Avaliação Diagnóstica de Língua Portuguesa
8º ano
Auto da Compadecida
(João Grilo e Chicó na Igreja Conversam)
João Grilo: Ele vem mesmo, Chicó? Estou desconfiado.
Você é tão sem confiança.
Chicó: Eu, sem confiança? Está me estranhando? Juro
que ele vem. Só não sei se vai benzer o Cachorro.
João Grilo: Porque não vai benzer? Qual é o problema
de benzer um Cachorro?
Chicó: Não tem nada de mais, eu mesmo já tive um
cavalo bento, mas é sempre bom evitar conversas.
João Grilo: Que isso, Chicó? Já estou cheio de suas
histórias. Quando peço uma explicação vem sempre
com “não sei, só sei que foi assim!”.
Chicó: Mas eu tive um cavalo bento mesmo, meu filho,
o que é que eu posso fazer? Mentir? Dizer que nunca
tive?
João Grilo: Você vem com essas histórias e depois se
queixa quando o povo diz que você é sem confiança.
Chicó: Eu sem confiança? Antônio Martinho está de
prova do que digo.
João Grilo: Antônio Martinho? Faz três anos que ele
bateu as botas.
Chicó: Era vivo quando tive o bicho.
João Grilo: Quando você teve o bicho? Por um acaso
foi você quem pariu o cavalo, Chicó?
Chicó: Eu não, mas do jeito que tá, não me admira mais
nada. No mês passado uma mulher lá pros lados da
serra do Araripe, no Ceará, pariu um.
João Grilo: Isso é coisa da seca. Acaba nisso, essa fome:
não pode ter menino e haja cavalo nesse mundo. A
comida é mais barata e é coisa que se pode vender. Mas
e seu cavalo, como foi?
Chicó: Foi uma velha que me vendeu barato, porque ia
se mudar, mas recomendou todo o cuidado porque o
cavalo era bento. E só podia ser mesmo, porque cavalo
bom como aquele eu nunca tinha visto. Uma vez
corremos atrás de uma garrota, das seis da manhã até
as seis da tarde, sem parar nem por um momento, eu a
cavalo, ele a pé. Fui derrubar a novilha já de noitinha,
mas quando acabei o serviço e enchocalhei a rês, olhei
ao redor, e não conhecia o lugar que estávamos. Tomei
uma vereda que havia assim e saí tangendo o boi...
João Grilo: O boi? Não era uma garrota?
Chicó: Uma garrota e um boi.
João Grilo: E você corria atrás dos dois de uma vez?
Chicó (irritado): Corria, é proibido?
João Grilo: Não, mas eu me admiro eles correrem tanto
tempo juntos, sem se apartarem. Como foi isso?
Chicó: Não sei, só sei que foi assim. Saí tangendo os
bois e de repente avistei uma cidade. É uma história
que eu não gosto nem de contar.
(…)
Padre: Para eu benzer?
Chicó: Sim
Padre (com desprezo): Um cachorro?
Chicó: Sim.
Padre: Que maluquice! Que besteira!
João Grilo: Cansei de dizer a ele que o senhor não
benzia. Benze porque benze, vim com ele.
Padre: Não benzo de jeito nenhum.
Chicó: Mas padre, não vejo nada de mal em se benzer
o bicho.
João Grilo: No dia em que chegou o motor novo do
Major Antônio Moraes o senhor não benzeu?
Padre: Motor é diferente, é uma coisa que todo mundo
benze. Cachorro é que eu nunca ouvi falar.
Chicó: Eu acho cachorro uma coisa muito melhor do
que motor.
Padre: É, mas quem vai ficar engraçado sou eu,
