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Aluno:___________________________________________ Data: ____/____/2021

Disciplina: Redação Professor: Rafaela Barros Turma: Ensino Médio

Produção Textual
TEXTO I

“Ao longo da vida fazemos muitas escolhas. Mas considero que uma das mais difíceis é a
escolha profissional. Os jovens, que mal saíram da adolescência, precisam tomar uma decisão que
pode definir seu futuro. Além disso, são bombardeados por informações sobre as melhores profissões
para trabalhar e ainda sofrem com a pressão dos pais e as influências de seus grupos de amizades.
Em alguns casos a escolha da profissão ocorre ainda na infância. Brincadeiras e sonhos infantis
acabam se tornando um objetivo na vida dos adolescentes. A pergunta "o que você deseja ser quando
crescer?" continua sendo comum na vida das crianças e já vem repleta de expectativas dos adultos.
Elas podem optar pela profissão dos pais ou, conforme crescem, vão alternando as preferências de
acordo com o que aprendem sobre cada uma.
É positivo para os jovens receberem incentivos dos pais para seguirem seus próprios desejos.
Contudo, este desprendimento não é tarefa fácil para os pais que pensam em um futuro próspero para
seus filhos, visto que a prosperidade está muitas vezes relacionada a profissões reconhecidas e
valorizadas socialmente. Assim, alguns jovens adultos terminam por assumir um desejo que não lhes
pertence e logo se frustram no inicio do curso superior.”

Fonte: http://www.personare.com.br/os-jovens-e-o-dilema-da-escolha-profissional-m3361

TEXTO II

“De qualquer forma, é essencial para alguém que está escolhendo sua profissão fazer um
balanço entre o que o mercado está pedindo e sua própria motivação interna. A verdade é que não há
carreira fácil nem com futuro assegurado. Isso significa que, independentemente da profissão
escolhida, serão necessárias perseverança e dedicação para se ter sucesso, o que exige uma grande
motivação interna. Uma proporção imensa de pessoas com graduação desiste de sua profissão assim
que se formam, pois fazem escolhas considerando apenas cargos em alta ou a segurança, e não
conseguem evoluir em suas carreiras. Não é que essa análise do mercado não seja importante, mas ela
deve estar equilibrada com a escolha pessoal.” (Augusto Dutra Galery)

Fonte: https://odia.ig.com.br/economia/2021/02/6079580-quais-empregos-irao-sumir-e-quais-estarao-
em-alta–especialistas-apontam-futuro-do-trabalho.html

