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Instruções necessárias:
Este conteúdo é Geografia Política;
O estudo da natureza continuará em sala, no retorno;
Vamos trabalhar com texto, então, leia todos ostextos indicados!
Faça as atividades propostas.
Pode ser individual ou em grupo de 2, por contato via Whatsaap ou e-mail;
As repostas deverão ser transcritas no PVANET a partir do dia 07 de julho na parte avaliação;
Todas as dúvidas serão respondidas via e-mail:allain@ufv.br .
Obrigado e bom trabalho!
01. Atividade
É muito provável que você imediatamente associe a ciência à tecnologia, mas elas não são sinônimas ou
iguais. Vamos entender esta diferença. A ciência busca as explicações sobre os fenômenos que ocorrem na
natureza.A tecnologia é uma atividade prática – um método, instrumento ou processo que ajuda a alcançar um
objetivo.
Reflita sobre estes pensamentos:
Obs.: faça uma pesquisa sobre Simon Singh, Carl Sagan e Gabriel, O Pensador.( não precisa responder nadinha)
1.1 Dê um exemplo do uso de tecnologia baseado em uma ciência (Responder no caderno e no PVANET).
O PENSAMENTO GEOPOLÍTICO
A GEOPOLITICA nasceu da aproximação entre a Geografia e o Estado. O sueco Rudolf Kjéllen (1864-1922), um
germanófilo, professor de Ciência Política na Universidade de Upsala,foi pioneiro na utilização do termo Geopolítica. Sua obra,
editada em 1916 e intitulada O Estado como manifestação da vida, define: “Geopolítica é a ciênciaque entende o Estado como um
organismo geográfico ou como um fenômeno no espaço”.
Mas foi na Alemanha do Reich nazista que a Geopolítica alcançou a glória, tomando efetivamente uma doutrina de
Estado e servindo como fonte essencial de orientação àpolítica externa. Seus maiores expoentes reuniram-se em torno do general
Karl Haushofer (1869-1946), que figurou por algum tempo entre os principais conselheiros do Instituto de Geopolítica de Munique,
fundado e presidido por Haushofer, que sintetizou:“A Geopolítica deve ser e será a consciência geográfica do Estado”.
No tormentoso intervalo entre as duas grandes guerras do século XX, a Alemanha reunia as condições históricas
e intelectuais para se tomar a legítima pátria da Geopolítica.
Uma sequência de frustrações históricas fermentava o expansionismo e o belicismo. Tardiamente unificada, a Alemanha
emergiu, no final do século XIX, como potência industrial de primeira linha. Contudo, por essa época, os mais cobiçados territórios
africanos e asiáticos já tinham sido partilhados entre britânicos e franceses e, na Europa, a França e a Rússia firmavam o pacto
antialemão.
A queda de Bismarck, em 1890, conferiu impulso suplementar ao expansionismo alemão: nos altos círculos do Estado,
cimentava-se uma visão de mundo baseada no germanismo: cultural e racial (Kulturkampf) e na conquista do espaço vital
(Lebensraum).
A Kulturkampf incentivava o nacionalismo alemão, difundindo ideias de superioridade racial e destino histórico. Em 1893
era fundada a Liga Pangermânica, círculo político e intelectual que propugnava o expansionismo na Europa Central, em regiões
habitadas por minorias étnicas de origem alemã. As noções expansionistas substituíam a ideia de equilíbrio de poder dos tempos
de Bismarck, configurando a agressiva política externa da virada do século (Weltpolitik).
A noção do Lebensraum está associada às raízes intelectuais da Geopolítica e, em particular à figura de Friedrich Ratzel
(1844-1904). Intelectual de Estado, engajado no projeto prussiano de unificação da Alemanha, Ratzel publicou em 1882 a sua obra
clássica, Antropogeografia - Fundamentos da aplicação da Geografia à História. Influenciado pelo organicismo de fundo biológico,
ele concebia o Estado como emanação natural da sociedade destinada à defesa e expansão do território.
Ratzel formulou as “leis da expansão espacial dos Estados”, que definem o progresso como crescimento territorial.
Dessas “leis” origina-se a noção do Lebensraum, que seria a razão de equilíbrio entre a população de determinada sociedade, seus
recursos naturaise seu território potencial. “Espaço é poder” - a célebre máxima ratzeliana funcionou como pedra de toque do
pensamento geopolítico e projetou-se no futuro como estratégia da Alemanha nazista.