benzendo o cachorro. Benzer motor é fácil, todo
mundo faz isso, mas benzer cachorro?
João Grilo: É, Chicó, o padre tem razão. Quem vai ficar
engraçado é ele e uma coisa é o motor do major
Antônio Morais e outra benzer o cachorro do major
Antônio Morais.
Padre (mão em concha no ouvido): Como?
João Grilo: Eu disse que uma coisa era o motor e outra
o cachorro do major Antônio Morais.
Padre: E o dono do cachorro de quem vocês estão
falando é Antônio Morais?
João Grilo: É. Eu não queria vir, com medo de que o
senhor se zangasse, mas o major é rico e poderoso e eu
trabalho na mina dele. Com medo de perder meu
emprego, fui forçado a obedecer, mas disse a Chicó: o
padre vai se zangar.
Padre (desfazendo-se em sorrisos): Zangar nada, João!
Quem é um ministro de Deus para ter direito de se
zangar? Falei por falar, mas também vocês não tinham
dito de quem era o cachorro!
João Grilo: Quer dizer que benze, não é?
Padre, a Chicó: Você o que é que acha?
Chicó: Eu não acho nada de mais.
Padre: Nem eu. Não vejo mal nenhum em abençoar as
criaturas de Deus.
João Grilo: Então fica tudo na paz do Senhor, com
cachorro benzido e todo mundo satisfeito.
Padre: Digam ao major que venha. Eu estou esperando.
01. Releia os trechos:
João Grilo: Ele vem mesmo, Chicó? Estou
desconfiado. Você é tão sem confiança.
Chicó: Eu, sem confiança? Está me estranhando? (…)
João Grilo: Você vem com essas histórias e depois se
queixa quando o povo diz que você é sem confiança.
Chicó: Eu sem confiança? Antônio Martinho está de
prova do que eu digo.
A expressão destacada no texto pode ser substituída,
sem prejuízo de sentido por:
a) desconfiado.
b) mentiroso.
c) sem certeza.
d) sem dó.
02. Leia o trecho e responda o que se pede:
Padre: Para eu benzer?
Chicó: Sim
Padre (com desprezo): Um cachorro?
Chicó: Sim.
Padre: Que maluquice! Que besteira!
João Grilo: Cansei de dizer a ele que o senhor não
benzia. Benze porque benze, vim com ele.
Padre: Não benzo de jeito nenhum.
Chicó: Mas padre, não vejo nada de mal em se benzer
o bicho.
João Grilo: No dia em que chegou o motor novo do
Major Antônio Moraes o senhor não benzeu?
Em relação à linguagem, assinale a alternativa
correta:
a) é formal porque se trata do diálogo com um padre.
b) é formal porque contém expressões voltadas para o
público leigo.
c) é informal para tornar mais convincente a
argumentação da personagem.
d) é informal porque apresenta expressões
empregadas no dia a dia e em um diálogo entre
personagens que revelam certo grau de intimidade.
03. Depois que João Grilo afirma que o cachorro a
ser benzido é do Major Antônio Moraes, o padre,
a) acha uma loucura benzer o animal que é do major.
b) acha que João Grilo está brincando.
c) acha razoável benzer o animal, que é uma criatura
de Deus.
d) acha que benzer um motor é mais adequado que
benzer um cachorro.
Leia o texto e responda as questões 4 e 5
O papel e a tinta
Certo dia, uma folha de papel que estava em
cima de uma mesa junto com outras folhas exatamente