TEXTO III

Alessandro Xavier, com 19 anos, acabou de sair do ensino médio, e Matheus Teles, de 21 anos,
está na faculdade. Os dois jovens têm algo em comum, além da pouca idade: não sabem ao certo que
carreira escolher. Junto com eles estão também outros jovens indecisos. De acordo com uma pesquisa
realizada, durante a Expo CIEE 2019, pelo CPS (Cedaspy Professional School) – rede de escolas de
capacitação e profissionalização –, 60% dos jovens ainda têm dúvida quanto ao futuro profissional.
Alessandro pretende se matricular em um curso pré-vestibular. Pedagogia, gestão ambiental e
relações públicas são suas opções. Já Matheus está no quinto semestre de publicidade e propaganda.
Mas esse não é o seu primeiro curso e ainda não tem certeza se é o ideal para ele.
Matheus conta que, enquanto alguns colegas sempre tiveram certeza da profissão a seguir, essa
dúvida o acompanha desde o período escolar. "Eu me identificava com várias matérias diferentes".
Mas o jovem buscou a resposta. Pesquisou grades curriculares, fez testes vocacionais, conversou com
professores, até que encontrou o curso ideal: farmácia. Dois semestres depois, a escolha não parecia
tão acertada assim.
De acordo com a psicóloga e analista de orientação vocacional da Central de Carreiras da
Universidade Salvador (Unifacs), Ludmila Guimarães, essa indecisão é muito comum e está atrelada à
falta de autoconhecimento. "Se eu não me conheço, não sei quais minhas habilidades, competências e
interesses, dificilmente vou fazer uma escolha acertada", afirma a psicóloga.
Alessandro, depois de muita dúvida, fez sua escolha: pedagogia. Ele conta que a decisão não
foi fácil, mas precisou ser tomada para que pudesse estudar para o vestibular. A também psicóloga e
gestora de carreiras Simone Brasil explica que essas tomadas de decisão dependem do repertório de
vida de cada pessoa.
"Se eu escolho cursar engenharia, estou renunciando a todas as outras opções. Muitas vezes, o
que gera a dúvida é o medo da renúncia", explica Simone Brasil.
Ainda de acordo com a pesquisa realizada pelo CPS, 40% dos jovens indecisos têm dúvida
entre áreas completamente diferentes. Foi o que aconteceu com Matheus. Depois de muita angústia e
pesquisas, o estudante resolveu mudar de área. Dessa vez, o curso ideal era publicidade. Assim que
decidiu, conversou com os pais e se matriculou.
Para Ludmila, o desconforto sofrido por Matheus e outros jovens que fazem esse tipo de
transição é ainda maior por conta do investimento e do peso da idade. Já Simone Brasil relaciona isso à
pressão exercida pela sociedade.
"Aos olhos de poucos, ele será corajoso. Se tiver sido uma faculdade particular, será criticado
pelo dinheiro que gastou. Se foi uma pública, será pressionado por ter deixado uma oportunidade que
todos almejam", esclarece.
As especialistas concordam que a dúvida em relação ao futuro profissional sempre existiu. Para
Simone, o que mudou foi a importância atribuída pela família a esse assunto. Já para Ludmila, a
mudança está no grande leque de opções que surgiram.
"Antigamente não existiam muitas opções. Eu gosto de matemática, vou fazer engenharia. Mas
qual delas? Antes era só a civil. Essa indecisão está atrelada às inúmeras possibilidades e facilidades
que temos. Quero mudar de curso, faço uma transferência".
As cobranças incomodam Matheus, mas ele garante que elas não partem dos pais, "eles são
compreensivos". Para o jovem, é a sociedade que cobra que ele se sinta pronto. É o que Simone Brasil
chama de pressões contemporâneas.
"Hoje vivemos comparando o palco da outra pessoa com os nossos bastidores. Isso é injusto, é
feito a partir de um recorte que mostra apenas a parte bela. Por isso, observamos comparações cruéis,
como "meu amigo da minha idade está se formando e ganhando dinheiro e eu ainda não me decidi".
Isso gera muito sofrimento. Cada pessoa tem sua trajetória e a sua régua".
Alessandro promete que ainda vai fazer os outros cursos, e Matheus ainda tenta se encontrar. A
dica das especialistas para eles e outros jovens é buscar conhecer a si mesmo e estudar a realidade das
profissões, a parte boa e a ruim.

TEXTO IV

Com o desenvolvimento industrial no Brasil, século XX, surgiu a necessidade de priorizar a


formação acadêmica com foco no trabalho, e os cursos profissionalizantes foram a saída para
incrementar a mão de obra, pois estes formam técnicos com reduzido custo financeiro e em menos
tempo.
Na legislação brasileira, o ensino profissionalizante foi regido pela Lei 5.892 de 1971. Com a
reformulação instituída pela Lei 9.394 de 1996, o Ensino Médio passou a ser mais acadêmico,
coexistindo o ensino profissionalizante, ocasionando diversos questionamentos. Ressalta-se que há
também problemas sérios de relevância e conteúdo que afetam, sobretudo, o ensino médio. Será que o
aluno está aprendendo o que precisa para aprimorar sua personalidade, viver em sociedade e participar
do mercado de trabalho? As grandes diferenças de qualidade que existem no ensino médio, e o grande
número de jovens que abandonam os cursos antes de terminar, colocam na pauta a necessidade de
aumentar o espaço para a formação profissional, que possa capacitar os jovens para o mercado de
trabalho.
Segundo a psicóloga Diane Papalia escola “constitui uma experiência organizadora
fundamental”, que deve além de desenvolver as habilidades e competências, permitir a exploração de
opções vocacionais. O problema da falta de orientação profissional continua atualmente conforme se
verifica nos índices de desistência e reopção nos cursos superiores acarretando ônus para todos os
envolvidos: a instituição que precisa dispor de funcionários para atender a essa demanda de reopção ou
desistência do curso, o outro candidato que não pode ocupar a vaga remanescente (se for por meio de
bolsas governamentais), e finalmente para o desistente frustrado pelas perdas, tanto financeiras como
emocionais.
Dessa forma é de extrema importância que o jovem tenha a oportunidade de se conhecer e
também conhecer as profissões e suas especificidades, tenha orientação e tempo disponíveis para
refletir e considerar as diversas possibilidades.
Fonte: https://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/4490_3606.pdf

TEXTO V

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “O desafio da escolha profissional entre os jovens brasileiros”, apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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