Você está na página 1de 75

Movimento

História em

Patrocínio:
Movimento
História em

Apresentação

Com objetivo de celebrar os 410 anos de São Luís,


trouxemos para os usuários do transporte público da
cidade um presente histórico e cultural: o projeto “História
em Movimento”, uma exposição fotográfica itinerante
sobre São Luís que, a cada semana, contempla um
terminal.

O projeto é patrocinado pelo Governo do Estado do


Maranhão e o Grupo Audiolar, via Lei Estadual de
Incentivo à Cultura. É uma criação da produtora executiva
Cássia Melo, da Oito Projetos Criativos, com curadoria e
coordenação gráfica e técnica dos fotógrafos Meireles
Júnior, Edgar Rocha e grande equipe.

A exposição é monitorada por estudantes do curso de


História, para auxiliar o público com informações sobre as
fotos expostas.

Para promover maior acessibilidade, disponibilizamos


gratuitamente, por meio de um QR Code, este catálogo
digital da exposição, para que você possa baixar e divulgar
para toda a família e amigos.

São 410 anos de história de uma cidade singular, que olha


para o futuro sem esquecer do seu passado.

Uma cidade com a história em movimento.

Patrocínio:
Movimento
História em

Homenageado: Edgar Rocha

@fotoedgarrocha

Fotógrafo radicado no Maranhão, Edgar Rocha elegeu a vida na


ilha de São Luís como destino há mais de 40 anos. Registrando
de maneira incansável a rotina deste lugar, tem se dedicado a
compor, de forma magistral, aspectos da sua cultura local, assim
como da paisagem material. Festas populares, embarcações
tradicionais e imagens do centro histórico estão entre os seus
temas preferidos. Além das imagens feitas por ele, Edgar tem
se mostrado um guardião da memória fotográfica relacionada
ao Maranhão. Ao longo dos anos, foi agregando um acervo raro
de fotografias feitas nos séculos XIX e durante o século XX.
Esta exposição está sendo realizada com grande parte das fotos
do seu acervo.
Obrigado, Edgar!

Patrocínio:
Movimento
História em

Equipe

Cássia Melo - Idealizadora e Produtora Executiva


Filha de maranhense . Formou -se em Criação Publicitária pela
ESPM/SP, Marketing pela UNINOVE/SP, com especialização
em Gestão de Projetos pela FGV. Mora há 20 anos em São
Luís. Diretora da Oito Projetos Criativos.

@oitoprojetoscriativos Meireles Jr. - Curador e Diretor Técnico


Designer por formação, Meireles iniciou sua carreira
como fotógrafo em 1995. Desenvolveu, ao longo dos
anos, uma técnica apurada, que lhe rendeu premiações,
elogios da crítica especializada e principalmente, um
imenso respeito do público em geral.

@meirelesjr
José Oliveira - Historiador e Pesquisador
Historiador, Pesquisador no campo da Imagem, em especial à
fotografia, tem experiência em análise de álbuns sobre o Maranhão
e São Luís, coleções e séries fotográficas. Possui Doutorado em
História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul-PUCRS. Atualmente é Professor do IFMA.

@prof.oliveira_ André Fernandes - Jornalista


Jornalista com mais de 25 anos de atuação profissional no
mercado publicitário maranhense. Faz parte da equipe de criação
da Ideia Propaganda. Professor do curso de Comunicação Social
(Publicidade e Propaganda) da Universidade Ceuma. Mestre
em Design (PPGDg/UFMA) e especialista em Comunicação
Organizacional (UFMA).

@andrefernandes72
Letícia Guará - Designer
Formada em design pela Universidade Federal do
Maranhão (UFMA). Desde 2016, atua na direção de
arte para campanhas publicitárias, diagramação e
desenvolvimento de identidades visuais.

@let_guara

Patrocínio:
Movimento
História em

Deuza Almeida - Coordenadora de Produção


Desenvolve desde 2016 o trabalho de produtora cultural
na esfera do teatro, cinema, festivais de música, moda e
literatura atuando em São Luís e outras capitais. Acredita
em projetos desenvolvidos de forma coletiva e horizontal.

