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FICHA PARA CATÁLOGO


PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: AS MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS DO ESTADO DO PARANÁ: CONSTRUINDO


UM OLHAR SOBRE O FANDANGO.

Autor Antonio Carlos de Souza

Escola de Atuação Colégio Estadual Bairro Sã Roque – EFM

Município da escola Pato Branco

Núcleo Regional de Educação Pato Branco

Orientador Profº. Dr. Carlos Eduardo Schipanski

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO

Disciplina/Área (entrada no PDE) História

Produção Didático-pedagógica
AS MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS DO ESTADO DO
PARANÁ: CONSTRUINDO UM OLHAR SOBRE O
FANDANGO.

Relação Interdisciplinar Geografia, Artes e Educação Física

Público Alvo Professores

Localização Av. Câmara Junior, 170 – Distrito de Nova Espero

Apresentação: O referido trabalho, tem como objetivo resgatar uma das mais
importantes manifestações folclóricas do Paraná, que é o
Fandango, esta ocorre no litoral paranaense que
desembarcou em nosso Estado junto com os colonizadores.
Esta Dança disseminou por todo o nosso litoral, com o passar
dos tempos esta manifestação foi enfraquecendo devido a
influência de outras culturas , sendo assim, este trabalho tem
como objetivo resgatar o Fandango e os valores que o
agrega e torná-lo conhecido no interior do Paraná onde que
por vezes nem é sabido de sua existência, haja vista que com
a diversidade cultural que os colonizadores do Paraná
trouxeram em suas bagagens são mais vivas e praticadas,
este projeto oportuniza os colegas com mais uma atividade
cultural que com certeza irá enriquecer suas aulas e além de
uma prática saudável que é a dança onde contribui na
socialização dos nossos alunos e traz consigo a culinária que
é o Barreado que é um dos deliciosos quitutes oferecido aos
visitantes e turistas que para lá se dirigem.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) FANDANGO; CULTURA; FOLCLORE; DANÇA; MÚSICA


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“A educação sozinha não transforma a


sociedade, sem ela tam pouco a sociedade
muda”.

Paulo Freire

• APRESENTAÇÃO

Temos que explorar “mais as manifestações artísticas e o legado filosófico da


humanidade, como dimensões para as diversas disciplinas do currículo”
(DCEs,2008, p. 21). Com base nesse pensamento devemos aprofundar mais a
discussão sobre as manifestações folclóricas no Estado, Município e local para
resgatarmos a nossa identidade cultural e valorizarmos mais o que é da nossa terra.
Com isso tende-se a sair da ignorância, o que de certa forma gera um
descaso por grande parte de nossa população a respeito do patrimônio cultural que
deve ser mais estudado e explorado. Os meios de comunicação nos mostra um
mundo doente onde os valores humanos estão sendo postos de lado, mas há tempo
de reverter essa situação. Esta Unidade Didática é uma provocação aos educadores
com o objetivo de se envolverem mais com as manifestações estaduais, regionais e
locais. “Nessa práxis, os professores participam ativamente da construção curricular
e se fundamentam para organizar o trabalho pedagógico a partir dos conteúdos
estruturantes de sua disciplina” (DCEs, 2008, p. 24).
Diante da riqueza de fontes históricas que se apresenta, a disciplina de
história na educação básica de certa forma é privilegiada, pois, tem ao seu redor um
leque de conteúdos que se apresenta junto com as transformações sociais.
Desta perspectiva, podemos estabelecer conexões com outras disciplinas e
com os seus conceitos venham enriquecer o nosso trabalho no cotidiano escolar,
sendo assim estaremos garantindo a interdisciplinaridade que é uma questão que
vem sendo tratada há muito tempo em nosso meio.
Embora ainda temos um longa caminhada para que isso se concretize e torne
a ser uma constante em nossas ações pedagógicas, mas esse trabalho deverá ser o
pontapé inicial para essa longa jornada.
O processo educativo deve ser constante e amplo sem deixar de lado
nenhum fato, pois, por menor que se apresente poderá ser uma ponta do iceberg e
deve se selado em consideração todas as informações e exigir de nossos
governantes uma maior atenção ao nosso patrimônio histórico cultural, a
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conservação de museus e seus conteúdos devem ser tratados com mais seriedade
para que gerações futuras tenham garantido o acesso a esta história que faz parte
de sua vida.

“A tarefa do educador moderno não é


derrubar florestas, mas irrigar desertos”.

C. S. Lewis

Devemos explorar mais a história oral por que essa é riquíssima em


informações que deve ser trazida para sala de aula, e explorado tanto pelo educador
quanto pelo educando que terá a oportunidade de talvez estar em contato com a
fonte histórica viva, e em contato com sujeitos que participaram de movimentos e
ações que ajudaram nas modificações e transformações de nossa sociedade.
Sendo assim “por meio das Diretrizes Curriculares para o Ensino da História
na Educação Básica, busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos,
econômicos, culturais, sociais e das relações entre o ensino da disciplina de história
e a produção do conhecimento da história (DCEs, 2008, p. 39)
Sabendo que a escola é o espaço onde se discute uma diversidade de
assuntos e todos relevantes ao conhecimento humano, “O estudo das relações
culturais deve considerar a especificidade de cada sociedade e as relações entre
elas. O processo histórico constituído nesta relação pode ser chamado de cultura
comum” (DCES, 2008, p. 67) Com base nesse conceito devemos enfatizar mais
essa chamada cultura comum, popular ou erudita para dentro da sala de aula e
trabalhar com esses conceitos para enraizar nossa identidade cultural.
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1 JUSTIFICATIVA

