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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS

ROSIETE MARINHO PANTOJA

BINGO QUÍMICO COMO ESTRATÉGIA LÚDICA NO ENSINO DE QUÍMICA DO


9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

SÃO MIGUEL DO GUAMÁ


2016
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS

ROSIETE MARINHO PANTOJA

BINGO QUÍMICO COMO ESTRATÉGIA LÚDICA NO ENSINO DE QUÍMICA DO


9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso


de Licenciatura em Ciências Naturais da Universidade
Federal Rural da Amazônia como requisito para
obtenção do grau de licenciado em Ciências Naturais.
Orientador: MSc. Antonio dos Santos Silva

SÃO MIGUEL DO GUAMÁ


2016
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ROSIETE MARINHO PANTOJA

BINGO QUÍMICO COMO ESTRATÉGIA LÚDICA NO ENSINO DE QUÍMICA DO 9º


ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso


de Licenciatura em Ciências Naturais da Universidade
Federal Rural da Amazônia como requisito para
obtenção do grau de licenciado em Ciências Naturais.
Orientador: MSc. Antonio dos Santos Silva

Data da Apresentação:
Nota: _________________

Banca Examinadora

________________________________
Prof. MSc.Antonio dos Santos Silva - Orientador
(Universidade Federal do Pará)

______________________________________
Prof. MSc Ewerton Carvalho de Souza – Membro
(Universidade Federal Rural da Amazônia)

____________________________________________
Prof. Dr. Victor Wagner Bechir Diniz
(Universidade do Estado do Pará)
3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelas inúmeras oportunidades que tem me concedido, por todas as bênçãos
que tem realizado na minha vida.
Ao meu pai Antonio Pantoja e meus irmãos: Rosemiro, Márcia e Rosenir pelo incentivo e
companheirismo, por todas as vezes que compreenderam a minha ausência.
A minha sogra Estrela, pelo apoio e cuidado comigo e com meu esposo.
A todos os irmãos em Cristo, que oraram para que esse sonho fosse realizado, em especial ao
Irmão Misael Lira, que contribuiu muito para minha formação.
Aos meus colegas de turma pelos momentos compartilhados, que jamais serão esquecidos.
Agradeço aos professores que tive oportunidade de conhecer e fazem parte dessa jornada.
Ao meu orientador Antonio dos Santos Silva, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube,
pelas suas correções e incentivos.
E não poderia esquecer meu amado esposo Valdemor Filho, que acreditou no meu potencial e
me incentivou a buscar os meus sonhos, obrigada meu amor.
4

Consagre ao Senhor
tudo o que você faz,
e os seus planos serão bem-sucedidos.
Provérbios 16:3
5

RESUMO

As atividades lúdicas ao longo da história vêm apresentando-se como uma importante


alternativa metodológica para o processo de ensino-aprendizagem. O presente trabalho teve
como objetivo contribuir para com a educação, demonstrando como o lúdico pode facilitar no
processo de ensino e aprendizagem, de forma diferenciada, dinâmica e atrativa, por meio de
uma atividade lúdica (Bingo Químico). Nesse contexto, foi realizado este trabalho no decorrer
do primeiro semestre de 2016, com alunos do 9º ano da escola de ensino fundamental São
João Bosco, no município de Castanhal-Pará. Para tanto foram confeccionados com EVA 32
cartelas, contendo cada uma 16 símbolos de elementos químicos e 60 fichas com os nomes e
símbolos. Antes da aplicação do jogo foi aplicado o 1º teste com dez questões de múltipla
escolha a respeito da tabela periódica. A dinâmica do jogo foi a de um bingo comum.
Sorteava-se uma ficha e o aluno que tivesse o símbolo químico na cartela o marcava. Oito
dias após a aplicação do jogo as mesmas dez questões foram novamente respondidas (2º
teste). A metodologia do trabalho abordou também a análise de questionários aplicados depois
da realização da atividade lúdica mostrando a percepção por meio deste ensino com jogos.
Através da realização do lúdico em sala de aula, constatou-se maior interesse dos alunos em
ciências, mostrando a importância dessa proposta de ensino.

Palavras-chave: Ensino de química. Metodologias Ativas. Tabela Periódica.


6

RESUMEN

Las actividades lúdicas al largo de la historia vienen presentándose como una importante
alternativa metodológica para el proceso de enseñanza y aprendizaje. El presente trabajo tiene
como objetivo contribuir con la educación, demostrando como el lúdico puede facilitar la
enseñanza y aprendizaje de forma diferenciada, dinámica y atractiva, por medio de una
actividad lúdica conocida como Bingo Químico. En el contexto, fue realizado este trabajo en
el transcurso del primer semestre de 2016, con alumnos del 9º Año de la ―Escola São João
Bosco‖, en el municipio de Castanhal – Pará. Para tanto, fueran confeccionados con EVA 32
tarjetas conteniendo cada una 16 símbolos de elementos químicos y 60 fichas con los nombres
y símbolos. Antes de la aplicación del juego fue hecho el primer teste con diez cuestiones de
múltiple opción al respecto de la tabla periódica. La dinámica del juego fue de un bingo
común. Sorteaba una ficha y el alumno que tuviera el símbolo químico en la tarjeta marcaba.
Ocho días después de la aplicación del juego, las mismas diez cuestiones fueran nuevamente
respondida, siendo el segundo teste. La metodología del trabajo abordó principalmente el
análisis de cuestionarios aplicados después de la realización lúdica, mostrando la percepción
por medio de estas tareas con juegos. Por medio de la ejecución del lúdico en la clase,
comprobase mayor interés de los educandos por el estudio de ciencias, mostrando la
importancia de esta propuesta de enseñanza.

Palabras – llaves: Enseñanza de Química, Metodologías Activas, Tabla Periódica.


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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Parafuso telúrico........................................................................................ 13


Figura 2- Tabela Periódica proposta por John A. R. Newlands................................ 14
Figura 3- Esquema da tabela periódica montada por Mendelev................................ 15
Figura 4- Tabela Periódica proposta por Henry G.J. Moseley.................................. 16
Figura 5- As famílias da Tabela Periódica ............................................................... 17
Figura 6- Períodos da Tabela Periódica .................................................................... 18
Figura 7- Átomos de hidrogênio e hélio.................................................................... 19
Figura 8- Classificação dos Elementos Químicos (Elementos de Transição)........... 22
Figura 9- Classificação dos Elementos Químicos (Metais, não-metais, semimetais
e gases nobres)............................................................................................................... 23
Figura 10- Escola Municipal de Ensino Fundamental São João Bosco.................... 27
Figura 11- Diretoria da escola................................................................................... 28
Figura 12- Sala de leitura........................................................................................... 28
Figura 13- Sala de Informática.................................................................................. 28
Figura 14- Aplicação do teste 01............................................................................... 29
Figura 15- Construção do Bingo Químico................................................................ 30
Figura 16- Bingo Químico sendo marcado................................................................ 31
Figura 17- Distribuição das notas dos alunos da turma controle por faixas........... 33
Figura 18- Aplicação do Bingo Químico.................................................................. 34
Figura 19- Demonstrativo de desempenho dos alunos da turma experimental ........ 36
Figura 20- Resposta dada a 1ª pergunta do questionário........................................... 37
Figura 21- Resposta dada a 2ª pergunta do questionário........................................... 37
Figura 22- Resposta dada a 3ª pergunta do questionário........................................... 38
8

//

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Principais famílias da Tabela Periódica........................................................ 17


Tabela 2- Períodos da Tabela Periódica........................................................................ 18
Tabela 3- Símbolos, Nomes e Aplicações dos elementos químicos............................. 21
Tabela 4- Notas obtidas pelos alunos da turma controle nos dois testes....................... 32
Tabela 5- Notas obtidas pelos alunos da turma experimental nos dois testes............... 35
Tabela 6- Respostas dadas pelos alunos para a 4ª questão............................................ 39
9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 10
2 OBJETIVOS...................................................................................................................... 12
2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................................... 12
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................... 12
3 REVISÃO DA LITERATURA......................................................................................... 13
3.1 TABELA PERIÓDICA E OS ELEMENTOS QUÍMICOS............................................. 13
3.1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS........................................................................................... 13
3.1.2 A TABELA PERIÓDICA ATUAL............................................................................... 15
3.1.2.1 A ORGANIZAÇÃO DA TABELA PERIÓDICA..................................................... 16
3.1.2.2 OS GRUPOS OU FAMÍLIAS.................................................................................... 16
3.1.2.3 OS SETE PERÍODOS................................................................................................ 18
3.1.3 OS SÍMBOLOS QUÍMICOS........................................................................................ 18
3.1.4 CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS................................................. 21
3.2 O LÚDICO COMO FERREMENTA DIDÁTICA.......................................................... 23
3.3 O LÚDICO NO ENSINO DE QUÍMICA....................................................................... 25
3.4 A ESCOLA DE APLICAÇÃO......................................................................................... 27
4 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................. 29
4.1 AS TURMAS DE APLICAÇÃO..................................................................................... 29
4.2 FASES DA PESQUISA................................................................................................... 29
4.3 A CONSTRUÇÃO DO JOGO......................................................................................... 30
4.4 AS REGRAS DO JOGO.................................................................................................. 31
4.5 TRATAMENTO ESTATÍSTICO.................................................................................... 31
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................................... 32
5.1 DESEMPENHO DAS TURMAS..................................................................................... 32
5.2 RESULTADOS QUALITATIVOS DA TURMA........................................................... 37
5.3 VISÃO DO PROFESSOR DAS TURMAS DE APLICAÇÃO....................................... 40
6 CONCLUSÕES.................................................................................................................. 41
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 42
ANEXOS................................................................................................................................ 45
APÊNDICES......................................................................................................................... 48
10

1 INTRODUÇÃO

O ensino de química nas escolas tem avançado, mas ainda é realizado de modo
tradicional, o conteúdo é desvinculado da realidade vivida pelos alunos. Diante disso, existe a
necessidade de construção e elaboração de métodos alternativos de ensino. Nesta perspectiva
os jogos ganham cada vez mais espaço, são caracterizados como um tipo de recurso didático
educativo que podem ser utilizados em diversos momentos, como na apresentação de um
conteúdo, ilustração de aspectos relevantes, avaliação e revisão de conceitos importantes
(SOUSA et al., 2013).
A utilização de jogos tem como objetivos proporcionar um ensino de química de
maneira prazerosa, incentivar a participação dos alunos nas aulas e principalmente
proporcionar a melhoria do ensino de Química de forma lúdica, para auxiliar no processo de
ensino/aprendizagem (SOUSA et al., 2013).
O jogo é um instrumento que desperta o interesse, devido ao desafio que ele impõe ao
aluno, e o aluno desafiado busca com satisfação a superação de seu obstáculo, pois o interesse
antecede a assimilação (ROCHA e AMORIM, 2010). De acordo com os autores Rocha e
Amorim (2010), o aprendizado adquirido pelo jogo se torna significativo, obtendo o mesmo
sentido da situação por ele simulada. Contribuindo para a formação de atividades sociais
como respeito mútuo, solidariedade, cooperação, obediência às regras, senso de
responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal (ROCHA e AMORIM, 2010). Para Rocha e
Amorim (2010) os jogos podem ser uma forma de ensinar Química de maneira diferenciada,
pois através deles o aluno aprende e se interessa mais pelo conhecimento, da maneira que sem
os jogos os alunos consideram a disciplina como difícil e decorativa. Nesse sentido os jogos
tem como objetivo oferecer aos alunos uma aprendizagem prazerosa e eficiente.
Segundo Crespo e Giacomini (2010), os professores e demais profissionais que atuam
na educação, apontam o desinteresse dos alunos pelas aulas como um problema crônico no
Ensino Fundamental e Médio. E de acordo com Cunha (2012), este desinteresse pode afetar
na atuação e produção dos professores, sendo considerando uma consequência do trabalho
deste profissional, nesta perspectiva a introdução e utilização de jogos didáticos como
elemento motivador no processo de ensino aprendizagem. Ajudando a estabelecer novas
formas de pensamento em diversas áreas do conhecimento e enriquecendo a personalidade de
cada aluno.
Segundo Bergamo (2012), no caso específico das ciências naturais o ensino requer
uma habilidade por parte do professor e a maneira de como ele trata a disciplina. É necessário
11

criar e disponibilizar condições necessárias para que a aprendizagem seja eficaz, criando uma
forma alternativa para o ensino de química melhorando o processo e a relação dentro e fora da
sala de aula.
É senso comum que a maioria dos professores atribui maior valor à transmissão de
conteúdos e à memorização de símbolos, nomes e fórmulas, deixando de lado a construção do
conhecimento dos alunos e a associação entre o conhecimento químico e o cotidiano. Essa
prática tem influenciado negativamente a aprendizagem dos alunos, uma vez que não
conseguem perceber a relação entre aquilo que estudam na sala de aula, a natureza e a sua
própria vida (CRESPO e GIACOMINI, 2010).
O jogo proporciona um ambiente de transformação, aproximando professor e aluno
nas suas relações dentro e fora da sala de aula, e possibilitando novas formas de atividades e
da criatividade (KALINKE; POLLA e MARQUES, 2012).
Com a possibilidade de transcender a sala de aula, utilizando espaços não formais de
educação o professor propicia aos seus alunos atividades atraentes, investigativas e de
interação com os objetos de estudo, estimulando assim a observação, curiosidade,
desenvolvimento do gosto pela Ciência e o olhar científico (ROCHA et al., 2010).
Com o propósito de modificar a rotina da sala de aula e, consequentemente, despertar
maior interesse dos alunos pelas aulas de química, novos recursos de ensino vêm sendo
utilizados, como por exemplo, as atividades lúdicas. Estas têm demonstrado grande eficiência
na motivação de alunos e professores, promovendo a construção do conhecimento em sala de
aula de forma contextualizada ao relacionar o conhecimento científico com o cotidiano dos
alunos (CRESPO e GIACOMINI, 2010).
Nesse contexto, o presente trabalho desenvolveu um jogo intitulado ―bingo químico‖,
para ser trabalhado na Escola de Ensino Fundamental São João Bosco, com alunos do nono
ano do ensino fundamental, e sobre a temática Tabela Periódica.
12

