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Meio Ambinte

Legislações
Zelar pela harmonia e o equilíbrio entre as relações dos cidadãos, empresas e o poder público não é tarefa fácil, porém o
direito, ciência que estuda e cuida da aplicação das normas jurídicas vigentes em um país, para organizar as relações entre
indivíduos e grupos na sociedade, faz esse papel muito bem.

Dentro dessa ciência do direito, houve a necessidade da criação de um novo setor; conhecido como Direito Ambiental.
Ele é um Direito moderno e bastante recente, sofrendo modificações a todo momento e crescendo no grau de importância na
sociedade, na economia e na vida de modo geral, pois a preocupação do Direito com o meio ambiente é necessária.

Para refletir

Não é de hoje que as relações entre o homem e o mundo que o envolve vêm mudando profundamente. O ordenamento
de forma adequada e coerente marca essa rotina de intervenções da realidade e desse instrumento. Toda e qualquer
atividade humana, por menor que seja, afeta fundamentalmente as águas, o solo, o ar, a fauna e a flora. Portanto, a
missão da legislação ambiental é definir limites, alinhada com a regulamentação e normatização das atividades humanas
em relação ao meio ambiente, que segundo a Constituição Federal, é um bem de uso comum e patrimônio da
humanidade.

Há diversas e diferentes legislações que tratam do tema Meio Ambiente, em diferentes questões, mas o ponto principal
delas é a proteção ao meio ambiente e consecutivamente, a evolução dos direitos da humanidade, com o objetivo de manter a
natureza saudável e equilibrada.

Com base nessa premissa, apresentaremos algumas legislações importantes, considerando as seguintes temáticas:
crimes ambientais contra a fauna e flora, poluição do ar, água e solo e licenciamento ambiental.

Crimes Ambientais contra a fauna e flora


A lei de Crimes Ambientais foi regulamentada pelo Decreto nº 6.514 do ano de 2008, mostrando-se importante, pois, pela
primeira vez no Brasil, o crime ambiental passou a ser caracterizado, com possibilidade de sanção (punição) a quem agride o
meio ambiente. Para defender a natureza é preciso combater o crime e a impunidade ambiental.

Nesse período, a sociedade brasileira amadureceu sua consciência ambiental.

A regulamentação da lei, por meio do Decreto nº 6.514/2008, é uma demonstração dessa maturidade, dando maior
agilidade aos procedimentos administrativos e fazendo com que a punição da ilegalidade seja mais rápida.

Praticar crime ambiental é realizar uma ação agressiva, que ultrapasse os limites estabelecidos por lei, ao meio ambiente
e seus componentes como fauna, flora, recursos naturais e patrimônio cultural.

A Lei de Crimes Ambientais também conhecida pela Lei da Natureza, (Lei N.º 9.605 de 13 de fevereiro de 1998) faz uma
classificação simples desses crimes ambientais, dividindo-os em seis tipos.

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Importante

É fundamental para o técnico em Meio Ambiente conhecer a Lei de Crimes Ambientais e até mesmo lê-la na íntegra,
podendo, com o número que a representa (9.605), procurar na internet e apropriar-se de sua estruturação, mas, mais
importante do que isso, é compreender o que ela representa e como é sua dinâmica, já que os dados técnicos e
científicos em um processo de licenciamento ambiental ou autorização ambiental, em uma dada empresa, podem advir
dessa legislação.

As penas que são tratadas nessa lei agora têm uniformização e gradação adequadas, e as infrações são claramente
definidas. Contrário ao que ocorria no passado, a lei define a responsabilidade das pessoas jurídicas, permitindo que grandes
empresas sejam responsabilizadas criminalmente pelos danos que seus empreendimentos possam causar à natureza.

Para conhecermos e compreendermos as seis classificações, dividimos em subtítulos contendo em cada um deles, suas
respectivas explicações.

1. No capítulo cinco da lei, a primeira a ser comentada é a de Crimes Contra a


Fauna

É toda e qualquer agressão cometida contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória.

É vetado caçar, pescar, matar, perseguir, apanhar, utilizar, vender, expor, exportar, adquirir, impedir a
procriação, maltratar, realizar experiências dolorosas ou cruéis com animais quando existe outro meio,
mesmo que para fins didáticos ou científicos.

O transporte, manter em cativeiro ou em depósito, espécimes, ovos ou larvas sem autorização


ambiental ou em desacordo com esta também estão vetadas.

Modificar, danificar ou destruir ninhos, abrigos ou criadouros naturais de qualquer animal está sujeito a
penalidades.

Introduzir espécimes animais estrangeiras no Brasil sem a devida autorização também é considerado
crime ambiental, assim como o extermínio de espécimes devido à poluição e a degradação de sua
vida.

