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Preservação e Valorização de Resíduos

Resíduo
Qualquer substância ou objeto que o detentor tem a intenção ou obrigação de se desfazer.

Os resíduos não podem ser descartados em qualquer sítio, existe uma legislação. O objetivo
final é transformar os resíduos em subproduto.

Diferença Subproduto e Resíduo


Produto - todo o material que é deliberadamente produzido num processo de produção

Resíduo de produção - um material que não é deliberadamente produzido num processo de


produção, mas que pode ser ou não ser um resíduo.

Subproduto – um resíduo de produção que não é um resíduo

Classificação de Resíduos
Podem ser classificados com base

Fonte:

 Resíduos Urbanos
 Resíduos Industriais
 Resíduos Agrícolas
 Resíduos Hospitalares

Natureza:
 Estado físico (sólido/líquido)
 Perigosidade (perigosos, não perigosos, inertes)

Classificação por Fonte

Resíduos Urbanos
Resíduos provenientes de habitações ou qualquer outro resíduo que, pela sua natureza ou
composição, seja semelhante ao resíduo proveniente de habitações

Resíduos Industriais
São Resíduos gerados em processos industriais, bem como o que resulte das atividades de
produção e distribuição de eletricidade, gás e água.

Resíduos Hospitalares
São resíduos resultantes de atividades médicas desenvolvidas em unidades de prestação de
cuidados de saúde, em atividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e
investigação, relacionada com seres humanos ou animais, em farmácias, em atividades
médico-legais, de ensino e em quaisquer outras que envolvam procedimentos invasivos, tais
como acunpunctura, piercings e tatuagens.

Outros tipos de Resíduos


Os Resíduos não considerados como urbanos, industriais, urbanos mistos ou hospitalares

Classificação por Natureza

Resíduos Perigosos
Resíduos que apresentem, pelo menos, uma característica de perigosidade para a saúde ou
para o ambiente, nomeadamente os identificados como tal na lista Europeia de Resíduos

Resíduos Inertes
Resíduos que não sofrem transformações físicas, químicas ou biológicas importantes

Resíduos Não Perigosos

 Os resíduos não podem ser descartados em qualquer sítio, existe uma legislação. O
objetivo final é transformar os resíduos em subproduto.

É essencial que os resíduos sejam devidamente separados e classificados na origem de modo a


evitar e reduzir os riscos para saúde e para o ambiente, motivo pelo qual se procede à sua
classificação.

Neste âmbito, a classificação de resíduos como perigosos ou não perigosos e, particularmente,


em que circunstâncias um resíduo se deve considerar perigoso é fundamental e crucial para a
gestão correta de resíduos.

CER e LER

CER
Caracterização Europeia de Resíduos.
Método de caracterização mais antigo (1997)
Existem duas listas de resíduos: Lista de Resíduos não Perigosos e lista de resíduos perigosos.
As listas estão organizadas em 20 capítulos que correspondem às categorias dos resíduos,
organizadas consoante a fonte geradora.
Os resíduos são identificados por um código de seis dígitos, por exemplo 20 01 02
Os primeiros dois dígitos são indicadores do capítulo, os segundos do subcapítulo e os últimos
dois do tipo de resíduo.

Classificação LER
Lista Europeia de Resíduos
Classificação mais recente (2004)
Existe uma única lista de resíduos, os resíduos perigosos encontram-se assinalados com
asterisco (*)
A lista está organizada em 20 capítulos, como no CER, que correspondem às categorias de
resíduos, organizadas por fonte geradora.
Os códigos do LER correspondem aos códigos do CER, porém a criação e eliminação de códigos
tornaram a lista descontínua.
As entradas podem ser classificadas em três grupos como absolutas: resíduos perigosos, não
perigosos e duplas/em espelho: resíduos podem ser perigosos ou não perigosos consoante a
concentração da substância.

As entradas absolutas têm apenas um código LER associado. As entradas duplas possuem pelo
menos 2 códigos LER associados, um código de resíduo perigoso e um código de resíduo não
perigoso, tendo que se proceder à análise de modo a atribuir o código correto.

Q1: Diferenças CER e LER?


São necessários 4 dígitos para identificar a fonte produtora Dúvida disse na aula mas ppt diz 2
primeiros(?)

6 dígitos- identificação do resíduo

Numa fase inicial não se seleciona o número 99, procura-se o resíduo noutras categorias.

Produção, composição e caracterização de RU

As metodologias de caracterização para os restantes resíduos são semelhantes.