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho teve como objetivo a construção de um jogo didático (bingo


químico) para aplicação em turmas de 9º ano da Escola Municipal do ensino Fundamental
São João Bosco, no município de Castanhal, no nordeste do Estado do Pará.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Ministrar aula de cunho teórico e tradicional sobre a temática tabela


periódica;
- Construir um jogo didático (bingo químico) a ser aplicado em sala de aula;
- Aplicar esse recurso em turmas de 9º ano da Escola Municipal de ensino
Fundamental João Bosco;
- Aplicar testes de sondagem antes e depois da aplicação da metodologia
lúdica em sala de aula;
- Aplicar tratamentos estatísticos adequados para se verificar a possível
melhoria do ensino via aplicação da metodologia lúdica proposta.
- Aplicar questionários avaliativos da metodologia lúdica desenvolvida tanto
com os alunos, como com o professor da turma.
13

3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 A TABELA PERIÓDICA E OS ELEMENTOS QUÍMICOS

A Tabela Periódica surgiu devido à crescente descoberta de elementos químicos e suas


propriedades, os quais necessitavam ser organizados, segundo suas características
(PARANHOS e PINHO, 2008).
Até o final do século XVIII, apenas 33 elementos químicos tinham sido descobertos.
Entretanto, durante o século XIX, acompanhando ao grande desenvolvimento tecnológico e
industrial, o número de elementos químicos conhecidos praticamente triplicou – somente nas
duas primeiras décadas desse século foram descobertos 17 novos elementos, mais da metade
de tudo fora descoberto até então. Esse ritmo acentuado de descobertas de elementos
químicos levou a necessidade de buscar meios de agrupá-los de acordo com suas propriedades
(ANTUNES, 2013).

3.1.1 Aspectos Históricos

Em 1829, o químico alemão Johann Döbereiner, analisando três elementos


quimicamente semelhantes (Ca, Sr e Ba) percebeu uma relação simples entre suas massas
atômicas: a massa do Sr apresentava um valor bastante próximo da média das massas
atômicas do Ca e do Ba. Ele também observou esse fato para outras trincas ou tríades: cloro/
bromo/ iodo; enxofre/ selênio/ telúrio. O mérito atribuído a esse modelo de agrupamento foi o
fato de ser o 1º a mostrar relações entre elementos (EBBING, 1998).
Em 1862, o geólogo francês Alexandre Chancourtois dispôs os elementos químicos até
então conhecidos em ordem crescente de suas massas atômicas em uma linha em volta de um
cilindro, sendo que tal dispositivo ficou conhecido como parafuso telúrico de Chancourtois
(telúrico significa relativo à Terra) (Figura 1) (BRADY e HUMISTON, 2008).
Figura 1- Parafuso telúrico

Fonte: www.emanaoeumaavestruz.blogspot.com/2011/08.
14

Em 1864, o inglês John Newlands, um amante de música, organizou os elementos em


ordem crescente de massa atômica em linhas horizontais, contendo sete elementos cada uma.
O oitavo elemento apresentava propriedades semelhantes às do primeiro elemento e assim por
diante, em uma relação periódica que lembra a periodicidade das notas musicais (Figura 2)
(BRADY e HUMISTON, 2008).
Figura 2- Tabela Periódica proposta por John A. R. Newlands

Fonte: Montenegro (2013).


Antunes (2013) acrescenta que essa observação resultou na Lei das Oitavas e levou
Newlands a publicar, em 1864, sua versão da Tabela Periódica. No entanto, por associar as
oitavas com intervalos de escala musical e por haver muitas exceções a essa ―regra‖, suas
ideias não foram bem aceitas pela comunidade científica.
Em 1869, um professor de Química da Universidade de São Petersburgo (Rússia),
Dimitri Ivanovich Mendeleiv (1834-1907), estava escrevendo um livro sobre os elementos
conhecidos na época, cerca de 63, cujas propriedades ele havia anotado em fichas separadas
(USBERCO e SALVADOR, 2002).
Ele anotava as propriedades dos elementos químicos em cartões que eram pregados na
parede de seu laboratório; mudava as posições dos cartões até obter uma seqüência de
elementos em que se destacasse a semelhança das propriedades. Assim, Mendeleyev chegou à
primeira tabela periódica, verificando então que havia uma periodicidade das propriedades
quando os elementos químicos eram colocados em ordem crescente de suas massas atômicas
(FELTRE, 2004).
Em uma de suas primeiras tabelas (Figura 3), Mendeleyev colocou os elementos
químicos conhecidos (cerca de 60, na época) em 12 linhas horizontais, em ordem crescente de
massas atômicas, tomando o cuidado de colocar na mesma vertical os elementos de
propriedades químicas semelhantes (FELTRE, 2004).
15

Figura 3- Esquema da tabela periódica montada por Mendelev

Fonte: Montenegro (2013).

Até 1800 aproximadamente 30 elementos eram conhecidos; nos dias de hoje a Tabela
Periódica consta de 109 elementos (PARANHOS e PINHO 2008).

3.1.2 A Tabela Periódica Atual

Em 1913, o inglês Henry Moseley (1887-1915) desconfiou que havia uma


característica numérica dos átomos de cada elemento, o que o levou a fazer modificações na
organização dos elementos químicos, antes organizados em ordem crescente de massa
atômica, hoje estão dispostos na tabela periódica atual em ordem crescente de número
atômico (BRADY e HUMISTON, 1986).
Na tabela atual (Figura 4) existem elementos naturais e elementos artificiais. Naturais
são os que existem na natureza; ao contrário, os artificiais devem ser produzidos em
laboratórios especializados. Dos artificiais, dois estão situados, na Tabela Periódica, antes do
urânio (U-92) e, por isso, são chamados de elementos cisurânicos, que são o tecnécio (Tc-
43) e o promécio (Pm-61). Os outros artificiais vêm depois do urânio e são chamados de
transurânicos (FELTRE, 2004).
16

Figura 4- Tabela Periódica proposta por Henry G.J. Moseley.

Fonte: Montenegro (2013).

3.1.2.1 A Organização da Tabela Periódica

A tabela atual tem os elementos com propriedades semelhantes em colunas verticais,


chamadas grupos ou famílias, e em linhas horizontais, chamadas períodos, em ordem
crescente de MA (massa atômica), em que as propriedades variam (PARANHOS e PINHO,
2008).

3.1.2.2 Os Grupos ou Famílias

Atualmente, os grupos são numerados de 1 a 18 por determinação da União


Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC), mas ainda é muito representado por
letras e números. O número atômico cresce de cima pra baixo e suas propriedades químicas
são semelhantes. Esses elementos do mesmo grupo têm o mesmo número de elétrons na
camada de valência (camada mais externa) (ATKINS e JONES 1992).
Brady e Humiston (2008) destacam que certas famílias de elementos químicos são
caracterizados por nomes bem como pelo número do grupo (Figura 5).
17

Figura 5- As Famílias da Tabela Periódica

Fonte: http://aprendendoquimicaonline.blogspot.com.br/2011/07/tabela-periodica.html

Por exemplo, os elementos do Grupo 1 são frequentemente chamados de metais


alcalinos, uma vez que os seus compostos são cáusticos ou ―alcalinos‖. Os elementos do
Grupo 2 são chamados de metais alcalinos-terrosos; estes elementos se encontram nos
minerais e alguns dos seus compostos também são cáusticos. Os elementos do Grupo 17 são
chamados de halogênios, um nome derivado do grego, significando ―formador de sal‖.
Finalmente, os elementos do Grupo 18 são denominados de gases nobres ou gases inertes,
uma vez que têm uma capacidade extremamente limitada de reagir quimicamente e alguns
desses grupos têm nomes especiais, como mostra a Tabela 1 (ANTUNES, 2013).

Tabela 1- Principais famílias da tabela periódica


Grupo Nomes usuais para alguns grupos
1 Metais alcalinos (têm 1 elétron na camada de valência)
2 Metais alcalinos terrosos (têm 2 elétrons na camada de valência)
13 Grupo do boro (têm 3 elétrons na camada de valência)
14 Grupo do carbono (têm 4 elétrons na camada de valência)
15 Grupo do nitrogênio (têm 5 elétrons na camada de valência)
16 Calcogênios (têm 6 elétrons na camada de valência)
17 Halogênios (têm 7 elétrons na camada de valência)
18 Gases nobres (têm 8 elétrons na camada de valência, com exceção do hélio, que tem 2
elétrons nessa camada)
Fonte: Antunes (2013), adaptada.
18

3.1.2.3 Os Sete Períodos

Sabendo-se que em um átomo o número de prótons é igual ao número de elétrons, ao


fazermos suas distribuições eletrônicas, verificamos que a semelhança de suas propriedades
químicas está relacionada com o número de elétrons de sua camada de valência, ou seja,
pertencem à mesma família. Na tabela atual existem sete períodos, e o número do período
corresponde à quantidade de níveis (camadas) eletrônicos que os elementos químicos
apresentam (USBERCO e SALVADOR, 2002).
As sete linhas são denominadas de períodos. No 6º período, contém 15 elementos na
3ª ‗casa‘, chamados de série dos lantanídeos. No 7º período, a terceira casa também contém
15 elementos, da série dos actinídeos, conforme a Tabela 2 e a Figura 6 (FELTRE, 2004).
Tabela 2- Períodos da Tabela Periódica
Período Classificação Número de elementos Elementos
1º Muito curto 2 H e He
2º Curto 8 Li, Be, B, C, N, O, F e Ne
3º Curto 8 Na ao Ar
4º Longo 18 K ao Kr
5º Longo 18 Rb ao Xe
6º Superlongo 32 Cs ao Rn
7º Incompleto 24 Fr ao Ds
Fonte: Feltre (2004), adaptada.

Figura 6- Períodos da Tabela Periódica

Fonte: http://www.tabelaperiodicacompleta.com/periodos-tabela-periodica

3.1.3 Os Símbolos Químicos

Fogaça (2014) define elemento químico como sendo o conjunto de átomos com
mesmo número atômico, ou seja, com a mesma quantidade de prótons no núcleo.
19

Por exemplo, na Figura 7 há dois átomos. O primeiro, à esquerda, possui somente um


próton no núcleo, sendo, portanto, um átomo do elemento químico hidrogênio, já o segundo
possui número atômico igual a dois e, desse modo, representa outro elemento químico, o hélio
(FOGAÇA, 2014).