@deuzabr
Cristiane Lima - Produtora
Dançarina, produtora cultural, pesquisadora
de danças e ritmos musicais afro - brasileiros

@crislimatos Wal Oliveira - Assessoria de Imprensa


Wal Oliveira é jornalista e consultora de comunicação
com MBA em Marketing pela FGV. É sócia-fundadora
da WComunicação e Marketing, empresa com 15
anos de atuação no mercado.

@wcomunicacao
Maria Rita Machado - Social Media
Natural de São Luís, é jornalista formada pelo Centro
Universitário Estácio São Luís. Atua em assessoria
de imprensa e comunicação há mais de 10 anos.
É, também, social media. Apaixonada por história,
cultura, música e futebol.

@maryrits
Hudson Santos - Visual Designer
Sou publicitário e designer visual, com mais de 20 anos de
mercado. Migrei para o marketing digital e redes sociais. A
experiência adquirida nas principais agências e empresas
de comunicação, como rádio e TV, de São Luís, MA, me
proporcionou habilidades muito singulares. Porém, foi
em design de projetos sociais e culturais que me senti
verdadeiramente parte do processo criativo.
@hs.mkt

Patrocínio:
Movimento
História em

Patrocínio:

Apoios:

CONSÓRCIO

Realização:

@oitoprojetoscriativos
Movimento
História em

Rua do Giz

Localizada no Centro Histórico, a Rua do Giz


recebeu esse nome por conta da antiga ladeira
de mesmo nome. Já abrigou a chamada Zona
do Baixo Meretrício, que na década de 50 era
bastante frequentada às escondidas por homens
casados e solteiros que viam ali um espaço de lazer
e prostituição. Posteriormente, foi remodelada
em forma de escadaria com pedras de cantaria,
tornando-se um ponto muito frequentado pelos
turistas. Foi eleita a 6ª rua mais bonita do país pela
revista Casa Vogue, especializada em arquitetura
e decoração, em 2021.

Patrocínio:
Movimento
História em

Ruas - Rua do Giz

Foto: Meireles Jr.- Rua do Giz

Foto: Meireles Jr. Rua do Giz 1908-Gaudêncio Cunha

Patrocínio:
Movimento
História em

Avenida Litorânea

Idealizada e iniciada pelo governador Luiz Rocha,


entre 1983 a 1987, foi concluída pelo governador
Edson Lobão, quando foi inaugurada em 1993.
O projeto foi idealizado pelo famoso arquiteto e
paisagista Burle Marx. Ao longo do seu percurso, a
avenida oferece várias opções de lazer e esportes.
Cartão postal de São Luís, é muito frequentada
por turistas, corredores, ciclistas e banhistas.

Patrocínio:
Movimento
História em

Ruas - Av. Litorânea

Fotos: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Rua Grande

É considerada uma das ruas mais antigas da


cidade, pois já aparecia nos primeiros mapas
do século XVII. Nela nasceu grandes nomes da
literatura maranhense como os poetas Odorico
Mendes e Catulo da Paixão Cearense. Também
abrigou a poderosa Ana Jansen. A rua mudou
ao longo do tempo, sempre se adequando às
necessidades da população. É a principal rua
comercial do centro de São Luís.

Patrocínio:
Movimento
História em

Ruas - Rua Grande

Autor desconhecido

Foto: Edgar Rocha. Foto: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Rua Portugal

A Rua Portugal está localizada no coração do


Centro Histórico. Anteriormente chamava-se Rua
do Trapiche, mudando de nome, em 1906, em
homenagem à visita de um navio de guerra da
marinha portuguesa. Antiga zona portuária da
cidade, funcionava um complexo comercial que
deu origem à Praia Grande. A rua abrigava ainda
as maiores firmas comandadas por portugueses
no século XIX e início do século XX. Seus casarões
com azulejos portugueses são muito procurados
pelos turistas.