2. Dando sequência, trataremos de Crimes Contra a Flora:

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É proibida a destruição ou danificação de floresta de preservação permanente mesmo que em


formação, ou utilizá-la em desacordo com as normas de proteção.

Também é proibida a destruição ou danificação das vegetações fixadoras de dunas ou protetoras de


mangues; causar danos diretos ou indiretos às unidades de conservação;

Provocar qualquer tipo de incêndio em mata ou floresta ou fabricar, vender, transportar ou soltar balões
que possam provocá-lo em qualquer área;

Extrair, cortar, vender, adquirir, ou expor para fins comerciais madeira, lenha, carvão e outros produtos
de origem vegetal sem a devida autorização ou em desacordo com esta estão sujeitas as penalidades
desta lei.

É proibida a extração de florestas de domínio público ou de preservação permanente pedra, areia, cal
ou qualquer espécie de mineral.

Dificultar, impedir a regeneração natural de qualquer forma de vegetação, além de destruir, danificar,
lesar ou maltratar plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia;
comercializar ou utilizar motosserras sem a devida autorização são estritamente condenáveis.

3. A
Poluição acima dos limites estabelecidos por lei é considerada crime
ambiental e é a terceira classificação a ser vista, além de Outros Crimes
Ambientais que são enquadrados nessa classificação:

É crime ambiental a poluição que provoque ou possa provocar danos a saúde humana, mortandade de
animais e destruição significativa da flora.

Também é dado como crime a poluição que torne locais impróprios para uso ou ocupação humana, a
poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público e a não adoção de
medidas preventivas em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

Para a classificação de outros crimes ambientais, citamos a pesquisa, a lavração ou a extração de


recursos minerais sem autorização ou em desacordo com a obtida e a não-recuperação da área
explorada.

A produção, processamento, embalagem, importação, exportação, comercialização, fornecimento,


transporte, armazenamento, guarda, abandono ou uso de substâncias tóxicas, perigosas ou nocivas à
saúde humana ou em desacordo com as leis, também estão dentro da poluição considerada crime.

A construção, reforma, ampliação, instalação ou fazer funcionamento de empreendimentos de


potencial poluidor sem licença ambiental ou em desacordo com a mesma, também se encaixa nesta
categoria de crime ambiental.

4. OsCrimes Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural penalizam


quem:

Destrói, inutiliza, deteriora, altera o aspecto ou estrutura, sem autorização, picha ou grafita bens,
edificações ou locais especialmente protegidos por lei.

Danifica registros, documentos, museus, bibliotecas e qualquer outra estrutura, edificação ou local
protegidos pelo seu valor paisagístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico e outros.

Também é considerado crime a construção em solo não edificável, como em áreas de preservação, ou
no seu entorno, sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida.

5. A
penúltima classificação, fala sobre os Crimes Contra a Administração
Ambiental:

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Afirmar falsa ou enganosamente, sonegar ou omitir informações e dados técnico-científicos em


processos de licenciamento ambiental ou autorizações ambientais, além de conceder licenças ou
autorizações em desacordo com as normas ambientais está suscetível a penalidade.

Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante
interesse ambiental; dificultar ou obstar a ação fiscalizadora do Poder Público também será
penalizado.

6. A sexta e última é classificação é a do Crime de Infrações Administrativas:

Considera-se que são infrações administrativas toda e qualquer ação ou omissão que viole regras
jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação ao meio ambiente.

No capítulo cinco da lei, a primeira a ser comentada é a de Crimes


Contra a Fauna

É toda e qualquer agressão cometida contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória.

É vetado caçar, pescar, matar, perseguir, apanhar, utilizar, vender, expor, exportar, adquirir, impedir a
procriação, maltratar, realizar experiências dolorosas ou cruéis com animais quando existe outro meio,
mesmo que para fins didáticos ou científicos.

O transporte, manter em cativeiro ou em depósito, espécimes, ovos ou larvas sem autorização ambiental ou
em desacordo com esta também estão vetadas.

Modificar, danificar ou destruir ninhos, abrigos ou criadouros naturais de qualquer animal está sujeito a
penalidades.

Introduzir espécimes animais estrangeiras no Brasil sem a devida autorização também é considerado crime
ambiental, assim como o extermínio de espécimes devido à poluição e a degradação de sua vida.

Dando sequência, trataremos de Crimes Contra a Flora:

É proibida a destruição ou danificação de floresta de preservação permanente mesmo que em formação, ou


utilizá-la em desacordo com as normas de proteção.