O presente objeto de estudo justifica-se pela importância de buscar-se junto a


historiografia do Estado um aprofundamento bibliográfico sobre os hábitos e
costumes que envolvem a população no litoral paranaense, sabendo da relevância
que este teve para a colonização do Estado, bem como a sua contribuição para o
crescimento e colonização do país em tempos idos, sem deixar de contextualizar
conhecimentos sobre um dos maiores portos para escoamento dos produtos e de
vital importância econômica e social para a região.
Junto com a atividade portuária veio também pessoas oriundas de
diversos países que trouxeram em sua bagagem seu modo de vida e este o
fandango, onde na verdade não se sabe realmente sua origem o que se tem
conhecimento é que espanhóis e portugueses quando da sua chegada
apresentaram esta cultura:

"A Palavra é de origem espanhola e significa baile ruidoso acompanhado por viola.
Chegou ao Brasil através dos colonizadores. De lá para cá o fandango foi modificado
e tornou-se obra de um e de todos”

“Em Portugal, o fandango encontrou raízes familiares na palavra Fado, significando


destino, deu força à palavra, manteve-a forte emprestou especial sentido às letras
que falam, choram e exaltam o destino do humano, suas buscas amorosas,
decepções, conquistas e desencantos”.

Deve-se ressaltar que devido a atividade portuária onde populações de outros


países ao virem para a região trazem consigo características culturais de seus locais
de origem e acaba assim absorvida pela população local entre essas culturas
destacando assim o fandango, o qual não se tem muitas informações sobre sua
origem e portanto é o que nos instiga a este estudo.
Para avançar nessa discussão temos que entender o que é cultura e o que é
cultura popular, “foi no interior desse cenário de novo posicionamentos teóricos que
a relação entre cultura popular e cultura erudita ganhou visibilidade entre os
historiadores com o desenvolvimento da Nova História Francesa e da Nova História
Americana”. (SCHIPANSKI, 2009, p. 17).
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Para sanar as dúvidas sobre o que é cultura e cultura popular temos que
buscar resposta no Dicionário de Folcloristas Brasileiros, dentre os estudiosos da
cultura popular brasileira que deixaram suas contribuições ao analisarem as diversas
manifestações culturais no Brasil: (Melo Morais Filho, (1844 – 1919); Mário de
Andrade, (1893 – 1945); Luiz da Câmara Cascudo, (1898 – 1986); Aluizio de
Almeida; Alceu Maynard Araujo; João Carlos Paixão Cortes), com isso teremos um
embasamentos para discernimento sobre as duvidas levantadas anteriormente.
(SCHIPANSKI, 2009).
Sendo isto nos leva a conhecer melhor a população litorânea, como eles
vivem, como se vestem, como se divertem e o legado que estão deixando aos seus
descendentes.
E que esta cultura vem atraindo turista de toda parte do Brasil, de alguns
países vizinhos, haja vista que a beleza de sua cultura vem encantado a muita
gente.
Com conteúdo proposto para estudo pretendemos provocar uma discussão
com outras áreas afim como, por exemplo: Artes e Educação Física para assim
promovermos um interdisciplinaridade.
De acordo com as DCEs de História:

... estabelecer relações interdisciplinares não é uma tarefa que se reduz a


uma readequação metodológica curricular, como foi entendido, no passado,
pela pedagogia dos projetos. A interdisciplinaridade é uma questão
epistemológica e está na abordagem teórica e conceitual dada ao conteúdo
em estudo, concretizando-se na articulação das disciplinas cujos conceitos,
teorias e práticas enriquecem a compreensão desse conteúdo. (DCEs,
2010, p. 27).

O maior desafio da atualidade é saber conviver e compreender as diferenças


e tais compreensão somente serão entendidas a partir do momento em que serão
estudadas, a escola tem a obrigação de mostrar aos jovens que mesmo que haja
diferenças estas são características de uma determinada região, e em nossas ações
pedagógicas deverá estar explicito os direito de cidadania.
Como é representada em nossa constituição:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos
desta Constituição;
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II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão


em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção
aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa
nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. (...).
(CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 1988, p. 5-
12).

Para entendermos melhor a história do mundo e de outros povos, deveríamos


começarmos com nossa própria história, valorizando nossa cultura e irmos
avançando gradativamente até chegarmos ao conhecimento do mundo.
Sendo assim, devemos voltar nossos olhos para dentro de nossa cultura,
conhecendo-a, valorizando-a e incutindo na cabeça dos nossos jovens que eles são
parte integrante de uma população ativa e que a preservação da memória é a
garantia de uma identidade que será sempre conhecida por outros povos e podendo
ser objeto de estudos por outro mestre.
Com isso iremos descobrindo os valores morais, éticos, sociais dentre outros
que garantem o nosso desenvolvimento em uma harmonia constante. Garantindo
assim os patriotismos e a hegemonia de nossa gente.
De que forma as aulas de história podem contribuir no resgate da cultura
fandangueira paranaense?
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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL:

• Identificar a origem do Fandango ressaltando a importância a sua


importância para a continuidade da identidade de um povo sem deixar
de lado outras manifestações folclóricas paranaenses e suas regiões de
surgimento.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Identificar o que é uma cultura popular e a sua importância para seu povo e
sua região.

• Conhecer a origem do folclore da região buscando saber de onde foi


trazido e quais as modificações que sofreu.

• Analisar os benefícios que resultam para a comunidade quando da


continuidade desta comemoração.

• Investigar o impacto que o folclore incide sobre a população mais jovem e o


que eles pensam desta cultura que identifica seus antepassados e que está
enraizado na sua cultura de hoje.

• Analisar o Fandango como contribuição artística para as escolas da rede


pública paranaense e sua colaboração para o Projeto Político Pedagógico na
interdisciplinaridade.