iguais a ela viu-se coberta de sinais. Uma caneta preta
havia escrito uma porção de palavras em toda a folha.
– Será que você não podia me poupar desta
humilhação? – reclamou, furiosa, a folha de papel para
a tinta.
– Espere! – respondeu a tinta. – Eu não
estraguei você. Eu cobri você de palavras. Agora você
não é mais apenas uma folha de papel, mas sim uma
mensagem. Você se transformou num documento
precioso!
A folha de papel não se conformou com isso e
ficou quase a chorar, sentindo-se suja e diminuída ao
lado das outras folhas, todas limpas e branquinhas.
Mas, pouco depois, uma linda moça
aproximou-se da pilha de folhas de papel. Nem ligou
para as que estavam em branco. Pegou a que estava
coberta de palavras e aproximou-a do rosto. Sorriu,
lindamente, e suspirou.
A folha de papel, se pudesse sorrir, aliviada,
também teria sorrido. Feliz, ela agora compreendia o
que lhe tinha dito a tinta. Agora, ela era uma folha de
papel especial, muito especial!
(Adaptação de Pedro Bandeira do conto de Leonardo
Da Vinci)
04. No texto, o que gera o conflito da narrativa é o
fato de:
a) a caneta ter escrito algumas palavras na folha em
branco.
b) a folha com palavras escritas ter sido escolhida
entre as outras em branco.
c) a folha de papel perceber que era especial.
d) a folha com palavras escritas se sentir diminuída
perto das demais.
05. A folha de papel se transformou em um
documento precioso porque:
a) ajudou a tinta a se expressar por meio das palavras
escritas na folha.
b) deixou de ser apenas uma folha de papel e se
tornou uma mensagem.
c) se sentiu diminuída perto das outras folhas que
estavam em branco.
d) conseguiu convencer a caneta a não humilhá-la
novamente.
Leia os textos abaixo e responda as questões 6, 7, 8 e
9.
TEXTO 1
PROLOGO
(entra o coro)
Coro
Duas casas, iguais em seu valor,
Em Verona, que a nossa cena ostenta,
Brigam de novo, com velho rancor,
Pondo guerra civil em mão sangrenta.
Dos fatais ventres desses inimigos nasce,
Com má estrela, um par de amantes,
Cuja derrota em trágicos perigos
Com sua morte enterra a luta de antes.
A triste história desse amor marcado 08. De acordo com o texto I, as duas famílias
E de seus pais o ódio permanente, inimigas pararam de brigar porque:
Só com a morte dos filhos terminado, a) seus filhos, que estavam apaixonados, morreram.
Duas horas em cena está presente. b) uma delas perdeu a guerra em que lutavam.
Se tiverem paciência para ouvir-nos, c) tiveram paciência para conversar uma com a outra.
Havemos de luta pra corrigir-nos. (Sai.) d) estavam exaustas, já que a guerra havia durado
mais de duas horas.
TEXTO 2
09. No trecho: “Nasce, com má estrela, um par de
ROMANCE DE amantes”, do texto I, a expressão destacada
ROMEU E JULIETA significa que os amantes nasceram:
a) apaixonados.
Vou contar neste romance b) felizes.
a desdita de romeu c) preocupados.
na sua curta existência d) amaldiçoados.
de tudo que padeceu
foi a lenda mais tocante
que a nossa imprensa escreveu Depressa

