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Lins – SP
2015
Izabela Assaiante Moreira da Cunha
Nataly Melo Alcantara Zino
Rosana Cristina de Oliveira Martim
Lins – SP
2015
Cunha, Izabela Assaiante Moreira; Zino, Nataly Melo Alcantara; Martim,
Rosana Cristina de Oliveira.
C977p Psicologia: a inclusão de crianças com espectro autista: a percepção
do professor / Izabela Assaiante Moreira da Cunha; Nataly Melo Alcantara
Zino; Rosana Cristina de Oliveira Martim. – – Lins, 2015.
77p. il. 31cm.
CDU 159.9
Chegando ao fim de mais esta etapa em minha vida, jamais poderia me
esquecer de vocês, minha família, Luiz, Tereza, Luizinho, Bruna e ao príncipe
Luiz Antônio, que me apoiaram e ampararam quando necessário, e me deram
forças para prosseguir sempre e realizar esse meu sonho tão bonito.
Não há nada mais precioso do que o amor e o apoio de nossos
familiares, por isso dedico em geral a todos meus tios, tias, primos e primas
que me ajudaram de alguma forma, mas em especial a tia Ana Maria e minha
prima Mônica, que estiveram presentes em todos os momentos, me dando
forças, me auxiliando e suprindo minhas dúvidas e angústias.
Dedico também essa realização ao meu maravilhoso Deus, que me
proporcionou a vida e vem me ajudando a realizar meus sonhos, capacitando-
me a cada dia.
À minha amiga Rosana, pelo companheirismo de todos esses anos e por
juntas estarmos realizando este sonho.
Izabela Assaiante Moreira da Cunha
Dedico à minha mãe, que infelizmente não verá o trabalho pronto, mas
que em meu coração e minha mente sempre esteve presente, fazendo com
que eu não desista e vá sempre em busca de melhorar a cada dia; e ao meu
irmão, que é mais que isso, é um pai. Obrigada por tudo, esse é o fruto de
cinco anos sofridos, mas que deram resultado.
Nataly Melo Alcantara Zino
Agradecemos primeiramente a Deus, por ter nos dado a vida e estar nos
proporcionando à realização deste sonho, e por nunca deixar faltar forças para
prosseguir.
Queremos agradecer também nossos familiares, amigos e colegas que
de alguma maneira nos ajudaram, auxiliaram, nos deram forças, e mostraram
total confiança em nós. Alguns deles presentes em terra e outros infelizmente
não, mas sabemos que de qualquer maneira estiveram conosco.
À nossa instituição de ensino, Unisalesiano de Lins, que nos
proporcionou cinco anos de muito aprendizado e experiências.
E por último, mas de forma alguma menos fundamentais e importantes,
agradecemos nossos queridos professores Oscar e Jovira, que nos orientaram
em todo este trabalho e foram essenciais para que este sonho se realizasse
com grande sucesso.
RESUMO
LISTA DE SIGLAS
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 11
CAPÍTULO III.................................................................................................... 43
1 METODOLOGIA .................................................................................... 43
1.1 Resultados e Discussão ......................................................................... 45
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
O site relata ainda que no ano de 1983 o Dr. Raymond Rosenberg tinha
alguns clientes com filhos de três anos em média, diagnosticados com autismo
há pouco tempo.
A única informação sobre o diagnóstico que esses pais tinham era o
nome da síndrome. Não havia informação, tratamento e nenhum tipo de
recurso nessa área na cidade, no estado ou no país que pudesse ajudar as
crianças e tampouco os familiares. Nessa época os atendimentos para crianças
excepcionais não eram adequados e também não aceitavam crianças com
autismo.
Com isso, os pais se reuniram e fundaram a AMA, primeira associação
para o autismo no país. Antes de completar um ano a Associação já tinha uma
escola que funcionava no quintal de uma igreja.
Por sua natureza de pesquisa na área do autismo e por haver uma
população carente para ser atendida, a instituição – beneficente e sem fins
lucrativos – enfrenta grande dificuldade em manter-se financeiramente até os
dias atuais. Desde a época da fundação da AMA, sendo o autismo ainda pouco
conhecido, tornava-se muito difícil conseguir ajudas e arrecadar fundos.
Fez-se necessária uma campanha na televisão com o conhecido ator
Antônio Fagundes para que as pessoas em geral pudessem familiarizar-se com
a palavra autismo e não continuassem confundindo a AMA com Associação de
Amigos do Artista, ou Alpinista como frequentemente acontecia. Hoje esse
quadro está muito mudado.
Segundo o site da AMA (2015), ela pode oferece atendimento 100%
gratuito graças a dois importantes convênios com as Secretarias de Educação
e da Saúde do Estado de São Paulo, que são uma fonte fixa de parte dos
recursos necessários à manutenção da instituição.
