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Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca –

Cefet/RJ
Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Programa da Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais

Wilson de Oliveira Lima

Cuidado emancipador - Caminhos possíveis para uma Psicologia de base


africana

Rio de Janeiro

2022
Wilson de Oliveira Lima

Cuidado emancipador - Caminhos possíveis para uma Psicologia de base


africana

Projeto de pesquisa apresentado como


parte do requisito à seleção de corpo
discente para o curso de mestrado em
Relações Étnico-Raciais do Programa
de Pós-Graduação Stricto Sensu em
Relações Étnico-Raciais (PPRER) do
Centro Federal De Educação
Tecnológica Celso Suckow Da Fonseca
– Cefet/Rj

Orientador(a): Doutor Roberto Borges

Rio de Janeiro

2022
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO 4
2 REFERENCIAL TEÓRICO 6
3 PROBLEMA DE PESQUISA 12
3.1 Hipóteses 12
3.2 OBJETIVO 12
3.2.1 Objetivo geral 12
3.2.2 Objetivos específicos 12
4 MÉTODO DE PESQUISA 13
5 ARTICULAÇÃO ENTRE A PROPOSTA DE PESQUISA E AS PESQUISAS
DO/A ORIENTADOR/A INDICADO/ 14
6 ADEQUAÇÃO À LINHA DE PESQUISA INDICADA 15
REFERÊNCIAS 16
APÊNDICE A – Cronograma de Execução do Projeto 17
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1 APRESENTAÇÃO

Nos últimos seis anos atuando enquanto psicólogo clínico venho me


dedicando especificamente ao atendimento de pessoas pretas. Infelizmente, na
graduação aprendemos apenas os ditos modelos clássicos na psicologia.
Esses modelos advém do tripé básico da psicologia no ocidente, sendo esses
os modelos de base psicanalítica, os modelos cognitivos/comportamentais e os
modelos humanistas/neo-humanistas.

Dados apresentados pelo IBGE (2019) apontam para piora nas


condições de saúde mental da população preta evidenciando que a forma
como a clínica psicológica se estrutura falha no atendimento dessa população.
Sendo assim, durante esses seis anos vi pacientes indo e retornando a terapia
após alguns meses com as mesmas questões e queixas, novamente afogados
em sintomas e cada vez mais adoecidos.

Na tentativa de lidar com minha própria frustração profissional, fiz


diversas formações psicológicas, passando por pelo menos um modelo dentro
de cada linha do tripé da psicologia clássica, mas sem resultados expressivos.

Durante esse período tive contato com grupos panafricanistas onde tive
acesso a textos de Garvey, Malcolm X, Mazama, Asante e outros pensadores
afro-referenciados. Esses pensadores me auxiliaram a construir um olhar
completamente diferente sobre a clínica e o adoecimento psíquico em pessoas
negras. Também foi nesse período que mergulhei na espiritualidade e fui
reconhecido enquanto filho de Odé, o que me trouxe uma nova perspectiva de
humanidade. Enfim, comecei a ter algum resultado no tratamento com meus
clientes.

Dessa vez, o foco não era mais no sintoma, mas a experiência sentida
de ser quem se é. Ouvindo a experiência do outro, pude enfim perceber aquilo
que havia de mais central em sua dor, a experiência de ser africano em um
5

ambiente completamente hostil e anti-africano. Experiência que gera uma


figura não só física e mental, mas também existencial e espiritual.

Desde então venho me empenhando na construção de uma nova clínica,


uma clínica psicológica que vise retomar e reapropriar aquilo que há de mais
humano e essencial no povo preto, nossa africanidade.

“Emancipem-se da
escravidão mental;
Ninguém além de nós
mesmos pode libertar
nossa mente. Não tenha
medo da energia
atômica, Porque nenhum
deles pode parar o
tempo Por quanto tempo
vão matar nossos
profetas, Enquanto
ficamos parados
olhando?” - (Redemption
Song - Bob Marley)
6

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Em primeiro lugar,
deve-se reconhecer que
qualquer ideia, conceito
ou teoria, por mais
"neutro" que se afirme
ser, constitui o produto
de uma matriz cultural e
histórica particular.
(Mazama, 2009, p.111)

Roberta Federico em Psicologia, Raça e racismo (2020) nos mostra o


quanto a Psicologia ocidental trabalhou e ainda trabalha para a manutenção da
estrutura de privilégios da supremacia branca.

Ao longo da história da Psicologia, foram produzidos estudos clínicos


que se engajaram em validar a diferenciação biológica entre brancos e negros.
Dessa forma, as explicações para as diferenças no comportamento humano e
as caraterísticas psicológicas fundamentavam-se em racismo científico,
ignorando questões referentes a contextos sociais e desconsiderando outras
epistemologias que não a ocidental (Federico, 2020).