• Analisar a evolução do Fandango no litoral paranaense desde o seu


surgimento até os dias atuais e se está dando continuidade da mesma forma que foi
criado e o que se modificou e se a mudança foi benéfica para a continuidade dessa
arte popular.
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• A Produção Didático Pedagógica será aplicada em forma de Unidade


Didática como material e apoio aos professores da rede.

• Produzir um Artigo Final.


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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este trabalho tem como objetivo proporcionar aos nossos educadores um


suporte a mais para ser utilizado em sala de aula, onde iremos a medida do
possível trazer mais informações sobre o tema proposto, ao avançar as
pesquisar observamos que o material didático - pedagógico sobre o assunto é muito
pouco, com isso vamos colaborar com nossos colega enriquecendo o conhecimento,
pois ao tratar sobre nosso maravilhoso Estado que é o Paraná e é pouco
explorado.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do
Paraná, Disciplina de História – DCE (2008, p. 53):

A abordagem local e os conceitos de representação, prática cultural,


apropriação, circularidade cultural e dialogismo possibilitam aos alunos e
aos professores tratarem esses documentos sob problematizações mais
complexasem relação à racionalidade histórica linear. Desse modo, podem
desenvolver uma consciência histórica que leve em conta as diversas
práticas culturais dos sujeitos, sem o abandono do rigor do conhecimento
histórico.

Essa abordagem atende, dessa forma, ao


cumprimento da Lei nº 13.381/01, que torna
obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da
Rede Pública Estadual, o Conteúdo de História do
Paraná.
Mas ao tratar sobre o Fandango não vamos
nos ater somente a esta manifestação cultural e
Tamanco usado pelos homens iremos mais afundo, haja vista que o fandango
dançar o fandango e serve
como um instrumento de agrega outras culturas que são pertinentes ao seu
percussão e acompanhamento festejo, a sua origem e como se solidificou em nosso
aos músicos. Fig.01
Estado, por quem foi trazido e porque esta idéia foi
se enraizando nesta população.
Também temos que analisar que junto a esta comemoração surgiram outros
traços que são características impares dessa região que é prato conhecido
nacionalmente o Barreado, onde atrai turistas de diversas regiões do país e até fora
dele para saborear essa culinária.
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No que diz respeito a economia é de suma importância a continuidade desses


festejos, pois, acabou sendo incorporado pela população e é fonte de renda para o
comércio local, onde a visitação a litoral, que já é rotineiro por grande parte das
pessoas para descanso e lazer, torna-se mais prazeroso a ida até nosso litoral por
que além das benesses que o relaxamento traz ainda é proporcionado uma culinária
diferente e saborosa e uma descontração através das apresentações pelos grupos
folclóricos fandangueiros.
Segundo InamI (2006, p. 98):

Não sei de nenhuma outra manifestação que, sob essa


denominação, se pareça com o fandango em ocorrência em toda a faixa
litorânea paranaense, nas ilhas e logo ao pé da serra, em Morretes e Porto
de Cima. Por isso, considero o fandango Manifestação paranaense.

Sendo assim somos impelidos a levar adiante essa manifestação cultural para
que seja efetivada uma identidade de nosso Estado, além do que já é conhecido
seria motivo de orgulho termos mais um identificador.
Para Carlos (2005, p. 27): “... ele vem sofrendo enorme pressão dos
modismos globalizados que empurram, sempre com maior intensidade, para lugares
menos habitados e mais distantes. Há quem diga que sua vida não ultrapassará
duas ou três gerações.”
Dessa maneira, não se pode deixar enfraquecer o fandango e sim propagar
pelo Paraná todo que isto que não se concretize e sim essa manifestação se
fortaleça.
Também não podemos esquecer-nos de outras manifestações que são
importantes e caracterizam nosso Estado e identificam as diversas regiões
paranaenses, e seus festejos são anunciados a população seja ele de caráter
religioso ou não onde formam romarias uns para contemplar o espetáculo outro para
formalizar seus rituais.
Algumas pesquisas já foram realizadas sobre o fandango e exploradas
algumas características em particular, a pesquisadora DANIELLA, dedicou sua
pesquisa enfocando a prática da rabeca no fandango caiçara, e diz que o fandango
é complexo, diverso e dinâmico do ponto de vista musical e em especial as modas
dandão e chamarrita as mais tocadas em fandango. Em seus estudos descobriu que
por volta do século XVIII o fandango chegou a ser proibido por juntar escravos e
também por ser considerado libidinoso e lascivo, pois, instalava-se uma nova moral
adotada pela burguesia.
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Para Rogério Massarotto, que pesquisou “A Cultura do Fandango no litoral do


Paraná e suas relações entre trabalho, cultura popular e lazer na sociedade
capitalista” deu enfoque a sua pesquisa sobre a família Pereira, observou que o
lazer e o trabalho em relação ao fandango é muito pouca pois, a população mais do
interior levam adiante o fandango como um lazer, já os habitantes das cidades
podem aproveitar esse conhecimento cultural como um meio de sobrevivência
também, junto com o artesanato, mas não competindo com os bailes dos
tempos modernos que são realizados hoje em dia e que o fandango é visto hoje
como uma dança de velhos e visto até com um certo desprezo segundo Maria
Elgmeier.
Reiteramos a necessidade de fomentar e difundir o fandango pelo Paraná a
forma e recender o amor pela cultura de nosso Estado sem deixar que o
modismo moderno engula de faça desaparecer o maravilhoso mundo do
fandango.

Para Braz (2002, p. 90):

O salão do fandango é próprio para dança, sendo uma casa de madeira,


sem forro, com assoalho feito com tábuas largas e flexíveis, de 2 polegadas
para resistir á violência do sapateio. Ele também é separado das paredes.
Algumas vezes, para que o som das batidas ressoe a quilômetros de
distância, é feito, abaixo do assoalho, um grande buraco de mais ou menos
3 metros de diâmetro por 2 de profundidade.

