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Mecânica dos materiais
Tradução da 7a edição norte-americana
Tradução da 5 edição
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norte-americana James M. Gere e Barry J. Goodno


Tradução da 5a edição
norte-americana
Erik Lokensgard Ciência e engenharia dos

Plásticos Erik Lokensgard materiais

Plásticos
Tradução da 5a edição Donald R. Askeland e Pradeep P. Phulé
norte-americana

Industriais
Química orgânica experimental:
técnicas de escala pequena
Tradução da 3a edição norte-americana
Teoria e aplicações

Industriais
Randall G. Engel, George S. Kriz,

Plásticos Industriais
Esta obra cobre todas as facetas da tecnologia de plástico in- Gary M. Lampman e Donald L. Pavia
dustrial e os principais processos de fabricação. É uma fonte
indispensável para qualquer estudioso envolvido em progra-
mas de tecnologia de polímero ou de plástico.
Didático, abrangente e com vários exercícios, Plásticos indus-
Teoria e aplicações
triais: teoria e aplicações apresenta uma sequência lógica dos

Teoria e aplicações
tópicos, abordando tudo da história do plástico até o percurso
de um negócio de plástico de sucesso. Fornece dados para
pesquisa na internet em todos os capítulos, dados atuais da in-
dústria de plásticos e tratamentos expandidos de tecnologias
de engenharia, em particular, nanoplásticos, injeção de fluido,
bioplásticos e protótipo rápido. Texto útil para profissionais
que desejam rever os conceitos básicos sobre o tema e per-
manecer atualizados sobre a última tecnologia na fabricação
de plástico.

Aplicações: Cursos de Química, Engenharias Industrial, Química


de Materiais e de Produção, e curso superior em Tecnologia de
Materiais. É uma obra muito útil para disciplinas como estrutura
e propriedades de materiais poliméricos, processamento de ma-
teriais poliméricos e tecnologia de plásticos industriais­.

isbn 13 978-85-221-1187-9
isbn 10 85-221-1187-1

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99 788522
7 8 8 5 2 2 111879
111879
Plásticos industriais
Teoria e aplicações
Tradução da 5a edição norte-americana

Erik Lokensgard

Tradução técnica

Alessandra Pereira da Silva


Doutora em Engenharia Química pela Universidade Federal de São Carlos
Professora Adjunta II da Universidade Federal de São Paulo – Campus Diadema

Alexandre Argondizo
Doutor em Engenharia Química pela Universidade Federal de São Carlos
Professor Adjunto II da Universidade Federal de São Paulo – Campus Diadema

Douglas Alves Cassiano


Doutor em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas
Professor Adjunto II da Universidade Federal do ABC

Eliezer Ladeia Gomes


Doutor em Engenharia Química pela Universidade Federal de São Carlos
Professor Adjunto III da Universidade Federal de São Paulo – Campus Diadema

Robson Mendes Matos


D. Phil. University of Sussex at Brighton, Inglaterra
Professor Associado III da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé

Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos
Sumário

Prefácio xxi

Capítulo 1 Introdução histórica aos plásticos 1


Introdução 1
Plásticos naturais 1
Materiais córneos 2
Goma-laca 3
Guta-percha 5
Primeiros materiais naturais modificados 5
Borracha 6
Celuloide 7
Primeiros plásticos sintéticos 9
Plásticos sintéticos comerciais 10
Resumo 10
Pesquisa na internet 12
Vocabulário 12
Questões 13
Atividades 13


Capítulo 2 Situação atual da indústria de plásticos 17
Introdução 17
Principais materiais plásticos 18
Reciclagem de plásticos 20
Leis de depósitos para garrafas e seus efeitos 20
Reciclagem de lixo seletiva 24
Reciclagem de PCR HDPE 26
Reciclagem automotiva 32
Reciclagem química 33
Reciclagem na Alemanha 33
Eliminação por incineração ou degradação 34
História da incineração nos Estados Unidos 34
Plásticos degradáveis 35
Organizações na indústria de plásticos 37
Publicações para a indústria de plásticos 39
Jornal do Comércio 39
Pesquisa na internet 39
Vocabulário 40
Questões 40
Atividades 41

v
vi Plásticos industriais: teoria e aplicações

Capítulo 3 Química elementar dos polímeros 43


Introdução 43
Revisão de química básica 43
Moléculas 43
Moléculas de hidrocarbonetos 44
Macromoléculas 45
Polímeros de cadeia de carbono 45
Carbono e outros elementos na cadeia principal 47
Organização molecular 48
Polímeros amorfos e cristalinos 48
Forças intermoleculares 51
Orientação molecular 52
Orientação uniaxial 53
Orientação biaxial 53
Termofixos 53
Sumário 54
Pesquisa na internet 54
Vocabulário 54
Questões 55
Atividades 56

Capítulo 4 Saúde e segurança 59


Introdução 59
Riscos físicos 59
Riscos biomecânicos 59
Riscos químicos 60
Fontes de riscos químicos 60
Leitura e compreensão do MSDS 60
Seção 1: Identificação do produto e da empresa 61
Seção 2: Composição 61
Seção 3: identificação dos riscos 63
Seção 4: Medidas de primeiros socorros 67
Seção 5: Medidas de combate a incêndios 67
Seção 6: Medidas para liberação acidental 68
Seção 7: Manuseio e armazenamento 68
Seção 8: Controle de exposição e proteção individual 68
Seção 9: Propriedades físicas e químicas 68
Seção 10: Dados de estabilidade e reatividade 68
Seção 11: Informações toxicológicas 70
Seção 12: Informações ecológicas 70
Seção 13: Considerações sobre o descarte 70
Sumário vii

Seção 14: Informações sobre transporte 70


Seção 15: Informações sobre regulamentação 70
Seção 16: Outras informações 70
Pesquisa na internet 72
Vocabulário 72
Questões 72
Atividades 73


Capítulo 5 Estatística elementar 75
Introdução 75
Cálculo da média 75
A distribuição normal 76
Cálculo do desvio padrão 77
A distribuição normal padrão 78
Representação gráfica dos resultados do teste de dureza 79
Esboço de gráficos 81
Comparação gráfica de dois grupos 81
Sumário 82
Pesquisa na internet 82
Vocabulário 82
Questões 83
Atividades 83