Patrocínio:
Movimento
História em

Ruas - Rua Portugal

Tipografia Teixera Foto: Gaudêncio Cunha

Foto: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Anil e Jordoa

O bairro do Anil recebeu esse nome por conta da


instalação de uma fábrica de Anil (planta usada
como corante para tingir) em 1671. Somente no ano
de 1893, quando foi instalada a Fábrica de Tecidos
do Rio Anil, que a região cresceu substancialmente
com a presença de uma vila operária no entorno
da fábrica.
Já a Jordoa surgiu como uma extensão do bairro
do João Paulo, ambos se desenvolveram por conta
do antigo Caminho Grande, hoje Monte Castelo,
por onde passava o bonde na estrada de ferro que
ligava o Centro ao Anil.

Patrocínio:
Movimento
História em

Bairros - Anil e Jordoa

Fotos: Gaudêncio Cunha-1908

Patrocínio:
Movimento
História em

Centro Histórico

O Centro Histórico de São Luís é, de fato, uma janela


que une o presente ao passado. Foi erguido numa
época de grande pujança econômica de nosso
estado. Um cenário deslumbrante com casarões
coloniais, igrejas e praças que encantam milhares
de turistas que visitam a cidade Patrimônio
Mundial da Humanidade.

Patrocínio:
Movimento
História em

Bairros - Centro Histórico

Foto: Meireles Jr.

Tipografia Teixera -1908 Tipografia Teixera -1908

Patrocínio:
Movimento
História em

Ponta d’Areia

O bairro da Ponta d’Areia, que também leva o


nome da praia mais próxima do Centro Histórico,
atualmente, reúne prédios e condomínios
residenciais de luxo, principalmente na região
chamada de Península da Ponta d’Areia, o metro
quadrado mais caro da cidade. A praia também
era conhecida pela presença de bares de reggae.

Patrocínio:
Movimento
História em

Bairros - Ponta D’areia

Foto: Meireles Jr.-1999

Foto: Meireles Jr. Foto: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

São Francisco

O bairro do São Francisco surgiu com a expansão


da cidade após a construção da Ponte José Sarney,
mais conhecida como Ponte do São Francisco, em
1970. Consta que o bairro já estava previsto no plano
diretor do arquiteto e urbanista Ruy Mesquita na
década de 1950.

Patrocínio:
Movimento
História em

Bairros - São Francisco

Acervo Edgar Rocha (Década de 1970)

Foto: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Castelão

Inaugurado em 1º de maio de 1982 pelo Governo


do Estado do Maranhão, o estádio Castelão faz
parte do Complexo Esportivo do Canhoteiro.
A inauguração ocorreu com um torneio entre
Sampaio, Moto, MAC e Expressinho, vencido pela
Bolívia Querida.
No dia 5 de maio de 1982, recebeu seu primeiro
jogo da Seleção Brasileira: Brasil 3 x 1 Portugal. No
ano em que foi inaugurado, tinha capacidade para
75.263 torcedores, com 5.363 cadeiras cobertas.
Após sua última reforma, comporta agora 40.149
pessoas.

Patrocínio:
Movimento
História em

Futebol - Castelão

Fotos: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

MAC

Fundado em 24 de setembro de 1932, o Maranhão


Atlético Clube tem suas cores oficiais (azul,
vermelho, preto e branco) em homenagem à
bandeira do estado.
O primeiro campeonato conquistado pelo
Maranhão foi cinco anos após sua criação.
O auge aconteceu em 1979 quando participou
da primeira divisão do campeonato brasileiro e
ficou à frente de grandes times como Botafogo,
Fluminense e Bahia.

Patrocínio:
Movimento
História em

Futebol - MAC

Fotos: Autor desconhecido

Patrocínio:
Movimento
História em

Moto Clube

Fundado em 1937 por César Aboud, com o nome


de “Cicle Moto de São Luís” para promover o
motociclismo e o ciclismo. Dois anos depois,
passou a ter o futebol também. Sua primeira
partida amistosa foi contra o Ateneu Teixeira
Mendes. Filiou-se à Federação Maranhense
de Desportos em 1940. Em 1944, conquista
seu primeiro título estadual, dando início ao
heptacampeonato de 1944 a 1950.
O apelido “Papão do Norte” veio após uma bem-
sucedida excursão pelo norte do país.

