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LER / DORT

• Séculos XVI→ escribas e artistas;


• Por volta de 1700 → Bernardino Ramazzini → “angústia” dos artesãos
escriturários → “Doença dos Escribas e Notórios”;
• A partir de 1830 → pena de ave foi substituída pela caneta de aço;
• A partir de 1870 → profissionais telegráficos britânicos;
• 1895 → Fritz de Quervain → Entorse das Lavadeiras;
• A partir de 1910 → mecanógrafos-datilógrafos suíços → indenizações por
empresas;
• 1920 → Doença das Tecelãs;
• 1965 → Doença das Lavadeiras;
• Após a 2ª Guerra Mundial→ Distúrbios cervicobraquiais (linhas de
montagem industriais).
• A LER / DORT, entretanto, acentuou-se na década de 1990, com a
popularização dos computadores.
LER / DORT

O Japão foi o país pioneiro em identificar história de LER, ao fim da década


de 50 (RIBEIRO, 1997); já no Brasil, a primeira característica sintomática da
LER foi sentida pelos agentes bancários que atuavam como digitadores na
década de 80 e, com o decorrer do tempo, passou a repercutir nos centros
de processamento, chegando a periferia do sistema financeiro, seguindo
para os setores industriais, metalúrgicos, químicos, eletrônicos e
supermercados (NUSAT, 1993; RIBEIRO, 1997), tornando-se, na década de
90, um dos problemas que mais tem sido notificados pelo Instituto
Nacional de Serviço Social (INSS) (NUSAT, 1994).
DEFINIÇÃO - LER / DORT

São afecções que podem lesar tendões, sinóvias, músculos, nervos,


fáscias, ligamentos, de forma isolada ou associada, com ou sem
degeneração dos tecidos, atingindo principalmente membros
superiores, região escapular e pescoço.
(CODO E ALMEIDA, 1998).
PRINCIPAIS CAUSAS - LER / DORT

1) Posto ou ambiente de trabalho inadequado;

2) Atividades no trabalho que exijam força excessiva com as mãos;

3) Posturas inadequadas e desfavoráveis às articulações;

4) Repetição de um mesmo padrão de movimento;

5) Tempo insuficiente para realizar determinado trabalho com as mãos;

6) Jornada dupla (serviços domésticos / outros);


PRINCIPAIS CAUSAS - LER / DORT

7) Atividades esportivas que exijam grande esforço dos membros


superiores;

8) Compressão mecânica das estruturas dos membros superiores;

9) Ritmo intenso de trabalho;

10) Pressão da empresa sobre o empregado;

11) Jornada de trabalho prolongada;


PRINCIPAIS CAUSAS - LER / DORT

12) Impossibilidade de realizar tarefas diferentes;

13) Falta de orientação profissional de segurança e ou medicina do


trabalho;

14) Mobiliário mal projetado / ergonomicamente errado;

15) Postura fixa por tempo prolongado;

16) Tensão excessiva e repetitiva provocada por alguns tipos de esportes e


hobbies (ex.: tricô, instrumentos musicais).
• As categorias profissionais que hoje encabeçam as estatísticas são
bancários, digitadores, operadores de linha de montagem, operadores
de telemarketing, secretárias e jornalistas.
O que são MOVIMENTOS REPETITIVOS?

• Atribui-se repetitividade aos movimentos de um mesmo grupo


muscular, que se repetem em ciclos menores do que 30 segundos. Esse
conceito teve origem no trabalho de SILVERSTEIN (1985) que, como
parte de sua tese de doutorado, separou aleatoriamente os ciclos que
duravam menos e mais do que 30 segundos.

• SILVERSTEIN encontrou uma incidência bem maior de lesões no


primeiro grupo.
O que são MOVIMENTOS REPETITIVOS?

• Naturalmente essa é uma supersimplificação, pois os ciclos de


trabalho menores do que 30 segundos aos quais se atribuiu o devido
tempo de recuperação da fadiga, não são necessariamente
patogênicos, e vice-versa.