Capítulo 6 Propriedades e testes em plásticos 85


Introdução 85
Organismos certificadores 86
ASTM 86
ISO 86
Unidades SI 88
Propriedades mecânicas 89
Resistência à tração (ISO 527-1, ASTM D-638) 93
Resistência à Compressão (ISO 75-1 e 75-2, ASTM D-695) 93
Resistência ao cisalhamento (ASTM D-732) 93
Resistência ao impacto 93
Resistência à flexão (ISO 178, ASTM D-790 e D-747) 96
Fadiga por flexão (ISO 3385, ASTM D-430 e D-813) 96
Amortecimento 96
Dureza 96
Resistência à abrasão (ASTM D-1044) 99
Propriedades físicas 99
viii Plásticos industriais: teoria e aplicações

Massa específica e densidade relativa (ISO 1183, ASTM D-792


e D-1505) 99
Contração na moldagem (ISO 2577, ASTM D-955) 101
Resistência à fluência ou creep (ISO 899, ASTM D-2990) 101
Viscosidade 102
Propriedades térmicas 102
Condutividade térmica (ASTM C-177) 103
Capacidade calorífica (calor específico) 103
Expansão térmica (ASTM D-696 e D-864) 103
Temperatura de deflexão térmica (ISO 75, ASTM D-648) 104
Plásticos ablativos 105
Resistência ao frio 105
Inflamabilidade (ISO 181, 871 e 1210; ASTM D-635, D-568
e E-84) 105
Índice de fluidez (ISO 1133, ASTM D-1238) 105
Temperatura de transição vítrea 106
Temperatura de amolecimento (ISO 306, ASTM D-1525) 107
Propriedades ambientais 107
Propriedades químicas 107
Resistência às intempéries (ASTM D-2565, D-4329, G-154
e G-155, ISO-4892) 108
Resistência à radiação ultravioleta (ASTM G-23 e D-2565) 110
Permeabilidade (ISO 2556, ASTM D-1434 e E-96) 110
Absorção de água (ISO 62, 585 e 960; ASTM D-570) 110
Resistência bioquímica (ASTM G-21 e G-22) 112
Fratura sob tensão ambiental (stress cracking) (ISO 4600 e 6252,
ASTM D-1693) 112
Propriedades ópticas 112
Brilho (ASTM D-2457) 112
Transmitância luminosa (ASTM D-1003) 113
Cor 113
Índice de refração (ISO 489, ASTM D-542) 113
Propriedades elétricas 114
Resistência ao arco (ISO 1325, ASTM D-495) 114
Resistividade (ISO 3915, ASTM D-257) 114
Rigidez dielétrica (ISO 1325, 3915; ASTM D-149) 114
Constante dielétrica (ISO 1325, ASTM D-150) 114
Fator de potência (ASTM D-150) 114
Pesquisa na internet 115
Vocabulário 116
Questões 116
Atividades 117
Sumário ix

Capítulo 7 Ingredientes dos plásticos 119


Introdução 119
Aditivos 120
Antioxidantes 120
Agentes antiestática 121
Corantes 121
Agentes de acoplamento 123
Agentes de cura 124
Retardantes de chama 124
Agentes de expansão e espumantes 125
Estabilizantes térmicos 126
Modificadores de impacto 127
Lubrificantes 127
Agentes nucleantes 127
Plastificantes 128
Conservantes 128
Auxiliares de processamento 129
Estabilizadores ultravioleta (UV) 130
Agentes de reforço 130
Lâminas 131
Fibras 131
Cargas 139
Nanocompósitos 140
Cargas em escala macroscópica 143
Pesquisa na internet 144
Vocabulário 145
Questões 146
Atividades 147

Capítulo 8 Caracterização e seleção de plásticos comerciais 149


Introdução 149
Materiais básicos 149
Técnicas de polimerização 150
Índice de fluidez 151
Seleção do tipo de material 152
Bancos de dados informatizados para seleção de materiais 152
Resumo 153
Pesquisa na internet 153
Vocabulário 153
Questões 154
Atividades 154
x Plásticos industriais: teoria e aplicações

Capítulo 9 Usinagem e acabamento 157


Introdução 157
Serramento 158
Limagem 160
Furação 160
Estampagem, corte em matriz de estampagem (blanking) 163
Roscamento 164
Torneamento, fresagem, aplainamento, modelagem e
usinagem com comando numérico computadorizado (router) 166
Corte a laser 167
Corte por fratura induzida 168
Corte térmico 168
Corte hidrodinâmico 169
Aplainamento e polimento 169
Tamboração 171
Recozimento e pós-cura 172
Pesquisa na internet 172
Vocabulário 173
Questões 174
Atividades 175

Capítulo 10 Processo de moldagem 177


Introdução 177
Moldagem por injeção 177
Unidade de injeção 178
Unidade de fechamento 180
Segurança na moldagem por injeção 181
Especificação de máquinas de moldagem 186
Elementos dos ciclos de moldagem 186
Moldagem por injeção de termorrígidos 188
Moldagem por coinjeção 189
Injeção de fluido 190
Sobremoldagem 191
Máquinas elétricas e híbridas 191
Moldagem de materiais líquidos 192
Moldagem por injeção e reação 192
Moldagem reforçada por injeção e reação (RRIM) 193
Moldagem de resina líquida 193
Moldagem de materiais termorrígidos em grânulos e em placa 195
Moldagem por compressão 195
Moldagem por transferência 197
Sumário xi

Moldagem de folha (sheet molding) 201


Pesquisa na internet 201
Vocabulário 202
Questões 202
Atividades 203

Capítulo 11 Processos de extrusão 207


Introdução 207
Equipamentos de extrusão 207
Composição ou compostagem 210
Principais classes de produtos de extrusão 212
Extrusão de perfil 213
Extrusão de tubo 214
Extrusão de placa (ou chapa) 214
Extrusão de filme 214
Moldagem de filmes por extrusão e sopro 217
Extrusão de filamentos 220
Revestimento por extrusão e recobrimento de fios 224
Moldagem por sopro 224
Moldagem por sopro via injeção 225
Moldagem por sopro via extrusão 226
Variações na moldagem por sopro 231
Pesquisa na internet 232
Vocabulário 233
Questões 233
Atividades 234