Patrocínio:
Movimento
História em

Futebol - Moto

Fotos: Revista Placar

Patrocínio:
Movimento
História em

Sampaio

O nome do clube é uma homenagem ao


hidroavião Sampaio Corrêa II, que em 1923
posou em São Luís, com dois aviadores.
As cores verde, amarelo e vermelho foram
escolhidas para representar os dois aviadores:
um brasileiro e o outro norte-americano.
Por causa dessas cores, o time passou a ser
associado com a bandeira boliviana, daí o
apelido Bolívia Querida. É o maior vencedor do
futebol maranhense.

Patrocínio:
Movimento
História em

Futebol - Sampaio

Fotos: O Estado

Patrocínio:
Movimento
História em

Bumba-meu-boi

O bumba-meu-boi é, sem dúvida, a maior e mais


genuína manifestação cultural do Maranhão.
Com diversos sotaques (ritmos), matraca,
zabumba, orquestra, da ilha, sotaque da baixada
e costa de mão, reúne milhares de brincantes
nos arraiais de São Luís durante o mês de junho.
Até a década de 1970, a brincadeira se restringia
aos arredores da cidade, mas passou a ser
reconhecida como um dos nossos principais
produtos de divulgação cultural.

Patrocínio:
Movimento
História em

Cultura - Bumba Meu Boi

Foto: Edgar Rocha

Foto: Meireles Jr. Foto: Edgar Rocha Foto: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Carnaval

As primeiras manifestações do carnaval no


Brasil e no Maranhão aconteceram no início
da colonização. Os participantes costumavam
travar uma espécie de guerra de farinha, baldes
de água, luvas cheias de areia, lama ou cinzas.
Depois, a manifestação cultural incorporou
contribuições indígenas e africanas. Algumas
escolas de samba de São Luís foram fundadas
na primeira metade do século XX, como a Turma
da Mangueira (1928) e Flor do Samba (1939).
Outra peculiaridade do carnaval de São Luís são
os blocos tradicionais, que desde os anos de
1930 já desfilavam pela cidade. Considerados
autênticos representantes do carnaval
maranhense, desenvolveram características
próprias, considerando ritmos, instrumentos,
fantasias e maneiras de brincar.

Patrocínio:
Movimento
História em

Cultura - Carnaval

Foto: Meireles Jr. Foto: Edgar Rocha


Foto: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Reggae

Surgido na Jamaica na década de 60, o ritmo


é uma mistura do Mento (música folclórica
africana), com outros gêneros musicais como o
Ska e o Calypso.
Nos anos 70, o reggae era pouco conhecido até
mesmo na Jamaica. Porém em 1975, o ritmo
chega à capital maranhense e logo foi acolhido
pela juventude negra da periferia, pelo gosto e
identificação (FREIRE, 2019). Na década de 1980,
a cidade passou a ser chamada como a “Jamaica
Brasileira”. É um estilo musical com forte impacto
em três setores da sociedade maranhense: na
cultura, no turismo e na economia.

Patrocínio:
Movimento
História em

Cultura - Reggae

Foto: Lourenço Ajax - Reggae Total

Foto: arquivo museu do Reggae Foto: Meireles Jr. - Tribo de Jah

Patrocínio:
Movimento
História em

Tambor de Crioula

Expressão de matriz africana, o Tambor de


Crioula traz nessa manifestação popular a força
dos homens e mulheres negras do Maranhão.
A dança não tem local fixo de apresentação,
podendo ocupar diferentes espaços na cidade,
geralmente ao ar livre e nos períodos de
Carnaval e São João.
Os papéis femininos e masculinos são bem
delimitados nesta manifestação cultural,
enquanto as coreiras dançam em meio a uma
roda, os homens cantam e tocam tambores de
percussão.

