedoria. Com o dom da sabedoria somos capazes de perceber a ação de Deus em
nós e no mundo. Para a pessoa sábia, as maravilhas da natureza, os acontecimentos
históricos, os altos e baixos da vida, têm sempre um significado mais profundo à luz
da fé.
Entendimento. Com o dom do entendimento nós compreendemos como se vive como
seguidor de Jesus. Uma pessoa com entendimento não se deixa perturbar nem con-
fundir pelas mensagens contraditórias que recebe.
Conselho. Com o dom do conselho sabemos e ajudamos os outros a ver a diferença
entre o certo e o errado e encorajamos a fazer o que está certo.
Fortaleza. Com este dom, superamos a nossa fraqueza e estamos disponíveis para
enfrentar todos os riscos que há em ser discípulos de Jesus. Uma pessoa com forta-
leza tem a coragem de afirmar aquilo que está certo aos olhos de Deus, mesmo com
risco de enfrentar rejeição e recusa.
Ciência. Com o dom da ciência acolhemos o significado da revelação de Deus, espe-
cialmente aquilo que está na vida e nas palavras de Jesus. Uma pessoa com ciência
quer sempre saber mais sobre a Escritura e a Tradição.
Piedade. Com este dom temos um profundo sentido de respeito por Deus e pelos
seus mistérios. Uma pessoa piedosa reconhece que está sempre nas mãos de Deus e
vive com humildade, confiança e amor.
Temor de Deus. Com este dom damo-nos conta da glória e da majestade de Deus.
Uma pessoa com temor de Deus reconhece agradecida que Deus é tudo o que de
melhor podemos desejar.
199
catequese desejamos ajudá-los a perceber os sete dons do Espírito como algo importante
para a sua vida, para a maneira como correm, jogam, se relacionam com os amigos e a
família. Mais do que uma lista de nomes a decorar, queremos que os catequizandos vivam
uma existência aberta ao Espírito e aos seus dons.
Para cresceres
Pensa com calma na tua vida neste momento. Faz uma lista dos vários aspetos, ambien-
tes, pessoas que são importantes para ti. Quais os itens onde sentes que a tua vida está a
correr menos bem?
Olha com atenção para a lista dos dons do Espírito. Para corrigir essas situações menos
boas, qual destes sete dons te parece mais importante pedir ao Espírito que dá vida?
C 20 Desenvolvimento
O Espírito Santo, “Senhor que dá a vida” (como diz o credo), oferece-Se a cada um de nós para
vivermos uma vida mais à imagem de Jesus, uma vida mais cheia de luz e sentido. A descoberta dos
seus sete dons vai ajudar os mais novos a tornar realidade essa vida feliz.
Experiência Humana
Atividade: O sabor dos bombons
Duração: 10 min.
Preparação
O catequista recolhe um certo número de bombons, retira-lhes a embalagem e coloca-os
dentro de saquetas de papel de várias cores.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista mostra ao grupo um bom lote de bombons. Estão em saquetas de papel de
várias cores. O catequista pergunta ao grupo qual o sabor dos bombons.
É natural que haja respostas variadas e discordantes. Passado algum tempo sem acordo,
o catequista pergunta como é que podemos chegar a saber qual o sabor dos bombons. A res-
posta só pode ser uma: prová-los.
Etapa 2
Duração: 5 min.
Depois de todos provarem o seu bombom, o catequista explica o sentido desta dinâmica:
“Tal como só ficamos a conhecer o sabor dos bombons quando os provamos, só ficamos a
conhecer quem é o Espírito Santo, quando saboreamos os seus dons.”
200
Anúncio da Palavra
Atividade: Bons dons
Duração: 25 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista convida a pegar nas bíblias e a procurar 1 Cor 12, 4-11. Pede um voluntário
para ler a passagem.
Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de
serviços, mas o Senhor é o mesmo; há diversos modos de agir, mas é
o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a mani-
festação do Espírito, para proveito comum. A um é dada, pela acção
do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência,
segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro,
o dom das curas, no único Espírito; a outro, o poder de fazer milagres;
a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro,
a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas.
Tudo isto, porém, o realiza o único e o mesmo Espírito, distribuindo a
cada um, conforme lhe apraz.
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista comenta que São Paulo, ao escrever esta carta aos cristãos da cidade de
Corinto, no século I, estava numa situação parecida com a nossa, quando nos perguntávamos
pelo sabor dos bombons. “A que é que sabe o Espírito Santo?” É pelos seus dons que
O conhecemos.
E acrescenta: “A partir da Bíblia, os cristãos fizeram uma lista de 7 dons principais do Espí-
rito Santo.” Convida a observar o cartaz nº 17, com a lista desses dons e o seu significado.
201
Etapa 3
Duração: 4 min.
O catequista convida a, individualmente, fazer o jogo proposto no livro do catequizando,
página 82, na secção Pica-miolos. Há nuvens de várias cores e com frases enigmáticas que
se referem a cada um dos dons do Espírito. Os catequizandos, com as indicações do cartaz
nº 17 (e alguma ajuda do catequista) devem descobrir que cores correspondem a que dom.
Etapa 4
Duração: 10 min.
O catequista convida a observa o vídeo “Sete dons” para perceber melhor o que significa
cada um destes dons que o Espírito nos oferece.
Guião do vídeo “Sete dons”
Deus é generoso.
Para sermos mais felizes, enviou-nos o seu Filho Jesus para viver e nos anunciar o Evangelho
Durante a sua vida, Jesus foi guiado e animado pelo Espírito Santo.
Depois da sua ressurreição, Jesus entregou aos seus amigos esse mesmo Espírito divino.
E quando nós, os amigos de Jesus, acolhemos o Espírito Santo, Ele oferece-nos os seus dons.
O primeiro desses dons é o conselho. Na Bíblia, o conselho é o projeto de Deus para cada
um de nós. Este dom, este presente do Espírito ajuda-te a conhecer aquilo que Ele espera
de ti. Este dom acontece colocando à tua volta pessoas de confiança (pais, catequistas,
amigos…) que te indicam o bom caminho a seguir. E o Espírito Santo espera que tu, com as
tuas palavras e os teus gestos, saibas dar bom conselho aos teus amigos.
O segundo dom é a sabedoria. Com ela percebemos como funciona a vida, a que coisas
devemos dar importância. A sabedoria diz-nos como as pequenas e grandes alegrias aju-
dam a viver melhor, mas não duram sempre. Por isso, a pessoa sábia constrói a sua casa
sobre a rocha e não sobre a areia. É com a sabedoria que olhamos para os outros com o
mesmo olhar de Deus Pai.
A fortaleza é o dom do Espírito que nos ajuda a resistir à tentação que nos leva ao mal e
nos dá força para fazer o bem. É com este dom que conseguimos ser fiéis aos nossos com-
promissos para com Deus, nós mesmos, a nossa família.
A inteligência faz-nos reconhecer a presença de Deus nas várias coisas que nos acontecem
ao longo do dia. Conseguimos ver para lá das aparências e ver as coisas como são. A pessoa
inteligente não dá importância à aparência, à fofoquice, à banalidade. Com a inteligência,
procuramos a verdade nas pessoas e nas palavras que ouvimos e que dizemos.
A piedade ajuda-nos a reconhecer Deus como um Pai bondoso que ama a todos, com quem
dá gosto dialogar. Com este dom sentimo-nos filhos de Deus e irmãos uns dos outros.
O temor faz-nos perceber que Deus deve ser respeitado. Não precisamos de ter medo que
Deus Se zangue ou que nos castigue. Mas não podes enganar ou desprezar a Deus. Nas
tuas palavras e nos teus gestos, o dom do temor ajuda-te a tratar a Deus como Ele merece.
A ciência é o sétimo dom. Na Bíblia, significa conhecimento, amor total para com Deus.
Ao conhecer a Deus, o cristão vê as pessoas e as coisas em relação a Deus. Este dom da
ciência ajuda-nos a amar a natureza porque é criação de Deus. Ajuda-nos a compreender os
outros e caminhar com eles em direção à felicidade a que Deus nos chama.
Etapa 5
Duração: 5 min.
O catequista pede ao grupo que descreva, por palavras suas, o significado de cada um dos
sete dons.
202
Expressão de fé
Atividade: Sinfonia espiritual
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 10 min.
O catequista diz: “O Espírito Santo é como um compositor musical que quer fazer na nossa
vida uma bela melodia. E os seus dons são como as sete notas de que se fazem todas as
canções.” Divide os participantes em grupos de 3 elementos cada. Cada grupo deve fazer
um acróstico com os efeitos do Espírito Santo na vida concreta. A respeito de cada um dos
sete dons, têm que escrever uma pequena frase sobre esse dom na vida concreta; mas
nessa frase têm que aparecer as notas musicais. Por exemplo: “A sabedoria é um DOm de
Deus”, ou “A fortaleza faz-nos REsistir ao mal”…
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista convida os grupos a partilharem as suas propostas e a fazerem um cartaz
que resuma tudo.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista ensaia o refrão “Vem, Espírito de Deus”, que vai ser usado na etapa seguinte
da oração.
Vem, ó Espírito de Deus,
vem, ó Espírito de vida. (4 vezes)
Etapa 2
Duração: 7 min.
Como decoração para este momento de oração, o catequista coloca em lugar central o
cartaz nº 17, ladeado de 7 velas acesas. Explica que elas representam os sete dons que o
Espírito Santo oferece a todos os amigos de Jesus.
O catequista convida a abrir os livros do catequizando, na página 81, onde está o texto da
oração (Falo contigo). Distribui os leitores de cada texto.
O catequista convida a acalmar a respiração, a colocar-se na presença de Deus. E diz:
“Começamos esta nossa oração com o gesto que nos recorda o amor que Deus tem por
nós: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
Refrão cantado
Espírito Santo,
sou como uma árvore plantada junto ao rio,
um rio de água viva que jorra para sempre.
203
Ajuda-me a ser capaz de parar,
para escutar o murmúrio da palavra de Vida,
que é a palavra de Jesus Cristo ressuscitado.
R/ Refrão cantado
Espírito Santo,
sou como uma árvore plantada junto ao rio,
que me alimenta dia e noite com uma água viva.
Ajuda-me a ser uma árvore florida
capaz de produzir muitos e saborosos frutos
para a vida e salvação de todo o mundo.
R/ Refrão cantado
Espírito Santo,
sou como uma árvore plantada junto ao rio,
que lança raízes em largura e profundidade.
Ajuda-me a viver uma fé entusiasmada,
que nada nem ninguém pode derrubar
e me mantenha erguido, de pé.
R/ Refrão cantado
Espírito Santo,
sou como uma árvore plantada junto ao rio,
que cresce lenta e silenciosamente, sem ruído.
