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UNIVERSIDADE DE UBERABA

ESTUDOS REGIONAIS
UMA HISTÓRIA POLÍTICA DA TRANSIÇÃO BRASILEIRA: DA
DITADURA MILITAR À DEMOCRACIA

Desenvolvido por:
Diana de Jesus Ribeiro
Carmen de Jesus

Professora:
Agda Bruna

Feira da Mata/Ba
11/06/2022
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UMA HISTÓRIA POLÍTICA DA TRANSIÇÃO BRASILEIRA: DA DITADURA


MILITAR À DEMOCRACIA

No Brasil, o regime ditatorial militar durou 25 anos, de 1964 a 1989, teve


seis governos incluindo um governo civil, e sua história pode ser dividida em cinco
grandes fases.
Uma primeira fase, de constituição do regime político ditatorial militar,
corresponde, grosso modo, aos governos Castello Branco e Costa e Silva (de
março de 1964 a dezembro de 1968); Uma segunda fase, de consolidação do
regime ditatorial militar (que coincide com o governo no Médici: 1969 – 1947); Uma
terceira fase de transformação do regime ditatorial (o governo Geisel: 1974 – 1979);
Uma quarta fase, de desagregação do regime ditatorial militar para um regime
ditatorial militar (o governo figueiredo: 1979 – 1985); e por último, a fase de transição
do regime ditatorial militar para um regime liberal democrático (o governo Sarney
1985 – 1989).
Neste fragmento da história política brasileira ao deparar com realidade
da ditadura militar no Brasil, podemos perceber que não foi fácil, não só o Brasil,
mas o mundo vivencia um estágio de guerra fria, período que estão se sarando,
buscando se recuperar de todas marcas deixadas pela segunda guerra. Ainda com
os nervos a flor da pele todos sobre Salvador, então o exército assume com mão
forte e dura repressão, 25 anos de lagrimas silenciosas porque os poucos que
ousaram alçar voz foram sufocadas, foram saqueadas de suas casas, de seus
familiares, aprisionadas, torturadas sem direitos a defesas dadas, simplesmente por
desaparecidas de covardes por se suicidarem (a forma não importa pois quem iria
questionar se era aquele poder que devia proteger que agora perseguia).
O projeto militar desdobrou-se num processo pendular, em que se
revezavam períodos de maior e menor violência política, de acordo com uma lógica
menos instrumental e mais conjuntural, traduzindo a dificuldade do governo Geisel
em controlar todas as variáveis implicadas na política de transição. A política de
liberalização da ditadura militar brasileira continuou no governo Figueiredo (1979-
1985), sob o nome de “Abertura política.”
Mandatos de homens com temperamentos fortes moldados para conduzir,
homens fortes preparados para guerra, mas despreparados para lidar com a maioria
civis homens, mulheres, crianças, todos sem direito a voz, visto e tratados como
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animais que tinham apenas a obrigação de produzir, acredito que por isso esse jogo
de “morde e assopra”, opressão, espancamento, a lei do mais forte dominante.
Parece conveniente resumir a história brasileira recente em vista dos
aspectos mais significativos da transição política (1974 – 1989) e da consolidação
democrática (1989 – 2002), a fim de propor uma interpretação desse período.
Poderia resumir dizer que a trajetória do Brasil desde dos primórdios da
história os brasileiros tem sido subjugados pelas maiorias, a população embora
maior em número sempre precisou trabalhar muito se contentar com o nada e sorrir
para tudo.
O golpe de 1964 assinalou uma modificação decisiva na função política
dos militares no Brasil. A ação final contra a “democracia populista” (1946 – 1964)
ou, como preferem os conservadores, a “Revolução”, trouxe duas novidades. Não se
tratava mais de uma operação intermitente das forças armadas com o objetivo
preciso, quase sempre o de combater a “desordem” (a política de massas) ou o
“comunismo” (a política social) ou a corrupção (i,e) a política propriamente dita mas
de uma intervenção permanente.
Getúlio Vargas consegue através de apoio de maiores políticos,
empresários etc., ele consegue apoio o suficiente para fazer apoio militar, daí então
se ver que é um golpe, o golpe não foi para trazer um juízo de valor, era mais para
dizer que aquilo que aconteceu não estava escrito na constituição.
Para a população após ter todo militares no comando por tanto tempo no
Era Vargas não era novidade, agora após o golpe os militares terem tomados a
frente, mas a repressão estava em maior rigor e não só o povo sofria mas agora
com a subida da inflação todos sofrem e a crise passa a ser interna também.
Esse hipotético padrão corresponde na verdade a uma serie especifica de
determinações históricas, que são a fonte da autonomia política e da singularidade
ideológica exibidas pelo estabelecimento militar.
Um dos períodos mais críticos durante a transição foi durante a
consolidação do governo, precisava ser aceito mesmo que a força derrotar não
apenas seus inimigos mas agir implacável com seus opositores durante o governo
de costa e silva, e Médici assumir com o mesmo impacto.
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Força e poder não importando os meios a sua autoridade era máxima,