Essa história é conhecida Eu ia correndo à vida. Aos sete, a gente é assim.

em quase toda nação Pula de um doce pra um brinquedo. De um brinquedo
no teatro e no cinema pra uma tristeza. Tudo rápido, no demorado da infância.
tem causado amarga lembrança O pai chegava, Olha o que eu trouxe pra você!, e abria
no mais brutal coração a mão: um punhado de balas Chita! O mundo, então,
era aquele sabor em minha boca, eu concentrado em
O que sofreu julieta mastigar, querendo outra, e mais outra, satisfeito de
o ente que tiver lido todo seu padecimento estar ali, fiel ao meu instante. [...]
como foi acontecido Assim era um dia, o outro também: eu
depois de cinco ou seis anos despertava, me enfiava no uniforme e no menino que
inda não está esquecido me cabia, o café da manhã vinha a mim, eu e meu
irmão indo pra escola, o caminho um sobe e desce que
Verona, antiga cidade andava em nós; na rua pensávamos no encontro com
da província italiana os amigos no portão; no portão já íamos rascunhando
foi berço de capuleto o que aprenderíamos na sala de aula; na sala de aula já
aquela raça tirana recolhendo o tempo, como uma corda, pra trazer mais
que odiava a montéquio rápido o recreio — e nele viver pequenas alegrias. [...]
família honesta e humana. Então, numa manhã, veio do Rio de Janeiro a
tia Imaculada e com ela a prima Teresa, que eu não
06. Comparando os dois textos pode-se afirmar que: conhecia. Chegamos da escola, a tia na cozinha ajudava
a) texto 1 refere-se a uma tragédia e o texto 2 a uma a mãe a fazer o almoço, Oi, oi, beijo em mim, beijo em
comédia. meu irmão, ele já indo guardar a mochila, eu ali, e lá no
b) ambos apresentam, de forma resumida, a história quintal ela, Teresa, menina. Vi, feliz, a novidade, mas,
que será narrada. em seguida, desvi.
c) apenas uma das histórias se passa na cidade de Ia pegar a direção do quarto, quando a tia disse,
Verona. Vai falar com a sua prima, e a mãe, Deixa de ser bicho
d) apenas o texto 2 trata da briga entre duas famílias. do mato, e aí eu fui, meio resignado, meio à vontade. A
Teresa estava lá, calada, à sombra da mangueira. Tão
07. O tema do texto I é: calada que eu pensei, mesmo sem sermos íntimos, Ela
a) uma peça de teatro que dura cerca de duas horas. tá triste. Eu nem sabia ler a tristeza nas pessoas. Eu
b) a guerra civil em que todos os italianos tiveram que ainda errava no meu olhar. Mas aí eu me acerquei, no
lutar. máximo de meu quieto, como se dizendo, Oi, eu tô aqui.
c) a história de um casal apaixonado que pertencia a Ela mirava o chão, sincera com as formigas. Ergueu a
famílias inimigas. cabeça. Sorriu. Na minha impaciência, eu ia correr com
d) a cidade italiana de Verona, em que a história se as palavras, oferecendo um assunto pra nós. Mas,
passa. estranhamente, senti uma calmaria, quase de sono.
Olhei bem pra ela. Pra ver tudo, nos detalhes. A cor dos
olhos, o nariz arrebitado, a boca bonita, os dentes
brancos clarinhos, tudo o que, pra mim, era o jeito dela.
E, foi aí, de repente, que eu perdi toda a pressa do
mundo.
CARRASCOZA, João Anzanello. Depressa. Em: Aos 7 e
aos 40.
Rio de Janeiro: Alfaguara, 2016. p. 7-10.
10. Com base na leitura do texto, é possível concluir
que ele trata principalmente:
a) das pequenas alegrias que o narrador viveu na hora
do recreio.
d) das vezes em que o narrador ia para a escola na
companhia de seu irmão.
c) do sabor de bala preferido do narrador da história.
d) das lembranças que o narrador tem de sua infância.
11. Podemos entender que, no final do texto, o
narrador perdeu "toda a pressa do mundo"
porque:
a) sentiu que estava apaixonado pela prima.
b) não queria atrapalhar a prima, que estava ocupada.
c) se lembrou de que não gostava daquela prima.
d) não queria ter que ajudar a mãe a fazer o almoço.
12. No trecho "Deixa de ser bicho do mato", a
expressão destacada significa ser
a) corajoso.
b) envergonhado.
c) receptivo.
d extrovertido.
Leia o texto a seguir e faça o que se pede.
Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990
Título I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à
criança e ao adolescente.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei,
a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre
dezoito e vinte e um anos de idade.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas
as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
social, em condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei
aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade,
sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem,
condição econômica, ambiente social, região e local de
moradia ou outra condição que diferencie as pessoas,