Faz com que aceite viver uma vida sem dar nas vistas,
crescendo dia-a-dia no amor e no serviço aos irmãos,
em gestos sacrificados que só Deus conhece.
R/ Refrão cantado
Espírito Santo,
sou como uma árvore plantada junto ao rio,
que por vezes é sacudida por vendavais e invernias.
Ajuda-me a resistir a todas as dificuldades
e, quando chegar o meu último dia nesta terra,
eu seja recebido na casa do Deus dos vivos.
R/ Refrão cantado
204
A Igreja
somos nós
205
C 21 Para o Catequista
Apresentação
O Espírito de Jesus ressuscitado dá-nos vida e une-nos na sua Igreja para juntos experimentarmos
o amor que vem de Deus e para partilharmos esse amor uns com os outros.
Objetivos
Perceber a Igreja como continuação do projeto de Jesus.
Sentir-se unido a todos os seguidores de Jesus.
Entender a Igreja como uma realidade de fé.
Conteúdos
Conceitos:
yy A Igreja continua o projeto de Jesus
Procedimentos:
yy Listar os preconceitos mais populares acerca da Igreja
yy Identificar boas práticas eclesiais que mostram a continuidade com a prática de
Jesus
Atitudes:
yy Sentir-se unido a todos os seguidores de Jesus
yy Valorizar a Igreja como lugar de salvação
Material
Folha em branco
Caneta ou lápis
Folha de papel (para o origami)
Quadro ou cartolina
Vídeo “A Igreja de Jesus” (disponível na pen multimédia)
Computador, projetor multimédia, colunas
Círio pascal
Música de fundo - “fundo08” (disponível na pen multimédia)
Gravação de Act 4, 32-37 (disponível na pen multimédia)
Aros de plástico (diâmetro 90 e 70 cm)
Canção “Partilhar” (disponível na pen multimédia)
206
Esquema
Experiência humana Atividade: Colaborar 10’ **
Do Catecismo
752. Na linguagem cristã, a palavra «Igreja» designa não só a assembleia litúrgica, mas
também a comunidade local ou toda a comunidade universal dos crentes. Estes três
significados são, de facto, inseparáveis. «A Igreja» é o povo que Deus reúne no mundo
inteiro. Ela existe nas comunidades locais e realiza-se como assembleia litúrgica, sobretudo
eucarística. Vive da Palavra e do Corpo de Cristo, e é assim que ela própria se torna Corpo
de Cristo.
Síntese de conteúdos
Muitas pessoas estão dispostas a aceitar Jesus e o seu Evangelho. Mas custa-lhes muito
aceitar que a salvação que Ele veio trazer esteja hoje na Igreja. Seja por causa dos pecados
da Igreja, do individualismo que a todos nos domina ou por outra razão qualquer, o tema da
Igreja acaba por se tornar um peso.
Um povo
Diz o Vaticano II que Deus não quis salvar os homens de forma isolada, mas unidos num
povo (Lumen Gentium 9). Este povo não está unido pela raça nem por um ideal social ou
político, mas sim pela ação do Espírito Santo. Quando as fórmulas de fé (credos) falam da
Igreja, fazem-no sempre ligando a Igreja ao Espírito. É escutando e acolhendo a voz do Espí-
rito que os discípulos de Jesus tomam consciência que são um povo, que estão chamados
a viverem unidos.
Luzes e sombras
Ao longo da história, a Igreja, a comunidade dos crentes, atraiçoou muitas vezes o Evan-
gelho do seu Senhor. Descuidou o serviço aos pobres, procurou a riqueza e o poder, foi
intolerante… Mas, nestes vinte e um séculos, a Igreja também soube viver o Evangelho com
entusiasmo. Houve sempre homens e mulheres que com muita criatividade e generosidade
levaram a bondade de Deus a quem precisava.
A origem da Igreja
Jesus inaugurou a Igreja chamando os apóstolos “para estarem com Ele e para os enviar
a pregar o Reino de Deus” (cf. Mc 3, 14). Este grupo dos Doze apóstolos nasceu dum
chamamento pessoal de Jesus. Ele pegou neste conjunto de homens, cada um com o seu
emprego, a sua história, as suas dúvidas e fê-los romper com a sua forma anterior de viver:
eles “deixaram imediatamente a barca e o pai e seguiram Jesus” (cf. Mt 4, 20-22).
207
Depois de Jesus ter sido crucificado, os apóstolos estavam escondidos com medo. No meio
do seu abatimento e tristeza, no primeiro dia da semana, “Jesus entrou, colocou-Se no meio
deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco»” (cf. Jo 20, 19). A ressurreição de Jesus marca o
momento crucial do nascimento da Igreja. Sem a experiência poderosa de Deus que ressus-
cita Jesus, jamais teríamos Igreja. É preciso entender a Igreja a partir da experiência pascal
e não a partir da sua organização atual.
A Igreja nasce como grupos concretos de pessoas que tornam real a convivência fraterna
desejada por Jesus, atuam a pregação do Evangelho e a celebração dos sacramentos. Foi
a estes grupos concretos que, primeiramente, se chamou “Igreja”. É-se Igreja por se ser
“assembleia convocada” por Deus em Jesus. Igreja é a comunidade que se reúne em nome
de Jesus e não de outros interesses ou objetivos.
Para cresceres
Gasta 3 minutos na internet à procura de experiências de Igreja diferentes das que tu estás
em contacto habitualmente. Gasta 2 minutos na tua oração a pedir a bênção de Deus para
esses irmãos e irmãs que estão tão longe de ti mas que, como tu, são amados por Deus.
208
C 21 Desenvolvimento
Com atividades divertidas, com o coração aberto para escutar a Palavra, os catequizandos vão
poder sentir-se mais Igreja.
Experiência Humana
Atividade: Colaborar
Duração: 10 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista pede que os participantes se sentem em círculo e tenham consigo um lápis
ou uma caneta. Explica que irão fazer um desenho comum. O tema é “A nossa terra”. Dá as
seguintes indicações:
1. O catequista entrega uma folha em branco e material para desenhar a um dos
catequizandos.
2. Este terá 20 segundos para desenhar o que imagina.
3. Ao fim de 20 segundos (é importante o catequista cronometrar muito bem este
tempo), o catequista dá um sinal e a folha passa para o colega da direita que con-
tinuará o desenho.
4. Esta operação repete-se a cada 20 segundos até o último dos catequizandos dar o
seu contributo. (Em alternativa, se o grupo for pequeno, podem-se prever duas voltas.)
5. A atividade tem de decorrer em silêncio, não podendo existir indicações de algum tipo.
Etapa 2
Duração: 5 min.
Finalizado o desenho, o catequista recolhe-o e mostra o produto final aos participantes.
Depois lança algumas questões para debate:
Quando eu sugeri o tema “A nossa terra”, era numa imagem assim que estavas a
pensar?
De que forma é que cada uma das partes individuais do desenho reflete o tema esco-
lhido?
Qual foi a maior dificuldade sentida durante a realização do desenho?
Se tivesse existido diálogo e partilha de ideias teria sido mais fácil fazer um bom
desenho sobre a nossa terra?
209
Anúncio da Palavra
Atividade: Partilhar os bens
Duração: 26 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida a fazer uma igreja em origami, usando uma folha de papel, canetas e
as instruções dadas no livro do catequizando, página 86.
Etapa 2
Duração: 3 min.
Pergunta aos catequizandos o que é que as pessoas que não acreditam em Jesus, que não
se sentem parte da Igreja de Jesus, pensam sobre isto da “Igreja”. Quais são os preconcei-
tos mais comuns sobre a Igreja? Podem escrevê-los nas “paredes” da igreja que fizeram.
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista convida cada um a partilhar as ideias que escreveram. O catequista vai
tomando nota daquilo que é dito num cartaz ou cartolina.
Depois da partilha, conclui: “Por má vontade ou por ignorância, muitas pessoas têm uma
ideia errada do que é a Igreja que Jesus fundou. Vamos nós ver melhor o que é a Igreja que
Jesus nos convida a ser.”
Etapa 4
Duração: 3 min.
O catequista pede que todos abram as suas bíblias em Act 4, 32-37 e solicita um voluntário
para ler o texto:
A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma
só alma. Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas entre eles
tudo era comum. Com grande poder, os Apóstolos davam testemu-
nho da ressurreição do Senhor Jesus, e uma grande graça operava
em todos eles. Entre eles não havia ninguém necessitado, pois todos
os que possuíam terras ou casas vendiam-nas, traziam o produto da
venda e depositavam-no aos pés dos Apóstolos. Distribuía-se, então,
a cada um conforme a necessidade que tivesse. Assim, um levita
cipriota, de nome José, a quem os Apóstolos chamaram Barnabé, isto
é, «filho da consolação», possuía uma terra; vendeu-a e trouxe a impor-
tância, que depositou aos pés dos Apóstolos.
Etapa 5
Duração: 5 min.
O catequista pede que comparem o que diz este resumo dos Actos dos Apóstolos sobre a
Igreja das origens, com o jogo que fizemos tentando desenhar, em silêncio, “A nossa terra”
e com a lista de preconceitos que algumas pessoas têm sobre a Igreja.
210
Etapa 6
Duração: 5 min.
O catequista convida a observar com atenção o vídeo “A Igreja de Jesus”.
Guião do vídeo “A Igreja de Jesus”
Nos mass media não faltam as “bocas” contra a Igreja. Diz-se que “é muito rica”, “fora de
moda”… E é bem verdade, se pensarmos em alguns casos de quem não entendeu nada da
proposta de Jesus.
Mas é também mentira se olharmos para a Igreja com os olhos limpos.
Jesus está presente nas famílias que, apesar das dificuldades, se procuram amar, cuidar
dos mais velhos, perdoar.
A Igreja de Jesus são todas as pessoas que nos escuteiros ou outras associações dão o seu
tempo e energia para deixar este mundo melhor do que o encontrámos.
A Igreja de Jesus são também aqueles que deixam a sua terra, os seus amigos e partem
para longe para ajudar outros povos que precisam de saúde, educação, justiça…
A Igreja é feita de pessoas que amam Jesus.
Não são pessoas perfeitas, mas estão entusiasmadas com o Evangelho.
E tentam viver hoje à maneira de Jesus: amando e perdoando, dando o seu tempo, dinheiro
e qualidades, arriscando a sua vida em favor dos mais frágeis.
Expressão de fé
Atividade: Somos a Igreja de Cristo
Duração: 10 min.