Na produção de sintomas musculo-esqueléticos, mais importante do


que a repetição, é o tempo prolongado em que uma atividade é
mantida, seja ela repetitiva ou estática!
ANAMT - 2015
Como se caracteriza o trabalho repetitivo?

a) O ciclo é maior que 80 segundos, ocupado com apenas um tipo de


movimento.
b) O ciclo é menor que 40 segundos.
c) O ciclo é menor que 30 segundos, ocupado com apenas um tipo de
movimento.
d) O ciclo é menor que 30 segundos, ocupado com vários tipos de
movimento.
e) O ciclo é maior que 50 segundos com vários tipos de movimentos.
ANAMT - 2015
Como se caracteriza o trabalho repetitivo?

a) O ciclo é maior que 80 segundos, ocupado com apenas um tipo de


movimento.
b) O ciclo é menor que 40 segundos.
c) O ciclo é menor que 30 segundos, ocupado com apenas um tipo de
movimento.
d) O ciclo é menor que 30 segundos, ocupado com vários tipos de
movimento.
e) O ciclo é maior que 50 segundos com vários tipos de movimentos.
NR-17
• 17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados,
deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de
trabalho, observar o seguinte:

a) o empregador não deve promover qualquer sistema de


avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de
digitação, baseado no número individual de toques sobre o
teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e
vantagens de qualquer espécie;
NR-17
• 17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados,
deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de
trabalho, observar o seguinte:

b) o número máximo de toques reais exigidos pelo


empregador não deve ser superior a 8 (oito) mil por hora
trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta
NR, cada movimento de pressão sobre o teclado.

88 mil / h = 133 / min


NR-17
• 17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados,
deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de
trabalho, observar o seguinte:

c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve


exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no
período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá
exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da
Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam
movimentos repetitivos, nem esforço visual;
NR-17

• 17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados,


deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de
trabalho, observar o seguinte:

d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo,


uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não
deduzidos da jornada normal de trabalho;
NR-17

• 17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados,


deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de
trabalho, observar o seguinte:

e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de


afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de
produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado
em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser
ampliada progressivamente.
ANAMT - 2015
Considerando o disposto na NR-17 - Ergonomia, é correto afirmar que:
a) Ao retornar ao trabalho após qualquer tipo de afastamento igual ou
superior a 15 dias, a exigência de produção em relação ao número de
toques será sempre inferior ao máximo estabelecido na norma;
b) As pausas serão deduzidas da jornada de trabalho normal;
c) O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados é de 06 (seis) horas;
d) Não é permitido ao trabalhador exercer outras atividades semelhantes à
da jornada de trabalho;
e) O empregador pode calcular o salário do trabalhador em função do
número de toques.
ANAMT - 2015
Considerando o disposto na NR-17 - Ergonomia, é correto afirmar que:
a) Ao retornar ao trabalho após qualquer tipo de afastamento igual ou
superior a 15 dias, a exigência de produção em relação ao número de
toques será sempre inferior ao máximo estabelecido na norma;
b) As pausas serão deduzidas da jornada de trabalho normal;
c) O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados é de 06 (seis) horas;
d) Não é permitido ao trabalhador exercer outras atividades semelhantes à
da jornada de trabalho;
e) O empregador pode calcular o salário do trabalhador em função do
número de toques.
– Meu braço tá
doendo...
Estou com LER!
LER é uma doença...
LER - LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO

Não há descrição da entidade L.E.R. na literatura médica como uma


doença com fisiopatologia própria, ou seja, um mecanismo causador de
quadro anatomopatológico, de um tecido alterado de determinada forma.

