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Siape Folha

Módulo
1 O Siape, sua administração e tabelas

Brasília - 2017
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Francisco Gaetani

Diretor de Desenvolvimento Gerencial


Paulo Marques

Coordenadora-Geral de Educação a Distância


Natália Teles da Mota Teixeira

Conteudistas:
Claudiomar Oviedo Ribeiro (2017); e Cleison Faé (2017).

Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/CDT/Laboratório


Latitude e Enap.

© Enap, 2017

Enap Escola Nacional de Administração Pública


Diretoria de Comunicação e Pesquisa
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Telefone: (61) 2020 3096 - Fax: (61) 2020 3178
SUMÁRIO

1. Boas-vindas ................................................................................................ 5

2. Criação, Objetivo, Estrutura e Sistemas Vinculados ..................................... 5

3. Administração do sistema........................................................................... 7
3.1 Controle de atualizações (log de atualização) .............................................. 8
3.2 Habilitações ................................................................................................. 8
3.3 Transações ................................................................................................... 9

4. Tabelas do Siape ....................................................................................... 10


4.1 Tabelas funcionais ...................................................................................... 10
4.2 Tabelas gerais ............................................................................................. 13
4.3 Tabelas organizacionais .............................................................................. 14

5. Revisando o módulo ................................................................................. 15

Referências bibliográficas ............................................................................. 16


Módulo
1 O Siape, sua administração e tabelas

1. Boas-vindas

Neste primeiro módulo do curso, vamos conhecer o histórico da criação do Sistema Integrado
de Administração de Recursos Humanos (Siape), identificar suas características, objetivos e
funcionalidades, conhecer seu Módulo de Administração e como utilizá-lo no desenvolvimento
de suas atividades. Também vamos apresentar as tabelas funcionais, gerais e organizacionais
do Siape, pois é fundamental que você conheça esses grupos de tabelas e sua importância na
geração de informações cadastrais e financeiras dos servidores. E, para iniciar nosso curso, no
tópico a seguir, vamos conhecer como foi criado o Siape.

2. Criação, Objetivo, Estrutura e Sistemas Vinculados

Até o início da década de 90, o Governo Federal não possuía


dados exatos capazes de gerar informações como vencimento
por tipo de categoria profissional, consolidação por órgão e
setores, quantitativos físicos etc.

Isso porque cada órgão realizava sua gestão de recursos


humanos da forma que julgava mais adequada e, em
consequência disso, o governo não tinha uma visão do todo.

Sendo assim, em 1990, foi editado o Decreto 99.328, que instituiu o Sistema Integrado
de Administração de Recursos Humanos – Siape, com o objetivo de unificar as folhas de

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pagamentos do Governo Federal a fim de possibilitar uma maior transparência e eficiência
à gestão dos gastos com pessoal. Como já mencionamos, cada órgão gerenciava sua folha de
pagamento por meio de sistemas desenvolvidos internamente, o que dificultava a aplicação
uniforme da legislação de pessoal.

Além das finalidades previstas no Decreto 99.328/90, em 2006, o Ministério do Planejamento


publicou a Instrução Normativa 04 que fixou os seguintes objetivos para o Siape:

• Atender às unidades de pessoal dos órgãos e entidades no desenvolvimento de suas


atividades, com procedimentos padronizados e aplicação uniforme das regras
estabelecidas nos atos normativos;
• Constituir uma base de dados com informações cadastrais e financeiras dos servidores
públicos Federais integrantes da base de dados do Siape, para geração e emissão da
folha de pagamento unificada e do histórico funcional e financeiro;
• Prover os mecanismos adequados de controle, acompanhamento e gerenciamento
diário, para os órgãos integrantes do sistema;
• Integrar e compatibilizar as informações disponíveis nos diversos órgãos e entidades
participantes do sistema com outros sistemas informatizados do serviço público
federal;
• Assegurar a transparência de números, discriminando quantitativo, distribuição e
custo do contingente de servidores públicos civis integrantes do sistema, aos diversos
segmentos da sociedade;
• Permitir, mensalmente, o acompanhamento físico-financeiro do orçamento, a nível
analítico e sintético, dos gastos com o pessoal dos órgãos integrantes do sistema.

Desse modo, o Siape é o sistema informatizado que controla as informações cadastrais,


responsável pelo processamento dos pagamentos dos servidores (ativos, aposentados

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e beneficiários de pensão) da Administração Pública Federal direta, das autarquias, das
fundações públicas, dos ex-territórios federais, empresas públicas, sociedades de economia
mista que recebam recursos da União para o custeio das respectivas folhas de pagamento e
dos militares do Governo do Distrito Federal – GDF.

Principais vantagens que o Siape trouxe:

• Economia de recursos para o Governo Federal;


• É um sistema seguro em relação a fraudes;
• Diminuiu o trabalho dos servidores da folha de pagamento;
• Ajuda no trabalho das auditorias internas e externas.

Os procedimentos de controle e regras de acesso e segurança da informação do sistema estão


fixados na Portaria 236, de 08 de dezembro de 2014 e, de acordo com as suas disposições, o
usuário, ao solicitar sua habilitação, deverá assinar um termo de responsabilidade (artigo 14).
A estrutura do sistema foi desenvolvida em módulos, conhecidos informalmente como
“árvore”. Dentro de cada “árvore” existem as ramificações que são os comandos (transações)
propriamente ditos. Os comandos podem ser acessados explorando-se a árvore da qual faz
parte ou simplesmente digitando o seu nome na linha de comando, precedido do sinal de
“maior que” (>).

Conheça a tela principal do Siape no vídeo demonstrativo disponível no ambiente virtual de


aprendizagem.

O Siape é organizado em diversos módulos. Porém, é importante destacar que nesse curso
iremos focar nos módulos Folha de pagamento, Administração do Sistema e Tabelas.

3. Administração do sistema

No módulo de Administração do Sistema, vamos conhecer três


comandos que poderão auxiliar na identificação dos perfis
necessários para acessar determinadas transações e acompanhar
os registros de operações realizadas. São eles: Controle de
atualizações (log de atualização); Habilitações e Transações.

Nos próximos tópicos veremos o desenvolvimento de cada um


deles.

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3.1 Controle de atualizações (log de atualização)

Dentro do módulo de Administração do Sistema, foi desenvolvida a Transação >ADCOLOG,


que tem por objetivo permitir ao operador verificar, por meio de consultas, as atualizações
realizadas no sistema (inclusões, alterações e exclusões). Essa transação é de grande
importância para identificar lançamentos realizados de forma equivocada ou mesmo para
verificar qual operador efetivou determinado registro. Além disso, ela é relevante para a
realização de atividades de auditoria.

Sendo assim, a Transação >ADCOLOG permite ao operador do sistema verificar, por exemplo:

• Usuários da respectiva UPAG que acessaram uma determinada transação


• Transações que foram acessadas por um determinado usuário do sistema
• Inclusões, alterações, exclusões e consultas que foram efetuadas no cadastro/
pagamento de um determinado servidor.

O vídeo demonstrativo, do caminho a ser percorrido no sistema para acessar essa


transação, encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

3.2 Habilitações

No módulo de Administração do Sistema, também foi desenvolvida a Transação >ADCONVHAB,


com a finalidade de consultar as habilitações dos usuários na Estrutura Organizacional do
órgão. Dessa forma, é possível controlar os acessos, assim como obter informações relativas a
todas as atualizações, possibilitando maior segurança às informações.

A Transação >ADCONVHAB permite ao operador do sistema verificar, por exemplo:

• O nível de acesso (geral, órgão, etc.) e as atualizações permitidas (administração do


sistema, operacional ou consultas) que foram cadastradas para um determinado
operador do sistema;
• Quais servidores possuem habilitação no órgão.

Cabe ressaltar que, de acordo com o disposto na Portaria 236/2014, podem ser atribuídas aos
usuários órgãos do SIAPE as seguintes categorias de acesso:

a) Administrador do sistema: permite ao usuário órgão incluir e alterar tabelas e


parâmetros de configuração do SIAPE;
b) Operacional: permite ao usuário órgão efetuar lançamentos cadastrais e
financeiros; e
c) Consulta: permite ao usuário acesso ao SIAPE apenas no ambiente de consulta.

São estes os níveis de acesso do usuário órgão:

a) Geral: permite acesso à informação de todos os órgãos e entidades cuja folha de


pagamento é processada pelo SIAPE;
b) Órgão e vinculados: permite acesso à informação de órgão específico e suas
entidades vinculadas.
c) Órgão: permite acesso à informação de órgão específico;
d) Unidade pagadora: permite acesso à informação de determinada Unidade

8
e) Pagadora (UPAG), no âmbito de órgão setorial ou seccional do SIPEC;
Unidade Organizacional e Subordinadas: permite acesso à informação de
determinada Unidade Organizacional (UORG) e das UORG que lhe forem
hierarquicamente subordinadas; e
f) Unidade organizacional: permite acesso à informação de determinada UORG.

O vídeo demonstrativo, do caminho a ser percorrido no sistema para acessar essa


transação, encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

3.3 Transações
Ainda dentro do módulo de Administração do Sistema foi desenvolvida a Transação
>ADCOTRANS, que tem por objetivo permitir ao operador verificar os parâmetros necessários
para utilizar uma determinada transação.

Assim, a Transação > ADCOTRANS - permite ao operador do sistema verificar, por exemplo:

• Se uma determinada transação é de atualização ou de consulta.


• Qual o nível de acesso o usuário precisa estar habilitado para acessar uma determinada
transação.

As transações do Siape possuem um padrão:

CD – representa cadastro

FP – Folha de Pagamento

TB – Tabelas

GR – Gerencial

Veja: a composição da transação: >CDCOINDFUN

CD – Cadastro

CO – Consulta

IN – Individual

O vídeo demonstrativo, do caminho a ser percorrido no sistema para acessar essa transação,
encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

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4. Tabelas do Siape

O Siape possui um conjunto de informações que estão organizados em tabelas, possibilitando


a geração da folha de pagamento, as quais estão separadas em funcionais, gerais e
organizacionais.

4.1 Tabelas funcionais

Abaixo, foram destacadas as principais tabelas funcionais.

Cargo Emprego

Neste grupo merecem destaque as seguintes tabelas:

TBCOCEMP: Permite consultar informações relacionadas aos cargos e empregos das mais
variadas carreiras.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,CARGEMP,CARGEMP, TBCOCEMP

TBCONIVCEM: Permite consultar os valores do vencimento básico dos mais variados cargos/
empregos.

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Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,CARGEMP,CARGEMPNS,TBCONIVCEM

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

Situação Funcional

TBCOSITUAC: Permite consultar as diversas situações funcionais existentes, tais como: ativo
permanente, aposentado, contrato temporário, etc. e as informações relacionadas a cada uma
delas. Mostra o código e denominação da situação, bem como se essta situação exige cargo/
função, a qual regime jurídico se vincula, controle da lotação, permissão de inclusão, controle
de função, incorporação de décimos e se pode ser modificada para aposentado ou instituidor
de pensão.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,SITUA,TBCOSITUAC

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

Rubrica

TBCORUBRIC: Nessa transação é possível obter diversas informações relacionadas às rubricas


utilizadas na folha de pagamento. A rubrica é vinculada a uma ou mais situações funcionais,
ao regime jurídico e a qual assunto de incidência (base de cálculo) ela deverá ser considerada.
Além dessas vinculações ainda há as restrições sistêmicas: quais cargos/emprego e/ou órgãos
são permitidos, bem como qual o valor máximo permitido por sequência e ainda com qual
rubrica ela é ou não compativel.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,RUBRICA,TBRUBRIC,TBCORUBRIC

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

TBINCORUBR: Permite suspender o desconto de consignação que não tenha sido autorizado
pelo servidor ou por determinação judicial. É necessário observar os procedimentos definidos
em normativos específicos emitidos pelo órgão central do SIPEC.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,RUBRICA,TBRUBRIC,TBINCORUBR

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

Função

TBCOFUNÇÃO: possibilita consultar informações como a sigla, descrição, sistemática, etc. dos
diversos tipos de funções de confiança e cargos em comissão.

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Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,FUNCOES,TBFUNC,TBCOFUNCAO

TBCONSFUNC: permite consultar o valor de cada um dos tipos de funções de confiança e cargos
em comissão. Mostra o código, a denominação, o percentual da opção e o valor da função.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,FUNCOES,TBFUNCNS,TBCONSFUNC

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

Dependente, Benefício e Condição

TBCOBENDEP: Permite consultar os benefícios disponíveis para cada dependente de acordo


com o grau de parentesco e condição. Também informa a idade mínima e máxima e o sexo
para percepção do benefício.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,BENEFDEPEN,TBCOBENDEP

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

Assuntos de Cálculo: Automático e Parametrizado

TBCOASSAUT: Consulta os diversos tipos de assuntos de cálculo automáticos do sistema.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,RUBRICA,TBRUBCAU,TBCOASSAUT

TBCOASSPAR: Consulta os diversos tipos de assuntos de cálculo que são parametrizados pelos
usuários para realizar cálculos de parcelas não automáticas.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,RUBRICA,TBRUBCPR,TBCOASSPAR

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

Constantes Legais

(Assistência Saúde Suplementar, Constantes Diversas, Imposto de Renda, Seguridade Social e


Fator de Reajuste)

TBCOCLEGDV: Essa tabela engloba diversas informações utilizadas pelo sistema no cálculo da
folha, dentre as quais destacamos: valor do teto constitucional, valor do salário mínimo e teto
de contribuições do regime geral da previdência social (RGPS).

Caminho a ser percorrido no sistema:

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SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,CONLEG,CLEGDV,TBCOCLEGDV

TBCOCLEGIR: Permite consultar a tabela do imposto de renda vigente em cada mês/ano da


folha de pagamento.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,CONLEG,CLEGIR,TBCOCLEGIR

TBCOCLEGSS: Permite consultar a tabela de contribuição mensal com as faixas de salários e


respectivas alíquotas de incidência para o cálculo da contribuição a ser paga ao INSS pelos
celetistas, e também a alíquota aplicada aos servidores estatutários que contribuem para o
PSS.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,CONLEG,CLEGPR,TBCOCLEGSS

TBCOFARBEN: Permite consultar os índices de reajustes aplicados sobre os proventos


calculados com base na média aritmética de que trata a Lei 10.887/2004.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,CONLEG,CLFATORREA,TBCOFARBEN

TBCOSAUSUP: Permite consultar os valores da per capita do plano de assistência à saúde


suplementar do servidor ativo, inativo, seus dependentes e pensionistas.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBFUNCIONA,CONLEG,ASSISTSAUD,TBCOSAUSUP

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

4.2 Tabelas gerais

A seguir, temos as funções das tabelas gerais.