Patrocínio:
Movimento
História em

Cultura - Tambor de Crioula

Fotos: Edgar Rocha

Patrocínio:
Movimento
História em

Festa do Divino

A Festa do Divino Espírito Santo é realizada pela


Igreja Católica no Domingo de Pentecostes, com
celebração geralmente 50 dias após a Páscoa.
Em São Luís, a data comemorativa faz parte do
calendário anual da Casa das Minas, localizada na
Rua de São Pantaleão e em vários outros terreiros
da capital. A presença das chamadas Caixeiras
do Divino com seus cantos entoados conferem à
festa um ritual que mistura elementos simbólicos
ligados ao passado imperial brasileiro, à Igreja
Católica e as religiões de matrizes africanas.

Patrocínio:
Movimento
História em

Religiosidade - Divino

Fotos: Edgar Rocha

Patrocínio:
Movimento
História em

Igrejas

A Igreja do Carmo foi construída por iniciativa dos padres car-


melitas, onde antes existia a igreja de Santa Bárbara. Ao longo
do tempo sofreu inúmeras reformas. Foi erguida com o Con-
vento do Carmo, no segundo quartel do século XIX. Foi palco de
alguns episódios memoráveis, como a invasão holandesa. Tam-
bém era realizada, na igreja, a famosa festa em homenagem a
Santa Filomena, considerada a mais importante da cidade.

A Igreja dos Remédios foi, inicialmente, erguida como uma


pequena Ermida, por iniciativa do capitão Manoel Monteiro de
Carvalho, em 1719. A partir do século XIX, sempre em outubro,
o Largo dos Remédios recebe a famosa festa em homenagem
à Nossa Senhora dos Remédios. Entre 1903 e 1911, foi realizada a
reforma que adotou o estilo neogótico atual.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, localizada na Rua do


Egito, foi construída por iniciativa de padres carmelitas e pela
Irmandade de Nossa Senhora dos Pretos. Em São Luís, estas ir-
mandades serviam para dar abrigo aos fiéis negros, que eram
impedidos de frequentar as mesmas igrejas de seus senhores.
Desde 1970, já sob a proteção da Irmandade de São Benedito,
são realizados todos os anos, em novembro, os festejos de São
Benedito. Uma tradição com mais de 200 anos. Por isso, tam-
bém é conhecida como Igreja de São Benedito.

Patrocínio:
Movimento
História em

Religiosidade - Igrejas

Igreja do Carmo Tipografia Teixera (1908)

Foto: Edgar Rocha-Igreja São Benedito Foto: Meireles Jr.-Igreja Nossa Senhora dos Remédios

Patrocínio:
Movimento
História em

Outras Matrizes Afrodescendentes

Procissão dos Orixás


Com uma tradição de mais de 50 anos, a Procissão dos Orixás
é realizada todos os anos na mesma data de aniversário da ci-
dade de São Luís, por praticantes religiões de matriz africana.
O evento conta com a participação de centenas de pais, mães
e filhos e filhas de santo. Vista atualmente como uma forma
de afirmação cultural dos povos de origem africana, faz par-
te do calendário da cidade. É promovido pela Federação de
Umbanda e Cultos Afros do Estado do Maranhão, costuma
se concentrar em frente da Prefeitura de São Luís, percorren-
do várias ruas da cidade.

Tambor de Mina
O Tambor de Mina é considerado uma religião de matriz afri-
cana. Em São Luís o culto da mina teria sido introduzido pela
rainha africana Nã Agotimé da dinastia real de Abomei, ven-
dida como escrava em meados do século XIX, e considera-
da a fundadora da Casa das Minas, na rua de São Pantaleão,
no bairro da Madre Deus. É considerada a mais antiga casa
de mina do Maranhão e dedica-se ao culto Jeje dos Vuduns,
entidades cultuadas no Daomé, assim como no Brasil. Ou-
tra casa famosa está localizada também no bairro da Madre
Deus, a famosa Casa de Nagô, fundada por duas africanas de
tradição Iorubá, em que são cultuadas as divindades africa-
nas como Obaluaiê, Ogum, Xangô Iemanjá, Iansã.