Essa confusão ocorre em muitos países e gera uma interpretação errônea


nos pacientes, na área médica e paramédica e até judicial.
LER é besteira,
fingimento, coisa de
preguiçosos...
O QUE É LER?
• É uma síndrome de causa multifatorial, que pode afetar músculos,
nervos, tendões e ligamentos, especialmente dos membros
superiores, sobrecarregando o sistema musculoesquelético.
• Principais sintomas / sinais:
➢ Dor local
➢ Parestesia
➢ Limitação Motora (parcial ou total)
➢ Fadiga, contratura ou diminuição da força muscular
➢ Sensação de peso no membro
➢ Alteração da temperatura e sensibilidade
➢ Edema / Hiperemia (processos inflamatórios)
O QUE É DORT?
• Em 1998 (Ordem de Serviço nº 606/1998), o INSS introduziu o termo
DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho)
conceituando-o como uma “síndrome clínica caracterizada por dor
crônica, acompanhada ou não de alterações objetivas (...) em
decorrência do trabalho, podendo afetar tendões, músculos e nervos
periféricos”.
LER X DORT

LER DORT
Lesões por Esforços Distúrbios
Repetitivos Osteomusculares
Relacionados ao
Trabalho
LER X DORT
Somente quando alguma alteração osteomuscular tiver como fator
causador os movimentos repetitivos, estaremos diante de um caso de LER
(Lesão por Esforço Repetitivo).

Doenças sistêmicas, como os distúrbios hormonais comuns na época de


menopausa, hipotireoidismo, doenças infecciosas, doenças imunológicas,
síndromes depressivas, traumatismos fora do local de trabalho, hobbys
podem desencadear quadros inflamatórios de tendinite, tenossinovite,
capsulite, mialgias etc, bem como quadros compressivos, sem que estes
sejam de origem profissional.
LER
e
DORT
LER e DORT
LER e DORT
LER / DORT
Ao correlacionarmos diretamente o tipo de atividade profissional
desenvolvida e atestarmos que, em consequência do trabalho realizado
de forma inadequada, tivemos o aparecimento da lesão, poderemos então
ter um quadro de LER de origem profissional, visto que o nexo é parte
indissociável do diagnóstico.

Nestes casos específicos, a LER se equiparará à DORT, permitindo a


correlação do quadro clínico com a atividade ocupacional efetivamente
desempenhada pelo trabalhador.
As LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) englobam cerca de 30
doenças, das quais as tendinites, as tenossinovites
e as bursites são as mais conhecidas.
LER / DORT
• A repetição de atividades, a postura incorreta e o excesso de força
podem obstruir a circulação sanguínea, diminuindo a irrigação de
estruturas musculares e tendinosas importantes, bem como
desencadeando processos inflamatórios locais.

Por isso, o ambiente de trabalho inadequado pode ser uma


inesgotável fonte de problemas. Falta de organização, mobiliário não
adaptado, repetição das atividades, má divisão das tarefas, cobrança
por produtividade, pressão psíquica e sobrecarga física são alguns dos
fatores de risco que levam o profissional a desenvolver alguma das
doenças das LER/DORT.
ESTÁGIOS – LER / DORT

Para Oliveira (2002), a LER/DORT pode ser classificada em quatro graus:

GRAU I:
Sensação de peso e desconforto no membro afetado. Dor espontânea no
local, às vezes com pontadas ocasionais durante a jornada de trabalho,
que não interferem na produtividade. Essa dor é leve e melhora com o
repouso. Não há sinais clínicos.
LER / DORT

GRAU II:
Dor persistente e mais intensa. Aparece durante a jornada de
trabalho de forma contínua. É tolerável e permite o desempenho
de atividade, mas afeta o rendimento nos períodos de maior
esforço. É mais localizada e pode vir acompanhada de parestesia e
calor local, além de leves distúrbios de sensibilidade. Podem ser
observados pequena nodulação e dor à palpação do músculo
envolvido.
LER / DORT