Banco

TBCOBANCO: Permite consultar os bancos cadastrados no Siape, com os respectivos códigos,


número do CNPJ, número do contrato, e também permite saber se recebem o arquivo da folha
para teleprocessamento dos créditos na conta dos servidores.

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

Agência

TBCOAGEN: Permite consultar as agências bancárias cadastradas no SIAPE.

Caminho a ser percorrido no sistema:

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SIAPE,TBSIAPE,TBGERAIS,AGENCIA,TBCOAGEN

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

4.3 Tabelas organizacionais

Nas tabelas organizacionais abaixo, veremos as suas funções e também como acessá-las no
sistema.

Órgão

TBCOORGAO: Permite consultar informações relacionadas ao órgão, tais como: sigla, CNPJ,
regime jurídico, entre outras.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE,TBSIAPE,TBORGANIZA,ORGAOUORG,TBORGAO,TBCOORGAO

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

UORG

TBCOUORG: Permite consultar informações das unidades organizacionais de um determinado


órgão, tais como: endereço, telefone e e-mail.

Caminho a ser percorrido no sistema:

SIAPE-TREINA,TBSIAPE,TBORGANIZA,ORGAOUORG,TBUORG,TBCOUORG

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

UPAG

TBCOUPAG: Contempla informações relacionadas à unidade pagadora do órgão, tais como:


endereço, titular do RH, convênios bancários para envio do arquivo de crédito.

Caminho a ser percorrido:

SIAPE,TBSIAPE,TBORGANIZA,ORGAOUORG,TBUORG,TBCOUPAG

O vídeo demonstrativo encontra-se disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

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5. Revisando o módulo

15
Referências bibliográficas

1. BRASIL. Decreto 99.328, de 19 dejunhode 1990. Institui o Sistema Integradode Administração


de Recursos Humanos - Siape e dá outras providencias. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99328.htm. Acesso em: 30 jan. 2017.

2. . Portaria 236, de 08 de dezembro de 2014. Institui a política de segurança da


informação do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape). Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 09 de dezembro de 2014.

3. . Serviço Federal de Processamento de Dados. Revista Tema, Ed nº 201, Brasília, 05


de fevereiro de 2010.

4. . Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Recursos Humanos.


Manual Siape Folha. Programa de Multiplicadores em Gestão de Pessoas, Brasília, abr. 2012.

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Siape Folha

Módulo
2 Folha De Pagamento e
Movimentação Financeira

Brasília - 2017
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Francisco Gaetani

Diretor de Desenvolvimento Gerencial


Paulo Marques

Coordenadora-Geral de Educação a Distância


Natália Teles da Mota Teixeira

Conteudistas:
Claudiomar Oviedo Ribeiro (2017); e Cleison Faé (2017).

Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/CDT/Laboratório


Latitude e Enap.

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Diretoria de Comunicação e Pesquisa
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Telefone: (61) 2020 3096 - Fax: (61) 2020 3178
SUMÁRIO

1. Introdução................................................................................................... 5

2. Folha de pagamento.................................................................................... 5
2.1 Tipos de folha de pagamento.......................................................................... 6
2.2 Principais transações....................................................................................... 7

3. Movimentação financeira.......................................................................... 10
3.1 Manual.......................................................................................................... 11
3.2 Assuntos de cálculos parametrizados............................................................ 12
3.3 Parametrização de rubrica............................................................................ 14
3.4 Tipos de operacionalizações financeiras........................................................ 15
3.5 Automática e carga batch............................................................................. 16
3.6 Exercícios anteriores...................................................................................... 16

4. Revisando o módulo.................................................................................. 17

Referências bibliográficas.............................................................................. 18
Módulo
2 Folha De Pagamento e
Movimentação Financeira

1. Introdução

2. Folha de pagamento

O Decreto nº 99.328 previu o desenvolvimento do Siape de forma modular e implantado por


etapas, de acordo com as prioridades estabelecidas pelo órgão gestor do sistema (art. 3º).
Desse modo, a folha de pagamento foi o primeiro módulo a ser implantado. É por meio dele que
são realizadas as operações de inclusão, alteração e exclusão de informações financeiras, bem
como consultas e emissão de relatórios on-line. Esse módulo está estruturado em comandos
de atualizações e consultas de servidores e pensionistas, que você conhecerá no decorrer dos
nossos estudos.

Para você compreendermos melhor o módulo folha, abaixo veremos sua estrutura:

1. ATUAFOLHA ATUALIZA DADOS P/ PAGAMENTO


2. ATUAPENSIO ATUALIZA INFORM. PENSIONISTA
3. ATUAPSSPLA ATUALIZA FICHA PENS. MES ANT
4. ATUAPSSUPL ATUALIZA SUPL. PENSIONISTA
5. ATUASERV ATUALIZA INFORMACOES SERVIDO
6. ATUASUPLEM ATUALIZA FOLHA SUPLEMENTAR
7. ATUASUPLIN ATUALIZA SUPLEMENTAR INTERNA
8. ATUASUPLMA ATUALIZA FICHA MESES ANTER.
9. CONSFOLHA CONSULTA DADOS P/ PAGAMENTO
10. CONSPENSIO CONSULTA INFORM. PENSIONISTA
11. CONSSERV CONSULTA INFORMACOES SERVIDOR

5
12. DIRF DECL. IMPOSTO RENDA RET. FONTE
13. EMITEFOLHA EMITE INFORMACOES FINANCEIRAS
14. EMITSUPLEM RELATORIOS FOLHA SUPLEMENTAR
15. FPCOMARGCO CONSULTA MARGEM CONSIGNAVEL
16. FPEMPSSUPL RELATORIOS FOLHA SUPL. PENS.

A seguir, vamos apresentar um resumo das informações e atualizações de módulos que


compõem a folha de pagamento no Siape e que são utilizados com maior frequência:

Módulo Descrição
Engloba as transações para atualização (inclusão, alteração e
ATUAPENSIO exclusão) da movimentação financeira (folha normal) de bene-
ficiários de pensão. Exemplo: FPATPSCALC.
Engloba as transações para atualização (inclusão, alteração e
ATUASERV exclusão) da movimentação financeira (folha normal) de servi-
dores ativos e aposentados. Exemplo: FPATMOVFIN
Engloba as transações para atualização (inclusão, alteração e
exclusão) e consulta da folha suplementar interna para paga-
ATUASUPLIN
mento de servidores ativos, aposentados e de beneficiários de
pensão.
Engloba as transações para consulta da movimentação finan-
CONSPENSIO
ceira de beneficiários de pensão. Exemplo: FPCOPSFICF.
Engloba as transações para consulta da movimentação financei-
CONSSERV
ra de servidores ativos e aposentados. Exemplo: FPCOFICHAF.

Os vídeos demonstrativos, de cada um dos módulos, encontram-se disponíveis no ambiente


virtual de aprendizagem.

2.1 Tipos de folha de pagamento

No Siape, a folha de pagamento foi desenvolvida em quatro tipos. Conheceremos cada um


deles e quando devem ser utilizados. Vejamos:

Normal

É a folha de pagamento do mês executado de acordo com o cronograma mensal divulgado


pelo órgão central do SIPEC.

Suplementar

Utilizada para corrigir possíveis erros e omissões cometidas no processamento da folha. Em


2005, o processamento de folha suplementar foi vedado pela Portaria nº 233/2005-SRH-MP.

Complementar

É gerada pela SRH/MP sem interferência dos órgãos em situações específicas. Exemplo:
Reajuste linear retroativo.

6
Suplementar Interna

Utilizada para pagamento de servidor excluído ou servidor / aposentado com ocorrência que
exclui de pagamento, bem como beneficiários de pensão civil (Comunicas nº 504413 e 516549).

Ressalta-se que, quando a folha suplementar interna for utilizada, as seguintes situações
devem ser observadas:

• Servidor exonerado / ocorrência de afastamento que exclui de pagamento em data


diferente do dia 1º do mês vigente da folha, o sistema proporcionaliza o pagamento,
cabendo ao usuário incluir os demais acertos devidos;
• Servidor exonerado / ocorrência de afastamento que exclui de pagamento em data
igual ao dia 1º do mês e data anterior ao do mês vigente da folha, o sistema não
efetuará qualquer cálculo.
• Beneficiário de pensão civil temporária que adquiriu a maioridade serão adotadas as
mesmas regras acima;
• Servidor e/ou aposentado com ocorrência de falecimento não será efetuado qualquer
cálculo e nem é devido qualquer tipo de acerto por parte do usuário.

Nos casos de falecimento de servidor ativo, aposentado ou de beneficiários de pensão de civil,


devem ser observadas as orientações divulgadas pela SEGEP/MP por meio do Comunica nº
512727:

• Óbito ocorrido (conhecido) dentro do período de processamento da folha de


pagamento: encerrar o PCA ou aposentadoria por motivo de falecimento.
• Óbito ocorrido (conhecido) após o período de processamento da folha de pagamento
e antes do envio das ordens bancárias: solicitar o estorno (reversão do crédito)
• Óbito ocorrido (conhecido) após a efetivação do crédito (depósito): comunicar ao
banco o falecimento.

Atenção: Os valores não percebidos em vida deverão ser pagos diretamente ao(s)
beneficiário(s) de pensão civil legalmente habilitados ou, na ausência deste(s),
mediante alvará judicial.

2.2 Principais transações

Dentro dos módulos de atualização ou consultas, há um conjunto de transações que permitem


operações (inclusões, alterações e exclusões) para a geração da folha de pagamento. Logo
abaixo você conhecerá as principais transações e suas respectivas finalidades:

Módulo ATUAFOLHA:

> FPATMSGORG: permite ao gestor do órgão lançar informativos nos contracheques de todos
os servidores do órgão. As mensagens são incluídas por mês de pagamento, possuindo espaço
para 120 caracteres.

7
> FPATMSGUPG: permite ao responsável por uma unidade pagadora do órgão lançar
informativos nos contracheques de todos os servidores que estejam lotados naquela unidade
especificamente. As mensagens são incluídas por mês de pagamento, possuindo espaço para
120 caracteres.

> FPATREDREN: permite atualizar as opções de classificações para os comprovantes de


rendimentos pagos e de retenção do imposto de renda retido na fonte.

> FPATREUPAG: permite atualizar os relatórios da folha a serem disponibilizados via SiapeNET.
Os relatórios da folha estão disponíveis em nível de unidade pagadora individualmente e em
nível de unidade centralizadora. Os relatórios da UPAG podem ser consultados por meio da
Transação > FPCOREUPAG.

Módulo ATUAPENSIO:

> FPATPARPEN: permite atualizar os parâmetros do cálculo automático, referente ao pagamento


dos beneficiários de pensão.

> FPATPSCALC: efetuar o cálculo on-line (na tela do sistema) do pagamento do pensionista
para fins de conferência em tempo real de atualizações efetuadas.

> FPATPSCOTA: efetuar o cálculo da distribuição de cotas on-line para todos os beneficiários
cadastrados para um determinado instituidor de pensão.

> FPATPSMFIN: é a transação através da qual são efetuados os acertos financeiros não
automatizados nas fichas financeiras (contracheques) dos beneficiários de pensão. Envolve
lançamentos com valores informados, ou seja, calculados e informados pelo usuário do
sistema e valores parametrizados, que utilizam assuntos de cálculo específicos e adequados às
situações que se deseja pagar.

> FPATREMEXP: Remuneração Extra-Siape de Pensionista.

> FPAT13PENS: Atualização da Gratificação Natalina e 13° salário de Pensionista.

> FPCL13PENS: Cálculo da Gratificação Natalina e 13° salário de Pensionista.

> FPSRPSPGTO: suspende o pagamento, ou seja, sem excluir o benefício, retira-se o beneficiário
da folha de pagamento. Ou o inverso, tem a função de retornar à folha de pagamento um
beneficiário que estava sem pagamento.

> FPATMFINMA: efetuar o acerto financeiro em meses anteriores de valores pagos ao


beneficiário de pensão civil, referente a valores por ele recebidos ou restituídos e ainda não
lançados na folha de pagamentos do Siape. O objeto principal deste tipo de acerto é evitar erros
ou tributação indevida quando da elaboração das rotinas anuais (Informe de Rendimentos,
DIRF e RAIS).

ATUAPSSUPL e ATUASUPLEM: a folha suplementar tem por meta corrigir possíveis erros
e omissões cometidas no processamento da folha, bem como todos os assuntos tratados
na Portaria nº. 978/1998, além dos casos previstos em lei. Deve ser solicitada quando da
abertura do sistema para o pagamento normal do mês subsequente e liberada após solicitação
encaminhada à Secretaria Executiva da SRH/MP.

8
Atenção: A Portaria SRH nº. 233, publicada no DOU de 08/08/2005, proíbe a emissão
de folha suplementar, salvo autorização expressa do Ministro do Planejamento,
Orçamento e Gestão, ou problemas sistêmicos.

Módulo ATUASERV:

FPATMOVFIN: atualizar de forma on-line, na folha normal, valores não calculados


automaticamente pelo sistema. Exemplo: inclusão de acerto referente a progressão funcional.

FPATMOVRUB: atualizar de forma on-line, na folha normal, valores não calculados


automaticamente pelo sistema. A diferença é que, nesta transação, o sistema salva a
parametrização e o usuário informa apenas as matrículas para as quais determinada rubrica
de mesmo valor deve ser incluída.

FPATPARAM: atualizar os parâmetros de cálculo automático, referentes ao pagamento dos


servidores/aposentados (cargo, benefícios, férias, função, PSS, etc.). Os parâmetros deverão
estar sempre atualizados, caso contrário, algum dos benefícios ou mesmo o vencimento básico
pode ficar fora do cálculo automático, gerando prejuízos para o servidor/aposentado naquele
mês.

FPATRENDEX: atualizar rendimentos externos percebidos pelo servidor ocupante de cargo/


função comissionados, visando o cálculo do teto constitucional e remuneração cargo emprego
para cálculo função, ou seja, para opção da parcela variável: diferença apurada entre a
remuneração do cargo efetivo e a função.