Mas a Alemanha só se tomou a pátria da Geopolítica no entre-guerras. A derrota na Primeira Guerra Mundial, cristalizada
pela humilhação do Tratado de Versalhes, prolongou-se através das reparações e indenizações, da perda de territórios e da
desmilitarização da Renânia. Foi esse ambiente que propiciou o florescimento da árvore da revanche e o crescimento explosivo do
nazismo. O Lebensraumreapareceria no MeinKampf, a obra de Hitler, publicada em 1924, e inspiraria o Instituto de Geopolítica de
Munique.
2.1 “O geopolítico é um geógrafo à procura de um Estado-maior”. Comente essa afirmação do geógrafo francês
Jean Gotmann. (Responder no caderno e no PVANET).
2.3 Geografia política e geopolítica: qual se enquadra melhor na definição de ciência e tecnologia por
quê?(Responder no caderno e no PVANET).
A China pode ter fabricado o coronavírus em laboratório? O que se sabe até agora sobre a origem da covid-19
Líderes mundiais pressionam Começou como uma teoria conspiratória alimentada por setores ultraconservadores
americanos, turbinada pelas redes sociais. Pela visão de grupos de influenciadores do governo Donald Trump, entre eles o ex-
estrategista da campanha republicana Steve Bannon e o siteBreitbart (espécie de porta-voz da Altright, a nova direita populista),
a China teria fabricado o coronavírus como parte de um plano maquiavélico para derrubar os mercados, desbancar a hegemonia
geopolítica dos Estados Unidos e ditar a nova ordem mundial.
Depois de minimizar inicialmente os riscos da pandemia, o próprio Trump passou a chamar o coronavírus de “vírus chinês”,
não apenas em referência ao local onde a covid-19 surgiu pela primeira vez, mas para responsabilizar o governo comunista pelo
aparecimento da doença. No Brasil, esse discurso foi emulado pelo presidente Jair Bolsonaro, por seu filho e deputado
federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Mas o que era apenas um discurso de setores mais conservadores e ideológicos dos governos Trump e Bolsonaro ganhou
corpo com declarações de outros líderes mundiais, como o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o presidente francês, Emmanuel
Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
- Acho que quanto mais transparente a China for sobre a história da origem deste vírus, melhor será para que todos nós ao
redor do mundo aprendamos com ele - disse a líder alemã.
Na semana passada, uma reportagem do jornal The Washington Post teve acesso à troca de correspondências entre
diplomatas americanos na China e o Departamento de Estado. Publicou que uma delegação que visitara, em 2018, um laboratório
em Wuhan, cidade onde nasceu o vírus, teria alertado o governo dos Estados Unidos sobre a suposta falta de segurança do prédio. O
cenário ao redor da edificação do Instituto de Virologia é perfeito para alimentar a narrativa da conspiração: em meio às colinas da
cidade onde surgiu o vírus, a poucos quilômetros do mercado apontado inicialmente como local onde a doença teria aparecido pela
primeira vez.
A partir daí a Casa Branca passou a afirmar que está realizando uma "ampla investigação" sobre a origem do coronavírus e a
ameaçar a China com retaliações. Uma outra iniciativa partiu da Austrália, que pediu uma apuração independente sobre como Pequim
administrou o início da pandemia.
Na segunda-feira (20), o governo chinês afirmou que o pedido australiano “desmerece os enormes esforços e sacrifícios do
povo chinês” para impedir a propagação do vírus e rejeitou qualquer “questionamento sobre a transparência da China na prevenção e
controle da situação epidêmica”.
Não há evidências científicas que corroborem com essa tese. Ao contrário, muitos estudos descartam a hipótese de que ele
surgiu, de propósito, em um laboratório. O mais citado foi feito por americanos, britânicos e australianos e foi publicado na Nature
Medicine. A equipe liderada pelo Instituto Scrips, em La Jola (EUA), e pela Universidade de Edimburgo (Escócia) esmiuçou o genoma
do vírus e o comparou a outros, que infectam humanos e animais. Os pesquisadores viram que o novo coronavírus é natural porque
sequenciaram o seu genoma e o analisaram ponto a ponto. Se o seu código genético tivesse sido alterado em laboratório, haveria
sinais significativos inseridos nas sequências. Mas não há nada que o diferencia da estrutura dos coronavírus de morcegos comuns. O
Sars-CoV-2, seu nome oficial, é o sétimo coronavírus conhecido que infecta seres humanos. Supõe-se que foi dos morcegos que ele
saiu, mas não se sabe se diretamente ou se infectou outro animal e deste passou para o ser humano. O governo chinês afirma que
teria vindo de um mercado de frutos do mar de Huanan, em Wuhan - o local também vendia animais exóticos, como morcegos.