GRAU III:
A dor torna-se mais persistente, mais forte e tem irradiação mais
definida. O repouso em geral só diminui a intensidade, nem sempre
fazendo-a desaparecer por completo. Aparece mais vezes fora da jornada,
especialmente à noite. A força muscular diminui. Há queda de
produtividade, quando não impossibilidade de executar a função. Os
trabalhos domésticos muitas vezes não podem ser executados. O edema é
frequente, assim como a alteração da sensibilidade. Movimentar ou
apalpar o local afetado causa dor forte. O retorno ao trabalho nesta fase é
problemático.
LER / DORT
GRAU IV:
Dor forte, contínua, por vezes insuportável, levando ao intenso sofrimento. A
dor se acentua com os movimentos, estendendo-se a todo o membro
afetado (até quando estiver imobilizado). A perda de força e de controle dos
movimentos são constantes. O edema é persistente e podem aparecer
deformidades. As atrofias, principalmente dos dedos, são comuns. A
capacidade do trabalho é anulada, e a invalidez se caracteriza pela
impossibilidade de um trabalho produtivo regular. As atividades cotidianas
são prejudicadas. Nesse estágio, são comuns as alterações psicológicas, com
quadros de depressão, ansiedade e angústia.
DIAGNÓSTICO - LER / DORT
• Exame clínico minucioso;

Anamnese Exame Físico


DIAGNÓSTICO - LER / DORT
• Exames complementares (Rx, ENM, USG, RNM). Estes exames
devem ser indicados de forma precisa.
DIAGNÓSTICO - LER / DORT
• Avaliação ergonômica (postural e ambiental) e das condições gerais de
trabalho (psicossociais e organizacionais).
TRATAMENTO - LER / DORT

• Deve ser realizado por equipe multidisciplinar: médicos (ortopedistas,


reumatologistas, neurologistas e especialistas em dor), enfermeiros,
ergonomistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas,
assistentes sociais;
• Medicação analgésica, anti-inflamatória, antidepressiva;
• Tratamento fisioterápico ou hidroterápico;
• Afastamento do trabalho (fatores de risco);
• Amparo ao trabalhador com LER/DORT – tratamento e reabilitação.
PREVENÇÃO - LER / DORT
• Organização de trabalho:

• Aspectos físicos (adequação de mobiliários, estrutura física, máquinas


e equipamentos, postura corporal);
• Aspectos psíquicos (gerenciamento de estresses, pressões, pausas,
descansos);
• Aspectos sociais (cuidados nos relacionamentos interpessoais
profissionais);
• Aspectos organizacionais (adequação de ritmos, demandas, carga
horária).
PRINCIPAIS LER / DORTs

• Dedo em Gatilho ou Tendinite Nodular;


• Mão em Garra ou Fibromatose da Fáscia Palmar;
• Síndrome do Túnel do Carpo;
• Síndrome do Canal de Guyon;
• Tendinite de Quervain;
PRINCIPAIS LER / DORTs

• Epicondilite Lateral;
• Epicondilite Medial;
• Síndrome do Canal Cubital;
• Tendinite do Supra Espinhoso ou Síndrome do Impacto;
• Tendinite Biceptal ou da Cabeça Longa do Bíceps;
• Síndrome do Desfiladeiro Torácico;
• Cisto Sinovial.
PUNHO
Dedo em Gatilho
(Tendinite Nodular)

– Inflamação dos tendões flexores dos dedos em


articulação metacarpo-falangeana – mais
comuns em 3° e 4° quirodáctilos);
– Pode provocar espessamento e nódulos em
local;
– Há dificuldade de deslizamento dos dedos sobre
as bainhas;
– Ao vencer o movimento de extensão, o dedo salta caracterizando o
diagnóstico (“gatilho”);
– Causas: compressão mecânica da mão + repetitividade;
– Geralmente causado por instrumentos manuais: alicates, tesouras,
gatilhos de bombas de gasolina, podão, facas, chaves de fenda, outras
condições traumáticas;
– Teste: Indução do Gatilho (+);
– À palpação: presença de nódulo
(geralmente doloroso) na polia
dos flexores (articulação MF).
Mão em Garra ou Moléstia de Dupuytren
(Fibromatose da Fáscia Palmar)

– Espessamento, com contratura, da fáscia palmar;


– Frequentemente é familiar e bilateral;
– Causas: compressão palmar associada a vibração (ex.: compressores
pneumáticos).
Mão em Garra ou Moléstia de Dupuytren
(Fibromatose da Fáscia Palmar)