Preparação
O catequista decora o espaço de oração com um grande círio pascal aceso.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista convida cada um a pegar nas igrejas em origami que fizeram e a sentar-se em
redor do círio pascal aceso, que representa Cristo ressuscitado. Convém que haja uma certa
distância entre o círio e os catequizandos.
Convida a acalmar e a colocar-se numa atitude de oração, com vontade de falar com Jesus.
Põe uma música de fundo que convide à oração.
Pede a cada um para pegar na igreja que fez em origami. O catequista diz: “Cada um de nós
faz parte desta Igreja de Jesus. Não é uma Igreja feita de pedras nem de papel; é feita de
pessoas como nós que querem viver à maneira de Jesus e sendo amigas umas das outras.
Nós somos os continuadores daqueles cristãos dos primeiros tempos, que viviam unidos e
que se ajudavam uns aos outros.”
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista convida a ouvir a gravação do texto de Actos 4, 32-37 numa atitude de
reverência.
211
Etapa 3
Duração: 4 min.
Continuando a ouvir-se a música de fundo, o catequista convida cada um a levantar-se e a
ir colocar a sua igreja perto do círio. E explica o significado desse gesto: “Cada um de nós é
Igreja porque está perto de Jesus e da sua luz”. Depois de colocar a sua igreja, deve colocar
a mão no círio e rezar em silêncio: “Obrigado por me convidares a ser parte da tua Igreja!”
Atividade: Os aros
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista pede ao grupo que se coloque de pé, em roda e que todos dêem as mãos.
O catequista coloca um aro com uns 90 centímetros de diâmetro entre duas pessoas antes
que estas dêem as mãos. E o catequista explica o jogo que vão fazer: “Quando eu começar
a cronometrar, vão ter um minuto para fazer viajar o aro ao longo do círculo. Vocês não
podem nunca soltar as mãos uns dos outros. Não podem estragar o aro.”
Se não conseguirem realizar a tarefa em menos de um minuto, o catequista convida-os
a uma nova tentativa. Em cada nova tentativa, o catequista coloca o aro a partir de uma
posição diferente no círculo.
O catequista pode sugerir que falem antes, que combinem a melhor estratégia para reali-
zar a tarefa.
Etapa 2
Duração: 3 min.
Depois de terem superado a prova anterior, o catequista desafia-os a fazerem o mesmo,
mas com um aro mais pequeno (70 centímetros de diâmetro).
Etapa 3
Duração: 3 min.
O catequista desafia o grupo agora a fazer os dois aros darem a volta ao círculo, mas indo
cada aro em sentidos diferentes.
Etapa 4
Duração: 4 min.
O catequista convida a cantar o canto “Partilhar”
Canto “Partilhar”
(rAP - Luna Esteves)
Um só coração
Uma só alma
Tudo em comum
Na graça de Jesus
ressuscitado.
212
Lá em cima
alguém nos
ama
213
C 22 Para o Catequista
Apresentação
Sabemos pouco sobre o que sucederá depois de morrermos. Mas sabemos que o amor de Deus é
mais forte que a morte ou a dor, e que a vida abundante e feliz que Ele nos trouxe estará connosco
para sempre.
Objetivos
Conhecer o essencial da doutrina cristã sobre a vida eterna.
Desenvolver a atitude da esperança cristã.
Cultivar um são equilíbrio entre o empenho pela salvação e o agradecimento pelo dom de
Deus.
Conteúdos
Conceitos:
yy Deus oferece vida abundante e feliz para sempre
yy Deus pede um compromisso sério com os valores do Reino
Procedimentos:
yy Fazer memória de familiares e amigos já defuntos
Atitudes:
yy Cultivar a esperança cristã
yy Equilíbrio entre o empenho pela salvação e agradecimento pelo dom de Deus
Material
Cartões A6 com as letras “a”, “b” e “c” (disponível na pasta de apoio)
1 folha de cartolina A3
Peças com o puzzle “Conselhos para entrar no Reino de Deus” (disponível na pasta de apoio)
Canção “O Rico e o pobre Lázaro” (disponível na pen multimédia)
Vídeo “Viver em esperança” (disponível na pen multimédia)
Computador, projetor multimédia, colunas
2 cartões - A chave do coração (disponível na pasta de apoio)
Chaves de formato variado (pelo menos 2 por participante; uma delas deve abrir o baú)
Baú fechado à chave
Caixa grande com bolinhas de esferovite, recorte de tiras de jornais, etc…
214
Esquema
Experiência humana Atividade: A resposta exata 15’ ***
Do Catecismo
989. Nós cremos e esperamos firmemente que, tal como Cristo ressuscitou verdadeira-
mente dos mortos e vive para sempre, assim também os justos, depois da morte, viverão
para sempre com Cristo ressuscitado, e que Ele os ressuscitará no último dia. Tal como a
d’Ele, também a nossa ressurreição será obra da Santíssima Trindade:
«Se o Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mor-
tos habita em vós, Ele, que ressuscitou Cristo Jesus de entre
os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo
seu Espírito que habita em vós» (Rm 8, 11)
Síntese de conteúdos
O que acontece depois de morrermos? Como será? Não sabemos muito bem; sabemos ape-
nas que o amor de Deus nos manterá vivos e felizes para sempre.
215
irmos superando tudo o que nos afasta do plano de Deus. E o poder de Deus manifesta-se
plenamente quando percebemos que o nosso grande adversário (a morte física) já está
derrotado e não nos impedirá de continuarmos vivos em Deus.
A felicidade que o amor recíproco nos faz experimentar no tempo presente é sinal, é uma
antecipação, da felicidade e alegria que sentiremos ao sermos amados por Deus. A solida-
riedade com que agora nos opomos ao egoísmo que nos destrói, é só uma antecipação do
que será a unidade de todo o género humano na vida eterna.
As voltas da vida
O texto bíblico que trabalharemos nesta catequese é Lucas 16, 19-31, a parábola do pobre
Lázaro. Lucas apresenta-nos dois mundos fechados e opostos: o mundo da riqueza, prota-
gonizado por “um homem rico que vestia de púrpura e linho e se banqueteava”, e o mundo
da pobreza. O mundo da pobreza tem nome: Lázaro (que quer dizer “Deus ajuda”).
A primeira parte da parábola decorre na vida terrena. De um lado está o rico com a sua
opulência e do outro está Lázaro, o pobre, com a sua pobreza miserável. Não há passagens
nem misturas entre uma cena e outra.
Na segunda parte, continua o antagonismo e a oposição. Os protagonistas são os mesmos
de antes, mas mudou a sorte de cada um. Quem nadava na abundância sofre toda a classe
de privações. Quem nada tinha, tem agora o melhor.
A parábola convida-nos a refletir sobre a prioridade que damos à nossa vida. Ao darmos
a prioridade ao dinheiro, tornamo-nos surdos aos gritos de quem está ao nosso lado.
Tornamo-nos insensíveis aos outros e a Deus. O problema dos bens não está em tê-los
nem em desejá-los. Está em que quem mais tem, menos dá. Jesus avisa que o nosso destino
final depende do que tivermos partilhado.
Para cresceres
Recorda as pessoas amigas ou familiares que já partiram.
Agradece a Deus a bondade que mostraram para contigo, o que te ajudaram a crescer.
Louva a Deus pela santidade quotidiana desses companheiros de viagem que se cruzaram
contigo.
Pede ao Deus da bondade e misericórdia que a todos receba depressa no seu abraço e na
sua festa.
216
C 22 Desenvolvimento
A última parte do Credo fala do mais além, da vida eterna, do que será a Vida para lá daquela que
estamos a viver agora. Com os catequizandos queremos superar a ideia de que o mais além seja só
um prémio ou um castigo. O mais além é uma continuação do mais aquém. A diferença está em que
nesta vida aqui temos a liberdade de escolher os nossos caminhos; na nossa vida depois, viveremos
a consequência do que tivermos escolhido.
Experiência Humana
Atividade: A resposta exata
Duração: 15 min.
Preparação
Fazer 6 placas com palitos de espetada e cartões brancos A6, distribuindo as 3 letras pelas
6 placas – duas placas para a letra “a”, duas para a “b” e duas para a “c”.
Etapa 1
Duração: 2 min.
O catequista divide os participantes em pares e pede-lhes que abram o livro do catequi-
zando, na página 88, onde se encontra uma mensagem encriptada. Os catequizandos terão
de descobrir o tema da catequese a partir da descodificação de tal mensagem.
a b c d e f g h i j l m n o p q r s t u v x z
A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z
l a e m c i m a
a l g u e m n o s
a m a
Solução: Lá em cima, alguém nos ama.
Etapa 2
Duração: 5 min.
Quando todos os pares tiverem descoberto a mensagem, o catequista pede ao par que a
desvendou em primeiro lugar que indique o tema da catequese. Depois, lança algumas per-
guntas relacionadas com o tema:
A que lugar se refere a expressão “lá em cima”? E a expressão “alguém nos ama”?
Que ideia tens do paraíso, do purgatório e do inferno?
Com a morte acaba tudo?
As perguntas colocadas “dão pano para mangas”. O catequista tem presente que esta
atividade, colocada neste momento da catequese, não serve para fazer sínteses de fé.
217
Aparecerão muitas opiniões desencontradas e erradas. É natural que surjam muitas mais
perguntas. Tudo isso serve para motivar ao tema e para colocar o grupo em condição de
fazer o caminho à descoberta e interiorização da mensagem de Deus.
Etapa 3
Duração: 3 min.
Ouvidas as respostas e opiniões dos catequizandos, o catequista diz que muitas pessoas
não sabem «de onde vêm», «porque vivem» e nem se preocupam em saber «para onde
vão». Outras dizem que a “vida” depois desta vida é esquiva e ninguém veio do outro lado
para nos dizer como são as coisas por lá. Por isso, dizem, é melhor nem pensar e viver um
dia de cada vez. É a conclusão mais idiota que se pode tirar. Na realidade, houve alguém
que regressou do túnel da morte: Jesus de Nazaré. Ao ressuscitar, declarou que o Céu é
habitado e que há um lugar para todos. O mais além constrói-se aqui. O futuro está nas
nossas mãos. Vamos começar a reservar não só o futuro eterno, mas a transferir um
pedaço do Paraíso (e não do Inferno) para a nossa vida e para a dos outros.
Etapa 4
Duração: 5 min.
De forma a superar ideias erróneas que ainda possam persistir, o catequista divide os par-
ticipantes em 2 grupos e convida-os para um concurso de perguntas. Entrega a cada grupo
um conjunto de 3 placas (“a”, “b” e “c”). Essas placas serão utilizadas para dar resposta às
quatro perguntas que o catequista vai fazer. Cada grupo só poderá levantar uma placa
como resposta. Para dar início à dinâmica, o catequista diz que a ideia de mais além anun-
ciada por Jesus foi, muitas vezes, distorcida por livros, filmes, lendas, fábulas. Para terminar
com essas ideias distorcidas, vamos responder a estas perguntas:
1. A condenação do inferno consiste sobretudo
a) em andar à bulha com os outros desesperados.
b) nos tormentos infligidos pelos demónios.
c) em viver separados de Deus.