Obrigatoriedade de inscrição e registo


Estão sujeitos a inscrição e registo de dados no SIRER (Sistema Integrado de Registo
Electrónico de Resíduos):

a) Entidades Singulares ou Coletivas responsáveis por estabelecimentos que empreguem


mais de 10 trabalhadores e que produzam resíduos não urbanos;
b) Entidades Singulares ou coletivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos perigosos;
c) Entidades singulares ou coletivas responsáveis por estabelecimentos que produzam
resíduos a título profissional;
d) Entidades singulares ou coletivas que procedam ao tratamento de resíduos a título
profissional;
e) Entidades responsáveis pelos sistemas de gestão de resíduos urbanos;
f) Entidades responsáveis pela gestão de sistemas individuais ou integrados de fluxos
específicos de resíduos;
g) Os operadores que atuam no mercado de resíduos, designadamente como corretores
ou comerciantes;
h) Os produtores de produtos sujeitos à obrigação de registo nos termos da legislação
relativa a fluxos específicos.
Produção vs Capitação

A produção de resíduos ao longo dos últimos anos tem sido aproximadamente constante e
igual a 5 milhões de toneladas.

A capitação é a quantidade média de resíduos produzidos por habitante num dado período de
tempo (ano ou dia). É calculada com base na população residente. (Em 2017 foi 1,3 kg/hab.dia)
Ex: Capitação de RU da região do Algarve (a população presente devido ao turismo é muito
superior à população residente).

Quanto maior o PIB (Produto Interno Bruto) Maior a Produção de Resíduos

Produção de RU: Variação


a) Variação Mensal

Os meses de maior produção correspondem às épocas maior consumo, Dezembro/Janeiro


(Natal e Fim do Ano) ou, no caso das zonas do litoral com grande afluência de veraneantes, aos
meses de Julho/Agosto.

Se num gráfico o valor ↓ é indicativo que a população se desloca para outro local

b) Variação Semanal

A primeira semana de cada mês é a de maior produção, decrescendo o seu valor gradualmente
até ao final do mês.

c) Variação Diária

A maior produção de RU regista-se à segunda-feira (dia em que na maior parte dos municípios
acumula a produção de domingo), descendo até quarta/quinta-feira (dias da semana de menor
produção), voltando a subir até sábado.
Por vezes à terça-feira ainda estão a ser recolhidos resíduos de domingo, razão pela qual a
quantidade de resíduos produzidos ainda é elevada

Fatores de Variação da produção de RU

a) Nível de vida da população (situação sócio-económica e culturaI;


b) Dimensão do agregado familiar;
c) Tipo e dimensão da habitação;
d) Estação do ano (devido a diferentes hábitos de alimentação, ao movimento de férias,
aos períodos festivos);
e) Modo de vida das populações (migrações pendulares, movimentos de fins-de-semana
e feriados, tipo de atividade profissional).

Recolha de RU

Não se verificam variações significativas ao longo dos anos, sendo a recolha indiferenciada o
tipo de recolha preferencial para a recolha de resíduos urbanos.

A maior parte dos resíduos recolhidos são indiferenciados (cerca de 80%)  recursos
desperdiçados. (Apesar de 70 a 80% dos resíduos urbanos serem recicáveis).

Destino dos RU
A maior parte dos resíduos seguem para o tratamento Mecânico e Biológico (destina-se a
separar os indiferenciados, produz produtos de fraca qualidade).
A evolução é contrária à desejada (percentagem indiferenciados a aumentar).
Aterro tem vindo a diminuir.

Caracterização Física

Constituídos maioritariamente por bioresíduos/matéria orgânica – resíduos que são facilmente


biodegradáveis.

Factores de variação da composição dos RU


1) O nível de vida das populações: A composição dos resíduos varia consoante a classe
social predominante na zona.
2) As características do aglomerado: A composição dos resíduos varia consoante a
atividade predominante nessa zona, ou seja, se é uma zona residencial ou de serviços,
se é urbana ou rural, ou se é industrial.
3) O clima e a estação do ano (Ex: No inverno são produzidas mais cinzas, no verão é
consumida mais fruta)

Quantificação e Caracterização de RU

Quantificação de Resíduos:
Análise da quantidade total de resíduos, por peso;
Caracterização de resíduos:
Análise da composição do fluxo de resíduos, por tipo de material.

Objetivo

a) Contribuir para a concepção e exploração das operações de gestão de resíduos;


b) Ter em conta os diversos níveis espaciais: internacional, nacional, regional e local.
c) Taxa de Gestão de Resíduos
d) Etc

2007
Aterros;
24 amostras por ano indiferenciadas

Nova Metodologia
PERSU II

Necessidade de atualização da metodologia nacional;


Avaliação do cumprimento das metas;
Resposta a inquéritos estatísticos da EU;
Baseada nas metodologias de referência;
Caso de estudo: ValorSul
 Evolução da metodologia;
SEGRUS responsáveis pelas caracterizações;
 45 amostras por ano (RSR- indiferenciados, embalagens, papel/cartão, vidro, RUB;
Caracterizados da mesma forma;

Comparação Metodologias

Humidade, pH e Sólidos Voláteis

Humidade
Porção de massa de água presente numa amostra que se evapora mediante um processo de
secagem específico e é expressa em percentagem da massa total da amostra antes da
secagem. Uma amostra é seca até massa constante na estufa a 105ºC (+/- 2ºC). A diferença de
massa em peso antes e depois do processo de secagem é usada para o cálculo da humidade e
peso seco da amostra. É também expresso em percentagem da massa total fresca.

