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História: Os Eternautas podem ter sido os mais ultrajados pela Ordem da Razão, mas os idealistas que fundaram
a Liga Utópica sentiram uma traição ainda mais profunda. Formada por protopsicólogos, historiadores e
Cientistas éticos independentes, a Liga nascente reuniu-se após perceber que o potencial da Ciência
Eletrodinâmica — energia livre, viagens ilimitadas e saúde para todos — estava sendo deliberadamente restrita
pela Cabala do Pensamento Puro. Ironicamente, alguns membros da Cabala uniram-se à Liga para protestar
contra a cumplicidade de seus camaradas. Para esses dissidentes, a proibição da Ciência Etérea e a adoração ao
reducionismo científico
pareciam projetados para limitar o que
Adormecidos poderiam conquistar sem a
liderança da Ordem da Razão. Além da
Iluminação guardada no cofre, uma
contravenção direta do ethos original da
Ordem, a medida poderia negar tecnologias
públicas capazes de salvar vidas.
Em 1905, um simpósio Eterita pela Europa
forjou o Ethos Científico e, consequentemente,
o futuro da Tradição. Os Cientistas da Liga
analisavam os esforços Eteritas, então usaram
seus talentos políticos e psicológicos para
ajudar a integrá-los ao Consenso. Ao longo dos
nove anos seguintes, as atividades Utópicas
passaram a incluir serviços de mensageiros e a
gestão da Paradigma, tudo para apoiar uma
causa comum dos Filhos do Éter.
Quando a Tempestade de Avatares chegou, a Liga Utópica perdeu contato com pensadores e diplomatas que
haviam sido designados aos vários Reinos do Horizonte. Uma Liga mais prática e enxuta foi preparada para a
tarefa, ainda que com uma ajuda inesperada. Os “Cientistas Bolcheviques” começaram a retornar para ao grupo
no início dos anos 90, muitas vezes contando delirantemente sobre “bruxas” russas e uma barreira psíquica que
impedia seu trabalho. Esta “Cortina de Sombras” parece ter caído em 2000, mas pródigos Eteritas ainda retornam
da Rússia, trazendo invenções estranhas com eles.
Ciência: A Ciência Utópica não está envolvida com uma área particular tanto quanto está com a ideia de que a
pesquisa Científica deve beneficiar os Adormecidos o máximo e o mais rápido possível. É verdade que muitos
Utópicos estudam as Artes da Mente e compõem o principal contingente de psicólogos e sociólogos Eteritas.
Outros estudam teoria política e história para aprender a influenciar sociedade Adormecida para a melhor.
A Liga não vê com bons olhos membros que desenvolvem armas letais, mas entende que este trabalho é, às
vezes, necessário para a autodefesa. Isso não significa, em circunstância alguma, que seus membros permitam
que tais tecnologias caiam em mãos Adormecidas. Duas Guerras Mundiais e os exemplos da Tecnocracia os
convenceram de que o resto da humanidade pode aprender a matar por conta própria. Por outro lado, a Liga
encoraja tecnologias de defesa não letais. Os Cientistas Utópicos provavelmente têm o arsenal de armas não letais
mais diversificado do mundo à disposição e esforçam-se arduamente para torná-las disponíveis aos Adormecidos.
Eles esperam que a retomada de interesse pelos governos ocidentais levará as futuras guerras a serem travadas
sem derramamento de sangue. Estes armeiros conscientes estudam Vida, Forças e Matéria para desenvolver raios
atordoantes, espumas envolventes e drogas tranquilizantes.
Organização: É fácil unir-se a Liga Utópica. Os membros prestam um juramento de defender o Ethos Científico,
as regras que devem reger toda a pesquisa e conduta Eterita. Feito isso, a participação é irregular e alguns
Cientistas são notoriamente cautelosos sobre suas pesquisas, mas um verdadeiro Utópico dá o exemplo do que ele
espera que os membros da Tradição, os Adormecidos, e mesmo os Tecnocratas, seguirão. Obviamente, violar o
Ethos é motivo para expulsão, bem como para punição pelo Conselho de Aplicação da Ética Científica. A Liga é
particularmente inflexível sobre fazer das próprias falhas um exemplo.
Após a adesão, os Utópicos são livres para seguir suas próprias especialidades de pesquisa, mas também
precisam assumir projetos para desenvolver tecnologias que beneficiem a humanidade e compartilhem os frutos
da Ciência com os Adormecidos. No passado, relatórios trimestrais sobre estas atividades eram submetidos
à Paradigma, mas com o colapso da instituição, a maioria adequaram-se a reportar seu trabalho para um dos
sucessores da revista ou contactar outros Professores e Cátedras.