A instituição relata que é sempre necessário levantar recursos para a
compra de alimentos, material pedagógico, manutenção dos equipamentos e
dos imóveis e programas de capacitação e motivação dos funcionários.
Atualmente, o desconhecimento em relação ao autismo diminuiu. Muitas
pessoas se envolveram com a causa e fundaram associações semelhantes,
para a educação de pessoas com autismo por todo o Brasil. Outros países se
envolveram com o trabalho da AMA, como a Suécia, que durante mais de 10
anos contribuiu financeira e tecnicamente.
19
O dia 2 de abril foi instituído pela ONU em 2008 como o Dia Mundial de
Conscientização do Autismo. O autismo é uma síndrome que afeta vários
aspectos da comunicação, além de influenciar também no comportamento do
indivíduo.
Segundo Silva, Gaiato & Reveles, os dados do Center of Deseases
Controland Prevention, órgão ligado ao governo dos Estados Unidos existe
hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas. Dessa forma, estima-se que o
Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de
autistas.
São mais de 300 mil ocorrências só no Estado de São Paulo. Contudo,
apesar de numerosos, os milhões de brasileiros autistas ainda sofrem para
encontrar tratamento adequado.
O que significa dizer que uma família tem autismo? Significa que ela
terá que aprender uma forma diferente de comunicação, uma maneira
diferente de se relacionar socialmente: abrirá uma nova dimensão
para sentir, controlar e pensar a vida. (GÓMEZ E TERÁN,2014;
p.529)
21
citados neste trabalho, tem que ocupar-se dos custos de tratamentos não
cobertos pela rede pública, com a dificuldade de vagas, com a necessidade de
reorganização do cotidiano que repetidamente onera um cuidador mais
penosamente e a constante preocupação pelo futuro da criança ou
adolescente.
A intervenção precoce com crianças autistas, ou seja, aquela que é
realizada antes dos cinco anos de idade, é algo de fundamental importância
segundo Mantoan (2001) e que pode trazer muitos benefícios para a melhora
no autismo. É um atendimento intensivo com procedimentos pedagógicos e
tem como objetivo levar a criança a um desenvolvimento mais normal possível.
Segundo Buscaglia (1993), a família tem dificuldades de entender o que
se passa com a criança antes de ser diagnosticada e relata que ela era normal.
Mesmos os médicos tem dificuldades para fazer um diagnóstico preciso antes
dos três anos de idade, não estando preparados para diferenciar
comportamentos anormais, já que o bebê apresenta até esse período uma
linguagem comum com outros bebês, com balbucios e repetições, e por isso há
a imprecisão em não saber se é autista ou não.
Ao propor a inclusão de um deficiente em sala de aula, Krynski e
col.(1985) dizem que se deve visar e respeitar suas características, bem como
seu comportamento, e dessa forma evitar que os pais se iludam com uma cura
milagrosa, mostrando a eles a realidade de forma real.
De acordo com Sassaki (1997, p.), educação inclusiva significa:
Freire (2005), diz que para que a escola promova uma interação
necessária, é fundamental que os profissionais nela inseridos tenham uma
formação especializada para que possam conhecer as características e as
possibilidades de atuação destas crianças e este processo de formação
deveria estar inserido principalmente nos professores de ensino fundamental.
A grande maioria dos acadêmicos é contra a inserção de deficientes em
classes comuns, pois segundo Secadas (2007), atrapalha o desenvolvimento
das atividades pedagógicas. Sendo assim, os profissionais pedagógicos
precisam ser preparados adequadamente para receber autistas em sala de
aula, e darem a eles o suporte necessário para seu desenvolvimento.
A inclusão para Pessotti (1984) é uma prática de direito de todos, já a
exclusão é um ato de descontentamento e discriminação social, onde incluir é
praticar uma mudança transformando a construção do conhecimento.
Com a falta de educadores especializados para desenvolver uma
educação pedagógica de qualidade, segundo Ribeiro (2003), o Estado
brasileiro apenas coloca na mesma sala crianças com deficiência e sem,
chamando a isso de inclusão, que não provê educação de qualidade a nenhum
dos dois grupos. Descumpre assim a própria legislação sobre o tema, na forma
da Lei nº 12.764/2012, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa
com Transtorno do Espectro Autista. Esta lei prevê atendimento educacional
especializado, formação de professores e demais profissionais da educação,
participação da família e comunidade e acessibilidade. Além disso, solicita a
“mediação pedagógica nos processos de aquisição de competências, por meio
da antecipação da organização das atividades de recreação, alimentação e
outras, inerentes ao cotidiano escolar” (BRASIL, 2013).
A escola que pretende mudar, para Ribeiro (2003), deve perceber que
incluir o autista, tem fundamental importância no papel de cidadania, para
educar, ensinar a conviver em grupo, ter respeito e solidariedade com o
próximo. Dessa forma, os programas para educandos autistas tem sido mais
desenvolvidos, de modo que possam contribuir para uma sociedade que possa
ser transformada através do respeito às diversidades e que garante uma
igualdade a todos.
