B – IMIGRAÇÃO
(passagens) e permanência (aluguel,
 Imigração a partir de 1850 (metade do século
XIX).
o De brancos europeus (italianos,
alemães, espanhóis, portugueses) →
principais.
 Houve fatores externos e internos que
geraram esse fluxo.
Fatores externos
Itália e a Alemanha se formaram na mesma época
(1871).
 Unificações tardias, porém, marcadas por
guerras sangrentas.
 Parte dos imigrantes vieram fugindo da
guerra de unificação.
50 anos após sua unificação, Alemanha vivia a
revolução industrial.
 Como o norte era industrial e o Sul era rural,
houve um êxodo rural do sul para o norte.
 Com o grande fluxo, não houve emprego
para todos, então vieram ao Brasil
procurando condições de vida.
O governo brasileiro fez uma propaganda que
imigrantes, ao chegarem, teriam acesso à terra.
Fatores internos
Lei Eusébio de Queiroz (1850), que determinou o fim
do tráfico de escravos.
 Assim, houve redução do número de
escravos no Brasil, sinalizando o fim da
escravidão.
 Nesse contexto, principalmente os
fazendeiros de São Paulo, com mentalidade
empresarial investiram na mão de obra livre e
assalariada (imigrantes).
Além disso, o governo se apoiou na teoria racista de
que o atraso brasileiro foi causado pela miscigenação.
 O governo tentou fixar os brancos imigrantes
no Sul, e dali branquear o povo.
 Se apoiavam no darwinismo social, onde o
branco é melhor e pode dominar o negro.
Experiência dos imigrantes no Brasil
As primeiras levas de imigrantes vieram pelo sistema
de parceria.
Sistema de parceria → apoiado por Nicolas Campos
Vergueiro, em suas fazendas do Oeste Paulista.
 Cabia ao fazendeiro custear a venda
alimento, ferramentas, roupas e remédios)
dos imigrantes no Brasil.
 Seria aplicado um juros de 6%.
Parte dos lucros na fazenda seria para o Imigrante
saudar essa de vida, porém, muitas vezes, esse lucro
não era distribuído, e os imigrantes ficavam em
semiescravidão.
 O sistema não deu certo, e Nicolas enfrentou
revoltas em suas fazendas.
Regime de colonato → o fazendeiro também
custearia a venda e permanência de migrantes no
Brasil.
 Porém, ao invés de distribuir o lucro, o
Imigrante teria um salário fixo, e o Imigrante
teria uma área própria para produzir
alimentos.
 Assim, o Imigrante não dependia mais dos
alimentos do fazendeiro.
Imigração subvencionada → parceria entre os
fazendeiros e governos estaduais:
 Ambos se juntaram para financiar a
imigração.
* Na prática, nenhum modelo funcionou, depois dos
fazendeiros tentavam tratar imigrantes como escravos
negros.
C - LEI DE TERRAS DE 1850 NO BRASIL
Primeira lei que tratou de terras no Brasil.
 Em 1532, o Brasil é dividido em grandes
Capitania hereditárias (latifúndios), que
seriam doadas aos capitães donatários (elite
portuguesa), que deveria explorar e custear a
exploração (capital particular).
 Uma das funções dos capitães era povoar a
Terra para impedir que fosse invadida por
franceses. Assim, deixavam terras a colonos
portugueses (Sesmarias).
o Quem recebe é um
sesmeiro.
 Antes da lei, tudo o que envolvia terras
(latifúndios) era gerado por doações.
A lei de terras foi criada simultaneamente a lei
Eusébio de Queiroz.
 Se o tráfico estava sendo combatido, haveria
o fim da escravidão.
 Assim, começavam a entrar imigrantes.
  Além de terras foi um modo de impedir que
estrangeiros e ex - escravos tivessem acesso
às terras.

Para ter o acesso às terras, a lei dizia que a pessoa

teria que comprar a Terra e a registrar no cartório.

 Assim, apenas a elite agrária teria chances de

dominar as terras:
o Com isso, foi legitimado que o
Brasil era um país com estrutura
agrária latifundiária.

3 - POLÍTICA EXTERNA DO SEGUNDO

REINADO

a) Questão Christie
b) Questão platina
c) Guerras platinas
d) Guerra do Paraguai
a) Questão Christie
Dois atritos entre o Brasil e Inglaterra, o em 1862, e
outro em 1863.
O primeiro episódio foi quando um navio inglês, o
Príncipe de Gales, estava levando uma carga uruguaia
e semi naufraga em águas do Rio Grande do Sul.
 A carga acaba sendo roubada por brasileiros.
 O embaixador inglês, William Christie,
exigiu um pedido de desculpas e reparação
econômica.
O segundo episódio é quando oficiais ingleses (sem os
uniformes) são presos por estarem bêbados e
provocando bagunça.
 William Christie queria desculpas e que os
ingleses fossem soltos, e os oficiais
brasileiros fossem punidos.
 Nesse momento, o Brasil rompe a diplomacia
com a Inglaterra, sendo apenas retomado na
guerra do Paraguai.
Isso demonstra o quanto o Brasil era dependente
economicamente da Inglaterra, e como ela agia sobre
ele, exigindo o cumprimento das leis inglesas em seu
território.
b) Questão platina
O Rio da Prata é um Rio que deságua no mar,
recebendo afluentes do Rio Uruguai, Rio Paraná e Rio
Paraguai.
 Formam a bacia da prata / platina, com os
países platinos (Uruguai, Argentina e Brasil).
O rio da prata recebeu esse nome pois era por onde a
Espanha escoava a prata e direcionava à Europa.
Na época da colônia, a área da Argentina / Paraguai e
Uruguai era chamado de Vice – Reino da Prata.
 Era área de disputa entre Portugal e Espanha
(área do Rio Grande do Sul e Uruguai).
 Assim é introduzida a pecuária e produção de
Charque no Sul, para evitar a invasão
uruguaia.
No Pós – independência, os conflitos nessa região
continuavam e invasões de estancieiros uruguaios foi
comum.
Por volta de 1811, o Paraguai se torna independente
da Espanha.
 Esse país é um problema geográfico, pois não
tinha saída para o mar. Assim utilizava
afluentes para o escoamento de produtos,
dependendo da livre navegação na bacia da
Prata.
 A Argentina não aceita a Independência
paraguaia, e assim pretende reconstruir o
antigo vice-reino da Prata (reunir Argentina,
Uruguai e Paraguai sob seu domínio).
 Argentina tinha interesse imperialista sob
essa região, com objetivo de fechar o Rio da
Prata e impedir o acesso do Paraguai ao mar.
O Paraguai passa a ter interesses imperialistas na
região, pois não vê a Constituição do vice-reino da
Prata com bons olhos.

 Defende a livre navegação da bacia do Rio da

Prata.