FPCLPAGTO: efetuar o cálculo on-line (na tela) do pagamento do servidor para fins de
conferência em tempo real de atualizações efetuadas.

FPATSPMOFI: efetuar o acerto contábil, em meses anteriores, de valores já pagos ao servidor/


aposentado referente a valores por ele recebidos ou devolvidos e ainda não lançados na folha
de pagamentos do Siape. O objeto principal desse tipo de acerto é evitar erros ou tributação
indevida quando da elaboração das rotinas anuais (Informe de Rendimentos, DIRF e RAIS).

Módulo ATUASUPLIN:

> FPCLPSUPIN: utilizada para efetuar cálculo da suplementar interna para verificar os cálculos
de pensionista civil.

> FPCLSUPLIN: utilizada para efetuar cálculo da suplementar interna para verificar os cálculos
do servidor e aposentado.

> FPCOPSUPIN: utilizada para verificar a ficha financeira da suplementar interna do pensionista.

> FPCOSUPLIN: utilizada para verificar a ficha financeira da suplementar interna do servidor e
aposentado.

> FPMOVPSUPI: utilizada para efetuar a movimentação financeira de pensionista.

9
> FPMOVSUPIN: utilizada para efetuar a movimentação financeira de servidor e aposentado.

Módulo CONSFOLHA:

>FPCOMSGORG: permite consultar os informativos incluídos pelo gestor do órgão nos


contracheques de todos os servidores do órgão.

>FPCOMSGUPA: permite consultar os informativos incluídos pelo responsável da unidade


pagadora do órgão nos contracheques de todos os servidores que estejam lotados naquela
unidade.

>FPCOREUPAG: permite consultar os relatórios que serão disponibilizados para a unidade


pagadora após o processamento da folha.

Módulo CONSSERV:

>FPCOFICHAF: permite consultar a ficha financeira do servidor em determinado mês/ano.


Nessa transação também é possível obter informações detalhadas acerca do desconto do
abate-teto (F4), imposto de renda (F6), e também informações cadastrais (F11).

>FPCORENDEX: possibilita consultar os rendimentos externos percebidos pelo servidor


ocupante de cargo/função comissionados, que foram considerados no cálculo do teto
constitucional e remuneração cargo emprego para cálculo função, ou seja, para opção da
parcela variável: diferença apurada entre a remuneração do cargo efetivo e a função.

>FPCORUBEXC: permite consultar rubricas que, porventura, tenham sido excluídas da


movimentação financeira do servidor/aposentado num determinado mês/ano.

>FPEXCLPAGC: permite consultar, após o processamento da folha, se há servidores na unidade


pagadora com líquido negativo ou com o pagamento não calculado.

Módulo CONSPENSIO:

>FPCOPSFICF: permite consultar a ficha financeira do pensionista em determinado mês/ano.


Nessa transação também é possível obter informações detalhadas acerca do desconto do
abate-teto (F4) e imposto de renda (F6).

>FPCOPSRUEX: permite consultar rubricas que, porventura, tenham sido excluídas da


movimentação financeira do pensionista num determinado mês/ano.

>FPEXPSPAGC: permite consultar se, após o processamento da folha, há pensionistas na


unidade pagadora com líquido negativo ou com o pagamento não calculado.

3. Movimentação financeira

A movimentação financeira consiste na operacionalização pelo usuário


de lançamentos na folha de pagamento, podendo ser das seguintes
formas:

• R (rendimento)
• D (desconto)

10
Código da Rubrica:

• Formato: 05 posições
• Campo numérico

Sequência Utilização
0 Processo de cálculo do sistema.
1a5 Rendimentos e descontos do mês.
6a8 Pagamentos de parcelas referentes a meses anteriores. É obrigatório
informar o prazo.
9 Reservada para uso de forma automática pelo sistema.

Operação:

• I (inclusão)
• A (alteração)
• E (exclusão)

GRUPOS DE CÓDIGOS DE RUBRICA:


00001 a 00999 - pagamento de pessoal;
01000 a 19999 - rubricas judiciais;
30000 a 39999 - consignações em folha;
60000 a 69999 - descontos/consignações em folha do órgão;
70000 a 79999 - descontos/consignações em folha do órgão;
80000 a 81999 - faltas/atrasos;
82000 a 89999 - pagamento de pessoal;
90000 a 99999 - consignações compulsórias.

3.1 Manual

É um procedimento realizado pelo usuário de forma on-line, para valores não calculados
automaticamente pelo sistema, a qual se divide em dois tipos:

Valor informado

Para utilizar esse tipo de movimentação financeira, o usuário deverá previamente calcular o
valor a ser lançado. Também deverá ser informado a rubrica e o período a que se refere o valor
lançado.

Parametrizada

Para utilizar esse tipo de movimentação financeira, o usuário deverá informar um assunto de
cálculo parametrizado vinculado à rubrica a ser lançada, podendo ser com valor informado ou,
ainda, calculado pelo próprio sistema.

11
3.2 Assuntos de cálculos parametrizados

No Siape, com o objetivo de otimizar e racionalizar o cálculo de parcelas não geradas


automaticamente pelo sistema, foram criados assuntos de cálculo com regras pré-determinadas,
que podem contribuir com os usuários nos lançamentos financeiros na folha de pagamento e,
se utilizados corretamente, podem evitar erros de lançamentos no pagamento dos servidores.

Os principais assuntos de cálculos e suas respectivas regras são:

• Assunto de cálculo: 01

Para o cálculo de rubricas que tem como base de cálculo: o nível salarial do cargo do servidor
(vencimento básico / provento / subsídio).

Exemplo: Parcelas que tenham como base de cálculo o vencimento básico / provento / subsídio.

• Assunto de cálculo: 02

Para o cálculo de rubricas que tem como base de cálculo o nível da função/cargo comissionado
cadastrado para o servidor, buscando o valor na tabela de funções. Exemplo: Retroativo de
chefia.

• Assunto de cálculo: 03

Para o cálculo de rubricas que tem como base de cálculo: o nível salarial de determinado
cargo/emprego ou função / cargo comissionado, não necessariamente aquele cadastrado para
o servidor. Exemplo: Vantagem do Art. 193 - Lei nº 8.112/1990.

• Assunto de cálculo: 04

Utilizado para os casos em que o valor que se deseja pagar para determinadas rubricas
corresponde à diferença entre o nível salarial informado e o nível do cargo do servidor.
Exemplo: Vantagem do Art. 192 incisos I e II da Lei nº 8.112/1990.

• Assunto de cálculo: 05

Utilizado para cálculo de parcela de desconto cuja base de cálculo seja o total de rendimentos,
subtraídos o salário família e as rubricas informadas pelo usuário (até 12). Exemplo: Pensão
alimentícia.

12
• Assunto de cálculo: 06

Para cálculo de parcela de desconto cuja base de cálculo seja o total de rendimentos, subtraídos
o salário família, IR (imposto de renda), previdência e as rubricas informadas pelo usuário (até
12). Exemplo: Pensão alimentícia.

• Assunto de cálculo: 08

Para cálculo de parcela que tem como base o valor do salário mínimo vigente no mês de
pagamento. Exemplo: Pensão alimentícia.

• Assunto de cálculo: 15

O sistema totaliza todas as rubricas que incidem sobre assunto em todas as sequências (1 a 9).

Exemplo: Desconto de mensalidade de associações

• Assunto de cálculo: 20

O sistema compõe a base de cálculo com as rubricas de rendimentos automáticas (sequência


0) e a informadas nas sequências de 1 a 5. Exemplo: vantagem do art. 184 da Lei 1.711/1952

• Assunto de cálculo: 21

O sistema reajuste as rubricas parametrizadas com esse assunto de cálculo com base no
percentual da tabela constantes legais. Exemplo: Reajuste linear

• Assunto de cálculo: 26

O sistema calcula com base em percentual informado o incidente sobre as rubricas informadas
pelo usuário, sequências de 0 a 5 (Rendimentos). Exemplo: Incentivo a qualificação.

• Assunto de cálculo: 38

Utilizado para desconto de restituições e devoluções ao erário, considera as rubricas com


incidência para os descontos acima mencionados e efetua o desconto nos termos do art. 46, §
1º da Lei 8112/90. Exemplo: Ressarcimento ao erário.

• Assunto de cálculo: 40

Utilizado para desconto de auxílio transporte. E necessário informar percentual ou fração.


Exemplo: desconto de auxílio-transporte

• Assunto de cálculo: 44

Ao contrário do assunto de cálculo 21, o sistema não reajusta o valor informado. Exemplo:
Auxílio-natalidade

• Assunto de cálculo: 47

Desenvolvido para atender pensões alimentícias que são pagas por meio de recibo, mas que
são deduzidas no IR (módulo de pensão alimentícia). Exemplo: Pensão Alimentícia

Transação para consulta dos assuntos parametrizados no Siape: TBCOASSPAR

13
3.3 Parametrização de rubrica

Essa ferramenta tem como objetivo otimizar e racionalizar o cálculo de parcelas não
automáticas. A utilização da parametrização requer o conhecimento dos assuntos de cálculos
que possuem uma base predeterminada pelo sistema, que atua como parametrização para
cálculo de parcelas, podendo ser conjugada ainda com frações, percentuais, pontuação,
sistemática e outras rubricas que veremos abaixo:

Fração:

Formato: 06 posições (Campo numérico)

Como fazer no Siape: o numerador e o denominador da fração utilizada para o cálculo da


rubrica. Exemplo: 027/030 - vinte e sete trinta avos.

Percentual:

Formato: 05 posições (Campo numérico)

Como fazer no Siape: informação do percentual utilizado para o cálculo da rubrica.

Exemplo:

0,5% Informar 00050


7% Informar 00700
100% Informar 10000

Sistemática:

Formato: 01 posição (campo alfanumérico).

É o código que identifica uma sistemática de cargo/emprego ou de função gratificada/cargo


comissionado. Deve ser numérico ou alfabético (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, D) para sistemática de
cargo/emprego ou alfabético para sistemática de funções (A, B e C).

Nível salarial:

Formato: 09 posições

Campo alfanumérico.

Possui características de acordo com a sistemática:

Sistemática Estrutura Característica


1e6 / Sigla de escolaridade e código de referência.
2 / Grupo cargo/emprego e um cargo/emprego.
Grupo cargo/emprego, sigla de escolaridade, classe e
3 /
código do padrão.

14
Grupo cargo/emprego, cargo/emprego, classe e código do
4,5 e 7 /
nível.
8 / Sigla de escolaridade, classe e código do padrão.
9 / Sigla de escolaridade, classe e código do padrão.
DeE / Sigla de escolaridade, classe e código do padrão.
Desenvolvidas as sistemáticas “D” e “E” para atender as novas estruturas de cargos
editadas pelas Medidas Provisórias.
Sigla da função, código do nível da função e código do
A /
órgão.
Sigla da função, código do nível da função e sigla de esco-
B /
laridade.
C / Sigla da função, código do nível da função.

Pontuação/minuto:

Formato: 05 posições (Campo numérico)

Como fazer no Siape: preenchimento pontuação/minutos do servidor para efeito de cálculo de


gratificação ou adicional, estando condicionado a determinados assuntos de cálculo.

Rubrica para cálculo:

Formato: 05 posições (Campo numérico)

Como fazer no Siape: informar o código da rubrica que servirá de base de cálculo, num total de
até 6 (seis) incidências, observando as regras a seguir:

• para assunto de cálculo 26: rubrica para cálculo deve constar na ficha financeira do
servidor, ser de rendimento, estar em sequências de 1 a 5, e não deve estar
parametrizada para os assuntos de cálculo 05, 07, 14, 15,18, 20 e 35, vez que o sistema
não considera para o cálculo a referida rubrica.

• para os demais assuntos de cálculo: informar qualquer rubrica de rendimento/


desconto constante na ficha financeira do servidor, exceto salário família, seguridade
social e imposto de renda.

3.4 Tipos de operacionalizações financeiras

Encontram-se disponíveis, no ambiente virtual de aprendizagem, os vídeos demonstrativos


das operações financeiras abaixo relacionadas.

I - Valor Informado.
II - Valor Parametrizado.
III - Alterações Financeiras.
IV - Exclusões Financeiras.

15
Os pagamentos de valores devidos aos servidores ativos, aposentados e beneficiários de
pensão referente a meses anteriores do exercício vigente, em razão de não terem sido
pagos no mês de competência, devem observar as instruções disponibilizadas no manual
operacional de Pagamento de Pequena Monta, elaborado pela Secretaria de Gestão e
Relações de Trabalho (SEGRT/MP). Para consultar o manual clique aqui.

3.5 Automática e carga batch

Automática:

Realizada pelo sistema, com base nas informações constantes no cadastro e nas tabelas.

Carga batch:

Realizada por meio de envio de arquivo de movimentação financeira através do SiapeNET, para
atualização da ficha financeira dos servidores no banco de dados do Siape.

3.6 Exercícios anteriores

São lançamentos realizados para pagamento de vantagens pecuniárias relativas à pessoal


(despesas de pessoal e de custeio) reconhecidas administrativamente, de ofício ou a pedido do
servidor, não pagas no exercício de competência. (Portaria Conjunta nº 2 de 30 de novembro
de 2012).

Até a publicação da Portaria nº 110/2014-SEGEP/MP, os pagamento das despesas de exercícios


anteriores relativas a custeio (auxílio-alimentação, gratificação por encargo de curso e
concurso, etc.) eram efetuados por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira
(SIAFI). Entretanto, a partir da referida portaria, ficou determinado que o pagamento de
servidores, de aposentados, de beneficiários de pensão e de empregados públicos seja
efetuado exclusivamente por meio do Siape. Assim, foram criados objetos no módulo de
exercícios anteriores para permitir o pagamento de tais despesas.

De acordo com o artigo 11 da Portaria Conjunta nº 2, de 30 de novembro de 2012, os pagamentos


decorrentes das situações elencadas abaixo poderão ser efetuados no mês de janeiro de cada
ano, independentemente do valor, via movimentação financeira nas respectivas rubricas,
quando o fato gerador se der no mês de dezembro do ano anterior:

a) remuneração de servidores empossados;


b) substituição de função;
c) diferença de pensão civil e acerto de aposentadoria;
d) hora extra e hora extra noturna;
e) adicional de plantão hospitalar;
f) adicional noturno; e
h) outras situações não previstas nesta Portaria poderão ser autorizadas pela SEGEP
MP.

O vídeo demonstrativo, referente a essa transação, encontra-se disponível no ambiente virtual


de aprendizagem.

