CONHECIMENTOS

BANCÁRIOS
EDGAR ABREU

AULA 05

BANRISUL
 ATENÇÃO!

O Concursos GG adverte que reproduzir e compartilhar apostilas, imagens e

aulas é crime de violação de direito autoral, previsto na Lei 9.610 e no art.
184, §§ 1º e 2º, do Código Penal, podendo gerar punição, culminando em
uma pena de reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
É muito importante ressaltar que o direito brasileiro realiza uma ampla
proteção ao direito de imagem, prevendo o dever de indenizar em caso
de sua violação. A proteção é de tamanha importância, que possui previsão
constitucional, no art. 5º, inciso V, da Constituição Federal.
Além disso, o Código Civil, em seu artigo 20, também confere proteção ao
direito de imagem, proibindo a divulgação de escritos, a transmissão da
palavra ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma
pessoa, sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a
boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
A Súmula nº 203 do Superior Tribunal de Justiça relata ainda que independe
de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
Portanto, o aluno que compartilha materiais, aulas e outros, possui o dever
de reparar pelo uso indevido da imagem, mesmo que não haja prova do
prejuízo e/ou dolo na conduta do agente. Além disso, ainda pode vir a sofrer
as sanções penais supracitadas.
Desta forma, é terminantemente proibido o rateio de materiais do curso
através de grupos de Whatsapp, Facebook, E-mail ou qualquer outro meio
de compartilhamento. Inclusive alertamos que a matrícula do aluno pode vir
a ser cancelada caso seja constatada a prática de rateio, conforme previsão
contratual.
 Conhecimentos
Bancários
Prof. Edgar Abreu

AULA 05

PRINCIPAIS TÍTULOS DE CAPTAÇÃO

Bora lá então, vem com o pai, olha só, vamos ver os principais títulos de captação, né? Vamos pegar
primeiro os principais títulos.

CDB - CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO

Quando a gente fala aqui de Banco, eu estou de uma em financeira, Banco, e ele tem aqui os seus
meios de captação e o principal deles é o famoso CDB - Certificado de Depósito Bancário, que
quando ele quando ele foi criado, você podia ter a certeza que você depositou no Banco. Mas você
evoluiu tanto hoje que você pode depositar até em uma Financeira, que a Financeira também pode
captar através de CDB.
Então, uma Financeira, que é conhecida como sociedade de crédito, financiamento, investimento,
que é a Financeira, ela também pode captar através do CDB, embora não seja o principal meio de
captação dela. O principal CDB de uma Financeira se chama que é LC, que é Letra de Câmbio. Da-
qui a pouco eu falo dela, vamos voltar aqui pro CDB, tá bom? Só mais uma analogia que também é
importante: esse CDB, quando é captado, ele também pode ser captado por uma cooperativa de
crédito. Sicred, Sicoob, né? Lá se usa o famoso RDC, que é o RDB, só que a cooperativa chama de
RDC, porque RDB quer dizer recibo de depósito bancário; a cooperativa chama de RDC porque: “Ah,
é meu, é Cooperativa”; e tal.
Vamos começar com essa diferença de CDB para RDB, porque o Banco também capta em CDB e
RDB, qual é a diferença desses dois caras, tá? Vem para cá, presta atenção. A primeira coisa que
você tem que entender é o seguinte: quando você vai fazer qualquer um desses títulos, qualquer
um deles, você está emprestando o teu dinheiro para instituição financeira e ela vai devolver com
juros. É sempre esse conceito: empresta porque instituição financeira; devolve com juros. OK. Você
já pegou um dinheiro emprestado com o amiguinho ou pediu? Vai ver como é que funciona. Quan-
do você pede dinheiro emprestado, a primeira coisa que a pessoa pergunta é: “Quando você vai
me pagar?”. A segunda coisa é: “Quanto você vai me pagar?”. Esses são os dois fatores quando tem
uma relação de empréstimo: quando e quanto?
O “quando” é o Banco perguntando: “Por quanto tempo o senhor deseja investir conosco, Sr. Ed-
gar? Ah, então a gente vai definir um prazo”; esse prazo pode ser um dia. Investimento por um dia?
Pode ser. Se você está na Argentina, dê talvez 20% de juros ao dia com tanta crise que tem lá. Mas,
em geral, em uma economia controlada como o Brasil, não dá tantos juros assim. Mas nada impe-
de, né? Para nós, meros pobres mortais, um dia de juros não é nada.