Figura 7- Átomos de hidrogênio e hélio

Fonte: http://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/elementos-quimicos.htm

Não há uma regra para a determinação dos nomes da maior parte dos elementos
químicos. Muitos deles são tão antigos que nem se sabe exatamente a origem de seus nomes.
Cada elemento é representado por um símbolo correspondente ao seu nome original. Por isso,
é comum não haver correlação com os nomes em português (ANTUNES, 2013).
Segundo Feltre (2004), os nomes dos elementos químicos conhecidos desde a
Antiguidade foram dados arbitrariamente e variam de uma língua para outra. Por exemplo:
• Fe – ferro – iron. (inglês); eisen (alemão);
• Cu – cobre – copper (inglês); rame (italiano);
• Pb – chumbo – lead (inglês); plomb (francês);
• S – enxofre – sulphur (inglês); azufre (espanhol).
Feltre (2004) informa que a partir do século XVIII, acentuou-se a frequência das
descobertas de novos elementos químicos. O próprio cientista que produzia o novo elemento
lhe dava nome. Em geral, esse nome lembrava uma propriedade do elemento ou a região de
onde o elemento provinha. Como a comunicação entre os químicos havia se tornado mais
eficiente, esses nomes foram sendo adotados internacionalmente. Por exemplo:
• Mg – magnésio: alusão à Magnésia, região da Grécia com minério de
magnésio (isolado em 1808, por Humphry Davy, Inglaterra);
• Al – alumínio: do latim alumen, sal de alumínio (1825; Oersted; Dinamarca);
• Br – bromo: do grego bromos, mau cheiro (1826; Balard; França);
• Rb – rubídio: do latim rubidium, cor vermelho-escuro (1861; Bunsen;
Alemanha);
20

• He – hélio: do grego helios, Sol, por ter sido descoberto a partir do espectro
da luz solar (1895; Ramsay; Inglaterra);
• Po – polônio: alusão à Polônia, terra natal de Marie Curie (1898; Marie
Curie; França).
Ainda conforme Feltre (2004), no século XX, quando começou a produção artificial
dos elementos transurânicos, foram dados inicialmente nomes lembrando planetas — netúnio
(Np-93) e plutônio (Pu-94), porque vinham depois do urânio (U-92). Posteriormente, foram
dados nomes a outros elementos, lembrando um continente (amerício, Am-95), um estado
norte-americano (califórnio, Cf-98), uma universidade (berkélio, Bk-97) e cientistas—cúrio
(Cm-96), einstênio (Es-99), férmio (Fm-100), mendelévio (Md-101), nobélio (No-102) e
laurêncio (Lr-103).
Feltre (2004) afirma também que em 1997, a União Internacional de Química Pura e
Aplicada (IUPAC) aprovou os seguintes nomes aportuguesados no Brasil (entre parênteses a
homenagem correspondente):
• 104 – Rf – rutherfórdio (Ernest Rutherford);
• 105 – Db – dúbnio (laboratório de Dubna, na Rússia);
• 106 – Sg – seabórgio (Glenn Theodore Seaborg);
• 107 – Bh – bóhrio (Niels H. D. Bohr);
• 108 – Hs – hássio (província de Hasse, na Alemanha);
• 109 – Mt – meitnério (Lise Meitner);
• 110 – Ds – darmstácio (Cidade de Darmstadt, na Alemanha).
Em 2004, foi confirmada a produção do elemento 111:
• 111 – Rg – roentgênio (Wilhelm Röntgen).
A Tabela 3 (que se encontra mais completa no Apêndice 1) traz os símbolos químicos,
seus nomes em português e algumas de suas aplicações no cotidiano.
21

Tabela 3- Símbolos, nomes e aplicações dos elementos químicos


SÍMBOLO Z NOME APLICAÇÃO
H 1 Hidrogênio Fabricação de amônia e gasolina.
He 2 Hélio Tubo de gás neon e reatores nucleares.
Li 3 Lítio Baterias recarregáveis e solares.
Be 4 Berílio Motor de foguetes.
B 5 Boro Fabricação de vidro resistente e detergentes
e herbicidas.
C 6 Carbono Carvão destilado, usada em lápis, em
reatores nucleares.
N 7 Nitrogênio Produção de amônia (NH3) e conservação
de sêmen animal.
O 8 Oxigênio Respiração, utilizado como comburente e
no tratamento de água.
F 9 Flúor Aplicações do flúor em água potável e
cremes dentais.
Ne 10 Neônio Letreiros luminosos (tubos de gás neon) e
lâmpadas de neblina para aviões.
Na 11 Sódio Na produção de ligas metálicas utilizadas
para transferências de calor em reatores
nucleares e em sínteses orgânicas.
Mg 12 Magnésio È utilizadas de ligas leves, em bombas
incendiarias, peças de avião, fogos de
artifícios, lâmpadas descartáveis de flash de
máquinas fotográficas.
Fonte: Feltre (2004), adaptada.

3.1.4 Classificação dos Elementos Químicos

Os elementos conhecidos são necessariamente divididos em cinco classes: O


hidrogênio tem propriedades diferentes das propriedades dos elementos com configuração
semelhante (alcalinos), forma uma substância simples H2 que é gasosa na temperatura
ambiente (25 °C) e pressão de 1 atm. Os gases nobres são constituídos por seis elementos,
hélio (He), neônio (Ne), argônio (Ar), criptônio (Kr), xenônio (Xe), radônio (Rn), gasosos. A
22

alta estabilidade química desses elementos faz com que não se liguem espontaneamente entre
si ou com outros elementos (COVRE, 2006).
Metais constituem mais de oitenta elementos, conduzem bem a corrente elétrica e o
calor, são sólidos nas condições ambientais (25° C), exceção ao mercúrio (Hg), que é líquido.
Ametais (não-metais) não conduzem bem o calor, nem a corrente elétrica, exceto o carbono,
na forma da substância simples, o grafite. Onze elementos, hidrogênio (H), nitrogênio (N),
oxigênio (O), flúor (F), cloro (Cl) e gases nobres, são formados por substâncias gasosas (25°
C). Um elemento está no seu estado líquido, o bromo (Br) e os demais formam substâncias
simples sólidas. Os semimetais apresentam propriedades intermediárias entre as dos metais e
as do nãometais, eles formam substâncias sólidas nas condições ambientais (25° C) (COVRE,
2006).
Além dos nomes e dos símbolos, a Tabela Periódica também fornece outras
características dos elementos. Cada quadrinho contém informações importantes sobre cada
um deles, como, por exemplo, o número atômico, a massa atômica e, em algumas tabelas, a
distribuição dos elétrons nas camadas (ANTUNES, 2013).
Há várias formas de classificar os elementos da Tabela Periódica. A mais simples e
separá-los em metais e não metais. Os metais são sólidos nas condições ambientais, com
exceção do mercúrio (Hg), que é líquido. Eles conduzem eletricidade e calor. Os não metais,
por sua vez, são maus condutores de corrente elétrica e calor, exceto o carbono na forma de
grafita, que é bom condutor de eletricidade e calor (ANTUNES, 2013).
O hidrogênio, que é um não metal, não é considerado um metal alcalino porque possui
propriedades químicas diferentes das dos demais elementos dessa família. Ele está localizado
no grupo 1 porque possui somente um elétron na ultima camada (ANTUNES, 2013).
A figura 8 mostra a classificação dos elementos químicos (dentro da tabela periódica)
em de transição (interna ou externa) ou representativos (FELTRE, 2004).
Figura 8- Classificação dos Elementos Químicos (Elementos de Transição)

Fonte: Feltre (2004).


23

A Figura 9 mostra a disposição dos elementos químicos na tabela periódica destacando


suas classificações em metais, não-metais, gases nobres e o hidrogênio (FELTRE, 2004).

Figura 9- Classificação dos Elementos Químicos (Metais, não-metais, semimetais e gases nobres)

Fonte: Feltre (2004).

3.2 O LÚDICO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA

O termo ―lúdico‖ tem origem na palavra latina ―ludus‖, que significa jogo. Entretanto,
as atividades lúdicas passaram a ser reconhecidas por muitos pesquisadores como essenciais
na psicofisiologia do comportamento humano, sendo consideradas como necessidades básicas
da personalidade, do corpo e da mente. Assim, atualmente, o lúdico não está associado
somente aos jogos, mas também à todas atividades que são agradáveis de serem praticadas
(CRESPO e GIACOMINI, 2010).
Para Piaget (1978) a atividade lúdica humana contribui para o desenvolvimento
porque propicia a descontração do individuo, a aquisição de regras, a expressão do imaginário
e a apropriação do conhecimento, sendo que cada ato de inteligência é definido pelo equilíbrio
entre duas tendências: assimilação e acomodação. Na assimilação, o sujeito incorpora
eventos, objetos ou situações dentro de formas de pensamento, que constituem as estruturas
mentais organizadas, ao passo que na acomodação, as estruturas mentais existentes
reorganizam-se para incorporar novos aspectos do ambiente externo. Durante as atividades
lúdicas, o sujeito adapta-se às exigências do ambiente externo enquanto mantém sua estrutura
mental intacta.
Para Santos (2001), o que distingue a atividade lúdica da não lúdica é uma variação de
grau nas relações de equilíbrio entre o real, ou seja, entre a assimilação e a acomodação.
24

Para alguns autores, como Kishimoto (1994), a atividade lúdica em associações com
as atividades educativas possui características próprias tais como: valor experimental, que
permiti a exploração e a manipulação; valor da estruturação, que fornece suporte a construção
da personalidade; valor da relação, que coloca o aluno em contato com outras pessoas, com
objetos e com o ambiente em geral; e valor lúdico, que avalia se os objetos possuem as
qualidades que estimulam a imaginação.
O interesse dos professores por inserir atividades lúdicas no cotidiano escolar pode
contribuir para o enriquecimento de suas aulas, uma vez que a integração dos conteúdos
curriculares propostos com o lúdico pode tornar o processo de aprender mais atrativo,
prazeroso, motivador e significativo para os estudantes (ROSA, 2014).
Além disso, Fortura (2000, p.161) ressalta que ―a aula lúdica é aquela que desafia o
aluno e o professor e situa os como sujeitos do processo pedagógico‖; sendo importante que
tanto os educandos quanto os educadores sintam-se envolvidos, desafiados e se enxerguem
como sujeitos dos processos de ensino e aprendizagem, pois não é somente o aluno que
aprende e somente o professor que ensina.
A relação pedagógica, portanto, se estabelece quando dois sujeitos estão engajados
nesses processos, havendo um compartilhamento de experiências e emoções, ―a tensão do
desejo de saber, a vontade de participar e a alegria da conquista impregnação todos os
momentos desta aula‖ (FORTURA, 2000, p.161).
A aplicação do lúdico no ensino de Ciências Naturais nas séries finais do ensino
fundamental se faz indispensável, além de promover um ambiente agradável em sala de aula,
o aluno adquire e forma o seu conhecimento espontaneamente, cabendo ao professor o
trabalho de preparar, dirigir e avaliar as atividades lúdicas, pois se o educador não inova, as
aulas continuam monótonas, saem da atração do aluno e para ele é mais agradável o notebook,
trocar mensagens no celular, assistir televisão, ou qualquer outro programa, exceto ir à escola
para participar das aulas, pois a mesmice, e as atividades rotineiras não atraem e nem
despertam o interesse do aluno em participar nas aulas (ROSA, 2014).
Palma (2009) garante que, por sorte nossos estudantes e nossos educadores não são
―extraterrestres‖ e compartilham muitas coisas, inclusive o contexto e a linguagem, o que
parece simplificar, não obstante, as coisas, sendo possível organizar, delimitar e configurar a
realidade, pensando no bem estar de uma aula.
Para Guedes (2013) as atividades lúdicas vêm se apresentando, ao longo da história,
como uma proposta metodológica importante para o processo de ensino e aprendizagem,
sendo capaz de estimular a interação e a mediação na formação de conceitos, pois o lúdico faz
25

parte das interações humanas. Independentemente da época e da cultura de cada povo, a


ludicidade (presente na forma de jogos e brinquedos) faz parte da vida da criança e continua
presente na vida social dos adultos.
O uso de práticas lúdicas é válido quando bem aplicado, pois além do lazer, o lúdico é
um método de desenvolvimento intelectual. O jogo coloca o educando em situações de
repetição de valores e imitação de papéis e regras sociais. Essa importância do lúdico não
deve ser ignorada pela escola, ao contrário, ao educando deve ser proporcionada situações no
ambiente escolar que estimulem seu desenvolvimento e a própria interação social (CRESPO e
GIACOMINI, 2010).
Lopes (2001) afirma que é muito mais eficiente aprender por meio de jogos, sendo
válido para todas as idades, desde a infância até a fase adulta, apesar da sociedade ainda, em
alguns casos, tratar o lúdico de forma preconceituosa e sem o significado real, considerando
como uma atividade que deve ser direcionada somente para crianças. Segundo o autor, o jogo
possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do aprendiz, que se
torna sujeito ativo do processo.