16
4. Revisando o módulo

17
Referências bibliográficas

1. BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos
servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. Acesso em: 03 out. 2016.

2. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Recursos Humanos.


Manual Siape Folha. Programa de Multiplicadores em Gestão de Pessoas, Brasília, abr. 2012.

3. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão de Pública.


Manual Siape Folha. Programa de Multiplicadores em Gestão de Pessoas, Brasília, ago. 2014.

4. ______ Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Portaria nº 110, de 26 de maio de


2014. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 de maio de 2014.

5. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Portaria nº 02, de 30 de novembro


de 2012. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 de dezembro de 2012.

18
Siape Folha

Módulo
3 Direitos, vantagens e descontos

Brasília - 2017
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Francisco Gaetani

Diretor de Desenvolvimento Gerencial


Paulo Marques

Coordenadora-Geral de Educação a Distância


Natália Teles da Mota Teixeira

Conteudistas:
Claudiomar Oviedo Ribeiro (2017); e Cleison Faé (2017).

Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/CDT/Laboratório


Latitude e Enap.

© Enap, 2017

Enap Escola Nacional de Administração Pública


Diretoria de Comunicação e Pesquisa
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Telefone: (61) 2020 3096 - Fax: (61) 2020 3178
SUMÁRIO

1. Introdução................................................................................................... 5

2. Remuneração.............................................................................................. 5

3. Abate-teto................................................................................................... 6
3.1 Remuneração extra-siape................................................................................ 8

4. Abono de permanência............................................................................... 9

5. Adicional de plantão hospitalar................................................................. 10

6. Ajuda de custo........................................................................................... 11

7. Assistência à saúde suplementar............................................................... 11

8. Auxílio-funeral........................................................................................... 12

9. Auxílio-transporte..................................................................................... 13

10. Auxílio-alimentação................................................................................. 15

11. Auxílio-natalidade................................................................................... 16

12. Auxílio pré-escolar................................................................................... 17

13. Auxílio-Reclusão...................................................................................... 18

14. Férias Antecipadas................................................................................... 18

15. Gratificação Natalina............................................................................... 19

16. Imposto de Renda.................................................................................... 20


16.1 Imposto de renda – residente no exterior.................................................... 22
16.2 Isenção de imposto de renda....................................................................... 23

17. Indenização ao erário............................................................................... 24

18. Indenização de transporte....................................................................... 24


19. Pensão civil.................................................................................. 25

20. Plano de Seguridade Social.......................................................... 28


20.1 PSS servidor afastado..................................................................... 29

21. Regime Geral da Previdência Social.............................................. 30

22. Reposição ao erário..................................................................... 30

23. Substituição de chefia.................................................................. 32

24. Revisando o módulo.................................................................... 33

Referências bibliográficas.................................................................. 34
Módulo
3 Direitos, vantagens e descontos

1. Introdução

2. Remuneração

A remuneração dos Servidores Públicos Federais Civis do Poder Executivo


é constituída de vencimento básico, gratificações, adicionais (artigo 40 e
49 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990) e outras parcelas.

No intuito de facilitar sua compreensão sobre remuneração, vejamos os


seus principais conceitos:

• Classe/Padrão: é a forma como estão estruturados os Cargos/Carreiras, em que a


classe corresponde ao conjunto de padrões e a cada padrão corresponde um valor da
estrutura remuneratória.
• Vencimento Básico: a retribuição a que se refere o artigo 40 da Lei 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, devida pelo efetivo exercício do cargo, para os servidores civis por
ela regidos (item I do artigo 1º da Lei 8.852, de 04 de fevereiro de 1994).
• Gratificações: são parcelas da estrutura remuneratória, podem ser de valor fixo ou
variável.
• Vencimentos: compreendem a soma do vencimento básico com as vantagens
permanentes relativas ao cargo, conforme disposto na Lei 8.852, de 04 fevereiro de
1994.

5
• Remuneração: a soma dos vencimentos com os adicionais de caráter individual e
demais vantagens, nestas compreendidas as relativas à natureza ou ao local de
trabalho e a prevista no artigo 62 da Lei 8.112, de 1990 (item II do artigo 1º da Lei
8.852, de 04 de fevereiro de 1994).
• Subsídio: remuneração fixada em parcela única. (§ 4º, do artigo 39, da Constituição
Federal).
• Soldo: parcela básica mensal da remuneração e dos proventos, inerentes ao posto ou
à graduação do militar e é irredutível (item I do artigo 3º da Lei 10.486/2002).

3. Abate-teto

O abate-teto corresponde ao abatimento a que estão sujeitos os servidores


cuja remuneração exceder o teto remuneratório previsto no inciso XI do
artigo 37 da Constituição Federal de 1988.

Assim, a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e


empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos
membros de qualquer dos Poderes da União, dos detentores de mandato
eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal (teto remuneratório), em espécie, dos
Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Para obter mais informações sobre o teto constitucional consulte a Lei 8.852, de 02 de
abril de 1994.

Base de Cálculo:

1. O sistema busca, por meio do CPF, todos os vínculos do servidor/aposentado/


pensionista.
2. Soma as rubricas com incidências em todos os vínculos, apurando a base de cálculo.
3. Distribui proporcionalmente o valor do teto, entre os vínculos.

AT = BC 1 + BC 2 - TC
AT = Abate-teto
BC 1 = Base de cálculo 1
BC 2 = Base de cálculo 2
TC = valor do teto constitucional

6
Importante: Para consultar o resultado consolidado do abate-teto no Siape, basta clicar na
tecla F4, enquanto estiver no rodapé da ficha financeira (>FPCOFICHAF) de um dos vínculos
do servidor.

Cálculo do abate-teto:

João da Silva possui dois vínculos com o serviço público federal (Poder Executivo): um
de aposentado e outro de ativo permanente. A soma de suas remunerações excede o
teto remuneratório previsto no inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal de 1988.

Dessa forma calcule o valor do abate-teto a ser descontado em cada um dos vínculos,
considerando as fichas financeiras abaixo. Considere:

O teto constitucional no valor de R$33.763,00.

Apenas as rubricas destacadas para fins de apuração do teto no somatório da


remuneração

Vínculo: 1

Mês de Ref.: DEZ2016

R/D Rubrica SEQ VALOR


R 00005 PROVENTO BÁSICO 0 6.574,92
R 00018 ADIC. TEMPO SER. L. 8.112/1990-APOS 0 1.314,98
R 82607 RT - RETRI. POR TITULACAO AP 1 8.530,04
R 82737 PER CAPITA - SAÚDE SUPLEMENTAR 0 124,33
D 00513 ABATE TETO (CF ART 37) - APOS 0 ?

Vínculo: 2

Mês de Ref.: DEZ2016

R/D Rubrica SEQ VALOR


R 00001 VENCIMENTO BÁSICO 0 7.051,62
R 00053 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 0 705,16
R 00136 AUXILIO-ALIMENTACAO 0 458,00
R 82606 RT - RETRIB. POR TITULACAO AT 0 10.944,30
D 00507 ABATE-TETO (CF ART 37) ATIVO 0 ?

7
REVELAR
RESPOSTA
Passo 1 = Somar as rubricas com incidências em cada um dos vínculos, apurando sua
base de cálculo.

Base de Cálculo 1 = 6.574,92 + 1.314,98 + 8.530,04 = 16.419,94

Base de Cálculo 2 = 7.051,62 + 705,16 + 10.944,30 = 18.701,08

AT = BC 1 + BC 2 - TC

Onde:

AT = abate-teto

BC 1 = Base de Cálculo 1

BC 2 = Base de Cálculo 2

TC = Teto Constitucional

AT = (16.419,94 + 18.701,08) - 33.763,00

AT = 35.121,02 - 33.763,00

AT = 1.358,00

Passo 2 = Distribuir proporcionalmente o valor do teto, para isto, basta dividir o valor total
por vínculo pela soma total dos vínculos, o percentual encontrado será aplicado sobre o
valor do abate-teto total:

Vinculo 1: R$ 16.419,94 / 35.121,02 = 46,7525%

R$ 1.358,02 X 46,7525% = R$ 634,91

Vínculo 2: R$ 18.701,08 / 35.121,02 = 53,2475%

R$ 1.358,02 X 53,2475 = R$ 723,11

3.1 Remuneração extra-siape

A remuneração extra-Siape é aquela recebida de outros entes da Federação pelos servidores,


ativos e aposentados, incluindos os agentes políticos e os empregados públicos dos poderes
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, nomeados para o exercício de
cargo efetivo, cargo em comissão ou função comissionada em órgãos e entidades integrantes
do SIPEC.

Esses servidores, de acordo com a Portaria Normativa 2, de 8/11/2011, deverão fornecer à


unidade de recursos humanos do órgão ou entidade onde se dará o exercício, comprovante(s)
de rendimento(s) - contracheque - recebido(s):

8
I - no ato da posse;
II - semestralmente, nos meses de abril e outubro; e
III - sempre que houver alteração no valor da remuneração.

Observações: De acordo com Comunica 549314, o preenchimento das informações de


servidores cedidos, requisitados, aposentados, e pensionistas que possuam vínculo com a
administração pública federal passou a ser obrigatório, desde que possuam Remuneração
Extra-Siape de acordo com os critérios estabelecidos na Portaria n° 2, de 08 de novembro de
2011.Transação: >FPATRENDEX

4. Abono de permanência

O abono de permanência é destinado aos servidores que preenchem as


condições impostas pela Emenda Constitucional 41/2003 para aposentadoria,
mas que expressam a sua opção de permanecer em atividade.

A figura do abono de permanência foi introduzida no cenário jurídico


brasileiro por intermédio da Emenda Constitucional 41/03, em favor dos
servidores públicos, com duas finalidades específicas: Primeira, substituir a
isenção da contribuição previdenciária, antes concedida àqueles servidores que alcançassem
os requisitos para se aposentar e optassem por permanecer em atividade. Segunda, manter
a arrecadação dos fundos de previdência, uma vez que o servidor continuará a pagar
mensalmente os valores atinentes à contribuição previdenciária, sendo-lhe pago, pelos cofres
do Estado, idêntico valor para permanecer em atividade, ou seja, a arrecadação da previdência
foi mantida. (Nota Técnica 129/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP). É importante observarmos
que o cálculo é realizado de forma automática, tendo como base as informações constantes
do cadastro do servidor.

Como fazer no Siape:

Transação: >CDISPSSABP

Rubricas Relacionadas:

CÓDIGO DESCRIÇÃO
82273 ABONO DE PERMANENCIA EC 41/03
82525 ABONO PERMAN EC 41/03 GRAT.NAT
82382 EXERC. ANT. ABONO PERMANENCIA - AP
82379 EXERC. ANT. ABONO PERMANENCIA - AT
82383 ABONO PERMANENCIA EXERC.ANT.PC

9
5. Adicional de plantão hospitalar

O adicional de plantão hospitalar (APH) foi instituído pela Lei 11.907, de


02 de fevereiro de 2009, e é devido aos servidores em efetivo exercício de
atividades hospitalares, desempenhadas em regime de plantão, nas áreas
indispensáveis ao funcionamento ininterrupto dos hospitais.

Os critérios para implementação do referido adicional foram


regulamentados por meio do Decreto 7.186, de 27 de maio de 2010.

Base de cálulo

Cada plantão terá duração mínima de 12 (doze) horas ininterruptas e o servidor deverá,
primeiramente, cumprir a jornada diária de trabalho a que estiver sujeito em razão do cargo
de provimento efetivo que ocupa, independentemente da prestação de serviços de plantão.
Ademais, as atividades de plantão não poderão superar vinte e quatro horas por semana.
Abaixo, vejamos os valores do APH, bem como seus respectivos plantões:

Valor do APH:

Plantão hospitalar
CARGOS VALOR DO APH
Finais de semana e feriados Dias úteis
Nível Superior 70,63 56,50
Nível Intermediário 42,91 34,33

Plantão de sobreaviso
CARGOS VALOR DO APH
Finais de semana e feriados Dias úteis
Nível Superior 12,84 7,84

Como fazer no Siape:

Transação: >FPATMOVFIN

Rubrica: 82692

Plantão hospitalar é aquele em que o servidor está em exercício de atividades hospitalares, além
da carga horária semanal de trabalho do seu cargo efetivo, durante doze horas ininterruptas
ou mais.

Plantão de sobreaviso é aquele em que o servidor titular de cargo de nível superior está, além
da carga horária semanal de trabalho do seu cargo efetivo, fora da instituição hospitalar e
disponível ao pronto atendimento das necessidades essenciais de serviço, de acordo com a
escala previamente aprovada pela direção do hospital ou unidade hospitalar.

O APH não será devido no caso de pagamento de adicional pela prestação de serviço
extraordinário ou adicional noturno referente à mesma hora de trabalho.

10
6. Ajuda de custo

A ajuda de custo é concedida ao servidor público regido pela Lei 8.112, de


1990, que, no interesse da administração, passar a ter exercício em nova
sede, com mudança de domicílio, em caráter permanente, de modo a
compensar as despesas de instalação.

A concessão da ajuda de custo foi regulamentada por meio do Decreto


4.004, de 08 de novembro de 2001.

As regras e procedimentos a serem adotados para a concessão de ajuda de custo e de


transporte foram definidas pela Secretaria de Gestão Pública do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão, por meio da Orientação Normativa 03, de 15 de fevereiro de 2013.

Base cálculo:

• Valor equivalente à remuneração de origem, percebida pelo servidor no mês em que


ocorrer o deslocamento.
• O servidor nomeado para cargo de livre nomeação e exoneração poderá optar pelo
cálculo do valor da ajuda de custo com base:

I - na remuneração de origem; ou
II - na remuneração do cargo ou função para o qual foi nomeado.

O valor da ajuda de custo corresponderá:

a) A uma remuneração, caso o servidor não possua dependentes ou possua somente


um dependente;
b) A duas remunerações, caso o servidor possua dois dependentes; e
c) A três remunerações, caso o servidor possua três ou mais dependentes.

Operacionalização: o pagamento é efetuado no SIAFI por meio de ordem bancária.

7. Assistência à saúde suplementar

Previsto no artigo 230 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, a assistência


à saúde suplementar compreende assistência médica, hospitalar,
odontológica, psicológica e farmacêutica.

Ela é prestada diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado


o servidor, mediante convênio ou contrato; ou na forma de auxílio, mediante
ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou inativo,
e seus dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de assistência à saúde.

