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UNIVERSIDADE DE ENSINO

GRADUAÇÃO DIREITO

DEBORAH DIAS PEREIRA


IAN MANOEL ALVES FERREIRA
VINÍCIUS ARAÚJO SETIN

CONTROLE SOCIAL E O DIREITO PENAL


A3

ITUMBIARA GO
2022
DEBORAH ALVES PEREIRA

IAN MANOEL ALVES FERREIRA

VINÍCIUS ARAÚJO SETIN

CONTROLE SOCIAL E O DIREITO PENAL

Projeto apresentado a UNA instituição de


ensino, com o objetivo de adquirir nota na
A3.

Orientadores:
Prof. Origenes R. S. Neto
Prof. Ana Laura

ITUMBIARA GO
2022

Enquete
Pesquisa feita sobre os crimes de fé pública em Inaciolandia Goiás, onde foram
entrevistadas 25 pessoas, questionando se já presenciaram ou foram vítimas de
algum dos crimes apontados.
A pesquisa apontou que:
2 Pessoas já tiveram seus documentos clonados
3 Pessoas nunca presenciaram ou foram vítimas de nenhum desses crimes
3 Pessoas tiveram seus cartões clonados
8 Pessoas já receberam cheques sem fundos
9 Pessoas já presenciaram ou tiveram próximos que falsificaram atestados médicos
De acordo com o resultado adquirido nessas pesquisas individuais chegamos a
conclusão de que o crime de fé pública que mais é recorrente nessa região é o de
falsificação de atestados médicos, onde indivíduos próximos de médicos ou por conta
própria, falsificam assinaturas ou usam de falsas doenças para faltar a serviço sem
punição e perca de benefícios.
Após essa enquete o crime mais recorrente foi escolhido para ser apresentado.

Falsificação de documentos: Falsificar documento público é crime e disso todos


sabemos. Mas fabricar, ou simplesmente alterar os dados de um documento privado
também é considerado ato ilícito, que pode ser punido com até 5 anos de prisão,
sendo divisíveis em Falsificação de documento público, Falsificação de
documento privado e Falsidade ideológica.

Falsificação de documento privado: Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte,


documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de
um a cinco anos, e multa.

Os documentos privados são feitos quando não tem atuação de autoridades ou


oficiais públicos em suas funções. O delito de falsificação de documento privado
possui o mesmo aspecto legal que o de documento público. Exemplos de documentos
privados são: cartões de débito e crédito e cartões de identificação.

Falsificação de documento público: Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte,


documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão de dois
a seis anos, e multa.

O conceito de documento público é: toda declaração expedida por órgãos públicos


da União (entidade federativa que independe dos Estados-membros, municípios e
Distrito Federal), estados e municípios que podem ser necessários e obrigatórios em
contratos. São exemplos de documentos públicos:

• Testamentos de caráter particular


• Certidões de processos judiciais
• Livros mercantis
• Autorizações para funcionamento (em casos de organizações particulares)
• Título de crédito ao portador
• Livros mercantis

Falsidade ideológica: Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular,


declaração que dele devia constar, ou declaração falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre o
fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é
particular.

Em casos referentes a esse delito, a forma do documento é verídica, porém o


conteúdo contido nele é falso. Ocorre quando uma informação falsa é implantada no
documento original (o documento pode ser privado ou público).

Para que corresponda ao artigo 299 do Código Penal é necessário que o principal
propósito dessa falsificação seja afetar, de maneira negativa, ou modificar um fato
sobre legalmente importante.

A classificação desse delito se caracteriza em: crime comum, doloso, formal,


omissivo e comissivo próprio e plurissubsistente (cometido em diversas ações). O
artigo não impõe nenhuma qualidade especial ao agente e ao passivo.

É relevante destacar que se o crime é cometido por um funcionário público,


prevalecendo-se do cargo ou então se a alteração é de registro civil, a pena de sexta
parte é aumentada.
Esse crime em especifico foi escolhido principalmente pelo que vem ocorrendo no
Brasil durante a pandemia, onde hospitais usam para comercializar atestado médico
com laudo de Covid-19 ou com falsificações cujo objetivo seja antecipar a vacinação
para a doença ou em outros casos a emissão fraudulenta de atestados médicos,
destina-se ao favorecimento, de forma graciosa, a estudantes e trabalhadores, que
os utilizam a fim de conferir vantagem aos mesmos ou “justificar” ausências em
compromissos privados, públicos ou faltas em atividades laborais.

Há também casos que ocorrem bastante, como o roubo de dados ou a divulgação


de dados pessoais em redes sociais. Dessa forma, criminosos passam a ter acesso
a informações como CPF, RG, Nome completo, entre outras informações particulares,
com esses dados em mãos, criar documentos falsos se passando pelo real dono da
identidade para conseguir vantagens, como crédito em bancos, compras ou até
mesmo cadastro como funcionário.

Casos que também são comuns são quando indivíduos tentam omitir ganhos ou
gastos da Receita Federal na declaração de imposto de renda, usando informações
diferentes das reais para que possa se isentar de taxas, impostos, ou ainda ganhar
benefícios públicos ou privados, está cometendo um crime de falsidade ideológica.

Até mesmo a transferência de pontos da Carteira Nacional de Habilitação para


evitar o cancelamento da mesma, se enquadra como crime de falsidade ideológica.

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