Tais práticas ainda acontecem com uma das famílias mais tradicionais do
fandango paranaense que é a família Pereira citado pelo Pesquisador Rogério
Massarotto.
Para Schipanski (2009, p. 30):

Foi dessa forma que as pesquisas sobre as danças, comidas, vestuários,


lendas, literatura e representações populares consolidaram ao longo das
últimas décadas um vasto campo de possibilidades, que hoje é objeto de
estudo da “História Cultural” e que coloca em questão um problema
importante: o modo como as representações sobre o social são operadas
de forma ativa na construção do mundo objetivo.
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Sendo assim não podemos nos ater somente na pesquisa do fandango, pois,
seria muito superficial, o Fandango dever o ponto de partida por que há algo a mais
a ser estudado para que haja uma maior valorização das práticas culturais da região
litorânea do Paraná o que irá solidificar a identidade cultural do povo.
Este trabalho tem como objetivo proporcionar aos nossos educadores um
suporte a mais para ser utilizado em sala de aula, onde iremos a medida do possível
trazer mais informações sobre o tema proposto, ao avançar as pesquisar
observamos que o material didático - pedagógico sobre o assunto é muito pouco,
com isso vamos colaborar com nossos colega enriquecendo o conhecimento, pois
ao tratar sobre nosso maravilhoso Estado que é o
Paraná e é pouco explorado.
De acordo com as Diretrizes Curriculares
da Educação Básica do Estado do Paraná,
Disciplina de História – DCE (2008, p. 53):

A abordagem local e os conceitos


de representação, prática cultural,
apropriação, circularidade cultural
e dialogismo possibilitam aos
alunos e aos professores tratarem
esses documentos sob
problematizações mais
complexasem relação à
racionalidade histórica linear.
Desse modo, podem desenvolver
uma consciência histórica que
leve em conta as diversas práticas
culturais dos sujeitos, sem o
abandono do rigor do
conhecimento histórico.

Essa abordagem atende, dessa forma, ao


cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna
obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da
Rede Pública Estadual, o Conteúdo de História do
Paraná.
Mas ao tratar sobre o Fandango não
vamos nos ater somente a esta manifestação
cultural e iremos mais afundo, haja vista que o
fandango agrega outras culturas que são
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pertinentes ao seu festejo, a sua origem e como se solidificou em nosso Estado, por
quem foi trazido e porque esta idéia foi se enraizando nesta população.
Também temos que analisar que junto a esta comemoração surgiram outros
traços que são características impares dessa região que é prato conhecido
nacionalmente o Barreado, onde atrai turistas de diversas regiões do país e até fora
dele para saborear essa culinária.
No que diz respeito a economia é de suma importância a continuidade desses
festejos, pois, acabou sendo incorporado pela população e é fonte de renda para o
comércio local, onde a visitação a litoral, que já é rotineiro por grande parte das
pessoas para descanso e lazer, torna-se mais prazeroso a ida até nosso litoral
por que além das benesses que o relaxamento traz ainda é proporcionado uma
culinária diferente e saborosa e uma descontração através das apresentações pelos
grupos folclóricos fandangueiros.

Segundo InamI (2006, p. 98):

Não sei de nenhuma outra manifestação que, sob essa


Fig.02 denominação, se pareça com o fandango em ocorrência em toda
a faixa litorânea paranaense, nas ilhas e logo ao pé da serra, em
Morretes e Porto de Cima. Por isso, considero o fandango
Manifestação paranaense.

Sendo assim somos impelidos a levar adiante essa


manifestação cultural para que seja efetivada uma
identidade de nosso Estado, além do que já é
conhecido seria motivo de orgulho termos mais um
identificador.
Para Carlos (2005, p. 27): “... ele vem sofrendo
enorme pressão dos modismos globalizados que
empurram, sempre com maior intensidade, para
lugares menos habitados e mais distantes. Há quem
diga que sua vida não ultrapassará duas ou três
gerações.”
Algumas pesquisas já foram realizadas sobre o
fandango e exploradas algumas características em
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particular, a pesquisadora DANIELLA, dedicou sua pesquisa enfocando a prática da


rabeca no fandango caiçara, e diz que o fandango é complexo, diverso e dinâmico
do ponto de vista musical e em especial as modas dandão e chamarrita as mais
tocadas em fandango.
Em seus estudos descobriu que por volta do século XVIII o fandango chegou
a ser proibido por juntar escravos e também por ser considerado libidinoso e lascivo,
pois, instalava-se uma nova moral adotada pela burguesia.
Para Rogério Massarotto, que pesquisou “A Cultura do Fandango no litoral do
Paraná e suas relações entre trabalho, cultura popular e lazer na sociedade
capitalista” deu enfoque a sua pesquisa sobre a família Pereira, observou que o
lazer e o trabalho em relação ao fandango é muito pouca pois, a população mais do
interior levam adiante o fandango como um lazer, já os habitantes das cidades
podem aproveitar esse conhecimento cultural como um meio de sobrevivência
também, junto com o artesanato, mas não competindo com os bailes dos tempos
modernos que são realizados hoje em dia e que o fandango é visto hoje como uma
dança de velhos e visto até com um certo desprezo segundo Maria Elgmeier.
Reiteramos a necessidade de fomentar e difundir o fandango pelo Paraná a
forma e recender o amor pela cultura de nosso Estado sem deixar que o modismo
moderno engula de faça desaparecer o maravilhoso mundo do fandango.
Para Braz (2002, p. 90):

O salão do fandango é próprio para dança, sendo uma casa de madeira,


sem forro, com assoalho feito com tábuas largas e flexíveis, de 2 polegadas
para resistir á violência do sapateio. Ele também é separado das paredes.
Algumas vezes, para que o som das batidas ressoe a quilômetros de
distância, é feito, abaixo do assoalho, um grande buraco de mais ou menos
3 metros de diâmetro por 2 de profundidade.