Na modalidade de auxílio de caráter indenizatório, o servidor recebe o ressarcimento parcial


do valor pago por beneficiário, pela contratação de plano de saúde privado, desde que
comprovada à contratação particular de plano de assistência à saúde que atenda às exigências

11
contidas no termo de referência básico da Portaria Normativa 01, de 09 de março de 2017,
emitida pela Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho no Serviço Público
(SEGRT) do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP). Essa modalidade é
devida aos servidores ativos ou inativos, e também a seus dependentes ou pensionistas.

Base de cálculo:

O valor atual do ressarcimento a ser pago ao servidor no custeio da assistência à saúde


suplementar está fixado na Portaria 08, de 13 de janeiro de 2016, do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão. De acordo com a referida portaria, o valor da per capita é calculado
considerando a faixa salarial (remuneração) e a idade do servidor. No caso da per capita devida
aos dependentes, o cálculo leva em consideração a remuneração do servidor e a idade do
dependente. Para fins de pagamento da per capita o valor é limitado ao valor individual gasto
por cada beneficiário. Confira abaixo alguns exemplos de cálculos:

Valor do Valor do
Valor da
Servidor/ Remune- ressarci- ressarci-
per capita Valor total
Dependen- Idade ração do mento por mento por
por benefi- a receber
te servidor dependen- dependen-
ciário
te te
Servidor x 44 R$ 173,84 R$ 127,26 R$ 127,26
Dependen-
12 R$ 48,55 R$ 100,08 R$ 48,55
te R$ 3759,77 R$ 290,77
Dependen-
37 R$ 157,06 R$ 114,46 R$ 114,46
te
Total R$ 379,45 R$ 341,80 R$ 290,27

Valor do Valor do
Valor da
Servidor/ Remune- ressarci- ressarci-
per capita Valor total
Dependen- Idade ração do mento por mento por
por benefi- a receber
te servidor dependen- dependen-
ciário
te te
Servidor y 23 R$ 2800,00 R$ 135,48 R$ 110,44 R$ 110,44 R$ 110,44
Total R$ 379,45 R$ 341,80 R$ 290,27

Nos termos da Nota Informativa 421/2012-CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, o ressarcimento


somente é devido a partir da data de abertura do processo (requerimento) inicial, não cabendo
pagamento de valores pagos a título de plano de saúde feito em data anterior ao requerimento.

8. Auxílio-funeral

O artigo 226 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, prevê a concessão do


auxílio-funeral à família ou a terceiro que tenha efetuado o pagamento do
funeral de servidor falecido, ativo ou aposentado, em valor equivalente a um
mês da remuneração ou provento.

12
De acordo com o Acórdão 294/2004, o valor correspondente ao cargo ou função de
direção ou chefia deve compor a remuneração do servidor por ocasião do usufruto
de benefícios previdenciários, tais como: licença para tratamento de saúde, licença
gestante, licença à adotante, licença-paternidade, licença por acidente em serviço,
auxílio-funeral e auxílio-reclusão, observado, quanto ao auxílio-reclusão, o disposto
no artigo 13 da Emenda Constitucional 20/1998.

Base de cálculo

• Valor equivalente a um mês de remuneração (incluído o valor da função ou cargo em


comissão) ou provento.
• No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do
cargo de maior remuneração.
• Se a nota fiscal for apresentada por algum membro da família do servidor, o valor do
auxílio funeral será equivalente à remuneração ou provento mensal do falecido.
• Se for apresentada por terceiro, este será indenizado no valor efetivamente gasto,
limitado à remuneração ou provento do falecido, não havendo saldo para a família do
servidor.

Operacionalização: o pagamento é efetuado no SIAFI por meio de ordem bancária.

O auxílio-funeral é um procedimento sumaríssimo em até 48 horas, ou seja, é um


procedimento que requer prioridade.
Em caso de falecimento do servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no
exterior, as despesas de transporte do corpo correrão por conta da Instituição.

9. Auxílio-transporte

Imagem auxílio-transporteO auxílio-transporte foi instituído pela Medida


Provisória 2.165, de 23 de agosto de 2001. Ele é pago em pecúnia e possui
natureza jurídica indenizatória.

Esse auxílio é destinado ao custeio parcial das despesas realizadas com


transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual pelos
militares, servidores e empregados públicos da Administração Federal
direta, autárquica e fundacional da União, nos deslocamentos de
suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, excetuadas aquelas realizadas nos

13
deslocamentos em intervalos para repouso ou alimentação, durante a jornada de trabalho, e
aquelas efetuadas com transportes seletivos ou especiais.

Em 2011, a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento


e Gestão publicou a Orientação Normativa 04, de 08 de abril de 2011 com orientações que
devem ser observadas para concessão do auxílio-transporte.

Em 2013, o Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal emitiu a


Nota Técnica Consolidada 01/2013/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP que estabelece vários
entendimentos quanto à concessão do auxílio-transporte no âmbito do SIPEC, com vistas a
subsidiar a análise da matéria no âmbito dos órgãos seccionais e setoriais .

Como fazer no Siape:

Transação: >CDATAUXTRA

O valor mensal do auxílio-transporte será apurado a partir da diferença entre as despesas


realizadas com transporte coletivo e o desconto de 6% (seis porcento) do vencimento do cargo
efetivo ou emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em
comissão ou de natureza especial.

Para fins do desconto, será considerado como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento
proporcional a vinte e dois dias.

Paulo é servidor do Órgão XXXX e recebe o vencimento básico no valor de R$ 2.100,00


e utiliza o sistema de transporte público no trajeto residência/trabalho (RT) e trabalho/
residência (TR), em que paga R$2,45 por cada passagem, totalizando R$ 107,80 por
mês (R$2,45 x 2 passagens diárias x 22 dias úteis por mês). Calcule o valor do auxílio-
transporte que Paulo receberá:

14
REVELAR
RESPOSTA
Apurar a base de cálculo do VB:

R$2.100,00/30 (dias)×22 (dias) = R$ 1.540,00

Apurar o valor do desconto de 6%

R$ 1.540,00 × 6% = R$ 92,40

Valor do auxílio-transporte:

R$ 107,80 - R$ 92,40 = R$ 15,40

10. Auxílio-alimentação

O auxílio-alimentação foi instituído pelo artigo 22 da Lei 8.460, de 17 de


setembro de 1992. É concedido aos servidores públicos federais civis ativos
da Administração Pública Federal, mensalmente, por dia trabalhado, pago
em pecúnia e revestido de caráter indenizatório, não sendo incorporado
ao vencimento ou remuneração, provento ou pensão, nem se configurando
como rendimento tributável.

A regulamentação atual foi realizada por meio do Decreto 3.887, de 16 de agosto de 2001.

Em 2012, o Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal emitiu a


Nota Técnica Consolidada 01/2012/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP que estabelece vários
entendimentos quanto à concessão do auxílio-alimentação no âmbito do SIPEC, com vistas a
subsidiar a análise da matéria no âmbito dos órgãos seccionais e setoriais.

Base de cálculo:

O servidor fará jus ao auxílio-alimentação na proporção dos dias trabalhados. Para o desconto
do auxílio-alimentação por dia não trabalhado, considera-se a proporcionalidade a 22 (vinte e
dois) dias. A seguir veremos um quadro com os valores do auxílio-alimentação:

Valores do auxílio-alimentação

15
VIGÊNCIA VALOR PORTARIA DT. DOU
01/07/1994 a 31/01/2002 R$77,00 2.082/1994-SAF 20/06/1994
01/02/2002 a 30/09/2003 R$79,70 21/2002-MP 28/01/2002
01/10/2003 a 31/03/2004 R$106,32 198/2003-MP 10/10/2003
01/04/2004 a 31/01/2010 R$126,00 71/2004-MP 16/04/2004
01/02/2010 a 31/12/2012 R$304,00 42/2010-MP 10/02/2010
01/01/2013 a 31/12/2015 R$373,00 619/2012-MP 27/12/2012
A partir de 01/01/2016 R$ 458,00 11/2016-MP 14/01/2016

Como fazer no Siape:

Transação: >CDATALIIND

Rubrica: 00136

Não há necessidade de requerimento do servidor para a concessão do auxílio-alimentação, o


referido auxílio deve ser pago automaticamente ao servidor a partir do momento em que este
entra em exercício.

Os valores referentes ao custo unitário da refeição a ser fornecida ao servidor cuja carga horária
seja inferior a 30 (trinta) horas semanais corresponderão a 50% (cinquenta porcento) do valor.

O servidor que acumula cargos ou empregos públicos, conforme as regras da Constituição


Federal, fará jus a um único auxílio-alimentação, mediante opção.

Na hipótese de acumulação de cargos cuja soma das jornadas de trabalho seja superior a 30
(trinta) horas semanais, o servidor perceberá o auxílio pelo seu valor integral, a ser pago pelo
órgão ou pela entidade de sua opção.

11. Auxílio-natalidade

O auxílio-natalidade está previsto no artigo 196 da Lei 8.112, de 11 de


dezembro de 1990, sendo devido ao servidor(a) por motivo de nascimento
de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento do serviço público,
inclusive no caso de natimorto.

Base de Cálculo:

• Na Nota Técnica 1008/2010/CGNOR/DENOP/SRH/MP, o valor do auxílio-natalidade


equivale ao menor vencimento do serviço público.
• O valor do auxílio-natalidade pode ser obtido na consulta da rubrica 121.
• A data do nascimento deve ser a referência para o pagamento do auxílio-natalidade.

Como fazer no Siape

Transação: >FPATMOVFIN

16
Dados da Rubrica:

CODIGO: 00121

SEQUENCIA: 1 ou 6

PRAZO: 001

A seguir veremos um quadro com os períodos e valores do auxílio-natalidade:

VALOR DO AUXÍLIO-NATALIDADE

PERÍODO VALOR
Até 13/05/2008 Salário mínimo vigente no mês do nascimento
De 14/05/2008 até 30/06/2008 R$ 79,40
De 01/07/2008 até 30/06/2009 R$ 415,00
De 01/07/2009 até 30/06/2010 R$ 474,99
De 01/07/2010 até 31/12/2012 R$ 492,77
De 01/01/2013 até 31/12/2013 R$ 523,65
De 01/01/2014 até 31/12/2014 R$ 556,46
De 01/01/2015 até 31/07/2016 R$ 591,32
De 01/08/2016 até 31/12/2017 R$ 626,01
A partir de 01/01/2017 R$ 659,25

De acordo com o Comunica n º 535831, de 17 de dezembro de 2009, na hipótese de


parto múltiplo, o pagamento do auxílio deve ser efetuado da seguinte forma: 100%
para o primeiro filho, e 50% do valor principal para os demais.

12. Auxílio pré-escolar

A assistência pré-escolar destinada aos dependentes dos servidores públicos


federais encontra-se regulamentada pelo Decreto 977, de 10 de setembro
de 1993.

Ela visa garantir o atendimento pré-escolar, seja de modo direto, por meio
de creches mantidas pela Administração, ou indireto, através de benefício
denominado auxílio pré-escolar.
Base de Cálculo:

O valor-teto para a assistência pré-escolar a ser pago aos servidores da administração pública
federal direta, suas autarquias e fundações, será de R$ 321,00 (trezentos e vinte e um reais),
com efeitos financeiros a partir de 1º de janeiro de 2016.

17
Como fazer no Siape:

Transação: >CDIADEPEND (cadastro de dependentes)

Rubrica: 00700

13. Auxílio-Reclusão

Definido no artigo 229 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, o auxílio-


reclusão é concedido à família do servidor ativo em função de seu
afastamento por motivo de prisão em flagrante, preventiva, ou em virtude
de sentença definitiva de pena que não imponha a perda do cargo público.

Base de cálculo:

I. dois terços da remuneração do servidor, quando afastado por motivo de prisão,


em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto
perdurar a prisão;
II. metade da remuneração do servidor, durante o afastamento, em virtude de
condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine a perda de cargo.

O auxílio-reclusão será devido à família do servidor, a partir do dia em que se der o recolhimento
do servidor em estabelecimento prisional, de acordo com a documentação expedida pela
autoridade policial, sendo, todavia, necessária a requisição do benefício pelos interessados
(dependentes do servidor).

De acordo com a Nota Técnica 430/2009/COGES/DENOP/SRH/MP, para efeitos de mensuração


de renda bruta prevista no artigo 13 da Emenda Constitucional 20, prevalece à remuneração
do servidor preso e não a dos seus dependentes. Assim, em 03 de fevereiro de 2011, foi
emitido o Comunica 543226 para informar que a rubrica 00545 - auxílio-reclusão se encontra
incompatibilizada nas sequências 1 a 9, podendo, apenas, ser liberada mediante liberação de
pequena monta, após a análise da remuneração do servidor e cálculos encaminhados por cada
órgão.

14. Férias Antecipadas

Imagem FériasCorresponde ao pagamento antecipado de 70% (setenta


porcento) da remuneração do mês de gozo das férias, observado o número
de dias do período programado, podendo no caso de parcelamento ser pago
em cada um dos períodos.

O pagamento antecipado da remuneração das férias será restituído de uma


só vez na folha de pagamento correspondente ao mês seguinte ao do início
das férias.

18
Base de cálculo:

Somatório das rubricas com incidência - somatório das rubricas de consignação informadas na
ficha financeira.

Base de cálculo x Parcela de férias (dias) /30 = Resultado * 70%

Observações:

1. Cálculo automático via módulo de férias;


2. O desconto do valor antecipado ocorrerá no mês subsequente ao início das férias;
3. O valor da antecipação das férias é proporcional aos dias do período, devendo ser
levadas em consideração, no cálculo, as consignações facultativas que estiverem
na ficha financeira do servidor.

15. Gratificação Natalina


Previsto no artigo 63 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, é uma
gratificação salarial paga aos servidores públicos federais, utilizando-se como
base de cálculo a remuneração referente ao mês de dezembro.

Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração que o servidor faz jus
no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano. A fração igual
ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina proporcionalmente aos meses de


exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

A gratificação natalina proporcional é utilizada nos casos de exonerações, vacâncias, extinções


de contrato e corresponderá a 1/12 (um doze avos) por mês de serviço do ano correspondente.

Forma de Pagamento:

a. Adiantamento - no mês de junho.