Segundo Bueno (1993), a educação é de fundamental importância para
o desenvolvimento de todos e, inclusa nela, estão as atividades educativas que
28
CAPÍTULO II
1 DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei,
a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na
escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de
educação especial.
35
CAPÍTULO III
PESQUISA
1 METODOLOGIA
1
Ver tabelas referente aos gráficos no APÊNDICE C.
46
11
10 SIM
9
8 NÃO
7
6
5 NÃO
4 RESPONDERAM
3
2
1
0
11
10
9 SIM
8
7
6 NÃO
5
4
3 NÃO
2 RESPONDERAM
1
0
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
CONCLUSÃO
Através deste estudo verificou-se que a maior parte dos sujeitos não
tiveram informações adequadas, assim como práticas vivenciais sobre inclusão
de criança com necessidades educacionais especiais na rede de ensino. Em
relação a informações conceituais sobre o TEA, praticamente todos informaram
não receberem informações sobre essas crianças durante a graduação em
Pedagogia, mostrando a limitação dos cursos. Os professores relataram
despreparo para a intervenção em sala de aula. As informações obtidas após a
admissão dos alunos foram consideradas insuficientes, devido à falta a
vivência supervisionada e da ausência de um psicólogo escolar e outros
membros de uma equipe multidisciplinar capacitada a orientar
sistematicamente os professores e familiares sobre o comportamento, etapa de
desenvolvimento e práticas pedagógicas facilitadores da aprendizagem.
A luz da Terapia Cognitivo Comportamental, os pensamentos dos
professores pesquisados podem ser considerados reflexivos. Em relação a
inclusão do aluno com TEA, suas reflexões versaram sobreas habilidades
sociais, que incluem interação, comportamento e comunicação, justamente os
maiores desafios ao desenvolvimento da criança com TEA. A todo o momento
indicou-se a necessidade de retaguarda técnica especializada que possa
orientar os membros da escola e familiares no manejo da criança, a fim de
estimular o desenvolvimento global do aluno, conforme preconiza a lei.
Conclui-se, portanto, que a legislação da inclusão é adequada, mas não
cumprida de fato. Além disso, a graduação do professor é falha tanto na
formação teórica quanto prática. Ambos os fatores somados são um grande
obstáculo à plena inclusão da criança com TEA e a construção da “Escola para
Todos”
55
REFERÊNCIAS
______. Os Deficientes e seus Pais. Rio de Janeiro, RJ: Record, 1997. 413p.
57
APÊNDICES
65
APÊNDICE A
II- Questões
_______________________________________________________
_______________________________________________________
____________________________________
b- _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
____________________________________
c- _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
____________________________________
8- Quais os três principais conceitos que você pensa ser importantes para
que uma criança com T.E.A. possa ser incluída em sala de aula.
a- _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
____________________________________
b- _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
____________________________________
c- _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
____________________________________
68
APÊNDICE B
1. Nome do Paciente:
Telefone: CEP:
1. Responsável Legal:
do conhecimento para ensinar criança com T.E.A. Com a questão seis procurou
conhecer os principais pensamentos relacionados à inclusão de crianças com T.E.A.
A questão sete verificou quais os pensamentos dos professores sobre
comportamentos que a criança com T.E.A. precisa aprender para estar incluída na
sala de aula.
A ultima questão verifica quais os principais pensamentos dos sujeitos sobre os
principais conceitos que a criança com T.E.A. necessita conhecer para estar incluída
em sala de aula.
6. Desconfortos e riscos esperados: (explicitar)
Será realizada análise qualitativa e quantitativa, risco poderá ocorrer através do
aumento do preconceito na população da amostra.
7. Benefícios que poderão ser obtidos: (explicitar)
O beneficio da pesquisa realizada é aumentar a conscientização sobre a inclusão da
criança com T.E.A.
8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo:
(explicitar)
A pesquisa será realizada com onze professores através de um questionário de
perguntas elaboradas pelo grupo. Usaremos o critério de inclusão com professores
que tem alunos com T.E.A. em sua sala de aula e professores que não as tem, e
critério de exclusão serão os professores assistente.
9. Duração da pesquisa:
Três meses após a aprovação do comitê de ética.
10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise de
projetos de pesquisa em / /
Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador
responsável e assistentes, conforme registro nos itens 1 a 5 do inciso IV da
Resolução 466, de 12/12/12, consinto em participar, na qualidade de
participante da pesquisa, do Projeto de Pesquisa (colocar o nome do projeto de
pesquisa).
________________________________ Local, / / .
Assinatura
72
____________________________________
Testemunha
Nome ...:
Endereço.:
Telefone .:
R.G. ...:
____________________________________
Testemunha
Nome ...:
Endereço.:
Telefone .:
R.G. ...:
73
APÊNDICE C
ANEXOS
75
76
77