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Erik Lokensgard
Mecânica dos materiais
Tradução da 7a edição norte-americana
Tradução da 5 edição
a
Plásticos
Tradução da 5a edição Donald R. Askeland e Pradeep P. Phulé
norte-americana
Industriais
Química orgânica experimental:
técnicas de escala pequena
Tradução da 3a edição norte-americana
Teoria e aplicações
Industriais
Randall G. Engel, George S. Kriz,
Plásticos Industriais
Esta obra cobre todas as facetas da tecnologia de plástico in- Gary M. Lampman e Donald L. Pavia
dustrial e os principais processos de fabricação. É uma fonte
indispensável para qualquer estudioso envolvido em progra-
mas de tecnologia de polímero ou de plástico.
Didático, abrangente e com vários exercícios, Plásticos indus-
Teoria e aplicações
triais: teoria e aplicações apresenta uma sequência lógica dos
Teoria e aplicações
tópicos, abordando tudo da história do plástico até o percurso
de um negócio de plástico de sucesso. Fornece dados para
pesquisa na internet em todos os capítulos, dados atuais da in-
dústria de plásticos e tratamentos expandidos de tecnologias
de engenharia, em particular, nanoplásticos, injeção de fluido,
bioplásticos e protótipo rápido. Texto útil para profissionais
que desejam rever os conceitos básicos sobre o tema e per-
manecer atualizados sobre a última tecnologia na fabricação
de plástico.
isbn 13 978-85-221-1187-9
isbn 10 85-221-1187-1
Erik Lokensgard
Tradução técnica
Alexandre Argondizo
Doutor em Engenharia Química pela Universidade Federal de São Carlos
Professor Adjunto II da Universidade Federal de São Paulo – Campus Diadema
Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos
Sumário
Prefácio xxi
Capítulo 2 Situação atual da indústria de plásticos 17
Introdução 17
Principais materiais plásticos 18
Reciclagem de plásticos 20
Leis de depósitos para garrafas e seus efeitos 20
Reciclagem de lixo seletiva 24
Reciclagem de PCR HDPE 26
Reciclagem automotiva 32
Reciclagem química 33
Reciclagem na Alemanha 33
Eliminação por incineração ou degradação 34
História da incineração nos Estados Unidos 34
Plásticos degradáveis 35
Organizações na indústria de plásticos 37
Publicações para a indústria de plásticos 39
Jornal do Comércio 39
Pesquisa na internet 39
Vocabulário 40
Questões 40
Atividades 41
v
vi Plásticos industriais: teoria e aplicações
Capítulo 5 Estatística elementar 75
Introdução 75
Cálculo da média 75
A distribuição normal 76
Cálculo do desvio padrão 77
A distribuição normal padrão 78
Representação gráfica dos resultados do teste de dureza 79
Esboço de gráficos 81
Comparação gráfica de dois grupos 81
Sumário 82
Pesquisa na internet 82
Vocabulário 82
Questões 83
Atividades 83
Pintura 358
Pintura por spray 359
Pintura eletrostática 359
Pintura por imersão 359
Pintura utilizando tela vazada 360
Marcação por preenchimento 360
Revestimento por rolo 360
Hot stamping 361
Galvanização 362
Gravação 363
Impressão 363
Decoração dentro do molde 364
Decoração por transferência de calor 365
Diversos outros métodos de decoração e acabamento 366
Pesquisa na internet 367
Vocabulário 367
Questões 368
Atividades 369
Uso pretendido
Esta obra cobre todos os aspectos da tecnologia de plástico industrial, bem como os principais processos de fa-
bricação, servindo como fonte indispensável para aqueles indivíduos envolvidos nos programas de tecnologia de
polímero ou de tecnologia de plástico em escolas de ensino médio, escolas técnicas e universidades. Focado na
natureza, este livro também será útil a profissionais que desejem rever o básico e permanecer atualizado sobre a
tecnologia mais recente na fabricação de plástico.
O livro
Apresentado em uma sequência lógica, Plásticos industriais edifica tópicos a partir de fundamento crescente –
cobrindo tudo da história do plástico até o percurso de um negócio de sucesso:
xxi
xxii Plásticos industriais: teoria e aplicações
Esta edição de Plásticos industriais intensificará ainda mais a facilidade de uso e o aprofundamento de conteúdo.
