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Saneamento Ambiental

Resíduos Sólidos

Profa. Yovanka P. Ginoris


Resíduos Sólidos
Questão dos Resíduos

Homem Meio Ambiente

Resíduos
Resíduos Sólidos Urbanos

Definição
“Restos das atividades humanas, consideradas pelos geradores como
inúteis, indesejáveis ou descartáveis. Normalmente, apresentando-se
em estado sólido, semi-sólido ou semilíquido (com quantidade de
líquido insufi ciente para que possa fl uir livremente)”.

Fonte: IPT/CEMPRE, 2000.


Resíduos Sólidos
Geração de resíduos

◼ Inerente à atividade humana


◼ Inesgotável
◼ Não programável
◼ Complexa
◼ Poluidora
Resíduos Sólidos Urbanos

RISCO AMBIENTAL E SANITÁRIO

◼ Poluição das águas


◼ Poluição do solo
◼ Poluição do ar (Gases, odor,
material particulado)
◼ Problemas econômicos
◼ Problemas sanitários
Resíduos Sólidos
Disposição inadequada de resíduos sólidos
domiciliares

Contaminação da água subterrânea e poluição do ar


Resíduos Sólidos
Resíduos Sólidos
Resíduos Sólidos
Resíduos Sólidos x Sociedade
- Desvalorização de áreas do entorno e do próprio local de disposição final
- Riscos de desabamentos com possíveis perdas materiais e humanas
- Enchentes decorrentes da diminuição da seção de escoamento quando os
resíduos lançados nos cursos de água
- Desconforto da população do entorno decorrente da poluição visual
- Impactos sobre a fauna e flora de ecossistemas locais quando estes são
transformados em pontos de despejo de resíduos sólidos
Resíduos Sólidos Urbanos
REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM

Aproveitamento do próprio resíduo,


sem que tenha que sofrer uma
transformação industrial

REUTILIZAÇÃO
Resíduos Sólidos Urbanos
REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM

Recuperação de resíduos mediante uma série


de operações que permitam que materiais
processados e descartados como resíduos
sejam aproveitados como matéria prima no
processo que os gerou ou em outros

RECICLAGEM
Resíduos Sólidos Urbanos

• preservação de recursos naturais;


• economia de energia;
• economia de transporte (pela redução de
material que demanda o aterro);
• geração de emprego e renda;
• conscientização da população para as
questões ambientais.
Resíduos Sólidos Urbanos - Classificação

Classificação: quantos aos riscos potenciais ao


meio ambiente (NBR 10.004 da ABNT)

◼ CLASSE I (Perigosos): São aqueles que, em


função de suas características intrínsecas de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade ou patogenicidade, apresentam
riscos à saúde pública quando manuseados
de forma inadequada
Resíduos Sólidos Urbanos - Classificação

Classificação: quantos aos riscos potenciais ao


meio ambiente (NBR 10.004 da ABNT)
◼ CLASSE II (Não inertes): São os resíduos
que podem apresentar características de
combustibilidade, biodegradabilidade ou
solubilidade com possibilidade de
acarretar riscos à saúde ou ao meio
ambiente
Resíduos Sólidos Urbanos - Classificação

Classificação: quantos aos riscos potenciais ao


meio ambiente (NBR 10.004 da ABNT)

◼ CLASSE III (Inertes): São aqueles que,


por suas características intrinsecas, não
oferecem riscos à saude e ao meio
ambiente.
Resíduos Sólidos Urbanos - Classificação

Classificação: quantos a natureza ou origem

◼ Lixo doméstico ou residencial


◼ Lixo comercial
◼ Lixo público
◼ Lixo domiciliar especial (Entulho de obras, pilhas e
baterias, lâmpadas fluorescentes, pneus, etc...)
◼ Lixo de fontes especiais (Lixo industrial, lixo radioativo,
lixo de portos, aeroportos e terminais ferroviários, lixo
agrícola e resíduos de serviços de saúde)
Resíduos Sólidos - Características

Características físicas - NBR 10.004 da ABNT

◼ Geração per-capita
◼ Composição gravimétrica
◼ Peso específico aparente
◼ Teor de umidade
◼ Compressividade
Resíduos Sólidos - Características

Características físicas - NBR 10.004 da ABNT


◼ Geração per-capita
Resíduos Sólidos - Características
Características físicas - NBR 10.004 da ABNT
◼ Composição gravimétrica
Resíduos Sólidos - Características
Características físicas - NBR 10.004 da ABNT
◼ Composição gravimétrica
Resíduos Sólidos - Características
Características físicas - NBR 10.004 da ABNT
◼ Composição gravimétrica
Resíduos Sólidos - Características
Características físicas - NBR 10.004 da ABNT
◼ Composição gravimétrica
Resíduos Sólidos - Características

