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Pós-graduação Lato Sensu – Curso de especialização UNIP

1. Psicologia e educação / 2. Práticas psicossociais em comunidades e instituições


MÓDULO Questões de raça, etnia, diversidade e escolarização
Estrutura do Trabalho de Aproveitamento

O respeito à diversidade como fundamento de uma sociedade justa e igualitária

Identificação do aluno/a
Nome do/a aluno/a: Maria Paula Lopez Bustos
E-mail: Paula.naturales@gmail.com
Curso: Psicologia e educação

Qual foi meu motivo para esta escolha?


Poderia ter falado de todos os temas abordados neste módulo, porque chamam a minha
atenção completamente. Mas pela dinâmica do trabalho de aproveitamento, optei pela
diversidade religiosa porque faz parte da Diversidade como um todo, faz parte do sistema
cultural que as pessoas constroem ao longo da vida. Pessoalmente, já desenvolvi
pesquisas sobre a diversidade cultural na Colômbia, na região do pacífico colombiano,
que é uma região caracterizada pela quantidade de população afrodescendente e a
influência de tradições herdadas da África no cotidiano. E por conta disso, conhecer desde
outro ponto de vista-neste caso a perspectiva brasileira- o impacto do racismo étnico racial
e os preconceitos devido as crenças dos povos de matriz africana reafirma um dos meus
pensamentos mais fortes na vida: é necessária a reeducação da sociedade para entender
que neste mundo de diferenças, há um lugar para todos e todas.

Contextualizando um pouco...

As consequências da colonização afetaram da mesma forma todos os países latino-


americanos. Porém, os países com grande população negra sofreram e sofrem ainda mais
o flagelo da discriminação étnico racial. Este módulo sobre questões de raça, etnia,
diversidade e escolarização foi marcante na minha vida e me fez refletir novamente o
papel da escola, o ensino, o tipo de ciência que devo ou quero acreditar, o quê ensinar e
qual é o meu rol como educadora (professora de ciências da natureza e educação
ambiental) na transformação da sociedade. Por conta disso, gostaria de partilhar nessa
escrita, apenas um pouco do meu interesse e da perspectiva que tenho sobre as questões
de diversidade, populações negras (as quais prefiro chamar de populações e/ou
comunidades afro) e a discriminação desses povos de matriz africana.

Sou mobilizada por...


Para mim, a escola é um lugar onde o conhecimento é construído e compartilhado; é um
espaço que está em constante evolução. É por isso que considero que a escola é um
ambiente que permite a formação e reconstrução do pensamento e, por isso, é o lugar
certo para ressignificar o conhecimento, os costumes, os legados, as tradições e todos os
elementos de nossas comunidades diferenciadas.

Neste sentido, algo que me mobiliza é poder ressignificar e honrar o conhecimento e a


herança de nossa diáspora africana e indígena através do ensino, pensando em estratégias
dialógicas, dialéticas e dilemáticas que permitam a disseminação de uma cultura à qual
tanto devemos, pois eles escreveram nossa história, traçaram e marcaram nossos
caminhos para a liberdade.

Ao pesquisar a diversidade religiosa, a intolerância e o preconceito religioso no Brasil, eu


me perguntava como seria esta questão das religiões com influência africana ou derivadas
das cosmovisões africanas em meu país. Bem, pelo conhecimento prévio eu sei que as
comunidades Afro-colombianas têm suas próprias visões de mundo e suponho que isso
esteja relacionado a crenças religiosas, apesar de terem uma forte influência do
cristianismo em suas práticas. Motivado por este módulo, gostaria de investigar um pouco
mais sobre isto e saber se, como no Brasil, existem seguidores das religiões africanas e
como é sua vida diária em uma sociedade xenófoba e racista.

Como já disse, o modulo é só um lembrete para continuar o que já comecei há uns anos
atrás, e é basicamente a luta constante como professora de ciências para que meus
estudantes reconheçam que todos e todas somos diferentes, somos produto de uma
colonização e que nossa cor de pele, nossos costumes ou crenças não definem o que nós
somos. Quando o professor apresentou a Escola Pluricultural Odé Kayodê, eu senti uma
enorme vontade de falar para ele que não está sozinho no mundo, e que longe, em um
pequeno lugar da Colômbia também havemos pessoas questionado e pensando o mundo
como diverso e acreditando que viver e ensinar desde o respeito e a base de uma sociedade
justa. Não sendo mais, gostaria também de compartilhar meu trabalho de pesquisa que
fala sobre uma proposta para levar a cultura na sala de aula de forma simples.
São Paulo, 27 de janeiro de 2022

E-mail para envio:

(11) 96495.2138

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