Ah− As
H ( % )= × 100
Ah
Ah- Amostra húmida
As- Amostra seca

pH
Medida da propriedade ácida ou alcalina de um líquido ou solução baseada na concentração
dos iões de hidrogénio, H+, varia entre 0 a 14. O pH de amostras sólidas e semi-sólidas
determina-se através da diluição da amostra em água destilada, na proporção 5g amostra
fresca/50mL água destilada, após 2h em agitação. O valor do pH é determinado
potenciometricamente. Usam-se soluções padrão, geralmente pH 4 e pH 7 para testar a
resposta dos elétrodos e do potenciómetro. Os elétrodos podem ter alguma instabilidade e
variação, pelo que, é aconselhável a introdução de um padrão diariamente antes de se
proceder à leitura. O valor do pH duma solução aquosa é dependente do equilíbrio com o CO 2,
logo há que ter certos cuidados de manuseamento. O pH é determinado logo após a chegada
do resíduo ao laboratório, caso contrário a amostra deve ser guardada em câmara fria (0-4ºC)

Sólidos Voláteis
A quantidade de substância-matéria orgânica- que se perde na combustão de uma amostra de
resíduos em condições definidas e são expressos em percentagem do peso seco da amostra. A
amostra seca do resíduo é levada à combustão numa mufla a 550ºC (+/- 25ºC) durante 2h.
A diferença de massa em peso antes e depois da combustão é usada para o cálculo do teor em
sólidos voláteis. As cinzas é a quantidade de substância que fica após a combustão da amostra
de resíduo e corresponde à parte mineral da amostra. O teor em cinzas é expresso em
percentagem do peso seco da amostra.

As− Acinzas
SV ( % )= × 100
As
As- Amostra Seca
Acinzas- Amostra Cinzas

Requisitos de Qualidade Amostral


 pH>9
 Matéria orgânica > 30%
 Humidade < 40%
Sistemas de Recolha e transporte de resíduos

Introdução

A limpeza urbana e recolha de resíduos é uma tarefa complexa realizada dia e noite. Depende
do comportamento populacional – o sistema pode estar bem construído, mas não serve de
nada se as pessoas não usarem

Importância do sistema de recolha e transporte de resíduos


a) É fundamental para a saúde pública e salubridade dos aglomerados urbanos;
b) É uma das componentes mais dispendiosas; pode representar entre 40 a 70% dos
custos totais do sistema de gestão de RU;
c) É a componente interface entre o sistema e os utentes (imagem do serviço);
d) Depende do comportamento dos utentes e dos conflitos que possam existir entre os
vários operadores;
e) É crucial para a economia circular (fazer chegar os resíduos os reutilizadores,
recicladores…);
f) Exige integração dos diferentes tipos de recolha (indiferenciada e seletiva, o que
representa maior complexidade técnica, económica, social e ambiental);

Aspetos fundamentais para o desenvolvimento de projetos de recolha de resíduos

Ter conhecimentos e dados de base sobre:

a) As características dos utentes;


b) As características das habitações e da estrutura urbana;
c) As quantidades e características dos resíduos produzidos na área a intervir;
d) Os indicadores de desempenho dos sistemas e o nível de atendimento e satisfação dos
utentes;
e) Opções alternativas para o desenvolvimento de sistemas de recolha integrados
(integração e coordenação entre a recolha indiferenciada e a seletiva e o sistema de
tratamento);
f) As políticas de gestão de resíduos (objetivos e metas de redução e recolha seletiva), os
regulamentos locais.

A produção e a composição dos resíduos não é constante, há variações sazonais, mensais,


semanais e diárias

Dados necessários/Indicadores
Produção- quantidade (t ou m3), total ou per capita, e por unidade de tempo (ano, dia);
Composição física- % das diferentes componentes dos resíduos:
Taxas de crescimento-da população, do peso específico e da capitação de resíduos (%)
Fatores que influenciam a produção e composição dos resíduos
Características, nível e modo de vida (ex:demográficas e socioeconómicas, agregado
familiar, movimentos pendulares, fins-de-semana, atividade profissional)

Tipo de habitações e de aglomerado urbano (ex: Moradias vs prédios, rural vs urbano/


atividades económicas)
Estação do ano (ex: diferentes hábitos de alimentação, férias, festas)
Clima (ex: mais cinzas no inverno, mais embalagens verão)
Situação geográfica (ex: interior/litoral
Evolução tecnológica (ex: recargas, embalagens…)
Hábitos de consumo

Os fatores que mais influência têm na quantidade de resíduos: a dimensão do agregado


familiar, o tipo de contentores e o pagamento de um tarifário proporcional à quantidade
produzida (sistemas tipo PAYT).

Manuseamento, separação e armazenamento de resíduos na fonte

Importância do manuseamento e separação na fonte


A forma como os resíduos são manuseados, separados, armazenados e processados na origem
tem implicações a vários níveis, nomeadamente:

a) Efeito significativo nas quantidades e características dos resíduos;


b) Implicações para as restantes subcomponentes do sistema;
c) Eventuais riscos para a saúde pública;
d) Efeitos nas atitudes e comportamento do público.