Capítulo 12 Processos e materiais de laminação 239


Introdução 239
Camadas de diferentes plásticos 240
Camadas de papel 241
Camadas de lã de vidro e tapetes 244
Camadas de metal e favos de metal 245
Camadas de metal e plásticos espumantes 246
Pesquisa na internet 248
Vocabulário 248
Questões 248
Atividades 249
xii Plásticos industriais: teoria e aplicações

Capítulo 13 Processos e materiais reforçadores 253


Introdução 253
Cubo combinado 254
Compostos moldados por volume 254
Compostos moldados em folhas 254
Processo de laminação à mão ou de contato 257
Pulverização 257
Formação de vácuo rígida 257
Termoformação de molde frio 258
Saco de vácuo 258
Saco de pressão 260
Bobina de filamento 260
Reforço centrífugo e reforço de filme moldado por sopro 263
Pultrusão 263
Formação/impressão a frio 264
Pesquisa na internet 266
Vocabulário 266
Questões 266

Capítulo 14 Processos e materiais de fundição 267


Introdução 267
Tipos de material 267
Fundição simples 268
Tipos especiais de fundição simples 269
Fundição de filme 270
Fundição de fundido quente 271
Fundição slush e fundição estática 271
Fundição slush 271
Fundição estática 273
Fundição rotacional 273
Fundição centrífuga 273
Fundição rotacional 274
Fundição por mergulho 274
Pesquisa na internet 276
Vocabulário 276
Questões 276
Atividades 277

Capítulo 15 Termoformagem 283


Introdução 283
Sumário xiii

Formagem por vácuo direto 285


Formagem positiva 286
Formagem de molde combinado 286
Formagem a vácuo assistida por pistão e bolha de pressão 287
Formagem a vácuo assistida por pistão 288
Formagem por pressão assistida por pistão 288
Formagem por pressão na fase sólida (SPPF) 289
Formagem por vácuo de bolha 290
Formagem por vácuo de bolha e pressão na bolha 291
Formagem por pressão com aquecimento de contato e folha presa 291
Formagem por envelope de ar 291
Formagem livre 291
Termoformagem de folha dupla 292
Termoformagem de embalagem bolha ou embalagem de crosta 293
Formagem mecânica 293
Pesquisa na internet 294
Vocabulário 295
Questões 296
Atividades 297

Capítulo 16 Processos de expansão 303


Introdução 303
Moldagem 306
Processamento de baixa pressão 307
Processamento de alta pressão 308
Outros processos de expansão 310
Fundição 312
Expansão no local 312
Jateamento 313
Pesquisa na internet 314
Vocabulário 314
Questões 314
Atividades 315

Capítulo 17 Processos de revestimento 321


Introdução 321
Revestimento por extrusão 322
Revestimento por calandra 323
Revestimento de pó 323
Revestimento de leito fluidizado 324
xiv Plásticos industriais: teoria e aplicações

Revestimento de leito eletrostático 324


Revestimento de pistola de pó eletrostático 325
Revestimento de transferência 325
Revestimento de lâmina ou rolo 326
Revestimento de imersão 326
Revestimento de jato 327
Revestimento metálico 328
Adesivos 328
Eletrogalvanização 328
Metalização a vácuo 329
Revestimento precipitado 331
Revestimento por escova 331
Pesquisa na internet 332
Vocabulário 332
Questões 332
Atividades 334

Capítulo 18 Processos de fabricação e materiais 337


Introdução 337
Adesão mecânica 337
Resinas termoplásticas 337
Resinas termofixas 338
Adesivos elastoméricos 340
Adesão química 340
Adesão por solvente 341
Técnicas de aquecimento por fricção 343
Técnicas de transferência de calor 345
Fixação mecânica 348
Montagem por fricção 348
União por prensagem 348
União por encaixe 349
União por encolhimento 350
Pesquisa na internet 350
Vocabulário 351
Questões 351
Atividades 352

Capítulo 19 Processos de decoração 357


Introdução 357
Coloração 358
Sumário xv

Pintura 358
Pintura por spray 359
Pintura eletrostática 359
Pintura por imersão 359
Pintura utilizando tela vazada 360
Marcação por preenchimento 360
Revestimento por rolo 360
Hot stamping 361
Galvanização 362
Gravação 363
Impressão 363
Decoração dentro do molde 364
Decoração por transferência de calor 365
Diversos outros métodos de decoração e acabamento 366
Pesquisa na internet 367
Vocabulário 367
Questões 368
Atividades 369

Capítulo 20 Processos com uso de radiação 371


Introdução 371
Métodos de radiação 371
Fontes de radiação 373
Radiação ionizante 373
Radiação não ionizante 374
Segurança de radiação 374
Irradiação de polímeros 374
Danos causados por radiação 374
Melhorias por radiação 376
Polimerização por radiação 377
Enxerto por radiação 377
Vantagens de radiação 378
Aplicações 379
Pesquisa na internet 380
Vocabulário 380
Questões 381

Capítulo 21 Considerações de projeto 383


Introdução 383
Análise de fluxo com o auxílio de computador 383
xvi Plásticos industriais: teoria e aplicações

Protótipo rápido 384


Considerações de material 386
Ambiente 387
Características elétricas 387
Características químicas 388
Fatores mecânicos 388
Economia 388
Considerações de projeto 389
Aparência 389
Limitações de projeto 391
Considerações de produção 393
Processos de fabricação 394
Encolhimento de material 394
Tolerâncias 395
Projeto de molde 395
Teste de desempenho 404
Pesquisa na internet 407
Vocabulário 408
Questões 408

Capítulo 22 Ferramentas e fabricação de molde 411


Introdução 411
Planejamento 412
Ferramenta 412
Custos de ferramenta 412
Processamento por máquina 417
Erosão química 419
Pesquisa na internet 424
Vocabulário 425
Questões 425