Patrocínio:
Movimento
História em

Religiosidade - Outras Matrizes Afrodescendentes

Foto: Edgar Rocha - Tambor de Mina

Foto: Fozzie - Casa das Minas Foto: Edgar Rocha - Procissão dos Orixás

Patrocínio:
Movimento
História em

Retiros Culturais e Ora São Luís

Considerado o maior evento gospel do Maranhão,


o Retiros Culturais e Ora São Luís foi realizado
na Praça Maria Aragão, em fevereiro de 2020.
Durante 12 horas a comunidade evangélica
assistiu a apresentação de 12 atrações musicais,
entre bandas e cantores que animaram milhares
de evangélicos. Evento reuniu oração, adoração
e louvor e fez parte da programação do carnaval
no Maranhão.
Dentre os nomes que passaram pelo local,
estiveram as bandas Som e Louvor, Fogo e Glória,
Marcados Pela Promessa, Ministério Vida em
Comunhão e Casa Worship, e os artistas gospel
Isaac, Maurício Paes, Lídia Caroline, Damares,
Priscila Alcântara e Midian Lima.

Patrocínio:
Movimento
História em

Religiosidade - Retiros Culturais e Ora São Luís

Fotos: Maurício Alexandre

Patrocínio:
Movimento
História em

Fábrica do Anil

A Fábrica do Anil foi inaugurada em 1893 como


mais um dos projetos industriais que despertou
euforia por seu caráter monumental, com seus
97 metros de frente e 103 de fundo, em uma
área ocupada de 9.991 metros quadrados, onde
os salões de tecelagem poderiam abrigar até
500 teares. As mulheres foram a mão-de-obra
preponderante no ambiente fabril da época, em
um ambiente insalubre de trabalho.

Patrocínio:
Movimento
História em

Patrimônio Histórico - Fábrica Rio Anil

Fotos: Gaudêncio Cunha- 1908

Patrocínio:
Movimento
História em

Palácio dos Leões

Localizado na Avenida Maranhense, atualmente


Pedro II, o local é considerado o marco zero
de São Luís. É a sede do Governo do Estado
e residência oficial do governador. Foi
construído sobre as ruínas do antigo forte de
origem francesa, no curto período em que
estes estiveram no Maranhão (1612-1615). No
final do século XIX, assumiu uma fachada mais
neoclássica, com a inserção de platibandas e
janelas arrematadas com pequenos frontões.
Nos anos 90, a edificação passou por uma
grande reforma, mantendo as características
de hoje.

Patrocínio:
Movimento
História em

Patrimônio Histórico - Palácio dos Leões

Fotos: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

RFFSA

O prédio começou a ser construído em 1925


com objetivo de interligar as capitais São Luís e
Teresina. O nome de RFFSA é usado desde que
passou a ser administrado pela Rede Ferroviária
Federal S/A em 1957. A construção da Estrada
São Luís-Teresina foi uma iniciativa do então
mandatário Benedito Leite, que convenceu
o presidente do Brasil, Afonso Pena, de que
o Maranhão precisava de uma ferrovia para
contribuir com o desenvolvimento do estado.

Patrocínio:
Movimento
História em

Patrimônio Histórico - RFFSA

Autor desconhecido

Foto: Meireles Jr. Foto: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Teatro Arthur Azevedo

Construído por iniciativa dos portugueses


Eletério Lopes da Silva e Estevão Gonçalves
Braga, o Teatro Arthur Azevedo começou a ser
construído em 1815, sendo inaugurado dois anos
depois. Uma obra com o padrão neoclássico,
estilo arquitetônico muito valorizado na época.
A edificação tinha em sua parte superior um
frontão triangular, uma lira em alto relevo e
pilastras coríntias dispostas nas laterais da
fachada. Na monumental fachada, portas e
janelas com vergas retas, frontões clássicos
e arqueados. Além dos chamados óculos,
com a função de proporcionar ventilação e
luminosidade para o espaço interno.