Características físicas - NBR 10.004 da ABNT


◼ Peso específico aparente
Massa
 aparente =
Volume total
Lixo domiciliar

 aparente  230 kg / m 3
Lixo compactado

 aparente  600 kg / m 3 a 800 kg / m 3


Resíduos Sólidos - Características

Características físicas - NBR 10.004 da ABNT


◼ Teor de Umidade
 Quantidade de água presente no lixo,
apresentado percentualmente em peso
(Valor típico: 40% a 60%)

 Compressividade

 Grau de compactação ou a redução do


volume que uma massa de lixo pode sofrer
quando compactada
Resíduos Sólidos - Características

Características químicas - NBR 10.004 da ABNT


◼ Poder calorífico
 Capacidade potencial do material liberar
calor quando submetido à queima (Valor
típico: 5.000 kcal/kg)
 pH

 Indica o teor de acidez ou alcalinidade dos


resíduos. Em geral, situa-se na faixa de 5 a 7
Resíduos Sólidos - Características
Características químicas - NBR 10.004 da ABNT
◼ Composição Química

 Determinação do teor de SV, matéria


orgânica, carbono, nitrogênio, potássio,
etc...
 Relação Carbono/Nitrogênio (C:N)
 Indica o grau de decomposição da matéria
orgânica do lixo nos processos de
tratamento/disposição final, variando de 35/1 a
20/1
Resíduos Sólidos - Características

Características biológicas - NBR 10.004 da ABNT

◼ População microbiana

 População de microrganismos patogênicos


Resíduos Sólidos – Influência das
características do lixo na limpeza urbana

◼ Geração per-capita
Resíduos Sólidos – Influência das
características do lixo na limpeza urbana

◼ Composição gravimétrica
Resíduos Sólidos – Influência das
características do lixo na limpeza urbana

◼ Peso específico aparente


Resíduos Sólidos – Influência das
características do lixo na limpeza urbana

◼ Teor de Umidade
Resíduos Sólidos – Influência das
características do lixo na limpeza urbana

◼ Compressividade
Resíduos Sólidos – Influência das
características do lixo na limpeza urbana

◼ Poder Calorífico
Resíduos Sólidos – Influência das
características do lixo na limpeza urbana

◼ pH
Resíduos Sólidos – Influência das
características do lixo na limpeza urbana

◼ Composição Química
Resíduos Sólidos – Influência das
características do lixo na limpeza urbana

◼ Relação C:N
Resíduos Sólidos – Influência das
características do lixo na limpeza urbana

◼ Características Biológicas
Resíduos Sólidos – Fatores que influenciam
as características
Resíduos Sólidos – Fatores que influenciam
as características
Resíduos Sólidos – Fatores que influenciam
as características
Resíduos Sólidos - Acondicionamento

Importância
◼ Evitar acidentes
◼ Evitar a proliferação de vetores
◼ Minimizar o impacto visual e olfativo
◼ Reduzir a heterogeneidade dos resíduos
◼ Facilitar a realização da etapa de coleta
Resíduos Sólidos – Coleta e transporte

◼ A coleta de RSU deve ser efetuado de


forma regular
◼ O intervalo de tempo entre a geração de
RSU, no Brasil, não deve ser superior a
uma semana. (3 vezes por semana)
◼ O dimensionamento da frota de veículos
de coleta de RSU e seu itinerário é um
problema de logística
Resíduos Sólidos - Tratamento

◼ Define-se tratamento como uma série de


procedimentos destinados a reduzir a
quantidade ou o potencial poluidor dos
resíduos sólidos, seja impedindo o descarte
de lixo em ambiente ou local inadequado,
seja transformando-o em material inerte ou
biologicamente estável
Balanço gravimétrico (em peso) das diversas frações do lixo domiciliar após o
processamento em uma usina de reciclagem, com uma unidade de compostagem
acoplada
Resíduos Sólidos - Tratamento

Compostagem - definição
◼ Define-se compostagem como o processo
natural de decomposição biológica de
materiais orgânicos, de origem animal e
vegetal, pela ação de microrganismos. Para
que ele ocorra, não é necessário a adição
de qualquer componente físico ou químico
à massa do lixo
Resíduos Sólidos - Tratamento

Compostagem - Vantagens
◼ Possibilidade de reciclagem de materiais
triados
◼ Produção de composto orgânico auxiliar da
fertilização química e biológica do solo
◼ Fácil manutenção e operação do que
quando comparado com a técnica de
incineração
Resíduos Sólidos - Tratamento
Compostagem
Classificação: baseado no consumo de
oxigênio
◼ Anaeróbia
◼ Aeróbia
Resíduos Sólidos - Tratamento
Compostagem
Classificação: baseado na temperatura