– Normalmente, os sintomas incluem a formação de um


nódulo na palma da mão e a curvatura dos dedos.
– Diagnóstico: sobretudo exame clínico;
– Tratamento:
• injeção de corticosteróide ou colagenase em um nódulo
sensível;
• cirurgia (correção dos dedos em garra).
ANAMT - 2015
Um funcionário de uma fábrica, que trabalha com exigência de compressão
palmar repetida com trabalho pesado associada à vibração, desenvolve
quadro clínico caracterizado por contratura em flexão das mãos, atrofia dos
músculos das mãos e antebraços, rigidez e incapacidade. Sendo você o
médico do trabalho da empresa, indique qual seria a principal hipótese
diagnóstica a ser considerada neste caso:

a) Moléstia de Dupuytren
b) Sindrome de Raynaud
c) Tenossinovite do Estilóide Radial
d) Pseudoartrose do Escafóide
ANAMT - 2015
Um funcionário de uma fábrica, que trabalha com exigência de compressão
palmar repetida com trabalho pesado associada à vibração, desenvolve
quadro clínico caracterizado por contratura em flexão das mãos, atrofia dos
músculos das mãos e antebraços, rigidez e incapacidade. Sendo você o
médico do trabalho da empresa, indique qual seria a principal hipótese
diagnóstica a ser considerada neste caso:

a) Moléstia de Dupuytren
b) Sindrome de Raynaud
c) Tenossinovite do Estilóide Radial
d) Pseudoartrose do Escafóide
Síndrome do Túnel do Carpo

– É a compressão do nervo mediano ao


nível do punho.
– Decorre da desproporção continente /
conteúdo no túnel do carpo;
– Doença prevalente e incapacitante;
– No Túnel do Carpo passam 9 tendões + 1
nervo mediano;
Síndrome do Túnel do Carpo
– Causas: repetitividade + força ou desvio do carpo;
– Tem S.T.C. quem utiliza muito os músculos flexores;
– Atividades predisponentes: digitação, montagens industriais,
empacotamento, uso de ferramentas manuais (chave de fenda,
facas, martelo, carimbo), etc.
– Ao Ex. Físico: dor + parestesia no território (no trajeto) do nervo
mediano;
Síndrome do Túnel do Carpo

• Parestesia: “tudo o que não é dor” (formigamento, repuxamento,


sensação de calor, frio, etc);

• Nervo mediano inerva apenas até a metade do 4º quirodáctilo (por isso,


S.T.C. só acomete até metade do 4º dedo). Pode, entretanto, o paciente
ter sintomas em um ou dois dedos;

• DD: gravidez, hipotireoidismo, A.R, amiloidose, diabetes, lipomas, cisto


sinovial, menopausa, neurofibromas, obesidade, LES, etc.
Síndrome do Túnel do Carpo
– Testes: Phalen
Phalen invertido
Tinel
Durkan
Flicksing
– Um dos sinais: positivo → diagnóstico suficiente;
– Exames Complementares: ENM, RNM, Termografia, Histopatológico;
– Diagnóstico é sobretudo clínico;
– Pode se verificar, ao exame físico, hipotrofia e paresia tenar
(especialmente do músculo abdutor curto), o que pode gerar limitação
motora no polegar para algumas tarefas específicas.
Síndrome do Túnel do Carpo

Com os cotovelos fletidos em 90° e os


antebraços no plano horizontal com o solo,
faz-se flexão dos punhos com o dorso das
mãos, encostados um no outro.

Teste de Phalen
Síndrome do Túnel do Carpo

Com os cotovelos fletidos em 90° e os


antebraços no plano horizontal com o
solo, faz-se flexão dos punhos com as
palmas encostadas um na outra.

Teste de Phalen
invertido
Síndrome do Túnel do Carpo

Percussão sobre o nervo mediano na


região do Túnel do Carpo.

Teste de Tinel
Síndrome do Túnel do Carpo

Pressão direta sobre o nervo mediano na


região do Túnel do Carpo.

