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Tratamento de resíduos

Profa. Dra. Viviane Trevisan

01 – Introdução
RESÍDUOS SÓLIDOS
DEFINIÇÃO

• Resíduos sólidos constituem aquilo que genericamente se


chama lixo: materiais sólidos considerados sem utilidade,
supérfluos ou perigosos, gerados pela atividade humana, e
que devem ser descartados ou eliminados
RESÍDUOS SÓLIDOS
História da limpeza urbana

• Os romanos apesar de terem os melhores sistemas de


abastecimento de água e de drenagem, costumavam
atirar seu lixo em qualquer lugar;

• Em Londres, um edital de 1354 dizia que o lixo deveria


ser removido da frente das casas uma vez por semana.
Mesmo com as leis, o método mais comum na época
era a população jogá-lo nos rios.
RESÍDUOS SÓLIDOS
História da limpeza urbana
• Em 1407, os londrinos foram instruídos a guardar o lixo
dentro de casa até ser levado pelo coletor. Esta forma de
recolhimento durou cinco séculos sem mudanças.

• Os parisienses jogavam o lixo nas ruas. Entre 1506 e 1608,


Paris ficou conhecida como a cidade mais suja da Europa.
Este problema só começou a ser superado a partir de 1919,
quando 300 veículos circulavam na cidade para fazer a
coleta.
RESÍDUOS SÓLIDOS
História da limpeza urbana no Brasil

• Em 1760, no Brasil atirava-se lixo por todas as partes.


Residentes próximos ao mar o jogavam na praia e os
moradores vizinhos às lagoas, pântanos, ou rios, ali
mesmo faziam seus despejos.

• Coleta iniciada oficialmente em 25 de novembro de


1880 na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro por
Aleixo Gary.
RESÍDUOS SÓLIDOS
História da limpeza urbana no Brasil
• Em 1906, o serviço de limpeza urbana do RJ dispunha
de 1084 animais, os quais gradualmente foram
substituídos por caminhões.

• Nas décadas de 20 a 40, técnicos especialistas fizeram


vários estudos para viabilizar o destino final do lixo. A
construção de um grande forno foi motivo de debate,
não se chegando a uma conclusão. O lixo era
depositado em aterros.
RESÍDUOS SÓLIDOS

GERAÇÃO

• Inerente à atividade humana


• Inesgotável
• Não programável
• Complexa
• Poluidora
RESÍDUOS SÓLIDOS
RISCO AMBIENTAL E SANITÁRIO

• Poluição das águas


• Poluição do solo
• Poluição do ar (Gases, odor, material particulado)
• Problemas econômicos
• Problemas sanitários
RESÍDUOS SÓLIDOS

Homem Meio Ambiente

Resíduos
Disposição inadequada de resíduos sólidos
domiciliares

Contaminação da água subterrânea, poluição do ar e


do solo.
Disposição inadequada de resíduos sólidos
domiciliares
Disposição inadequada de resíduos sólidos
domiciliares
RESÍDUOS SÓLIDOS
REUTILIZAÇÃO

Aproveitamento do próprio resíduo, sem que


tenha sofrido uma transformação industrial.
RESÍDUOS SÓLIDOS
RECICLAGEM

Recuperação de resíduos mediante uma série


de operações que permitam que materiais
processados e descartados como resíduos
sejam aproveitados como matéria prima no
processo que os gerou ou em outros.
RESÍDUOS SÓLIDOS

Classificação quanto aos riscos potenciais


ao meio ambiente

• CLASSE I (Perigosos): São aqueles que, em função de suas


características intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade ou patogenicidade, apresentam riscos
à saúde pública quando manuseados de forma inadequada.
RESÍDUOS SÓLIDOS

Classificação quanto aos riscos potenciais


ao meio ambiente

• CLASSE II (Não inertes): São os resíduos que podem


apresentar características de combustibilidade,
biodegradabilidade ou solubilidade com possibilidade de
acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente
RESÍDUOS SÓLIDOS

Classificação quanto aos riscos potenciais


ao meio ambiente

• CLASSE III (Inertes): São aqueles que, por suas características


intrinsecas, não oferecem riscos à saude e ao meio ambiente.
RESÍDUOS SÓLIDOS
Classificação quanto a natureza ou origem

• Lixo doméstico ou residencial


• Lixo comercial
• Lixo público
• Lixo domiciliar especial (Entulho de obras, pilhas e baterias,
lâmpadas fluorescentes, pneus, etc...)
• Lixo de fontes especiais (Lixo industrial, lixo radioativo, lixo de
portos, aeroportos e terminais ferroviários, lixo agrícola e
resíduos de serviços de saúde)
RESÍDUOS SÓLIDOS
Etapas de um sistema de limpeza urbana