Factores a considerar:
a) Efeito do armazenamento nas características dos RU (decomposição biológica,
absorção de fluídos, contaminação das componentes);
b) O tipo de contentores a utilizar (depende da quantidade e tipo de resíduos a recolher,
do tipo de sistema de recolha, da frequência da recolha, do espaço disponível);
c) A localização dos contentores (depende do tipo de construção, do espaço disponível,
das condições de acessos para os serviços de recolha, do grau de conveniência para os
utilizadores);
d) A saúde pública e estética (vectores de doença, riscos de acidentes, intrusão visual…).
Equipamentos para deposição/armazenagem na fonte
a) Sacos (plástico ou papel);
b) Caixas (para os recicláveis);
c) Baldes ou contentores de maiores dimensões (com ou sem sistema de compactação).

Sistemas de transporte interno dos resíduos para um local de deposição


a) Tubos de queda (condutas verticais) e elevadores existentes nalguns prédios;
b) Sistemas pneumáticos (pressão de ar ou vácuo) (ex: Parque das Nações).

Condutas verticais em prédios


Em algumas cidades este sistema de deposição interna de resíduos é proibido por questões de
saúde e riscos. Nos casos em que não é proibido, a construção e utilização de condutas
verticais, tem que obedecer às especificações técnicas que se encontram nos Regulamentos
Municipais de Resíduos.

Deposição

Conjunto de operações envolvendo a armazenagem domiciliária de resíduos, e a sua colocação


em recipientes, em condições de serem removidos.

Tipos de sistemas de deposição (contentorização), critérios de classificação:

Tipo de utilização:

a) Individual – o recipiente é utilizado apenas por um produtor ou pequeno grupo de


produtores e a recolha é feita porta-a-porta;
b) Coletiva – o recipiente é utilizado por vários produtores e o recipiente encontra-se na
via pública.

Tipo de resíduos recolhidos:

a) Conjunta/ Indiferenciada – Todos os resíduos misturados num único recipiente;


b) Seletiva – Deposição Seletiva de algumas das componentes dos resíduos – unimaterial
ou multimaterial.

Tipo de recipientes utilizados:

a) Sacos não reutilizáveis/cestos/caixas/contentores de pequena/média capacidade e


contentores de grande capacidade.

Tipo de instalação/posição no terreno:

a) Superfície, semi-subterrâneos e subterrâneos.


A) Sacos não Reutilizáveis
Podem ser utilizados para a deposição indiferenciada ou seletiva.
Podem ser de plástico ou de papel impermeabilizado.
Podem ter uma capacidade muito variada, podendo os de uso industrial ir até aos 100L.

Vantagens para o Produtor:

 Eliminam a operação de recolha do recipiente;


 Dispensam a lavagem e proteção do recipiente.

Vantagens para o serviço de recolha:

 Reduzem o tempo de remoção (suprime o regresso do recipiente);


 Contribuem para a limpeza das ruas;
 Evitam o ruído na descarga e o furto;
 Impedem a absorção de água da chuva;
 Evitam as operações de lavagem e manutenção dos recipientes;
 Evitam a permanência dos recipientes na via pública durante longos períodos

Inconvenientes para o serviço de recolha:

 Necessidade de suportes especiais para os suster ou para os carregar para a viatura, se


esta tiver um sistema de carregamento mecanizado;
 Espalhamento dos resíduos pelos passeios, quando sujeitos a atos de vandalismo;
 Maiores despesas de aquisição e distribuição (se a distribuição for gratuita);
 É conveniente que os sacos ao serem lançados nos veículos de recolha sejam
imediatamente dilacerados a fim de evitar a formação de vazios.

Consequências para o tratamento:

 Incineração: não apresenta inconveniente, contudo existe uma grande polémica


acerca da incineração dos sacos de plástico;
 Compostagem:
Sacos de papel: Por vezes beneficiam com a compostagem, quando a % de carbono
é baixa;
Sacos de plástico: não biodegradáveis.
 Aterro Sanitário:
Sacos de plástico: não degradáveis, aumentam as tendências de anaerobiose,
diminuem as trocas gasosas e retêm a água;
Plásticos e papéis: aumentam o volume necessário de aterro no caso de baixas
compactações.
A) Caixas ou Cestos
Este tipo de recipientes de deposição é utilizado nalguns sistemas de recolha seletiva porta-a-
porta (os residentes colocam-nas no passeio, nos dias estipulados para a recolha). São caixas
de plástico, normalmente com uma capacidade de 50 litros.

Vantagens:

 Melhor qualidade dos materiais recolhidos, uma vez que o material vem separado, os
custos de processamento são menores;
 A participação da população é qualitativamente melhor (devido, por exemplo à
pressão social.