Teste de Durkan
Síndrome do Túnel do Carpo

Sinal da “sacudida”

Teste de Flicksing
ANAMT
J.M.S. 27 anos, sexo feminino, trabalhava há 6 meses em um
almoxarifado armazenando produtos que chegavam em caixas de 5 kg.
As caixas chegavam em pallets e eram colocadas pela empilhadeira
numa mesa de altura regulável na altura da cintura da trabalhadora. Seu
trabalho consistia em pegar a caixa na mesa e colocá-la em um armário
que ficava na altura de sua cabeça. Essa atividade era repetida 30 vezes
por hora e era intercalada com atividades de atendimento ao cliente no
balcão. Começou a apresentar dores no punho e dormências em alguns
dedos da mão direita. O ortopedista que lhe atendeu diagnosticou
Síndrome do Túnel do Carpo (STC) à direita e emitiu a CAT para o INSS
com 30 dias de afastamento.
Podemos afirmar que :

a) O diagnóstico de STC dado pelo ortopedista estava errado.

b) Trinta dias é insuficiente para o tratamento da paciente.

c) A STC é uma neuropatia comum em gestantes.

d) A STC é uma tendinite.

e) Só com uma ressonância magnética se pode ter certeza do diagnóstico


de STC.
Podemos afirmar que :

a) O diagnóstico de STC dado pelo ortopedista estava errado.

b) Trinta dias é insuficiente para o tratamento da paciente.

c) A STC é uma neuropatia comum em gestantes.

d) A STC é uma tendinite.

e) Só com uma ressonância magnética se pode ter certeza do diagnóstico


de STC.
ANAMT - 2011
Trabalhadora rural, 32 anos de idade, relata dor em punho direito há um ano
com piora há seis meses devido formigamento na ponta dos dedos e perda de
força para segurar objetos. História Ocupacional - lavradora há seis anos em
corte de cana e há dois anos trabalha na colheita de rosas. Nesta atividade
corta 1500 hastes por dia. Exame Físico Osteomuscular - Inspeção sem
anormalidades. Manobra de Spurling negativa; Phalen positivo à direita; Tinel
positivo à direita; manobras para epicondilite negativas. Assinale a alternativa
correta do diagnóstico de DORT mais provável para este caso:
a) Epicondilite lateral
b) Síndrome do Túnel do Carpo
c) Tendinite medial
d) Doença de d’Quervain
e) Cisto sinovial em punho
ANAMT - 2011
Trabalhadora rural, 32 anos de idade, relata dor em punho direito há um ano
com piora há seis meses devido formigamento na ponta dos dedos e perda de
força para segurar objetos. História Ocupacional - lavradora há seis anos em
corte de cana e há dois anos trabalha na colheita de rosas. Nesta atividade
corta 1500 hastes por dia. Exame Físico Osteomuscular - Inspeção sem
anormalidades. Manobra de Spurling negativa; Phalen positivo à direita; Tinel
positivo à direita; manobras para epicondilite negativas. Assinale a alternativa
correta do diagnóstico de DORT mais provável para este caso:
a) Epicondilite lateral
b) Síndrome do Túnel do Carpo
c) Tendinite medial
d) Doença de d’Quervain
e) Cisto sinovial em punho
ANAMT – 2014
No exame físico para Síndrome do Túnel do Carpo, são positivos:
I. O Teste de Phalen
II. A dígito percussão sobre o Nervo Ulnar
III. A Hipotrofia Tenar
IV. O Teste de Gerber
Assinale a resposta abaixo que tenha as afirmações corretas:
a) I e III estão corretas.
b) I, II, III estão corretas.
c) I e IV estão corretas.
d) II e IV estão corretas.
ANAMT – 2014
No exame físico para Síndrome do Túnel do Carpo, são positivos:
I. O Teste de Phalen
II. A dígito percussão sobre o Nervo Ulnar
III. A Hipotrofia Tenar
IV. O Teste de Gerber
Assinale a resposta abaixo que tenha as afirmações corretas:
a) I e III estão corretas.
b) I, II, III estão corretas.
c) I e IV estão corretas.
d) II e IV estão corretas.
Síndrome do Canal de Guyon

– Compressão do nervo ulnar ao nível do canal de Guyon (no punho);


– Causa distúrbio da sensibilidade no 4º (metade ulnar) e 5º
quirodáctilos;
– “Canal de Guyon” → passa ao lado (distal) do túnel do carpo;
– Causa: utilização do nervo ulnar;
– Frequente em carimbadores e escrivães;
– Ex. Físico: dor + parestesia no território (trajeto) do nervo ulnar;
– Teste principal: Froment.
Síndrome do Canal de Guyon

Dificuldade de pinçamento entre


polegar e 2º quirodáctilo
(indicador), por paralisia do músculo
adutor do polegar e parte do flexor
curto do polegar.