3. O purgatório é
a) um tempo de purificação.
b) um longo período às escuras.
c) um lugar de tortura.
4. O paraíso é
a) vencer um belíssimo prémio.
b) encontrar só os santos.
c) viver uma festa fantástica com a grande família de Deus.
218
Anúncio da Palavra
Atividade: O Rico e o pobre Lázaro
Duração: 25 min.
Preparação
As peças do puzzle (disponíveis na pasta de apoio) devem ser recortadas antes.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida a escutar a canção “O rico e Lázaro”, cuja letra está no livro do cate-
quizando, página 89.
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista pega numa cartolina A3, faz um risco a meio e diz: “São dois os personagens
principais desta parábola que Jesus contou. Quais são?” A resposta é fácil. O catequista
219
escreve de um lado da cartolina “Rico sem nome” e, do outro, “Lázaro pobre”. Convida os
catequizandos a encontrar e a escrever palavras que caracterizam os dois personagens.
Para os ajudar, podem e devem ler o texto bíblico.
Etapa 3
Duração: 4 min.
O catequista convida o grupo a fazer um resumo da parábola. Se necessário, o catequista
ajuda o grupo nessa tarefa, oferecendo alguns dos elementos que se seguem.
Lázaro e o rico. São duas vidas paralelas. Um está dentro de casa e o outro está à
porta. Um tem a vida cheia, com tudo e mais alguma coisa. O outro… está cheio de
nada.
Mas são vidas com um final diferente. O Rico, que só pensa em estar na boa, termina
a vida com um fiasco tremendo e irreparável; o Pobre, desafortunado e sem cartões
de crédito, mas com um profundo respeito a Deus… ganha a companhia de Deus!
O rico era um homem sem coração: veste-se à grande, organiza festas de arromba,
consome do bom e do melhor. Para Jesus, não tem nome, nem rosto. É a gente como
ele que se aplica a frase de Jesus: «Ai de vós os ricos que estais saciados» (Lc 6, 24).
O pobre Lázaro: pedinte com um nome porque, como todos os pobres, está escrito
no coração de Deus. É por eles que Jesus “torceu” até os imitar: «Sendo rico, fez-se
pobre para nos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9).
No final, todos vamos fazer o acerto de contas: mesmo com dinheiro, amigos, remé-
dios, a morte é inevitável. Quanto ao rico, vai ter de se separar de todas as riquezas
que tinha acumulado. E agora espera-o o abismo que ele tinha cavado com os seus
egoísmos e a sua avidez. O rico não fez nada de mal ao pobre Lázaro. O seu erro foi
nem se dar conta que Lázaro vivia. Pecou por omissão. Semeou indiferença toda a
vida… e colheu os frutos.
Etapa 4
Duração: 7 min.
O catequista coloca as 10 peças do puzzle em cima da mesa, baralhadas e a peça central
“Conselhos para entrar no reino de Deus” no centro da mesa. Depois, pede aos participan-
tes que escolham uma peça, leiam o seu conteúdo e indiquem se é ou não um bom conse-
lho. Em caso afirmativo, deverão uni-la à peça central.
Conselhos bons:
Vive cada momento como se fosse o único e o primeiro que tens nas mãos. E lembra-te
que cada segundo que passa não volta atrás.
Lembra-te das pessoas que já cá não estão. Recorda as mensagens que deixaram
com o seu estilo de vida para as imitares se forem boas ou para te afastares caso
contrário.
Tu jogas o “para sempre” que virá depois da morte com aquilo que estás a fazer
agora. Escolhe sempre o bem, mesmo quando te custa.
Com aqueles que passaram para a outra margem da vida, certos laços ficam
interrompidos, mas não os afetos. O melhor modo para os manter vivos é rezar por
eles. Ao menos uma vez por semana.
“Oferece um pedaço de paraíso” a quem vive perto de ti, a quem encontras. Nunca
transformes as suas vidas num pequeno inferno.
220
Conselhos maus:
A morte termina com qualquer tipo de laço afetivo que haja entre as pessoas, por
isso não vale a pena recordar quem já partiu.
Entre os defuntos, há muitos que, durante a vida, não se comportaram bem e que
escolheram o mal, por isso não vale a pena orar por eles.
Não procures resposta para as perguntas «de onde venho?», «porque vivo?» e «para
onde vou?» porque o que importa são questões práticas.
Amar o próximo como Deus nos amou é uma utopia. Não percas tempo em preocu-
par-te com o bem-estar dos outros.
Preocupa-te com o teu bem-estar, independentemente do tipo de atitudes e ações
que tenhas de mostrar. Ninguém é mais importante do que tu.
Etapa 5
Duração: 5 min.
Para concluir, o catequista convida a ver o vídeo “Viver em esperança”.
Guião do vídeo “Viver em esperança”
É tão difícil falar da morte… e pior ainda é aceitá-la. Mas ela é uma parte da vida. Não deve-
ríamos ter medo da morte. Principalmente, se formos discípulos e amigos de Jesus. Aqui já
vivemos (ou tentamos viver) uma vida cheia de alegria e qualidade. E alegramo-nos, porque
depois ainda vai ser melhor.
Vivemos aqui felizes, na amizade de Jesus. Vivemos com esperança. E não nos esquecemos
dos que já partiram. Se tens parentes ou amigos no cemitério, vale a pena visitá-los de vez
em quando. A ligação entre as pessoas não termina com o fim da vida terrena. Precisa-
mente porque os defuntos estão só a continuar a viver numa vida nova.
Durante a tua vida vais ter de escolher muitas vezes entre o bem e o mal, entre o Evan-
gelho de Jesus e o egoísmo. Cada vez que escolheres, lembra-te que estas tuas escolhas
não mudam apenas o que te vai acontecer aqui na terra; elas vão ter efeitos para sempre.
Algumas pessoas, já defuntas, ainda não estão na festa de Deus. Durante a vida não se
comportaram bem, escolheram o mal e agora precisam da tua oração para se tornarem
melhores.
E significa que também tu, já nesta vida, te estás a tornar, em cada dia, num pedaço daquele
paraíso que Deus te oferecerá depois da morte. Que não será só para ti. Podes começar por
não tornar a vida de quem está à tua volta num inferno.
Este conjunto de empenhos faz um forte apelo a viver cada dia com intensidade e quali-
dade. Mas este viver bem o dia-a-dia não nos deve fechar à eternidade.
Expressão de fé
Atividade: A chave do coração
Duração: 20 min.
Preparação
Os cartões desta atividade (um com João 14, 6 e outro com a pergunta “De que forma é
que esta chave se relaciona com Jesus?”) estão dentro do baú, virados para cima. O baú
221
está fechado à chave. A caixa está cheia com as chaves e com muito “entulho” (bolinhas de
esferovite, tiras de jornal etc...)
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida a um jogo cheio de energia. A caixa ficará numa das extremidades da
sala e o baú fechado à chave, na extremidade oposta.
exemplo da sala:
Baú
grupo A Caixa grupo B
Grande
O catequista divide os participantes em dois grupos (grupo A e grupo B), pede-lhes que se
coloquem em fila ao lado da caixa (de acordo com a imagem acima). De seguida, explica
que escondeu uma grande quantidade de chaves na caixa grande, mas apenas uma chave é
que abre o baú. A tarefa do grupo será, um a um, encontrar uma chave e ir experimentá-la
no cadeado. Se esta chave abrir o baú, temos um vencedor; senão, esse jogador regressa
ao seu grupo, coloca essa chave já usada na caixa grande e um outro jogador do mesmo
grupo começa a procurar uma chave. Os dois grupos jogam ao mesmo tempo.
222
Etapa 2
Duração: 5 min.
Sem reprimir a natural excitação com o jogo, o catequista procura criar um clima de reco-
lhimento. Para tal, convida todos os participantes a terem consigo as suas bíblias e o
livro do catequizando. Depois, pede ao grupo que abriu o cadeado que retire o “cartão 1”,
dizendo o que lá se encontra: “João 14, 6”. De seguida, pede aos participantes que procu-
rem esta passagem convidando o primeiro que a encontrar a lê-la:
“Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao
Pai senão por mim. (…)»” (Jo 14,6).
Depois de um pequeno momento de silêncio, o catequista pede ao outro grupo que retire
o “cartão 2” e leia o que lá se encontra: “De que forma é que esta chave se relaciona com
Jesus?” O catequista convida o grupo a dialogar sobre esta pergunta. No final, ajuda-os a
perceber que é através de Jesus que nós temos a possibilidade de ter uma vida para sem-
pre.
Etapa 3
Duração: 3 min.
Depois de um pequeno momento de silêncio para esta reflexão pessoal, o catequista con-
vida a abrirem o seu livro do catequizando na página 89 para, em conjunto, rezarem a
oração “A cada segundo!”:
A cada segundo!
Etapa 5
Duração: 4 min.
Podem concluir o encontro cantando “O rico e Lázaro”.
223
Cheios de
confiança
225
C 23 Para o Catequista
Apresentação
Para os cristãos, acreditar em Deus é uma experiência com duas faces: acreditamos na verdade que
Deus nos revela e acreditamos em Deus, isto é confiamos n’Ele.
Objetivos
Viver a fé como relação pessoal com Deus.
Crescer em confiança na relação com Deus.
Superar formas infantis e ritualistas de fé.
Conteúdos
Conceitos:
yy Fé é confiar em Deus no quotidiano
Procedimentos:
yy Exercícios de confiança
Atitudes:
yy Aumentar o grau de confiança pessoal em Deus
Material
Cartaz nº 18 (disponível na pasta de apoio)
Vendas (1 por participante)
2 folhas brancas A4
1 caneta
1 corda grande
Rebuçados (1 por participante)
Canção “Deixo-vos a paz” (disponível na pen multimédia)
Computador, projetor multimédia, colunas
Música de fundo - “fundo09” (disponível na pen multimédia)
226
Esquema
Experiência humana Atividade: Atreve-te 30’ ****
Do Catecismo
150. Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo,
e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus. Enquanto
adesão pessoal a Deus e assentimento à verdade por Ele revelada, a fé cristã difere da fé
numa pessoa humana. É justo e bom confiar totalmente em Deus e crer absolutamente no
que Ele diz. Seria vão e falso ter semelhante fé numa criatura.