Também é proibida a destruição ou danificação das vegetações fixadoras de dunas ou protetoras de


mangues; causar danos diretos ou indiretos às unidades de conservação;

Provocar qualquer tipo de incêndio em mata ou floresta ou fabricar, vender, transportar ou soltar balões que
possam provocá-lo em qualquer área;

Extrair, cortar, vender, adquirir, ou expor para fins comerciais madeira, lenha, carvão e outros produtos de
origem vegetal sem a devida autorização ou em desacordo com esta estão sujeitas as penalidades desta
lei.

É proibida a extração de florestas de domínio público ou de preservação permanente pedra, areia, cal ou
qualquer espécie de mineral.

Dificultar, impedir a regeneração natural de qualquer forma de vegetação, além de destruir, danificar, lesar
ou maltratar plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia;
comercializar ou utilizar motosserras sem a devida autorização são estritamente condenáveis.

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A Poluição acima dos limites estabelecidos por lei é considerada crime


ambiental e é a terceira classificação a ser vista, além de Outros Crimes
Ambientais que são enquadrados nessa classificação:

É crime ambiental a poluição que provoque ou possa provocar danos a saúde humana, mortandade de
animais e destruição significativa da flora.

Também é dado como crime a poluição que torne locais impróprios para uso ou ocupação humana, a
poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público e a não adoção de medidas
preventivas em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

Para a classificação de outros crimes ambientais, citamos a pesquisa, a lavração ou a extração de recursos
minerais sem autorização ou em desacordo com a obtida e a não-recuperação da área explorada.

A produção, processamento, embalagem, importação, exportação, comercialização, fornecimento,


transporte, armazenamento, guarda, abandono ou uso de substâncias tóxicas, perigosas ou nocivas à
saúde humana ou em desacordo com as leis, também estão dentro da poluição considerada crime.

A construção, reforma, ampliação, instalação ou fazer funcionamento de empreendimentos de potencial


poluidor sem licença ambiental ou em desacordo com a mesma, também se encaixa nesta categoria de
crime ambiental.

Os Crimes Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural


penalizam quem:

Destrói, inutiliza, deteriora, altera o aspecto ou estrutura, sem autorização, picha ou grafita bens,
edificações ou locais especialmente protegidos por lei.

Danifica registros, documentos, museus, bibliotecas e qualquer outra estrutura, edificação ou local
protegidos pelo seu valor paisagístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico e outros.

Também é considerado crime a construção em solo não edificável, como em áreas de preservação, ou no
seu entorno, sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida.

A penúltima classificação, fala sobre os Crimes Contra a Administração


Ambiental:

Afirmar falsa ou enganosamente, sonegar ou omitir informações e dados técnico-científicos em processos


de licenciamento ambiental ou autorizações ambientais, além de conceder licenças ou autorizações em
desacordo com as normas ambientais está suscetível a penalidade.

Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse
ambiental; dificultar ou obstar a ação fiscalizadora do Poder Público também será penalizado.

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A sexta e última é classificação é a do Crime de Infrações


Administrativas:

Considera-se que são infrações administrativas toda e qualquer ação ou omissão que viole regras jurídicas
de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação ao meio ambiente.

Todas essas classificações, que a lei de crimes ambientais traz, estão respaldadas no princípio do direito ao
desenvolvimento sustentável de nossa nação e de nossa diversidade biológica e dos recursos naturais. Antes da Lei de Crimes
Ambientais, eram aplicadas leis dispersas, as quais dificultavam a punição das pessoas jurídicas; estas que, muitas vezes, não
eram responsabilizadas criminalmente e muito menos tinham a obrigatoriedade de cessar ou liquidar infrações ambientais
cometidas. Várias outras questões foram tratadas de forma mais coerente; antes era crime considerado apenas inafiançável
matar um animal da fauna silvestre, mesmo que fosse para se alimentar, maus tratos contra animais domésticos e
domesticados era apenas contravenção; visto então como crimes menores e sem importância. Outras questões que mudaram
para melhor, foram: a observância sobre assuntos relacionados às experiências com animais, pois não havia nitidez sobre o
assunto, às pichações e grafites, além da soltura de balões.

Podemos citar uma gama de benefícios que o surgimento da Lei nº 9.605/98 proporcionou. Essa legislação ambiental é
consistente e muito segura, as penas possuem uniformização e gradação adequadas e as infrações são claramente definidas.
Ela é um excelente apoio para diversos profissionais, principalmente ao técnico em meio ambiente, pois define a
responsabilidade da pessoa jurídica, inclusive a responsabilidade penal e permite a responsabilidade também da pessoa física
autora ou coautora da infração.

Por essas razões que esse mecanismo legal faz parte do processo de estudo das leis e também do licenciamento
ambiental. Tudo se baseia no mútuo respeito e na mútua dependência entre o homem e a natureza, com a predominância do
interesse no bem-estar da coletividade e na indução de novas posturas à sociedade, requerendo um novo enfoque nos
problemas existentes e uma adequação da ordem jurídica para as suas melhores soluções.