Teste de Froment
ANAMT – 2016
É considerado como um teste importante no diagnóstico de lesão ulnar,
correspondendo à incapacidade de o paciente realizar a pinça entre o
polegar e o segundo dedo, por paralisia do músculo adutor do polegar e
parte do flexor curto do polegar:

a) Teste de Froment
b) Teste de Mill
c) Teste de Gerber
d) Teste de Patte
ANAMT – 2016
É considerado como um teste importante no diagnóstico de lesão ulnar,
correspondendo à incapacidade de o paciente realizar a pinça entre o
polegar e o segundo dedo, por paralisia do músculo adutor do polegar e
parte do flexor curto do polegar:

a) Teste de Froment
b) Teste de Mill
c) Teste de Gerber
d) Teste de Patte
ABSERH - 2014
Para a caracterização de um quadro clínico como Lesões por Esforços
Repetitivos (LER), é necessário definir o nexo por meio de anamnese
ocupacional, exame clínico, relatórios do médico responsável pela
assistência ao paciente, do Coordenador do PCMSO (Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional) e, eventualmente, vistoria no posto de
trabalho. Qual dos seguintes exemplos de ações realizadas durante o
trabalho é o que mais se relaciona com a Síndrome do Canal de Guyon?
a) Digitar. d) Desencapar fios.
b) Carimbar. e) Apoiar cotovelo em mesa.
c) Lavar vidraças.
ABSERH - 2014
Para a caracterização de um quadro clínico como Lesões por Esforços
Repetitivos (LER), é necessário definir o nexo por meio de anamnese
ocupacional, exame clínico, relatórios do médico responsável pela
assistência ao paciente, do Coordenador do PCMSO (Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional) e, eventualmente, vistoria no posto de
trabalho. Qual dos seguintes exemplos de ações realizadas durante o
trabalho é o que mais se relaciona com a Síndrome do Canal de Guyon?
a) Digitar. d) Desencapar fios.
b) Carimbar. e) Apoiar cotovelo em mesa.
c) Lavar vidraças.
Tendinite de Quervain ou Estilorradial

– Também chamada de “Doença da Lavadeira”;


– É a inflamação da bainha comum dos tendões do abdutor longo e
extensor curto do polegar no ponto onde passam juntos por uma
única polia: o sulco ósseo do processo estilóide do rádio;
– Incide em todas as atividades em que haja fixação do polegar
acompanhada de força, quer de torção, quer de desvio ulnar do
carpo;
– QC: dor aguda no punho aos movimentos de garra ou pinça;
Tendinite de Quervain ou Estilorradial
– Local às vezes fica edemaciado, hiperemiado e crepitante;
– DD: gravidez (principalmente no período de licença gestacional
- costuma nesse caso ser bilateral) / doenças reumáticas;
– Comuns em atividades como: aeromodelismo, tricô, crochê,
tear manual, apertar botoeiras e botões, torcer roupas;
– Teste: Finkelstein (paciente com punho fechado e o polegar
abaixo dos dedos. Fazer desvio ulnar forçado no punho);
– Tratamento: Fase Aguda: conservador (AINE + imobilização);
Fase Crônica: cirúrgica.
Tendinite de Quervain ou Estilorradial

Desvio ulnar com o polegar


aduzido e fletido na palma
da mão.

