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Estudo para a Prova de Adm.

Pública
Victor M. de Almeid
Período Colonial:
● Tentativa de ocupação acelerada (outros países podiam invadir)
● País dividido em 15 grandes lotes de terra, as capitanias hereditárias (divididas em
unidades menores, as sesmarias)
● As capitanias eram unidades administrativas que tinham o intuito de organizar e
conduzir o processo de colonização e exploração de recursos, além de defender o
território, aplicar a justiça e pagar impostos a Portugal.
● O sistema acabou não tendo tanto sucesso (salvo algumas exceções) pela falta de
incentivos da coroa, a resistência indígena e a enorme extensão territorial.
● Após o fracasso das Capitanias, a Coroa trouxe um Governo Geral ao território
brasileiro, que era um órgão centralizador (com sua devida estrutura burocrática)
responsável por administrar o Brasil colônia.
● Nesse momento se dá destaque a figuras como o ouvidor-mor (aplicação da justiça),
provedor-mor (cobrança de impostos) e o capitão-mor (defesa militar do território),
sendo todos eles sujeitos à autoridade do governador geral, que era uma pessoa de
confiança do rei de Portugal.
● Foram criadas câmaras municipais para continuar assegurando o acompanhamento
de perto da colônia. (exerciam funções legislativas, executivas e judiciárias)
● A estrutura administrativa colonial não obedecia a princípios uniformes de divisão de
trabalho, simetria e hierarquia. Esse caos legislativo fazia surgir num lugar funções
que não existiam em outros; competências a serem dadas a um servidor quando já
pertenciam a terceiros; subordinações diretas que subvertiam a hierarquia e
minavam a autoridade. Sendo válido mencionar também a morosidade.
● Administração Militar, Administração Geral (Judiciário e administrativo) e
Administração Fazendária (Tributos e Adm. do tesouro)
● A administração colonial era organizada em quatro níveis, as instituições
metropolitanas, a administração central, a administração regional e a administração
local. Essa estrutura tinha em seu topo o Conselho Ultramarino, subordinado ao
secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Territórios Ultramarinos que se
ocupava de todos os aspectos da vida das colônias, à exceção dos assuntos
eclesiásticos, a cargo da Mesa de Consciência e Ordens.
Vinda da corte (1808)
● Com o avanço das tropas napoleônicas na Europa, o rei transferiu sua corte ao Brasil.
● Toda a estrutura burocrática do Estado português foi transplantada para o território
brasileiro, marcando assim o início de uma nova era para a administração pública.
● Impulsionou a burguesia nacional
● A adm. pública foi caracterizada pelo Patrimonialismo, caracterizando-se pela falta de
distinção entre o que é público e o que é privado.
● Várias criações (Jardim Botânico, Biblioteca Nacional, Arquivo Militar, leis, cidades,
estradas, indústrias, etc)
Independência do Brasil (1822)
● D. João retorna a Portugal em 1821 e D. Pedro primeiro declara a independência no
ano seguinte, outorgando a redação da Carta de 1824 após a criação do Conselho de
Estado
● A primeira Constituição do Brasil mantinha a monarquia, a dinastia da Casa de
Orléans e Bragança e D. Pedro I como imperador e defensor perpétuo do Brasil.
● Estado unitário e centralizador, com o território dividido em províncias que
substituíram as antigas capitanias
● Os poderes políticos eram quatro — Legislativo, Moderador, Executivo e Judicial
● A questão do trabalho escravo colocava, de um lado, grandes proprietários de terra
e, de outro, os setores urbanos, adeptos do abolicionismo. Sua libertação suprimiu
uma das bases de sustentação da ordem imperial.
● O problema da autonomia das províncias contrapunha os centralizadores e os
partidários da descentralização.
● A Guerra do Paraguai trouxe como consequência o desequilíbrio das finanças
públicas e o fortalecimento do papel político do Exército.
República Velha(1889-1930)
● A elite cafeeira paulista e mineira revezava o cargo da presidência da República
movido por seus interesses políticos e econômicos.
● A riqueza nacional continuou concentrada na economia agrícola de exportação,
baseada na monocultura e no latifúndio.
● A Carta de 1891 instituiu o federalismo e inaugurou o regime presidencialista. A
separação de poderes ficou mais nítida. O Estado foi separado da Igreja. O Legislativo
passou a ser formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, cujos membros
passaram a ser eleitos.
● Ampliou-se a autonomia do Judiciário. Foi criado o Tribunal de Contas para fiscalizar
a realização da despesa pública.
● As províncias, transformadas em estados, cujos presidentes (ou governadores)
passaram a ser eleitos, ganharam grande autonomia e substantiva arrecadação
própria.
● Suas assembleias podiam legislar sobre grande número de matérias. Esse sistema
caracterizava o federalismo.
● O governo federal ocupava-se de assegurar a defesa e a estabilidade e proteger os
interesses da agricultura exportadora através do câmbio e da política de estoques.
● Grandes proprietários de terras e oligarcas controlavam as eleições e os governos
estaduais através do voto de cabresto
Era Vargas (1930-1945)
● A Revolução de 1930 significou a passagem do Brasil agrário para o Brasil industrial.
● Governo provisório (1930-1934), governo constitucional (1934-1937) Estado
Novo/ditadura(1937-1945).