Tais práticas ainda acontecem com uma das famílias mais tradicionais do
fandango paranaense que é a família Pereira citado pelo Pesquisador Rogério
Massarotto.
Para Schipanski (2009, p. 30):

Foi dessa forma que as pesquisas sobre as danças, comidas, vestuários,


lendas, literatura e representações populares consolidaram ao longo das
últimas décadas um vasto campo de possibilidades, que hoje é objeto de
estudo da “História Cultural” e que coloca em questão um problema
importante: o modo como as representações sobre o social são operadas
de forma ativa na construção do mundo objetivo.
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Sendo assim não podemos nos ater somente na pesquisa do fandango, pois,
seria muito superficial, o Fandango dever o ponto de partida por que há algo a mais
a ser estudado para que haja uma maior valorização das práticas culturais da região
litorânea do Paraná o que irá solidificar a identidade cultural do povo.

4 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Preparar os conteúdos de forma que haja uma melhor compreensão por parte
de nossos colegas professores e assim seja levada adiante a idéia de manter viva
as comemorações do fandango, pois não só cabe aos moradores do litoral mas
também a nós paranaenses que devemos contribuir para o reconhecimento dessa
identidade.
Devemos estabelecer em nossos calendários escolar uma data que seja
lembrado os festejos e com esta ação será sempre realimentado as comemorações.
Buscar junto a Secretaria da Cultura um trabalho integrado onde será o nosso
suporte técnico de pesquisa para preparar nossas aulas e até apresentações para
que os alunos sintam-se motivados a participar das danças.
Com a disciplina de História integrando-se especialmente as disciplinas de
Artes e Educação Física, formar um grupo de dança na escola para que seja o
disseminador e o fomentador de novos grupos no interior do Paraná.
Desenvolver mecanismos que seja uma forma de demonstrar a importância
que se manter viva as tradições culturais para que gerações futuras entendam as
suas origens e tenham mais patriotismos e amor a nossa terra, e entendam que são
sujeitos ativos da sociedade e que é somente ele que pode mudar os rumos de uma
nação com.
Usar o Projeto político Pedagógico para reforçar a importância de conservar
este e outras manifestações culturais que são os verdadeiros patrimoniais de nosso
povo.
Sabemos que a escola pública vem se aperfeiçoando a cada momento e isso
nos leva uma intensa discussão sobre a prática pedagógica que aplica-se na
mesma, sendo assim devemos retomar a conversa sobre as concepções teórico-
metedológicas e rever a melhor forma de organizar as ações em sala de aula.
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PORQUE ESTUDAR O FANDANGO PARANAENSE?

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do


Paraná, disciplina de História – DCE (2008, p. 53):

A abordagem local e os conceitos de representação, prática cultural,


apropriação, circularidade cultural e dialogismo possibilitam aos alunos e
aos professores tratarem esses documentos sob problematizações mais
complexas em relação à racionalidade histórica linear. Desse modo, podem
desenvolver uma consciência histórica que leve em conta as diversas
práticas culturais dos sujeitos, sem o abandono do rigor do conhecimento
histórico.

Essa abordagem atende, dessa forma, ao cumprimento da Lei n. 13.381/01,


que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, o
Conteúdo de História do Paraná.

AS DIFERENTES CULTURAS QUE AGREGAM O FANDANGO

Ao tratar sobre o Fandango não nos ateremos


somente a esta manifestação cultural, mas também,
haja vista que o fandango agrega outras culturas que
são pertinentes ao seu festejo, a sua origem e como
se solidificou em nosso Estado, por quem foi trazido e
porque esta idéia foi se enraizando nesta população.
Analisaremos que junto a esta comemoração
surgiram outros traços que são características
impares dessa região que é prato conhecido
nacionalmente o Barreado, onde atrai turistas de
diversas regiões do país e até fora dele para saborear
essa culinária.
Quando se fala de pratos típicos, ao falarmos
de Paraná nos vem logo em mente o Barreado,
Fig.04
comida típica e genuína paranaense, é conhecida
como símbolo de fartura e que mereceu ser tombado como patrimônio cultural
paranaense seu nome tem origem de barrear a panela com pirão de farinha ou
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cinza, onde é hermeticamente vedada para que não escape o vapor e possa ser
cozido por horas.
Sua origem ainda é muito discutida e reivindicada entre os moradores de
Antonina, Paranaguá e Morretes que buscam a paternidade do prato,.o que se sabe
é que o barreado era servido aos caboclos que iam levar os produtos da lavoura
para ser comercializados na cidade, e lá chegando ficavam para almoçar e lhes
eram servido o barreado e estes acabaram levando para as fazendas.
O casamento entre o barreado e o fandango veio quando no período do
entrudol (Carnaval) onde as mulheres para poderem participar das comemorações
preparavam o barreado para quatro dias, pois mesmo requentado este não perdia o
gosto e continuava saboroso, também serve-se o barreado quando em épocas de
fim de mutirões onde os caboclos aproveitavam para dançar o fandango e se fartar
de barreado.
Há uma lenda que se conta de geração em geração, que os pescadores que
se alimentavam só de peixe quando provavam o barreado morriam de tanto comer,
daí surge a superstição de que não se pode beber água quando come o barreado
somente pinga e nem duas horas depois.
Receita do Barreado:

Ingredientes:
CARNES: alcatra / cochão mole / peito /
toucinho crú.
Quantidade para 30 pessoas:
6 kilos de ALCATRA
6 kilos de COCHÃO MOLE
3 kilos de PEITO
1 kilos de TOUCINHO

TEMPEROS:
Cominho, alho, cebola, louro, manjerona, vinagre, cheiro verde, pimenta do reino,
pimenta de cheiro, sal.