Teste de Finkelstein
Cisto Sinovial

– Dilatação patológica da membrana sinovial de


algum tendão que armazena a sinóvia (líquido
lubrificante que permite um melhor
deslizamento dos tendões);
– Origem: trauma, LER;
– Podem aparecer em vários locais, mas é
bastante comum no punho;
– Tratamento: fisioterapia, acupuntura, uso de
corticóide, cirurgia.
Doença de Kienböck

• A doença de Kienböck é
definida por necrose avascular
do semilunar e afeta,
preferencialmente, indivíduos
entre os 20 e 40 anos do sexo
masculino. A fisiopatologia é
multifatorial.
Doença de Kienböck

• Clinicamente, os doentes apresentam dor a nível do semilunar (tanto a


digitopressão como ao movimento) e diminuição de força muscular a nível do
punho afetado, demonstrado pela diminuição da capacidade de preensão e
dificuldade na flexão e extensão extrema do punho, sendo os arcos de
movimento médios normais.

• Com a evolução da doença, a instabilidade do carpo progride e os sintomas


mecânicos predominam, com aumento da dor e rigidez do punho, associada a
artrose degenerativa avançada.
Curiosidade!
Em trabalhadores submetidos a
vibrações localizadas, a ocorrência
de osteonecrose está associada a um
acometimento neurovascular, levando
a uma diminuição ou impedimento do
suprimento sanguíneo ósseo, como na
Síndrome de Raynald e na Doença de
Kienböck do adulto.
ANAMT - 2015
Um trabalhador que opera equipamento vibratório que requer força sobre a
palma da mão (martelete pneumático) apresenta episódios de dor no
punho, bilateral, localizada na região do osso semilunar do carpo. O
paciente não se lembra ou associa a trauma. Neste caso, considerando as
opções abaixo, o principal diagnóstico a ser investigado é:

a) Frostbite
b) Doença de Kienbock
c) Tenossinovite de D’Quervain
d) Artrite Reumatóide não relacionada com o trabalho
ANAMT - 2015
Um trabalhador que opera equipamento vibratório que requer força sobre a
palma da mão (martelete pneumático) apresenta episódios de dor no
punho, bilateral, localizada na região do osso semilunar do carpo. O
paciente não se lembra ou associa a trauma. Neste caso, considerando as
opções abaixo, o principal diagnóstico a ser investigado é:

a) Frostbite
b) Doença de Kienbock
c) Tenossinovite de D’Quervain
d) Artrite Reumatóide não relacionada com o trabalho
ANAMT - 2015
A Doença de Kienböck do adulto tem como causa principal o microtrauma
repetido do carpo, principalmente pela operação de equipamentos
vibratórios que requerem força sobre a palma das mão, sendo caracterizada
pela presença de:

a) Osteonecrose asséptica da cabeça do fêmur


b) Osteonecrose de grandes articulações
c) Osteonecrose do semilunar
d) Osteomalácia induzida por produtos químicos
ANAMT - 2015
A Doença de Kienböck do adulto tem como causa principal o microtrauma
repetido do carpo, principalmente pela operação de equipamentos
vibratórios que requerem força sobre a palma das mão, sendo caracterizada
pela presença de:

a) Osteonecrose asséptica da cabeça do fêmur


b) Osteonecrose de grandes articulações
c) Osteonecrose do semilunar
d) Osteomalácia induzida por produtos químicos
ANAMT - 2015
Um trabalhador exposto à vibração devido ao uso excessivo de martelete
pneumático apresenta episódio de palidez e cianose nos dedos das mãos
seguido por episódio de hiperemia reativa. Ao estabelecer as hipóteses
diagnósticas, deve o médico do trabalho considerar:

a) Síndrome do Túnel do Carpo


b) Síndrome do Canal de Guyon
c) Síndrome de Raynaud
d) Síndrome de Steven Johnson
ANAMT - 2015
Um trabalhador exposto à vibração devido ao uso excessivo de martelete
pneumático apresenta episódio de palidez e cianose nos dedos das mãos
seguido por episódio de hiperemia reativa. Ao estabelecer as hipóteses
diagnósticas, deve o médico do trabalho considerar:

a) Síndrome do Túnel do Carpo


b) Síndrome do Canal de Guyon
c) Síndrome de Raynaud
d) Síndrome de Steven Johnson

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