A última tecnologia
Esta edição de Plásticos industriais: teoria e aplicações fornece materiais atualizados em sites da internet em todos
os capítulos, dados atuais da indústria de plásticos e tratamentos expandidos de tecnologias de engenharia, em
particular, nanoplásticos, injeção de fluido, bioplásticos e protótipo rápido.
Pequisa na internet
Ao final de cada capítulo, há uma lista de sites relacionados aos temas do capítulo estudado. Essa lista guia os
estudantes para encontrar mais informações em tópicos específicos. Cada site relacionado ao material encontra-
do no capítulo intensifica o aprendizado para o leitor. Muitas dessas empresas fornecem discussões extensivas
de seus materiais, processos e produtos em seu site. Os sites mais elaborados também incluem apresentações de
fotos, vídeo e áudio.
Outras características
Atividades de laboratório
Onde aplicável, as atividades de laboratório estão incluídas ao final do capítulo. A filosofia das atividades de
laboratório é aquela de que as aplicações são essenciais para o total entendimento de muitos conceitos teóricos.
As atividades contêm abordagens experimentais, mas também incluem sugestões para investigações adicionais.
Espera-se que os estudantes e professores desenvolvam as atividades de laboratório com o equipamento e mate-
riais que tiverem disponíveis.
*Os detalhes confidenciais e de propriedade destacados ou informação fornecida significam apenas um guia. Eles não
devem ser tomados como uma licença para operar ou como uma recomendação para infringir quaisquer patentes.
Revisão de capítulo
Todos os capítulos fornecem uma lista de vocabulário e questões de revisão para os estudantes usarem como um
guia de estudo e para testar seus conhecimentos de conceitos importantes.
Prefácio xxiii
Sobre o autor
Erik Lokensgard é professor na Eastern Michigan University na School of Engineerin Technology. Além de ensi-
nar, exerce atividade na Detroit Section of the Society of Plastics Engineers e tem fornecido treinamento a várias
empresas de plástico na área de Detroit.
Agradecimentos
O autor e a editora (da edição original) agradecem aos seguintes profissionais, cuja habilidade técnica e total
revisão do manuscrito contribuíram para o desenvolvimento do livro revisado:
Introdução histórica
aos plásticos
1
2 Plásticos industriais: teoria e aplicações
córneos” (ou do inglês, “horner”) – um homem que Nenhum outro material fornecia essa combinação
fazia pequenos itens de chifres, cascos e, ocasional- de propriedades.
mente, a partir de carapaças de tartaruga. A confecção de objetos úteis a partir de polímeros
A reação típica ao trabalho com materiais córne- naturais não começou na Idade Média. Um dos usos
os era de rejeição, por ser estranho, enfadonho ou mais antigos conhecidos dos materiais córneos data
repugnante. O ofício deste artesão era malcheiroso dos tempos dos faraós do Egito. Há cerca de 2.000
e, muitas vezes, desagradável. Atualmente, peças anos A.C., antigos artesãos egípcios confeccionavam
feitas com estes materiais só podem ser encontra- enfeites e utensílios para os alimentos, amolecendo
das em museus voltados para a história dos ofícios. carapaças de tartaruga em óleo quente. Quando o
No entanto, esse trabalho não foi sem importância casco tornava-se suficientemente flexível, era molda-
com relação à indústria de plásticos. As propriedades do na forma desejada. Eles aparavam todas as sobras
únicas destes materiais estimularam a procura por grosseiras, raspavam, lixavam e, finalmente, os po-
substitutos. A busca por materiais córneos sintéticos liam com pó fino até obter um alto brilho.
levou à produção dos primeiros plásticos e o início O antepassado de Little Jack Horner trabalhou de
da moderna indústria de plásticos. forma semelhante à dos antigos egípcios. Ele amole-
cia pedaços de chifre de boi fervendo-os em água ou
Materiais córneos mergulhando-os em soluções alcalinas e os moldava
Colheres, pentes e lamparinas eram produtos co- em peças planas. Alguns chifres eram desbastados ao
muns confeccionados por artesãos de materiais longo das linhas de crescimento, obtendo-se lâminas
córneos na Inglaterra e na Europa durante a Idade finas. Quando havia necessidade de peças mais espes-
Média. Colheres de chifre eram fortes e leves, não sas, várias lâminas mais finas eram fundidas. Assim que
oxidavam, não eram corroídas, nem proporciona- chegassem à espessura desejada, os pedaços de chifre
vam um sabor desagradável aos alimentos. Pentes eram comprimidos em moldes para criar uma forma
de chifres eram flexíveis, lisos, brilhantes e mui- útil. Algumas vezes, os artesãos tingiam as peças para
tas vezes decorativos. Como visto na Figura 1-1, fazê-las parecerem um caro casco de tartaruga.
