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1.1.1!Moeda falsa
O art. 289 do CP prev• o crime de moeda falsa propriamente dito, que Ž
assim caracterizado:
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda met‡lica ou papel-moeda
de curso legal no pa’s ou no estrangeiro:
Pena - reclus‹o, de tr•s a doze anos, e multa.
¤ 1¼ - Nas mesmas penas incorre quem, por conta pr—pria ou alheia, importa ou
exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circula•‹o
moeda falsa.
¤ 2¼ - Quem, tendo recebido de boa-fŽ, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a
restitui ˆ circula•‹o, depois de conhecer a falsidade, Ž punido com deten•‹o, de seis
meses a dois anos, e multa.
¤ 3¼ - ƒ punido com reclus‹o, de tr•s a quinze anos, e multa, o funcion‡rio pœblico
ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emiss‹o que fabrica, emite ou autoriza a
fabrica•‹o ou emiss‹o:
I - de moeda com t’tulo ou peso inferior ao determinado em lei;
II - de papel-moeda em quantidade superior ˆ autorizada.
¤ 4¼ - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja
circula•‹o n‹o estava ainda autorizada.
1
CUNHA, RogŽrio Sanches. Manual de Direito Penal. Parte Especial. 7¼ edi•‹o. Ed. Juspodivm. Salvador,
2015, p. 635. No mesmo sentido, BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal Ð Parte especial.
Volume 4. Ed. Saraiva, 9¼ edi•‹o. S‹o Paulo, 2015, p. 487
2
(HC 257.421/MG, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 22/04/2014,
DJe 06/05/2014)
3
HC 83526, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Primeira Turma, julgado em 16/03/2004, DJ 07-05-2004
PP-00025 EMENT VOL-02150-02 PP-00271
4
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 531
Por fim, o STJ e o STF entendem que se o documento falso Ž fabricado para
a pr‡tica de estelionato, e a sua potencialidade lesiva se esgota nele, o crime de
falso fica absorvido pelo crime de estelionato. Caso a potencialidade lesiva do
documento n‹o se esgote no estelionato praticado, o agente responde por
ambos os delitos, em concurso material.
Sœmula 17 do STJ
ÒQuando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, Ž por este absorvidoÓ.
5
(AgRg no AREsp 356.859/PE, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 15/05/2014, DJe
23/05/2014)
6
03. Conforme precedentes desta Corte (HC 263.884/RJ, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, DJe
16/05/2014; HC 221.660/DF, Rel.Ministro Marco AurŽlio Bellizze, Quinta Turma, DJe 01.03.2012; HC
152.128/SC, Rel. Ministro Sebasti‹o Reis Jœnior, Sexta Turma, DJe 21/02/2013) e do Supremo Tribunal
Federal, "n‹o h‡ falar em princ’pio da consun•‹o entre os crimes de falso e de estelionato quando
n‹o exaurida a potencialidade lesiva do primeiro ap—s a pr‡tica do segundo" (HC 116.979 AgR, Rel.
Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 21.11.2013).
(...) (HC 270.416/SP, Rel. Ministro NEWTON TRISOTTO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SC),
QUINTA TURMA, julgado em 04/11/2014, DJe 12/11/2014)
1.3.4!Falsidade ideol—gica
O art. 299 estabelece o crime de falsidade ideol—gica, que,
diferentemente do que a maioria das pessoas imagina, n‹o est‡ relacionado ˆ
falsidade de identidade (prevista em outro crime). A falsidade ideol—gica est‡
relacionada ˆ altera•‹o do conteœdo de documento pœblico ou particular
(embora no mesmo artigo, as penas s‹o diferentes!):
Art. 299 - Omitir, em documento pœblico ou particular, declara•‹o que dele devia
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declara•‹o falsa ou diversa da que devia
ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obriga•‹o ou alterar a verdade sobre
fato juridicamente relevante:
7
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 557
8
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 667
9
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 558
10
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 563
11
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 564
12
Nesse sentido, DAMçSIO DE JESUS, apud CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 675
13
N‹o pode ser praticado por enfermeiro, dentista ou qualquer outro profissional da ‡rea de saœde. CUNHA,
RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 676. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 566
14
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 567
15
Fazer ÒUSOÓ significa a efetiva utiliza•‹o do documento, n‹o bastando para o mero ÒporteÓ do
documento para a caracteriza•‹o do delito. PorŽm, em se tratando de CARTEIRA NACIONAL DE
HABILITA‚ÌO, entende-se que o MERO PORTE j‡ caracteriza o delito de uso de documento falso,
pois o C—digo de Tr‰nsito Brasileiro disp›e que o mero porte da CNH j‡ Ž considerado como ÒusoÓ.