Embora testes tenham descartado que o vírus tenha sido criado em laboratório, nos últimos dias ganhou força nos Estados
Unidos a especulação de que uma transmissão acidental para cientistas que pesquisavam coronavírus em morcegos poderia ter sido a
origem da pandemia. Segundo informações publicas pelo no jornal The Washington Post na quarta-feira (15), autoridades americanas
visitaram o Instituto de Virologia de Wuhan em janeiro de 2018, onde pesquisadores investigavam a transmissibilidade de coronavírus
de morcegos para humanos. A equipe de diplomatas ficou preocupada com as condições de segurança do local e escreveu duas
vezes ao Departamento de Estado, pedindo para o governo americano dar apoio ao laboratório chinês. Na primeira mensagem, as
autoridades advertiram que a pesquisa representava “um risco de uma nova pandemia similar à sars". Embora Trump tenha dado
entrevistas usando a reportagem como base do argumento para acusar a China, não há evidências concretas de que o vírus tenha
“vazado” do laboratório.
Na sexta-feira (17), o governo da França, que em 2004 assinou um acordo com a China para a criação do Instituto de
Virologia de Wuhan, afirmou que não há nenhuma prova de que o novo coronavírus tenha ligação com pesquisas feitas no lugar. O
diretor do local, Yuan Zhiming, também se pronunciou, negando a hipótese. Ele afirmou à TV estatal chinesa que nenhum funcionário
do instituto foi contaminado. Não há evidência sobre a teoria do acidente no laboratório, mas também não há provas reais de que vírus
tenha vindo do mercado, como afirma o governo chinês.
Sim. Em 18 de maio de 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação depois que dois cientistas do
Instituto Nacional de Virologia de Pequim foram infectados com o vírus da síndrome respiratória aguda grave (sars). Foi depois da
pandemia de 2002, que matou quase 800 pessoas. Nesse vazamento de 2004, o primeiro pesquisador foi infectado no final de março,
mas o regime chinês ocultou o problema até 22 de abril.
A China demorou a reconhecer o problema publicamente e mantém níveis altos de opacidade sobre o assunto. Como sofreu
a pandemia antes de qualquer outra nação, o país dispõe de posição privilegiada para informar o resto do mundo sobre a doença. Mas
mantém várias informações sobre a origem do vírus sob sigilo. Recentemente, alterou o número de mortos - elevando a contagem em
40%. Críticos viram uma prova de omissão, mas Pequim diz que teve problemas logísticos com a notificação no começo da pandemia
- o que pode ser verdade, já que vários países, inclusive o Brasil, estão tendo dificuldade na notificação dos casos.
O governo chinês também estabeleceu uma diretiva que institui maiores filtros sobre trabalhos acadêmicos que tratem sobre
a origem do vírus - toda pesquisa que tocar no tema precisa passar pelo comitê central antes de ser enviado para publicação por
revistas científicas internacionais.
Além de omissão e tentativa de acobertamento, o país é acusado de negligência na gestão da crise em sua origem.
A China responde que sua ação foi decisiva para conter o alastramento pior da doença, adotando uma quarentena em escala
sem precedente histórico. Também diz ter notificado os Estados Unidos sobre o surto em 3 de janeiro e que o Departamento de
Estado só alertou os americanos que estavam em Wuhan em 15 de janeiro. O primeiro paciente a ser identificado adoeceu em Wuhan
em 1 de dezembro. Mas não se sabe quando ele procurou os serviço de saúde nem os detalhes do caso, exceto que ele não tinha
vínculos conhecidos com o mercado de Wuhan. No dia 30 de dezembro, o médico Li Wenliang escreveu em um grupo para amigos
médicos que uma doença misteriosa afetara sete pacientes e os pusera de quarentena no setor de emergência de seu hospital. Foi só
depois do alerta de Li - que sofreu represálias do departamento municipal de saúde por ter mandado a mensagem e precisou assinar
um documento dizendo que divulgara informações sigilosas, antes de ele mesmo morrer de covid-19, em fevereiro - que as
autoridades agiram. No dia seguinte a sua mensagem, ocorreu o primeiro alerta por autoridades chinesas, que avisaram o escritório
em Pequim da OMS sobre a nova doença. Mesmo sabendo da doença, em 7 de janeiro, Wuhan realizou um enorme banquete anual
com a presença de mais de 40 mil famílias - esse ponto é visto pelos críticos como prova de que as autoridades não respeitaram a
gravidade da ameaça.
O Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano indicam que a economia chinesa sofreu um retrocesso
histórico. Pela primeira vez desde 2002, a economia se contraiu. O PIB recuou 6,8% nos primeiros três meses, quando comparado ao
mesmo período de 2019. A produção industrial da China tombou 13,5% em termos anuais nos primeiros dois meses. As vendas no
varejo, uma expressão do consumo, caíram 20,5%. O desemprego passou de 5,2% para 6,2% (o que equivale a 5 milhões de pessoas
perdendo seu posto de trabalho em dois meses). A pandemia representa um desafio enorme para a China porque o regime depende
do crescimento econômico contínuo para manter legitimidade popular. Os dados econômicos contrariam a teoria de que o vírus vai ao
encontro dos interesses chineses, uma vez que a própria sobrevivência do governo depende de a economia crescer. Isso não significa,
no entanto, que o governo não minimize ou oculte informações sobre sua origem.
Outro ponto é que a China é o maior exportador de mercadorias do mundo (representando 20% do seu PIB). Se outros
países estão imersos em crise, compram menos produtos chineses. Uma crise econômica mundial, portanto, não é vantajosa para o
país, mesmo que o valor dos importados caia.
Há dúvidas entre especialistas. Por um lado, muito pesquisadores afirmam que a pandemia irá acelerar uma tendência de
migração do centro do poder global do Ocidente para o Oriente. Seja sua culpa ou não a origem do vírus, a maneira como o país se
aproveita da crise para alavancar oportunidades pode fazer a diferença. A China, uma vez superado até o momento o auge da covid-
19, tem se colocado como provedor de bens públicos globais, enquanto os Estados Unidos se retraem. O país ofereceu ajuda à
Europa em um primeiro momento, despejando equipamentos de saúde no continente fragilizado. Depois, transformou isso em
comércio. O país encara a Europa como uma região na qual os EUA estão se retirando, um lugar onde se pode projetar poder e
influência.
Por outro lado, se a pandemia abalar a economia chinesa, isso pode complicar a sustentação do regime de partido único.
Atingida economicamente, a crescente classe média chinesa pode começar a contestar o governo. A reação veemente de diplomatas
chineses a críticas de terceiros é algo inédito. Pela primeira vez, a diplomacia chinesa está respondendo na mesma medida às críticas,
como as do deputado Eduardo Bolsonaro e do ministro Weitraub. Essa reação mais assertiva por parte da diplomacia chinesa tem
acontecido em outras partes do mundo.
Diante das suspeitas, é melhor para o Brasil ser aliado ou adversário da China?
O Brasil tem a China como seu maior parceiro comercial. E negócios, segundo a visão de experientes diplomatas, não
devem ser olhados com lentes ideológicas. Nesse sentido, o pragmatismo é fundamental. Apesar da crise e do retrocesso histórico do
PIB anunciado nesses primeiros três meses, em 2020, a previsão é de que a China cresça 1,5%, a menor taxa em mais de quatro
décadas. Só não haverá queda, segundo especialistas, porque uma demanda reprimida deverá ser atendida tão logo os efeitos da
pandemia comecem a arrefecer. Lideranças do agronegócios afirmam que é preciso ter cautela na forma como o governo brasileiro
trata a China, principal destino das exportações agropecuárias. É consenso no setor que o momento é de cautela e pacificação diante
das incertezas causadas pela pandemia. Manter as boas relações é palavra de ordem. Em 2019, as exportações do agronegócios
totalizaram US$ 99,7 bilhões - a China foi responsável por 35% das compras
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/mundo/noticia/2020/04/a-china-pode-ter-fabricado-o-coronavirus-em-laboratorio-o-que-se-sabe-ate-agora-
sobre-a-origem-da-covid-19-ck9a6qccs00ch017nzauzut3t.html (adaptado).
3.1 Elabore uma teoria da conspiração que envolva uma teoria geopolítica favorável à China (Responder no
caderno e no PVANET).
3.2 Elabore uma teoria da conspiração que envolva uma teoria geopolítica favorável ao estados Unidos
(Responder no caderno e no PVANET)
Links:
https://www.youtube.com/watch?v=gDqGT4xepjQ
https://g.co/kgs/fCgKSB
Muita Atenção nesta hora, para quem puder , quiser e tiver tempo, não é uma atividade, uma sugestão apenas.
Veja este Filme: ( não é atividade)
Você não precisa assistir ao filme com um caderno fazendo várias anotações. O importante é você entender o enredo como um todo e
refletir sobre determinados acontecimentos que achar adequados. Se quiser, anote alguns tópicos apenas e pesquise mais sobre os
temas que achar mais pertinentes ou que tiver alguma dificuldade.
Filme: A Onda , Ano: 2008 Direção: Dennis Gansel
LINKS :https://www.youtube.com/watch?v=zG3TfjAhs30
Aproveite este filme. Para divertir.
Leia este texto ( se quiser)
“A Onda”: saiba como utilizar o filme no vestibular
(Ffonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/a-onda-saiba-como-utilizar-o-filme-no-vestibular/ / retirado do site guia do
estudante )