as lamparinas exploravam a qualidade translúcida Dois itens são particularmente importantes para
destes materiais. Elas também podiam ser curva- esta história porque utilizam diferentes técnicas: pen-
das sem se quebrar e resistiam a impactos leves. tes e botões.
Figura 1-1 – Esta lamparina mostra as janelas de material cór- Figura 1-2 – Este pente de casco de tartaruga bem preservado
neo. (Foto das Coleções do Museu Henry Ford e Greenfield mostra somente um dente quebrado. (Foto das Coleções do
Village) Museu Henry Ford e Greenfield Village)
Capítulo 1 – Introdução histórica aos plásticos 3
Pentes. Alguns artesãos ingleses de materiais córneos finalidade de fazer gravações e motivos em relevo, o
emigraram para as colônias americanas e lá estabele- material de moldagem tinha de fluir facilmente no
ceram seus pequenos negócios. Em torno de 1760, molde. Para conseguir isso, os artesãos desenvolve-
aqueles que trabalhavam com materiais córneos já ram pós de material córneo moído para moldagem.
estavam bem estabelecidos em Massachusetts. A ci- Os botões de material córneo consistiam quase sem-
dade de Leominster, em Massachusetts, tornou-se pre em cascos de vaca moídos e coloridos com uma
um centro de negócios com pentes e assim ganhou o solução aquosa. O pó desse material era derramado
nome de comb city, ou cidade dos pentes. em moldes e comprimido, ou derramado no interior
Nas fábricas de pentes, artesãos serravam os chi- de lâminas. As lâminas eram cortadas em moldes va-
fres em pedaços achatados no tamanho desejado, fa- zados com ferramentas similares aos tradicionais pe-
ziam os dentes utilizando serras finas, suavizavam as quenos cortadores de biscoito. Os materiais contidos
arestas, coloriam e poliam os pentes. A última opera- nestes espaços vazados eram então compactados em
ção era chamada de flexão (ou bending). Uma fôrma um molde para obter superfícies tridimensionais. A
de madeira era usada para moldar o pente amoleci- Figura 1-3 mostra dois botões de material córneo –
do, imprimindo-lhe uma curvatura que era mantida um com relevo proeminente.
após o resfriamento. Os botões exigiam, ao contrário, propriedades fí-
A Figura 1-2 mostra uma fotografia de um pente sicas não fornecidas pelo material. Eles eram muito
feito de casco de tartaruga. Observe que vários den- espessos e fortes, mas sem dentes frágeis. O desejo de
tes estão ligeiramente arqueados. Mesmo nos pentes obter alternativas veio do trabalho real com os mate-
mais cuidadosamente confeccionados, os dentes fi- riais córneos. O trabalho de retirar a massa de tecido
nos se quebravam com facilidade. Observe também e limpar a membrana viscosa do interior do chifre
que o pente é, em geral, uniforme na seção transver- era sujo e acompanhado por fortes odores de chifres
sal. Normalmente, os pentes não eram estampados fervidos. Quando a goma-laca tornou-se disponível,
em relevo com motivos artísticos, porque cascos e os artesãos de materiais córneos cuidadosamente
chifres não são materiais que fluem com facilidade. avaliaram suas qualidades.
Embora os produtores de pentes, em Massachu
setts, desenvolvessem máquinas para mecanizar a Goma-laca
produção, não conseguiam estabelecer uma produção Em torno de 1290, quando Marco Polo retornou à
estável. Isso não era culpa das máquinas, mas sim do Europa de suas viagens pela Ásia, trouxe a goma-
material. Os grampos de fixação e os movimentos de -laca. Ele encontrou a goma-laca na Índia, onde as
corte exigiam peças de trabalho mais planas e unifor- pessoas já a utilizavam a séculos. Eles haviam desco-
mes. Com relação ao tamanho e à flexibilidade, os ma- berto as propriedades únicas de um polímero natural
teriais córneos não eram nem planos nem uniformes. proveniente de insetos, e não de chifres de vaca.