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si


mesmo, os homens se educam entre si,
mediatizados pelo mundo”.

Paulo Freire
18

COMO PREPARAR:

Cortar as carnes em pedaços (cubos) temperar com todos os ingredientes e deixar


ficar numa vasilha a noite inteira.

Pela manhã, às 10 h colocar a carne com todos os temperos na panela de barro já


curtida. O toucinho deverá ser cortado, uma parte em tiras fininhas para forrar a
panela, outra parte cortar em cubos e colocar junto com as carnes.

Levar ao fogo e quando entrar em fervura, provar e se o sabor estiver a gosto, tirar
do fogo e cobrir a panela com uma folha de bananeira, devidamente “sapecada”.
Amarrar a folha com barbante grosso, bem firme, na borda da panela, colocar a
tampa e lacrar (barreá-la) com a seguinte massa:
Juntar farinha de mandioca “surui” e cinza, um pouco de água até um ponto que dê
para barrear (lacrar a panela).

Se durante o cozimento sair “bafo”, barreia-se novamente o lugar do vazamento.


O Barreado deve ser feito, preferencialmente, em fogão à lenha, em fogo brando,
das 15h em diante e por toda à noite. Por volta das 07 h até às 11h manter em fogo
alto, após tirar do fogo e aguardar a hora de servir.

Acompanha o Barreado arroz branco ou farinha de mandioca (de Antonina), laranja e


banana.

Receita disponível no site:


http://entaolengalenga.blogspot.com/2009/02/barreado.html. Acessado em: 19 de
julho de 2011 às 09h24min.

No que diz respeito à economia é de suma importância a continuidade desses


festejos, pois, acabou sendo incorporado pela população e é fonte de renda para o
comércio local, onde a visitação ao litoral, que já é rotineiro por grande parte das
pessoas para descanso e lazer, torna-se mais prazeroso a ida até nosso litoral por
que além das benesses que o relaxamento traz ainda
Fig.05
é proporcionado uma culinária diferente e saborosa e
uma descontração através das apresentações pelos
grupos folclóricos fandangueiros.

TEXTO 01
Ao se referir ao fandango tem que se analisar
as diversas vertentes que tratam sobre o assunto, pois
algumas vertentes trazem o fandango como
originário árabe, para outros o fandango é de origem
19

portuguesa e espanhola onde vieram para nosso litoral nas bagagens dos imigrantes
e é também conhecido como baile ruidoso, e aqui teve seu inicio.
As comunidades caiçaras (o termo caiçara vem da miscigenação de brancos
de origem portuguesa com grupos indígenas da região litorânea) aprenderam o
fandango e deram continuidade a esta manifestação folclórica que ao longo do
tempo vem sofrendo adaptações por seus participantes mas nunca perdendo as
características do seu modelo inicial.
O fandango paranaense é constituído por um conjunto de danças e musicas
que são conhecidas por marcas, podendo ser batidas ou dançadas por homens e
por mulheres, onde o termo fandango foi conhecido por baile ruidoso acompanhado
de viola.
Segundo Inami:

Não sei de nenhuma outra manifestação que, sob essa


denominação, se pareça com o fandango em ocorrência em toda a
faixa litorânea paranaense, nas ilhas e logo ao pé da serra, em
Morretes e Porto de Cima. Por isso, considero o fandango
Manifestação paranaense. (INAMI, 2006, p. 98).

Sendo assim somos impelidos a levar adiante essa manifestação cultural para
que seja efetivada uma identidade de nosso Estado, além do que já é conhecido,
seria motivo de orgulho termos mais um identificador.
Para Carlos:

... ele vem sofrendo enorme pressão dos modismos globalizados que
empurram, sempre com maior intensidade, para lugares menos
habitados e mais distantes. Há quem diga que sua vida não
ultrapassará duas ou três gerações. (CARLOS, 2005, p. 27).

Dessa maneira, não se pode deixar enfraquecer o fandango e sim propagar


por todo Paraná e assim essa manifestação se fortaleça.
Também não se pode esquecer de outras manifestações que são importantes
e caracterizam nosso Estado e identificam as diversas regiões paranaense, e seus
festejos são anunciados a população seja ele de caráter religioso ou não, onde
formam romarias uns para contemplar o espetáculo outros para formalizar seus
rituais.
20

Algumas pesquisas já foram realizadas sobre o


Fig.06
fandango e exploradas características em particular, a
pesquisadora DANIELLA, dedicou sua pesquisa
enfocando a prática da rabeca no fandango caiçara, e
diz que o fandango é complexo, diverso e dinâmico do
ponto de vista musical e em especial as modas
dandão e chamarrita as mais tocadas em fandango.
Em seus estudos descobriu que por volta do século
XVIII o fandango chegou a ser proibido por juntar
escravos e também por ser considerado libidinoso e
lascivo, pois, instalava-se um nova moral adotada pela
burguesia.
Para Massarotto, que pesquisou sobre a cultura do fandango no litoral do
Paraná e suas relações entre trabalho, cultura popular e lazer na sociedade
capitalista, deu enfoque a sua pesquisa sobre a família Pereira, observou que o
lazer e o trabalho em relação ao fandango é muito pouca, pois, a população mais do
interior levam adiante o fandango como um lazer, já os habitantes das cidades
podem aproveitar esse conhecimento cultural como um meio de sobrevivência
também, junto com o artesanato, mas não competindo com os bailes dos tempos
modernos que são realizados hoje em dia e que o fandango é visto hoje como uma
dança de velhos e visto até com um certo desprezo segundo Elgmeier.
A necessidade de fomentar e difundir o fandango pelo Paraná a forma de
reacender o amor pela cultura de nosso Estado sem deixar que o modismo moderno
engula de faça desaparecer o maravilhoso mundo do fandango.
Para Fábio Cézar:

