Você está na página 1de 10

1.

Para responder à questão, leia o fragmento de texto a seguir, observando o comportamento


sintático-semântico das formas verbais destacadas:

Quando Hitler assumiu o poder em 1933, a jovem Hannah Arendt foi impedida de iniciar sua
carreira docente em Berlim. O motivo: a recém-doutora em Filosofia era judia. O regime nazista
prenderia a filósofa brevemente ainda naquele ano, por resistir à perseguição antissemita.
Eram os primeiros passos da Alemanha para o Holocausto. A situação forçou Arendt a fugir
para Paris, e ela foi declarada apátrida pelos alemães. Essa experiência marcaria sua teoria
política e, anos depois, a pensadora teria a oportunidade de analisar mais de perto a dimensão
humana dos responsáveis pelo Holocausto. Polêmicas à parte, sua análise é hoje referência
para a compreensão dos regimes totalitários do século 20.

(70 mulheres que mudaram o mundo, Dossiê SuperInteressante, edição 408-A, out. 2019, p.
16. Com supressões e adaptações).

Sobre o uso dos tempos verbais no texto, é verdadeira a alternativa:


a) como em “assumiu” expressa-se um fato anterior a “foi impedida”, deveria ter sido
empregado o pretérito mais-que-perfeito.
b) nas duas ocorrências de “foi”, deveria ter sido empregado o pretérito mais-que-perfeito do
indicativo (“fora”).
c) em “prenderia”, “marcaria” e “teria”, o uso do futuro do pretérito representa a incerteza do
enunciador e seu não comprometimento com a veracidade dos fatos relatados.
d) em “prenderia”, “marcaria” e “teria”, o futuro do pretérito do indicativo é usado para
representar fatos anteriores ao momento da escrita do texto e posteriores a fatos ou
processos narrados e consumados.
e) em “prenderia”, “marcaria” e “teria”, o futuro do pretérito do indicativo é usado para expressar
os fatos como possibilidades ou desejos e, portanto, não efetivamente realizados.

2. DECRETO N. 28 314, DE 28 DE SETEMBRO DE 2007

Demite o Gerúndio do Distrito Federal


e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o


artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:
Art. 1º Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
Art. 2º Fica proibido, a partir desta data, o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 28 de setembro de 2007.
119º da República e 48º de Brasília

Disponível em: www.dodf.gov.br. Acesso em: 11 dez. 2017.

Esse decreto pauta-se na ideia de que o uso do gerúndio, como “desculpa de ineficiência”,
indica
a) conclusão de uma ação.
b) realização de um evento.
c) repetição de uma prática.
d) continuidade de um processo.
e) transferência de responsabilidade.

3.
O uso da função apelativa é predominante nas campanhas comunitárias. O texto, produzido
pelo Ministério Público de Goiás, reforça essa função ao priorizar o protagonismo do
interlocutor. Isso pode ser comprovado a partir do uso
a) da logomarca do Ministério Público.
b) de verbos no imperativo.
c) da imagem no centro do texto.
d) de letras com formatação diferente.
e) do número telefônico que receberá a denúncia.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto de Luiz Eduardo Soares para responder à(s) questão(ões).

Logo depois que assumi a Secretaria Nacional de Segurança, em 2003, recebi, por vias
transversas, uma mensagem de Luciano, da Rocinha. Ele desejava deixar a vida de traficante e
viajar para longe. Tinha chegado à conclusão de que seu caminho era a perdição: morreria
cedo, de modo cruel, em mãos inimigas. Queria começar de novo e pedia uma chance. Tratara
com respeito a comunidade, que era, afinal de contas, sua família. A violência, ele a usara
apenas na medida necessária à proteção de seus negócios. Esse era seu ponto de vista, sem
dúvida demasiado edulcorado. Não obstante a possível autoidealização, o fato é que explicitá-
la, naquele contexto, não deixava de ser significativo, indicando a valorização positiva do lado
certo da vida. Era um negociante clandestino, dizia, não um criminoso selvagem: alguns
traziam uísque do Paraguai; ele vendia outras drogas. Reivindicava uma diferença importante,
no mundo do crime carioca.