Desvantagens:

 A gama de materiais aceites e o volume de resíduos a recolher é limitado pelo


tamanho da caixa, como tal nem todos os materiais potencialmente recicláveis são
recolhidos;
 Muitas vezes têm que ser fornecidas novas caixas porque os munícipes desviam-nas
para outras utilizações ou porque são furtadas.

B) Contentores de pequena capacidade (contentores fixos)


 Dentro dos contentores de pequena capacidade, podem-se distinguir os de fundo
redondo (35 a 110 litros) e os de fundo quadrado ou rectangular (de 60 a 360 litros).
 Encontram-se disponíveis no mercado, contentores de vários formatos, capacidades,
tipos de tampas, com rodas e sem rodas, etc.
 Os materiais mais utilizados são o plástico.

A seleção do tipo de sistema de deposição/contentores a adoptar requer sempre uma análise


gradativa das seguintes condicionantes:

 Características urbanas locais;


 Flexibilidade do sistema;
 Capacidade de deposição;
 Grau de participação a esperar da população;
 Número de contentores necessários;
 Melhoria das condições de higiene e segurança dos trabalhadores;
 Tipo de veículos de recolha;
 Custos de implementação e exploração;
 Adaptabilidade da tecnologia;
 Tempos de carga/descarga.

Estimar a quantidade de resíduos que se vai recolher de cada um dos fluxos, total e por ponto
de recolha e qual o seu volume, informações essenciais para se decidir sobre o tipo, volume e
número de contentores a instalar, a frequência de recolha, a rota a percorrer pela viatura e o
número de contentores que a viatura consegue esvaziar num dia de recolha.

 Um sistema sobredimensionado representa mais custos.


 Um sistema subdimensionado representa problemas de salubridade e reclamações
dos utentes.

Projeto de contentorização: dados necessários


 Número de habitantes a servir – Nº de alojamentos x dimensão média do agregado;
 Quantidade de resíduos produzidos (volume, em litros ou m 3) – Nº de habitantes (hab)
x Capitação de resíduos (kg/hab) / Peso específico dos resíduos (kg/m 3) x 1000
 Taxa de utilização dos contentores (ou factor de utilização) - % de ocupação do
contentor com resíduos (em função da frequência de recolha e da segurança em
termos de transbordo dos RU)
 Taxa de apresentação à porta (importante nas recolhas porta-a-porta) - % de
contentores que foram colocados no passeio num determinado dia de recolha, para
serem recolhidos

Na deposição seletiva é necessário ter em conta os factores que poderão contribuir para o seu
sucesso:

 Facilitar os comportamentos;
 Informação processual (o que, como e onde);
 Metas objetivos e desafios;
 Feedback dos resultados;
 Sistemas PAYT

Sistemas PAYT-

Recolha

Operação efetuada por pessoal e equipamento especialmente adequado para esse fim,
mediante a transferência dos resíduos, incluindo ou não os recipientes, para as viaturas de
recolha.

Fatores a considerar:

 Seleção do tipo de recolha;


 Equipamentos (veículos e contentores);
 Dimensão da equipa;
 Metodologia de organização e optimização de circuitos

Tipos de recolha (critérios de classificação):

1. Por tipo de resíduos


Indiferenciada, regular ou normal
Seletiva
Especiais
2. Por tipo de entidade que recolhe os resíduos
Municipal
Pelos próprios produtores

3. De acordo com o local de recolha


Porta-a-porta (individual)
Determinados pontos da via pública (coletiva)
Centros de recolha

Recolha indiferenciada, regular ou normal

 É a recolha dos resíduos todos misturados;


 Está habitualmente a cargo das autoridades municipais.
 É efetuada em horários e circuitos pré-estabelecidos, com uma frequência variável,
entre 1 a 7 vezes por semana, dependendo das características do meio rural ou
urbano, do tipo de resíduos e das condições climatéricas.
 As autoridades municipais definem por postura municipal o tipo de resíduos a
recolher, normalmente domésticos e equiparados.

Recolha Seletiva

 Este tipo de recolha visa separar na fonte uma ou mais categorias de resíduos,
seguida ou não de nova separação em estações de triagem.
 Necessita de ações de informação e sensibilização da população, devido à
mudança de hábitos que estes novos métodos originam.
 Pode realizar-se em simultâneo com a recolha indiferenciada, por substituição
(nos dias em que há recolha seletiva não há recolha indiferenciada) ou por adição
(em alguns dias efetuam-se as duas recolhas, mas separadamente).

Recolhas especiais

 São objeto de circuitos próprios (ex: recolhas de resíduos de jardim, recolhas


de entulhos, recolha de resíduos de mercados e feiras, recolha de veículos
abandonados)

Recolha Municipal

 De acordo com a legislação em vigor compete às Câmaras Municipais a recolha


dos RU. O serviço de recolha pode, contudo, ser concessionado a privados.