Capítulo 23 Considerações comerciais 427


Introdução 427
Financiamento 427
Gerenciamento e pessoal 428
Moldagem de plástico 428
Equipamento auxiliar 430
Controle de temperatura de moldagem 432
Pneumáticos e hidráulicos 433
Cotação de preços 434
Sumário xvii

Terreno da fábrica 435


Despacho 435
Pesquisa na internet 435
Vocabulário 436
Questões 436

Apêndice A Glossário 439

Apêndice B Abreviaturas para materiais selecionados 455

Apêndice C Nomes comerciais e fabricantes 459

Apêndice D Identificação de material 477


Identificando plásticos 477
Métodos de identificação 477
Nome comercial 477
Aparência 477
Efeitos do calor 478
Efeitos de solventes 478
Densidade relativa 483

Apêndice E Termoplástico 485


Plástico de poliacetal (POM) 485
Acrílico 487
Poliacrilatos 490
Poliacrilonitrila e polimetacrilonitrila 490
Acrilonitrila-estireno-acrilonitrila (ASA) 490
Acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS) 490
Acrilonitrila-polietileno clorado-estireno (ACS) 491
Celulósico 491
Celulose regenerada 492
Ésteres de celulose 493
Nitrato de Celulose (CN) 493
Acetato de celulose (CA) 493
Butirato de acetato de celulose (CAB) 494
Propionato de cetato de celulose 495
Éteres de celulose 496
Poliéteres clorados 497
xviii Plásticos industriais: teoria e aplicações

Plástico de cumarona-indeno 498


Fluoroplástico 498
Politetrafluoroetileno (PTFE) 499
Polifluoroetilenopropileno (PFEP ou FEP) 501
Policlorotrifluoroetileno (PCTFE ou CTFE) 502
Floureto de polivinila (PVF) 503
Fluoreto de polivinilideno (PVDF) 504
Outros fluoroplásticos 505
Ionômeros 505
Plásticos de barreira de nitrila 508
Fenóxi 509
Polialômeros 509
Poliamidas (PA) 509
Policarbonatos (PC) 513
Polieteretercetona (PEEK) 515
Polieterimida (PEI) 515
Poliésteres termoplásticos 516
Poliésteres saturados 516
Poliésteres aromáticos 518
Poliimidas termoplásticas 518
Poliamida-imida (PAI) 519
Polimetilpenteno 520
Poliolefinas: polietileno (PE) 522
Polietileno de baixíssima densidade (VLDPE) 528
Polietileno linear de baixa densidade (LLDPE) 528
Polietileno de alta densidade de massa
molecular (HMW-HDPE) 528
Polietileno de ultra-alta massa molecular (UHMWPE) 528
Ácido de Etileno 529
Acrilato de Etileno-etila (EEA) 529
Acrilato de Etileno-metila (EMA) 529
Acetato de etileno-vinila (EVA) 529
Poliolefinas: polipropileno 529
Poliolefinas: polibutatileno (PB) 532
Óxidos de polifenileno 532
Óxido de polifenileno (PPO) 533
Éter polifenileno (PPE) 533
Parilenos 533
Sulfeto de polifenileno (PPS) 534
Éteres poliarila 534
Poliestireno (PS) 534
Estireno-acrilonitrila (SAN) 537
Sumário xix

Estireno-acrilonitrila (olefina modificada) (OSA) 538


Plásticos de estireno-butadieno (SBP) 539
Estireno-anidrido maleico (SMA) 539
Polissulfonas 539
Poliarilsulfona 540
Polietersulfona (PES) 541
Polifenilsulfona (PPSO) 542
Polivinilas 542
Cloreto de Polivinila 544
Acetato de polivinila (PVAc) 545
Formal de polivinila 546
Álcool polivinílico (PVA) 546
Acetal de polivinila 546
Butiral de polivinila (PVB) 546
Dicloreto de polivinilideno (PVDC) 546

Apêndice F Plásticos termocurados 549


Alcides 549
Alílicos 550
Plásticos amino 553
Ureia-Formaldeído (UF) 554
Melamina-formaldeído (MF) 557
Caseína 558
Epóxi (EP) 560
Furano 564
Fenólicos (PF) 564
Fenol-aralquila 566
Poliésteres insaturados 566
Poliimida termocurada 572
Poliuretano (PU) 573
Silicones (SI) 575

Apêndice G Tabelas úteis 581

Apêndice H Fontes de pesquisa e bibliografia 591


Fontes de pesquisa 591
Bibliografia 592

Índice 595
Prefácio

Uso pretendido
Esta obra cobre todos os aspectos da tecnologia de plástico industrial, bem como os principais processos de fa-
bricação, servindo como fonte indispensável para aqueles indivíduos envolvidos nos programas de tecnologia de
polímero ou de tecnologia de plástico em escolas de ensino médio, escolas técnicas e universidades. Focado na
natureza, este livro também será útil a profissionais que desejem rever o básico e permanecer atualizado sobre a
tecnologia mais recente na fabricação de plástico.

O livro
Apresentado em uma sequência lógica, Plásticos industriais edifica tópicos a partir de fundamento crescente –
cobrindo tudo da história do plástico até o percurso de um negócio de sucesso:

• O Capítulo 1 fornece uma introdução histórica aos plásticos.