Importante ressaltar que os modelos de tratamento psicológico atuais


tem por base essa mesma epistemologia. Essa ciência atuou por gerações
para universalizar o mito da inferioridade negra e colocando o homem branco e
europeu como modelo a ser seguido, referenciado e alcançado pelos demais
povos “em desenvolvimento” e que negando outras formas de cuidado e bem
viver, bem como outros aspectos de organização psicológica e civilizatória.

No entanto, sabe-se que diferentes expressões de assimetrias nas


relações étnico-raciais tem como base a colonização. Esse olhar perverso, visa
a aniquilação da humanidade e o total apagamento dos aspectos ontológicos
de tudo que não é branco, alimentando a manutenção de privilégios da
supremacia branca e se atualizando através daquilo que chamamos
colonialidade (Quijano, 2010).
7

A partir daí, a supremacia branca pode assumir diversas formas, sendo


a mais óbvia, a violência física pura e brutal. No entanto, a supremacia branca
também se dá através de processos mais sutis, porém não menos violentos,
como a colonização de espaços mentais e intelectuais. (Mazama, 2009).

Wade Nobles denominou “encarceramento mental” essa tomada de


espaço na psique do povo africano que ocorre por meio do epistemicídio e da
universalização de ideias, teorias e conceitos europeus enquanto verdades
absolutas (Mazama, 2009).

“o epistemicídio se
constituiu e se constitui
num dos instrumentos
mais eficazes e
duradouros da
dominação étnica/racial,
pela negação que
empreende da
legitimidade das formas
de conhecimento, do
conhecimento produzido
pelos grupos dominados
e, consequentemente, de
seus membros enquanto
sujeitos de
conhecimento.” -
(Carneiro, 2005)

Segundo Asante (2009, pg 95) interdição do ser africano enquanto ator


ou protagonista em seu próprio mundo, bem como, negação de seus valores
civilizatórios produz “desagência” enquanto fator de vulnerabilidade para a
saúde mental da população negra. A desagência pode ser definida pela
incapacidade do indivíduo africano e afro diaspórico de "dispor de recursos
psicológicos e culturais necessários para o avanço da liberdade humana",
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produzindo subjetividades subalternas ao mesmo tempo a ilusão de


empoderamento que reforça processos da colonialidade.

“A civilização branca e a
cultura Europeia
impulseram ao negro um
desvio existencial” -
(Fanon, 2008)

Produz-se através desse processo de descentramento existencial


subjetividades distorcidas e falhas na percepção de si e o mundo, impedindo
que esses indivíduos produzam análises críticas sobre os reais efeitos da
colonialidade (Alves; Jesus e Schotz, 2015).

A colonialidade consolida um ideal de sujeito e de sociedade a serem


referenciados, definindo quem são aqueles os ditos racionais e os irracionais,
civilizados e primitivos. Ela se nutre da morte e do apagamento das demais
formas de produzir conhecimento. Dessa forma, a colonialidade também
atravessa as produções acadêmicas reafirmando um único modo de ser e estar
no mundo e contribuindo para a manutenção da cultura hegemônica
(QUIJANO, 2010).

Thomas Kuhn (2006), filósofo da ciência, nos apresenta a noção de


paradigma. São os paradigmas que conduzem o modo de percepção e o
trabalho dos pesquisadores. O conceito é ampliado por Morin (2002b) ao
afirmar que "os indivíduos conhecem, pensam e agem segundo os paradigmas
inscritos culturalmente neles", dessa forma as produções de ideais e teorias
"são radicalmente organizados em virtude dos paradigmas" (MORIN, 2002b, p.
261). Assim, podemos afirmar que as produções científicas, bem como valores,
crenças e práticas são influenciados pelo paradigma civilizatório de
determinado grupo, organizando a forma de relacionar e compreender o
mundo.

Para Santos (2002) a racionalidade da ciência moderna ocidental é o


“paradigma dominante”, uma forma de produção de saber que nega as demais
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epistemologias e formas de entender a realidade contribuindo para o


epistemicídio.

Mazama (2009) e Asante (2009) nos propõe o rompimento com o


paradigma vigente ao apresentarem o paradigma afrocêntrico. A ideia
afro-referenciada, nomeada afrocentricidade, é o voltar-se ao paradigma
epistemológico e civilizatório africano, para a partir dessa localização analisar e
compreender as condições de vida no continente africano e na diáspora e a
partir daí pensarmos nossas propostas políticas.