Recolha pelos próprios produtores

 Neste caso são os próprios produtores (ex: grandes estabelecimentos


comerciais, industrias) a recolher e transportar os seus resíduos para um local
previamente estabelecido, com os seus próprios veículos ou mediante
contrato com um operador de recolha.
Recolha porta-a-porta

 Os veículos recolhem os recipientes de deposição que se encontram


localizados à porta (passeio) de cada unidade residencial ou comercial. A
recolha pode ser individual (por moradia, unifamiliar), ou coletiva (por prédio,
multifamiliar).

Coletiva ou em determinados pontos da via pública

 Os veículos recolhem os recipientes que servem mais do que uma unidade


residencial. Os recipientes estão localizados a uma certa distância uns dos
outros ao longo da rua, podendo apenas existir um tipo de contentor (recolha
indiferenciada), ou recolha seletiva tipo “vidrão” ou diversos contentores para
recolha seletiva (ecopontos).

Em centros de recolha

 Locais centralizados de deposição. Os produtores de resíduos deslocam-se


normalmente grandes distâncias para aí depositarem os resíduos. É frequente
este tipo de recolha em aglomerados dispersos, parques industriais ou centros
de recolha seletiva (ecocentros).

Frequência e horário de recolha

São muito variáveis de país para país e de zona para zona. Apenas as condições locais e as
características do serviço podem determinar este parâmetro.
Frequência de recolha: diária, semanal; bissemanal, trissemanal…
Horário de recolha: diurna, noturna
Fatores a considerar quanto às opções para a frequência e horário:

 Tipo de recolha (conjunta ou separativa);


 Volume a recolher;
 Composição dos resíduos;
 Condições climáticas (decomposição, cheiros, proliferação de vectores);
 Características do aglomerado urbano (densidade urbanística);
 Características do tráfego;
 Hábitos da população;
 Produtividade e rendimento do serviço; os custos (serviço noturno mais caro)

Opções técnicas para o sistema deposição/recolha seletiva

Coletiva:

a) contentores isolados
b) ecopontos
c) ecocentros
d) sistemas de deposição móveis
e) recolhas periódicas
f) centros de compra e venda de recicláveis
Porta-a-Porta (individual):

a) Mistura de recicláveis/ recolha conjunta dos recicláveis


b) Mistura de recicláveis/veículo multicompartimentado
c) Sistema de separação dedicada/veículo multicompartimentado
d) Sistema de corecolha: no mesmo compartimento ou em compartimentos distintos do
veículo

Recolha Seletiva Coletiva

A) Contentores isolados
Colocação de contentores de várias dimensões, formatos e cores, integrados na malha
urbana, destinados à deposição seletiva de um ou mais componentes dos RU (ex:
vidro, papel e cartão, plásticos, metais, têxteis, pilhas, orgânicos).
Os vidrões tipo iglo foram os primeiros a aparecer em Portugal.

B) Ecopontos
São Sistemas muito semelhantes ao anterior, com a única diferença de que num
determinado ponto de deposição seletiva, em vez de um só contentor, existe um
conjunto de contentores ou baterias de contentores para fileiras específicas de
materiais (vidro, papel e cartão, plástico, metais) ou determinados fluxos (embalagens,
pilhas e baterias, óleos usados).
Pode ser um sistema de contentores individualizados, colocados lado a lado, ou um
único contentor (equipamento multibenne ou polibenne), com diferentes divisórias,
uma por tipo de material.

C) Ecocentros

Tratam-se de infraestruturas vedadas, com horário de abertura e encerramento,


caracterizadas pela existência de um volume de contentorização superior ao dos
ecopontos, destinados a uma gama mais vasta de materiais (por exemplo, resíduos de
jardim, eletrodomésticos, resíduos de demolições, óleos usados, para além das fileiras
habituais).

Contam com a presença de um técnico especializado no apoio e no acompanhamento da


deposição realizada pelos utilizadores.

Podem, igualmente, receber resíduos de pequenas unidades comerciais, industrias e


serviços.

D) Serviços de deposição móveis

Trata-se de um conjunto de contentores de móveis ou rebocáveis ou veículos especiais


dotados de capacidade de contentorização separada para diferentes fileiras e fluxos de
resíduos, que podem estar estacionados durante algum tempo num local, deslocnado-se
posteriormente para outros locais, funcionando, assim, como ecopontos móveis.
E) Recolhas Periódicas

Tratam-se de recolhas específicas, para um determinado material, ou conjunto de


materiais, normalmente não abrangidos pelos outros sistemas de recolha seletiva (ex:
resíduos perigosos, radiografias).

As recolhas periódicas requerem que o publico separe os seus resíduos, os armazene


temporariamente e depois os entregue num determinado dia, ou dias, num local
previamente anunciado, que pode ser uma instituição, uma loja ou um veículo.

F) Centros de compra e venda de recicláveis


Podem ser unidades comerciais (ex: pequenas oficinas de reparação de mobílias, de
eletrodomésticos e de outros objetos velhos).
G) Reverse vending machine for waste packaging
Devolvem sorteios, descontos compras, vales, etc.