3.3 O LÚDICO NO ENSINO DE QUÍMICA

Silva et al. (2014), aplicando dois jogos didáticos (bingo químico e passa e repassa
químico), aplicados em uma turma de 3° ano do ensino médio de uma escola pública na
cidade de Bezerros–PE, concluíram que a utilização dos jogos químicos como estratégia
didática possibilitou identificar um maior interesse e motivação dos alunos pelo aprendizado
de Química, facilitando também uma melhor compreensão da turma sobre a organização da
Tabela Periódica, como a nomenclatura, linguagem química (símbolos dos elementos) e
aplicações dos elementos químicos em contextos diversos.
Sousa et al. (2013), aplicando três jogos didáticos (caça-palavras, baralho atômico e
combinação de pares), aplicados em turmas do 9º ano do ensino fundamental á do 3° ano do
ensino médio de uma escola pública na cidade de Sobral–Ceará, concluíram que a utilização
dos jogos químicos como estratégia didática fazem com que os alunos se divirtam e ao
mesmo tempo tenha uma maior compreensão do conteúdo, isso sem aquela pressão de ter que
aprender. O fato de aprenderem e se divertirem ao mesmo tempo contribuem para que eles
mudem aquele preconceito em relação às disciplinas exatas. Com este método o professor
torna-se responsável por criar conhecimentos prévios, enquanto o aluno exerce um papel ativo
no processo de ensino-aprendizagem.
26

Freitas et al. (2011), aplicando um jogo didático (bingo), aplicado em uma turma do
1° ano do ensino médio de uma escola particular na cidade de Belém–Pará, concluíram que o
resultado obtido na proposta do jogo didático, o bingo, mostrou que a aplicação de um
conteúdo em um jogo é muito válida, pois fez com que os alunos se indagassem do porquê
devido elemento químico está posicionado em determinada família e período da tabela
periódica, também trouxe novas informações como a associações dos elementos químicos
com o cotidiano dos próprios alunos, e ainda foi possível avaliar o conhecimento que eles já
possuem acerca do assunto.
Cassiano et al. (2014), aplicando de três jogos didáticos ( amarelinha, bingo e jogo da
memória), aplicado em uma turma de Educação de Jovens e Adultos ( EJA) da Escola
Estadual Três Marias da cidade de Floresta – PE, concluíram que diante dos resultados
obtidos acredita-se que a aplicação dos jogos lúdicos nas aulas de química na turma de EJA
foi uma boa ferramenta para a maior assimilação dos conteúdos abordados em sala, sendo
uma boa estratégia de auxilio para o ensino de química. A proposta foi à aplicação dos jogos
como um auxílio didático à revisão dos conteúdos. Ficou claro que as atividades lúdicas
facilitam o processo de ensino-aprendizagem corroborando ainda para o desenvolvimento
social dos estudantes.
Silva et al. (2013), aplicando quatro jogos didáticos (caça-palavras, cruzadinha,
batalha naval e bingo), aplicado em duas turmas do 9º ano do ensino fundamental da Escola
Municipal Augusto dos Anjos em João Pessoa, concluíram que o uso dos jogos didáticos no
cotidiano escolar foi muito importante, devido à influência que os mesmos exerceram frente
aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e
dinâmico o processo de ensino e aprendizagem, sendo significativo que os alunos com maior
dificuldade na disciplina tenham sido os de melhor aproveitamento. Alguns alunos gostaram
tanto da atividade que sugeriram serem aplicados outros jogos com os demais conteúdos.
Neste sentido observou-se que o jogo ofereceu estímulo e o ambiente necessários ao
desenvolvimento espontâneo dos alunos.
Vilela et al. (2009), aplicando de um jogo didático ( bingo químico), aplicado em uma
turma do 1º ano do curso técnico integrado em Mecânica e na turma do 3º ano do Programa
Nacional de Integração da Educação Básica com a Educação Profissional na Modalidade de
Educação de Jovens e Adultos. (PROEJA), no Instituto Federal da paraíba , concluíram que a
partir dos resultados obtidos com a aplicação do Bingo Químico, que esta é uma ferramenta
auxiliar muito importante no ensino da química, uma vez que proporciona um ambiente
27

favorável à construção do conhecimento, além de gerar uma atmosfera propícia para a


contextualização do assunto abordado.
Queiroz (2013), aplicando três jogos didáticos (trilha periódica, jogo da memória e
baralho), aplicado em uma turma do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Edson
Corrêa, localizada em Caucaia-CE, concluíram que com isso, o trabalho contribuiu para
facilitar o aprendizado dos estudantes, além de estimular a criatividade, enriquecimento de
conteúdos químicos e lidar com trabalho em equipe. A atividade por ser de caráter lúdico,
serviu para aproximar professor e aluno.

3.4 A ESCOLA DE APLICAÇÃO

A Escola Municipal de Ensino Fundamental São João Bosco (Figura 10) foi
inaugurada em 02 de outubro de 1990, e está localizado na Rua São João, sem número, está
sob o comando do diretor Ricardo Cardoso Paiva e das Vices Diretoras Célia Maria Alves
Duarte e Maria de Lourdes Sodré (PPP, 2014).
Figura 10- Escola Municipal de Ensino Fundamental São João Bosco.

Fonte: A autora (2016).

Há uns 24 anos atrás a escola funcionava com turmas de Educação Infantil e


Fundamental Menor. Hoje funciona somente com turmas de Educação Fundamental Maior (6º
ao 9º ano). Nos horários matutino e vespertino, Com um total de oitocentos alunos
matriculados. O público alvo da escola são alunos de agrovilas do município de Castanhal
(PPP, 2014).
A escola possui em sua estrutura doze salas de aula, uma diretoria (Figura 11), uma
sala de leitura (Figura 12), laboratório de informática (Figura 13), uma sala de professores
com banheiros, uma secretaria, uma cantina, uma quadra de esporte, uma sala de vídeo, uma
sala de coordenadores, uma sala de reforço, um refeitório, um depósito, uma copa,
28

estacionamento, um banheiro para os alunos do sexo masculino e feminino, banheiro para


funcionários. A escola está em estado regular de conservação, pois em 2006 passou por uma
reforma (PPP, 2014).
Figura 11- Diretoria da escola Figura 12- Sala de Leitura

Fonte: A autora (2014). Fonte: A autora (2014).

Figura 13- Sala de Informática

Fonte: A autora (2014).

A escola possui um quadro com quarenta e quatro educadores, três coordenadoras,


dez Auxiliares Administrativos, seis auxiliares de Serviços Gerais, dois vigias, quatro
merendeiras e dez serventes (PPP, 2014).
29

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 AS TURMAS DE APLICAÇÃO

Este trabalho foi executado em duas turmas de 9º ano do turno vespertino da Escola
Municipal de Ensino Fundamental São João Bosco, no município de Castanhal, na região
metropolitana de Belém.
Uma das turmas foi escolhida aleatoriamente para ser a turma controle (que não teve
aula com a metodologia lúdica) e a outra foi a turma experimental (que teve aula com a
metodologia lúdica).

4.2 FASES DA PESQUISA

O presente trabalho seguiu as seguintes etapas de trabalho.


Inicialmente, se realizou uma extensa revisão da literatura com uma dupla função:
angariar conhecimentos sobre a temática a ser desenvolvida em sala de aula de forma teórica e
prática (tabela periódica) e também para dar subsídios aos demais passos de execução deste
trabalho.
No primeiro momento em sala de aula, foi ministrada uma aula de cunho puramente
teórico e da forma mais tradicional possível, nas duas turmas envolvidas (turma controle e
turma experimental), seguindo plano de aula contido no Apêndice 2. Após essa aula, foi então
aplicado um instrumento avaliativo (Teste 1, Apêndice 3) nas duas turmas. A Figura 14 ilustra
o momento de aplicação do Teste 1.
Figura 14. A aplicação do teste 1

Fonte: A autora (2016).

No segundo momento, na turma controle foi ministrada uma aula apenas com
exercícios tradicionais (Apêndice 4), ao passo que na turma experimental foi aplicado o jogo
elaborado, estando essas aulas também planejadas conforme um plano de aula para cada
turma (Apêndices 5 e 6). Em seguida a execução de tais aulas, foi aplicado novo teste
(Apêndice 7) com o mesmo nível de dificuldade do primeiro, em cada uma das duas turmas.
30

Todos os testes elaborados continham dez questões de multipla escolha, com cinco
alternativas (de a) a e)), sendo que cada questão valia um ponto, logo, totalizando dez pontos.
Na turma experimental também foi aplicado um questionário (Apêndice 8) contendo
quatro questões, para os alunos avaliarem a atividade lúdica desenvolvida e um outro para o
professor da turma avaliar a atividade desenvolvida (Apêndice 9).
Vale ainda ressaltar que antes da aplicação em campo desta pesquisa, foi fornecido aos
pais dos alunos um termo de livre consentimento, que se encontra em anexo a este trabalho.

4.3 A CONSTRUÇÃO DO JOGO

Para o jogo Bingo Químico foram elaboradas trinta e duas cartelas (Apêndice 10),
contendo cada uma dezesseis símbolos de elementos químicos diferentes.
Os materiais utilizados na construção das cartelas foram: EVA, papel cartão para
servir de base para as cartelas do bingo, papel ofício ou cartão para imprimir as cartelas, fita
dupla face, para fixar as cartelas em sua respectiva base, plástico transparente (papel contact)
para plastificar as cartelas, tesoura, computador e impressora.
A Figura 15 traz um momento de construção das cartelas.
Figura 15- Construção do Bingo Químico

Fonte: A autora ( 2016).

Tornou-se necessário a confecção de 60 peças dos elementos químicos para serem


sorteadas no bingo. Nessas 60 peças, que foram utilizadas no sorteio, existe os nomes e
símbolos dos elementos. Os materiais utilizados para a confecção dessas peças foram,
emborrachado EVA, na forma arredondada, tesoura para cortar o emborrachado, papel cartão
ou ofício para imprimir as 60 peças, fita dupla face para melhor fixação do papel no
emborrachado, uma caixa de papelão para guardar as peças.
31

4.4 AS REGRAS DO JOGO

As turmas foram organizadas em duplas para que houvesse uma maior interação entre
os alunos, e a cada uma das duplas foi entregue uma cartela diferente do bingo. À medida que
os nomes foram chamados, os alunos faziam a associação do elemento com o seu respectivo
símbolo na cartela.
A atividade desenvolvida consistiu na distribuição das cartelas aos alunos em duplas, e
a dinâmica foi explicada.
Dentro de uma caixa consta o nome dos sessenta (60) elementos selecionados (os mais
conhecidos).
Para marcação do bingo foram distribuídos grãos de milho (Figura 16), e iniciamos o
sorteio, á medida que foram chamados os elementos, os alunos marcaram nas suas cartelas e o
professor escreveu no quadro os elementos que já foram sorteados para ter um maior controle
do jogo e da turma.
Figura1 16- Bingo químico sendo marcado.

Fonte: A autora (2016).

O jogo só acabou quando um aluno completou toda a cartela com os elementos que
foram marcados na horizontal e vertical e conferidos juntamente com o professor e os outros
alunos.

4.5 TRATAMENTOS ESTATÍSTICOS

Aos dados quantitativos (notas dos alunos) encontrados durante a execução deste
trabalho, foram aplicados testes estatísticos adequados para se verificar a melhoria ou não na
qualidade do processo de ensino e aprendizagem devida a introdução do lúdico em sala de
32

aula. Também as respostas dadas as perguntas dos questionários sofreram tratamento


estatístico básico. Os programas utilizados foram o Excel 2010 e o Minitab 16.
33

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 DESEMPENHO DAS TURMAS

A turma controle continha 31 alunos, sendo 15 meninas e 16 meninos, sendo uma


turma de bom comportamento e atenciosa, mas demostraram pouco interesse pela aula, por
ser um assunto que os mesmos ainda não tinham estudado, sendo que alguns alunos chegaram
a comentar que a tabela periódica era de difícil compreensão.
Nos dias de aplicação dos dois testes só compareceram apenas 26 alunos desta turma,
logo o número de alunos efetivamente participantes desta pesquisa, nesta turma, foi de vinte e
seis, estando suas notas contidas na Tabela 4.
Tabela 4. Notas obtidas pelos alunos da turma controle nos dois testes
Aluno Teste 1 Teste 2 Diferença
1 3,0 2,0 -1
2 7,0 2,0 -5
3 7,0 5,0 -2
4 7,0 6,0 -1
5 9,0 6,0 -3
6 5,0 5,0 0
7 6,0 3,0 -3
8 7,0 4,0 -3
9 9,0 6,0 -3
10 3,0 3,0 0
11 6,0 2,0 -4
12 2,0 2,0 0
13 6,0 3,0 -3
14 7,0 4,0 -3
15 9,0 4,0 -5
16 1,0 2,0 1
17 6,0 3,0 -3
18 6,0 3,0 -3
19 4,0 3,0 -1
20 8,0 4,0 -4
21 2,0 3,0 -1
22 5,0 3,0 -2
23 7,0 2,0 -5
24 3,0 2,0 -1
25 5,0 5,0 0
26 6,0 3,0 -3
a b
Geral 5,6 ± 2,2 3,4 ± 1,4 -2,2 ± 1,7
Legenda: Teste 1 = nota após a explanação teórica
do conteúdo e Teste 2 nota após a revisão com
exercícios tradicionais. Diferença equivalente a
Teste 2 – Teste 1. Letra desigual nas médias
significa haver diferença significativa (p<0,05).
Fonte: A autora (2016).
34

Os resultados obtidos no primeiro teste se mostraram baixos, apenas 5,6 pontos de


média geral da turma, indicando uma aprendizagem razoável, porém, ao se reforçar os
conteúdos trabalhados com exercícios tradicionais, a média da turma baixou muito, em média
de – 2,2 pontos, descendo para um resultado insatisfatório de 3,4 pontos. Assim, pode-se
pensar que a metodologia tradicional ficou longe de ser uma boa opção para o reforço da
temática elementos químicos e tabela periódica.
Ao se avaliar o desempenho da turma controle em faixas de notas, isto é, se
considerando quatro intervalos de notas: de zero a quatro e meio, que corresponde a notas de
baixo aproveitamento escolar e reprovação do aluno; de cinco a seis e meio, que corresponde
a um desempenho regular do aluno; de sete a oito e meio, que corresponde a um bom
desempenho; e de nove a dez, que se pode considerar um excelente resultado, obteve-se o
gráfico contido na Figura 17.
Figura 17- Distribuição das notas dos alunos da turma controle por faixas

80
Percentual de Alunos da Turma

70
60
50
40 1o Teste
30 2o Teste
20
10
0
0a4 5a6 7a8 9 a 10
Faixa de Notas

Fonte: A autora (2016).

