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"E eu vos direi: Amai para entendê-las!

Pois só quem ama pode ter ouvido


Capaz de ouvir e de entender estrelas"
- Olavo Bilac - Via láctea

Parnasianismo
Conceito do Parnasianismo

O Parnasianismo foi considerado o movimento “realista em poesia”, o Parnasianismo não faz


questão de utilizar essas bases fictícias para seu movimento, já a influência do cientificismo e do
positivismo foi a base para a estética da poesia no parnasianismo.

O nome Parnasianismo vem do termo “Parnaso”, que na mitologia grega significa o nome da
montanha consagrada pelo deus Apolo e de suas musas da poesia. O nome desse movimento
literário se deve também a sua primeira publicação chamada de “Le parnasse contemporain”
pelo autor Alphonse Lemerre, sendo um dos parnasianos.

O movimento Parnasianismo foi baseado pela doutrina da “arte pela arte” que teve origem pelo
poeta francês Théophile Gautier, que defendia o princípio de que a arte não precisava ter uma
base de significados e sentimentos humanos, mas sim com o intuito de ser perfeita, bela e
refinada.
Principais Artistas do Parnasianismo

Raimundo Da Mota De Azevedo Correia Francisca Julia César da Silva Münster Luís Delfino dos Santos
(1859 - 1911) (1871 - 1920) (1834 - 1910)

Vicente Augusto de Carvalho Antônio Mariano Alberto de Oliveira Olavo Brás Martins dos Guimarães
(1866 - 1924) (1857 - 1937) Bilac (1865 - 1918)
“Os dizeres “Ordem e progresso”, que compõem a Bandeira Nacional, são inspirados
em uma citação de Comte: “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por
fim”.”

Obras do Parnasianismo

● Canções românticas (1878) ● Sagres (1898)

● Meridionais (1884) ● Ardentias (1885)

● Primeiros sonhos (1879) ● Relicário (1888)

● Sinfonias (1883) ● Mármores (1895)

● Crônicas e novelas (1894) ● Livro de infância (1899)


Ramos da estética: Características gerais

● rimas ricas ● preciosismo

● valorização dos sonetos ● objetividade

● metrificação ● arte pela arte

● descritivismo ● estética

● temática greco-romana

● uso das figuras de


linguagem
Parnasianismo no Brasil

O Parnasianismo brasileiro nasceu de ideias anti-românticas e acentuado gosto pela objetividade. Seu marco
inicial é a publicação de Fanfarras, de Teófilo Braga (1843-1924), em 1882.

O parnasianismo surgiu como uma crítica ao Romantismo. Esse estilo originou-se na França, em 1850, com o
crítico literário francês Théophile Gautier, e a primeira publicação desse movimento na Europa foi o Parnasse
Contemporain, em 1871.

O parnasianismo brasileiro teve início no século XIX, um pouco depois do surgimento na Europa. Estima-se que,
em 1878, o poeta brasileiro Alberto de Oliveira já adotava as características do parnasianismo na obra “Canções
Românticas”. No entanto, o registro oficial do início do parnasianismo no Brasil data o ano de 1882.

Tríade

Dentre os diversos escritores do parnasianismo no Brasil, Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia
ficaram conhecidos por integrar a Tríade Parnasiana, nome dado à formação do trio de poetas desse movimento
literário.
Os Seios

Como serpente arquejante Depois que aspiro, ansiado,


Se enrosca em férvida areia, Do teu níveo colo o incenso,
Meu ávido olhar se enleia Minh'alma semelha um lenço
No teu colo deslumbrante. De viva essência molhado.

Deixa que a louca se deite


Quando o descobres, no ar Nesse torpor, que extasia,
Morno calor se dissolve E que o vinho do deleite
Do aroma, em que ele se envolve, Me espume na fantasia;
Como em neblina o luar.
Pois não há ópio ou haschis
Se ao corpo te enrosco os braços, Que me abrilhante as idéias
A terra e os céus estremecem, Como as fragrâncias sutis
E os mundos febris parecem Que fervem nas tuas veias!
Derreter-se nos espaços!

E tu nem sequer presumes Publicado no livro Fanfarras (1882).


Que então, querida, até creio, Poema integrante da série Flores
Sorver, desfeito em perfumes, Funestas.
Todo o sangue do teu seio.

Depois que aspiro, ansiado,


Teófilo Odorico Dias de Mesquita Do teu níveo colo o incenso,
(1854 - 1889) Minh'alma semelha um lenço
De viva essência molhado

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