(Cabeça de porco, 2005.)

4. A forma verbal no pretérito mais-que-perfeito, que indica uma ação, anterior a outra, ambas
ocorridas no passado, está sublinhada em:
a) “morreria cedo, de modo cruel, em mãos inimigas”.
b) “Ele desejava deixar a vida de traficante”.
c) “Esse era seu ponto de vista”.
d) “recebi, por vias transversas, uma mensagem de Luciano, da Rocinha”.
e) “Tratara com respeito a comunidade”.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Exemplo de gentileza, porteiro que cumprimenta alunos um a um em MT faz sucesso na web
após ser filmado por pai de aluna

O porteiro Leônidas Alves Pereira, que trabalha em uma escola particular em Sinop, a
de Cuiabá, ficou famoso nas redes sociais por causa de um vídeo gravado pelo pai de
uma aluna, que mostra o trabalhador, no portão, recepcionando os alunos. Ele cumprimenta os
estudantes um a um.
Impressionado com a gentileza do porteiro, Gledson Geuda filmou a cena e publicou as
imagens na página dele no Facebook.
O pai da aluna disse que fez o vídeo a pedido da filha, que todas as vezes que passa
pelo portão é chamada de campeã.
"Eu achei interessante e fiquei reparando. E, naquela manhã, resolvi gravar para
mostrar para as outras pessoas que um simples bom dia pode animar o outro", disse.
O vídeo gravado em uma das entradas da escola já teve quase 6 milhões de
visualizações. Leônidas disse que sente prazer em trabalhar na escola e que se sente
renovado com o cumprimento que dá a cada criança que passa por ele. É como se alguns anos
de vida lhe fossem acrescentados.
"A gente não cansa, né? Quanto mais você dá bom dia para uma criança ou um
adolescente, parece que você sente mais renovado. É uma coisa muito boa", disse Leônidas.

Disponível em: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2019/02/08/exemplo-de-gentileza.


Acesso em: 28 jan. 2019.

5. Na frase “Leônidas disse que sente prazer em trabalhar na escola” (6º parágrafo), os
verbos em destaque estão, respectivamente, no:
a) pretérito perfeito, presente e infinitivo.
b) pretérito perfeito, infinitivo e presente.
c) pretérito imperfeito, presente e infinitivo.
d) presente, pretérito perfeito e infinitivo.
e) infinitivo, pretérito perfeito e presente.

6. Leia:

Corríamos atrás uns dos outros na nossa infância. Corremos, hoje, atrás da felicidade de
outrora.

Nas frases acima, os verbos destacados encontram-se, respectivamente, no:


a) Pretérito perfeito do indicativo – Presente do indicativo.
b) Pretérito imperfeito do indicativo – Presente do indicativo.
c) Pretérito imperfeito do indicativo – Pretérito perfeito do indicativo.
d) Pretérito imperfeito do indicativo – Pretérito mais que perfeito do indicativo.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o trecho do livro Bem-vindo ao deserto do real!, de Slavoj Žižek, para responder à(s)
questão(ões) a seguir.

Numa antiga anedota que circulava na hoje falecida República Democrática Alemã, um
operário alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que toda correspondência será
lida pelos censores, ele combina com os amigos: “Vamos combinar um código: se uma carta
estiver escrita em tinta azul, o que ela diz é verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo
é mentira.” Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: “Tudo aqui é
maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida é abundante, os apartamentos são grandes e
bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, há muitas garotas, sempre prontas
para um programa – o único senão é que não se consegue encontrar tinta vermelha.” Neste
caso, a estrutura é mais refinada do que indicam as aparências: apesar de não ter como usar o
código combinado para indicar que tudo o que está dito é mentira, mesmo assim ele consegue
passar a mensagem. Como? Pela introdução da referência ao código, como um de seus
elementos, na própria mensagem codificada.