16
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 571
17
CUNHA, RogŽrio Sanches. Op. Cit., p. 683. Bitencourt entende que a tentativa Ž, teoricamente, poss’vel.
Contudo, sustenta ser muito dif’cil sua caracteriza•‹o. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 572
18
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 571/572
19
(HC 228.280/BA, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 11/03/2014, DJe
25/03/2014)
20
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 581
O art. 308, por sua vez, Ž considerado pela Doutrina como um tipo de falsa
identidade Òespec’ficoÓ. Trata-se do crime de USO (como pr—prio) DE
DOCUMENTO DE IDENTIDADE ALHEIO. Vejamos:
Art. 308 - Usar, como pr—prio, passaporte, t’tulo de eleitor, caderneta de reservista
ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se
utilize, documento dessa natureza, pr—prio ou de terceiro:
Pena - deten•‹o, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato n‹o constitui
elemento de crime mais grave.
Pune-se, aqui, tanto aquele que USA o documento alheio (como se fosse
pr—prio) quanto aquele que CEDE o documento para o farsante (seja
documento pr—prio ou de outra pessoa).
Trata-se de crime FORMAL, se consumando no momento em que o agente
pratica a conduta, n‹o se exigindo qualquer resultado natural’stico para a
consuma•‹o.
O crime Ž comum, pois pode ser praticado por qualquer pessoa, e admite
a tentativa, em regra, j‡ que a conduta delituosa pode ser fracionada em
diversos atos.
Os arts. 309 e 310 do CP trazem as figuras t’picas de Òfraude de lei sobre
estrangeiroÓ, estabelecendo duas condutas completamente distintas. Uma
delas refere-se a uma modalidade especial de falsa identidade (art. 309).
A segunda, por sua vez, Ž uma hip—tese n‹o de falsa identidade especial,
mas de falsidade ideol—gica ou material especial, pois o brasileiro (tem que ser
brasileiro) se faz passar por dono de a•‹o, t’tulo ou valor pertencente a
estrangeiro, para fins de fraudar a lei, pois o estrangeiro n‹o poderia ser
propriet‡rio delas. Trata-se do famoso Òtesta-de-ferroÓ, o ÒlaranjaÓ, que
age desta forma para que o estrangeiro possa continuar sendo propriet‡rio de
algo que a lei brasileiro o pro’be de ser:
Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no territ—rio nacional, nome
que n‹o Ž o seu:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s anos, e multa.
Par‡grafo œnico - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promover-lhe a entrada
em territ—rio nacional: (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Pena - reclus‹o, de um a quatro anos, e multa. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Art. 310 - Prestar-se a figurar como propriet‡rio ou possuidor de a•‹o, t’tulo ou valor
pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este Ž vedada por lei a propriedade ou
a posse de tais bens: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Pena - deten•‹o, de seis meses a tr•s anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426,
de 1996)
O caso do art. 310 pode ocorrer, por exemplo, nos casos em que a
Constitui•‹o veda que estrangeiro sejam propriet‡rios de empresa jornal’stica ou
de radiodifus‹o de sons e imagens. Conforme art. 222 da Constitui•‹o:
Art. 222. A propriedade de empresa jornal’stica e de radiodifus‹o sonora e de sons e
imagens Ž privativa de brasileiros natos ou naturalizados h‡ mais de dez anos, ou de
pessoas jur’dicas constitu’das sob as leis brasileiras e que tenham sede no Pa’s.
