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“Morte” de Deus = incapaz de ser comprovada pela ciência; além de configura uma “crise”
que vem derrubar todas as convicções até então tidas como evidentes por si mesmas, como
verdades eternas à espera da passiva e muda atividade contemplativa do homem

Da “Crise” = Refere-se à possibilidade de colocarmos, segundo Husserl, o “mundo entre


parênteses”, isto é, a ausência de certezas em si mesmas, certezas absolutas
 Ausência de parâmetro últimos a guiar a filosofia e a metafísica leva a um pensar sem
amparos, muletas ou arrimos; e um olhar para o passado com novos olhos.
O Problema = Embora decorrido o embalo naquilo que é visível, palpável e tangível; o
homem moderno parece não encontrar tempo para transcender sua condição, estando alienado
pelo seu trabalho.
“estamos em risco de perder o próprio passado juntamente com as nossas tradições”
(ARENDT, 1999a:22)
A “nostalgia de certezas desaparecidas” = passado x tradição;
Realidade fenomênica aberta à avaliação = não se trata de um fenômeno causal entre
passado e presente, em que, por exemplo, um acontecimento do presente está necessariamente
vinculado ao passado
Quebra da trindade romana (Religião, Autoridade e Tradição) pelos: Renascimento,
Modernidade e Secularização; emancipação da autoridade divina e a busca por novas razões
 A quebra leva, também, à perda da função política do inferno, ou seja, antes
controlava-se as pessoas pela paixão, pelo medo através da figura do inferno
Para Arendt o esfacelamento da tradição não significa perda do passado, mas é cabível
dizer que foram os romanos responsáveis por conferir autoridade a uma tradição
 Devemos Reavaliar e Recriar, pois há “passados”, no plural, não apenas um passado.
 Libertação dos grilhões da tradição = o passado, ou passados, se abrem como uma
inesperada novidade podendo-se descobrir eventos e fatos antes não analisados ou
mal-compreendidos; uma recepção não tradicionalista da tradição, uma
ressignificação (aproximação com a “supraassunção” de Hegel)
 O passado como constitutivamente inacabado = passado e presente confluem para
uma nova visão do futuro e abre caminho para outros julgamentos da história
A exploração descritiva do real através da narrativa colabora para a construção de um
pensamento não sistemático e preso a algo fixo como uma única tradição. Para Arendt cada
objeto, evento, detalhe do mundo nos revela um a traço de nós mesmo e de nosso passado

1 Suprassunção = ideia de negação da negação, uma espécie de dialética do retorno a si a partir do ser-
Outro

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