A falta de consistência dimensional, baixa “capa- O polímero é produzido por um pequeno inseto
cidade de fluxo” e o inerente desperdício provocado rastejante chamado lac, nativo da Índia e sudeste da
pela forma dos materiais córneos levaram os fabri-
cantes de pentes a buscar substitutos.
Ásia. A fêmea insere seu ferrão, semelhante a uma Além destes casos, a goma-laca era moldada em
tromba em um galho ou pequeno ramo de uma árvo- botões, teclas e isolantes elétricos. Em torno de 1870, o
re. Ela vive da seiva elaborada da planta hospedeira negócio de moldagem de goma-laca já estava bem esta-
e exsuda um líquido espesso, que seca lentamente. belecido. Na época em que os discos fonográficos eram
Quando o depósito de líquido endurecido cresce, o feitos de goma-laca, as empresas ganharam um grande
inseto fica imobilizado. Após o macho fertilizar a fê- impulso. Materiais moldados em goma-laca podiam
mea, ela aumenta as excreções de suco e é totalmente reproduzir com precisão os intrincados detalhes ne-
coberta. No interior deste depósito, ela coloca cen- cessários para a reprodução do som. Peças moldadas
tenas de ovos e finalmente morre. Quando os ovos em goma-laca mantiveram um nicho na crescente in-
eclodem, os insetos jovens comem sua cobertura e dústria dos plásticos até os anos 1930, quando os plás-
saem para repetir o ciclo. ticos sintéticos finalmente superaram suas qualidades.
A excreção endurecida tem propriedades únicas. Vários aspectos indesejáveis contrabalançavam
Quando limpa, dissolvida em álcool e aplicada a uma as características desejáveis deste material. A quanti-
superfície, gera um revestimento brilhante, quase dade e a qualidade da safra lac eram afetadas por in-
transparente. O nome shellac (goma-laca) é descriti- setos predadores, chuvas insuficientes, variações de
vo porque vem de shell (do inglês, casco ou cobertura) temperatura, ventos quentes e as regiões geográficas
e de lac. Além de ser usada como camada protetora da Índia. Na seca, os agricultores colhiam os ramos
para móveis e pisos, a goma-laca sólida era moldável. hospedeiros dos insetos lac vivos e seus ovos. Eles ar-
Sob calor e pressão a goma-laca pode fluir nas re- mazenavam a ninhada lac em covas e mantinham os
entrâncias de moldes intrincados e detalhados. Como gravetos e ramos molhados com água fria. Caso não
a goma-laca pura é fraca e frágil, foram desenvolvidos fosse dada continuidade a esta tarefa pesada, o resul-
compostos contendo várias fibras para dar aos objetos tado seria a morte dos reprodutores lac.
moldados um pouco de resistência. Um dos primei- Em condições normais, os agricultores coleta-
ros produtos feitos de goma-laca moldada foi o estojo vam os galhos incrustados de goma-laca após a larva
daguerreótipo,3 mostrado na Figura 1-4. Sua manufa- deixar o abrigo. Em seguida, o resíduo endurecido
tura nos Estados Unidos iniciou-se em 1852. era raspado e limpo. A limpeza não era um processo
simples, por causa da areia, sujeira, insetos lac mor-
tos, folhas e fibras de madeira.
Mesmo quando a goma-laca estava pronta para ser
utilizada como revestimento ou pó de moldagem, os
problemas persistiam. O maior era a absorção de umi-
dade. Quando um objeto moldado ou revestimento de
goma-laca fica úmido, absorve água. Quando imerso
em água por 48 horas, o material absorve até 20% de
água e apresenta uma coloração esbranquiçada. Mó-
veis antigos apresentavam manchas de umidade cir-
culares resultante da condensação de água gelada nos
recipientes sobre eles depositados. A goma-laca tam-
bém absorve umidade da atmosfera. Em ambientes
com grande umidade, absorve-se água suficiente para
esbranquiçar os acabamentos em goma-laca. A absor-
ção de umidade pode provocar fissuras nos objetos
Figura 1-4 – Este estojo daguerreótipo, moldado em torno
de 1855, contém goma-laca e pó de madeira. O detalhe é no- moldados. Mesmo formas estáveis, tais como botões,
tável. rachavam em razão da absorção de umidade.