!
Assim, se um brasileiro aceita se fazer passar por dono de uma emissora de
TV (que na verdade Ž de um estrangeiro), estar‡ cometendo o crime previsto no
art. 310 do CP.
Finalizando o cap’tulo, o art. 311 estabelece o crime de Òadultera•‹o de
sinal de ve’culo automotorÓ:
Art. 311 - Adulterar ou remarcar nœmero de chassi ou qualquer sinal identificador de
ve’culo automotor, de seu componente ou equipamento: (Reda•‹o dada pela Lei n¼
9.426, de 1996))
Pena - reclus‹o, de tr•s a seis anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de
1996)
¤ 1¼ - Se o agente comete o crime no exerc’cio da fun•‹o pœblica ou em raz‹o
dela, a pena Ž aumentada de um ter•o. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
¤ 2¼ - Incorre nas mesmas penas o funcion‡rio pœblico que contribui para o
licenciamento ou registro do ve’culo remarcado ou adulterado, fornecendo
indevidamente material ou informa•‹o oficial. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
21
Na hip—tese do ¤ œnico do art. 309, h‡ quem entenda cab’vel a tentativa. BITENCOURT, Cezar Roberto.
Op. Cit., p. 585
22
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 587
23
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 597/598
CAPêTULO II
DA FALSIDADE DE TêTULOS E OUTROS PAPƒIS PòBLICOS
Falsifica•‹o de papŽis pœblicos
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
I Ð selo destinado a controle tribut‡rio, papel selado ou qualquer papel de
emiss‹o legal destinado ˆ arrecada•‹o de tributo; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 11.035,
de 2004)
II - papel de crŽdito pœblico que n‹o seja moeda de curso legal;
CAPêTULO III
DA FALSIDADE DOCUMENTAL
Falsifica•‹o do selo ou sinal pœblico
CAPêTULO IV
DE OUTRAS FALSIDADES
Falsifica•‹o do sinal empregado no contraste de metal precioso ou na fiscaliza•‹o
alfandeg‡ria, ou para outros fins
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal empregado pelo
poder pœblico no contraste de metal precioso ou na fiscaliza•‹o alfandeg‡ria, ou usar
marca ou sinal dessa natureza, falsificado por outrem:
Pena - reclus‹o, de dois a seis anos, e multa.
Par‡grafo œnico - Se a marca ou sinal falsificado Ž o que usa a autoridade pœblica
para o fim de fiscaliza•‹o sanit‡ria, ou para autenticar ou encerrar determinados
objetos, ou comprovar o cumprimento de formalidade legal:
Pena - reclus‹o ou deten•‹o, de um a tr•s anos, e multa.
Falsa identidade
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem,
em proveito pr—prio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano, ou multa, se o fato n‹o constitui
elemento de crime mais grave.
Art. 308 - Usar, como pr—prio, passaporte, t’tulo de eleitor, caderneta de
reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que
dele se utilize, documento dessa natureza, pr—prio ou de terceiro:
Pena - deten•‹o, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato n‹o constitui
elemento de crime mais grave.
Fraude de lei sobre estrangeiro
Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no territ—rio nacional,
nome que n‹o Ž o seu:
Pena - deten•‹o, de um a tr•s anos, e multa.
