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PÓS GRADUAÇAO – ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

ANA CAROLINA PEDRAL BRITO


ANA CRISTINA PEIXOTO FERNANDEZ LINS
ANA LUIZA CAPELLE CONRADO
ROBERTA BRAZ FALCÃO DA COSTA

RELATÓRIO TCC
LIVRO DIDÁTICO - FUN KIDS 1

ABRIL/2020
BRASIL
INTRODUÇÃO

A Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017 alterou o Art. 26 – § 5º da Lei de


Diretrizes e Bases da Educação de 1996, substituindo a exigência do ensino de
pelo menos uma língua estrangeira moderna no currículo do ensino fundamental
a partir do sexto ano e instituindo a obrigatoriedade do inglês. O trabalho que
está sendo desenvolvido, assim como informado na proposta, tem como objetivo
principal inserir o inglês nas escolas de ensino fundamental para a faixa etária
de 6 e 7 anos, momento em que a criança ainda está sendo alfabetizada. Visto
isso, afim de minimizar possíveis dificuldades para nosso público alvo, cada
capítulo do livro está sendo planejado de maneira cuidadosa, uma vez que as
crianças já demonstram certa dificuldade com a língua materna e este pode ser
seu primeiro contato com a língua inglesa.

De acordo com o princípio que estabelece relação entre pensamento e


linguagem de Vygotsky, o aprendizado de uma língua estrangeira durante a
alfabetização contribui para o aprendizado da língua materna, contrariando a
visão Castro (1996) de que, nesta fase, a L2 poderia prejudicar o
desenvolvimento da L1. Segundo Vygotsky (1931), a aprendizagem da L2 se
beneficia do grau de desenvolvimento cognitivo e de letramento já adquirido na
L1 ao mesmo tempo que contribui para a conscientização de aspectos
linguísticos da própria língua materna.

Teorias como a hipótese do período crítico também legitimam o ensino de língua


estrangeira para crianças, sendo o mesmo viável frente ao período de
aproximadamente 10 anos de idade em que a aprendizagem de uma língua
estrangeira ocorre de forma natural (Lennenberg, 1967, apud Assis-Peterson e
Gonçalves 2000/2001). Precisamos também respeitar as particularidades das
crianças e utilizá-las nos momentos de aprendizagem, assim como Figueiredo
(1997) mostra que:

“A idade do indivíduo é um dos fatores que determinam o modo


pelo qual se aprende uma língua. Mas as oportunidades para a
aprendizagem, a motivação para aprender, e as diferenças
individuais são também fatores determinantes para o sucesso na
aprendizagem.” (p.26)
Foram analisados livros didáticos infantis diversos com o intuito de investigar
outros conteúdos. Também foi pensado que, na maioria das escolas regulares
observadas, o aluno tem aula de inglês apenas uma vez por semana, sendo
assim, o livro foi pensado para a duração de 1 semestre, servindo como base
para o primeiro contato da criança com a língua.

DESENVOLVIMENTO

O ensino de inglês para crianças precisa considerar aspectos referentes a faixa


etária, para Spratt, Pulverness e Williams (2005), crianças, adolescentes e
adultos por apresentarem diferentes características de aprendizagem, não
aprendem da mesma maneira.

Os capítulos do livro foram divididos para que cada integrante do grupo possa
trabalhar e contribuir com o projeto. Cada pessoa está responsável por
desenvolver dois capítulos do livro, contudo, a base de todos os capítulos será a
mesma, contendo:

Música - funcionando como engage phase, trazendo a criança para aquela


realidade, contextualizando o assunto, e consequentemente cativando sua
atenção ao conteúdo de maneira lúdica. De acordo com os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) para língua estrangeira, Brasil (1998):

“As atividades orais podem ser propostas como forma de ampliar


a consciência dos alunos sobre os sons da língua estrangeira,
por meio do uso, por exemplo, de expressões de saudação, de
polidez, do trabalho com letras de música, com poemas e
diálogos. A inclusão de atividades significativas em sala de aula
permite ampliar os vínculos afetivos e conferem a possibilidade
de realizar tarefas de forma mais prazerosa.” (p.55)

Atividades de associação – Visto que o público-alvo do material didático está


começando a ser alfabetizado, quanto maior for o conteúdo por associação,
maior será a absorção e memorização, que seria a study phase.

Por fim, achamos também necessário incluir um jogo, para a activate phase, que
a criança poderá assegurar o conhecimento aprendido de forma divertida. Com
jogos e brincadeiras, as crianças concretizam o conhecimento, sendo de extrema
importância nessa faixa etária. Segundo Mayer-Borba (2007):
“o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação,
fantasia e realidade interagem na produção de novas
possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas
crianças, assim como de novas formas de construir relações
sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.” (p. 37)

As ordens dos capítulos foram pensadas no dia a dia dos alunos, e temas que
eles possam associar e tenham contato no cotidiano para que também possam
utilizar o inglês dentro e fora da sala de aula.

Capítulo 1 – Greentings – (Ana Carolina Pedral Brito)


Capítulo 2 – Numbers (Roberta Braz Falcão da Costa)
Capítulo 3 – Colors – (Ana Cristina Peixoto Fernandez Lins)
Capítulo 4 – Emotions (Roberta Braz Falcão da Costa)
Capítulo 5 – Family (Ana Luiza Capelle Conrado)
Capítulo 6 – Body (Ana Luiza Capelle Conrado)
Capítulo 7 – Animals (Ana Cristina Peixoto Fernandez Lins )
Capítulo 8 – Food – (Ana Carolina Pedral Brito)
REFERÊNCIAS

ASSIS-PETERSON, Ana Antônia de; e GONÇALVES, Margarida de O. C. Qual


é a melhor idade para aprender línguas? Mitos e fatos. Contexturas, n. 5,
2000/2001, p. 11 – 26.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares


nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira /
Secretaria de Educação Fundamental. Brasília : MEC/SEF, 1998.

CASTRO, Solange T. Ricardo de. As teorias de aquisição/aprendizagem de 2ª


língua/língua estrangeira: implicações para a sala de aula. Contexturas, n. 3,
1996, p. 39 – 46.

FIGUEIREDO, Francisco José Quaresma de. Aprendendo com os erros: uma


perspectiva comunicativa de ensino de línguas. Goiânia, 1997.

MAYER-BORBA, Angela. O brincar como um modo de ser e estar no mundo.


Ensino Fundamental de 9 anos: mais um ano é fundamental para a qualidade
social da educação, p. 35 - 46 – Ministério da Educação, 2007.

SPRATT, Mary; PULVERNESS, Allan; WILLIAMS, Melaine. The TKT Course.


Cambridge University Press, 2005.

VYGOTSKY, Lev Semyonovich (1931). Pensamento e Linguagem. São Paulo:


Martins Fontes, 1987.

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