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Filosofia Kantiana
Contudo, Kant admite que a vontade humana não é perfeita e que esta sofre
influencias que por vezes nem controlamos. Mas o que será isto da vontade humana?
A vontade humana é uma faculdade do espírito humano que tem a capacidade de
contrariar a força do sensível e de determinar a nossa ação de acordo com o
imperativo moral. Isto é, a força de vontade é superior à força dos nossos desejos e
das nossas inclinações sensíveis, como por exemplo, uma pessoa que quer emagrecer,
através da sua força de vontade, é capaz de contrariar os seus desejos de ingerir certos
alimentos não tão saudáveis e de não fazer exercício físico.
No entanto, Kant considera que apenas uma vontade santa, ou seja, uma boa vontade
realiza ações morais, transformando o agente num sujeito moral. Assim, para que uma
ação seja considerada pura, válida e moralmente correta, é necessário que a intenção
por detrás da ação seja racional, seguida pela razão. Então, temos que a validade
moral de uma ação deriva do motivo que a origina.
As ações contra o dever, ações destituídas de qualquer valor moral que não cumprem
as regras ou normas morais e que surgem por inclinação sensível. Encontramo-nos, por
isso, no campo da imoralidade e da ilegalidade.
Exemplo: Uma rapariga que mata o ex-namorado por ciúmes de outra rapariga.
Por último, considera ainda as ações por puro respeito ao dever, que não só cumprem
as regras e normas morais como também ocorrem por total respeito pela lei moral,
resultante, assim, de uma exigência puramente racional. Estas são, por isto, um fim em
si mesmas e representam para Kant as únicas ações dotadas de moralidade.
Frisar que deontológica vem de deontos que deu origem à palavra dever.
Deste modo, Kant defende que todo o ser humano dotado de razão e liberdade, sem
que seja influenciado, reconhece com deve agir. Porém, agir por dever exige um
conhecimento das regras e normas concretas a que se deve obedecer.
Como por exemplo, todos sabemos que roubar é um crime punível. No entanto, para
Kant, não roubar apenas por medo de ir para a prisão não é uma ação pura pois tem
um motivo que não é racional e com origem no dever, mas sim no sensível (medo), isto
é, o cumprimento das regras só por si não faz com que uma ação seja moralmente
aceitável. Deste modo é importante realçar que Moralidade se distingue de
Legalidade. Se a moralidade caracteriza as ações realizadas coerentemente por dever,
a legalidade caracteriza as que são conformes ao dever, mas que podem muito bem
ter sido realizadas com fins egoístas ou por motivos menos válidos. É por isto que Kant
dá tanta importância à pureza das intenções, porque estas ditam o valor de uma ação.
Então, se só a razão pode ser a origem de uma intenção pura, é nela que devemos
procurar o fundamento ou fórmula que nos indicará o como agir corretamente. Mas
qual é a forma segundo a qual devemos todos agir? Kant dá-lhe o nome de imperativo
categórico.