Par‡grafo œnico - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promover-lhe a
entrada em territ—rio nacional: (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Pena - reclus‹o, de um a quatro anos, e multa. (Inclu’do pela Lei n¼ 9.426, de
1996)
Art. 310 - Prestar-se a figurar como propriet‡rio ou possuidor de a•‹o, t’tulo ou
valor pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este Ž vedada por lei a
propriedade ou a posse de tais bens: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.426, de 1996)
Pena - deten•‹o, de seis meses a tr•s anos, e multa. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
9.426, de 1996)
Adultera•‹o de sinal identificador de ve’culo automotor (Reda•‹o dada pela Lei
n¼ 9.426, de 1996)
Art. 311 - Adulterar ou remarcar nœmero de chassi ou qualquer sinal identificador
de ve’culo automotor, de seu componente ou equipamento:(Reda•‹o dada pela Lei n¼
9.426, de 1996))
CAPêTULO V
(Inclu’do pela Lei 12.550. de 2011)
DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PòBLICO
(Inclu’do pela Lei 12.550. de 2011)
Fraudes em certames de interesse pœblico (Inclu’do pela Lei 12.550. de
2011)
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a
outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteœdo sigiloso de:
(Inclu’do pela Lei 12.550. de 2011)
I - concurso pœblico; (Inclu’do pela Lei 12.550. de 2011)
II - avalia•‹o ou exame pœblicos; (Inclu’do pela Lei 12.550. de 2011)
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou (Inclu’do pela Lei 12.550.
de 2011)
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: (Inclu’do pela Lei 12.550. de 2011)
Pena - reclus‹o, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Inclu’do pela Lei 12.550. de
2011)
¤ 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso
de pessoas n‹o autorizadas ˆs informa•›es mencionadas no caput. (Inclu’do pela
Lei 12.550. de 2011)
¤ 2o Se da a•‹o ou omiss‹o resulta dano ˆ administra•‹o pœblica: (Inclu’do pela
Lei 12.550. de 2011)
Pena - reclus‹o, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Inclu’do pela Lei 12.550. de
2011)
¤ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um ter•o) se o fato Ž cometido por funcion‡rio
pœblico. (Inclu’do pela Lei 12.550. de 2011)
3! SòMULAS PERTINENTES
3.1! Sœmulas do STJ
Ä Sœmula 17 do STJ Ð O STJ sumulou entendimento no sentido de que, se a
potencialidade lesiva do falso se exaure no estelionato, o crime de estelionato
absorve o falso, que foi apenas um meio para a sua pr‡tica:
Sœmula 17 do STJ
QUANDO O FALSO SE EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS POTENCIALIDADE
LESIVA, ƒ POR ESTE ABSORVIDO.
4! JURISPRUDæNCIA CORRELATA
5! RESUMO
CRIMES CONTRA A Fƒ PòBLICA
MOEDA FALSA
Conduta Ð Falsificar papel moeda ou moeda met‡lica de curso legal no
Brasil ou no exterior. Pode ser praticado mediante:
§! Fabrica•‹o Ð Cria-se a moeda falsa
§! Adultera•‹o Ð Utiliza-se moeda verdadeira para transformar em outra,
falsa.
Consuma•‹o - No momento em que a moeda Ž fabricada ou alterada (n‹o
precisa chegar a entrar em circula•‹o).
Forma equiparada (mesma pena) Ð Quem, por conta pr—pria ou alheia:
§! Importa ou exporta
§! Adquire
§! Vende
§! Troca
§! Cede
§! Empresta
§! Guarda
T—picos importantes
! Falsifica•‹o for grosseira - N‹o h‡ crime de moeda falsa, por n‹o possuir
potencialidade lesiva.
! Forma qualificada prevista no ¤ 3¡ - S— admite como sujeitos ativos
aquelas pessoas ali enumeradas (crime pr—prio)
! E se a moeda ainda n‹o foi autorizada a circular? Incorre nas mesmas
penas da forma principal do delito.
! Forma privilegiada - Ocorre quando o agente recebe a moeda falsa de boa-
fŽ (sem saber que era falsa) e a restitui ˆ circula•‹o (j‡ sabendo que Ž falsa)
Ð IMPORTANTE!
! Insignific‰ncia Ð NÌO CABE aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia.