(Bem-vindo ao deserto do real!, 2003.)

7. “Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul [...].”

Assinale a alternativa que expressa, na voz passiva, o conteúdo dessa oração.


a) Um mês depois, uma carta escrita em tinta azul seria recebida pelos amigos.
b) Os amigos deveriam ter recebido, um mês depois, uma carta escrita em tinta azul.
c) Um mês depois, uma carta escrita em tinta azul foi recebida pelos amigos.
d) Um mês depois, uma carta escrita em tinta azul é recebida pelos amigos.
e) Os amigos receberiam, um mês depois, uma carta escrita em tinta azul.

8. João/Zero (Wagner Moura) é um cientista genial, mas infeliz porque há 20 anos atrás foi
humilhado publicamente durante uma festa e perdeu Helena (Alinne Moraes), uma antiga e
eterna paixão. Certo dia, uma experiência com um de seus inventos permite que ele faça uma
viagem no tempo, retornando para aquela época e podendo interferir no seu destino. Mas
quando ele retorna, descobre que sua vida mudou totalmente e agora precisa encontrar um
jeito de mudar essa história, nem que para isso tenha que voltar novamente ao passado. Será
que ele conseguirá acertar as coisas?

Disponível em: http://adorocinema.com. Acesso em: 4 out. 2011.

Qual aspecto da organização gramatical atualiza os eventos apresentados na resenha,


contribuindo para despertar o interesse do leitor pelo filme?
a) O emprego do verbo haver, em vez de ter, em “há 20 anos atrás foi humilhado”.
b) A descrição dos fatos com verbos no presente do indicativo, como “retorna” e “descobre”.
c) A repetição do emprego da conjunção “mas” para contrapor ideias.
d) A finalização do texto com a frase de efeito “Será que ele conseguirá acertar as coisas?”.
e) O uso do pronome de terceira pessoa “ele” ao longo do texto para fazer referência ao
protagonista “João/Zero”.

9. Tensão na véspera

Na noite daquele domingo, a Polícia Federal monitorava Alberto Youssef pela cidade de São
Paulo. O doleiro era o principal alvo da Operação Lava Jato, marcada para começar no dia
seguinte. De Curitiba, na coordenação da operação, o delegado Márcio Anselmo cuidava dos
últimos detalhes das buscas e prisões que seriam realizadas nas próximas horas. Especialista
em crimes financeiros, ele havia conseguido, com apenas dois agentes, em meio a uma greve
na PF, puxar o fio do novelo que levaria à Lava Jato.

Vladimir Netto, Lava Jato, Editora Primeira Pessoa.

As formas verbais em destaque “monitorava” e “havia conseguido” traduzem res-


pectivamente ideia de:
a) ação contínua ou repetitiva no passado; ação no passado anterior a uma outra ação também
no passado.
b) ação única e acabada no passado; ação contínua ou repetitiva no passado.
c) ação contínua ou repetitiva no passado; ação única e acabada no passado.
d) ação frequentativa no presente; ação no passado anterior a uma outra ação também no
passado.
e) ação hipotética no passado ligada a uma condição; ação contínua ou repetitiva no passado.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

10. Leia a seguinte frase elaborada a partir da leitura do 2º quadrinho: E esses ingênuos
continuam mandando contas em seu nome.

Assinale a alternativa que corresponde à correta reescrita dessa frase na voz passiva.
a) E esses ingênuos continuarão mandando contas em seu nome.
b) E contas continuaram sendo mandadas em seu nome pelos ingênuos.
c) E contas continuam mandando em seu nome por esses ingênuos.
d) E contas em seu nome continuam sendo enviadas por esses ingênuos.

11. Na Olimpíada da crise, os convidados especiais não vão contar assim com tanta
mordomia. Graças à baixa procura e ao desinteresse dos patrocinadores, o comitê organizador
dos Jogos está com dificuldade de erguer camarotes para algumas modalidades. O de vôlei de
praia, esporte no qual o Brasil é destaque, não vai dispor da estrutura. O camarote para o tênis,
no Parque Olímpico, também foi cancelado. A construção ocorre apenas se os pedidos são
suficientes para compensar os custos.