• O Capítulo 2 inclui atualizações extensivas no estado atual da indústria de plástico. Traçando o consumo nos
Estados Unidos dos principais materiais de plástico, reciclagem, descarte e organizações significativas dentro
da indústria.
• O Capítulo 3 trata a química elementar de polímero. Ele apresenta o básico sobre a química de plástico e po-
límero em um contexto prático.
• O Capítulo 4, em saúde e segurança, reflete a organização das Fichas de Segurança de Material (MSDS – Material
Safety Data Sheets (MSDS). A intenção deste capítulo, que foi atualizado para refletir os padrões atuais, é ajudar
os estudantes a tornarem-se adeptos da leitura e entendimento da MSDS para plástico.
• O Capítulo 5, em estatística elementar, baseia-se em técnicas de gráficos em vez de teste de hipóteses.
• O Capítulo 6, em propriedades e testes, foi atualizado para mostrar as variedades atuais de equipamento de
teste.
• O Capítulo 7, em ingredientes de plástico, inclui uma nova seção sobre monocompósitos.
• O Capítulo 8, em seleção de plástico para aplicações específicas, busca explicar as diferenças entre os vários
graus de plásticos.
• O Capítulo 9, em maquinário e acabamento, trata os processos comuns para moldagem e polimento de pro-
dutos de plásticos.
• O Capítulo 10, em processos de moldagem, inclui uma nova seção sobre máquinas de moldagem por injeção
elétrica e híbrida. Ele continua para esboçar o tratamento de segurança de moldagem por injeção.
• O Capítulo 11, em extrusão, agora inclui várias fotos recentes de equipamento de moldagem de sopro de mul-
ticamadas e de filme soprado.
• O Capítulo 12, em processos de laminação, aborda as camadas de plásticos, papel, fibras de vidro e metal.
• O Capítulo 13, em processos e materiais reforçados, inclui numerosos processos para criar uma matriz de
reforços e plásticos fibrosos.
• O Capítulo 14, em processos e materiais de fundição, inclui várias novas fotografias de equipamento grande
de moldagem rotacional.
• O Capítulo 15, em termoformagem, trata os principais métodos para formar materiais em folha com forças de
vácuo, pressão e mecânicas.
• O Capítulo 16, em processos de expansão, aborda as técnicas para criar materiais espumosos. Ele inclui várias
fotografias novas de gramado artificial.
• O Capítulo 17, em processos de revestimento, refere-se à aplicação de revestimentos em substratos plásticos e
aplicação de plástico em substratos não poliméricos.

xxi
xxii Plásticos industriais: teoria e aplicações

• O Capítulo 18, em fabricação, trata as técnicas tanto mecânicas quanto químicas.


• O Capítulo 19, em processos de decoração, inclui informações atualizadas sobre estampagem de folha quente,
bem como outras técnicas de decoração.
• O Capítulo 20, em processos de radiação, trata o crescimento no uso do processamento por radiação.
• O Capítulo 21, em projeto, inclui uma nova seção em estereolitografia.
• O Capítulo 22, em ferramenta e fabricação de molde, cobre as principais técnicas de execução em máquina.
• O Capítulo 23, em considerações comerciais, fornece cobertura atualizada de equipamento auxiliar.
• O Apêndice A, o glossário, fornece definições de termos.
• O Apêndice B, em abreviaturas, inclui nomes genéricos ou químicos para uma lista de abreviaturas atualizada.
• O Apêndice C, em nomes comerciais, fornece os nomes comerciais, o nome correspondente dos plásticos e
o fabricante.
• O Apêndice D, em identificação de material, oferece vários métodos para identificar plásticos desconhecidos.
• O Apêndice E, em termoplásticos, contém material extensivo e uma lista completa de termoplásticos.
• O Apêndice F, em termocurados, trata a maioria dos principais materiais termocurados.
• O Apêndice G fornece tabelas úteis mostrando conversões de várias unidades.
• O Apêndice H fornece contatos de muitas organizações e também uma bibliografia selecionada.

Esta edição de Plásticos industriais intensificará ainda mais a facilidade de uso e o aprofundamento de conteúdo.

Novo nesta edição

A última tecnologia
Esta edição de Plásticos industriais: teoria e aplicações fornece materiais atualizados em sites da internet em todos
os capítulos, dados atuais da indústria de plásticos e tratamentos expandidos de tecnologias de engenharia, em
particular, nanoplásticos, injeção de fluido, bioplásticos e protótipo rápido.

Pequisa na internet
Ao final de cada capítulo, há uma lista de sites relacionados aos temas do capítulo estudado. Essa lista guia os
estudantes para encontrar mais informações em tópicos específicos. Cada site relacionado ao material encontra-
do no capítulo intensifica o aprendizado para o leitor. Muitas dessas empresas fornecem discussões extensivas
de seus materiais, processos e produtos em seu site. Os sites mais elaborados também incluem apresentações de
fotos, vídeo e áudio.

Outras características

Atividades de laboratório
Onde aplicável, as atividades de laboratório estão incluídas ao final do capítulo. A filosofia das atividades de
laboratório é aquela de que as aplicações são essenciais para o total entendimento de muitos conceitos teóricos.
As atividades contêm abordagens experimentais, mas também incluem sugestões para investigações adicionais.
Espera-se que os estudantes e professores desenvolvam as atividades de laboratório com o equipamento e mate-
riais que tiverem disponíveis.
*Os detalhes confidenciais e de propriedade destacados ou informação fornecida significam apenas um guia. Eles não
devem ser tomados como uma licença para operar ou como uma recomendação para infringir quaisquer patentes.

Revisão de capítulo
Todos os capítulos fornecem uma lista de vocabulário e questões de revisão para os estudantes usarem como um
guia de estudo e para testar seus conhecimentos de conceitos importantes.
Prefácio xxiii

Sobre o autor
Erik Lokensgard é professor na Eastern Michigan University na School of Engineerin Technology. Além de ensi-
nar, exerce atividade na Detroit Section of the Society of Plastics Engineers e tem fornecido treinamento a várias
empresas de plástico na área de Detroit.