as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído
pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do poder público assegurar, com
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em
quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos
ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das
políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas
áreas relacionadas com a proteção à infância e à
juventude.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto
de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão,
aos seus direitos fundamentais.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta
os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem
comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e
a condição peculiar da criança e do adolescente como
pessoas em desenvolvimento.
13. Logo após o título da lei, há o seguinte texto:
“Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências.” Em relação
ao conteúdo do documento, esse trecho faz:
a) uma análise.
b) uma contestação.
c) uma crítica.
d) uma síntese
14. No trecho “Parágrafo único. Nos casos expressos
em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto
 às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de
idade”. O vocábulo destacado indica:
a) um caso incomum.
b) um episódio admirável.
c) uma ocorrência corriqueira,
d) uma situação frequente.
15. De acordo com o Art. 4º do Estatuto da Criança e
do Adolescente, a família, a comunidade, a
sociedade e o poder público devem:
a) definir a compreensão da faixa etária das crianças e
dos adolescentes.
b) promover proteção e socorro às crianças e aos
adolescentes.
c) proteger as crianças e os adolescentes de situações
de descuido.
d) zelar pela efetivação dos direitos das crianças e dos
adolescentes no país.
17. De acordo com a parte escrita e as imagens do texto:
a) a morte ameaça levar o menino que está fazendo o teatrinho, assustando a plateia.
b) o menino é vaiado pela Morte por não passar a emoção esperada em sua atuação.
c) a Morte se mostra orgulhosa de seu filho, a caveirinha que está nas mãos do menino.
d) as pessoas que estão assistindo ao teatrinho aplaudem o filho da Morte: o menino.
A calamidade dos acidentes de trabalho no Brasil
Organização Mundial do Trabalho (OIT) aponta
que em todo o mundo, por ano, cerca de 270 milhões
de trabalhadores são vitimados em decorrência de
acidentes no exercício de suas funções laborais. Desse
total, cerca de dois milhões perdem suas vidas. São 5
mil mortes por dia, três vidas perdidas a cada minuto,
aproximadamente o dobro dos óbitos registrados pelas
guerras e mais do que as perdas provocadas pela Aids.
Ainda a se lamentar o fato de que 12 mil dessas vítimas
são crianças.
No Brasil, segundo números do Ministério da
Previdência Social, aconteceram 705.239 acidentes de
16. Releia o trecho a seguir.
"Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei
aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade,
sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,
condição pessoal de desenvolvimento e
aprendizagem, condição econômica, ambiente social,
região e local de moradia ou outra condição que
diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade
em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)."
O uso dos parênteses, nesse trecho, tem a intenção de:
a) apontar o principal trecho presente no texto do
documento.
b) esclarecer a informação previamente mencionada
no texto.
c) indicar uma retificação do que se afirmou
previamente no texto.
d) mostrar a existência de supressão de elemento
textual no documento.
trabalho com 2.731 mortes no ano de 2012. Desses,
14.755 trabalhadores ficaram permanentemente
incapacitados para o trabalho. O setor com maior
número de acidentes é o de comércio e reparação de
veículos automotores, com 95.659 registros, seguido
pelo de saúde e serviços sociais, com 66.302 casos. Em
terceiro aparece o da construção civil, que apresentou
aumento, passando de 60.415 em 2011, para 62.874
em 2012.
É importante destacar em relação ao nosso
país que essas estatísticas levam em conta somente os
acidentes que vitimaram trabalhadores formais, com
vínculo celetista, o que corresponde a 30% da
População Economicamente Ativa (PEA). Por isso
mesmo é possível indicar que os números reais revelam
verdadeira calamidade quanto a esse quadro no Brasil.
Hoje, portanto, quando se celebra o Dia em Memória
às Vítimas de Acidentes de Trabalho, faz-se necessária
reflexão sobre a temática, principalmente ao se levar
em conta que a saúde do trabalhador está
contemplada no direito universal à saúde como uma
conquista da cidadania brasileira, garantida na
