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“Portanto, se eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis
lavar os pés uns dos outros”. (Jo 13, 14)
É antes da Páscoa. Jesus, tendo tirado o seu manto, toma uma toalha e após encher
uma bacia com água lava os pés de seus discípulos.
Pedro não quer: “Senhor, tu me lavas os pés”?
Mas o Mestre o convence, pois somente assim Pedro poderá ter parte com Ele, isto
é, poderá estar em comunhão com Ele.
Jesus fala de traição de Judas e, depois de ter lavado os pés de todos, senta-se e diz:
Lavar os pés...
Não há dúvida de que este gesto de Jesus é um exemplo claro, concreto e eficaz do
mandamento do amor. Jesus quer ensinar a seus discípulos que aquela humildade é a base
do amor.
Este gesto, por ser um ato de purificação, é também interpretado como uma
referência aos sacramentos, ao batismo, por exemplo.
Sem dúvida ele nos faz lembrar do paradoxo da encarnação: um Deus que se faz
homem...
E ainda: Jesus lavando os pés dos apóstolos torna-se a imagem e a transparência do
Pai. Ele diz quem é Deus: Deus é amor.
“Portanto, se eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também
vós deveis lavar os pés uns dos outros”.
Jesus faz um serviço que, naquela época, era feito pelos escravos: lavar os pés dos
patrões ou cidadãos livres. Com esta atitude Ele, Senhor e Mestre, mostra claramente que
não veio para ser servido, mas para servir. A sua atitude, ao lavar os pés, não é um ato
isolado de amor e humildade, mas um símbolo de toda a sua conduta, do seu amor que
chega até o ponto de dar a vida.