A distribuição de notas dos alunos nas quatro faixas de notas piorou após a aplicação
de exercícios, pois antes deles, no primeiro teste, 26,92% dos alunos se encontravam na faixa
de bom aproveitamento (7 ou 8 pontos) e 11,54% na faixa de excelência (9 ou 10 pontos), e
depois ambas as faixas passaram a ter 0,0% de alunos. Ao passo que a faixa de reprovação (0
a 4) teve um aumento de 26,92% para 76,92%. Assim, pode-se considerar que a metodologia
tradicional de reforço não surtiu uma melhoria na assimilação dos símbolos químicos e tabela
periódica.
35

A turma experimental continha 33 alunos, sendo 23 meninas e 10 meninos, porém


participaram dos dois testes somente 31. A turma mostrou grande interesse pelo Bingo
Químico, sendo que eles estavam em grande alvoroço por participarem ativamente do mesmo.
Nesta etapa da atividade dividiu-se os alunos em duplas, permitindo aos mesmos, num
primeiro momento, a familiarização com o seu material e as regras do jogo.
Durante a atividade do jogo os alunos ficaram bastante atentos, alguns alunos tiveram
dificuldades de encontrar os símbolos químicos, mesmo consultando a tabela periódica, mais
se esforçaram para marcar o bingo, como mostra a Figura 18.
Figura 18- Aplicação do Bingo Químico

Fonte: A autora (2016).

As notas obtidas pelos alunos da turma experimental se encontram na Tabela 5.


36

Tabela 5- Notas obtidas pelos alunos da turma experimental nos dois testes
Aluno Teste 1 Teste 2 Diferença
1 5,0 5,0 0
2 6,0 3,0 -3
3 8,0 8,0 0
4 7,0 6,0 -1
5 5,0 4,0 -1
6 6,0 6,0 0
7 7,0 7,0 0
8 8,0 6,0 -2
9 6,0 6,0 0
10 7,0 5,0 -2
11 5,0 5,0 0
12 3,0 4,0 1
13 5,0 3,0 -2
14 8,0 5,0 -3
15 4,0 1,0 -3
16 7,0 5,0 -2
17 6,0 8,0 2
18 7,0 5,0 -2
19 3,0 5,0 2
20 4,0 6,0 2
21 8,0 3,0 -5
22 5,0 7,0 2
23 6,0 5,0 -1
24 6,0 3,0 -3
25 8,0 7,0 -1
26 7,0 4,0 -3
27 7,0 6,0 -1
28 4,0 5,0 1
29 7,0 5,0 -2
30 7,0 7,0 0
31 6,0 5,0 -1
Geral 6,1a ± 1,5 5,2b ± 1,6 -0,9 ± 1,8
Legenda: Teste 1 = nota após a explanação teórica
do conteúdo e Teste 2 nota após a revisão com
exercícios tradicionais. Diferença equivalente a
Teste 2 – Teste 1. Letra desigual nas médias
significa haver diferença significativa (p<0,05).
Fonte: A autora (2016).

Outra vez se percebe que houve uma redução no desempenho da turma, expresso
através da média geral de pontos da turma, após a aplicação da metodologia de reforço, que,
neste caso, se constituiu em uma atividade lúdica e não em exercícios tradicionais. Porém, o
decréscimo ocorrido na média geral, que passou de 6,1 para 5,2, foi apenas de – 0,9 pontos ao
invés de – 2,2 pontos, no caso da turma controle. Assim, por mais que a aplicação de um jogo
didático como mecanismo de reforço de aprendizagem tenha sortido um efeito não positivo
37

como se esperava, esta metodologia ainda assim conseguiu superar a tradicional, pois
acarretou em menor decréscimo de média geral da turma.
Provavelmente, os resultados alcançados se mostraram aquem dos esperados devido
ao fato de a temática trabalhada, símbolos químicos e tabela periódica, exigirem um alto grau
de memorização, dificultando um bom desempenho das turmas. Além disso, se deve ressaltar
que o jogo Bingo Químico foi aplicado apenas uma vez na turma, em um tempo relativamente
curto. Porém, por se tratar de um jogo, que atrai e cativa os alunos, este poderia ser praticado
mais vezes, em sala de aula, ou mesmo, especialmente, fora dela, pelos alunos, o que poderia
melhorar em muito a aprendizagem dos símbolos químicos da tabela periódica.
Agrupando-se as notas da turma experimental nos mesmos quatro intervalos de notas
em que foram agrupadas as notas da turma controle, obteve-se o gráfico contido na Figura 19.

Figura 19- Demonstrativo de desempenho dos alunos da turma experimental.

60
Percentagem de Alunos da Turma

50

40

30 1o Teste

20 2o Teste

10

0
0a4 5a6 7a8 9 a 10
Faixa de Notas

Fonte: A autora (2016).

Percebe-se outra vez uma piora nas notas dos alunos em termos de faixas de notas,
como ocorrido com a turma controle, porém, também se pode perceber que tal efeito negativo
é muito menos acentuado do que naquela turma, pois, agora, não houveram alunos na faixa de
excelência nem antes e nem depois da aplicação do jogo; a maior concentração de notas após
a aplicação do jogo ficou na faixa de notas regulares (51,61%) e apenas 25,81% dos alunos, e
não 76,26% caso da turma controle), ficaram na faixa de reprovação.
Observa-se que os resultados acima foram apresentados no 14º Simpósio Brasileiro de
Educação Química (SIMPEQUI) realizado em Manaus, cujo o certificado de participação se
encontra em anexo a este trabalho e o resumo no Apêndice 11
38

5.2 RESULTADOS QUALITATIVOS DA TURMA

Quando responderam à primeira questão do questionário aplicado (―VOCÊ GOSTOU


DAS ATIVIDADES LÚDICAS DESENVOLVIDAS EM SALA?‖), os alunos da turma
experimental deram respostas representadas na Figura 20.
Figura 20- Resposta dada a 1ª pergunta do questionário

NÃO
10,7%

SIM
89,3%

Fonte: A autora (2016).


Enqunto que as respostas dadas à 2ª questão (―QUE NOTA, DE ZERO A DEZ, VOCÊ
DARIA A ESSA ATIVIDADE?‖) estão presentes na Figura 21.
Figura 21- Resposta dada a 2ª pergunta do questionário

35.0

30.0
Percentual da Turma (%)

25.0

20.0

15.0

10.0

5.0

0.0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0
Notas Atribuídas a Atividade Lúdica
Fonte: A autora (2016).
As respostas dadas as duas primeiras perguntas apontam a grande aceitação dos alunos
em termos da atividade lúdica desenvolvida em classe. Assim, o jogo didático foi amplamente
aceito pela turma e muito bem avaliado, pois apenas 10% dos alunos reprovaram essa
39

atividade, dando nota zero e três, ao passo que mais de 30% deram nota dez e 10% deram
nota 9,5, o mesmo para 9,0; 8,5 e 8,0 e 10% deram nota regular (5,0). Essa grande aceitação
está intimamente relacionada com a própria natureza das atividades lúdicas, pois elas,
conforme Kishimoto (1994), apresentam duas funções distintas, a lúdica e a didática, sendo a
primeira relacionada ao brincar e ao prazer, levando desta a forma a uma aprendizagem
prazeirosa, logo, muito aceita pelos alunos.
As respostas dadas à 3ª questão (―VOCÊ GOSTARIA DE TER MAIS ATIVIDADES
DESSE TIPO?‖) estão presentes na Figura 22.
Figura 22- Resposta dada a 3ª pergunta do questionário

NÃO
7,1

SIM
92,9

Fonte: A autora (2016).


A aceitação da turma à nova forma de ensinar a disciplina é outra vez confirmada com
os resultados da terceira questão, pois a maioria da turma se manisfestou favoravelmente em
termos de terem mais atividades lúdicas em suas aulas. Isso indica que tais atividades
contribuíram para a motivação dos alunos e um maior envolvimento destes com as temáticas
de química.
As respostas dadas à 4ª questão (―COMENTE SOBRE O QUE VOCÊ ACHOU DAS
ATIVIDADES LÚDICAS DESENVOLVIDAS‖) estão presentes na Tabela 6.
40

Tabela 6- Respostas dadas pelos alunos para a 4ª questão

Aluno (a) Resposta


1 Gostei bastante da aula porque passamos por testes e bingos, foi muito
divertido.
2 Aprendi coisas que levarei para sempre e lá no futuro lembrarei de alguma
coisa, tenho certeza.
3 Gostei muito porque eu nem sabia o que era tabela periódica, o bingo foi muito
legal e divertido.
4 Gostei de todas as atividades, principalmente do bingo porque ganhei a caixa de
bombom garoto.
5 Aprendi coisas que não sabia, achei muito importante e foi bem divertido.
6 Foi uma experiência muito boa, divertida, poderia ser toda quinta-feira.
7 Foi uma atividade divertida e ao mesmo tempo interessante, foi bem fora da
rotina brincamos e aprendemos, eu não ganhei mais valeu a pena.
8 Foi uma atividade bem divertida
9 Gostei muito
10 Foi legal gostaria que tivesse outras vezes.
11 O bingo foi muito legal deu para aprender um pouco da tabela.
12 O bingo foi legal, pena que não ganhei.
13 Achei muito legal, gostaria de ter mais atividades desse tipo.
14 Gostei da atividade porque foi bem dinâmica.
15 Gostei da atividade porque todos participaram.
16 Foi uma atividade boa, pena que eu não ganhei.
17 Aprendi muita coisa e também gostei do bingo da professora.
18 Achei muito difícil, mais gostei do bingo.
19 Aprendi muito com as atividades.
20 Não gostei porque não ganhei o bingo.
21 Foi uma atividade legal, porque aprendemos sobre a tabela periódica.
22 Gostei do bingo sobre a tabela periódica, porque nunca tivemos essa atividade
nas aulas de Ciências.
23 Foi criativo e divertido.
24 Não gostei porque não ganhei.
25 Gostei porque a professora me tratou bem, explicou tudo, foi uma excelente
professora.
26 Achei muito legal.
27 Não gostei porque não tenho sorte pra ganhar nada.
28 Gostei das atividades.
Fonte: A autora (2016).
41

As diversas respostas dadas pelos alunos, em sua maioria, foram favoráveis à


aplicação da atividade lúdica em sala, e também expressões como eles se sentiram motivados
através desta atividade.
Os resultados apresentados acima corroboram para o fato de que as atividades lúdicas
serem consideradas uma estratégia viável e favorável ao bom desempenho no processo de
ensino-aprendizagem.

