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O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) vem a público esclarecer
pontos relevantes sobre os possíveis desdobramentos jurídicos da ADI nº 5.039/RO,
com o objetivo de tranquilizar a categoria quanto aos reflexos jurídicos dessa demanda.
Sucede que, com o advento da Emenda Constitucional 103/2019, que alterou o sistema
de previdência social e estabeleceu regras de transição e disposições transitórias,
inaugurou-se um novo regime jurídico, conforme analisado pelo Parecer da AGU nº JL-
04, com força vinculante para toda a Administração Pública, em que se fez uma
relevante reflexão quanto à vontade do Constituinte Reformador: ao encaminhar a PEC
nº 106/2019 (que resultou na EC nº 103/2019), a intenção do Governo Federal era
justamente manter a aposentadoria especial do policial, com integralidade e
paridade de proventos, o que justificou o reconhecimento administrativo desse direito.
O que foi decidido na ADI 5.039/RO não tem o condão de alterar a inovação trazida pela
Emenda Constitucional nº 103/2019 e suas consequências jurídicas. Como bem
pontuou o Ministro Fachin, relator da referida ADI, por serem inconstitucionais ao tempo
de sua edição, não poderiam ser convalidados pela Emenda Constitucional nº 103/2019,
de modo que persistiria a inconstitucionalidade da lei rondoniense, visto que o sistema
jurídico pátrio não admite a convalidação de norma inconstitucional.
Nesse Tema 1019 de Repercussão Geral, será julgado o direito de servidor público que
exerça atividades de risco de obter, independentemente da observância das regras de
transição das Emendas Constitucionais nºs 41/03 e 47/05, aposentadoria especial com
proventos calculados com base na integralidade e na paridade.
Esse processo judicial está sob a relatoria do Ministro Dias Tóffoli e sem previsão de
julgamento. Contudo, o Sinpol-DF está acompanhando de perto, tendo, inclusive, já
apresentado manifestações escritas em diversas oportunidades no processo.