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CÂMARAS MUNICIPAIS NO PERÍODO COLONIAL

Câmaras Municipais: O que eram?


As Câmaras Municipais representam o poder local das vilas no período colonial da história
do Brasil. Elas surgiram em função da necessidade da coroa portuguesa em controlar e
organizar as cidades e vilas que se desenvolviam no Brasil. Elas eram uma das peças
fundamentais da administração colonial, pois a coroa portuguesa encontrava dificuldades
para administrar diretamente os municípios e vilas que se desenvolviam.

As câmaras e os vereadores
Instaladas nas sedes das vilas, eram compostas por 3 ou 4 vereadores. Conhecidos
popularmente como “homens bons”, estes vereadores eram pessoas ricas e influentes
(geralmente grandes proprietários de terras) da vila, ou seja, integrantes da elite colonial.
Somente os integrantes desta elite colonial podiam ser eleitos para exercer o cargo de
vereador. Escravos, judeus, estrangeiros, mulheres e degredados não podiam se tornar
vereadores.
As Câmaras Municipais eram dirigidas pelo juiz ordinário, escolhido pelos integrantes da
elite da cidade.

Funções das Câmaras Municipais


- Resolver problemas locais de ordem econômica, política e administrativa nas vilas e
municípios;
- Gerenciar os gastos e rendas da administração pública;
- Promover ações judiciais;
- Construir obras públicas necessárias ao desenvolvimento municipal como, por exemplo,
pontes, ruas, estradas, prédios públicos etc.;
- Criar regras para o funcionamento do comércio local;
- Zelar pela conservação dos bens públicos e pela limpeza urbana.

Conflitos com a coroa portuguesa


As Câmaras Municipais tinham que seguir as determinações da coroa portuguesa,
representada no Brasil pelo governador-geral. Porém, muitas vezes, os vereadores
criavam leis ou administravam o município em desacordo com os interesses de Portugal.
Em alguns casos, a coroa portuguesa precisou intervir de forma rígida e repressiva nas
Câmaras Municipais para manter seus interesses nas vilas e municípios.
Brasil Império
Com a Independência do Brasil, a autonomia de que gozavam as câmaras municipais é
drasticamente diminuída com a Constituição de 1824, e a Lei de 1 de outubro de 1828. A
duração da legislatura é fixada em quatro anos e o vereador mais votado assumia a
presidência da câmara, visto que até então não havia a figura do "prefeito", a não ser pela
presente do alcaide (equivalente a prefeito, com poderes menores).

República
Com a Proclamação da República, as câmaras municipais são dissolvidas e os governos
estaduais nomeavam os membros do "conselho de intendência". Em 1905, cria-se a figura
do "intendente" que permanecerá até 1930 com o início da Era Vargas. Com a Revolução
de 1930 criam-se as prefeituras, às quais serão atribuídas as funções executivas dos
municípios. Assim, as câmaras municipais passaram a ter especificamente o papel de casa
legislativa.
Durante o Estado Novo, entre 1937 e 1945, as câmaras municipais são fechadas e o poder
legislativos dos municípios é extinto. Com a restauração da democracia em 1945, as
câmaras municipais são reabertas e começam a tomar a forma que hoje possuem.

SÃO CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE PARA O MANDATO DE VEREADOR, FORMA


DA LEI FEDERAL:

I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de dezoito anos;
VII – ser alfabetizado

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