• Geração de resíduos
• Acondicionamento dos resíduos
• Coleta dos resíduos
• Transporte dos resíduos
• Transferência (Transbordo)
• Tratamento dos resíduos
• Disposição final
RESÍDUOS SÓLIDOS

Características físicas

• Geração per-capita
RESÍDUOS SÓLIDOS

Características físicas
• Composição gravimétrica
RESÍDUOS SÓLIDOS

Características físicas
• Composição gravimétrica
RESÍDUOS SÓLIDOS
Características físicas
 Mudança na composição gravimétrica x tempo
Componentes Percentagem média em peso
1927 1957 1969 1976 1991 1996 1998
Matéria orgânica 82,5 76,0 52,2 62,7 60,6 55,7 49,5
Papel, papelão e jornais 13,4 16,7 29,2 21,4 13,9 16,6 18,8
Plásticos n.c n.c 1,9 5,0 11,5 14,3 22,9
Metal ferroso 1,7 2,2 7,8 3,9 2,8 2,1 2,0
Metal ferroso (Alumínio) n.c n.c n.c 0,1 0,7 0,7 0,9
Trapos, couros e 1,5 2,7 3,8 2,9 4,4 5,7 3,0
borrachas
Vidros 0,9 1,4 2,6 1,7 1,7 2,3 1,5
Terra e pedras n.c n.c n.c 0,7 0,8 n.c 1,3
Madeiras n.c n.c 2,4 1,6 0,7 n.c 1,3
Diversos n.c 0,1 n.C n.C 1,7 2,6 n.c
RESÍDUOS SÓLIDOS
Características físicas
RESÍDUOS SÓLIDOS
Características físicas
• Peso específico aparente
Massa
γ aparente =
Volume total

Lixo domiciliar
γ aparente ≅ 230 kg / m 3

Lixo compactado
γ aparente ≅ 600 kg / m 3 a 800 kg / m 3
RESÍDUOS SÓLIDOS

Características físicas

• Teor de Umidade
 Quantidade de água presente no lixo,
apresentado percentualmente em peso
(Valor típico: 40% a 60%)

 Compressividade
 Grau de compactação ou a redução do
volume que uma massa de lixo pode sofrer
quando compactada
RESÍDUOS SÓLIDOS
Características químicas
• Poder Calorífero
 Capacidade potencial do material liberar
calor quando submetido à queima (Valor
típico: 5.000 kcal/kg)

 pH
 Indica o teor de acidez ou alcalinidade dos
resíduos. Em geral, situa-se na faixa de 5 a
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RESÍDUOS SÓLIDOS
Características químicas

• Composição Química
 Determinação do teor de SV, matéria
orgânica, carbono, nitrogênio, potássio,
etc...

 Relação Carbono/Nitrogênio (C:N)


 Indica o grau de decomposição da
matéria orgânica do lixo nos processos de
tratamento, variando de 35/1 a 20/1.
RESÍDUOS SÓLIDOS
Características biológicas

• População microbiana

 População de microrganismos patogênicos


RESÍDUOS SÓLIDOS
Influência das características do lixo
na limpeza urbana
• Geração per-capita
RESÍDUOS SÓLIDOS
Influência das características do lixo
na limpeza urbana

• Composição gravimétrica
RESÍDUOS SÓLIDOS
Influência das características do lixo
na limpeza urbana

• Peso específico aparente


RESÍDUOS SÓLIDOS
Influência das características do lixo
na limpeza urbana
• Teor de Umidade
RESÍDUOS SÓLIDOS
Influência das características do lixo
na limpeza urbana

• Compressividade
RESÍDUOS SÓLIDOS
Influência das características do lixo
na limpeza urbana

• Poder Calorífero
RESÍDUOS SÓLIDOS
Influência das características do lixo
na limpeza urbana

• pH
RESÍDUOS SÓLIDOS
Influência das características do lixo
na limpeza urbana

• Composição Química
RESÍDUOS SÓLIDOS
Influência das características do lixo
na limpeza urbana

• Relação C:N
RESÍDUOS SÓLIDOS
Influência das características do lixo
na limpeza urbana

• Características Biológicas
RESÍDUOS SÓLIDOS
ACONDICIONAMENTO

• Evitar acidentes
• Evitar a proliferação de vetores
• Minimizar o impacto visual e olfativo
• Reduzir a heterogeneidade dos resíduos
• Facilitar a realização da etapa de coleta

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