Recolha Seletiva Porta-a-Porta

a) Mistura de recicláveis/ recolha conjunta dos recicláveis

 Os materiais recicláveis são depositados num só recipiente (saco ou contentor);


 O veículo recolhe-os como uma mistura de recicláveis, conduzindo-os para uma
estação de triagem;
 Normalmente, são utilizados veículos diferentes dos da recolha convencional, os dias e
a frequência da recolha também são diferentes;
 Os resíduos são depois separados nas estações de triagem.
b) Mistura de recicláveis/ veículo multicompartimentado
São utilizadas viaturas com vários compartimentos. Os residentes depositam num
único recipiente os recicláveis. O operador da recolha separa a mistura de recicláveis e
coloca-os em compartimentos diferentes do veículo.
c) Sistema de separação dedicada/ veículo multicompartimentado
Os residentes separam em casa mais do que uma fracção de recicláveis e depositam-
nas em recipientes diferentes;
O operador de recolha despeja o conteúdo de cada recipiente para o respetivo
compartimento do veículo.
d) Sistema de co-recolha: no mesmo compartimento ou em compartimentos distintos
do veículo
 Os residentes colocam a mistura de materiais recicláveis num recipiente e os
restantes resíduos noutro recipiente, normalmente sacos de diferentes cores.
 Os sacos podem ser apresentados para a recolha soltos ou dentro dum
contentor.
 Ambos os sacos são recolhidos ao mesmo tempo, pelo mesmo veículo.
 O veículo pode ser bicompartimentado.

Sistema mais generalizado em Portugal: Sistema tri-fluxo baseado em ecopontos


constituídos por 3 contentores.
Comparação entre sistemas

Recolha porta-a-porta

A separação em duas frações (do tipo “secos” e “húmidos”), e a sua recolha conjunta, é mais
prática para os produtores de resíduos e mais económica para os operadores de recolha. No
entanto, a contaminação dos materiais pode ser maior, comparativamente à deposição
dedicada ou à separação no ato da recolha. Esta última, embora mais cara, pode melhorar a
eficiência da participação pelo efeito pedagógico e pela menor exigência de separação entre
muitas componentes.

A separação dos recicláveis que chegam às instalações de processamento exige recurso a mais
tecnologia e mão-de-obra se constituírem uma mistura de recicláveis do que se tiverem sido
separados na fonte ou na fase de recolha.

As disponibilidades financeiras e os mercados favoráveis ditarão a escolha entre a separação


dedicada na fonte, a separação no ato da recolha ou a separação nas estações de triagem.

Recolha Coletiva
Principais Vantagens:

 Envolvem menores custos de capital e operação, comparativamente ao porta-a-porta;


 Facilidade em expandir o número de categorias de materiais a recolher;
 Se o nível de participação dos cidadãos for elevado consegue-se a recolha de materiais
de boa qualidade;
 Flexíveis para uma grande gama de contentores (tipo e dimensões) o que permite a
sua adaptação à estrutura e à densidade do tecido urbano;
 Utilização mais flexível para os produtores (não têm que se sujeitar ao dia e hora da
recolha).

Principais desvantagens:
 A quantidade e qualidade dos materiais está muito dependente da eficiência de
participação dos cidadãos;
 Contentores individuais e ecopontos são muito vulneráveis a atos de vandalismo e
roubo podendo igualmente ser barulhentos, sujos e pouco higiénicos;
 Os ecopontos e ecocentros só são aceitáveis em determinados locais urbanos.

Estes factores devem ser contrabalançados com as características e as motivações dos


agregados familiares, aos quais é muito importante fornecer o sistema mais conveniente,
simples e prático.

Planear um sistema de recolha seletiva devidamente integrado no sistema de recolha


convencional, pode ser bastante positivo em termos económicos e na captura de
quantidades significativas de materiais recicláveis.

Veículos

Um dos aspetos importantes na organização de um serviço de recolha é a escolha das viaturas.


Esta escolha depende dos aspetos locais. No entanto, existe um conjunto de qualidades que
deve reunir um veículo de recolha, nomeadamente:

 Rapidez de absorção dos resíduos;


 Máximo volume e facilidade de descarga;
 Zona de carregamento deverá permitir uma fácil descarga dos recipientes;
 Ser estanque, de fácil manutenção e lavagem;
 A carga deverá distribuir-se uniformemente pelos eixos;
 Funcionamento o mais silencioso possível;
 Máxima manobrabilidade na circulação;
 Possuir órgão de segurança adequados;
 Menores custos de manutenção e consumo de combustível;
 Esteticamente agradável.

Os veículos podem classificar-se em função do:

1. Método de descarga dos resíduos para a viatura


 Convencional ou aberta
 Hermética
2. Sistema de elevação dos contentores e respetiva localização
 Carregamento lateral, traseiro ou frontal
 Manual, semi-automático ou totalmente automático
3. Sistema de transferência de resíduos da tremonha de recepção para o interior da
caixa
 Manual
 Mecânico descontínuo; mecânico contínuo

A) Recolha convencional ou Aberta


 A zona de carregamento da viatura é aberta ou tem só uma cortina em borracha
 É realizada manualmente ou semi-automaticamente
 Vantagens: permite o carregamento de objetos volumosos
 Desvantagens: os cantoneiros estão expostos ás poeiras e cheiros; mais riscos de
acidentes.