◼ Mesofílica
◼ Termofílica
Resíduos Sólidos - Tratamento
Compostagem
Classificação: baseado no grau de
complexidade

◼ Aeração natural
◼ Aeração acelerada
Resíduos Sólidos - Tratamento

Compostagem
Fatores intervenientes no processo

◼ Microbiologia
◼ Umidade (40% a 60%)
◼ Oxigenação
Resíduos Sólidos - Tratamento

Compostagem
Fatores intervenientes no processo

◼ Temperatura
◼ Relação C:N
◼ pH
◼ Tamanho de partícula
Resíduos Sólidos - Tratamento

RECICLAGEM E COMPOSTAGEM
Resíduos Sólidos - Tratamento
RECICLAGEM E COMPOSTAGEM
Resíduos Sólidos - Tratamento
RECICLAGEM E COMPOSTAGEM
Resíduos Sólidos - Tratamento
RECICLAGEM E COMPOSTAGEM
Resíduos Sólidos - Tratamento

Incineração - Definição

◼ É um processo de queima, na presença de


excesso de oxigênio, no qual os materiais
à base de carbono são decompostos,
desprendendo calor e gerando um resíduo
de cinzas
Resíduos Sólidos - Tratamento

Incineração - Vantagens
◼ Redução significativa de volume dos
resíduos
◼ Requer áreas relativamente pequenas
◼ Pode receber grande variedade de resíduos
◼ Possibilidade de localização próxima de
áreas urbanas, se devidamente controlada,
diminuindo os custos de transporte
Resíduos Sólidos - Tratamento

Incineração - Vantagens

◼ A sua operação não é dependente de


condições meteorológicas
◼ Não há contato direto dos operários com o
lixo
◼ Forma correta do ponto de vista sanitário
para eliminar resíduos de serviços de saúde
Resíduos Sólidos - Tratamento

Incineração - Desvantagens
◼ Altíssimo custo de investimento e operação
◼ Requer mão de obra especializada para
operação e manutenção
◼ Requer rígido controle das normas de
segurança
◼ Pode produzir poluentes atmosféricos
prejudiciais à saúde
Resíduos Sólidos - Tratamento
Incineração
Resíduos Sólidos - Tratamento
Incineração
Resíduos Sólidos – Disposição Final

◼ “Lixões”
◼ Aterros controlados
◼ Aterros sanitários
Resíduos Sólidos – Disposição Final

◼ “Lixões”
locais onde o lixo coletado é lançado
diretamente sobre o solo sem qualquer
controle e sem quaisquer cuidados
ambientais, poluindo tanto o solo, quanto o
ar e as águas subterrâneas e superficiais das
vizinhanças.
Resíduos Sólidos – Disposição Final

◼ “Lixões”
Resíduos Sólidos – Disposição Final

◼ Aterros sanitários
O aterro sanitário é um método para disposição
final dos resíduos sólidos urbanos, sobre terreno
natural, através do seu confinamento em
camadas cobertas com material inerte,
geralmente solo, segundo normas operacionais
específicas, de modo a evitar danos ao meio
ambiente, em particular à saúde e à segurança
pública.
Resíduos Sólidos – Disposição Final
Resíduos Sólidos – Disposição Final

◼ Aterros controlados

é outra forma de se confinar tecnicamente o


lixo coletado sem poluir o ambiente externo,
porém, sem promover a coleta e o tratamento
do chorume e a coleta e a queima do biogás.
Resíduos Sólidos – Disposição Final

Aterro sanitário Jockey Club - Brasília


Resíduos Sólidos – Disposição Final
Resíduos Sólidos – Disposição Final
Resíduos Sólidos – Disposição Final
Realidade das regiões brasileiras quanto à geração de resíduos e seu destino final.
Resíduos Sólidos – Disposição Final
Um aterro sanitário conta necessariamente com as seguintes unidades:

• Unidades operacionais:
• células de lixo domiciliar;
• células de lixo hospitalar (caso o Município não disponha de processo mais
efetivo para dar destino final a esse tipo de lixo);
• impermeabilização de fundo (obrigatória) e superior (opcional);
• sistema de coleta e tratamento dos líquidos percolados (chorume);
• sistema de coleta e queima (ou beneficiamento) do biogás;
• sistema de drenagem e afastamento das águas pluviais;
• sistemas de monitoramento ambiental, topográfico e
geotécnico;
• pátio de estocagem de materiais.

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