A afrocentricidade compreende os sujeitos africanos e afro diaspóricos


enquanto agentes autodeterminados positivamente a partir do eixo civilizatório
africano, possibilitando a operação enquanto agentes autoconscientes de sua
história e de sua cultura. (ASANTE, 2009, p. 93), (MAZAMA, 2009, p. 111)

Ainda que em conflito com o paradigma dominante, os elementos que


contituem o paradigma civilizatório negro-africano sobreviveu na diáspora
brasileira através de valores, crenças, arte, ideias, formas de viver e na religião
de matriz africana (SODRÉ, 1988). Esses elementos foram cruciais para a
regulação do corpo, da psique e do espírito de pessoas pretas muito antes de
qualquer psicologia se preocupar com a saúde de pessoas pretas.

Wade Nobles (2009) nos fala da necessidade de retomar e reapropriar


um foco psicológico afrocentrado. Para Nobles, os transtornos mentais em
pessoas pretas advêm principalmente do esvaziamento do sentido de ser
africano pela violência da colonialidade. Assim, construirmos uma Psicologia de
base africana se faz urgente para o enfrentamento das doenças causadas pelo
racismo, mas também como resposta às limitações da Psicologia ocidental no
acolhimento e escuta de pessoas pretas.

“A psicologia, um
instrumento ocidental de
compreensão humana e
de prática, tem
limitações básicas em
sua capacidade de
10

orientar a exploração, o
esclarecimento e a
apreensão da
experiência humana das
pessoas e dos povos
africanos” (Nobles, 2009
p. 278).

Para explicar o adoecimento psíquico Nobles (2009) se utiliza da


metáfora do descarrilamento. Para Nobles, a escravização foi um grande
desvio do processo de desenvolvimento civilizatório africano. Assim como um
trem que sai dos trilhos, o povo africano precisou seguir em frente, mas não em
seu curso natural de crescimento.

Apesar de fora do curso, o único mapa mental que se dispunha para


lidar com a existência em condições brutais era o de ser africano. Esse mapa
mental serviu de ferramenta para regulação psicológica e existencial durante a
escravização e após ela. (Nobles, 2009)

Muniz Sodré (2017) faz uma análise profunda desse mapa mental para
os Yorubás aqui no Brasil no livro “Pensar Nagô". Sodré (2017) nos fala das
formas de reflexão a partir de oráculos, o lugar corpo na cultura africana, a
música enquanto tecnologia de agregação de pessoas, entre outros aspectos,
mas principalmente do sentido do terreiro de axé.

Para Sodré (2017) o terreiro de axé na diáspora parte de uma lógica de


lugar, uma metáfora da espacialidade, enquanto forma de reterritorialização da
África na diáspora brasileira. Sendo assim, o terreiro, do ponto de vista
espacial, é um núcleo civilizatório, consequentemente reontológico, sendo
regulador da psique dos africanos na diáspora brasileira.

Estudos mais atuais como Portugal, Nunes e Coutinho (2019) vem


demonstrado o potencial dos terreiros de Candomblé enquanto espaços de
cuidado e de desinstitucionalização da saúde mental abordando o amparo e
acolhimento oferecido a diversidade de pessoas, de forma a manejar modos de
existência a partir de outra compreensão de humanidade.
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Akbar (2003) descreve a psicologia de base africana não enquanto


uma ferramenta, uma disciplina, mas sim uma perspectiva, uma maneira de
observar o mundo ao nosso redor e compreender quem somos nos orientando
para uma ação. Perspectiva essa alojada nos saberes ancestrais e na visão de
mundo de uma terra conhecida como África, embora não se limite a um grupo
étnico em particular ou a um lugar geográfico específico (Akbar, 2003)

A Psicologia Africana não pressupõem universalismo, ser uma


disciplina exclusiva, um corpo de conhecimento único, embora tenha uma base
sólida de produções acadêmicas que continua a ser produzida. (Akbar, 2003)

A Psicologia Africana é base primordial nas percepções de mundo


que possibilitaram, em tempos imemoráveis, o florescer daquilo que chamamos
hoje de “consciência humana”, a consciência subjetiva, o senso de si, mas
também a consciência cosmológica, senso da relação com o todo, aquilo que
nos conecta enquanto parte de algo maior e nos transcende (Akbar, 2003)

A Psicologia Africana é passado e presente, ancestral e recente. A


partir dela podemos a apontar o crime e reivindicar o que nos foi roubado
sistematicamente por gerações, desconstruindo a suposta “ética” que embasou
a destruição de nossa humanidade e de nos desconectou da centelha divina.
(Akbar, 2003)

“A psicologia africana é a visão dos


oprimidos, mas também é a visão
dos humanamente libertados.”
(Akbar, 2003)
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2 PROBLEMA DE PESQUISA

Como as experiências nos terreiros de Candomblé Ketu podem


contribuir para a construção de uma psicologia preta no Brasil?