Constituição Federal, em seu artigo 200.
Como competência do Sistema Único de Saúde
(SUS), questões ligadas a esse campo extrapolam a
mera relação entre trabalhador e empregador,
passando a ser também um objeto de saúde pública. É
preciso que isso seja efetivado de fato.
18. Qual é o assunto abordado nesse editorial?
a) a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
b) o Sistema Único de Saúde (SUS).
c) os acidentes de trabalho.
d) as mortes nas guerras.
19. Que estratégia foi utilizada na defesa do ponto de
vista apresentada no editorial?
a) citação de fato histórico.
b) apresentação de dados estatísticos.
c)) depoimento de especialistas no assunto.
d) comparação.
20. Que alternativa corresponde a informação
extraídas do editorial lido?
a) Os acidentes de trabalho ainda não são considerados
significativos no mundo.
b) A População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil
caiu 30% devido à ocorrência de acidentes de trabalho.
c) O índice de acidentes de trabalho na construção civil
aumentou de 2011 para 2012.
d) No Brasil, os acidentes de trabalho envolvendo
crianças aumentaram nos últimos anos.
21. Que alternativa expressa a tese de um texto?
a) “No Brasil, segundo números do Ministério da
Previdência Social, aconteceram 705.239 acidentes de
trabalho com 2.731 mortes no ano de 2012
b) "O setor com maior número de acidentes é o de
comércio e reparação de veículos automotores [...]."
c) É necessário refletir sobre os acidentes de trabalho e
buscar formas de garantir que o direito do trabalhador
à saúde seja respeitado para evitar que novos
acidentes ocorram.
d) O Dia Mundial em Memória às vítimas de Acidentes
de Trabalho não deveria ser comemorado.
22. A informação principal desse texto é que:
a) o Dia em Memória às vítimas de Acidentes de
Trabalho é celebrado no dia 28 de abril.
b) o maior número de acidentes de trabalho no Brasil
acontece no setor de comércio e reparação de veículos.
c) os altos índices de acidentes de trabalho
demonstram que é necessário uma reflexão sobre a
saúde do trabalhador.
d) o número de trabalhadores que se acidentam no
setor da construção é de mais de 62 mil.
O Gênio Minúsculo
O gênio estava entediado dentro daquela
garrafa sabe quanto mil anos demoram a passar. Ainda
mais, flutuando num mar sem fim. Até que uma onda
joga a mágica prisão na areia de uma pria.
Com o baque o gênio se estabaca e bate o cocuruto na
parede de vidro. vê estrelas e constelações. Além de
duas mãos gigantescas se aproximando…
23. O protagonista do texto é:
a) um gênio que mora em uma garrafa.
b) uma garrafa que está no meio das ondas.
c) uma onda que bate nas areias da praia.
d) duas mãos gigantescas que se aproximam.
24. Que trecho melhor indica a causa do tédio da
personagem?
a) "Quatro mil anos demoram a passar"
b) "Uma onda joga a mágica prisão na areia de uma
praia"
c) "O gênio se estabaca e bate o cocuruto na parede de
vidro."
d) "Vê estrelas e constelações. Além de duas mãos
gigantescas se aproximando…"
Prezado leitor
Sou cinéfilo assumido e, nos últimos anos,
tenho notado uma mudança perniciosa em relação ao
silêncio nas salas de cinema, o que acaba prejudicando
muito a experiência cinematográfica
Ultimamente, as pessoas ficam conversando o
tempo todo. Além disso. os celulares tornaram-se
vilões e, logo, temos um problema que ameaça a
experiência toda de ir ao cinema: a falta de silêncio
Há quem possa dizer que isso é coisa de quem
não acompanha as mudanças do mundo, que hoje tudo
é muito mais barulhento e agitado por isso eu teria que
me conformar. Apesar de reconhecer a existência dessa
tendência, para mim, o silêncio na sala de cinema e
mandatório para uma experiência completa, uma vez
que as distrações podem nos desviar da história a
ponto de nos perdermos dela. As vozes deveriam vir
apenas da telona.
As luzes também.
Não é possível ficar 2. 3 horas sem olhar o
celular? Não é possível colocá-lo no modo silencioso?
Não é possível aguardar a sessão terminar para
comentar sobre seu ator preferido ou sobre a cena
mais emocionante?
Convoco, então, os donos das salas de cinema
a serem mais proativos na manutenção da ordem. É
preciso dar condições aos frequentadores de assistirem
aos seus filmes preferidos com alguma tranquilidade
Às grandes redes de cinema, peço que
considerem viabilizar uma campanha de
conscientização contundente sobre algumas regras
básicas de comportamento dentro do cinema.
Aos frequentadores barulhentos, peço um
exame de consciência que resulte no resgate de um
valor bastante básico (para dentro e fora das salas de
cinema): o respeito ao próximo
Atenciosamente,
Jorge.
Ana Laura Gonçalves Nakazoni.

