Regina Quintanilha foi a primeira mulher portuguesa a licenciar-se em Direito e a exercer advocacia em Portugal no início do século XX. Foi também a primeira mulher a desempenhar cargos como procuradora judicial, conservadora do registo predial e notária em Portugal e na Península Ibérica. Trabalhou como advogada no Brasil e nos Estados Unidos.
Regina Quintanilha foi a primeira mulher portuguesa a licenciar-se em Direito e a exercer advocacia em Portugal no início do século XX. Foi também a primeira mulher a desempenhar cargos como procuradora judicial, conservadora do registo predial e notária em Portugal e na Península Ibérica. Trabalhou como advogada no Brasil e nos Estados Unidos.
Regina Quintanilha foi a primeira mulher portuguesa a licenciar-se em Direito e a exercer advocacia em Portugal no início do século XX. Foi também a primeira mulher a desempenhar cargos como procuradora judicial, conservadora do registo predial e notária em Portugal e na Península Ibérica. Trabalhou como advogada no Brasil e nos Estados Unidos.
Nasceu a 9 de maio de 1893, na freguesia de Santa Maria, concelho de Bragança, Regina da
Glória Pinto de Magalhães Quintanilha de Sousa e Vasconcelos, era filha de Francisco Fernandes e de Josefa Magalhães.
Com apenas 17 anos, Regina Quintanilha matriculou-se na Faculdade de Direito da
Universidade de Coimbra, a 6 de Setembro de 1910, sendo o seu caso analisado e deliberado pelo Conselho Universitário que autorizou a entrada da aluna, e no dia 24 de Outubro, poucos dias após a implantação da República Portuguesa. Integrando a primeira vaga de mulheres estudantes do ensino superior em Portugal com notas exemplares, terminou o curso em três anos e em 1913, com apenas 20 anos, foi convidada para o cargo de reitora do recém-criado Liceu Feminino de Coimbra. Apesar do convite e até mesmo do cargo serem inéditos para uma jovem mulher, Regina Quintanilha recusou a oferta por ambicionar uma carreira no exercício da advocacia Tentando prosseguir com o seu sonho, a jovem licenciada apelou então ao Supremo Tribunal de Justiça para que o seu caso fosse considerado 14 de Novembro de 1913, Regina Quintanilha recebeu a autorização do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça para advogar, estreando-se nesse mesmo dia com a toga dos advogados no Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa, tornando-se assim na primeira advogada portuguesa em 1918, a lei portuguesa foi alterada durante a presidência de Sidónio Pais, criando-se o Decreto n.º 4676 que possibilitava às mulheres o poder para exercerem profissões na função pública, deixando no entanto explícito que os cargos dirigentes continuariam destinados aos homens e o direito ao voto permaneceria proibido para as mulheres. Como tal, Regina Quintanilha que já se tinha tornado pioneira como a primeira mulher licenciada em Direito e primeira advogada a exercer em Portugal, pouco depois começou também a exercer as funções de procuradora judicial e conservadora do registo predial, tornando-se uma vez mais na primeira mulher a desempenhar essas actividades não só no país como em toda a Península Ibérica. Ainda no mesmo período, Regina começou a exercer como notária, tornando-se na segunda mulher a desempenhar o cargo em Portugal, após Aurora de Castro Gouveia nos depois, a convite do Ministro da Justiça João Catanho de Meneses, Regina Quintanilha partiu para o Brasil, onde integrou a comitiva diplomática portuguesa que visava colaborar na elaboração de novas reformas para a Lei brasileira. Permanecendo cinco anos no país, a advogada abriu escritório no Rio de Janeiro, e mais tarde viajou para Nova Iorque, Estados Unidos, onde também teve um escritório de advocacia que seria premiada em 1943 com o Prémio Valmor, situada na Rua Sidónio Pais, e exerceu como advogada de várias empresas francesas em território português, cessando a sua actividade em 1957, quando suspendeu a sua inscrição na Ordem dos Advogados. Faleceu a 19 de Março de 1967, com 73 anos, em Lisboa, na sua casa que se situava na Rua Castilho
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