Agradecimentos
O autor e a editora (da edição original) agradecem aos seguintes profissionais, cuja habilidade técnica e total
revisão do manuscrito contribuíram para o desenvolvimento do livro revisado:

Dan Burklo, Northwest State Community College, Archibold, OH


Barry David, Milersville University, Millersville, PA
George Comber, Weber State University, Ogden, UT
David Meyer, Sinclair Community College, Dayton, OH
Matthew Meyer, Ashville-Buncombe Technical College, Ashville, NC
Dan Ralph, Hennepin Technical College, Brooklyn Park, MN
Mike Ryan, University of Buffalo, Buffalo, NY
Neil Thomas, Ivy Tech State College, Evansville, IN
Capítulo 1

Introdução histórica
aos plásticos

Introdução Plásticos naturais


É bem difícil imaginar a vida sem os plásticos. Nas O ponto de partida para esta seção é na Inglaterra
atividades diárias, contamos com artigos de plástico, Medieval, época na qual os sobrenomes ingleses
como jarras de leite, óculos, telefones, produtos indicavam profissões. Ainda hoje, algumas destas
de náilon, automóveis e fitas de vídeo ou DVD. profissões são reconhecidas. Referências ocupa-
Contudo, pouco mais de cem anos atrás, os plás- cionais para nomes como Smith, Baker, Carpenter,
ticos atualmente conhecidos, de uso corriqueiro, Weaver, Taylor, Cartwright, Barber, Farmer e Hun-
não existiam. Muito antes do desenvolvimento de ter são óbvios. As origens ocupacionais de outros
plásticos comerciais, os poucos materiais conheci- nomes, tais como Fuller, Tucker, Cooper e Horner1
dos exibiam características únicas. Embora fossem são menos familiares.
fortes, translúcidos, leves e moldáveis, apenas al-
gumas substâncias combinavam essas qualidades. Little Jack Horner
Atualmente, estes materiais são chamados plás- Sat in a corner
ticos naturais e são o ponto de partida para uma Eating his Christmas pie;
breve história dos materiais plásticos. He put in his thumb
Este capítulo tem informações sobre as vanta- And pulled out a plum,
gens dos primeiros plásticos e as dificuldades en- And said, “What a good boy am I.”2
contradas durante a sua fabricação. Os materiais e
processos modernos serão inseridos em um con- Esta rima indica que Jack não era um rapaz po-
texto histórico e, também, será demonstrada a for- bre ou faminto e que também não tinha de com-
te influência dos pioneiros da indústria de plásti- partilhar seu bolo de Natal com os outros membros
cos. Os temas incluídos são listados a seguir: de sua família. Ele degustou seu confeito especial
sozinho. Aparentemente, o pai de Jack tinha uma
I. Plásticos naturais boa renda. Em que trabalhava o pai de Jack, ou
A. Materiais córneos talvez seu avô? Ele era um “artesão de materiais
B. Goma-laca
C. Guta-percha
1
Smith (ferreiro), Baker (padeiro), Carpenter (carpinteiro), Weaver
(tecelão), Taylor (alfaiate), Cartwright (carpinteiro de carroças),
II. Primeiros materiais naturais modificados Barber (barbeiro), Farmer (fazendeiro) e Hunter (caçador), Fuller
A. Borracha (operador de pisão), Tucker (pregueador), Cooper (tanoeiro) e
Horner (artesão de materiais córneos). (NT)
B. Celuloide 2
Um pequeno poema tradicional que pode ser traduzido, mas
perdendo a rima original: “O pequeno Jack Horner / Sentou-se em
III. Primeiros plásticos sintéticos
um canto / Comendo seu bolo de Natal; Enfiou o seu dedão / E
IV. Plásticos sintéticos comerciais tirou uma ameixa, / E disse: “Que bom menino sou eu”. (NT)

1
2 Plásticos industriais: teoria e aplicações

córneos” (ou do inglês, “horner”) – um homem que Nenhum outro material fornecia essa combinação
fazia pequenos itens de chifres, cascos e, ocasional- de propriedades.
mente, a partir de carapaças de tartaruga. A confecção de objetos úteis a partir de polímeros
A reação típica ao trabalho com materiais córne- naturais não começou na Idade Média. Um dos usos
os era de rejeição, por ser estranho, enfadonho ou mais antigos conhecidos dos materiais córneos data
repugnante. O ofício deste artesão era malcheiroso dos tempos dos faraós do Egito. Há cerca de 2.000
e, muitas vezes, desagradável. Atualmente, peças anos A.C., antigos artesãos egípcios confeccionavam
feitas com estes materiais só podem ser encontra- enfeites e utensílios para os alimentos, amolecendo
das em museus voltados para a história dos ofícios. carapaças de tartaruga em óleo quente. Quando o
No entanto, esse trabalho não foi sem importância casco tornava-se suficientemente flexível, era molda-
com relação à indústria de plásticos. As propriedades do na forma desejada. Eles aparavam todas as sobras
únicas destes materiais estimularam a procura por grosseiras, raspavam, lixavam e, finalmente, os po-
substitutos. A busca por materiais córneos sintéticos liam com pó fino até obter um alto brilho.
levou à produção dos primeiros plásticos e o início O antepassado de Little Jack Horner trabalhou de
da moderna indústria de plásticos. forma semelhante à dos antigos egípcios. Ele amole-
cia pedaços de chifre de boi fervendo-os em água ou
Materiais córneos mergulhando-os em soluções alcalinas e os moldava
Colheres, pentes e lamparinas eram produtos co- em peças planas. Alguns chifres eram desbastados ao
muns confeccionados por artesãos de materiais longo das linhas de crescimento, obtendo-se lâminas
córneos na Inglaterra e na Europa durante a Idade finas. Quando havia necessidade de peças mais espes-
Média. Colheres de chifre eram fortes e leves, não sas, várias lâminas mais finas eram fundidas. Assim que
oxidavam, não eram corroídas, nem proporciona- chegassem à espessura desejada, os pedaços de chifre
vam um sabor desagradável aos alimentos. Pentes eram comprimidos em moldes para criar uma forma
de chifres eram flexíveis, lisos, brilhantes e mui- útil. Algumas vezes, os artesãos tingiam as peças para
tas vezes decorativos. Como visto na Figura 1-1, fazê-las parecerem um caro casco de tartaruga.
as lamparinas exploravam a qualidade translúcida Dois itens são particularmente importantes para
destes materiais. Elas também podiam ser curva- esta história porque utilizam diferentes técnicas: pen-
das sem se quebrar e resistiam a impactos leves. tes e botões.