A antecipação da gratificação natalina também poderá ser requerida por ocasião do gozo das
férias, desde que anteriores ao mês de junho de cada ano.

b. Recálculo - no mês de dezembro

Rubricas Relacionadas:

00176 GRATIFICACAO NATALINA


00177 ADIANT. GRATIF. NATALINA/ATIVO
00178 GRAT. NATALINA PROPORCIONAL
00181 GRATIFICACAO NATALINA - AP
00182 ADIANT. GRATIF. NATALINA - AP
82407 GRAT. NATALINA PROPORCIONAL - CDT
82409 GRATIFICACAO NATALINA - CDT
82410 ADIANT. GRATIF. NATALINA - CDT

19
Os servidores que substituírem os ocupantes de cargo ou função de direção ou chefia no
mês de dezembro, fazem jus a ter os valores decorrentes desta substituição integrando a
base de cálculo da gratificação natalina, conforme estabelece o Ofício-Circular SRH 83, de
2002. (Nota Técnica 609/2009/COGES/DENOP/SRH/MP).

16. Imposto de Renda

Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, pago por pessoas


físicas domiciliadas ou residentes no Brasil, titulares de disponibilidade
econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza, inclusive
rendimentos e ganhos de capital, são contribuintes do Imposto de Renda,
sem distinção da nacionalidade, sexo, idade, estado civil ou profissão.

A regulamentação da tributação, fiscalização, arrecadação e administração


do Imposto sobre a Renda foi tratada no Decreto 3.000, de 26 de março de 1999.

Os valores da tabela mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física estão definidos na
Lei º 13.149/2015.

Tabela de incidência mensal


A partir do mês de abril do ano-calendário de 2015:

Parcela a Deduzir do
Base de Cálculo (R$) Alíquota (%)
IR (R$)
Até 1.903,98 - -
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,68 27,5 869,36

Para consultar a tabela do Imposto de Renda vigente em outros períodos basta alterar o
mês solicitado por meio de consulta à tabela do Siape utilizando a transação >TBCOCLE-
GIR.

20
ROTEIRO PARA CÁLCULO DO IR
1º PASSO
• Encontrar a remuneração tributável (somatório das rubricas com incidência de
Imposto de Renda).
2º PASSO
• Encontrar base de cálculo (BC).
Para isso deduzir da base de cálculo os valores relativos a:
• Previdência Social/PSS (se houver);
• Dedução por dependentes (se houver);
• Dedução de Pensão Alimentícia (se houver);
• Dedução aposentado/beneficiário de pensão com idade superior a 65 anos (não se
aplica a servidores ativos sob nenhuma condição).
3º PASSO
• Aplicar a base de contribuição na tabela de Imposto de Renda vigente;
• Multiplicar pelo percentual da faixa correspondente;
• Descontar o valor de dedução da faixa correspondente;
O resultado será o valor do Imposto de Renda retido na Fonte

Imposto de Renda:
Maria de Souza é servidora ativa do quadro permanente do Órgão NNNNN. Possui 01
dependente para fins de dedução do Imposto de Renda, e sua ficha financeira no mês
de dezembro de 2016 era composta pelas rubricas abaixo. Calcule o valor do Imposto
de Renda a ser pago pelo servidora, o valor total dos descontos e o valor líquido.

R/D RUBRICA SEQ VALOR


R 00001 VENCIMENTO BÁSICO 0 5.054,15
R 00136 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO 0 458,00
R 82606 RETRIBUIÇÃO POR TITULAÇÃO 0 5.516,51
R 82737 PER CAPITA - SAÚDE SUPLEMENTAR 0 177,74
TOTAL DE RENDIMENTOS 11.206,40
D 98002 CONT. PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL 0 1.162,77
D 98001 IMPOSTO DE RENDA 0 ?
TOTAL DE DESCONTOS ?
VALOR LÍQUIDO ?

21
REVELAR
RESPOSTA

CÁLCULO DO IRRF
Rubricas com incidência:
Vencimento Básico 5054,15
1º passo
Retribuição por Titulação 5.516,51
Remuneração tributável 10.570,66
( - ) Deduções
Plano de Seguridade Social 1.162,77
2º passo
Dependente (01) 189,59
Base de Cálculo 9.218,30
Alíquota - 27,5% (de acordo com a tabela do IR 2.535,03
3º passo ( - ) Parcela a deduzir 869,36
Valor do IRRF 1.665,67

ATENÇÃO! Para verificar quais rubricas possuem incidência para cálculo do Imposto de Renda
consulte a tabela de rubrica >TBCORUBRIC.

Ficha Financeira após cálculo do IRRF:

R/D RUBRICA SEQ VALOR


R 00001 VENCIMENTO BÁSICO 0 5.054,15
R 00136 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO 0 458,00
R 82606 RETRIBUIÇÃO POR TITULAÇÃO 0 5.516,51
R 82737 PER CAPITA - SAÚDE SUPLEMENTAR 0 177,74
TOTAL DE RENDIMENTOS 11.206,40
D 98002 CONT. PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL 0 1.162,77
D 98001 IMPOSTO DE RENDA 0 1.665,67
TOTAL DE DESCONTOS 2.828,44
VALOR LÍQUIDO 8.377,96

Desde a folha de pagamento do mês de julho/2009, o desconto do IRRF tem como base
de cálculo a soma de todos os vínculos do servidor existentes no Siape, e o valor apurado
é distribuído proporcionalmente em cada vínculo. A distribuição do percentual calculado
do IRRF de um dos vínculos do servidor pode ser consultada na ficha financeira do servidor
(>FPCOFICHAF) utilizando-se a tecla F6.

16.1 Imposto de renda – residente no exterior

Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza percebidos no País por residentes ou
domiciliados no exterior ou a eles equiparados. Os rendimentos recebidos de fontes situadas
no Brasil, por não residente, estão sujeitos à tributação exclusiva na fonte ou definitiva. Os
rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício, e os da prestação de serviços,
exceto serviços técnicos e de assistência técnica e administrativa, pagos, creditados, entregues,

22
empregados ou remetidos a não residente sujeitam-se à incidência do imposto na fonte à
alíquota de 25%.

Como fazer no Siape: Para que o Siape realize o cálculo do IR de servidor no exterior, deve ser
atualizado o cadastro funcional do servidor com o registro da respectiva ocorrência por meio
da transação >CDISIMPREN. Segue abaixo a tabela de ocorrência:

GRUPO : 08 CALCULO DE IMPOSTO DE RENDA

002 CALCULO DE IR - EXTERIOR - 25%

16.2 Isenção de imposto de renda

De acordo com o artigo 6º, inciso XIV da Lei 7.713, de 22 de dezembro de 1988, é um benefício
concedido aos portadores de doenças graves, desde que se enquadrem cumulativamente nas
seguintes situações:

• Os rendimentos sejam relativos à aposentadoria, pensão ou reforma;


• Seja portador de uma das seguintes doenças: AIDS (Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida), alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação por radiação,
doença de Paget em estados avançados (osteíte deformante), doença de Parkinson,
esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, fibrose cística (Mucoviscidose),
hanseníase, nefropatia grave, hepatopatia grave, neoplasia maligna, paralisia
irreversível e incapacitante, tuberculose ativa.

Todo o rendimento é isento do Imposto de Renda Pessoa Física, não havendo limites. Também
são isentos os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os
percebidos pelos portadores de moléstia profissional.

Situações que não geram isenção:

1. rendimentos decorrentes de atividade, isto é, se o contribuinte for portador de


uma moléstia, mas ainda não se aposentou;
2. rendimentos decorrentes de atividade empregatícia ou de atividade autônoma,
recebidos concomitantemente com os de aposentadoria, reforma ou pensão;

Como fazer no Siape:

A concessão da isenção do IR, no Siape, é realizada com o registro da respectiva ocorrência


no cadastro funcional do servidor aposentado por meio da transação >CDISIMPREN e para
beneficiários de pensão na transação >CDATPSOCCA.

GRUPO : 08 CALCULO DE IMPOSTO DE RENDA

Aposentados:

001 ISENCAO DE IR DOENCA ESPECIFICADA EM LEI/INVALIDEZ

003 ISENCAO DE IR APOSENT.>65 ANOS-DECISAO JUDICIAL

004 ISENCAO DE IR ANIST. POLIT.-§ 1,ARTIGO1º,DEC 4897

23
005 ISENCAO DE IR/DOENCA ESPECIFICADA EM LEI/DEC.JUDIC

Beneficiários de Pensão:

001 ISENCAO DE IR DOENCA ESPECIFICADA EM LEI/INVALIDEZ

003 ISENCAO DE IR APOSENT.>65 ANOS-DECISAO JUDICIAL

004 ISENCAO DE IR ANIST. POLIT.-§ 1,ARTIGO1º,DEC 4897

005 ISENCAO DE IR/DOENCA ESPECIFICADA EM LEI/DEC.JUDIC

17. Indenização ao erário

Está prevista no artigo 46 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e refere-


se à reparação ou contribuição pecuniária que se efetiva para satisfazer um
pagamento em decorrência de um dano.

Como fazer no Siape:

Transação: >FPATMOVFIN

Rubrica: 00804

A inclusão do desconto deverá ser precedida de processo administrativo, para assegurar o


atendimento dos princípios do contraditório e da ampla defesa.

O valor restituído na rubrica de indenização ao erário não tem impacto na base de cálculo do
IR e PSS normal do servidor.

18. Indenização de transporte

Previsto no artigo 60 da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, é devida ao


servidor que, por opção, e condicionada ao interesse da administração,
realizar despesas com utilização de meio próprio de locomoção para
execução de serviços externos inerentes às atribuições próprias do cargo
que ocupa, efetivo ou comissionado, atestados pela chefia imediata.

Para fazer jus o servidor, deve estar no efetivo desempenho das atribuições
do cargo, efetivo ou comissionado, vedado o cômputo das ausências e afastamentos, ainda
que considerados em lei como de efetivo exercício. A regulamentação da concessão foi tratada
no Decreto 3.184, de 27 de setembro de 1999.

24
Em outubro de 1999, foi publicada a Portaria Normativa 08/1999-SRH/MP que contém
orientações quanto aos procedimentos a serem adotados pelos órgãos setoriais e seccionais
do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC para a concessão da indenização
de transporte ao servidor da administração pública federal direta, autárquica e fundacional
do Poder Executivo da União.

Base de Cálculo:

O valor da indenização de transporte corresponde ao valor máximo diário de R$ 17,00


(dezessete reais).

O pagamento da indenização de transporte será efetuado pelo Sistema Integrado de


Administração de Recursos Humanos - Siape, no mês seguinte ao da utilização do meio próprio
de locomoção.

Como fazer no Siape:

Dados da Rubrica:
Código: 00079
Sequência: 6
Prazo: 001

19. Pensão civil

A Lei 8.112/1990 caracteriza a pensão civil como um benefício que é pago


aos dependentes dos servidores(o artigo 217 da Lei 8.112/1990 trata dos
beneficiários), após o óbito deste. Assim dispõe o artigo 215 da Lei
8.112/1990. 1

Até a publicação da Emenda Constitucional 41/2003, em 31 de dezembro de


2003, o pagamento das pensões era realizado de acordo com o disposto no
artigo retro mencionado, ou seja, era efetuado com base na última remuneração do servidor
ou último provento quando aposentado.

A partir da EC 41/2013, foi estabelecida uma nova forma de pagamento, cuja regulamentação
foi realizada com a publicação, em 20 de fevereiro de 2004, da Medida Provisória 167/2004,
posteriormente convertida na Lei 10.887/2004. Desde então, para calcular o valor inicial da
pensão, deve-se somar a última remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o
falecimento ou quando se tratar de aposentado, o último provento. Do valor apurado deve
ser subtraído o valor do teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Em seguida
deve ser extraído o valor correspondente a 70% (setenta porcento) do que excedeu o teto
do RGPS. Assim, o beneficiário receberá a título de pensão civil a totalidade da remuneração
ou provento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, acrescido de 70%
(setenta porcento) da parcela excedente a este limite.

Em 17 de julho de 2015, foi publicada a Lei 13.135, que trouxe novas regras para concessão e
manutenção do benefício de pensão por morte inseridas na Lei 8.112/1990. Foram implantadas
as seguintes mudanças: (a) no caso de existência de mais de um dependente concorrente

25
a pensão, o valor desta será rateado em partes iguais; (b) aplicação da temporariedade do
pagamento da pensão ao cônjuge e companheiro; (c) o cônjuge, companheiro ou companheira,
somente terá direito ao benefício, se a data do casamento ou a união estável contar com pelo
menos 2 (dois) anos após a data do falecimento do servidor. No quadro abaixo vejamos os
tipos de pensão:

Tipos de pensão

TIPO DE
DATA DO ÓBITO PARIDADE CÁLCULO
PENSÃO
Ocorrido até PLENA - Artigo Integral. Última remuneração da ativida-
13
31.12.03 7º da EC 41/03 de ou provento.
Ocorrido após
Última remuneração da atividade ou 51 (54)
01.01.04 até SEM PARIDADE
provento. (61)
19.02.04
RETRIBUIÇÃO POR TITULAÇÃO Obser-
Ocorrido após 51 (54)
SEM PARIDADE vado o Artigo 2º, incisos “I” e “II” da Lei
20.02.04 (61)
10.887/04.
Ocorrido com ser-
vidor aposentado PARIDADE PLE- Observado o Artigo 2º, incisos “I” e “II”
57 (62)
pelo artigo 3º da EC NA da Lei 10.887/04.
47/05 e EC 70/2012

Base de cálculo:

O benefício de pensão por morte, que será igual:

I. à totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na data anterior à do


óbito, até o limite máximo dos benefícios do RGPS, acrescida de 70% (setenta
porcento) da parcela excedente a este limite; ou
II. à totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo na data anterior à do
óbito, até o limite máximo dos benefícios do RGPS, acrescida de 70% (setenta
porcento) da parcela excedente a este limite.

Como fazer no Siape:

Rubrica: 00596

Tipo 13: cálculo automático.

Tipo 51: valor informado, sem parametrização e sem prazo.

Tipo 54: cálculo automático.

Tipo 57: cálculo automático.