25. No trecho: “apesar de reconhecer a existência

dessa tendência, para mim, o silêncio na sala de
cinema é mandatório para uma experiência
completa”, o termo destacado estabelece entre as
orações uma relação de:
a) conclusão.
b) explicação.
c) adversidade.
d) concessão.

26. No trecho: “peço um exame de consciência que

resulte no resgate de um valor bastante básico
(…): o respeito ao próximo.” o uso dos dois
pontos (:) tem função de:
a) especificar qual é “o valor bastante básico”
mencionado.
b) apresentar uma citação de outra pessoa.
c) iniciar uma enumeração de exemplos.
d) apresentar uma informação que não é importante.
 Avaliação Diagnóstica de Matemática
8º ano

27. D19/NÍVEL 1 - (Prova Brasil). Pedro e João jogaram Observe a representação do jardim na parte
uma partida de bolinhas de gude. No final, João sombreada da malha.
tinha 20 bolinhas, que correspondiam a 8 bolinhas
a mais que Pedro.
João e Pedro tinha juntos
(A) 28 bolinhas
(B) 32 bolinhas
(C) 40 bolinhas
(D) 48 bolinhas

28. D19/NÍVEL 4 - (Prova Brasil). Num cinema, há 12

fileiras com 16 poltronas e 15 fileiras com 18
poltronas.
O número total de poltronas é: Como o quadradinho da malha corresponde a 1 metro
(A) 192 quadrado, o jardineiro pediu à dona Rosa para
(B) 270 comprar
(C) 462 A) 25 metros quadrados de grama.
(D) 480 B) 50 metros quadrados de grama.
C) 56 metros quadrados de grama.
29. D26/NÍVEL 2 - (SPAECE). Joana comprou uma D) 70 metros quadrados de grama.
televisão por R$ 921,90 e pagou em 3 prestações
iguais. 33. D13/NÍVEL 7 - (1ª P.D – 2012). Paulo César tem um
Qual é o valor de cada prestação que Joana pagou? terreno retangular conforme a figura a seguir:
A) R$ 37,00
B) R$ 37,30
C) R$ 307,00
D) R$ 307,30

30. D26/NÍVEL 3 - (AvaliaBH). Sérgio tinha R$ 10,00.

Ele fez uma compra de R$ 7,86 na padaria.
Quanto Sérgio recebeu de troco?
A) R$ 2,13
B) R$ 3,24 A medida da área desse terreno é
C) R$ 2,14 (A) 30 m2.
D) R$ 3,86 (B) 35 m2.
(C) 70 m2.
31. D20/NÍVEL 4 - As regras de um campeonato de (D) 300 m2
futebol são:
34. D34/NÍVEL 5 - (SAEB 2013). Lucas comprou 3
canetas e 2 lápis pagando R$ 7,20. Danilo
comprou 2 canetas e 1 lápis pagando R$ 4,40. O
sistema de equações do 1º grau que melhor
Ao término do campeonato, um time obteve os representa a situação é
seguintes resultados: 3 vitórias, 1 derrota e 2 3x + 2 y = 7,20 3x − 2 y = 7,20
empates.  
(A) 
2 x + y = 4,40 (B) 
2 x − y = 4,40
Quantos pontos alcançou esse time?
A) -2  x + y = 3,60 3x + y = 7,20
B) +5  
(C) 
x − y = 2,20 (D) 
x + y = 4,40
C) 0
D) +3
35. D16/NÍVEL 3 - (SAEPE). Na reta numérica abaixo,
32. D13/NÍVEL 1 - (PROEB). Dona Rosa quer gramar o estão representados alguns números inteiros.
jardim de sua casa.
Qual o número correspondente ao ponto X? (D) o número é 20.
A) -7
B) -1 41. D29/NÍVEL 3 - (IPOJUCA - PE). Margarida gastou
C) 1 10 kg de limão para fazer 30 litros de limonada.
D) 3 Mantendo essa proporção, quantos litros de limonada
Margarida poderá fazer com 50 kg de limão?
36. D15/ NÍVEL 1 - (PAEBES). Silvana ficou 72 horas A) 30
com um livro da biblioteca. B) 70
Quantos dias ela ficou com esse livro? C) 120
A) 3 dias. D) 150
B) 5 dias.
C) 6 dias. 42. D29/NÍVEL 5 - (Imenes & Lellis). Se 2 kg de
D) 9 dias. bacalhau custam R$ 75,00, qual será o preço de
1,4 kg de bacalhau?
37. D15/NÍVEL 6 - (PROVA BRASIL – com A) R$ 37,00
modificações). Uma peça de teatro teve início às B) R$ 39,00
20h30min e terminou às 22h15min. Qual o tempo C) R$ 52,50
dessa peça em minutos? D) R$ 57,00
(A) 65min
(B) 75min 43. D4/NÍVEL 1 - (Saerjinho). Veja os desenhos abaixo.
(C) 95min
(D) 105min