O salão do fandango é próprio para dança, sendo uma casa de


madeira, sem forro, com assoalho feito com tábuas largas e flexíveis,
de 2 polegadas para resistir á violência do sapateio. Ele também é
separado das paredes. Algumas vezes, para que o som das batidas
ressoe a quilômetros de distância, é feito, abaixo do assoalho, um
grande buraco de mais ou menos 3 metros de diâmetro por 2 de
profundidade. (FABIO, 2002, p. 90).

Tais práticas ainda acontecem com uma das famílias mais tradicionais do
fandango paranaense que é a família Pereira, citado pelo Pesquisador Massarotto
Para Schipanski (2010 p. 30):
Foi dessa forma que as pesquisas sobre as danças, comidas,
vestuários, lendas, literatura e representações populares
21

consolidaram ao longo das últimas décadas um vasto campo de


possibilidades, que hoje é objeto de estudo da “História Cultural” e
que coloca em questão um problema importante: o modo como as
representações sobre o social são operadas de forma ativa na
construção do mundo objetivo.

Sendo assim, não se pode ater-se somente na pesquisa do fandango, pois,


seria muito superficial, o Fandango deve ser o ponto de partida por que há algo a
mais a ser estudado para que haja uma maior valorização das práticas culturais da
região litorânea do Paraná o que irá solidificar a identidade cultural do povo.

TEXTO 2: OS DIFERENTES TIPOS DE FANDANGO E OS MAIS DANÇADOS

O fandango ou conjunto de músicas e marcas ao ser praticada pelos


paranaenses tem como principal característica as comemorações do fim das
colheitas o que muitas vezes ficavam dançando e cantado durante quatro dias
consecutivos. Também faziam competições entre os moradores das ilhas vizinhas
para ver que sapateava mais alto até abafar o som do concorrente onde:
Para Braz (2002, p. 90):

O salão do fandango é próprio para dança, sendo uma casa de madeira,


sem forro, com assoalho feito com tábuas largas e flexíveis, de 2 polegadas
para resistir á violência do sapateio. Ele também é separado das paredes.
Algumas vezes, para que o som das batidas ressoe a quilômetros de
distância, é feito, abaixo do assoalho, um grande buraco de mais ou menos
3 metros de diâmetro por 2 de profundidade.

No Paraná costuma-se denominar as diversas músicas fandangueiras de


marcas e estas constituem um leque muito grande, pois, cada região do litoral com
põem as suas marcas adaptadas as suas regiões onde irá caracterizar este ou
aquele grupo ou região, para cada marca e musica existe um sapateado diferente e
existem também as marcas bailadas e valsadas onde segue um ritmo de dança de
salão.
Para cada batida ou valseado existe uma marca diferente onde podemos citar
algumas como: Chamarrita da Louvação, Anu, Marinheiro ou Mantiquira, Cana
Verde, Andorinha,
Os homens usam tamanco para dançar e é de exclusividade sua o batido
onde irá ecoar a quilômetros de distância, as mulheres é que dão o ritmo da
coreografia e cabe a elas embelezar a dança com seus vestidos floridos e ou sais
22

rodadas que arrastam os homens aos seus valseados onde não cabe ais a apatia
pois sempre dançam exteriorizando uma alegria imensa.

Grupo Folclórico “Mestre Romão”

Disponível no site:
http://www.fumcul.com.br/images/stories/fo
tos/grupomestreromao.jpg.

Foi formado no ano de 1994 com o objetivo de difundir o fandango pelo


Paraná e o Brasil, onde participou de diversos festivais nacionais e internacionais de
musicas e danças folclórica, é formado por jovens da comunidade da Ilha de
Valadares.
23

Grupo de Fandango “Mestre Eugênio”

Disponível no site:
http://www.fumcul.com.br/images/stories/fotos/grupomestr
eeugenio.jpg

Fundado por Eugênio dos Santos, na Ilha de Valadares que possui uma casa
de fandango na ilha de Valadares no Bairro Sete de Setembro.

Grupo Veterano “Pé-de-Ouro”

Disponível no site
http://www.fumcul.com.br/images/sto
ries/fotos/grupopedeouro.jpg

O grupo Pé de Ouro é formado pelos fandangueiros veteranos da Ilha dos


Valadares. Realizam trabalhos de divulgação e repasse particular da musicalidade
através de oficinas ou acompanhamento a domicilio, mas sua principal atividade é a
24

manutenção do fandango como manifestação espontânea com os bailes de


fandango realizados na cidade principalmente no Mercado Municipal do Café.

Grupo Mandicuéra Curumim

Disponível no site
http://www.fumcul.com.br/images/stories/fotos/
grupomandicuera.jpg

O grupo Mandicuéra Curumim é formado por crianças da Ilha dos Valadares,


resultado de um trabalho da Associação Mandicuéra de repasse das tradições.

Grupo de Fandango Ilha dos Valadares

Disponível no site
http://www.fumcul.com.br/images/stories/fotos/
grupodailhavaladares.jpg

Formado no ano de 2007, por fandangueiros experientes, a Terceira Idade do


Fandango. O Grupo apresenta-se no Mercado do Café, no baile realizado no
primeiro sábado de cada mês.
25

5 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

1º ENCONTRO
• Apresentação do projeto aos participantes em Power Point;
• Demonstrar a importância do resgate histórico;
• Identificar o fandango como identidade cultural paranaense;
• Analisar a diferença entre cultura popular e cultura erudita.

