O MTST foi fundado em 1997 como uma versão urbana do MST, lutando pelo direito constitucional à moradia. O movimento organiza trabalhadores urbanos em ocupações de imóveis vazios ou irregulares para pressionar autoridades a desapropriá-los e destinar à moradia popular. Mais de 55 mil famílias passaram por ocupações do MTST nos últimos 20 anos.
O MTST foi fundado em 1997 como uma versão urbana do MST, lutando pelo direito constitucional à moradia. O movimento organiza trabalhadores urbanos em ocupações de imóveis vazios ou irregulares para pressionar autoridades a desapropriá-los e destinar à moradia popular. Mais de 55 mil famílias passaram por ocupações do MTST nos últimos 20 anos.
O MTST foi fundado em 1997 como uma versão urbana do MST, lutando pelo direito constitucional à moradia. O movimento organiza trabalhadores urbanos em ocupações de imóveis vazios ou irregulares para pressionar autoridades a desapropriá-los e destinar à moradia popular. Mais de 55 mil famílias passaram por ocupações do MTST nos últimos 20 anos.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto foi fundado em 1997,
como uma versão urbana do MST. O Movimento declara que seu objetivo central é a luta pelo respeito ao direito constitucional de moradia. A década de 90 foi marcada pelo surgimento de grupos de trabalho sem teto que, a exemplo dos sem-terra, buscam nas ocupações uma forma de pressionar o governo para promover a reforma urbana. O movimento atua nas grandes capitais do país, onde organiza trabalhadores urbanos na luta por teto. As ações do MTST consistem em ocupar imóveis que se encontram em situação de irregularidade, com o intuito de mobilizar e pressionar as autoridades pela desapropriação desses imóveis (a desapropriação ocorre quando a justiça pública considera que uma propriedade de terra está irregular e, por isso, o proprietário perde a o direito de propriedade sobre a terra). De acordo com o Movimento, mais de 55 mil famílias passaram pelas ocupações em 20 anos. Guilherme Boulos, atual presidente do MTST, explica que o movimento é majoritariamente formado por pessoas que não conseguiram pagar os altos preços dos aluguéis nas grandes capitais, pessoas que moravam em áreas de risco ou que foram despejadas. Guajuviras A ocupação do Guajuviras começou em 17/04/1987. Em um contexto de grande repressão pela ditadura militar, ação corajosa das pessoas que adentraram e ocuparam o complexo habitacional em construção Ildo Menegheti. Com a crise financeira e muita moradia desocupada, foi a única alternativa para muitas famílias. Foi o maior movimento de ocupação do RS, um fato histórico. Durante quase dois anos a comissão por moradia e a associação de moradores negociavam junto a Cohab as condições para aquisição das casas com valores de acordo com as possibilidades de cada morador, sendo eleito um líder por quadra, que participava das reuniões com a responsabilidade de informar os demais moradores de sua quadra. É em 1989 que foram assinados os contratos junto a COHAB, quando todos os moradores, independente de idade ou renda, inclusive os desempregados poderão garantir sua moradia, seguindo na luta por infraestrutura, caminhões-pipa para o abastecimento de água. “A luz veio mais tarde, eram as velas que nos iluminavam, e uma bica de água nos abastecia e possibilitava que lavássemos as roupas”, nos presenteia Cida com suas histórias de luta. O bairro, que nasceu dessa ocupação, foi considerado na época o maior aglomerado de habitações populares do Rio Grande do Sul. O período, conforme historiadores, foi marcado pela luta pela moradia na Região Metropolitana de Porto Alegre, e no Estado. Originalmente, o bairro possuía 5.974 unidades habitacionais. Em 1979, foi aprovado um projeto para construção de casas populares na área, era o início da construção do Conjunto Habitacional Ildo Meneghetti. As obras iniciaram , sendo construídas em setores, por empresas diferentes, empreiteiras como Marajá, Coenco, Esusa e Protécnica. Em meados da década de 80 ocorreram problemas econômicos devido as mudanças nos planos financeiros. O caos se instalou, crise, troca da moeda, aumento da infração, surgindo reclamações de reajustes nos contratos das empreiteiras. Como não foram atendidas, as obras foram paradas para pressionar uma solução, que não ocorreu. Diante do impasse, e pela frustração causada nos inscritos das moradias, um movimento, apoiado pelo sindicato dos metalúrgicos e associações deu início a uma das maiores ocupações do município. Planejada para o início do feriado da Páscoa, na manhã do dia 17 de Abril de 1987, milhares de pessoas iniciaram a entrada nos prédios que em grande parte já estavam construídos e abandonados a quase uma década. Iniciou-se ali uma história de luta, de sobrevivência, de união, do povo, aonde sem um mínimo de estruturas, contribuíram para a construção de um bairro. Quase três décadas e meia se passaram, a árvore virou fazenda, que virou conjunto habitacional, que virou bairro, que virou território da paz, que virou o sonho da casa própria realizado.