A cor da goma-laca não era consistente. As cores
mais comuns – amarelo e laranja – dependiam do tipo
3
Aparelho fotográfico primitivo, inventado por Daguerre. (NT) de árvore infestada pelo lac. Para obter goma-laca
Capítulo 1 – Introdução histórica aos plásticos 5
Guta percha
Figura 1-5 – O primeiro cabo transatlântico tinha um diâmetro global de 0,62 polegada e continha 1 libra de guta percha por todos os
23 pés de cabo. A quantidade de guta percha usada para o cabo inteiro foi acima de 260 toneladas.
branca, alvejantes com cloro eram usados para clare- da, pode ser esticada em longas tiras que não vão rico-
ar a cor natural. No entanto, o processo de branque- chetear como a borracha. A guta-percha é altamente
amento também afetava sua solubilidade em álcool. inerte e resiste à vulcanização. Sua resistência ao ata-
A goma-laca branqueada frequentemente coalescia que químico a torna um excelente isolante para fios
em uma goma, uma massa inútil. e cabos elétricos. Quando longas tiras de guta-percha
Outro problema era o envelhecimento. Acaba- são enroladas em torno de um fio, o cabo resultante
mentos e objetos moldados de goma-laca escureciam é flexível, impermeável e imune a ataques químicos.
com o tempo. A goma-laca velha tornava-se insolú- O primeiro cabo telegráfico submarino atraves-
vel em álcool. A goma-laca acabada quando armaze- sava o Canal Inglês de Dover para Calais. Seu sucesso
nada em latas de aço também absorvia o ferro, o que deveu-se ao isolamento da guta-percha. Nos Estados
a tornava cinza ou preta. Unidos, a Morse Telegraph Company instalou um
Estes problemas levaram os fabricantes a buscar cabo isolado com guta-percha cruzando o rio Hu-
alternativas. Novos plásticos começaram a substituir dson, em 1849. A guta-percha também protegeu o
goma-laca durante os anos 1920 e 1930. Em respos- primeiro cabo transatlântico instalado em 1866. A
ta, os produtores de goma-laca tentaram melhorar as Figura 1-5 mostra a utilização da guta-percha no
suas qualidades. Como a goma-laca continha vários primeiro cabo transatlântico.
polímeros, eles esperavam separar a fração de inte- Assim como outros materiais naturais, a guta-
resse por destilação fracionada. No entanto, esse es- -percha era inconsistente. A contaminação criava
forço não produziu um material que pudesse resistir pontos no isolamento que eram de baixa resistência
à concorrência dos plásticos sintéticos. à eletricidade. Estes pontos eventualmente perdiam
a capacidade de isolar, o que levava a um curto-
Guta-percha -circuito. Apesar desses problemas, ela permaneceu
A Guta-percha é um polímero natural com proprie- insuperável como isolante até o desenvolvimento de
dades notáveis. É produzida pelas árvores indígenas plásticos sintéticos nas décadas de 1920 e 1930. Só
Palaquium gutta da península malaia. Em 1843, então a guta-percha tornou-se menos importante em
William Montgomerie informou que, na Malásia, a aplicações elétricas.
guta-percha era usada para fazer cabos de facas. O
material era amolecido em água quente e comprimi-
do manualmente na forma desejada. Seu relatório Primeiros materiais
despertou o interesse no material e levou à formação naturais modificados
da Guta Percha Company, que permaneceu ativa até
1930. Esta empresa manufaturava itens moldados. Era difícil coletar, armazenar ou purificar plásticos
As características da guta-percha são incomuns. naturais. A utilização desses materiais em processos
Em temperatura ambiente, é um sólido. Pode-se mor- de fabricação era difícil. Qualquer material que tivesse
dê-la, mas não se quebra facilmente. Quando aqueci- potencial como um substituto para os materiais córneos
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que desejam rever os conceitos básicos sobre o tema e per-
manecer atualizados sobre a última tecnologia na fabricação
de plástico.
isbn 13 978-85-221-1187-9
isbn 10 85-221-1187-1