não existia consequência já que os meios justificavam os fins, mas o poder está
enfraquecendo.
Essa periodização simplificada do cenário político assinala os limites
temporais do regime ditatorial (1964 – 1974) do período de transição (1974 – 1981)
e do intervalo da consolidação de um novo regime nacional (1989 – 2002). Ela não
indica contudo, os traços mais significativos da política brasileira contemporânea,
nem permite estabelecer interferências causais que expliquem a sucessão de
acontecimentos ou a passagem de uma fase a outra. Parece impossível em todo
caso, compreender a transição política e a consolidação democrática independente
do processo político concreto.
Através da periodização podemos perceber ao analisar o cenário a crise
se instalando, como não bastante o enfraquecimento interno ainda as crescentes
revoltas aumentando, era chegada a hora de implantar cada vez mais a reforma e
isso inicia já no mandato de Geisel ainda com fortes repressões, mas nesse período
de transição vão buscando organizar para um novo estágio de ordem e controle da
economia como interação dos três elementos: Forças Armadas, Estado e
Sociedade.
Sublinhe-se apenas que uma compreensão mais extensa do estado
implica toma-lo como feixe de instituições, organismos, aparelhos e agências
burocráticas, cuja configuração não é indiferente, de um lado, a evolução das
relações de hierarquia e subordinação entre os diversos centros de decisão e de
outro, as articulações concretas desses aparelhos (e, de seus respectivos
ocupantes) com as classe e grupos sociais.
Os burocratas já estão desinquietos antes apenas as classes operárias, o
povão sofria, mas agora está arrojada, chegada a hora da abertura política, precisa
dar mais um passo.
Na Espanha, enquanto a transição democrática seguiu uma via condicional
– cada instituição democrática introduzida no sistema político exigia (isto é,
condicionava) outra no Brasil, a via da mudança política foi sequencial,
certos direitos liberais clássicos foram reintroduzidos de acordo com uma
estratégia incremental e moderada, sob a direção do governo e com a
colaboração da oposição responsável a fim de evitarem os riscos de uma
regressão autoritária (SKIOMORE, 1988, p 323-325)
O mandato Geisel inicia a estratégia de descompensação política, a
legenda de Geisel, lenta, gradual e segura, e assim com a cooperação da oposição
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de modo a evitar riscos, então começa lentamente a liberação de censura e a