FALSIDADE DOCUMENTAL
Falsifica•‹o de documento pœblico
Conduta Ð ƒ a de falsificar, no todo ou em parte, documento pœblico. Pode
ocorrer mediante:
§! Fabrica•‹o de um documento pœblico falso
§! Adultera•‹o de um documento pœblico verdadeiro
Falso x estelionato
§! Se o falso se exaure no estelionato Ð ƒ absorvido pelo estelionato:
Sœmula 17 do STJ
ÒQuando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva,
Ž por este absorvidoÓ.
§! Se o falso n‹o esgota sua potencialidade lesiva no estelionato Ð O
agente responde por ambos os delitos.
Falsifica•‹o de documento particular
Caracteriza•‹o Ð A l—gica Ž a mesma da falsifica•‹o de documento pœblico, s—
que com documento particular.
Conceito de documento particular - Considera-se documento particular
aquele que n‹o pode ser considerado, sob qualquer aspecto, como
documento pœblico.
Documento particular por equipara•‹o Ð O CP equiparou a documento
particular o cart‹o de crŽdito ou dŽbito.
Falsidade ideol—gica
Caracteriza•‹o Ð Aqui o agente n‹o falsifica a estrutura do documento. O
documento Ž estruturalmente verdadeiro, mas contŽm informa•›es inver’dicas.
A falsifica•‹o ideol—gica ocorre quando o agente (com o fim de prejudicar direito,
criar obriga•‹o ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante):
§! Omite declara•‹o que devia constar no documento (conduta
omissiva)
§! Nele insere ou faz inserir declara•‹o falsa ou diversa da que devia
ser escrita (conduta comissiva)
Pena Ð A pena varia de acordo com o documento em que h‡ falsidade ideol—gica
(documento pœblico Ð reclus‹o de um a cinco anos e multa; documento particular
Ð reclus‹o de um a tr•s anos e multa).
Causa de aumento de pena Ð H‡ aumento de pena (1/6):
§! Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e desde que cometa o delito valendo-
se do cargo; ou
§! Se a falsifica•‹o ou altera•‹o Ž de assentamento de registro civil.
OUTRAS FALSIDADES
Falsa identidade
Caracteriza•‹o - Atribuir a si ou terceiro falsa identidade, que consiste,
basicamente, em se fazer passar por outra pessoa.
7! EXERCêCIOS COMENTADOS
Art. 299 - Omitir, em documento pœblico ou particular, declara•‹o que dele devia
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declara•‹o falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obriga•‹o ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante:
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa, se o documento Ž pœblico, e reclus‹o
de um a tr•s anos, e multa, se o documento Ž particular.
Par‡grafo œnico - Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e comete o crime prevalecendo-
se do cargo, ou se a falsifica•‹o ou altera•‹o Ž de assentamento de registro civil,
aumenta-se a pena de sexta parte.
Portanto, a afirmativa est‡ CORRETA.
Este delito NÌO ƒ PRîPRIO, podendo ser praticado por qualquer pessoa,
diferente do crime do caput (n‹o transcrito), que Ž o de "atestar ou certificar
falsamente...", este sim um delito pr—prio.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
N‹o h‡ que se falar em falsifica•‹o de documento pœblico, pois Maria n‹o criou
documento pœblico falso nem adulterou a forma de documento pœblico, tendo
apenas alterado o seu conteœdo.
TambŽm n‹o h‡ que se falar em estelionato, eis que Maria n‹o tentou obter
vantagem il’cita em face da loja na qual apresentou o documento, mas apenas
um crŽdito para realizar a compra, sem que a quest‹o afirmasse que Maria
pretendia n‹o pagar pela compra posteriormente.
AlŽm disso, o STJ e o STF entendem que quando o agente pratica a falsidade e
logo ap—s utiliza o documento falso, este œltimo crime Ž considerando mero
ÒexaurimentoÓ do primeiro, sendo um p—s fato impun’vel.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
8! GABARITO
1.! ALTERNATIVA A
2.! ERRADA
3.! ERRADA
4.! ERRADA
5.! ERRADA
6.! ALTERNATIVA E