Veja, ed. 2460, ano 49, nº. 2, 13 de janeiro de 2016, p. 29.

No último período do texto, as formas verbais em destaque foram empregadas para


a) expressar temporalmente o futuro.
b) representar eventos sem historicidade.
c) expressar fatos que independem do tempo cronológico.
d) expressar atitude do enunciador.

12. Leia a seguinte frase:

O que os olhos não virem, o seu coração não vai sentir.

Considere as seguintes afirmações sobre essa frase, utilizada em uma propaganda de


software para empresas:

I. Contém um erro de conjugação verbal, no uso de “virem” em lugar de “verem”.


II. Expressa ideia de futuro por meio da locução “vai sentir”, que equivale a “sentirá”.
III. Resulta de uma reelaboração de um conhecido provérbio popular.

Está correto apenas o que se afirma em


a) III.
b) I e II.
c) I.
d) II.
e) II e III.

SINTAXE
1. Assinale a alternativa em que as partes destacadas exercem a mesma função sintática.
a) Pelo amor de Deus, meu filho, quando vais começar a trabalhar? / Parabéns, irmão,
cumprimentos pela magnífica vitória de ontem!
b) O assaltante entrou correndo pela porta da frente. / O jogo será apitado por mim e,
provavelmente, vai acabar sem que o placar seja alterado.
c) As duas toalhas tinham sido bordadas por Ana Rosa e filha. / De acordo com o relatório
apresentado pelo Ministério da Infraestrutura, em 2019 as metas não serão alcançadas.
d) Por essas e outras, esse construtor não merece crédito algum. / O parlamentar foi delatado
pelo cambista.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Ladainha II

Por que o raciocínio,


os músculos, os ossos?
A automação, ócio dourado.
O cérebro eletrônico, o músculo
mecânico
mais fáceis que um sorriso.

Por que o coração?


O de metal não tornará o homem
mais cordial,
dando-lhe um ritmo extra-corporal?

Por que levantar o braço


para colher o fruto?
A máquina o fará por nós.
Por que labutar no campo, na cidade?
A máquina o fará por nós.
Por que pensar, imaginar?
A máquina o fará por nós.
Por que fazer um poema?
A máquina o fará por nós.
Por que subir a escada de Jacó?
A máquina o fará por nós.
Ó máquina, orai por nós.

(RICARDO, Cassiano. Jeremias sem-chorar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1964.)

2. Sobre o emprego de pronomes no texto, é correto afirmar que


a) no verso “dando-lhe um ritmo extra-corporal?”, o pronome “lhe” exerce função sintática de
complemento nominal.
b) no verso “A máquina o fará por nós”, o pronome “o” exerce função de objeto direto.
c) no verso “Por que levantar o braço”, o termo “que” classifica-se como pronome relativo.
d) no verso “Ó máquina, orai por nós”, a substituição pela forma “orai-nos” manteria a correção
sintática e semântica.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada
Carolina Maria de Jesus

17 DE MAIO Levantei nervosa. Com vontade de morrer. 1Já que os pobres estão mal
colocados, para que viver? 2Será que os pobres de outro país sofrem igual aos pobres do
Brasil? 3Eu estava 4discontente que até cheguei a brigar com o meu filho José Carlos sem
motivo...
... 5Chegou um caminhão aqui na favela. O motorista e o seu ajudante jogam umas
latas. É linguiça enlatada. Penso: é assim que fazem esses comerciantes insaciaveis. Ficam
esperando os preços subir na ganancia de ganhar mais. E quando apodrece jogam para os
corvos e os infelizes favelados.
6
Não houve briga. 7Eu até estou achando 8isso aqui monotono. Vejo as crianças abrir
as latas de linguiça e exclamar satisfeitas:
_ Hum! Tá gostosa!
A Dona Alice deu-me uma para experimentar. 9Mas a lata está estufada. Já está podre.