Tipo 61: cálculo automático

Tipo 62: cálculo automático

26
Pensão Civil:
Sebastião Custódio era servidor aposentado e faleceu no dia 15/01/2017. Era casado
e não possuía filhos. A esposa foi habilitada como única dependente, na condição
de viúva, para fins de percepção da pensão civil. Na data do óbito a ficha financeira
do aposentado apresentava a composição abaixo. O valor do teto do RGPS era de
R$5.579,06. Calcule o valor da pensão que será pago a viúva:

R/D RUBRICA SEQ VALOR


R 00005 PROVENTO BÁSICO 0 6.574,92
R 00018 ADIC. TEMPO SER. L. 8.112/1990-APOS 0 1.314,98
R 82607 RT - RETRIB. POR TITULAÇÃO AP 1 8.530,04
16.419,94

REVELAR
RESPOSTA
1º apurar o total dos proventos:

R$6.574,92+R$ 1.314,98+R$8.530,04 = R$16.419,94

2º apurar o valor que excede o teto do RGPS:

R$16.419,94 -R$5.579,06=R$10.840,88

3º aplicar o percentual de 70% sobre o valor que excede o teto do RGPS:

R$10.840,88 ×70%=R$7.588,61

4º apurar o valor da pensão:

R$5.579,06+R$7.588,61 = R$13.167,67

27
20. Plano de Seguridade Social

Na definição do artigo 184 da Lei 8.112/1990, o Plano de Seguridade Social


visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família,
e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes
finalidades:

• Garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em


serviço, inatividade, falecimento e reclusão;
• Proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; e
• Assistência à saúde.

Base de Cálculo:

A Lei 10.887, de 18 de junho de 2004, a contribuição do servidor público ativo para a


manutenção do regime próprio de previdência social é de 11% (onze porcento).

Logo, o PSS = soma das rubricas c/ incidência x 11%

No caso dos aposentados e pensionistas, a contribuição é de 11% (onze porcento), incidentes


sobre o valor da parcela dos proventos de aposentadorias e pensões, que supere o limite
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.

Assim, o PSS = soma das rubricas c/ incidência x 11%

O servidor ocupante de cargo efetivo poderá optar pela inclusão, na base de cálculo da
contribuição do PSS, de parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de:

• Local de trabalho (insalubridade, periculosidade);


• Do exercício de cargo em comissão ou de função comissionada ou gratificada;
• De Gratificação de Raio X;
• De adicional noturno;
• De adicional por serviço extraordinário.

Operacionalização: Siapenet - módulo de adicionais

Como fazer no Siape: > CAIADESPSS (informar data de início e da opção do desconto de PSS).

Com as alterações ocorridas no cálculo dos proventos de aposentadoria, instituídas pela


Emenda Constitucional 41/2003, que leva em consideração as remunerações utilizadas como
base para as contribuições do servidor no regime próprio de previdência social e no regime
geral de previdência social, foi implantado no Siape por rotina automática para apurar o
valor da contribuição previdenciária do servidor, bem como foram desenvolvidos meios que
possibilitam ao usuário a consulta e a atualização da base de contribuição desde julho de
1994, tais como:

CACOCONPSS - permite consultar a base de contribuição previdenciária do servidor no período


de Julho/1994, ou data de ingresso no órgão, até o mês vigente ou último mês de contribuição.
Serão demonstrados, nessa consulta, os valores originais extraídos das fichas financeiras por
rotina automática, valores decorrentes de atualizações realizadas pelas unidades de recursos

28
humanos, assim como os valores corrigidos pelo índice de atualização aplicado no Regime
Geral de Previdência Social.

CAATCONPSS - permite atualizar valores de contribuição previdenciária do servidor, gerados


por rotina automática no Siape ou aqueles informados manualmente pelas Unidades de
Recursos Humanos. O campo “valor informado” deverá ser atualizado com valor nominal da
época. A correção pelo índice de atualização do RGPS será por rotina interna do sistema, não
cabendo ao usuário nenhum procedimento. Essa informação poderá ser atualizada sempre
que necessário, porém o último registro é o que prevalece.

Situações que dependem de atualização:

• Valor incorreto apurado pela rotina automática do sistema.


• Contribuições realizadas por meio de DARF (afastamentos não remunerados).

Atenção: é necessário que conste no cadastro do servidor o registro da ocorrência de


afastamento.

20.1 PSS servidor afastado

A Lei 8.112/1990, no § 3º do artigo 183, assegura ao servidor licenciado ou afastado sem


remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor
Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual
devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz
jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens
pessoais.

Em 2013, a Secretaria da Receita Federal publicou a Instrução Normativa 1.332, de 14 de


fevereiro de 2013, estabelecendo normas relativas à contribuição para o Plano de Seguridade
Social do Servidor (CPSS), de que trata a Lei 10.887/2004.

A referida instrução estabeleceu que a opção pela manutenção do vínculo ao PSS ocorrerá
mensalmente, por meio do recolhimento da CPSS, que deverá ser feito até o 2º (segundo)
dia útil depois da data do pagamento das remunerações dos servidores ocupantes do cargo
correspondente ao do servidor afastado.

A contribuição da União ou de suas autarquias e fundações deve ser recolhida até o 10º (décimo)
dia útil do mês posterior ao que o órgão receber as informações relativas ao recolhimento das
contribuições do servidor.

O servidor deverá comprovar à unidade de recursos humanos do órgão de lotação os


recolhimentos efetuados na forma deste artigo, até o dia 15 do mês subsequente ao do
pagamento.

29
21. Regime Geral da Previdência Social

A previdência social tem por finalidade assegurar aos seus beneficiários


meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade,
desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos
familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente,
conforme prevê o artigo 3º da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991.

É operado pelo INSS, e a filiação é obrigatória para os trabalhadores regidos


pela CLT.

São segurados obrigatórios da providência social: O servidor da União, Estado, Distrito Federal
ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

O servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas
respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do artigo 37 da
Constituição Federal.

Base de Cálculo:

INSS = soma das rubricas c/incidência x %

Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso,


respectivamente, para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2017 (Portaria
08, de 13 de janeiro de 2017):

Salário de Contribuição (R$) Alíquota (%)


Até R$ 1.659,38 8
De R$ 1.659,39 a 2.765,66 9
De R$ 2.765,67 a 5.531,31 11

22. Reposição ao erário

Está prevista no artigo 46 da Lei 8.112/1990 e classifica-se como restituição


de valores recebidos indevidamente pelo servidor ou beneficiário de pensão.

30
Em 2013 a Secretaria de Recursos Humanos do MP publicou a Orientação Normativa
05/2013, de 21 de fevereiro de 2013, onde foram estabelecidos os procedimentos a serem
adotados pelos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública
Federal - SIPEC, para a reposição de valores ao Erário.

Base de cálculo:

Planilha de débito elaborada pela unidade pagadora que contenha o período e os respectivos
valores.

Atenção:

1. O valor do débito a ser descontado na rubrica de ressarcimento ao erário deve


ser o bruto, pois o sistema efetuará, de forma automática na folha de pagamento
normal, o acerto dos valores normais descontados a título de Imposto de Renda
e PSS, deduzindo da base de cálculo desses descontos o valor que está sendo
restituído na rubrica de reposição ao erário.
2. Valores que foram indevidamente pagos ao servidor em rubricas que não possuem
incidências para IR e/ou PSS (auxílio-alimentação, gratificação por encargo de
curso e concurso, etc.) não devem ser descontados na rubrica de ressarcimento
ao erário. Esses valores devem ser descontados na própria rubrica, utilizando o
assunto de cálculo 38.

Como fazer no Siape:

Transação: >FPATMOVFIN

Rubrica: 00145

As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente


comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento no prazo
máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. O valor de cada
parcela não poderá ser inferior ao correspondente a 10% (dez porcento) da remuneração,
provento ou pensão.

Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da


folha, a reposição será feita, imediatamente, em uma única parcela.

Deverá ser instaurado processo administrativo, de ofício ou por iniciativa do interessado,


sempre que houver indícios de pagamento indevido de valores, por meio do Sistema Integrado
de Administração de Recursos Humanos - Siape, aos servidores, aposentados e beneficiários
de pensão civil. O processo será regido pelos princípios do contraditório e da ampla defesa.

Não estarão sujeitos à reposição ao erário os valores recebidos de boa-fé pelo servidor,
aposentado ou beneficiário de pensão civil, em decorrência de errônea ou inadequada
interpretação da lei por parte da administração pública.

31
23. Substituição de chefia

É o pagamento devido ao substituto pelo exercício do cargo ou função de


direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos
legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo.

O pagamento da substituição está previsto no artigo 38 da Lei 8.112/1990.

Com vistas a dirimir dúvidas e uniformizar procedimentos no âmbito do Sistema de Pessoal


Civil-SIPEC, no que se refere à substituição de servidor investido em cargo ou função de
direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial, nos termos do artigo 38 da
Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, foi emitido em 2005 o Ofício-Circular 01 da SRH/MP.

Base de Cálculo:

Deve ser observado o valor da função do substituído, a opção feita pelo servidor e o período
de substituição. E, se for o caso, deduzir o valor da função recebida pelo substituto.

Como fazer no Siape:

Dados da Rubrica:

Código: 00024

Sequência: 6 a 8

Prazo: XXX

Em caso de vacância do titular, o substituto, independentemente do período, exercerá


exclusivamente as atribuições do cargo substituído, fazendo jus à retribuição correspondente,
a partir do primeiro dia.

Nos casos em que o substituto também é titular de função, este acumulará as funções do
cargo que ocupa e daquele que substitui, optando pela remuneração mais vantajosa, e, a
partir do 31º dia, passará a exercer exclusivamente as atribuições do cargo substituído, dando
início ao processo de substituições nos níveis hierárquicos inferiores.

O valor da substituição realizada no mês de dezembro integra a base de cálculo da


gratificação natalina.

32
24. Revisando o módulo

33
Referências bibliográficas

1.BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.


Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso
em: 03 out. 2016.

2.BRASIL. Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm>. Acesso em: 03 out. 2016.

3.______. Lei 10.887, de 18 de junho de 2004. Dispõe sobre a aplicação de disposições da


Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, altera dispositivos das Leis nos
9.717, de 27 de novembro de 1998, 8.213, de 24 de julho de 1991, 9.532, de 10 de dezembro
de 1997, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2004-2006/2004/lei/l10.887.htm>. Acesso em: 30 jan. 2017.

4.______. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Secretaria de Recursos


Humanos. Manual Siape Folha. Programa de Multiplicadores em Gestão de Pessoas, Brasília,
abr. 2012.

5.______. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Secretaria de Gestão


Pública. Manual SIAPE Folha. Programa de Multiplicadores em Gestão de Pessoas, Brasília,
ago. 2014.

6.______. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Secretaria de Gestão


Pública. Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais Civis e dos Ex-territórios, v.
67, Julho de 2015 Brasília.

34
Siape Folha

Módulo
4 O Siapenet e suas funcionalidades

Brasília - 2017
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Francisco Gaetani

Diretor de Desenvolvimento Gerencial


Paulo Marques

Coordenadora-Geral de Educação a Distância


Natália Teles da Mota Teixeira

Conteudistas:
Claudiomar Oviedo Ribeiro (2017); e Cleison Faé (2017).

Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/CDT/Laboratório


Latitude e Enap.

© Enap, 2017

Enap Escola Nacional de Administração Pública


Diretoria de Comunicação e Pesquisa
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Telefone: (61) 2020 3096 - Fax: (61) 2020 3178
SUMÁRIO

1. Introdução................................................................................................... 5

2. Contextualização......................................................................................... 5

3. Consultas cadastrais e financeiras................................................................ 6

4. Documentação e legislação.......................................................................... 6

5. Órgão/UPAG................................................................................................ 6

6. Gratificações e adicionais............................................................................. 7
6.1 Adicional de insalubridade.............................................................................. 8
6.2 Adicional de periculosidade............................................................................. 8
6.3 Adicional noturno............................................................................................ 9
6.4 Gratificação de raios-x................................................................................... 10
6.5 Adicional por serviço extraordinário.............................................................. 11

7. Atualização cadastral (pensão alimentícia)................................................. 13

8. Gestor do sistema (tabelas)....................................................................... 14

9. Encerramento............................................................................................ 14

Referências bibliográficas.............................................................................. 15
Módulo
4 O Siapenet e suas funcionalidades

1. Introdução

2. Contextualização

A sigla Siapenet foi criada para identificar o sistema de acesso às informações


armazenadas nas bases de dados do Sistema Integrado de Administração de
Recursos Humanos (Siape), pela internet, e tem como objetivo propiciar
consultas, atualizações envio e recebimento de arquivos a todos os usuários
envolvidos com o Siape.

O sistema é estruturado com base no conceito de Portal, e nele está


disponível um conjunto representativo de funcionalidades de recursos humanos, bem como a
possibilidade de comunicação, por meio dos informes, entre a Secretaria de Gestão de Pessoas
e Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (SEGRT-
MP) e suas unidades setoriais e seccionais.

Atualmente o Siapenet também possui módulos de pagamentos, que, baseados nos parâmetros
da SEGRT-MP, atribuem adicionais e gratificações específicas aos servidores, como é o caso
do módulo de gratificação e do módulo de adicionais. Por meio desse portal também são
cadastrados os beneficiários de pensão alimentícia.

5
Esses módulos possuem manuais específicos disponíveis no Siapenet (Documentação
e Legislação > Manuais do Sistema) que contém as informações e procedimentos
necessários para a correta operacionalização.

Nos próximos tópicos, aprenderemos como acessar esses módulos e quando utilizá-los.

3. Consultas cadastrais e financeiras

Entre os serviços disponíveis no Siapenet, há algumas consultas que


permitem obter dados cadastrais e financeiros existentes na base de dados
do Siape. Dentre as informações cadastrais destacam-se: dados funcionais e
pessoais do servidor e dados pessoais do pensionista.

Em consultas financeiras é possível emitir contracheque e comprovante de


rendimentos, além de obter o arquivo de crédito bancário etc.

O vídeo demonstrando o acesso ao Siapenet encontra-se disponível no ambiente virtual de


aprendizagem.

4. Documentação e legislação

Permite a obtenção, via download, dos principais manuais operacionais do


Siape, com as orientações para a utilização do sistema de forma correta
pelos usuários.

O vídeo demonstrando o acesso ao aos principais manuais encontra-se


disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

5. Órgão/UPAG

Também se encontra disponível no Siapenet o módulo Órgão/UPAG (Unidade


Pagadora), onde há aplicações que permitem ao usuário efetuar inclusões/
alterações/exclusões diretamente na folha de pagamento.

É nessa aplicação que são efetuadas as concessões de adicionais de


insalubridade, periculosidade, noturno etc. Há também opções de consulta,
como por exemplo, o cronograma da folha de pagamento.