Síntese de conteúdos
Ao longo de boa parte deste ano os catequizandos têm aprofundado a sua fé, conhecendo
o Credo e a história de salvação a que ele nos convida. Nesta catequese, convidamo-los a
descobrir a fé como relação pessoal com Deus.
227
um lugar privilegiado onde exprimir o seu desejo de vida. A propósito da fé, o pré-adolescente
exprime o seu desejo de segurança, de acolhimento, de suporte, de p roximidade.
Desafios e superações
O pré-adolescente chega a estas idades com uma imagem de Deus associada a gestos
exteriores (ritualismo) e muito baseada na relação com os outros significativos. À medida
que cresce, ganha peso o seu mundo interior. Por isso, é necessário que a fé em Deus se
“desloque” de gestos exteriores (mais ou menos impostos pelos adultos) para o espaço da
relação pessoal. Ao mesmo tempo, o mundo das relações do pré-adolescente alarga-se:
há mais professores, há mais amigos com quem se fazem coisas. Todas estas pessoas
tornam-se importantes e se não considerarem “Deus” como uma realidade relevante,
o pré-adolescente tende a esquecê-lo. Isso pode ser contrariado reforçando a qualidade da
relação do catequista com o pré-adolescente e convidando-o a uma relação pessoal com
Deus.
Para cresceres
Tem calma. Dá-te conta que, mesmo no meio das maiores confusões em que está a tua
vida, tu estás nas mãos ternas de Deus. Tem calma. Mesmo se lá atrás viraste as costas a
Deus, Ele não desiste de ti, nem muda a decisão de te amar. Por isso, é possível viver na fé
com calma.
C 23 Desenvolvimento
A partir da experiência tão humana da confiança necessária para enfrentar os riscos, convidamos
os catequizandos a repensarem a fé como relação confiada em Deus.
Experiência Humana
Atividade: Atreve-te
Duração: 30 min.
Preparação
Os locais onde decorrerão as várias tarefas dos postos 2, 3 e 4 devem ter uma mesa, o car-
tão e o material referente a esse posto. No posto 2 deverão estar 2 folhas e uma caneta.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista apresenta o cartaz nº 18 que contém um conjunto de imagens. O catequista
convida a observar as imagens e a descobrir o que todas elas têm em comum. Há uma
palavra que permite relacionar todas as imagens.
Caso os catequizandos estejam com dificuldades, o catequista deve ajudá-los, fornecendo
algumas pistas: letra final da palavra, um antónimo…
228
Depois de descobrirem a palavra (confiança), o catequista explica que esta catequese tem
por tema a confiança: em nós mesmos, nos outros e em Deus.
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista diz aos catequizandos que vão ter oportunidade de experimentar a confiança
que têm em si mesmos, nos outros e em Deus. Para isso, pede três voluntários para o
ajudarem na execução da atividade que se segue. Os restantes participantes, terão de
dividir-se em dois grandes grupos e escutar as seguintes indicações:
Nesta atividade, os dois grupos terão de completar quatro tarefas diferentes que
decorrerão em quatro postos distintos;
A primeira tarefa será efetuada pelos dois grupos ao mesmo tempo; as restantes
serão realizadas pela seguinte ordem:
yyGrupo I: posto 1, posto 2, posto 3 e posto 4;
yyGrupo II: posto 1, posto 3, posto 4 e posto 2;
Nos postos 2, 3 e 4, haverá um voluntário que irá ler as indicações correspondentes
a cada prova e monitorizar a realização da mesma;
O catequista circulará pela sala para observar os elementos dos dois grupos e regis-
tar o que achar necessário.
Etapa 3
Duração: 4 min.
O catequista dá início à atividade no 1º posto, propondo a única prova em comum dos g
rupos.
1º posto:
Todos os participantes devem ter os olhos vendados. O catequista, movendo-se pela sala,
pede que sigam a sua voz ou um som que produz (vento, pássaro, ovelha, etc). Também
se pode aproximar de alguém e dizer-lhe ao ouvido para fazer um certo som e os outros
seguem-no. Pode fazer o mesmo com outros participantes, pedindo-lhes para emitir dife-
rentes sons.
Etapa 4
Duração: 12 min.
Uma vez terminada a prova anterior, o catequista recorda a todos os participantes o que
devem fazer a seguir:
229
Grupo I deve dirigir-se para o posto 2 (e depois para o posto 3 e 4);
Grupo II deve dirigir-se para o posto 3 (e depois para o posto 4 e 2);
Os voluntários de cada posto devem ler as indicações e supervisionar a execução da
tarefa;
Ao sinal do catequista, os grupos avançam para o posto seguinte mesmo que não
tenham terminado a prova.
É importante que o catequista dê apenas 4 minutos para a execução de cada uma das
provas.
2º posto:
Aos pares, os participantes devem prender, com as vendas, um dos seus tornozelos a um
dos tornozelos do seu par e fazer o percurso do Posto 2 ao Posto 3 e regressarem ao
Posto 2. O par deverá arranjar uma estratégia para andar ao mesmo ritmo. À vez, devem
partilhar com o parceiro se gostam de ser ajudados por outras pessoas em casa, na escola,
com amigos, com quem não é tão amigo…. Ou se preferem não ser ajudados... Devem dar
exemplos. Quando chegarem ao destino, devem completar a frase: “Gosto de ser ajudado
quando ... porque ...”.
O voluntário deste posto deve registar as respostas dadas na folha de cada grupo.
3º posto:
O grupo, que está organizado de forma aleatória, coloca uma corda pelos ombros. Depois,
sem deixarem a corda cair nem podendo tocar nela com as mãos, os elementos devem
colocar-se na ordem cronológica dos seus aniversários, começando em janeiro.
4º posto:
Os participantes formam um círculo apertado. Um dos elementos vai para o centro. Esse
elemento deve estar com o corpo totalmente relaxado e, de preferência, com os olhos
vendados. Os participantes que formam o círculo devem fazê-lo balançar em direções dife-
rentes e estar atentos para não deixar cair a pessoa que está ao centro.
Etapa 5
Duração: 6 min.
Concluído o percurso por todos os postos, o catequista pede que todos se sentem em cír-
culo para dialogarem, a partir das seguintes questões:
Para os voluntários:
Como se comportaram os grupos?
Houve respeito e confiança nos diferentes participantes do grupo?
Quais foram as maiores dificuldades que enfrentaram?
230
No final, o catequista comenta: “Vocês estão de parabéns. Melhor ou pior, enfrentaram
com confiança as provas. Somos diferentes. Uns têm mais confiança do que outros. Mas…
podemos crescer em confiança? Quem é que nos poderá ajudar?”
Anúncio da Palavra
Atividade: Confia
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista pergunta ao grupo que relação haverá entre os jogos que se fizeram na ati-
vidade anterior e a fé. Se necessário, ajuda a perceber que quer nos jogos quer na relação
com Deus, a confiança é a atitude fundamental
O catequista conclui: “Isto de ter fé, de acreditar em Deus, é saber quem Deus é, conhecer
as coisas maravilhosas que Jesus disse e fez… Mas é também ter uma grande confiança em
Deus. E apoiados nessa confiança enfrentar provas ainda mais perigosas e arriscadas do
que aquelas que fizemos agora mesmo.”
Etapa 2
Duração: 3 min.
O catequista oferece aos participantes um rebuçado e convida-os a comê-lo. Enquanto o
saboreiam o catequista pergunta se lhes agrada o sabor, como é que se sentem ao comer
o rebuçado…
A seguir, comenta este gesto: “Deus é como um rebuçado que se oferece a cada um de
nós como um presente. E tu aceitas esse presente que Deus te dá com confiança. Porque
sentes que Deus quer o teu bem, que te quer feliz. Claro que há pessoas que em vez de
aceitá-lo, recusam-no. Outras aceitam-no, mas em vez de o desembrulharem e o comerem,
guardam-no no bolso, esquecendo-se dele para sempre. Há, ainda outros, que o aceitam,
mas acabam por perdê-lo porque são distraídos e despreocupados. Somente os que o acei-
tam, o desembrulham e o comem, descobrem como Deus é bom e o quanto nos ama.”
Etapa 3
Duração: 3 min.
O catequista convida a abrir as bíblias em João 14, 27 para perceber o que Jesus tem a
dizer acerca de situações como as do vídeo:
Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo, que
Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração nem se acobarde.
Etapa 4
Duração: 6 min.
O catequista convida o grupo a jogar à “Anti-frase”. Cada um (ou se o grupo for grande, gru-
pos de 2 ou 3 elementos), deve transformar cada frase da citação bíblica na sua a nti-frase,
isto é, numa frase de sentido oposto ao original. Cada um (ou cada grupo) partilha com o
resto do grupo a sua proposta.
231
Depois da partilha, o catequista pede ao grupo que relacione a frase de Jesus com os jogos
de confiança que se fizeram no início da catequese.
Com inteligência, o catequista ajuda o grupo a descobrir como a paz que Jesus dá, gera
confiança dentro de nós e leva-nos a enfrentar sem medo pequenos e grandes desafios.
Expressão de fé
Atividade: Vive
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 10 min.
O catequista convida o grupo a cantar a canção “Deixo-vos a paz” e a executar a coreografia
(Livro do Catequizando, página 93).
Deixo-vos a paz.
Dou-vos a minha paz.
Não te perturbes.
Não tenhas medo.
Acredita em Mim.
Confia em Mim.
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista convida agora a um momento de oração. Põe música de fundo e pede a todos
que acalmem e que se coloquem na presença de Deus. Recorda que Deus nos dá a sua
paz. Como sinal de acolhimento dessa paz que Jesus nos dá, cada um deve colocar as suas
mãos abertas, viradas para cima, pousadas no colo.
Quando o grupo estiver preparado, o catequista divide o grupo em dois coros e convida-os
a rezar o texto “Confio em Ti” (Livro do Catequizando, página 92).
Confio em Ti
Coro 1: Como Maria, eu confio em Ti, meu Deus.
Coro 2: Ajuda-me a dizer sim a tudo o que me pedes.
Coro 1: Como os apóstolos, eu gosto de estar contigo Jesus.
Coro 2: Obrigado por me convidares para ser teu amigo.
Coro 1: Como Abraão, Moisés e os profetas, eu escuto a tua Palavra, Espírito Santo.
Coro 2: Guia-me sempre pelos teus caminhos.
232
Viver
à maneira
de Jesus
233
C 24 Para o Catequista
Apresentação
Vala a pena apostar a vida nesta relação feliz e de alta qualidade com Deus, com Jesus e com o
Espírito Santo.
Objetivos
Conhecer as implicações da fé no estilo de vida.
Assumir um ideal de vida inspirado na vida de Jesus Cristo.
