Período de invenção de sistemas técnicos básicos da comunicação e do princípio do
livre comércio, no século XIX, nasceu as noções fundadoras de uma visão de comunicação como fator de integração das sociedades humanas, centradas nas questões de redes físicas, e projetada por uma ideologia do progresso. Portanto, o pensamento da sociedade como organismo (conjunto de órgãos que cumprem funções determinadas) inspira as primeiras concepções de uma ciência da comunicação. E para o desenvolvimento da idéia de trocas e fluxos que vão guiar os primeiros passos do que viria ser a comunicação, a divisão do trabalho é o primeiro degrau teórico. Pois, a comunicação contribui para uma divisão do trabalho coletivo no interior das fábricas e na estruturação dos espaços econômicos. Neste sentido, a visão de comunicação estará associada ao progresso e a realização da razão. François Quesnay, integrante da escola fisiocrata, procura apreender o circuito do mundo econômico como um sistema baseado na circulação do sangue, o que permite ver a circulação da riqueza numa visão macroscópica de uma economia de ‘fluxos’. Outro conceito importante é de rede, isto é, idéia desenvolvida a partir do pensamento de um sistema orgânico concebido como um ‘tecido’ ou justaposição que cria redes. O pensamento de ‘rede’ vai ser concebido junto ao um movimento de reorganização social que vai ter como modelo a ‘indústria’ e da engenharia. Outra noção relevante de uma análise dos sistemas de comunicação é a de desenvolvimento. A história é pensada como a sucessão de três estados: teológico ou fictício, metafísico ou abstrato, e positivo ou científico. Este último caracterizado pela sociedade industrial, da organização, da ciência. Portanto, esta história é concebida como uma história linear, sem retornos, sem desvios, comandada por uma idéia de progresso contínuo.
1.2_A Gestão das Multidões
Com o rápido crescimento técnico de algumas sociedades ocidentais a partir do século
XVIII, elabora-se a natureza desta nova sociedade anunciada pelas multidões na cidade. E em torno dessa situação surge a problemática da ‘sociedade de massas’. Esta problemática nasce também da ameaça potencial para a sociedade deste conjunto indistinto e heterogêneo de pessoas, o que justifica para mecanismos de controle estatístico dos fluxos judiciários e demográficos. E então após a implantação do fordismo na década de 1920, a década seguinte exprimirá este projeto de comunicação de massa. Com este processo também se iniciam os estudo de ‘psicologia das massas’ e a obra do sociólogo italiano Sighele, A massa criminosa, será a base para o desenvolvimento de uma lógica em que os indivíduos perderiam suas individualidades, e seriam apenas autômatos conduzidos por uma massa. Até 1921, Freud contesta os axiomas da psicologia das massas. Ele critica a ‘tirania da sugestão’ como explicação mágica de transformação do indivíduo. Freud também justifica a influência da massa sobre o indivíduo como sendo esta ‘influência’ seja na verdade uma necessidade do indivíduo estar de acordo com o grupo.
Sincronicidade e entrelaçamento quântico. Campos de força. Não-localidade. Percepções extra-sensoriais. As surpreendentes propriedades da física quântica.