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Mas pro teu amigo aí, cliente, que tem 10 milhões, um dia de juros dá uma festinha. Então, posso
investir a partir de um dia? Posso. Posso investir por um ano, mês, então, eu vou combinando o
tempo, sei lá, seis meses, um ano. O que eu sei é que quanto maior esse prazo, também tende a
ser maior a taxa de juros. Então, se eu tenho uma taxa que é ao ano, sei lá, que eu te pago 8%; se
você investir aqui eu te pago 9%; se você investir aqui eu te pago 10%, aqui 12%; você vai combinar
uma taxa de juros. Lembrando que a taxa de juros desse investimento pode ser assim, que nós cha-
mamos de prefixada, ou ela pode ser pós. Exemplo: “Vou te pagar 92% do CDI”; ou: “Vou te pagar
3% mais IPCA”; tanto faz, isso aqui é pós-fixado. Beleza, OK. Bacana.
Tudo isso para te dizer a diferença do CDB pro RDB - rimou, vem com o pai, olha só – a única dife-
rença é o seguinte: se você faz um CDB por seis meses, combinou com o Banco 9%, seis meses, e
passou três meses, deu uma dor de barriga e você precisa do dinheiro; você vai chegar no Banco e
vai falar: “Não deu. Não vou conseguir ficar seis meses não, deu um probleminha aqui e eu preciso
desse dinheiro”. O Banco vai olhar e vai falar: “Você tem CDB, Edgar?”; “Sim, eu tenho CDB”; “En-
tão tá aqui o teu dinheiro, foi lindo”. Claro que ele pode me dar um deságio, não pagar a taxa de
juros tão alta, porque eu não cumpri o prazo. Mas eu vou receber meu dinheiro de volta. Por quê?
Porque o CDB permite endosso - essa é a palavra - ele pode ser endossado, ele pode ser passado
adiante. Ou seja, eu disse no Banco que ia ficar seis meses, eu fiquei apenas três e pedi meu dinhei-
ro de volta. O Banco pode pegar esse CDB e vender para outra pessoa, porque ele permite endosso.
E essa é a única e grande diferença para o RDB, porque o RDB não pode ser endossado. Por isso
o Banco não permite resgate antecipado. No RDB, você vai morrer com ele na mão. “Mas qual é a
vantagem de aplicar no RDB?”; porque, normalmente, se fosse um RDB seis meses, se o Banco tem
os dois produtos ele vai falar: “Olha, seis meses aqui, 9% é o CDB; se para RDB é 10%”; porque você
não pode tirar antes, tira liquidez, paga mais. Então, normalmente paga um pouco mais, tá bom?
Então essa é a diferença desses dois caras aqui.

LC – LETRA DE CÂMBIO
A letra de câmbio é igual, é a mesma coisa do CDB; ela pode ser prefixada, ela pode ser pós-fixada,
mas ela não pode estar atrelada ao câmbio. “Não, professor”; sim. “Você quer me matar, professor.
Por que, raios, criam um título que se chama letra de câmbio, mas que não pode ser corrigida por
câmbio?”; não sei. Mas os gênios criaram. “Essa “letra de câmbio” quer dizer que é um título cam-
bial”; aí vai vir um professor de Direito Civil: “Olha, um título cambial, como uma nota promissória,
como um cheque, uma letra cambial, que ela permite endosso”; ah, para com isso, misturou tudo!
Não tem relação com o câmbio. CDB não pode corrigir Dólar; RDB não; nada de renda fixa pode. A
não ser que você faça um swap, mas isso é assunto para outros momentos.
Essa letra de câmbio é igual a um CDB de um Banco, não muda nada. Pode resgatar antecipado?
Pode. Pode endossar? Pode. Tem uma taxa que pode ser pré ou pós? Tem. Qual é a diferença?
Quem emite a letra de câmbio são apenas as Financeiras; Financeira é aquele lugar onde passa
a velhinha, puxa para dentro, faz consignado e vambora para o próximo, isso é a financeira, é um
Banco mais pulverizado, diferente de um Banco aqui, que é mais concentrado. Bacana? Tudo igual.
O RDC, como eu falei, é a mesma coisa, só que é a cooperativa que capta.
Nós temos mais dois títulos bancários importantes para gente fechar essa brincadeira, tá? O próxi-
mo que eu vou falar é a letra financeira.

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LF – LETRA FINANCEIRA
A letra financeira é igual, parecidíssima com um CDB, ela tem algumas particularidades, tá? Quais
são as particularidades, o que muda na letra financeira em relação ao CDB? Duas particularidades.
O vencimento mínimo: tá vendo esse prazo que a gente combina aqui no CDB? Na LF é 24 meses,
ou seja, você tem que esperar, no mínimo, 24 meses para investir na letra financeira.
Ou seja, eu não posso resgatar antes, é proibido. Se eu fizer uma letra financeira para três anos,
passou um ano, deu dor de barriga? Eu vou ficar com dor de barriga. Não tem como pegar meu
dinheiro de volta. É o prazo mínimo para resgate. “Professor, mas por que raios alguém vai investir
nisso?”; porque paga mais. Obviamente, quanto mais tempo você deixa no Banco, quanto mais ga-
rantia você dá pro Banco: “Não, não vou pegar o dinheiro mesmo, pode ficar tranquilo”; mais juros
ele paga.
Então tende a render mais a letra financeira porque ela te tira liquidez em relação ao CDB. Capisce?
E, outra coisa, letra financeira, pai, não é para qualquer um. Diferente do CDB; eu, tu, nós, voz e
eles podemos ir lá fazer um CDB. Agora, a letra financeira, tem que ter uma balita, uma balita de,
no mínimo, 50 milhas, R$ 50 mil é o investimento mínimo em letra financeira. Já foi 300 mil, mas é
50 mil, é 50 mil que você tem que gravar para sua prova, no mínimo R$ 50 mil para investir em letra
financeira, prazo mínimo 24 meses. Essas são as diferenças da letra financeira em relação ao CDB.

