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Disposições gerais

 Espécies de falsidade;
o Material/externa: altera o aspecto formal do documento,
construindo um novo ou alterando um verdadeiro (falsificação de
documento);
 "falsificar ou alterar";
 Constatada por meio de perícia.
o Ideológica: não há qualquer alteração ou supressão de ordem
material, mas apenas simulação. O documento é materialmente
verdadeiro, sendo falsa a ideia nele contida (seu conteúdo);
 "inserir ou fazer inserir";
 Não é possível sua constatação por meio de perícia, casos
em que o conteúdo do documento deve ser comparado
com a verdade.
o Falsidade pessoal: atributos ou qualidades da pessoa. Utilização
de documento verdadeiro, com conteúdo verdadeiro, por quem
não pode, de fato, utilizá-lo. Aqui, o agente se faz passar por
quem não é mentido sobre sua identidade ou outra característica
pessoal.
 Princípio da insignificância;
o STJ: não se aplica o princípio da insignificância aos crimes
contra a fé pública. Isso porque a fé pública não possui valor
mensurável.
 Crimes formais;
o Exceção:
 Uso indevido de selo ou sinal público verdadeiro.
 Material: deve resultar prejuízo a outrem, ou
benefício próprio ou alheio.
 Crimes dolosos;
o Não há nenhum tipo culposo.
 Crimes funcionais;
o São:
 Falso reconhecimento de firma ou letra;
 Certidão ou atestado ideologicamente falso.
o Nos demais crimes, a condição de funcionário figura como
qualificadora ou majorante:
 Qualificadora;
 Moeda falsa.
 Majorante;
 + 1/6;
o Falsificação de título e outros papéis
públicos;
o Petrechos de falsificação de papéis públicos;
o Selo ou sinal público;
o Documento público;
o Falsidade ideológica.
 + 1/3.
o Fraude em certames de interesse público.
 No exercício de atividade comercial;
o Uso de selo de controle tributário falsificado;
o
 O crime patrimonial absorve o crime de falsidade documental, quando
falsidade serve somente como crime meio;
o Súmula 17, STJ – estelionato - quando o falso se exaure no estelionato,
sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.
 A regra se aplica aos demais crimes patrimoniais
 Porém, quando o falso serve como meio de ocultar o
crime, facilitá-lo ou assegurar o proveito, o agente
responderá por ambos em concurso material;
o Quando há diversas falsificações, realizadas em momento
distintos, e com finalidades diversas, estarão configurados dois
crimes, em continuidade delitiva ou concurso material.
 Uso de documento falso – post factum impunível.
o Quando o uso de documento falso é praticado pelo próprio autor
do falso, será por este absorvido.
 Consunção.
 Falsificação grosseira – potencialidade lesiva;
o É aquela perceptível a olho nu;
o Exclui o crime (crime impossível por impropriedade absoluta do
meio);
o Súmula 73, STJ - A utilização de papel-moeda grosseiramente
falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, de competência
da Justiça Estadual.

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