5.3 VISÃO DO PROFESSOR DAS TURMAS DE APLICAÇÃO

O professor de ciências das turmas de aplicação deste trabalho apresentava formação


em nível superior (Licenciatura em Biologia) pela UFPA, com 11 anos de formado e atuando
no magistério. Assim, apresentava formação mínima exigida legalmente para tal atividade.
Tal professor relatou já ter desenvolvido atividades lúdicas com seus alunos e
considera que tais atividades facilitam o ensino, pois respondeu ―[que a atividade lúdica]
ajuda a manter a atenção da turma e proporcionar uma nova (outra) ferramenta de
aprendizagem‖, porém também relata que ―o curto tempo e o número elevado de alunos por
turma‖ consistem em dificuldades para que ele desenvolva mais aulas deste tipo.
Ao ser indagado sobre a atividade lúdica desenvolvida em sala para este trabalho, ele
comentou que ―a atividade ajuda os alunos a relacionarem as informações dos elementos
químicos, no caso nomes e seus símbolos, com números atômicos e outras informações‖.
Percebe-se que a atividade lúdica é aceita por profissionais da educação, mas muitas
vezes elas não são desenvolvidas em salas de aulas devido a questões limitantes como curto
tempo disponível à disciplina de ciências e ao número muito elevado de alunos em tumas de
ensino fundamental, o que compromete as atividades docentes como um todo, e,
principalmente, o desenvolvimento de quaisquer atividades inovadoras que venham a romper
com as metodologias tradicionais.
42

6 CONCLUSÃO

A atividade lúdica sugerida não chegou a promover uma melhoria adequada e


esperada nos resultados numéricos (quantitativos) da turma experimental, mas se mostrou
mais eficiente do que a tradicional, quando comparamos os resultados alcançados com a
turma controle.
Porém, destacando o relato dos alunos participantes do bingo químico, onde os
mesmos perceberam que ao jogar ficou mais interessante aprender e associar os nomes e
símbolos dos elementos químicos, pois a proposta foi divertida e descontraída, nota-se que
houve um ganho importante no interesse e na motivação dos alunos, durante a aula que
utilizou a metodologia lúdica.
Espera-se que este trabalho possa servir de fundamentação para que os professores que
queiram implementar essa atividade em sua prática, tenham no jogo (Bingo Químico, ou outro
jogo qualquer), possibilidades aos alunos, como forma de desenvolver suas habilidades
intelectuais e sociais, de modo descontraído, lúdico e participativo.
Fica aqui também a proposta de reaplicação deste jogo em mais turmas para uma
melhor mensuração dos resultados numéricos estudados.
43

REFERÊNCIAS

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45

ABORDAR ASPECTOS DO CONTEÚDO DE TABELA PERIÓDICA. . 12º Simpósio


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www.emanaoeumaavestruz.blogspot.com/2011/08. Acesso em: 07 de Abril de 2015.

http://aprendendoquimicaonline.blogspot.com.br/2011/07/tabela-periodica.html. Acesso em:


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http://www.tabelaperiodicacompleta.com/periodos-tabela-periodica. Acesso em: 01 de Junho


de 2015.

http://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/elementos-quimicos.htm. Acesso em 03 de
Junho de 2015.
46

ANEXO
47

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


PRÓ-REITORIA DE ENSINO
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DOCENTE
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS

Convidamos o filho(a) do(a) Sr(a) para participar da pesquisa ―Bingo Químico como
Estratégia Lúdica no Ensino de Química do 9º Ano do Ensino Fundamental‖, sob a
responsabilidade dos pesquisadores Rosiete Marinho Pantoja e Antonio dos Santos Silva, a qual
pretende avaliar a melhoria na qualidade de ensino de ciências através da inserção de uma
metodologia inovadora.
A participação de seu (sua) filho(a) é de carater voluntário e se dará por meio de respostas
dadas a questionários estruturados, participação de aulas com recursos didáticos variados, e através de
suas notas obtidas em testes de multipla escolha.
Não haverá nenhum risco oriundo da participação de seu (sua) filho(a) na presente pesquisa.
Se você aceitar que seu (sua) filho(a) participe, estará contribuindo ativamente para a melhoria na
qualidade do ensino de ciências.
Se depois de consentir na participação de seu (sua) filho(a), o Sr(a) desistir que seu (sua)
filho(a) continue participando, tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer
fase da pesquisa, seja antes ou depois da coleta de dados, independente do motivo e sem nenhum
prejuízo a sua pessoa. O (a) Sr(a) não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma
remuneração pela participação de seu (sua) filho(a) nesta pesquisa. Os resultados da pesquisa serão
analisados e publicados, mas a identidade de seu (sua) filho(a) não será divulgada, sendo guardada em
sigilo.

Consentimento Pós-Informação

Eu, ________________________________________________________, sou o(a) responsável pelo


aluno(a) ____________________________________________, fui informado(a) sobre o que os
pesquisadores querem fazer e porque precisam da minha colaboração, e entendi a explicação. Por isso,
eu concordo em que meu (minha) filho(a) participe do projeto, sabendo que não vou ganhar nada e que
ele(a) posso sair quando quiser. Este documento é emitido em duas vias que serão ambas assinadas por
mim e por um dos pesquisadores, ficando uma via com cada um de nós.

__________________________________ Data: ___/___/____


Assinatura do responsável pelo aluno(a)

Impressão do dedo polegar


Caso não saiba assinar
_________________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável
48

Substitua essa página pela cópia do certificado


49

APÊNDICES
50

Apêndice 1
Tabela 3. Lista de elementos químicos, seus símbolos, nomes e aplicações
SÍMBOLO Z NOME APLICAÇÃO
H 1 Hidrogênio Fabricação de amônia, gasolina, lubrificantes e ácidos.
He 2 Hélio Tubo de gás neon e reatores nucleares.
Li 3 Lítio Baterias recarregáveis e solares.
Be 4 Berílio Motor de foguetes e em revestimento interno de lâmpadas
fluorescentes.
B 5 Boro Fabricação de vidro resistente e detergentes e herbicidas.
C 6 Carbono Carvão destilado, usada em lápis, em reatores nucleares.
N 7 Nitrogênio Produção de amônia (NH3) e conservação de sêmen animal.
O 8 Oxigênio Respiração, utilizado como comburente e no tratamento de
água.
F 9 Flúor Aplicações do flúor em água potável e cremes dentais.
Ne 10 Neônio Letreiros luminosos (tubos de gás neon) e lâmpadas de
neblina para aviões.
Na 11 Sódio Na produção de ligas metálicas utilizadas para transferências
de calor em reatores nucleares e em sínteses orgânicas.
Mg 12 Magnésio É utilizadas de ligas leves, em bombas incendiarias, peças de
avião, fogos de artifícios, lâmpadas descartáveis de flash de
máquinas fotográficas.
Al 13 Alumínio Além de ser utilizado na fabricação de utensílios domésticos,
como panelas e talheres, na produção de fios de eletricidade e
embalagens para alimentos.
Si 14 Silício Na fabricação de cimento, amianto, vidros, semicondutores,
circuitos eletrônicos e silicones.
P 15 Fósforo Compostas de fósforos são utilizados para produção de
fertilidades bombas, armas químicas e fósforos.
S 16 Enxofre De pólvora, fungicidas, vulcanização da borracha e ácidos
sulfúricos.
Cl 17 Cloro São utilizados como conservante de carnes e comidas, como
alvejantes, limpador de superfície e reagente de laboratório.
Ar 18 Argônio Câmeras de gás inerte e em enchimentos de lâmpadas
incandescentes e fluorescentes.
K 19 Potássio O KCIO3 é utilizados em fertilizantes e explosivos. O KCIO4
e o KCIO3 são utilizados em fogos de artifício como agentes
oxidantes.
Ca 20 Cálcio É utilizado como agente redutor. O CaCO3 é utilizado como
mármore ou calcário dolomita.
Sc 21 Escândio É utilizado em germinação de sementes, em circuitos
elétricos. No processo de craqueamento do petróleo e da
indústria espacial.
Ti 22 Titânio De ligas leves e de alta resistência, que são empregadas em
reatores, motores de foguetes, aviões e automóveis.
51

Tabela 3. Lista de elementos químicos, seus símbolos, nomes e aplicações (continuação)


SÍMBOLO Z NOME APLICAÇÃO
V 23 Vanádio É utilizados em ligas com o aço, como catalisador de reações
químicas e em convenções catalíticos para automóveis.
Cr 24 Cromo É utilizado na produção de aço-cromo (aço inoxidável). O
Cr2O3 é utilizado como coloração verde e como catalizador.
Mn 25 Manganês É utilizado em ligas metálicas e de alta dureza, empregados
em trilhos de trens, e em ligas altamente ferromagnéticas.
Fe 26 Ferro Ele é utilizado para produzir objetos como: cadeiras, mesas,
carroceria, e rodas de automóveis e ferramentas em geral.
Co 27 Cobalto Em ligas metálicas em alta dureza e alta imantação em
cerâmicas, esmaltes e catalizadores.
Ni 28 Níquel É utilizado no processo de niquelação em ligas metálicas
como: o aço inoxidável.
Cu 29 Cobre É utilizado em ligas metálicas como: latão, bronze e metal
monel (Cu-Ni).
Zn 30 Zinco É utilizado como metal de sacrifício para preservar o ferro da
corrosão em algumas estruturas virgula na produção de pilha
seca e como pigmento para tinta de cor branca.
Ga 31 Gálio São empregados na fabricação de transistores de
computadores, de televisores e telefones.
Ge 32 Germânio É utilizado na fabricação de semicondutores, lentes de
câmeras e microscópios, ligas metálicas e também e
empregado com catalizador.
As 33 Arsênio É utilizado como semicondutores, pesticidas (arseniatos de
cálcio) e ligas metálicas com o chumbo.
Se 34 Selênio É utilizado como semicondutor, em células solares, em
televisores, em copiadoras, xampu anti-caspa.
Br 35 Bromo É utilizado na produção de medicamentos, desinfetantes,
praguicidas, purificação de água e corantes.
Kr 36 Criptônio É utilizado em lâmpadas de flash e câmeras fotográficas de
alta velocidade, em lâmpadas fluorescentes.
Rb 37 Rubídio É utilizado para semicondutores e células fotoelétricas. O
RbOH é empregado em baterias de à baixas temperaturas.
Sr 38 Estrôncio Alguns de seus sais são empregados na produção de fogos de
artificio, produzindo a cor vermelha.
Y 39 Ítrio É utilizado em vidros, cerâmicas, e formação de imãs
permanentes (ligas com cobalto).
Zr 40 Zircônio É utilizado em ligas resistentes a corrosão, em reatores
nucleares e supercondutores.
Nb 41 Nióbio É utilizado em diversas ligas metálicas de alta rigidez,
aplicadas à indústria aeroespacial e ligas supercondutoras
magnéticas.
Mo 42 Molibdênio É utilizado em componentes de aviação e mísseis, como
catalizador em reações químicas e na indústria petroquímica.
Tc 43 Tecnécio É aplicado na medicina radioativa contra o câncer. Além de
ser utilizado em detectores de radioatividade, e como
supercondutor.
52

Tabela 3. Lista de elementos químicos, seus símbolos, nomes e aplicações (continuação)


SÍMBOLO Z NOME APLICAÇÃO
Ru 44 Rutênio É utilizado na joalheria, como contato elétrico e como
catalizador de reações químicas.
Rh 45 Ródio É utilizado na fabricação de conversores catalíticos para
automóveis e refletores de faróis.
Pd 46 Paládio É utilizado na produção de ligas metálicas como ouro
branco. E com platina resistente a corrosão.
Ag 47 Prata A prata metálica possui grande aplicação na joalheria. Na
indústria fotográfica que a prata é mais empregada, na forma
de AgBr.
Cd 48 Cádmio È utilizado em fusíveis elétricos, em reatores nucleares, em
ligas metálicas de baixa temperatura de fusão e em
cadmiação.
In 49 Índio É utilizado na produção de ligas metálicas empregadas na
fabricação de semicondutores, e em reatores nucleares,
como computador de nêutrons.
Sn 50 Estanho É bastante empregado em ligas com o Cu, em revestimentos
de latas, como uma proteção para os alimentos para que eles
não fiquem em contato direto com a lata.
Sb 51 Antimônio Seus compostos são utilizados como pigmento na cor
amarela, como medicamentos e material refratário.
Te 52 Telúrio É utilizado como semicondutor, catalisador e pigmento para
tingir vidros e cerâmicas.
I 53 Iodo O Iodo molecular, I2,é empregado como antiséptico. Um sal
de iodo,o KI ou Nal, é adicionado ao sal de cozinha.
Xe 54 Xenônio É utilizado em tubos luminosos, produzindo cor azul
esverdeada.
Cs 55 Césio É usado como componente de catalisador, em células
fotoelétrica e em relógio atômico.
Ba 56 Bário É utilizada na fabricação de velas de ignição de automóveis.
La 57 Lantânio É utilizado em dispositivos eletrônicos e em ligas que são
usadas em pedras de isqueiros.
Ce 58 Cério O CeO2 é usado em cerâmicas e em polimento de lentes.
Pr 59 Praseodím É utilizado na coloração de vidros (cor amarela), materiais
io fluorescentes e componentes eletrônicos.
Nd 60 Neodímio É utilizado na produção de e em astronomia para calibrar
linhas espectrais.
Pm 61 Promécio É utilizado em baterias nucleares e em relógios atômicos.
Sm 62 Samário É utilizado em reatores nucleares, como absorvedor de
nêutrons.
Eu 63 Európio É utilizado em tubos de televisores.
Gd 64 Gadolínio Compostos de Gadolínio são aplicados na fabricação de
dispositivos de televisores e de computadores.
Tb 65 Térbio Os compostos de Térbio são utilizados em componentes de
tubos de televisores e em dispositivos geradores de lasers.
53