Figura 1-1 – Esta lamparina mostra as janelas de material cór- Figura 1-2 – Este pente de casco de tartaruga bem preservado
neo. (Foto das Coleções do Museu Henry Ford e Greenfield mostra somente um dente quebrado. (Foto das Coleções do
Village) Museu Henry Ford e Greenfield Village)
Capítulo 1 – Introdução histórica aos plásticos 3

Pentes. Alguns artesãos ingleses de materiais córneos finalidade de fazer gravações e motivos em relevo, o
emigraram para as colônias americanas e lá estabele- material de moldagem tinha de fluir facilmente no
ceram seus pequenos negócios. Em torno de 1760, molde. Para conseguir isso, os artesãos desenvolve-
aqueles que trabalhavam com materiais córneos já ram pós de material córneo moído para moldagem.
estavam bem estabelecidos em Massachusetts. A ci- Os botões de material córneo consistiam quase sem-
dade de Leominster, em Massachusetts, tornou-se pre em cascos de vaca moídos e coloridos com uma
um centro de negócios com pentes e assim ganhou o solução aquosa. O pó desse material era derramado
nome de comb city, ou cidade dos pentes. em moldes e comprimido, ou derramado no interior
Nas fábricas de pentes, artesãos serravam os chi- de lâminas. As lâminas eram cortadas em moldes va-
fres em pedaços achatados no tamanho desejado, fa- zados com ferramentas similares aos tradicionais pe-
ziam os dentes utilizando serras finas, suavizavam as quenos cortadores de biscoito. Os materiais contidos
arestas, coloriam e poliam os pentes. A última opera- nestes espaços vazados eram então compactados em
ção era chamada de flexão (ou bending). Uma fôrma um molde para obter superfícies tridimensionais. A
de madeira era usada para moldar o pente amoleci- Figura 1-3 mostra dois botões de material córneo –
do, imprimindo-lhe uma curvatura que era mantida um com relevo proeminente.
após o resfriamento. Os botões exigiam, ao contrário, propriedades fí-
A Figura 1-2 mostra uma fotografia de um pente sicas não fornecidas pelo material. Eles eram muito
feito de casco de tartaruga. Observe que vários den- espessos e fortes, mas sem dentes frágeis. O desejo de
tes estão ligeiramente arqueados. Mesmo nos pentes obter alternativas veio do trabalho real com os mate-
mais cuidadosamente confeccionados, os dentes fi- riais córneos. O trabalho de retirar a massa de tecido
nos se quebravam com facilidade. Observe também e limpar a membrana viscosa do interior do chifre
que o pente é, em geral, uniforme na seção transver- era sujo e acompanhado por fortes odores de chifres
sal. Normalmente, os pentes não eram estampados fervidos. Quando a goma-laca tornou-se disponível,
em relevo com motivos artísticos, porque cascos e os artesãos de materiais córneos cuidadosamente
chifres não são materiais que fluem com facilidade. avaliaram suas qualidades.
Embora os produtores de pentes, em Massachu­
setts, desenvolvessem máquinas para mecanizar a Goma-laca
produção, não conseguiam estabelecer uma produção Em torno de 1290, quando Marco Polo retornou à
estável. Isso não era culpa das máquinas, mas sim do Europa de suas viagens pela Ásia, trouxe a goma-
material. Os grampos de fixação e os movimentos de -laca. Ele encontrou a goma-laca na Índia, onde as
corte exigiam peças de trabalho mais planas e unifor- pessoas já a utilizavam a séculos. Eles haviam desco-
mes. Com relação ao tamanho e à flexibilidade, os ma- berto as propriedades únicas de um polímero natural
teriais córneos não eram nem planos nem uniformes. proveniente de insetos, e não de chifres de vaca.
A falta de consistência dimensional, baixa “capa- O polímero é produzido por um pequeno inseto
cidade de fluxo” e o inerente desperdício provocado rastejante chamado lac, nativo da Índia e sudeste da
pela forma dos materiais córneos levaram os fabri-
cantes de pentes a buscar substitutos.

Botões. Os fabricantes de botões de materiais cór-


neos enfrentaram uma série de distintos problemas.
Botões achatados eram moldados a partir de pedaços
de chifre, recortados em esboços predimensionados
e, em seguida, prensados em moldes aquecidos. No
entanto, os clientes também queriam botões deco-
rativos como complementos para as roupas finas. Figura 1-3 – Estes botões negros de material córneo mostram
a possibilidade de se criar um relevo tridimensional com com-
Botões de marfim feitos à mão estavam disponíveis ponentes de moldagem córneos. (Foto da Coleção de Evelyn
há séculos, mas eram caros e de um só tipo. Com a Gibbons)
4 Plásticos industriais: teoria e aplicações