38. D30/NÍVEL 4 - Marta contratou um bufê para a

festa de seu aniversário. Esse bufê utiliza a
expressão:
10c + 25p + 250 para fazer o orçamento de uma festa,
sendo c o número de crianças e p o número de
adultos convidados para o evento.
Marta convidou 15 crianças e 50 adultos. Ela deverá
pagar ao bufê
(A) 285 reais.
(B) 1 400 reais. Os desenhos que representam retângulos são
(C) 1 650 reais. A) 2 e 1.
(D) 2 850 reais. B) 2 e 3.
C) 2 e 4.
39. D30/nível 7 - (SADEAM). O valor numérico da D) 2 e 5.
expressão
2
2x + 3y + 3 44. D4/NÍVEL 7 - (Saerjinho). Um quadrilátero possui
para x = 3 e y = – 2 é as seguintes características:
A) 9 * Todos os ângulos tem a mesma medida.
B) 15 * Todos os lados tem a mesma medida.
C) 20 * suas diagonais tem a mesma medida e são
D) 27 perpendiculares.
Esse quadrilátero é o
40. D27/ NÍVEL 6 - Observe o quadrinho abaixo e A) losango
assinale a opção que responde corretamente a B) quadrado
questão abaixo: C) retângulo
D) trapézio

45. D3/NÍVEL 1 - A figura a seguir mostra a construção

de um telhado.

(A) o número é 5.
(B) o número é 7
(C) o número é 10
O polígono destacado na figura é um
(A) losango.
(B) retângulo. A medida x do lado DF é igual a:
(C) triângulo retângulo. (A) 4 cm.
(D) triângulo equilátero. (B) 6 cm.
(C) 8 cm.
46. D3/NÍVEL 6 - (Prova Brasil). Ao fazer um (D) 12 cm.
aviãozinho, Felipe tomou uma folha retangular de
papel e observou os passos indicados nas figuras a 48. D10/NÍVEL 7 - (PAEBES). Um serralheiro
seguir: confeccionou um portão no formato retangular
com medidas de comprimento e altura indicadas
no desenho abaixo. Para uma melhor sustentação
desse portão, uma viga de aço foi colocada na
diagonal desse portão.

Qual é a medida do comprimento x da viga desse

portão?
A) √7 m
B) 5 m
C) 7 m
√25
D) m
2

49. D11/NÍVEL 5 - (SAEGO-2012 - Adaptado). Uma

O triângulo ABC é: professora desenhou no quadro negro algumas
(A) retângulo e escaleno; circunferências com seus respectivos raios e
(B) retângulo e isósceles; diâmetros.
(C) acutângulo e escaleno;
(D) acutângulo e isósceles.

47. D10/NÍVEL 6 - (Prova Brasil). Janine desenhou dois

triângulos, sendo que o triângulo DEF é uma
redução do triângulo ABC.

A figura que a professora desenhou corretamente é

A) figura 1
B) figura 2
C) figura 3
D) figura 4
50. D11/NÍVEL 6 - (PAEBES). O triângulo abaixo foi
construído unindo-se os centros de três
circunferências tangentes de 5 cm de raio.

Quanto mede cada lado desse triângulo?

A) 30 cm
B) 20 cm
C) 15 cm
D) 10 cm

51. D32/NÍVEL 8 - (Prova Brasil). As variáveis n e P

assumem valores conforme mostra o quadro
abaixo:

n 5 6 7 8 9 10
P 8 10 12 14 16 18

A relação entre P e n é dada pela expressão:

(A) P = n + 1.
(B) P = n + 2
(C) P = 2n - 2
(D) P = n – 2

52. D37/NÍVEL2 - (SAEPI). O lucro da Indústria Paraíso

dos Doces, em milhares de reais, no último ano
está apresentado na tabela abaixo.

O gráfico que melhor representa a situação da

Indústria Paraíso dos Doces é