Reconhecer os traços essenciais da santidade cristã.
Conteúdos
Conceitos:
yy A fé em Jesus tem implicações no estilo de vida
Procedimentos:
yy Identificar os traços fundamentais da santidade cristã
Atitudes:
yy Assumir como ideal a vida de Jesus
Material
Vendas (para metade do número total de participantes)
Fita-cola larga com cor
Imagem de Jesus (pode ser um cartaz, uma cruz, etc…)
Revistas diversas
3 tubos de cola
3 cartolinas A3
3 tesouras
Quadro ou cartolina
Cartaz nº 19 (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Testemunhas” (disponível na pen multimédia)
Canção “Tu és meu salvador” (disponível na pen multimédia)
234
Esquema
Experiência humana Atividade: Labirinto cego 12’ ***
Do Catecismo
1709. Quem crê em Cristo torna-se filho de Deus. Esta adoção filial transforma-o, dando-
lhe a possibilidade de seguir o exemplo de Cristo. Torna-o capaz de agir com retidão e de
praticar o bem. Na união com o seu Salvador, o discípulo atinge a perfeição da caridade, que
é a santidade. Amadurecida na graça, a vida moral culmina na vida eterna, na glória do céu.
Síntese de conteúdos
A fé é uma experiência que envolve a vida toda. E que pode e deve ser vivida em alta
qualidade.
235
As manifestações da pessoa crente
A experiência de encontro com Jesus, assimilada e feita vida pela fé, pela esperança e pela
caridade, funciona em nós como fermento na massa. Vai-nos transformando e, através de
nós, transforma o ambiente.
Faz de nós pessoas interiores. Capazes de nos apoiarmos nos valores mais profundos
como a gratuidade, o acolhimento incondicional, o serviço e a contemplação. Capazes de ir
para lá da aparência e descobrir por detrás dela a presença e a ação de Deus. Pessoas que
sabem escutar, ver, compreender, saborear e apreciar. Pessoas que não são superficiais e
dão um sentido e um valor a tudo. Pessoas que funcionam como um poço cheio de água
que faz brotar vida à sua volta.
Em segundo lugar, faz de nós pessoas de comunhão. Pessoas que vivem e criam comu-
nhão. Pessoas capazes de fazer pontes, de suscitar reconciliação e encontro, porque vivem
positivamente, com uma profunda confiança em si próprias e nos outros.
Finalmente, os que vivem o encontro com Jesus são pessoas ativas. Pessoas capazes de
incidir no seu ambiente, capazes de tudo transformar. Pessoas que atuam com realismo e
com constância. A autêntica experiência da fé não nos torna espiritualistas nem nos separa
da vida concreta. Pelo contrário, envia-nos a ela, mas com uns olhos, umas mãos e um
coração renovados em Cristo.
Professar a fé
Este ano de catequese culmina com a festa da profissão de fé. Este gesto não se resume a
um rito social e litúrgico: é a capacidade de, no quotidiano, viver segundo a fé. Professar a
fé é dizer, sem medo, que acreditamos em Jesus e na sua mensagem, mas é também fazer
gestos concretos à maneira de Jesus.
Este salto da experiência de fé para a ação enfrenta algumas contradições da pré-ado-
lescência. Por um lado, eles são bastante sensíveis ao lado concreto da ação. São genero-
sos diante dos desafios. A possibilidade de serem “heróis”, ainda que em ponto pequeno,
fascina-os. Mas, por outro lado, sentem-se psicológica e socialmente muito inseguros.
Quando a ação proposta, quando o estilo de vida que brota da fé em Jesus aparece em
oposição às pressões sociais (do grupo de pares, da família, da cultura mediática…) ficam
com vontade de recuar. Parecem ser dominados pelo conformismo, pelo desejo de fazer
como todos os outros para serem aceites.
Que pode o catequista fazer para lidar com esta contradição? Oferecer o seu próprio tes-
temunho e promover no grupo um espaço protetivo, onde uma alternativa de vida pode
germinar.
Para cresceres
Alguns cristãos, de perto ou de longe, enfrentam imensas dificuldades para viver a sua fé
em segurança, com liberdade e dignidade. Dá-te conta de como, ao menos para eles,
a experiência da fé é intensa. Pensa no que podes fazer para aliviar o seu sofrimento.
236
C 24 Desenvolvimento
O Credo termina com um “ámen” que significa “é assim”. Não existe um cristão que não leva à prá-
tica aquilo em que acredita.
Experiência Humana
Atividade: Labirinto cego
Duração: 12 min.
Preparação
No chão da sala de catequese, o catequista marca dois caminhos, em forma de labirinto,
com a ajuda da fita-cola (larga e de cor), que conduzem a uma imagem de Jesus (pode ser
um cartaz, uma cruz, etc…). É importante que estes labirintos não sejam vistos pelos parti-
cipantes antes do tempo.
2
Imagem de
partida
Jesus
1
Etapa 1
Duração: 2 min.
O encontro começa fora da sala de catequese. O catequista convida a um jogo de con-
fiança: alguns participantes terão de percorrer, vendados, um labirinto, com a ajuda de um
colega. Ainda do lado de fora da sala, os participantes devem formar pares e decidir qual
dos dois elementos será vendado e qual dará as indicações. O catequista entrega as ven-
das, pedindo aos elementos que darão as indicações que vendem o seu colega. No final,
catequista e participantes entram na sala.
Etapa 2
Duração: 6 min.
Dá-se início à dinâmica, pedindo aos participantes não vendados que coloquem o seu par
(vendado) na zona de “Partida” e que se desloquem, depois, para a zona “imagem de Jesus”.
O catequista distribui os participantes não vendados pelos caminhos 1 e 2. Os participantes
vendados deverão estar atentos às indicações do seu par e fazer o percurso.
237
Etapa 3
Duração: 4 min.
O catequista respeita o tempo estipulado e pára o jogo, mesmo que os participantes venda-
dos ainda não tenham chegado à zona “imagem de Jesus”. Pede aos vendados que retirem
as suas vendas e que todos os participantes se sentem. Depois pergunta-lhes:
Como se sentiram ao longo do jogo? (vendados e os que deram as indicações)
Qual foi a maior dificuldade que sentiste? Porquê?
O que é que motivou os vendados a confiar no colega? Porque acreditaram nas indi-
cações recebidas?
Escutadas as opiniões, o catequista resume: “Este jogo é como a nossa relação com Cristo.
Às vezes, parece que andamos de olhos vendados. Mas, mesmo assim podemos sempre
confiar em Deus porque Ele tem um caminho feliz traçado para nós, mesmo nos momentos
menos felizes.”
Anúncio da Palavra
Atividade: Cristão é…
Duração: 13 min.
Etapa 1
Duração: 5 min.
O catequista convida o grupo a fazer uma chuva de ideias (brainstorming) sobre o que é ser
cristão. O catequista pede a cada um que complete livremente a expressão “cristão é…”.
Cada elemento do grupo, sem nenhuma ordem em especial, deve dizer em voz alta uma
palavra ou expressão que complete essa frase. É importante a criatividade, a imaginação.
Não se trata de encontrar (por agora) a melhor resposta. Cada um deve dizer o que lhe vier
à cabeça.
No entretanto, o catequista vai escrevendo num quadro ou numa cartolina tudo o que é
dito pelo grupo. Se o grupo for grande, pode-se pedir a ajuda de um voluntário para escre-
ver na cartolina.
Quando não aparecem mais ideias, o catequista convida o grupo a olhar para o que se
escreveu. Em conjunto tentam agrupar as diversas ideias recolhidas.
Avançando um pouco mais, o catequista explica que:
há cristãos de nome e… cristãos de facto, ou seja, uns que o são somente no papel
(registo de batismo) e outros que o são no dia-a-dia. Temos de ser assim se queremos
ser amigos de Cristo diante de Deus e do mundo. Os cristãos de nome pensam a vida
de uma maneira, mas vivem-na de outra, ao contrário daqueles cristãos que levam
Jesus a sério.
Já no tempo de Jesus muita gente se fazia passar por “religiosa”, só para dar nas
vistas e para receber os aplausos da gente. E contra eles, o Senhor Jesus não teve
papas na língua: chamou-os hipócritas, fingidos. Não há nada pior do que passar por
bom sem o ser verdadeiramente. É um risco que ainda hoje os cristãos correm. Prin-
cipalmente aqueles que o são só de nome.
238
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista pede aos participantes que formem três grupos. Depois, dá a cada grupo 2 ou
3 revistas variadas, um tubo de cola, uma cartolina e uma tesoura. Explica que os partici-
pantes devem construir, através de uma fotomontagem original, o perfil do segundo tipo
de cristão – o cristão de facto/cristão perfeito. Os grupos completam a sua fotomontagem
com algumas frases que ajudem a descrever o seu modelo.
Etapa 3
Duração: 3 min.
Os grupos apresentam o seu cartaz, descrevendo o modelo de cristão perfeito.
Etapa 1
Duração: 2 min.
O catequista pede aos participantes que abram a bíblia em Lc 9, 23-26, solicitando um
voluntário para ler a passagem:
Depois, dirigindo-se a todos, disse: «Se alguém quer vir após mim,
negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me. Pois,
quem quiser salvar a sua vida há-de perdê-la; mas, quem perder a sua
vida por minha causa há-de salvá-la. Que aproveita ao homem ganhar
o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se a si mesmo? Porque,
se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, dele se
envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na glória
do Pai e dos santos anjos.»
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista pergunta aos participantes quais as condições que, segundo o texto escu-
tado, são necessárias para seguir Jesus.
Depois, convida o grupo a prestar atenção a algumas palavras e expressões do texto.
a sua cruz: Jesus não quer enganar os seus discípulos. Para estar com Jesus, o cristão
deve estar disposto a apostar forte. O caminho que leva à cruz não é uma cómoda
autoestrada, mas uma subida difícil.
há de salvá-la: Deus não se esquece de quem, nos momentos de dificuldade, não
perdeu a fé.
envergonhar: quem decide seguir Jesus torna-se uma pessoa nova e não pode hesi-
tar. Está chamado a percorrer o seu caminho com coerência e fidelidade.
Etapa 3
Duração: 3 min.
O catequista afixa o cartaz nº 19 e pede aos participantes que, a partir das palavras que
aparecem no cartaz, formem uma frase que seja uma bela definição do que é um cristão
bem-sucedido.
239
Solução: Os santos são as verdadeiras
testemunhas que nos fazem sonhar de
olhos abertos.
Etapa 4
Duração: 5 min.
O catequista convida o grupo a ver o vídeo “Testemunhas”.