B) Recolha hermética
 Adufas e opérculos

Taxa de Compactação
Existem viaturas sem e com sistemas de compactação. A taxa de compactação das viaturas é
um factor muito importante, quanto maior, maior a quantidade de resíduos que consegue
transportar. Existem no mercado viaturas com diferentes taxas de compactação, mas para a
mesma viatura, a taxa de compactação depende do peso específico dos resíduos.

Veículos mais usados na recolha de RU


Recolha indiferenciada de RU: veículos por placa ou rotativas, com compactação.

Recolha seletiva: veículos por placa (idênticos aos de recolha indiferenciada) ou veículos de
caixa aberta equipados ou não com grua, em função do tipo de contentor.

Outros tipos de veículos: mais pequenos adaptados aos centros históricos (ruas estreitas);
veículos para co-recolha.

Equipas
Funções e descrição das tarefas:
• Guiar a viatura (motorista)
• Recolher os recipientes e proceder à ação de despejo dos mesmos para dentro da caixa da
viatura (cantoneiros).
• As tarefas a executar pelos cantoneiros dependerão do tipo de recolha e de viatura.

Dimensão das equipas:


• A constituição da equipa de recolha é muito variável.
• Em Portugal na recolha hermética a equipa é constituída por 1 motorista e 2 a 3 cantoneiros.
• Equipas muito numerosas têm normalmente rendimentos muito baixos.
• Nalgumas situações a equipa é composta só pelo motorista (caso da recolha lateral de RSU
ou em algumas recolhas seletivas e recolha de resíduos industriais com grandes contentores)

Principais acidentes e riscos para a saúde dos trabalhadores:


•acidentes provocados por objetos contundentes ou perfurantes, que caiem dos contentores
quando são elevados para descarga, especialmente;
•risco de acidente para um dos trabalhadores quando, por falta de cuidado do seu colega que
manobra os comandos do sistema hidráulico, o sistema é acionado e ele ainda tem as mãos no
contentor quando se encontra a fazer a elevação para a descarga;
•traumatismos, entorses ou escoriações, devido a um mau posicionamento dos pés ao sair dos
estribos da viatura e saltar para o chão, ou a escorregamentos e quedas;
•inalação de pó e poeiras;
•doenças do foro respiratório (e.g. constipações, gripes, pneumonias), devido à exposição a
agentes climatéricos agressivos (e.g. chuva, vento, frio);
•queimaduras ou doenças dermatológicas, por contacto acidental com líquidos presentes no
interior dos contentores que possam ser corrosivos;
•acidentes de viação normais, que poderão ocorrer por embate da viatura com outras viaturas
ou por atropelamento dos cantoneiros que circulam na estrada.

Condições de saúde
• Quando são admitidos, quer motoristas, quer cantoneiros, efetuam análises ao sangue e
urina, testes de audição, visão e psicotécnicos.
• Posteriormente efetuam testes anuais.
• Estes trabalhadores estão sujeitos à legislação geral sobre saúde, higiene e segurança nos
locais de trabalho.
• Fardamento
• Necessidade de um fardamento adaptado às condições climáticas (Verão e Inverno) e
distribuição mínima de 2 fardas por trabalhador, para garantir a sua manutenção em
adequado estado de limpeza.
• Normalmente: fato de macaco, casaco impermeável e lona (casaco tipo capa de oleado para
dias de chuva);
• De salientar que é através da apresentação dos seus trabalhadores que um serviço transmite
ao público utente a sua imagem.

Equipamentos de proteção individual (EPI):


É indispensável e o seu uso deverá ser obrigatório sempre que em serviço, pois muitos
acidentes de trabalho poderão ser evitados. Normalmente incluem:
•botas antiderrapantes de biqueira de aço, para evitar as escorregadelas quando o piso está
molhado e para proteger os pés caso algum contentor mais pesado caia,
•luvas de textura adequada ao serviço, para proteger as mãos do contacto com líquidos ou
resíduos e do esforço a arrastar os contentores;
•bandas refletoras nos fatos para que sejam facilmente visualizados.

Sistemas de segurança das viaturas de recolha:


Têm por objectivo não só a segurança individual mas, também, a circulação do equipamento
na via pública, como medida de prevenção de acidentes. Como exemplo:
• luz rotativa amarela (para assinalar a posição);
•faixas refletores;
•botão de paragem de emergência do sistema de carregamento (um de cada lado da parte
traseira da viatura);

Aspectos sociais:
•Educação e formação do pessoal:
• Prevenção de acidentes e riscos para a saúde
• Contacto direto com os utentes do serviço de recolha
• Dignificação profissional e autoestima;
• Resolução de conflitos e problemas sociais (absentismo elevado, casos de alcoolismo, outros
problemas sociais).

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