liberdade de expressão se concretizando no mandato de Figueiredo, “abertura
política.”
Todavia, como já enfatizou acima o projeto original de liberalização do
regime ditatorial não foi idêntico ao processo político que ele desencadeou uma vez
iniciado, o movimento adquiriu lógica própria e as várias crises nos governos Geisel
e Figueiredo dizem respeito tanto a tentativa dos Presidente de reafirmar seu
controle sobre processo quanto da oposição civil e militar de alterar o projeto (em
direções diferentes).
Embora sempre ouve um plano de liberalização mas não houve mais
como continuar retendo, o povo não suportava mais, precisando desse último ar
para poder puxar fôlego e seguir com esperança nessa terra tão adorada e
promissora que ainda não havia gozado de seu esplendor a tanto sucumbida.
Embora exagerando o argumento, Diniz (1986) parece ter razão ao
afirmar que a abertura política é o resultado de duas dinâmicas que atuam
simultaneamente no sistema político, a dinâmica das negociações no universo das
elites e a dinâmica das pressões da sociedade (camada médias, classes operárias)
sobre o estado militar, talvez seja o caso de sugerir que a primeira dinâmica
estabeleceu o conteúdo, definiu o modo e impôs a natureza da transição, enquanto
a segunda determinou seu ritmo.
Conforme foi dito a abertura política foi lenta e constante se arrastando
em passos de tartaruga deixando uma marca profunda nos corações da população
brasileira.
O que não significa dizer que o regime ditatorial – militar tenha sido
estável. No Brasil, por exemplo, o regime nunca alcançou um estado ótimo de
equilíbrio entre políticos liberais, lideres conservadores e militares reacionários,
tampouco obteve consenso entre os próprios militares, visto que a existência de
diversos grupos rivais nas forças armadas, denunciava a presença de vários
projetos e ideológicos, principalmente sobre a natureza provisória ou duradoura e os
objetivos amplos ou restritos de sua intervenção na vida política nacional, depois de
1964.
Podemos dizer que maior obstáculos foi interno entre eles mesmo, como
está escrito na bíblia sagrada no evangelho de Mateus 12.25 “Jesus, porém,
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conhecendo os seus pensamentos, disse – lhes: todo o reino dividido contra se


mesmo é devastado, e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesmo não
substituirá.” No caso ditatorial militar tenha durado vinte e cinco anos não prosperou
e podemos ver as falhas desde do princípio e as tamanhas lacunas deixadas.
A imaginação política criadora posta em prática deu no seguinte: Em
outubro de 1978, o congresso nacional aprovou a emenda constitucional nº 11 (a
constituição de 1967), que conjugava reformas políticas com a permanência das
salvaguardas eficazes. Ela abolia o ato institucional nº 5 restabelecendo o habeas
corpus, suspendia a censura previa para rádio e TV, revogava as penas de morte e
prisão perpetua, restaurava a independência do judiciário etc., mas também garantia
ao mesmo tempo, os poderes discricionários do executivo.
Vejamos no recorte acima se estava errado antes porque após passar a
ser correto. Por isso acredito que boa parte de tal governo, foi acima de tudo o poder
que subiu a mente de tais governantes incapazes de ver a necessidade real e forma
justa de governo.
A opção que prevaleceu foi a de implantar uma forma de governo mais
estável, previsível e controlada, em que o sistema de partidos e a rotina eleitoral que
surpreendentemente haviam se convertido na década de setenta, num meio de um
poderoso protesto contra o regime, não pusesse em xeque o autoritarismo, nem
desse oportunidade aos excessos do período populista, representados pelo avanço
da mobilização popular sob o comando de uma liderança carismática e demagógica.
Podemos ver que até chegar a década de setenta não foi fácil, mas
somos brasileiros uma nação guerreira e forte, que por maior a dificuldade ainda
acha motivos para sorrir todas as manhãs.
Na verdade, as reformas econômicas prescindiram de uma verdadeira
reforma política, que aumentasse a representação e de uma reforma do estado que
favorecesse a participação, ou melhor, as reformas neoliberais tiveram como
precondições o arranjo autoritário dos processões de governo e a ausência de
responsabilidade (accountability) dos governantes.
Vemos que ao logo dos anos a reforma política tem acontecido em
passos muitos lentos, mas a esperança é a palavra que permanece firme em cada
coração brasileiro de um dia podermos ver ou deixar um pais muito melhor para as
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novas gerações, um pais com governantes justos, com leis justas, um lugar livre
para se viver.

REFERÊNCIAS
CODATO, Adriano Nervo. Uma história política da Transição Brasileira: da
ditadura militar à democracia. Acesso em 09 de jun. de 2022.

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