Trecho disponível em: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo – diário de uma favelada.
São Paulo: Ática, 2001.

3. No trecho “Eu estava discontente que até cheguei a brigar com o meu filho José Carlos
sem motivo...” (referência 3), a expressão em destaque tem a mesma função em
a) Faltava alimento de qualidade.
b) As crianças faziam um gesto de tristeza.
c) O caminhão trazia linguiça para todos.
d) Com tristeza, fiquei olhando aquela cena.
e) Eles eram comerciantes sem coração.

4. Marque a alternativa correta quanto à classificação sintática dos pronomes destacados.


a) Preciso de ti na execução do projeto. (objeto indireto)
b) O mau exemplo incomoda a mim. (objeto indireto)
c) Encontrei-o em decúbito, ao chão. (sujeito)
d) Contei-lhes toda a verdade. (objeto direto)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir.

Salve, lindo pendão1 da esperança,


Salve, símbolo augusto2 da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da pátria nos traz.
(trecho do Hino à Bandeira – letra de Olavo Bilac música de Francisco Braga)

Glossário:
1
Pendão – bandeira, flâmula
2
Augusto – nobre

5. No fragmento de texto apresentado, os sintagmas “da esperança” e “da paz”


a) remetem à ideia de lugares e são classificados como adjuntos adverbiais.
b) remetem à ideia de posse, pertença, e são classificados como adjuntos adnominais.
c) remetem à ideia de posse, pertença, e são classificados como complementos nominais.
d) remetem à ideia de lugares não físicos e são classificados como complementos nominais.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto a seguir para responder à(s) questão(ões).
6. No texto, as locuções adjetivas “das vítimas” e “dos suspeitos” acompanham o substantivo
“perfil”, desempenhando a função sintática de
a) agente da passiva, haja vista que atribuem uma agentividade a esse substantivo.
b) predicativo do sujeito, porque apresentam uma qualidade para esse substantivo.
c) adjunto adnominal, pois delimitam o significado desse substantivo.
d) predicativo do objeto, já que apontam uma avaliação sobre esse substantivo.
e) aposto especificativo, uma vez que são hipônimos desse substantivo.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Meu lugar

O meu lugar Doce lugar


é caminho de Ogum e Iansã que é eterno no meu coração
lá tem samba até de manhã e aos poetas traz inspiração
uma ginga em cada andar pra cantar e escrever

O meu lugar Ai, meu lugar


é cercado de luta e suor quem não viu Tia Eulália
esperança num mundo melhor dançar vó Maria o terreiro benzer
e cerveja pra comemorar e ainda tem jongo à luz do luar

O meu lugar Ai, que lugar


tem seus mitos e seres de luz tem mil coisas pra gente fazer
é bem perto de Osvaldo Cruz o difícil é saber terminar
Cascadura, Vaz Lobo, Irajá Madureira

O meu lugar
é sorriso, é paz e prazer
o seu nome é doce dizer
Madureira
Ah, que lugar
a saudade me faz relembrar
os amores que eu tive por lá
é difícil esquecer

Letra transcrita e adaptada a partir da audição de “Meu lugar”, composta por


Arlindo Cruz e José Mauro Diniz, e lançada no álbum Batuques do meu lugar, em 2012.

7. Em português, o verbo “ser” pode formar predicados nominais, qualificando o sujeito, ou


predicados verbais. Assinale a opção em que o verbo “ser” forma um predicado verbal:
a) “é bem perto de Oswaldo Cruz.” (v. 11)
b) “é eterno no meu coração.” (v. 22)
c) “é difícil esquecer.” (v. 20)
d) “é doce dizer.” (v. 15)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


De um jogador brasileiro a um técnico espanhol
João Cabral de Melo Neto

Não é a bola alguma carta


que se leva de casa em casa:

é antes telegrama que vai


de onde o atiram ao onde cai.