O vídeo demonstrando o acesso a esse módulo encontra-se disponível no ambiente virtual de


aprendizagem.

6
6. Gratificações e adicionais

O módulo de gratificações tem como objetivo o pagamento automático das


gratificações fixas, de titulação e de desempenho, identificadas no módulo
como do tipo 1, 2 e 3 respectivamente.

Em linhas gerais o funcionamento do módulo consiste no cadastramento


da gratificação pelo gestor do sistema (MP) e pagamento da gratificação de
acordo com o tipo.

Tipo de Gratificações

• Tipo 1 - Fixa

Após o cadastramento da gratificação pelo gestor do sistema todos os servidores que fizerem
jus àquela gratificação (de acordo com as regras cadastradas pelo gestor do sistema) receberão
a mesma automaticamente, sem necessidade de intervenção da UPAG. O detalhamento do
cadastramento será apresentado mais adiante.

• Tipo 2 - Titulação

Semelhante ao tipo 1, após a gratificação ser cadastrada no sistema pelo gestor, o pagamento
será automático para os servidores que possuírem a titulação estabelecida nas regras
cadastradas.
• Tipo 3 - Desempenho

Para as gratificações de desempenho, o usuário deve efetuar a concessão individualmente


para cada servidor, informando a pontuação individual de cada um.

As gratificações ainda se dividem em automáticas e não automáticas. Nas automáticas o


pagamento é feito sem a intervenção dos órgãos, ou seja, após a gratificação ser criada pelo
gestor do sistema, todos os servidores que fazem jus a ela (seja devido ao cargo que ocupa
ou ao órgão em que se encontra) receberão automaticamente. No caso das gratificações não
automáticas, sua concessão será responsabilidade dos órgãos.

O gestor do sistema cadastra a gratificação no sistema e o órgão a concede individualmente


para cada servidor, ou seja, mesmo se o servidor se enquadrar nas regras da gratificação,
deverá haver a concessão para que ele receba a gratificação.

A principal parte do módulo é a tabela de gratificações. É nela que estão cadastradas todas as
gratificações pagas pelo sistema.

Para receber uma gratificação de titulação, seja ela automática ou não automática, o servidor
deve estar com a titulação cadastrada no Siape, caso contrário o módulo de gratificações emitirá
um aviso indicando que o referido servidor não se enquadra nas regras de concessão. Para o
reconhecimento da titulação o usuário deve informar a formação do servidor na transação
CAIASERVID, e em seguida reconhecer a titulação na transação CDATTITREC.

Já o módulo de adicionais é utilizado para concessão dos adicionais de insalubridade,


periculosidade, ionizante, raios-x, adicional por serviço extraordinário, adicional por serviço
extraordinário noturno e adicional noturno. A seguir, nos próximos tópicos, destacaremos
algumas informações importantes sobre eles.

7
6.1 Adicional de insalubridade

É pago aos servidores que realizam atividades com exposições permanentes


ou habituais a agentes biológicos, com base nos artigos 68 a 72 da Lei
8.112/90, Lei 8.270/91 e Orientação Normativa nº/2017 -SEGRT.

Como fazer no Siape:

O pagamento do adicional de insalubridade deve ser efetuado por meio do módulo de


adicionais, disponível no Siapenet.

Observações: O adicional de insalubridade, não se acumula com outros adicionais (de


periculosidade e de irradiação ionizante, bem como a gratificação por trabalhos com raios-x),
sendo uma forma de compensação por risco à saúde dos trabalhadores, tendo caráter
transitório, enquanto durar a exposição.

Para fins de pagamento do adicional, deve ser observada a data da portaria de localização,
concessão, redução ou cancelamento, para ambientes já periciados e declarados insalubres,
que deverão ser publicadas em boletim de pessoal ou de serviço.

O pagamento do adicional deve ser suspenso quando cessar o risco ou quando o servidor for
afastado do local ou da atividade que deu origem à concessão.

6.2 Adicional de periculosidade

É pago aos servidores que realizam atividades que geram risco de vida, com
base nos artigos 68 a 72 da Lei 8.112/90, Lei 8.270/91 e Orientação Normativa
nº/2017 -SEGRT.

Base de Cálculo:

Vencimento do cargo efetivo com base no percentual de dez por cento.

Como fazer no Siape:

O pagamento do adicional de periculosidade deve ser efetuado por meio do módulo de


adicionais disponível no Siapenet.

Observações: O adicional de periculosidade, não se acumula com outros adicionais (de


insalubridade e de irradiação ionizante, bem como a gratificação por trabalhos com raios-x). Ele
é uma forma de compensação por risco à saúde dos trabalhadores, tendo caráter transitório,
enquanto durar a exposição.

Para fins de pagamento do adicional, deve ser observada a data da portaria de localização,
concessão, redução ou cancelamento, para ambientes já periciados e declarados perigosos,
que deverão ser publicadas em boletim de pessoal ou de serviço.

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O pagamento do adicional deve ser suspenso quando cessar o risco ou quando o servidor for
afastado do local ou da atividade que deu origem à concessão.

6.3 Adicional noturno

É devido aos servidores pela prestação de serviço no horário compreendido


entre às 22h de um dia e às 5h do dia seguinte, no percentual de 25% sobre
o valor da hora normal, com base no art. 75 da Lei 8.112/90 e observadas as
orientações previstas na Nota Técnica 640/2010/COGES/DENOP/SRH/MP.

Observação: O adicional noturno possui caráter transitório, pois é cabível


somente enquanto o servidor estiver em efetivo exercício de trabalho
noturno.

Base de cálculo:

1º) encontrar o valor-hora de cada servidor. A SEGRT/MP adota os seguintes divisores:

Jornada de 8 horas diárias: (30 dias x 8 h = 240)


Jornada de 6 horas diárias: (30 dias * 6 h = 180)
Jornada de 4 horas diárias: (30 dias x 4 h = 120)

2º) dividir a remuneração do servidor pela carga horária trabalhada no mês, obtendo-se o
valor da remuneração por hora do servidor.

= Remuneração / jornada mensal

3º) transformação do período trabalhado em horário noturno.

= Horas noturnas x 60 minutos / 52,5

Exemplo: Servidor com jornada de 8 horas diárias, remuneração de R$2.000,00 e 35 horas de


serviço em horário noturno.

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Como fazer no Siape:

O pagamento do adicional noturno deve ser efetuado por meio do módulo de adicionais
disponível no Siapenet.

Observações: A hora noturna é computada como de 52 minutos e 30 segundos (artigo 75 da


Lei no 8.112/90).

Em sendo a hora noturna trabalhada também extraordinária, o percentual de 25% incidirá


sobre o valor da hora diurna acrescida de 50% - artigo 75, parágrafo único da Lei nº 8.112/90.

6.4 Gratificação de raios-x

É devida ao servidor que opere, obrigatória e habitualmente, por período


mínimo de 12 horas semanais, com geradores de radiação ionizante ou
substâncias radioativas, próximo às fontes de irradiação, com base nos
artigos 68 a 72 e 79 da Lei 8.112/90 e observadas as orientações previstas na
Orientação Normativa 4/2017 da SEGRT.

Base de cálculo:

A gratificação de raios-x ou substâncias radioativas corresponde a 10% do vencimento do


cargo efetivo.

Como fazer no Siape:

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O pagamento da Gratificação de raios X ou substâncias radioativas deve ser efetuado por meio
do módulo de adicionais disponível no Siapenet.

Observações: Sobre o valor da gratificação de raio X ou substâncias radioativas incidem


descontos de contribuição para o Plano de Seguridade Social do Servidor (PSSS) e Imposto de
Renda (IRRF).

A percepção de gratificação de raio X ou substâncias radioativas é incompatível com horas


extras neste tipo de função ou trabalho, e com a percepção de adicional de insalubridade,
periculosidade ou irradiação ionizante.

6.5 Adicional por serviço extraordinário

Adicional pago aos servidores ocupantes de cargo efetivo que, em situações


excepcionais e temporárias, realizem jornada extra de trabalho, ou seja,
além da sua carga horária normal, cuja remuneração é acrescida de 50%
sobre o valor/hora normal, com base nos artigos 73 e 74, parágrafo único do
artigo 75 da Lei 8.112/90, do Decreto 948/1993 e da Orientação Normativa
3/2015/SEGEP/MP.

Base de Cálculo:

Considera-se remuneração, para fins de concessão do adicional por serviço extraordinário, o


vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas
em lei. Para verificar as rubricas com incidência no adicional por serviço extraordinário acesse
a transação >TBCORUBRIC.

A hora normal de trabalho do servidor corresponde à divisão da remuneração pela carga


horária trabalhada no mês.

A carga horária trabalhada no mês corresponde à multiplicação de 30 (trinta) dias pela carga
horária diária realizada pelo servidor, nos termos seguintes:

Para os servidores submetidos à jornada de trabalho de 8 horas diárias, a carga horária mensal
deverá corresponder à multiplicação de 30 dias por 8 horas, resultando 240 horas por mês;
para os servidores submetidos à jornada de trabalho de 6 horas diárias, a carga horária mensal
deverá corresponder à multiplicação de 30 dias por 6 horas, resultando 180 horas por mês; e
para os servidores submetidos à jornada de trabalho de 4 horas diárias, a carga horária mensal
deverá corresponder à multiplicação de 30 dias por 4 horas, resultando 120 horas por mês.

Exemplo: Servidor com jornada de 8 horas diárias, remuneração de R$2.000,00, e realização


de 20 horas de serviço extraordinário.

Para a definição do valor devido como hora extraordinária aplicar-se-á o percentual de 50%
sobre o valor da hora normal trabalhada.

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Como fazer no Siape:

O pagamento do adicional de serviço extraordinário deve ser efetuado por meio do módulo de
adicionais disponível no Siapenet.

Observações: Obrigatoriedade de autorização prévia e expressa do dirigente de recursos


humanos do órgão. A chefia é responsável pelo pedido de autorização que deverá conter:

• a justificativa do pedido, com indicação precisa da situação excepcional e temporária


de que trata o artigo 3º;
• o local, data e horário da realização do serviço;
• a relação nominal dos servidores designados para a realização do serviço;
• a comprovação da existência de dotação orçamentária; e
• a comprovação de inexistência de contratação de pessoal por tempo determinado,
nos termos da Lei 8.745, de 9 de dezembro de 1993, para atender a mesma situação.

Não é devido o adicional por serviço extraordinário ao servidor:

• ocupante de cargo em comissão ou funções de confiança;


• que seja remunerado por subsídio; e
• que faça jus à percepção do Adicional por Plantão Hospitalar, de que trata o artigo
298 da Lei 11.907, de 2 de fevereiro de 2009, referente a mesma hora de trabalho.

Os servidores que estiverem numa das situações acima relacionadas somente poderão
receber o adicional de serviço extraordinário em casos de emergência ou calamidade pública
devidamente justificada pela autoridade competente:

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• submetido à jornada de trabalho reduzida, nos termos da Medida Provisória 2.174-
28, de 24 de agosto de 2001;
• que tenha horário especial, nos termos do artigo 98 da Lei 8.112, de 1990;
• que cumpra jornada de trabalho de 6 (seis) horas diárias e de 30 (trinta) horas
semanais, nos termos do artigo 3º do Decreto 1.590, de 10 de agosto de 1995;
• que acumule cargos, cuja soma da jornada regular e a do serviço extraordinário
ultrapasse o total de 60 (sessenta) horas semanais;
• que ocupe cargo de técnico de radiologia.

Limites: 02 horas diárias / 44 horas mensais / 90 horas anuais1.

7. Atualização cadastral (pensão alimentícia)

O Módulo de Pensão Alimentícia tem como objetivo definir e implementar


o cadastro de beneficiários de pensão alimentícia, de modo que o desconto
desse benefício seja parametrizado e automático.

Este Módulo tem a função de permitir que o Siape calcule automaticamente


as rubricas relacionadas ao desconto de pensão alimentícia, a partir de
dados cadastrais dos responsáveis legais e da parametrização do cálculo,
permitindo maior controle sobre o desconto e minimizando assim o trabalho das Unidades
Pagadoras.

Principais benefícios:

• Controle dos beneficiários e alimentados de Pensão Alimentícia;


• Consultas Gerenciais;
• Maximizar o controle sobre o valor do benefício pago;
• Diminuição de informações enviadas no arquivo mensal de movimentação financeira
de Pensão Alimentícia entre as Unidades Pagadoras e o sistema Siape;
• Possibilidade de automatizar e/ou encerrar o desconto do benefício a partir da data
de vigência da Pensão Alimentícia;
• Minimizar o trabalho das Unidades Pagadoras evitando que as mesmas informem o
valor do benefício de cada rubrica de Pensão Alimentícia por servidor/pensionista.

Para acessar as funcionalidades desse módulo, o usuário deverá, após acessar o Siapenet,
selecionar a opção Atualização cadastral. Em seguida, deverá selecionar a opção “Pensão
Alimentícia”.

O vídeo demonstrando o acesso a esse módulo encontra-se disponível no ambiente virtual de


aprendizagem.

1. Pode ser acrescido de 44 h mediante autorização da SEGEP/MP

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8. Gestor do sistema (tabelas)

Por meio da opção Gestor do Sistema, é possível consultar tabelas como as


de afastamento, adicional, gratificação etc. Essas tabelas são muito
importantes, pois através delas que são solucionadas algumas
incompatibilidades no momento da operacionalização por estarem
devidamente adaptadas à legislação.

O vídeo demonstrando como consultar tabelas encontra-se disponível no


ambiente virtual de aprendizagem.

9. Encerramento

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Referências bibliográficas

1. BRASIL. Serviço Federal de Processamento de Dados. Revista Tema, Ed 201, Brasília, 05 de


fevereiro de 2010.

2.______. Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm. Acesso em: 03 out. 2016.

3.______. Lei 8.270, de 17 de dezembro de 1991. Dispõe sobre reajuste da remuneração dos
servidores públicos, corrige e reestrutura tabelas de vencimentos, e dá outras providências.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8270.htm. Acesso em: 31 jan. 2017.

4.______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Recursos Humanos.


Manual Siape Folha. Programa de Multiplicadores em Gestão de Pessoas, Brasília, abr. 2012.

5.______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão Pública.


Manual Siape Folha. Programa de Multiplicadores em Gestão de Pessoas, Brasília, ago. 2014.

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