Patrocínio:
Movimento
História em

Patrimônio Histórico - Teatro Arthur Azevedo

Fotos: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Bondes

Em 1924, a capital maranhense começou a ter o


serviço de bondes elétricos, fornecido pela Ulen
Company, empresa norte-americana. Por mais de
40 anos, foi o principal meio de transporte coletivo
de São Luís. O último bonde circulou em 1966.

Patrocínio:
Movimento
História em

Transportes - Bonde

Foto: Allan H. Berner

Foto: Foster M. Palmer

Patrocínio:
Movimento
História em

Embarcações artesanais

As embarcações artesanais do Maranhão e de


São Luís fazem parte de uma tradição com quase
400 anos. Na década de 1980, o engenheiro Luiz
Phelipe Andrès iniciou uma pesquisa a fim de
mapear os diversos tipos de canoas costeiras.
A pesquisa preserva os tipos de modelos que
existiam e existem ainda em circulação. Estas
embarcações utilizadas ainda estão a serviço
da subsistência das comunidades litorâneas.
Bianas, gambarras, botes, iates, casquinhos
e igarités são barcos que armazenam todo o
nosso vasto saber ancestral, fazendo com que
o Maranhão tenha a maior diversidade de
embarcações artesanais do Brasil.

Patrocínio:
Movimento
História em

Transportes - Embarcações Artesanais

Foto: Edgar Rocha Foto: Edgar Rocha

Foto: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Outros transportes

Em 1871, a Companhia Ferro-Carril se instalou em


São Luís, dando início à primeira linha de bondes
puxados por tração animal, que partiam do Largo
do Palácio para o Cutim (Anil).
No ano de 1952, surgiu a primeira cooperativa de
motoristas e donos de veículos de São Luís. Um ano
depois foi criada a Associação dos Proprietários
dos Transportes Urbano de São Luís (APTUS), que
funcionou por seis anos.
Para integrar o empresariado do setor e dinamizar
as informações e serviços, além de garantir o
controle da atividade, foi fundado o Sindicato das
Empresas de Transporte de São Luís (SET), em
1989, que se mantém até hoje, com a mesma
denominação.

Patrocínio:
Movimento
História em

Outros Transportes

Foto: Gaudêncio Cunha-1908

Patrocínio:
Movimento
História em

Portos e aeroporto

A atividade portuária em São Luís acompanhou


os demais portos do Brasil, que foram se
adequando às fases de desenvolvimento
econômico das regiões. Na década de 70, foi
inaugurado o Porto do Itaqui e posteriormente
os portos da Alumar (1983) e o Terminal de Ponta
da Madeira, em 1986, pela Vale.
O aeroporto Marechal Cunha Machado foi
instalado em São Luís, em 1943, durante a
Segunda Guerra Mundial, como base aérea de
apoio para o governo americano. Seu nome é
uma homenagem ao militar maranhense Hugo
da Cunha Machado.

Patrocínio:
Movimento
História em

Transportes - Portos e Aeroporto

Fotos: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Fauna e flora

Por causa de sua posição geográfica, a fauna


maranhense é muito diversificada. São Luís, por
ser uma cidade litorânea, possui características
típicas de regiões banhadas pelo mar. A vegetação
é um misto de floresta latifoliada, babaçual,
vegetação de dunas, restinga e manguezal. Os
parques ambientais da capital maranhense
são protegidos por leis estaduais, e garantem a
preservação e proteção da fauna e flora. São eles:
o Parque Estadual do Bacanga, Parque Botânico
da Vale, Parque Estadual do Rangedor e a Área de
Proteção Ambiental (APA) do Itapiracó.

Patrocínio:
Movimento
História em

Natureza - Fauna e Flora

Fotos: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Mangue

O Brasil é um dos países com maior área de


manguezais do planeta, com 20 mil km² de
extensão, e o litoral maranhense é o segundo
maior do Brasil, que representa mais de 46% das
florestas de mangue do país. Um ambiente rico
em nutrientes que tem um importante papel
na preservação de diversas espécies vegetais
e animais, além de evitar o assoreamento das
praias. Em São Luís, os manguezais fazem parte
do cenário da capital maranhense.