DPGE – DEPÓSITOS A PRAZO COM GARANTIA DE FGC

E para fechar com chave de ouro todos os títulos bancários vem ele: o famoso DPGE. Não, ele não
é famoso, eu estou inventando famoso, estou gerando um valor para ele aqui que ele não tem. O
CDB é famoso. E o CDB é conhecido como depósito a prazo, porque você deixa no Banco e combina
um prazo; deixa no Banco, combina um prazo, depósito a prazo; deixa no Banco, combina um prazo.
Na conta corrente você não combina o prazo, você deixa no Banco e pode tirar a qualquer momen-
to. Por isso que se chama depósito à vista. No CDB: depósito a prazo. E o que o DPGE é? Depósito a
prazo. Igual. Mas ele tem um detalhe: ele tem o GE. “Ah, o GE, professor, é daquela marca?”; não,
não tem nada a ver.
Depósito a prazo com garantia especial; ele funciona como um CDB? Funciona como um CDB.
Combina um prazo, combina uma taxa. É tudo igual ao CDB. É emitido por Banco? É emitido por
Banco. Mas o que ele tem de diferença? Ele tem uma garantia especial. La garantia soy yo. Sabe
quando você pega o dinheiro emprestado e você fala para o amigo: “Ih, amigo, e se tu não me pa-
gar?”; “Pode levar meu carro, pode levar minha casa, pode levar a minha es...”; não pode. Mas você
dá uma garantia em troca. Quando o Banco pega o teu dinheiro emprestado no CDB, existe uma
garantia, você sabia? Se o Banco vir a quebrar e não te devolver, você tem uma cobertura do Fundo
Garantidor de Crédito, que é o FGC, que vai cobrir até R$ 250 mil. Ou seja, se der piripipi no Banco,
até R$ 250 mil está coberto no FGC. Olha que lindo. Mas você quer saber o que FGC cobre? O FGC,
cabeção, cobre CDB, RDB, tá coberto; ele cobre letra de câmbio, esse RDC aqui, tudo coberto. Qua-
se tudo. Esse cara não está coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito; Letra Financeira não tem
cobertura do FGC. Então, se o Banco quebrar: está em CDB, RDB? Receba até R$ 250 mil. Está em
letra de câmbio? A cooperativa de crédito, recebe? Recebo. A cooperativa de crédito tem um ou-
tro fundo, Fundo Garantidor das Cooperativas, mas é um fundo igual, é fundo garantidor também,
igual, mesma coisa, só muda o nome do fundo.

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Agora, o DPGE, ele tem o diabo do G e do E, que quer dizer o quê? Garantia especial. E o que é uma
garantia especial? Essa é a? Ordinária. Como diria compadre Washington: “Ordinária, R$ 250 mil”.
A especial, extraordinária, é de 40 - não é mil - milhões, pobre, é isso mesmo, 40 milhões coberto
pelo FGC. Isso torna o DPGE muito especial. Qual é a grande diferença dele do CDB? Ele tem uma
mega cobertura. “Professor, então quer dizer que se eu investir mil e quebrar eu ganho?”; ganho.
“Um milhão?”; é, se você tiver um milhão, investir no DPGE, e quebrar, você ganha até 40 milhões.
Normalmente, quem investe no DPGE são grandes investidores, né? É isso aí, então os Bancos emi-
tem DPGE, mas não aceita pequeno investidor, tem que ser “bala na agulha”. Mas é uma decisão
do Banco, a Legislação não tem nenhuma obrigação em relação a isso. Obrigação de mil tem na
Legislação na letra financeira, no mínimo 50 mil. Esse cara é o único desses bonecos que tem essa
obrigação de mínimo.
Agora, você tem uma obrigação de não errar nenhuma questão disso aqui na prova. Tá aqui tudo
que você precisa saber para detonar suas questões de prova. Para fechar, lembre-se: todos esses
caras são tributados igualmente como renda fixa, tudo é investimento de renda fixa, e todos são
investimentos bancários, beleza?
Espero que você tenha entendido, foi lindo, até a próxima aula.

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