Guião do vídeo “Testemunhas”
Há pessoas que dizem que acreditam em Deus mas fazem-no com superficialidade. Dizem
que acreditam porque sentem qualquer coisa sobre Deus ou porque Lhe pedem ajuda num
aperto.
Para nós, o modelo de fé, continua a ser Jesus. Ele amou o Pai sempre, até ao fim. Mesmo
quando na sua vida apareceu a cruz e Ele foi tentado a desistir.
É difícil ser amigo de Jesus. Às vezes, és gozado pelos teus colegas por ires à Igreja, por
rezares ou por andares na catequese. Outras vezes, ao veres como os teus familiares ou os
professores, não ligam nenhuma a Jesus, sentes que deves fazer o mesmo.
Mas se confias em Jesus, sentes a sua força. Sabes como é bom viver com Ele. E quando
Ele está perto de Ti, dá-te a coragem para aceitar os desafios.
Etapa 5
Duração: 5 min.
De seguida, o catequista diz que muitas foram, e continuam a ser, as pessoas perseguidas,
presas ou mortas porque pertencem à Igreja Católica. A comissão “Novos Mártires”, convo-
cada por João Paulo II, calculou que pelo menos 12.000 pessoas foram martirizadas nes-
tes últimos decénios. É um número muito aproximativo se tivermos em conta os milhões
de cristãos desconhecidos mortos pelos diferentes regimes que ensanguentam o mundo.
Esses mártires viveram uma fidelidade total ao Senhor, apesar da violência, do mal e da
injustiça que se abatem contra pessoas boas e inocentes. São testemunhas do amor,
da esperança e do Evangelho.
Sugestão: Convém que o catequista recolha os dados mais recentes que tenham surgido
nas notícias. Infelizmente não será difícil encontrar notícias recentes sobre cristãos que
deram a sua vida pela fé. Um recurso fácil de aceder é o site da “Ajuda à Igreja que sofre”:
http://www.fundacao-ais.pt/
240
Expressão de fé
Atividade: Creio em Ti
Duração: 15 min.
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista pede aos participantes que abram o livro do catequizando na página 99.
Cantam a canção “Tu és meu salvador”.
Canto “Tu és meu salvador”
Eu Te amo, ó Senhor
Tu és a minha força
Em Ti, só em Ti, eu confio
Tu és meu salvador.
Etapa 2
Duração: 9 min.
O catequista explica que a letra da canção vem do Salmo 18: “O Senhor é a minha rocha,
fortaleza e protecção; o meu Deus é o abrigo em que me refugio, o meu escudo, o meu
baluarte de defesa” (Sl 18, 3).
O catequista recorda que os salmos constituem um dos livros da Bíblia que reúne uma
coleção de 150 orações, chamado “salmos”. Os salmos eram as orações que Jesus rezava.
No salmo 18, versículo 3, que escutaram, David era um soldado e a sua oração reflete as
preocupações de um soldado.
Imitando este estilo de oração, cada um é convidado a abrir o livro do catequizando na
página 96 e a escrever o seu próprio salmo, que seria o salmo 151 e poderia começar assim:
241
Etapa 3
Duração: 3 min.
Para concluir este momento de oração, o catequista pede que rezem, em conjunto, a ora-
ção que se encontra no seu livro do catequizando, na página 96:
Credo
Preciso mesmo de Ti, Jesus!
Dei-me conta que a minha fé é fraquinha:
acredito, pouco e mal!
Tenho medo que os meus colegas
gozem comigo
porque sou cristão;
e então comporto-me
como se não fosses meu amigo
e escondo a minha fé.
Ajuda-me a acreditar à grande.
Mesmo naqueles dias
em que não tenho a coragem
de ir ter conTigo à missa,
ou em que finjo não me lembrar de Ti.
Gostaria tanto que os outros,
ao encontrar-me, aprendessem
a conhecer-Te e a escolher-Te
como amigo.
Ajudas-me?
242
Professar a fé:
ser luz
243
C 25 Para o Catequista
Apresentação
Com esta catequese, ajudamos os catequizandos a fazer uma preparação próxima para a sua pro-
fissão de fé.
Objetivos
Motivar para a profissão de fé.
Crescer no compromisso para com Jesus e a sua causa.
Conteúdos
Conceitos:
yy Comunicação clara
yy A boa notícia de Jesus deve ser partilhada
Procedimentos:
yy Identificar modos concretos de anunciar a fé
yy Rezar ao Espírito Santo
yy Exercícios de comunicação
Atitudes:
yy Crescer na vontade de ser testemunha de Jesus e do Evangelho
Material
2 folhas em branco A5 (Atividade “Mensagem distorcida”)
Lápis ou caneta
Fita-cola
2 tapetes (ou cartões)
Vendas (1 por participante)
2 cópias “Mensagens para os Mudos”
Rebuçados ou outra recompensa para a equipa vencedora
1 folha de papel vegetal A4
1 fita-cola
Marcadores de cor preta (1 por participante)
Uma vela / lâmpada
Canção “Estou alegre” (disponível na pen multimédia)
Cartaz nº 20 (disponível na pasta de apoio)
Vídeo “Olhar pelo coração” (disponível na pen multimédia)
244
Esquema
Experiência humana Atividade: Mensagem distorcida 10’ **
Do Catecismo
197. Como no dia do nosso Batismo, quando toda a nossa vida foi confiada «a esta regra
de doutrina» (Rm 6, 17), acolhemos o Símbolo da nossa fé que dá a vida. Recitar com fé o
Credo é entrar em comunhão com Deus Pai, Filho e Espírito Santo. E é também entrar em
comunhão com toda a Igreja, que nos transmite a fé e em cujo seio nós acreditamos: «Este
Símbolo é o selo espiritual [...], é a meditação do nosso coração e a sentinela sempre pre-
sente; é, sem dúvida, o tesouro da nossa alma» (Sto. Ambrósio).
Síntese de conteúdos
Os pré-adolescentes têm já a maturidade necessária para fazer uma profissão de fé pes-
soal?
Que maturidade?
Ao longo das catequeses desta 2ª fase do projeto Ligações. Itinerário de educação à fé,
temos insistido na necessidade de prestar atenção e respeitar a realidade dos pré-adoles-
centes. Com a forte atenção que têm à dimensão lúdica e motória. Com a autonomia ainda
tão reduzida e dependente dos adultos de referência.
Mas ainda que seja por desejo de protagonismo e autonomia, acabam por crescer na fé e
sentem o desejo de se comprometerem com a causa de Jesus. A sua generosidade, o seu
desejo de “fazer” pode ser a massa adequada com a qual construir uma profissão de fé
sincera.
Professar a fé
Aos Domingos, na missa, depois da homilia, levantamo-nos e, com fé e convicção, rezamos o
Credo. Sentimos o que dizemos e aquelas palavras são manifestação daquilo em que acre-
ditamos e descrição de quem somos: somos pessoas amadas pelo Pai, que se assemelham
cada vez mais a Jesus, animadas pelo Espírito.
O rito da profissão da fé no 6º ano quer ser mais do que uma versão festiva desse gesto
que fazemos todos os domingos. Queremos que na vida quotidiana (na família, na escola,
com os amigos…) cada um dos catequizandos seja como uma luz que reflete a beleza e a
alegria do Evangelho.
245
um compromisso pelo qual emprestam as suas vidas a Jesus para serem luz, sinais credí-
veis e coerentes da alegria do Evangelho.
Diante de uma situação ambígua, Jesus ajuda João Batista a perceber melhor a mensagem.
Os gestos de amor libertador de Jesus ajudam João, que está preso, a reconhecer que em
Jesus o Reino de Deus está mesmo em ação.
Para os catequizandos, fazer a profissão de fé é assumir a tarefa de curar as dores e de
anunciar a Boa Nova aos pobres. Sempre, claro, dentro das possibilidades de quem tem
11-12 anos.
Para cresceres
Reflete um pouco e identifica os “lugares” em que te é mais difícil dares testemunho da
fé em Jesus de Nazaré. Pode ser em determinadas alturas da vida, pode ser com algumas
pessoas, pode ser nos teus hábitos de consumo, pode ser diante de certos medos… Pede a
força de Deus para dizeres “Ámen” em todos os momentos e circunstâncias. Para que a tua
vida seja um farol de luz e beleza para todos os que te rodeiam.
C 25 Desenvolvimento
Fazer a profissão de fé é mais do que um gesto social ou ritual. É comprometer-se com Deus a ser
um comunicador fiável da luz e da alegria do Evangelho.
Experiência Humana
Atividade: Mensagem distorcida
Duração: 10 min.
Etapa 1
Duração: 2 min.
O catequista divide os participantes em duas equipas. Se o número total de catequizandos
for inferior a 9, formarão somente uma equipa. Dá as seguintes indicações:
cada equipa formará uma fila, em que todos estão virados para o mesmo lado;
o catequista transmitirá frases ao último membro da fila, de cada equipa, que as dirá
ao colega da frente ao ouvido;
caso o colega não tenha entendido a frase, esta não poderá ser repetida;
cada elemento do grupo passa a frase ouvida (ou percebida) ao colega da frente;
o último da fila deverá escrever aquilo que ouviu no papel e entregá-lo ao catequista.
O catequista poderá utilizar a mesma frase para as duas equipas ou frases distintas.
Exemplo:
1. O sapateiro de Setúbal consertou calçado durante muito tempo sem conseguir
cobrar tostão (total = 13 pontos);
2. A costureira Constança conheceu em Chaves um nobre, valente, carinhoso e cora-
joso cavaleiro (total = 13 pontos).
246
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista dá inicio à dinâmica. As duas equipas jogam ao mesmo tempo.
Etapa 3
Duração: 3 min.
O catequista pede aos participantes que se sentem em círculo. O catequista lê a(s) frase(s)
original(ais) e depois a mensagem que o último participante de cada equipa recebeu.
No final, será atribuído 1 ponto por cada palavra (da frase) acertada, sendo o vencedor a
equipa com maior número de palavras certas.
Anúncio da Palavra
Atividade: Entreajuda
Duração: 10 min.
Preparação
O catequista marca, no chão, com a fita-cola, 3 quadrados iguais (Casas), por equipa. Ao
lado da casa dos cegos deverá estar um tapete (ou cartão). A distância de uma casa à outra
deverá ser o comprimento do tapete (ou cartão). Exemplo:
Equipa A
Tapete (ou cartão)
Equipa B
Etapa 1
Duração: 3 min.