Tabela 3. Lista de elementos químicos, seus símbolos, nomes e aplicações (continuação)


SÍMBOLO Z NOME APLICAÇÃO
Dy 66 Disprósio É utilizado em televisores, como ativador de fluorescência .
Ho 67 Hólmio É utilizado na fabricação de lasers, que são usados na
medicina ortopédica e oftalmologista.
Er 68 Érbio É utilizado na indústria nuclear e em filtros fotográficos.
Tm 69 Túlio É aplicado em tubos de raio X, em equipamentos de
micro-ondas e em liga metálicas.
Yb 70 Itérbio É utilizado na melhoria da resistência mecânica do aço.
Lu 71 Lutécio É utilizado na produção de ligas metálicas, catalisadores de
reações químicas.
Hf 72 Háfnio É utilizado em reatores nucleares como absorvedor de
nêutrons e como material refratário.
Ta 73 Tântalo É utilizado na fabricação de ligas metálicas aço tântalo, em
próteses dentárias, turbinas de avião, reatores nucleares.
W 74 Tungstêni É utilizado na fabricação de filamentos de lâmpadas
o incandescentes.
Re 75 Rênio É utilizado na produção de fios de fornos elétricos, em
camada de proteção para joias.
Os 76 Ósmio É utilizado como catalisador na produção de amônia, em
ponta de caneta tinteiro.
Ir 77 Irídio É utilizado na fabricação de agulhas de injeção, em
componentes eletrônicos.
Pt 78 Platina É utilizada na medicina, na odontologia, em joalheria, em
aparelhos resistentes á corrosão.
Au 79 Ouro O ouro já foi muito usado em cunhagem de moedas, agora,
ele é padrão monetário em alguns países.
Hg 80 Mercúrio É utilizado em termômetros, barômetros, desinfetantes,
iluminação pública, odontologia e separação do ouro.
TI 81 Tálio É utilizado na fabricação de pesticidas, detectores de
infravermelho, vidros de baixa temperatura de fusão.
Pb 82 Chumbo O chumbo é utilizado em fusível de eletricidade, baterias
de automóveis e em proteção contra radiação.
Bi 83 Bismuto É utilizado na produção de vidros, cerâmicas, atadura
contra queimaduras.
Po 84 Polônio Na experiência realizada para a proposta de modelo
atômico de Ernest Rutherford foi utilizado o Po como fonte
de radiação alfa.
At 85 Astato Nenhuma aplicação é conhecida ou descrita para o astato
ou compostos de astato, devido a sua meia- vida muito
curta de, 8 horas.
Rn 86 Radônio É utilizado principalmente em sismógrafos.
Fr 87 Frâncio As únicas aplicações existentes se encontram no campo de
pesquisas científicas.
Ra 88 Rádio Ele é utilizado em tintas fosforescentes e como fonte de
nêutrons.
Ac 89 Actínio Este elemento é usado no preparo de materiais emissores
de nêutrons e como fonte importante de partículas alfa.
54

Tabela 3. Lista de elementos químicos, seus símbolos, nomes e aplicações (continuação)


SÍMBOLO Z NOME APLICAÇÃO
Th 90 Tório É utilizado como combustível em reatores nucleares e na
fabricação de ligas com magnésio, para construção de
foguetes e satélites.
Pa 91 Protactínio Embora o protactínio seja supercondutor a temperaturas
abaixo de 1,4k, ele não apresenta nenhuma aplicação
significativa.
U 92 Urânio É utilizado como combustível para reator nuclear, para
obtenção de energia elétrica, como fonte de obtenção de
plutônio e de outros elementos transurânicos.
Np 93 Netúnio É usado em componentes de instrumentos para detector de
nêutrons.
Pu 94 Plutônio O Pu-233 foi utilizado nas missões Apolo, de viagem á Lua,
ele era usado em equipamentos sísmicos na superfície lunar.
Am 95 Amerício O isótopo Am-241 é utilizado como fonte de ionização para
detectores de fumaça e como fonte portátil de raios gama.
Cm 96 Cúrio Uma das poucas utilização de cúrio é como fonte de calor
em usinas termonucleares.
Bk 97 Berquélio Este elemento não apresenta uso significativo ou
representativo.
Cf 98 Califórnio É usado em medidas de umidade para a determinação de
lâminas de água ou óleo em poços de petróleo.
Es 99 Einstênio Este elemento não apresenta uso significativo ou
representativo.
Fm 100 Férmio Este elemento não apresenta uso significativo ou
representativo.
Md 101 Mendelévi Este elemento não apresenta uso significativo ou
o representativo.
No 102 Nobélio Este elemento não apresenta uso significativo ou
representativo.
Lr 103 Laurêncio Este elemento não apresenta uso significativo ou
representativo.
Rf 104 Rutherfórd Este elemento não apresenta uso significativo ou
io representativo.
Db 105 Dúbnio Este elemento não apresenta uso significativo ou
representativo.
Sg 106 Seabórgio Este elemento não apresenta uso significativo ou
representativo.
Bh 107 Bóhrio Este elemento não apresenta uso significativo ou
representativo.
Hs 108 Hássio Este elemento não apresenta uso significativo ou
representativo.
Mt 109 Meitnério Este elemento não apresenta uso significativo ou
representativo.

Fonte: Feltre (2004), adaptada.


55

Apêndice 2

PREFEITURA MUNICIPAL DE CASTANHAL

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SÃO JOÃO BOSCO

DISCIPLINA: CIÊNCIAS SÉRIE: 9º ANO (a) TURNO: 2° ANO LETIVO: 2016

PROFESSORA: ROSIETE MARINHO PANTOJA

CARGA HORÁRIA: 90 min (2h/a)

PLANO DE AULA
Conteúdo Recursos Materiais Metodologia Avaliação
- Tabela - Livro didático. - Aula expositiva para a - Através de
Periódica dos apresentação do conteúdo exercícios escritos.
Elementos -Lousa da Tabela Periódica para
visualizar os elementos.
-Pincel

Referências:

CANTO, E. L. Ciências Naturais: aprendendo com cotidiano 9º ano- 3º ed. São Paulo:
Moderna, 2009.
56

Apêndice 3

PREFEITURA MUNICIPAL DE CASTANHAL


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SÃO JOÃO BOSCO.
DATA: _____/_____/ 2016
ALUNO: _____________________________________________________
Teste 1
Em cada uma das dez questões a seguir, marque apenas uma única alternativa,
sem rasurar.

01. Quem é o "pai" da Tabela Periódica?


a) Dmitri Mendeleev b) Isaac Newton c) Albert Einstein
d) Stephen Hawking e) Benjamin Franklin
02. Na tabela periódica, os elementos estão dispostos em ordem crescente de:
a) Número atômico b) Número de massa c) Tamanho
d) Raio atômico e) Diagrama
03. Cada fila horizontal da tabela periódica se denomina:
a) Símbolo b) Período c) Família d) Elemento e) Metais
04. A tabela periódica tem:
a) 7 famílias e 18 períodos. b) 5 períodos e 15 famílias. c) 5 famílias e 15 períodos.
d) 18 famílias e 7 períodos e) 19 famílias e 8 períodos.
05. Cada fila vertical da tabela periódica se denomina:
a) Família b) Período c) Elemento d) Símbolo e) Número de massa
06. Quais, dentre os elementos listados abaixo, pertencem à família dos Calcogênios?
a) O cloro e o bromo. b) O oxigênio e o nitrogênio. c) O selênio e o telúrio.
d) O sódio e o potássio. e) O cálcio e o bário.
07. Qual, dentre os elementos listados abaixo, é um metal alcalino-terroso?
a) Sn b) N c) P d) He e) Ca
08. Qual, dentre os elementos listados abaixo, pertence à família dos halogênios e é utilizado
em tratamento de água?
a) Alumínio b) Bromo c) Cloro d) Ouro e) Prata
09. Qual, dentre os elementos listados abaixo, é um metal alcalino?
a) Ca b) P c) N d) Cs e) Sr
10. Quais são os elementos existentes no grupo ou família 18 (gases nobres)?
a) Hélio, Argônio, Flúor, Hidrogénio, Nitrogênio, Ununóctio e Criptônio.
b) Argônio, Criptônio, Radônio, Nitrogênio, Xenônio, Hélio e Oxigénio.
c) Neônio, Hélio, Argônio, Criptônio, Xenônio, Radônio e Nitrogênio.
d) Hélio, Neônio, Argônio, Criptônio, Xenônio, Radônio e Ununóctio.
e) Hidrogénio, Neônio, Nitrogênio, Hélio, Flúor, Ununóctio e Argônio.

GABARITO
01-A, 02-A, 03-B, 04-D, 05-A, 06-C, 07-E, 08-C, 09-D, 10-D
57

Apêndice 4
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ALUNO:________________________________________________________
Exercício de Fixação
Em cada uma das dez questões a seguir, marque apenas uma alternativa.
1. O número atômico do elemento que se encontra no período três, família 3A é:
a) 10 b) 12 c) 31 d) 13 e) 23
2. Um átomo, cujo número atômico é 18, está classificado na tabela como:
a) Metal alcalino b) Metal alcalino-terroso c) Metal terroso
d) Ametal e)Gás nobre
3. Na tabela periódica dos elementos que número está localizado o símbolo Zn.
a) 23 b) 14 c) 30 d) 27 e) 32
4. Na tabela periódica existem elementos classificados como metais e outros como não
metais. Dentre as alternativas abaixo, qual traz somente elementos considerados como não
metais?
a) C, N, O, F. b) K, Li, Fr. c) Rb, Cu, Ni.
d) Ca, Ba, Zr. e) Ra, Fe, Al.
5. O 5º período da tabela periódica possui quantos elementos?
a) 20 b) 15 c) 18 d) 32 e) 8
6. Na classificação periódica, os elementos Ba (grupo 2), Se (grupo 16) e Cl (grupo 17) são
conhecidos, respectivamente, como:
a) Alcalino, Halogênio e Calcogênio b) Alcalino-terroso, Halogênio e Calcogênio
c) Alcalino-terroso, Calcogênio e Halogênio. d) Alcalino, Halogênio e Gás Nobre
e) Alcalino-terroso, Calcogênio e Gás Nobre
7. Entre os pares de elementos químicos dados a seguir, o par que reúne elementos com
propriedades químicas mais semelhantes é:
a) Na e K b) Ca e Cu c) H e I d) Cl e Ar e) F e Ba
8. O grupo da Tabela Periódica que se caracteriza por apresentar predominância de elementos
artificiais é o dos:
a) Lantanídios b) Gases Nobres c) Metais de transição
d) Metais Alcalinos-terrosos e) Actinídios
9. Um dos elementos químicos que tem se mostrado muito eficiente no combate ao câncer de
próstata é o selênio(Se). Com base na Tabela de classificação Periódica dos elementos, os
símbolos de elementos com propriedades químicas semelhantes ao selênio são:
a) Cl, Br, I b) Te, S, Po c) P, As, Sb d) As, Br, Kr
10. Quais são os símbolos que estão localizados no período dois (2), da Tabela Periódica?
a) Na, Al e Si b) H e He c) Li, Ne, B d) K, Mn, Fr e) Rb, Zr, Ag

GABARITO
01-D, 02-E, 03-C, 04-A, 05-C, 06 -C, 07-A, 08-E, 09-B, 10-C
58

Apêndice 5

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PROFESSORA: ROSIETE MARINHO PANTOJA

CARGA HORÁRIA: 90 min (2h/a)

PLANO DE AULA
Conteúdo Recursos Materiais Metodologia Avaliação
- Tabela - Tabela Aula será de maneira - Teste de múltipla
Periódica dos lúdica com apresentação escolha
Elementos -Bingo Químico do bingo químico e a
tabela periódica para
visualizar os elementos.