Parado, o brasileiro a faz


ir onde há-de, sem leva e traz;

com aritméticas de circo


ele a faz ir onde é preciso;

em telegrama, que é sem tempo


ele a faz ir ao mais extremo.

Não corre: ele sabe que a bola,


Telegrama, mais que corre voa.

(Disponível em: <http://www.revista.agulha.nom.br/futebol.html#jogador> Acesso em: 12 out.


2011.)

8. Quanto aos aspectos morfossintáticos do texto, assinale a alternativa correta.


a) O sujeito das duas primeiras estrofes é indeterminado, como se verifica pelos verbos “se
leva” e “atiram”.
b) O predicado em “Não é a bola alguma carta” e “é antes telegrama...” é verbal, pois os verbos
indicam o estado da bola.
c) O sujeito simples “brasileiro” da terceira estrofe é retomado nas demais estrofes pelo
pronome “ele”.
d) O predicado da oração “Ele a faz ir”, na quarta e quinta estrofes, é verbo-nominal, pois indica
ação e descreve a bola.
e) O substantivo “telegrama”, no último verso do poema, é um adjunto adnominal de “bola”.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões).

Marte é o Futuro
O pouso na Lua não foi só o ápice da corrida espacial. Foi também o passo inicial do
turbocapitalismo que dominaria as três décadas seguintes. Dependente, porém, de matérias-
primas do século 19: aço, carvão, óleo. 5Lançar-se ao espaço implicava algum reconhecimento
dos limites da Terra. Ela era azul, mas finita. Com o império da tecnociência, ascendeu também
sua nêmese, o movimento ambiental. Fixar Marte como objetivo para dentro de 20 ou 30 anos,
hoje, parece 2tão louco quanto chegar à Lua em dez, como determinou John F. Kennedy. 6Não
há um imperialismo visionário como ele à vista, e isso é bom. 7A ISS (estação espacial
internacional) representa a prova viva de que certas metas só podem ser alcançadas pela
humanidade como um todo, não por 1nações forjadas no tempo das caravelas. 8Marte é o
futuro da humanidade. 9Ele nos fornecerá a experiência vívida e a imagem perturbadora de um
planeta devastado, inabitável. Destino certo da Terra em vários milhões de anos. 3Ou, mais
provável, em poucas décadas, 4se prosseguir o saque a descoberto da energia fóssil pelo
hipercapitalismo globalizado, inflando a bolha ambiental.

(Adaptado de: LEITE, M. Caderno Mais!. Folha de São Paulo. São Paulo, domingo, 26 jul.
2009. p. 3.)

9. Quanto à predicação verbal, é correto afirmar:


a) Em “Lançar-se ao espaço implicava algum reconhecimento” (ref. 5), o verbo implicar, nesse
contexto, é um verbo transitivo direto, por isso seu complemento não exige preposição.
b) Em “Não há um imperialismo visionário como ele à vista” (ref. 6), o verbo haver é
considerado um verbo de ligação, pois estabelece relação entre sujeito e seu predicativo.
c) Em “A ISS (estação espacial internacional) representa a prova viva” (ref. 7), o verbo
representar é intransitivo, portanto, não necessita complemento.
d) Em “Marte é o futuro da humanidade” (ref. 8), o verbo ser é classificado como verbo
transitivo direto e indireto, ou seja, possui um complemento precedido de preposição e outro
não.
e) Em “Ele nos fornecerá a experiência vívida e a imagem” (ref. 9), o verbo fornecer é
classificado como verbo defectivo, pois não apresenta a conjugação completa.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


OS POEMAS

Os poemas são pássaros que chegam


não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mário Quintana, Nariz de Vidro

10. O verbo destacado possui transitividade em:


a) "(...) o alimento deles já estava em ti ..."
b) "Os poemas são pássaros que chegam ...".
c) "E olhas, então, essas tuas mãos vazias, ..."
d) "(...) não se sabe de onde e pousam no livro que lês."

Você também pode gostar