Patrocínio:
Movimento
História em

Natureza - Mangue

Fotos: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Rio Anil

O Rio Anil, que tem extensão de 13,8 km, nasce ao


sul de São Luís, no bairro Aurora (Anil), percorrendo
55 bairros até a sua foz, na Baía de São Marcos,
na região do centro da capital maranhense. Os
afluentes pela margem direita são: Igarapé da Ana
Jansen, Igarapé do Jaracaty, Igarapé do Vinhais e
Rio Ingaúra. Os afluentes pela margem esquerda
são: Rio Jaguarema, Córrego da Vila Barreto,
Córrego da Alemanha e Igarapé da Camboa.

Patrocínio:
Movimento
História em

Natureza - Rio Anil

Fotos: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Rio Bacanga

O Rio Bacanga, que tem 19 km de extensão,


nasce em São Luís, Maranhão e deságua na Baía
de São Marcos. Pertence à bacia hidrográfica
do Bacanga, juntamente com as sub-bacias do
rio das Bicas, do Igarapé Coelho, da represa do
Batatã e da sub-bacia do Alto Bacanga. Tem como
principais afluentes o Rio das Bicas, Rio Maracanã,
Rio Gapara, Igarapé do Tapete, Igarapé do Mamão,
Igarapé Jambeiro, Igarapé Itapicuraíba, Igarapé
do Tamancão e Igarapé do Piancó.

Patrocínio:
Movimento
História em

Natureza - Rio Bacanga

Fotos: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Praças

As principais praças de São Luís estão localizadas


no Centro Histórico, conectadas por ruas seculares.
Recentemente, estas praças passaram por um
processo de requalificação urbana. Esses espaços
públicos agora despertam na população uma
maior integração da vida social e resgate de seu
sentido arquitetônico e cultural. Destaque para
a Praça Deodoro, Praça João Lisboa, Praça
Gonçalves Dias e Praça Benedito Leite.

Patrocínio:
Movimento
História em

São Luís do Céu - Praças

Fotos: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Beira-Mar

Coração do Centro Histórico de São Luís, a Beira-


Mar é formada por um conjunto de casarões
coloniais, praças, museus e centros comerciais
com imenso valor cultural e arquitetônico. O
projeto Reviver, que revitalizou a área entre as
décadas de 80 e 90, foi o grande responsável
pela cidade ser reconhecida como Patrimônio
Mundial da Humanidade, pela Unesco, em 1997.

Patrocínio:
Movimento
História em

São Luís do Céu - Beira Mar

Foto: Gaudêncio Cunha- 1908 Manoel Ricardo Couto-1864

Foto: Meireles Jr.

Patrocínio:
Movimento
História em

Referências:

CARVALHO. Claunísio Amorim. Terra, grama e paralelepípedos


- Os primeiros tempos do futebol em São Luís (1906 - 1930). São
Luís: Café e Lápis, 2009.
FREIRE, K. C. F. Onde o reggae é a lei. 2ª ed. São Luís: Pitomba,
2019.
FEITOSA, Danilo da Silva. Do bucólico Cutim ao Bairro do Anil.
Monografia apresentada ao Curso de História da Uema, 2016.
FERRETTI, Sérgio. Querebentã de Zomadônu: etnologia da Casa
das Minas do Maranhão. Rio de Janeiro: Pallas, 2009.
FILHO. Domingos Vieira. Breve história das ruas e praças de São
Luís, 2a Ed. São Luís, 1971.
MORAES. Jomar. Guia de São Luís do Maranhão. 2a Ed. São Luís
legenda 1995.
PAXECO. Fran. Os interesses maranhenses. São Luís, Revista do
Norte, Tipografia Teixeira,1904.
SILVA FILHO, José Oliveira da. Tramas do Olhar: a arte de inventar a
cidade de São Luís do Maranhão pela lente do fotógrafo Gaudêncio
Cunha. 147p. Dissertação (Mestrado em História e Culturas) UECE,
2009.

Patrocínio:

Você também pode gostar