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Baixar o material sobre Poluição do Ar, Água e Solo (pdf/poluicaoArAguaSolo.pdf)

Licenciamento Ambiental
Para estudarmos licenciamento ambiental é importantíssimo conhecermos de modo geral as legislações que embasam
esse tema e também aquelas que possuem suas interações diretas ou indiretas nessa pauta. Já vimos anteriormente que
todas as leis ambientais que temos advém de dois marcos normativos: a Constituição Federal e a Política Nacional do Meio
Ambiente (Lei 6.938/81).

A Constituição incumbe ao Poder Público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e, ademais, atribui competências ambientais comuns entre União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, já a PNMA tem como um de seus instrumentos de estudo o Licenciamento Ambiental.

Ela institui também o Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, que visa estabelecer um conjunto articulado e
integrado, formado pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental.

Nesse caso, para compreendermos a nomenclatura usada nas normatizações como “Poder Público”, devemos identificá-
la como um termo genérico, que significa as diversas entidades da administração pública (União, Estados e Municípios) na
defesa e na preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (Brasília, 2009) o processo de licenciamento ambiental tem como principais
normas legais a Lei nº 6938/81; a Resolução CONAMA1 nº 001, de 23 de janeiro de 1986, que estabeleceu diretrizes gerais
para elaboração do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, nos processos de
licenciamento ambiental; e a Resolução nº 237, de 19 de dezembro de 1997, que estabeleceu procedimentos e critérios e
reafirmou os princípios de descentralização presentes na Política Nacional de Meio Ambiente e na Constituição Federal de
1988.

Importante

Essas legislações são de extrema importância, porque o licenciamento ambiental é um mecanismo de controle, pois o
Poder Público ancorado nesse processo, estabelece todas as condições e limites ao exercício de diferentes atividades
que podem ou não poluir o meio ambiente.

A PNMA Lei 6.938/81 é tão importante ao licenciamento, pois ela prevê, em seu Art. 10, a competência para o
licenciamento acontecer. Primeiramente, essa competência era dada para os estados e à União, na figura do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, conhecido como IBAMA. Posteriormente a competência passou a ser
supletiva ao IBAMA, licenciando, em relação ao órgão ambiental estadual, em duas situações:

a. Se o órgão ambiental estadual não for tecnicamente apto;

b. Se o mesmo permanecer inerte ou omisso.

No ano de 1990, foi criado o Decreto 99.274, que dispõe sobre licenciamento ambiental. Ele fixa critérios gerais a serem
adotados no licenciamento de atividades utilizadoras de recursos ambientais e potencialmente poluidoras, sendo que tais
critérios podem ser modificados pelos estados, desde que os padrões estaduais impliquem em maior proteção ao meio
ambiente.

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Foi atribuído então ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) a competência para estabelecer essas normas e
esses critérios; perante isso ele criou uma série de Resoluções que tratam do licenciamento ambiental, sendo as mais
importantes a Resolução 01, de 23 de janeiro de 1986 e a Resolução 237, de 19 de dezembro de 1997.

A Resolução CONAMA 01/86 traz a definição de impacto ambiental e estabelece que o licenciamento de atividades
modificadoras do meio ambiente dependerá da elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e também de um Relatório
de Impacto Ambiental (RIMA), que deverá ser aprovado pelo órgão competente.

Na Resolução CONAMA 237/97, as tratativas são referentes as competências para licenciar, ou seja, as atribuídas aos
diferentes entes federativos em razão da localização do empreendimento, da abrangência dos impactos diretos ou em razão
deles. A partir desta Resolução os municípios passam a ter o poder e o dever de licenciar os empreendimentos e atividades
cujo impacto seja local.

Dentro do processo do licenciamento ambiental e, principalmente, na emissão dessas licenças, há um universo de


normativos, como leis, decretos, resoluções e portarias que conforme a instituição que o técnico em meio ambiente atua,
deverá conhecer.Com base nisso, podemos destacar as legislações que falam sobre espaços territoriais protegidos por lei, tais
como:

Unidades de Conservação (Lei N° 9.985/2000 – Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza –


SNUC);

Área de Preservação Permanente – APP;

Reserva Legal (Lei N° 4.771/1965 – Código Florestal).

Essas áreas também são relevantes dentro do licenciamento ambiental, pois nesses espaços, há restrição do uso e
ocupação, tendo em vista, a preservação, proteção e garantia de bem-estar da biodiversidade e da população humana.

Assim, é possível compreender que o processo de Licenciamento Ambiental é uma obrigação legal que busca de forma
transparente estruturar a conciliação do desenvolvimento das atividades humanas com o respeito ao meio ambiente.

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