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Jacarezinho
2023
Resumo
Introdução
Foi por volta do século XIX, que o debate sobre a redivisão territorial brasileira
por muitos políticos e estudiosos que afirmaram a necessidade de reorganizar
o território nacional em partes mais ou menos da mesma extensão e com
limites naturais, começou a ocorrer. Dentre as mais variadas propostas de
redivisão territorial, a maioria era concretizada propondo dois tipos de unidades
administrativas: os Estados, auto-administráveis e os Territórios, com
administração direta da União. Mas, apesar disso, naquela época, tudo ficou
apenas no debate. Pois, havia mitos interesses contrários à criação de
territórios federais em várias partes do Brasil. Porém, o início do século XX, é
marcado quando o Acre foi anexado ao Brasil, como território federal, através
do acordo entre o Brasil e a Bolívia (o Tratado de Petrópolis), de 17 de
novembro de 1903. A Constituição de 1934, tratou da criação de outros
territórios federais.
E foi durante esse mesmo período, que vem à tona a discussão sobre quem
seriam os paranaenses e que população teria sido agregada posteriormente.
Durante essa discussão, uma posição que se afirmava em contraponto à
defendida pelo movimento pró-Iguaçu, dizia que a região seria “fruto” de um
processo de ocupação do fluxo migratório vindo do Rio Grande do Sul, ocorrido
principalmente entre as décadas de 1930 e 1950, esta visão defendia que até
então existiria um abandono da área, sobre quem tem “direito” a área, para
afirmá-la como Oeste e Sudoeste do Paraná ou Norte e Centro do Iguaçu. E é
aí que vai começar a surgir pensamentos de que na verdade os paranaenses
nunca tiveram raízes no Oeste e Sudoeste do Paraná. E sim, que essas raízes
foram plantadas por catarinenses e gaúchos.
Por fim, de modo geral, para ser contra a criação do Estado do Iguaçu naquele
tempo, o acusavam de que ele tinha um fundo oportunista, visando meramente
uma elite local ou ainda que ele era ligado ao Rio Grande do Sul e aos
interesses dos políticos e empresários daquele estado. Contudo, conclui-se
que houve empecilhos durante a aprovação do projeto no Congresso Nacional,
e que com isso, a proposta pró Iguaçu não foi capaz de criar um novo Estado,
seja pela descrença gerada pela rejeição do projeto seguida da não eleição de
Edi Siliprandi nos pleitos de 1998 e 2002, ou pela estabilidade econômica que
se seguiu ao período.
Para saber mais, fontes de análise serão as matérias em jornais, dos quais
pode se destacar a Gazeta do Povo como grande divulgadora da proposta pró-
Paraná e o jornal O Paraná na divulgação das teses pró-Iguaçu, materiais que
apresentam leituras sobre as repercussões das ações dos movimentos.
Referências