● Processo de urbanização e industrialização através do Estado intervencionista.
● O governo lançou-se de maneira direta no projeto desenvolvimentista, criando as
bases necessárias da industrialização — a infraestrutura de transporte, a oferta de
energia elétrica e a produção de aço, matéria-prima básica para a indústria de bens
duráveis. Mais do que isso, assumiu papel estratégico na coordenação de decisões
econômicas.
● No período inicial, houve uma grande concentração de poderes nas mãos do
Executivo federal, em consequência da dissolução dos corpos legislativos e da
nomeação de interventores para os governos estaduais.
● Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
● Racionalização burocrática do serviço público, por meio da padronização,
normatização e implantação de mecanismo de controle.
● O Estado Novo fechou o Congresso Nacional e as assembleias legislativas, suspendeu
as garantias constitucionais, destituiu os governadores eleitos, centralizou recursos,
aboliu as bandeiras e os hinos estaduais, prendeu e perseguiu adversários e
oposicionistas e outorgou uma nova constituição.
● A quarta Constituição do Estado Brasileiro é também conhecida como “Polaca”, pois
tinha inspiração na Constituição da Polônia, de caráter fascista. Entre os artigos da
Constituição ficava clara a concentração de poderes na mão de Getúlio, que instituiu
para si próprio a centralização do Poder Executivo e Legislativo. Além disso dissolveu
a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, as Assembleias Legislativas dos Estados
e as Câmaras Municipais
● De 1930 a 1945, foram criadas 13 novas empresas, sendo 10 do setor produtivo,
entre elas a Companhia Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica Nacional.
República Populista (1945-1964)
● A Constituição de 1946 (Quinta) restabeleceu o Estado de direito e as garantias
individuais, restaurou a divisão de poderes da República, devolveu a autonomia dos
estados, ampliou os direitos sociais dos trabalhadores, reorganizou o Judiciário e
previu a mudança da capital. Fortaleceu-se o federalismo cooperativo, por meio de
novos mecanismos de coordenação e transferência de rendas entre regiões.
● Vargas é eleito em 1951 e governou até 1954, quando se matou. Nesse período
foram criadas 13 empresas estatais, entre elas a Petrobras e o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico (BNDES) e a Eletrobrás.
● JK assume em 1956 com seu Plano de Metas, que tinha 36 objetivos direcionados à
energia, transporte, indústria pesada e alimentação. Seu lema era “50 anos em 5”,
criou Brasília e estimulou a indústria automotiva/rodoviária
● Jânio Quadros assume em 1961, não produziu transformações de largas
consequências no aparelho de Estado.
● João Goulart (vice de Jânio) assume em 1961, querendo implantar as chamadas
Reformas de Base: reforma agrária, educacional, eleitoral, administrativa etc., que
assustaram as elites conservadoras e os militares. Foi deposto em 31 de março de
1964.
Ditadura Militar
● Politicamente esta fase da história nacional foi caracterizada pelo autoritarismo, pela
suspensão dos direitos individuais, pela censura aos meios de comunicação e pela
adoção de Atos Institucionais (AI) que legalizavam suas decisões. Do ponto de vista
econômico, o período caracterizou-se pela abertura ao capital estrangeiro, a dívida
externa, a concentração de renda e a diversificação e modernização da indústria.
● O regime militar de 1964 assume o desenvolvimento do capitalismo, das relações de
mercado e a participação no comércio internacional. O entendimento dos militares,
que inclusive serviu como motivação para o golpe, era que o Brasil não estava pronto
para a democracia, pois esse regime político exige níveis elevados de incorporação
social e econômica que só o desenvolvimento do capitalismo pode propiciar.
● O governo militar realizou, à sua maneira, o programa de reformas de base —
elaborou o Estatuto da Terra, promoveu uma reforma tributária, reorganizou o
sistema bancário, reestruturou o ensino universitário e realizou uma ampla reforma
administrativa.
● Em 1965 teve início a reforma tributária que se consolidou com a Constituição de
1967 (sexta), uniformizando a legislação, simplificando o sistema e reduzindo o
número de impostos. Ela trouxe uma brutal concentração de recursos nas mãos da
União, esvaziando financeiramente estados e municípios que ficaram dependentes
de transferências voluntárias.
Nova República
● A Constituição de 1988 (sétima) proclamou uma nova enunciação dos direitos de
cidadania; Ampliou os mecanismos de inclusão política e participação; Estabeleceu
larga faixa de intervenção do Estado no domínio econômico; Redistribuiu os
ingressos públicos entre as esferas de governo;Diminuiu o aparato repressivo
herdado do regime militar;Institucionalizou os instrumentos de política social.
● incentivou-se a descentralização político-administrativa e resgatou-se a importância
da função de planejamento.
● Governo Collor: Abertura do mercado nacional aos produtos importados; Início da
privatização de estatais, começando pela Usiminas; Confisco das poupanças;
Passeatas contra o governo; CPI e pedido de Impeachment
● Itamar Franco: Aumento da Inflação, Plano Real, Estabilidade Econômica
● FHC: Aceleramento das privatizações (auge do neoliberalismo), sob o argumento de
estimular a modernização e saldar a dívida pública; Instituição da CPMF e da Lei de
Responsabilidade Fiscal;
● Lula: Programas de Auxílio, denúncias de corrupção, quitação de dívidas no plano
externo

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