2.1 Hipóteses

Transtornos psicológicos com base em questões raciais não são de


ordem íntima, mas de ordem política.
O objetivo de uma psicologia clínica para pessoas pretos deve ser a
reparação do sentido de ser africano.
A experiência do terreiro de Candomblé se organiza enquanto aspecto
reontológico e reparador da psique de sujeitos africanos em diáspora.

2.2 OBJETIVOS:
2.2.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste trabalho de pesquisa é compreender de que


forma o Candomblé se organiza enquanto aspecto reontológico e contribui para
a regulação psíquica e existencial de pessoas pretas no Brasil

2.2.2 Objetivos específicos

○ Descrever os fundamentos filosóficos que dão base ao racismo


epistemológico
○ Analisar a afrocentricidade enquanto possibilidade de quebra de
paradigma nas produções científicas
○ Descrever a história da construção da psicologia preta na diáspora e no
continente
○ Apresentar a psicologia preta através do trabalho de Wade Nobles e
Naim Akbar enquanto um caminho possível para a clínica com pessoa pretas
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○ Compreender o Candomblé enquanto experiência e ferramenta de


reontologização e regulação psíquica do povo preto no Brasil.
○ Estabelecer comparação entre as diferentes concepções de humanidade
para a cultura ocidental hegemônica e para a cultura Africana Yorubá
○ Analisar o terreiro de Candomblé no Brasil enquanto espaço de cuidado
com base na experiência afro referenciada
○ Avaliar possíveis contribuições da experiência de terreiros de
Candomblé para a psicologia clínica de base africana no Brasil

4 MÉTODO DE PESQUISA

Este trabalho será construído por método de pesquisa explicativa,


visando conectar conceitos de afrocentricidade, psicologia preta e
reontologização no Candomblé partindo de uma revisão bibliográfica composta
pelos principais autores panafricanistas e afro-referenciados, tendo por
finalidade traçar um paralelo entre os conceitos e a experiência empírica.

Para isso, a pesquisa será baseada nos estudos afrocentrados de


Molefi Kete Asante e Ama Mazama, bem como autores da diáspora brasileira
como Muniz Sodré e Sueli Carneiro entre outros pesquisadores que produziram
trabalhos tendo por base a afro-referência.

Entretanto, é importante salientar que o corpus de autores tende a


aumentar na medida em que a pesquisa estiver sendo desenvolvida.

O estudo terá caráter essencialmente qualitativo, com ênfase no


estudo documental, ao mesmo tempo que será necessário o cruzamento dos
levantamentos com toda a pesquisa bibliográfica já feita.

5 ADEQUAÇÃO À LINHA DE PESQUISA INDICADA

O Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais (PPRER) do Centro


Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), tem por
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objetivos a produção de pesquisa acerca da dos temas raça, racismo e relações sociais,
estando assim o presente trabalho alinhado ao escopo do programa de pós graduação.

6 ARTICULAÇÃO ENTRE A PROPOSTA DE PESQUISA E AS PESQUISAS


DO/A ORIENTADOR/A INDICADO/

O Orientador Prof Dr. Roberto Carlos da Silva Borges tem por um de


seus interesses de pesquisa as narrativas de/para/sobre religiões de matrizes
africanas e por linha de pesquisa repertórios artísticos e culturais na construção
de identidades étnico raciais.

O referido orientador esteve orientando outros trabalhos com base em


processos de subjetivação como “A hipersexualização e a objetificação dos
corpos da juventude negra: influência do racismo na construção das suas
subjetividades.” de Bianca Toscano de Souza e “Professora De Que Cor Eu
Sou? Impactos Do Racismo Na Construção Da Identidade De Jovens Negros
Nos Projetos Sociaisdo Ciee-Rio” de Cleide Maria de Mello.

Estando o presente trabalho adaptado à linha de pesquisa do


orientador por abordar a relação entre religião de matriz africana, produção de
subjetividades e saúde mental.
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REFERÊNCIAS

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Informação Demográfica e Socioeconômica, n.41, 2019. Em:
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KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2006.

MAZAMA, A. A afrocentricidade como um paradigma. In: NASCIMENTO, E. L.


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SODRÉ, M. O terreiro e a cidade: a forma social negro- -brasileira. Petrópolis:
Vozes, 1988.

APÊNDICE A – Cronograma de Execução do Projeto


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