Ásia. A fêmea insere seu ferrão, semelhante a uma Além destes casos, a goma-laca era moldada em
tromba em um galho ou pequeno ramo de uma árvo- botões, teclas e isolantes elétricos. Em torno de 1870, o
re. Ela vive da seiva elaborada da planta hospedeira negócio de moldagem de goma-laca já estava bem esta-
e exsuda um líquido espesso, que seca lentamente. belecido. Na época em que os discos fonográficos eram
Quando o depósito de líquido endurecido cresce, o feitos de goma-laca, as empresas ganharam um grande
inseto fica imobilizado. Após o macho fertilizar a fê- impulso. Materiais moldados em goma-laca podiam
mea, ela aumenta as excreções de suco e é totalmente reproduzir com precisão os intrincados detalhes ne-
coberta. No interior deste depósito, ela coloca cen- cessários para a reprodução do som. Peças moldadas
tenas de ovos e finalmente morre. Quando os ovos em goma-laca mantiveram um nicho na crescente in-
eclodem, os insetos jovens comem sua cobertura e dústria dos plásticos até os anos 1930, quando os plás-
saem para repetir o ciclo. ticos sintéticos finalmente superaram suas qualidades.
A excreção endurecida tem propriedades únicas. Vários aspectos indesejáveis contrabalançavam
Quando limpa, dissolvida em álcool e aplicada a uma as características desejáveis deste material. A quanti-
superfície, gera um revestimento brilhante, quase dade e a qualidade da safra lac eram afetadas por in-
transparente. O nome shellac (goma-laca) é descriti- setos predadores, chuvas insuficientes, variações de
vo porque vem de shell (do inglês, casco ou cobertura) temperatura, ventos quentes e as regiões geográficas
e de lac. Além de ser usada como camada protetora da Índia. Na seca, os agricultores colhiam os ramos
para móveis e pisos, a goma-laca sólida era moldável. hospedeiros dos insetos lac vivos e seus ovos. Eles ar-
Sob calor e pressão a goma-laca pode fluir nas re- mazenavam a ninhada lac em covas e mantinham os
entrâncias de moldes intrincados e detalhados. Como gravetos e ramos molhados com água fria. Caso não
a goma-laca pura é fraca e frágil, foram desenvolvidos fosse dada continuidade a esta tarefa pesada, o resul-
compostos contendo várias fibras para dar aos objetos tado seria a morte dos reprodutores lac.
moldados um pouco de resistência. Um dos primei- Em condições normais, os agricultores coleta-
ros produtos feitos de goma-laca moldada foi o estojo vam os galhos incrustados de goma-laca após a larva
daguerreótipo,3 mostrado na Figura 1-4. Sua manufa- deixar o abrigo. Em seguida, o resíduo endurecido
tura nos Estados Unidos iniciou-se em 1852. era raspado e limpo. A limpeza não era um processo
simples, por causa da areia, sujeira, insetos lac mor-
tos, folhas e fibras de madeira.
Mesmo quando a goma-laca estava pronta para ser
utilizada como revestimento ou pó de moldagem, os
problemas persistiam. O maior era a absorção de umi-
dade. Quando um objeto moldado ou reves­timento de
goma-laca fica úmido, absorve água. Quando imerso
em água por 48 horas, o material absorve até 20% de
água e apresenta uma coloração esbranquiçada. Mó-
veis antigos apresentavam manchas de umidade cir-
culares resultante da condensação de água gelada nos
recipientes sobre eles depositados. A goma-laca tam-
bém absorve umidade da atmosfera. Em ambientes
com grande umidade, absorve-se água suficiente para
esbranquiçar os acabamentos em goma-laca. A absor-
ção de umidade pode provocar fissuras nos objetos
Figura 1-4 – Este estojo daguerreótipo, moldado em torno
de 1855, contém goma-laca e pó de madeira. O detalhe é no- moldados. Mesmo formas estáveis, tais como botões,
tável. rachavam em razão da absorção de umidade.
A cor da goma-laca não era consistente. As cores
mais comuns – amarelo e laranja – dependiam do tipo
3
Aparelho fotográfico primitivo, inventado por Daguerre. (NT) de árvore infestada pelo lac. Para obter goma-laca
Capítulo 1 – Introdução histórica aos plásticos 5

7 cabos de fios de ferro 18 feixes de 7 em torno do cabo

Cabo Atlântico, 1858

Guta percha

Envoltório de cânhamo curtido 7 cabos de cobre condutor

Figura 1-5 – O primeiro cabo transatlântico tinha um diâmetro global de 0,62 polegada e continha 1 libra de guta percha por todos os
23 pés de cabo. A quantidade de guta percha usada para o cabo inteiro foi acima de 260 toneladas.

branca, alvejantes com cloro eram usados para clare- da, pode ser esticada em longas tiras que não vão rico-
ar a cor natural. No entanto, o processo de branque- chetear como a borracha. A guta-percha é altamente
amento também afetava sua solubilidade em álcool. inerte e resiste à vulcanização. Sua resistência ao ata-
A goma-laca branqueada frequentemente coalescia que químico a torna um excelente isolante para fios
em uma goma, uma massa inútil. e cabos elétricos. Quando longas tiras de guta-percha
Outro problema era o envelhecimento. Acaba- são enroladas em torno de um fio, o cabo resultante
mentos e objetos moldados de goma-laca escureciam é flexível, impermeável e imune a ataques químicos.
com o tempo. A goma-laca velha tornava-se insolú- O primeiro cabo telegráfico submarino atraves-
vel em álcool. A goma-laca acabada quando armaze- sava o Canal Inglês de Dover para Calais. Seu sucesso
nada em latas de aço também absorvia o ferro, o que deveu-se ao isolamento da guta-percha. Nos Estados
a tornava cinza ou preta. Unidos, a Morse Telegraph Company instalou um
Estes problemas levaram os fabricantes a buscar cabo isolado com guta-percha cruzando o rio Hu-
alternativas. Novos plásticos começaram a substituir dson, em 1849. A guta-percha também protegeu o
goma-laca durante os anos 1920 e 1930. Em respos- primeiro cabo transatlântico instalado em 1866. A
ta, os produtores de goma-laca tentaram melhorar as Figura 1-5 mostra a utilização da guta-percha no
suas qualidades. Como a goma-laca continha vários primeiro cabo transatlântico.
polímeros, eles esperavam separar a fração de inte- Assim como outros materiais naturais, a guta-
resse por destilação fracionada. No entanto, esse es- -percha era inconsistente. A contaminação criava
forço não produziu um material que pudesse resistir pontos no isolamento que eram de baixa resistência
à concorrência dos plásticos sintéticos. à eletricidade. Estes pontos eventualmente perdiam
a capacidade de isolar, o que levava a um curto-
Guta-percha -circuito. Apesar desses problemas, ela permaneceu
A Guta-percha é um polímero natural com proprie- insuperável como isolante até o desenvolvimento de
dades notáveis. É produzida pelas árvores indígenas plásticos sintéticos nas décadas de 1920 e 1930. Só
Palaquium gutta da península malaia. Em 1843, então a guta-percha tornou-se menos importante em
William Montgomerie informou que, na Malásia, a aplicações elétricas.
guta-percha era usada para fazer cabos de facas. O
material era amolecido em água quente e comprimi-
do manualmente na forma desejada. Seu relatório Primeiros materiais
despertou o interesse no material e levou à formação naturais modificados
da Guta Percha Company, que permaneceu ativa até
1930. Esta empresa manufaturava itens moldados. Era difícil coletar, armazenar ou purificar plásticos
As características da guta-percha são incomuns. naturais. A utilização desses materiais em processos
Em temperatura ambiente, é um sólido. Pode-se mor- de fabricação era difícil. Qualquer material que tivesse
dê-la, mas não se quebra facilmente. Quando aqueci- potencial como um substituto para os materiais córneos
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