2º ENCONTRO

Após a apresentação do tema: As manifestações folclóricas do Estado do


Paraná: construindo um olhar sobre o fandango, será realizado um breve
diagnóstico com os professores participantes do encontro, para levantar o que os
mesmos conhecem sobre o tema abordado.
Em seguida faremos a leitura do texto 1: Porque estudar o fandango
paranaense.
A partir da leitura do texto1 discutir sobre:
• A importância dada a diversidade cultural pelas DCE’s do ensino de
História do Paraná segundo a Lei 13.381/01;
• Ler a Lei 13.381/01 e discutir com os professores sobre os principais
aspectos abordados por esta.

3º ENCONTRO

• Ler e discutir sobre o Texto 2: As diferentes culturas que agregam o


fandango;
• Destacar o barreado como prato típico da culinária que compõem as
características culturais do fandango;
• Assistir vídeo do Yotube... o qual trata sobre o Histórico do Barreado.
• Repassar aos professores uma recita do barreado em seguida preparar na
cozinha da Escola de realização do curso uma receita do mesmo para ser
saboreado pelos participantes.
26

4º ENCONTRO

• Assistir um vídeo com os passos de uma marca fandangueira apresentada


por grupos da Ilha de Valadares do litoral do Paraná;
• Analisar algumas marcas fandangueiras e fazer a leitura do que a música
esta transmitindo;
• Conhecer os instrumentos que fazem parte da apresentação dos músicos
durante a execução das marcas.

5º ENCONTRO

• Leitura do texto Cultura Popular: entendendo uma trajetória, de Shipanski;


• Identificar as diversas manifestações folclóricas de nossa região;
• Criar mecanismos onde possa ocorrer um resgate dessas manifestações e
trazer para dentro da sala de aula.

6º ENCONTRO

• Utilizar o laboratório de informática para pesquisar e explorar mais sobre o


fandango e suas diversas manifestações em todo o território nacional;
• Elaborar histórico sobre o fandango e apresentar a Secretaria da Cultura
do Paraná buscando incentivo para criar um grupo de fandango em nossa
cidade;
• Apresentar o histórico já elaborado também para a Secretaria Municipal de
Educação que esta enfatize o fandango e suas diversas manifestações
culturais da região.
27

6 AVALIAÇÃO

Será feita uma Avaliação ao final de cada encontro, onde será discutido as
metodologias que os professore aplicarão em sala de aula ao final dos encontros
será elaborado uma avaliação geral a qual será redigida uma síntese onde se
observará os diversos os grupos que será aplicado.

CRONOGRAMA DE AÇÕES 2011 DA UNIDADE DIDÁTICA

ETAPAS – 2011 FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

Elaboração da Unidade Didática

Explanação do projeto ao
Diretor e Equipe Pedagógica
Reunião com equipe
Pedagógica e professores
sobre o Material Didático
Elaboração do Material para a
aplicação aos professores
participantes
Elaboração do Material a ser
utilizado nos encontros

Encontros de Orientação

Aplicação do Material Didático


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CRONOGRAMA DOS ENCONTROS

ETAPAS DOS ENCONTROS DIA/ MÊS

1ª ENCONTRO - Apresentação do projeto aos participantes em


19/08
Power Point;
2ª ENCONTRO - leitura do texto1 discutir sobre a importância dada a
diversidade cultural pelas DCE’s do ensino de História do Paraná segundo 26/08
a Lei 13.381/01;
3ª ENCONTRO - Leitura e discussão sobre o Texto 2: As diferentes
09/09
culturas que agregam o fandango;
4ª ENCONTRO - Assistir a Video sobre as diversas marcas defandango e
16/09
as suas marcas;
5ª ENCONTRO - Leitura do texto Cultura Popular: entendendo uma
2309
trajetória, de Shipanski;
6ª ENCONTRO - Mesa redonda para aprofundamento do projeto
30/09
trabalhado. Avaliação dos trabalhos.

7 REFERÊNCIAS

AGUIAR, Carlos Roberto Zanello de. Fandango do Paraná: Olhares. Curitiba, 2005.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Ministério da Educação,


1988.

BRAZ, Fábio César. História do Paraná das Origens à Atualidade. 1. ed. El


Shadai, 2000.

GRAMANI, Daniela da Cunha. O aprendizado e a Prática da Rabeca no


Fandango Caiçara. Acessado em: 14/10/2010 às 9h21min.

OLIVEIRA, Rogério Massarotto de. A Cultura do Fandango no Litoral do Paraná e


suas relações entre Trabalho, Cultura Popular e Lazer na Sociedade
Capitalista. (Dissertação - www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acessado em:
14/10/2010 às 9h50min.).

PINTO, Inami Custódio. Folclore No Paraná. Curitiba: Secretaria de Estado da


Cultura, 2006.

Sites visitados:
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http://cybercook2.terra.com.br/img/receita/barreado-de-morretes-f4-4125.jpg.
Acessado em: 25/07/2011 às 16h20min.

Site Paraná da Gente. Acessado em: 14/10/2010 às 9h31min.

VIDA E VIOLA, www.Jornalgazetadopovo.com.br. Acessado em: 14/10/2010 às


9h25min.

www.fandanovivo.com.br. Acessado em: 15/10/2010 às 9h15min.

www.jornalcomunicacao.ufpr.brnode5356. Acessado em: 14/10/2010 às 23h24min.

www.violaecantoria.com.br. Acessado em: 10/10/2010 às 9h37min.

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