Referências:

CANTO, E. L. Ciências Naturais: Aprendendo com cotidiano 9º ano- 3º ed. Moderna. São
Paulo.2009.
59

Apêndice 6

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DISCIPLINA: CIÊNCIAS SÈRIE: 9º ANO (a) TURNO: 2° ANO LETIVO: 2016

PROFESSORA: ROSIETE MARINHO PANTOJA

CARGA HORÁRIA: 90 min (2h/a)

PLANO DE AULA
Conteúdo Recursos Materiais Metodologia Avaliação
- Tabela - Livros didáticos. - Aula expositiva para a - O conteúdo
Periódica dos apresentação do conteúdo abordado será através
Elementos -Lousa da Tabela Periódica para de exercícios
visualizar os elementos. escritos.
-Pincel

Referências:
CANTO, E. L. Ciências Naturais: aprendendo com cotidiano 9º ano- 3º ed. Moderna. São
Paulo.2009.
FELTRE, R. QUÍMICA. 6ª ed. São Paulo: Moderna. 2004
60

Apêndice 7

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DATA: _____/_____/ 2016
ALUNO: _____________________________________________________
Teste 2
Em cada uma das dez questões a seguir, marque apenas uma única alternativa,
sem rasurar.
01. Na tabela periódica, os elementos estão dispostos em ordem crescente de:
a) Número atômico b) Número de massa c) Tamanho
d) Raio atômico e) Diagrama
02. Quem é o "pai" da Tabela Periódica?
a) Dmitri Mendeleev b) Isaac Newton c) Albert Einstein
d) Stephen Hawking e) Benjamin Franklin
03. Qual, dentre os elementos listados abaixo, é um metal alcalino-terroso?
a) Sn b) N c) P d) He e) Ca
04. Qual, dentre os elementos listados abaixo, pertence à família dos halogênios e é utilizado
em tratamento de água.
a) Alumínio b) Bromo c) Cloro d) Ouro e) Prata
05. Cada fila horizontal da tabela periódica se denomina:
a) Símbolo b) Período c) Família d) Elemento e) Metais
06. A tabela periódica tem:
a) 7 famílias e 18 períodos. b) 5 períodos e 15 famílias.
c) 5 famílias e 15 períodos.d) 18 famílias e 7 períodos e) 19 famílias e 8 períodos.
07. Cada fila vertical da tabela periódica se denomina:
a) Família b) Período c) Elemento d) Símbolo e) Número de massa
08. Quais dentre os elementos listados abaixo pertencem à família dos Calcogênios?
a) O cloro e o bromo. b) O oxigênio e o nitrogênio. c) O selênio e o telúrio.
d) O sódio e o potássio. e) O cálcio e o bário.
09. Quais são os elementos existentes no grupo ou família 18 (gases nobres)?
a) Hélio, Argônio, Flúor, Hidrogénio, Nitrogênio, Ununóctio e Criptônio.
b) Argônio, Criptônio, Radônio, Nitrogênio, Xenônio, Hélio e Oxigénio.
c) Neônio, Hélio, Argônio, Criptônio, Xenônio, Radônio e Nitrogênio.
d) Hélio, Neônio, Argônio, Criptônio, Xenônio, Radônio e Ununóctio.
e) Hidrogénio, Neônio, Nitrogênio, Hélio, Flúor, Ununóctio e Argônio.
10. Qual dentre os elementos listados abaixo é um metal alcalino?
a) Ca b) P c) N d) Cs e) Sr

GABARITO
01-A, 02-A, 03-E, 04-C, 05-B, 06-D, 07-A, 08-C, 09-D, 10-D
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Apêndice 8

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DATA: _____/_____/ 2016

ALUNO: _____________________________________________________

Questionário

1- VOCÊ GOSTOU DAS ATIVIDADES LÚDICAS DESENVOLVIDAS EM SALA?

( ) SIM ( ) NÃO

2- QUE NOTA, DE ZERO A DEZ, VOCÊ DARIA A ESSA ATIVIDADE? RESPOTA: ____

3- VOCÊ GOSTARIA DE TER MAIS ATIVIDADES DESSE TIPO?

( ) SIM ( ) NÃO

4- COMENTE SOBRE O QUE VOCÊ ACHOU DAS ATIVIDADES LÚDICAS


DESENVOLVIDAS

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
62

Apêndice 9

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SÃO JOÃO BOSCO.

NOME DO PROFESSOR: ___________________________________________________

FORMAÇÃO: _____________________________________ Ano de Conclusão: ________

INSTITUIÇÃO: _____________________

Questões

1- Você alguma vez já realizou atividades lúdicas com seus alunos? ( ) SIM ( ) NÃO

2- Você acha que o lúdico pode facilitar o ensino?

Resposta:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3- Quais são as dificuldades que você vê para utilizar o lúdico em sala de aula?

Resposta:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

4- Comente a atividade lúdica desenvolvida em sala?

Resposta:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
63

Apêndice 10

Cartelas do Bingo
64
65

Cl F Mg Ca

Tc Ru Rh Pd

Sn Sb Te V

H Li Na K

H C

Hélio Carbono

Li
P
Lítio
Fósforo
66

Apêndice 11

MANAUS / AM, 10 a 12 de Agosto de 2016

AVALIAÇÃO DO JOGO DIDÁTICO BINGO QUÍMICO COMO


ALTERNATIVA PARA O REFORÇO DE APRENDIZAGEM DA
TEMÁTICA TABELA PERIÓDICA NO NONO ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL

Autores

Marinho Pantoja, R.; 2Queiroz Pereira, M.; 3Gonçalves, J.; 4da Silva e Souza, S.H.; 5Carvalho
1

de Souza, E.; 6dos Santos Silva, A.

Resumo

Os jogos didáticos apresentam 2 funções distintas, a lúdica e a didática, e, graças a elas, tais
atividades podem contribuir para a mudança no ensino de Química, que hoje se dá geralmente
de forma tradicional e pouco atraente aos alunos, e que poderá ser mudado para um ensino
mais agradável e eficaz. Neste trabalho, se buscou aplicar um jogo didático sobre tabela
periódica, em uma turma de 9º ano do ensino fundamental. Foram aplicados testes avaliativos
antes e após a aplicação do jogo, e as notas obtidas pelos alunos foram comparadas para se
verificar uma possível melhoria na aprendizagem. Percebeu-se que não houve uma melhoria
nas notas dos alunos após a aplicação do jogo, mas os resultados obtidos com o jogo se
mostraram melhores aos obtidos com exercícios tradicionais.

Palavras chaves

atividade lúdica; ensino de química; tabela periódica

Introdução

Robaina (2008) diz que a Química é ensinada nas escolas ainda de forma tradicional,
valorizando em demasia a memorização e repetição de nomes, fórmulas e cálculos, sendo que
seus conteúdos são repassados totalmente desvinculados do cotidiano e da realidade dos
alunos, e, por isso, a Química se torna uma disciplina maçante, fazendo com que os próprios
estudantes questionem o motivo pelo qual a estão estudando, e também dificultanto o ensino
de tal disciplina. E Fialho (2011) diz que a exploração da função lúdica do jogo pode vir a ser
uma técnica facilitadora na elaboração de conceitos, no reforço de conteúdos, na
socialiabilidade entre os alunos, na criatividade e no espírito de competição e cooperação,
tornando esse processo transparente, ao ponto que o domínio sobre os objetivos propostos
sejam assegurados. Assim, o presente trabalho teve como objetivo a aplicação de um jogo, o
Bingo Químico, versando sobre a tabela periódica e os elementos químicos, em uma turma de
nono ano do ensino fundamental de uma escola pública municipal da cidade de Castanhal, no
nordeste do estado do Pará, para se verificar se tal atividade contribuiria para uma maior
assimilação do tema trabalhado previamente de forma teórico e tradicionalmente.
67

Material e métodos

Participaram desta pesquisa duas turmas de nono ano do ensino fundamental da Escola
Municipal de Ensino Fundamental São João Bosco, no município de Castanhal, no nordeste
do Estado do Pará. Uma das duas turmas foi escolhida aleatoriamente para ser a turma
controle (aquela em que não se trabalharia de forma lúdica e que tinha 31 alunos) e a outra foi
escolhida para ser a turma experimental (que vivenciou o jogo como mecanismo de reforço
escolar e que 33 alunos). No primeiro momento, em ambas as turmas, foi trabalhada a
temática elementos químicos e tabela periódica de forma teórica e tradicional (usando apenas
livro didático e lousa e giz). Após essa aula, foi aplicado um teste contendo dez questões de
multipla escola, valendo um ponto cada questão, e executado individualmente por cada aluno
e sem consultar nenhum material, nas duas turmas. Depois, foi trabalhado o reforço de
aprendizagem atráves do jogo ―Bingo Químico‖ na turma experimental, enquanto a turma
controle teve aula apenas com exercícios tradicionais sobre a referida temática. Então, outro
teste avaliativo diferente, mas de mesmo grau de dificuldade do primeiro, foi aplicado aos
alunos das turmas, também sem consulta e de forma individual. Os resultados (notas dos
alunos antes e após a aplicação do jogo) foram tabulados, usando o programa Excel 2010, e
comparados entre si, tanto em termos de médias gerais das turmas como em desempenho em
faixas de notas dos alunos. O jogo aplicado é composto por 32 cartelas que contém 16
símbolos de elementos químicos diferentes (Figura 1). Sua aplicação em sala foi orientada
pelo professor da turma que sorteava e lia o nome do elemento químico para que os alunos
marcassem com milho o símbolo sorteado. Vencia o jogo quem preenchesse corretamente a
cartela primeiro.

Resultado e discussão

As notas da turma controle no 1º teste foram baixas (média de 5,6 pontos), porém, ao se
reforçar os conteúdos trabalhados com exercícios, a média da turma baixou muito (– 2,2
pontos), descendo para um resultado insatisfatório (3,4 pontos). Assim, a metodologia
tradicional não foi uma boa opção para o reforço de aprendizagem. Também, avaliando o
desempenho desta turma em 4 faixas de notas: de 0 a 4,5 pontos (baixo aproveitamento
escolar); de 5,0 a 6,5 pontos (desempenho regular); de 7,0 a 8,5 pontos (bom desempenho) e
de 9,0 a 10 pontos (excelentes notas) (Fig. 2), percebe-se que a distribuição de notas nas 4
faixas piorou após a aplicação de exercícios: antes, no 1º teste, 26,9% dos alunos estavam na
faixa de bom aproveitamento e 11,5% na faixa de excelência, e depois ambas as faixas
passaram a ter 0,0% de alunos, ao passo que a faixa de reprovação aumentou de 26,9% para
76,9%. Assim, a metodologia tradicional não surtiu uma melhoria na assimilação dos
conteúdos trabalhados. Na turma experimental houve também uma redução no desempenho
da turma, pois a média desta turma passou de 6,1 para 5,2 pontos, mas este decréscimo foi
apenas de –0,9 ponto ao invés de – 2,2 pontos. Assim, por mais que a aplicação de um jogo
didático como mecanismo de reforço de aprendizagem tenha sortido um efeito não positivo
como se esperava, esta metodologia ainda assim conseguiu superar a tradicional, pois
acarretou decréscimo menor na média geral da turma. Talvez, os resultados obtidos foram
aquém dos esperados pois a temática trabalhada exige um alto grau de memorização. Em
termos de faixas de notas, se percebe também um efeito de redução de desempenho, mas,
também se pode perceber que tal efeito negativo é muito menos acentuado do que na turma
controle.
68

Figura 1. Exemplo de cartela do Bingo Químico

Aluno marcando com milho o símbolo químico sorteado pelo professor.

Figura 2. Resultados da turma controle (acima) e experimental (abaixo)

Legenda: 1º Teste = antes da aplicação do jogo e 2º Teste depois da aplicação do jogo.

Conclusões

Por mais que a aplicação do jogo na turma experimental não levou a um acréscimo de média
dos alunos, mesmo assim a atividade desenvolvida teve seu valor, pois se mostrou mais
eficiente do que a mera revisão de conteúdos com exercícios tradicionais, além do que foi
bem aceita pelos alunos, os quais se mostraram mais estimulados e interessados em aprender
Química. Assim, levando em contas também os aspectos qualitativos além dos numéricos, a
atividade desenvolvida pode ser considerada uma boa técnica de ensino.

Agradecimentos

Programa Nacional de Formação Docente (PARFOR) da Universidade Federal Rural da


Amazônia (UFRA).
69

Referências

FIALHO, N. N.; Jogos no Ensino de Química e Biologia, 2ª ed., Curitiba: Ibpex, 2011.
(Coleção Metodologia do Ensino de Química e Biologia, v. 8).

ROBAINA, J. V. L. Química através do lúdico: brincando e aprendendo, Canoas: Ed. Ulbra,


2008, 480p.

Este resumo pode ser acessado em: www.abq.org.br/simpequi/

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