O catequista pede que os participantes formem duas equipas: A e B. Depois, cada equipa
subdivide-se em cegos, coxos e mudos. Feita esta subdivisão, o catequista informa que,
247
cada equipa, deverá deslocar-se às suas respetivas casas. Entrega, a cada um, uma venda
que deverá ser usada da seguinte forma:
cegos: para vendar os olhos
coxos: para amarrar os dois pés, pelos tornozelos
mudos: para tapar a boca
O catequista recorda as regras essenciais: Uma equipa VENCE quando todos os elementos
da sua equipa chegam à Casa dos Mudos. Sempre que um elemento pisa o chão fora do
tapete (ou cartão) tem de regressar ao início; Os Mudos NÃO podem produzir qualquer tipo
de som ou palavra; se o fizerem, a equipa será eliminada. Apenas podem usar gestos. O jogo
começa quando o catequista entrega ao grupo dos mudos umas regras mais detalhadas
que eles, sendo mudos, terão de transmitir aos outros grupos.
No final, o catequista, sem nada explicar, entrega aos mudos a “Mensagem para os Mudos”
pedindo que a leiam em silêncio.
Dirijam-se aos Coxos para que estes peçam aos Cegos que peguem no tapete
(ou cartão), que se encontra perto deles, mas do lado de fora da sua Casa, e
que o coloquem à sua frente para que possam atravessar da Casa deles para
a Casa dos Coxos. Já todos na Casa dos Coxos, os Coxos e os Cegos deverão
atravessar para a Casa dos Mudos, utilizando o mesmo tapete (ou cartão) mas
em fila indiana, com as mãos nos ombros. Apenas os Cegos é que podem pegar
no tapete (ou cartão).
Etapa 2
Duração: 7 min.
Dá-se início à dinâmica com a entrega da “Mensagem para os Mudos”. O catequista faz de
“árbitro”, exigindo o cumprimento escrupuloso das regras.
Etapa 1
Duração: 3 min.
Terminada a atividade anterior, o catequista distribui a recompensa (exemplo: rebuçados).
Depois, pede que todos se sentem em círculo e abram as suas bíblias em Lucas 7, 22-23
para acompanharem a leitura feita pelo catequista:
Tomando a palavra, disse aos enviados:
«Ide contar a João o que vistes e ouvistes:
Os cegos vêem, os coxos andam,
os leprosos ficam limpos,
os surdos ouvem, os mortos ressuscitam,
a Boa-Nova é anunciada aos pobres;
e feliz de quem não tiver em mim ocasião de queda.»
248
Etapa 2
Duração: 5 min.
O catequista pede aos participantes que relacionem as duas dinâmicas feitas (“Mensagem
distorcida” e “Entreajuda”) com a Palavra de Deus escutada.
Como conclusão das ideias dos participantes, o catequista diz: “Nas duas atividades ante-
riores a comunicação era difícil. Melhor ou pior, lá conseguimos comunicar qualquer coisa.
Mas não foi fácil. Quando se trata de comunicar o Evangelho, há uma maneira de garantir
que a comunicação é fácil e correta: fazer os mesmos gestos de Jesus. Jesus convidou os
seus amigos para darem a conhecer que Ele continuava vivo, que contassem esta Boa notí-
cia, espalhando a alegria pelos outros. Em nós, a Boa notícia representa a alegria de sentir
Jesus através das pessoas, acontecimentos, no nosso dia a dia.”
Etapa 3
Duração: 5 min.
O catequista divide os participantes em 2 grupos (por exemplo, rapazes e raparigas) e
explica que a canção é uma sequência de pergunta-resposta. Assim, o grupo 1 só can-
tará onde diz “grupo 1” e o grupo 2 onde diz “grupo 2”. Há uma coreografia simples para
acompanhar o canto: o grupo que canta, levanta-se ao cantar e senta-se quando está em
silêncio; durante o refrão, todos de pé, batem palmas ao ritmo.
Canto “Estou alegre”
grupo 1: Estou alegre
grupo 2: Por que estás alegre?
grupo 1: Estou alegre
grupo 2: Diz-me porquê. [para para]
grupo 1: Estou alegre
grupo 2: Por que estás alegre? Isso quero eu saber.
grupo 1: Vou contar-te
grupo 2: Vais contar-me - a razão de estar alegre assim. [para pa pa pa pa]
Todos: Cristo um dia me encontrou, seu amor me transformou,
e por isso alegre estou.
Etapa 4
Duração: 7 min.
O catequista coloca sobre a mesa a folha de papel vegetal e, no topo, na horizontal, escreve
como título «Os transmissores das Boas Novas de Jesus». Depois, em silêncio entrega
aos participantes uma caneta de cor preta e pede que escrevam palavras ou frases que
respondam à questão “Como poderemos ser transmissores das Boas Novas de Jesus?”.
Quando todos tiverem escrito a sua resposta, o catequista cola as laterais com fita-cola,
de forma a fazer um cilindro e coloca uma vela / lâmpada no interior. (Manter-se-á acesa
para a Expressão de Fé).
O catequista explica que a lanterna construída é um símbolo da luz e amizade com Jesus,
para que a tenhamos sempre presente e nos ajude a espalhar a Boa Nova, dando ânimo
aos que se encontram ao nosso redor para que continuem a partilhar e a viver a história
de Jesus.
249
Expressão de fé
Atividade: Olhar através do coração
Duração: 20 min.
Preparação
Afixar o cartaz nº 20 em local visível aos participantes. Junto deverá estar a lâmpada cons-
truída na atividade anterior.
Etapa 1
Duração: 5 min.
Com os participantes sentados de frente para o cartaz, o catequista convida-os a uma
atitude serena e de escuta para iniciarem a oração. De seguida, pede-lhes que peguem na
pagela onde se encontra o Credo completo e que, em silêncio, leiam a partir de “Creio no
Espírito Santo…”
Etapa 2
Duração: 4 min.
Com o grupo serenado, o catequista convida a observar o vídeo “Olhar pelo coração” numa
atitude orante.
Guião do vídeo “Olhar pelo coração”
Neste momento de oração, tenta rezar sentindo dentro de ti o Espírito Santo.
Quando rezamos o credo, na parte final, nós rezamos ao Espírito de Jesus, ao Espírito
Santo. Era este Espírito Santo que movia Jesus; e é Ele que nos move também a nós.
250
Desde o nosso batismo temos, no nosso interior, este mesmo Espírito que Jesus nos pro-
meteu. Vive no mais profundo de nós, no mais íntimo do nosso ser.
O Espírito Santo enche também a igreja, a comunidade de seguidores de Jesus.
O Espírito é a Vida, o Alento, a Força que nos move até ao melhor, ao mais belo e ao mais bonito.
O Espírito produz paz no coração, mas é necessário que cada um entre em si mesmo para
se aperceber disso. Por isso, fica em paz e reza com calma e confiança ao Espírito de Jesus.
Etapa 3
Duração: 6 min.
O catequista dá as seguintes orientações para a oração.
2. Dirige-te ao Espírito:
Terminada a fase anterior, e mantendo-te em silêncio, relaxado e em paz, repete,
espaçadamente, as seguintes frases:
yyEspírito Santo, enche o meu coração
yyEspírito Santo, tu és a Vida
yyEspírito Santo, tu estás em mim
yyEspírito Santo, tu és a Paz
yyEspírito Santo, coloca em mim os sentimentos de Jesus
yy Espírito Santo, vem
yyEspírito Santo, vem a todos os amigos de Jesus
yyEspírito Santo, enche o mundo inteiro…
251
Etapa 4
Duração: 5 min.
No final, em conjunto, rezam o Credo que se encontra na pagela com o Credo.
PROFISSÃO DE FÉ
Creio em um só Deus,
Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus.
[Todos se inclinam às palavras: E encarnou ... e Se fez homem.]
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria,
e Se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória,
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.
Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só baptismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos,
e a vida do mundo que há-de vir. Amen.
252
Índice
Introdução.......................................................................................................................................................................................3
Catequese 4: Alimentados....................................................................................................................................................43
Para o Catequista.....................................................................................................................................................................44
Apresentação......................................................................................................................................................................................................... 44
Desenvolvimento.......................................................................................................................................................................46
Experiência Humana......................................................................................................................................................................................... 46
Atividade: Põe a missa em ordem................................................................................................................................................. 46
Anúncio da Palavra........................................................................................................................................................................................... 48
Atividade: A ceia do Senhor................................................................................................................................................................ 48
Expressão de fé................................................................................................................................................................................................... 50
Atividade: Jesus, eu Te adoro na eucaristia ......................................................................................................................... 50
253
Catequese 6: Pescadores de homens..............................................................................................................................61
Para o Catequista.....................................................................................................................................................................62
Apresentação......................................................................................................................................................................................................... 62
Desenvolvimento.......................................................................................................................................................................64
Experiência Humana......................................................................................................................................................................................... 64
Atividade: Sou pescador........................................................................................................................................................................ 64
Anúncio da Palavra........................................................................................................................................................................................... 65
Atividade: A pesca milagrosa............................................................................................................................................................ 65
Expressão de fé................................................................................................................................................................................................... 68
Atividade: Vem e segue-me ............................................................................................................................................................... 68
254
Catequese 11: Eu não sou Deus!....................................................................................................................................109
Para o Catequista..................................................................................................................................................................110
Apresentação......................................................................................................................................................................................................110
Desenvolvimento....................................................................................................................................................................113
Experiência Humana......................................................................................................................................................................................113
Atividade: Aventura no espaço.....................................................................................................................................................113
Anúncio da Palavra........................................................................................................................................................................................114
Atividade: O jovem rico.......................................................................................................................................................................114
Expressão de fé................................................................................................................................................................................................116
Atividade: Larga o que trouxeste ..............................................................................................................................................116
255
Catequese 16: Passou fazendo o bem.........................................................................................................................161
Para o Catequista..................................................................................................................................................................162
Apresentação......................................................................................................................................................................................................162
Desenvolvimento....................................................................................................................................................................164
Experiência Humana......................................................................................................................................................................................164
Atividade: Um objeto que fala de mim....................................................................................................................................164
Anúncio da Palavra........................................................................................................................................................................................165
Atividade: O servo do Centurião..................................................................................................................................................165
Expressão de fé................................................................................................................................................................................................168
Atividade: Confiarei no meu Deus .............................................................................................................................................168
256
Catequese 21: A Igreja somos nós.................................................................................................................................205
Para o Catequista..................................................................................................................................................................206
Apresentação......................................................................................................................................................................................................206
Desenvolvimento....................................................................................................................................................................209
Experiência Humana......................................................................................................................................................................................209
Atividade: Colaborar..............................................................................................................................................................................209
Anúncio da Palavra........................................................................................................................................................................................210
Atividade: Partilhar os bens............................................................................................................................................................210
Expressão de fé................................................................................................................................................................................................211
Atividade: Somos a Igreja de Cristo..........................................................................................................................................211
Atividade: Os aros...................................................................................................................................................................................212
257