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Comunicação Digital e Hipermédia – 31/3/2020

Nome: Pedro Meca (40334)

1) Exercício teórico - Preparação do teste escrito


Lev Manovich, no livro “ 10 Definições dos Novos Média “, apresenta 10
definições possíveis para os Novos Média. No entanto, é importante realçar
que apenas as primeiras 5 são verdadeiramente importantes.

A primeira definição designa-se de “ Novos mídias x cibercultura”. Segundo o


autor, podemos distinguir as novas mídias da cibercultura, visto representarem
dois campos de pesquisa disitintos. Manovich define a cibercultura “ como o
estudo dos vários fenómenos sociais associados à internet e a outras novas
formas de comunicação em rede “, enquanto afirma que o estudo dos objetos
culturais é o domínio das novas mídias. Conclui afirmando que a cibercultura
se concentra no social e na rede e que os novos mídias se concentram no
cultural e na computação.

A segunda definição designa-se de “ Novos mídias para tecnologia


computacional usada para distribuição”. Segundo o autor, as novas mídias são
objetos culturais que usam a tecnologia computacional digital para distribuição
e exposição. Porém, Manovich conclui que esta definição tem 3 problemas:
primeiro, ela tem de ser revista de ano em ano, quando mais alguma parte da
cultura se vem a valer da tecnologia de computação para a distribuição;
segundo, podemos suspeitar que, no fim, a maioria das formas de cultura usará
a distribuição computadorizada, sendo que o termo “ novas mídias “ perderá
toda e qualquer especificidade. Por fim, o problema desta definição não nos
dizer nada sobre os possíveis efeitos da distribuição com base no computador
sobre a estético do que está a ser distribuído.

A terceira definição designa-se de “ Novas mídias como dados digitais


controlados por software”. Segundo o autor, a linguagem dos novos média
baseia-se na suposição de que, na verdade, todos os objetos culturais que se
valem da representação digital e da expressão com base no computador
compartilham algumas qualidades comuns: a modularidade, a automação, a
variabilidade e a transcodificação. Defende que o princípio da variabilidade
afirma que um objeto cultural das novas mídias pode existir em estados
diferentes. Por outro lado, a linguagem tem uma estrutura descontínua a priori,
o que torna muito fácil automatizar várias operações enquanto que a
representação digital de iamgens não permite a automatização de operações
semânticas.
A quarta definição designa-se de “ Novas mídias com software”. Segundo o
autor, há uma diferença entre as mídias e as novas mídias: “ mídia para o
software “. As velhas mídias eram, muitas vezes, “ dados cegos “, que exigiam
hardware específico para serem lidos e que, sem ele, eram completamente
indecifráveis pelos humanos. Com o gradual aumento de tamanho dos arquivos
das mídias e da gradual automação de todas as etapas de comunicação das
mídias, o apagamento da estrutura semântica pelos dispositivos de gravação
tornou-se um obstáculo real. Portanto, hoje vemos duas tendências em ação: a
primeira é tentar recuperar a estrutura e acrescentá-la aos “ dados cegos “ já
registados, sendo que a segunda estratégia é assegurar que os dados recém-
criados sejam altamente estruturados.

A quinta e última definição designa-se de “ Novas mídias como o mix entre


convenções culturais existentes e as convenções do software”. Segundo o
autor, quando um tipo específico de mídia é transformado em dados digitais
controlados por software, podemos esperar que esse mesmo mídia obedecerá
aos princípios da modularidade, variabilidade, automação e transcodificação,
sendo certo que estes processos podem levar muito tempo e não são
precedidos de forma linear, visto existir um “ desenvolvimento desigual” (há
algumas mídias que, atualmente, já são totalmente automatizadas, ao passo
que, em outros casos, essa automatização não existe. Dado que os princípios
da modularidade, da automação, da variabilidade e da transcodificação são
tendências que se desaceleram e se manifestam desigualmente, o “ The
Language of New Medic “ analisa a linguagem das mídias contemporâneas
como o mix entre dois conjuntos diferentes de forças culturais ou convenções
culturais: por um lado, as convenções de formas culturais já maduras (uma
página), por outro, as convenções do software de computador e, em particular,
das interfaces homem - máquina. De forma sintética, as novas mídias podem
ser compreendidas como o mix de antigas convenções culturais de
representação, acesso e manipulação de dados e convenções mais recentes
de representação, acesso e manipulação de dados. Os “ velhos dados “ são o
que normalmente compreendemos por cultura e os “ novos dados “ são dados
digitais.
Exemplos:
1. Novas mídias x cibercultura

FIGURA 1 – Cibercultura: Comunidades online

FIGURA 2 – Novos mídias: Jogos em rede


2. Novos mídias como tecnologia computacional usada
para distribuição

FIGURA 3- Software
3. Novas mídias como dados digitais controlados por
software

FIGURA 4- Adobe Flash ( estúdio de animação digital)


4. Novos mídias como software

FIGURA 5- The Mashup Ecosystem


5. Novas mídias como o mix entre convenções culturais
existentes e as convenções do software

FIGURA 6- Menu inicial de um computador Windows 10

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